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Modelo de Mandado de Segurança :: MODELO DE MANDADO DE SEGURANÇA A Ação de Mandado de Segurança, a exemplo da medida cautelar inominada, poderá ser utilizada para garantir o funcionamento das rádios comunitárias, na sua modalidade preventiva, quando existir ameaças de fechamento ou para restabelecer o funcionamento normal da atividade, no caso de fechamento já executado. A ação cautelar inominada é medida preparatória que dependerá da proposição de outra ação principal . Já o Mandado de Segurança tem o condão de não depender da proposição de outra ação. É, portanto, mais recomendável, posto que neste, também se poderá viabilizar o pedido de deferimento de medida cautelar, a exemplo das cautelares inominadas. O Mandado de Segurança é ação mandamental, pois no MS o juiz ou o Tribunal manda que a autoridade apontada como coatora pratique ou se abstenha de praticar determinado ato. É remédio heróico constitucional destinado a proteção de direito líquido e certo contra abuso de poder ou ilegalidade. É a medida cabível para a defesa de direito individual ou coletivo líquido e certo, ameaçado ou violado por ato ilegal ou abuso de poder de qualquer autoridade (policial e judiciária), desde que o direito não esteja amparado por habeas Corpus. Pode ser preventivo e suspensivo. Preventivo quando o mal ainda não se realizou. Suspensivo ou repressivo quando já realizado, tendo por intuito restaurar o estado anterior. Espécies de Mandado de Segurança

Modelo de Mandado de Segurança 2

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Modelo de Mandado de Segurança ::

MODELO DE MANDADO DE SEGURANÇA

        A Ação de Mandado de Segurança, a exemplo da medida cautelar inominada, poderá ser utilizada para garantir o funcionamento das rádios comunitárias, na sua modalidade preventiva, quando existir ameaças de fechamento ou para restabelecer o funcionamento normal da atividade, no caso de fechamento já executado. A ação cautelar inominada é medida preparatória que dependerá da proposição de outra ação principal . Já o Mandado de Segurança tem o condão de não depender da proposição de outra ação. É, portanto, mais recomendável, posto que neste, também se poderá viabilizar o pedido de deferimento de medida cautelar, a exemplo das cautelares inominadas.

        O Mandado de Segurança é ação mandamental, pois no MS o juiz ou o Tribunal manda que a autoridade apontada como coatora pratique ou se abstenha de praticar determinado ato.

        É remédio heróico constitucional destinado a proteção de direito líquido e certo contra abuso de poder ou ilegalidade.

        É a medida cabível para a defesa de direito individual ou coletivo líquido e certo, ameaçado ou violado por ato ilegal ou abuso de poder de qualquer autoridade (policial e judiciária), desde

que o direito não esteja amparado por habeas Corpus.

        Pode ser preventivo e suspensivo. Preventivo quando o mal ainda não se realizou. Suspensivo ou repressivo quando já realizado, tendo por intuito restaurar o estado anterior.

        Espécies de Mandado de Segurança

a) O destinado a tutela de direito subjetivo individual de direitos (CF art. 5º, LXIX)

b) Mandado de Segurança coletivo para a tutela de direitos coletivos (CF, art. 5º, LXX)

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        Direito líquido e certo

        É aquele direito incontestável, que não admite controvérsia.

        É o direito subjetivo que se baseia numa relação fático-jurídica, na qual os fatos sobre os quais incide a norma objetiva devem ser apresentados de forma incontroverso. Se os fatos não são

induvidosos, não há que se falar em direito líquido e certo. (doutrina tradicional).

        Observações

        Não existe a produção de provas no Mandado de Segurança. A prova é pré-constituída.

        No momento que se distribui a petição do MS a prova está preclusa para o impetrante, não se podendo juntar mais qualquer documento.

        Em mandado de segurança, a prova é documental. Não cabe prova oral (testemunhal) ou pericial.

        Pressupostos do Mandado de Segurança

        O ato omissivo ou comissivo deve partir de autoridade pública ou de autoridade investida da condição de autoridade pública. Autoridade delegada.

        É necessário, portanto, identificar sempre o ato é a autoridade da qual emana este.

        Autoridade coatora. Quem pode ser?

        É aquela que executa, concretiza o ato impugnado (Súmula 510 do STF). Essa autoridade tem, inclusive, poderes para desconstituir o ato.

        Não há lide no Mandado de Segurança. Não há contenciosidade, tanto assim que não existe contestação nem resposta. Por isso, não existe citação no Mandado de Segurança.

        O juiz oficia à autoridade coatora requisitando as informações.

        Foro competente

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        O foro competente é o foro do domicílio funcional da autoridade coatora, impetrada.

        Observação importante: Os documentos juntados no MS sem autenticação são imprestáveis. Extingue-se o processo sem julgamento do mérito.

        Petição apresentada em 03 vias. A petição deverá conter o valor da causa.

Necessita de Advogado.

        Liminar ou medida cautelar

        Compreende uma antecipação de mérito (decisão final).

        Destina-se a evitar um dano irreparável do impetrante. Decorrem de ato subjetivo do juiz, presentes os pressupostos do “fumu boni iuris” - plausibilidade do direito e ‘periculum in mora”

(dano irreparável ou de difícil reparação).

        *** Pode se impetrar mandado de segurança (outro) contra o juiz que indeferiu a liminar.

        Característica da Liminar:

        Provisoriedade. Vige enquanto o juiz não julga o mérito. A liminar cessa com a decisão do MS, quer seja denegatória, quer seja concessiva.

        Observação

        Não cabe MS contra lei em tese. Lei em tese é a norma geral e abstrata; é a que estabelece situações gerais ou impessoais. Sua característica é a abstração e a generalidade.

        IMPORTANTE : Prazo para impretração - Prazo decadencial - 120 dias a contar do ato ilegal. É prazo fatal, contínuo e improrrogável - art. 18 da Lei 1533.

        Mandado de Segurança Coletivo

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        Associação - depende de autorização dos associados. Não se exige essa autorização especial para os Sindicatos.

MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO

        Requisitos

a) Ocorrência de situação concreta e objetiva indicativa de iminente lesão ou direito líquido e certo (individual ou coletivo)

b) justo receio de que a situação se concretize.

Modelos

I - mandado de Segurança Suspensivo . Na hipótese de ilegalidade já cometida (ex. fechamento de rádio)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL  DE ...... ou

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DE ........

                FULANO DE TAL, brasileiro, estado civil, profissão, residente e domiciliado à      , vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra-firmado, com apoio no art. 5º, LVIX, da Constituição Federal e nos termos da Lei 1.533/51, impetrar o presente

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MANDADO DE SEGURANÇA SUSPENSIVO

com pedido de liminar

                contra ato do ....SICRANO DE TAL (autoridade coatora), ....o que faz pelos seguintes fundamentos de fato e de direito a seguir delineados.

DOS FATOS

                O impetrante é proprietário da rádio-comunitária localizada em      .... citar outras informações.

                A rádio comunitária       funciona há mais de      , utilizando da freqüência         . A sua constituição foi devidamente noticiada e comunicada às autoridades do  município, bairro etc...

                Ocorre que nesta data, sem qualquer justificativa legal ou plausível, por ordem de     (autoridade coatora)  fiscais da    ou policiais federais   ..... procederam ao fechamento da rádio e à apreensão de vários equipamentos, .....

                Descrever outros fatos acerca da ilegalidade ... do arbítrio .

                A fechamento e a apreensão dos equipamentos se revestiram de grave ilegalidade, eis que sem amparo na Legislação que informa a matéria.

DA INVIABILIDADE DO SUPORTE JURÍDICO ERIGIDO PARA O FECHAMENTO DA RÁDIO

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                A autoridade responsável pela ordem de fechamento e apreensão da rádio fundamentou sua decisão em face da inválida previsão legal do art. 70, da lei 4.117/62, que prescreve:

“Constitui crime punível com a pena de detenção de um a dois anos, aumentada da metade se houver dano a terceiro, a instalação ou utilização de telecomunicações, sem observância do disposto nesta lei e nos regulamentos”.

                É portanto, o .......        , a autoridade coatora no presente caso.

                Diferentemente do fundamento invocado para se perpetrar a ilegalidade, entende-se que as rádios comunitárias, não se abarcam no campo de incidência dos citados dispositivos legais. Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 8, de 15 de agosto de 1995, as normas da lei 4.117/62, no que dizem respeito à classificação e natureza das emissoras de rádio e televisão, por não estarem mais albergadas pelo conceito de telecomunicações, não mais se aplicam por terem perdido sua fundamentação material. De outra forma, com a alteração constitucional, as rádios comunitárias estão plenamente previstas e asseguradas na Constituição.

                Ademais, o Código Brasileiro de Telecomunicações não regulamenta em nenhum momento,  a potência das emissoras. Se não prevê a existência das rádios comunitárias, por outro lado também nele não se encontra proibição quanto à baixa potência que apresente. Por outro lado, os serviços de radiodifusão de caráter local, que encontram regulamentação no Código, não se confundem de forma com as rádios comunitárias. Estas apresentam âmbito de divulgação sonora bem mais restrito.

                Enganou-se, dessa forma, a autoridade coatora. Não há ilicitude nas atividades das rádios comunitárias. Estas, na verdade, se constituem na vigente ordem jurídica e social, em um imperativo social, decorrente da necessidade de informação, de natureza local e de veículo de ordem cultural.

                ATENÇÃO .... NOVA FUNDAMENTAÇÃO

                De qualquer sorte Excelência, a celeuma jurídico-repressiva existente em torno do funcionamento da emissoras de Rádiodifusão Comunitária agora perde relevo, tendo em vista a edição e promulgação da Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998 que instituiu o Serviço de Radiodifusão Comunitária.

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                Com efeito, a referida lei, regulamentada pelo Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998 e pela Portaria do Ministério das Comunicações de nº 191, de 6 de agosto de 1998, veio explicitar os Comandos democráticos já prescritos no texto da Carta da República, mas, sobretudo, atender aos anseios de cidadania da população brasileira, afastando, porquanto, as injustas e ilegais posturas autoritárias ainda adotadas pela fiscalização do Ministério das Comunicações e pelo Departamento de Polícia Federal.

                Nesse sentido, a Rádio ...., em consonância com o mencionado comando normativo, já encaminhou .... ou está encaminhando .... ou já tem autorização do poder público para operar emissora de Rádiodifusão Comunitária, não havendo, portanto, justa causa ou razão plausível para a atitude arbitrária e abusiva da autoridade coatora indicada.

                Outros fatos que julgar relevante em face da nova lei.....

DO DIREITO

                A Constituição Federal prescreve:

“Art. 5º, inciso IX: É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.

“Art. 215: O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes de cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e difusão das manifestações culturais”.

                Outros dispositivos legais vão na mesma esteira da licitude do funcionamento da rádio comunitária     e, por conseguinte, de encontro à ilegalidade do fechamento.

“O Decreto nº 52.026, de 20 de maio de 1963, aprovou o Regulamento Geral para a execução da Lei 4.117, de 27 de agosto de 1962, em 80 artigos”;

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”O Decreto  52.795, de 31 de outubro de 1963, aprovou o Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, em 185 artigos. Repetindo, no art. 171, o crime previsto no art. 70, da lei 4.117, preceituando que seria crime a instalação de equipamento de radiodifusão ou a sua utilização sem observância da lei 4.117/62, e seus regulamentos, com claro desrespeito ao art. 1º do Código Penal de 1940”.

“O Decreto 678, de 6 de novembro de 1992, que promulgou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969, determinou em seu art. 1º:

“A Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), celebrada em São José da Costa Rica em 22 de novembro de 1969, apensa por cópia ao presente decreto, deverá ser cumprida tão inteiramente como nela se contém”.

      O que contém esta Convenção?

Art. 13. Liberdade de pensamento e de expressão

      1. Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expressão. Esse direito compreende a liberdade de buscar, receber e difundir informações e idéias de toda natureza, sem consideração de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por qualquer outro processo de sua escolha.

      2. O exercício do direito previsto no inciso precedente não pode estar sujeito a censura prévia, mas a responsabilidades ulteriores, que devem ser expressamente fixadas pela lei e ser necessárias para assegurar:

      a) o respeito aos direitos ou à reputação das demais pessoas; ou

      b) a proteção da segurança nacional, da ordem pública, ou da saúde ou da moral públicas.

      3. Não se pode restringir o direito de expressão por vias ou meios indiretos, tais como o abuso de controles oficiais ou particulares de papel de imprensa, de freqüências rádio-elétricas ou de equipamentos e aparelhos usados na difusão de informação, nem por quaisquer outros meios destinados a obstar a comunicação e a circulação de idéias e opiniões.

      4. A lei pode submeter os espetáculos públicos a censura prévia, com o objetivo exclusivo de regular o acesso a eles, para proteção moral da infância e da adolescência, sem prejuízo do disposto no inciso 2.

      A convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969, promulgada no Brasil pelo Decreto

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678 de 6 de novembro de 1992, e em face do Decreto legislativo nº 27, de 26 de maio de 1992, do Congresso Nacional, passou a valer como lei interna do Pais”.

                Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, que institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária e dá outras providências.

                Art. 1º Denomina-se Serviço de Radiodifusão Comunitária a radiodifusão sonora, em frequência modulada, operada em baixa potência e cobertura restrita, outorgada a fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com sede na localidade de prestação de serviço. (...)”

                Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998, que Aprova o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comunitária, e Portaria nº 191, de 6 de agosto de 1998, que traz Norma Complementar do Serviço de Radiodifusão Comunitária.

DA POSIÇÃO DOUTRINÁRIA E JURISPRUDENCIAL VIGENTE ANTES MESMO DA EXISTÊNCIA DA LEI QUE INSTITUIU O SISTEMA DE RÁDIO DIFUSÃO COMUNITÁRIA

         A Justiça Federal, por diversas decisões de seus magistrados, posicionou-se no sentido de acompanhar o trem da democracia, seguindo os ventos que apontam para um futuro de plena liberdade em nosso país. São alguns trechos de acórdãos:

“R.A. Defiro “inaudita altera parte” a medida liminar para o fim de impedir a busca e apreensão de equipamentos e bens da emissora, diante do justo receio de que seja realizada busca e apreensão diante a proximidade de policiais, bem como do “fumus boni iuris”, diante das reiteradas manifestações, constantes dos autos, no sentido da licitude da atividade”.

(Juízo de Direito da Comarca de Iguape/SP - 1ª Vara - Cartório do 1º ofício cível - juiz de Direito Titular Dr. Caramuru Afonso Francisco - Medida Cautelar com Pedido de Liminar - Proc. nº 426/95).

“(...) com a edição da Constituição Federal de 1988 pretendeu-se, sem dúvida, pôr termo a um regime autoritário e antidemocrático, com a revogação de todas as normas que lhe davam tal feição, estabelecendo-se um regime democrático, sem qualquer restrição às liberdades individuais e

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coletivas de manifestação do pensamento, notadamente manifestações e atividades culturais, consoante se vê dispositivos acima mencionados.

Não há como negar que o Decreto-lei nº 236, de 28.02.67, editado no auge do regime autoritário, modificando o Código Brasileiro de Telecomunicações e estabelecendo sanções criminais no caso de instalação ou utilização de aparelhos de telecomunicações, visava cercear a manifestação do pensamento e a veiculação de qualquer forma de atividade cultural, para desta forma exercer o pleno controle da sociedade, levando-a a absorver somente as informações de interesse do regime e dos grupos que representava”.

(Poder Judiciário - Justiça Federal - 4ª Vara Criminal da Justiça Federal/SP - Juiz Federal Dr. Casem Mazioum - Proc. nº 91.0101021-2).’              ‘

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. CONVENÇÃO INTERNACIONAL. RÁDIO COMUNITÁRIA. SEGURANÇA CONCEDIDA.

1. Por ser o Brasil signatário do Pacto de São José da Costa Rica, que integra o ordenamento jurídico nacional por força do Decreto nº 678/92, não pode a União, via Delegacia Regional do Ministério das Comunicações, coibir o funcionamento de Rádios Comunitárias, sob pena de estar violando o art. 5º, inciso IX e § 2º da Constituição de 1988.

II - Ao assegurar que é da competência do Poder Executivo “outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens” (art. 223, caput), está a Constituição Federal disciplinando a conduta do Estado para com o segmento empresarial das comunicações sociais. Não são destinatárias da mencionada regra constitucional as atividades de radiodifusão extra-empresariais ou não-oficiais, tais como as nominadas Rádios Comunitárias, expedidoras de sinais de baixa freqüência e curto espectro.

(JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA - SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE - 5ª VARA - AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA - Nº 96.1996-7 - IVAN LIRA DE CARVALHO - JUIZ FEDERAL).

                Como ficou patente, as rádios comunitárias são uma exigência do mundo atual. Com efeito, a malha de emissoras de médio ou grande porte existente em todo o território nacional, não se presta a servir as pequenas comunidades do interior ou aos bairros das grandes cidades com a mesma eficiência e espírito de atendimento. E isto é bastante natural porque as emissoras de rádio e televisão existem para atender a um público bastante maior e diversificado.

                A legislação que agrida a liberdade de imprensa, em seu sentido genérico, é suspeita aos olhos de uma nação livre e democrática. Sendo suspeita, merece exame atento pelo judiciário, no aspecto da sua recepção face à Constituição (regra matriz), que é mãe e fonte de validade de

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todas as normas inferiores (periféricas).

                Assim, à luz dos princípios constitucionais erigidos como colunas mestras da democracia e do desenvolvimento de uma nação livre, com total garantia da preservação da iniciativa privada e liberdade civis, não pode, jamais, ser considerado crime a abertura e o funcionamento das rádios comunitárias.

                Dessa forma, a criação de rádio não pode tipificar, por si só, a prática de crime. Eventualmente, o abuso das faixas de potência é que, podem vir a configurar algum ilícito, se assim estiver tipificado em lei. Portanto, não constitui a atividade informativa qualquer crime. Não justificando, assim, o fechamento e a apreensão de produtos.

                Nesse sentido, o dispositivo incriminador mencionado no art. 70, da Lei 4.117/62, não foi recepcionado pela Constituição atual. Perdeu, portanto, sua vigência. Seu valor atual e, juridicamente, nenhum.

DOS PRESSUPOSTOS DA MEDIDA LIMINAR

                A medida ora pleiteada comporta prestação preliminar, o que desde já se requer, eis que presente todos os pressupostos necessários para o deferimento mesma.

                A plausibilidade jurídica da concessão da liminar encontra-se devidamente caracterizada na presente. O fumus boni iuris foi devidamente demonstrado pelos elementos fáticos e jurídicos trazidos à colação e a incidência do periculum in mora repousa, ainda, no prejuízo que o fechamento sumário da rádio acarreta para a comunidade local, que ficará privada de ouvi-la, quando se sabe da enorme importância deste veículo de comunicação na divulgação de informações para as pequenas comunidades interioranas. Ademais, os equipamentos poderão vir a ser danificados, comprometendo investimentos pagos com penosos sacrifícios.

DO PEDIDO

                Como ficou devidamente consignado, o fechamento da rádio e a apreensão dos equipamentos não encontra guarida no ordenamento jurídico em vigor, revestindo-se, portanto, de flagrante ilegalidade.

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                Diante desse fato e configurado, pois, a ilegalidade cometida, sem amparo jurídico e fático, requer o impetrante se digne Vossa Excelência conceder em face do presente mandamus, a pretendida medida liminar, para determinar a reabertura da rádio ..... e a devolução dos equipamentos  ...... e, ao final, seja concedida em definitivo a segurança, por ser medida da mais relevante

                        JUSTIÇA!

                        T. em que

                        Pede deferimento

                        Cidade (  ), de       de 2003

                        Advogado

II - mandado de Segurança Preventivo . Na hipótese de ameaça de ilegalidade (ex. fechamento de rádio)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL  DE ...... ou

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DE ...

                FULANO DE TAL, brasileiro, estado civil, profissão, residente e domiciliado à      , vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra-firmado, com apoio no art. 5º, LVIX, da Constituição Federal e nos termos da Lei 1.533/51, impetrar o presente

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MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO

com pedido de liminar

                contra ato do ....SICRANO DE TAL (autoridade coatora), ....o que faz pelos seguintes fundamentos de fato e de direito a seguir delineados.

DOS FATOS

                O impetrante é proprietário da rádio-comunitária localizada em      .... citar outras informações.

                A rádio comunitária       funciona há mais de      , utilizando da freqüência         . A sua constituição foi devidamente noticiada e comunicada às autoridades do  município, bairro etc...

                Ocorre que desde tal data,  a rádio vem sofrendo ameaça de fechamento e apreensão de equipamentos, sem qualquer justificativa legal ou plausível, o que acontece por ameaças adivindas de      fiscais da    ou policiais federais   .....

                Descrever outros fatos acerca das ameaças que se erigem em forte suspeitas de iminente cometimento da  ilegalidade ... do arbítrio .

                A fechamento e a apreensão dos equipamentos, se realizados, se revestirão de grave ilegalidade, eis que sem amparo na Legislação que informa a matéria.

DA INVIABILIDADE DO SUPORTE JURÍDICO ERIGIDO PARA O FECHAMENTO DA RÁDIO

                A autoridade responsável pelas ameaças de fechamento e apreensão da rádio

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fundamentam suas iniciativas  em face da inválida previsão legal do art. 70, da lei 4.117/62, que prescreve:

“Constitui crime punível com a pena de detenção de um a dois anos, aumentada da metade se houver dano a terceiro, a instalação ou utilização de telecomunicações, sem observância do disposto nesta lei e nos regulamentos”.

                É portanto, o .......        , a autoridade coatora no presente caso.

                Diferentemente do fundamento que se invoca para se perpetrar a ilegalidade, entende-se que as rádios comunitárias, não se abarcam no campo de incidência dos citados dispositivos legais. Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 8, de 15 de agosto de 1995, as normas da lei 4.117/62, no que dizem respeito à classificação e natureza das emissoras de rádio e televisão, por não estarem mais albergadas pelo conceito de telecomunicações, não mais se aplicam por terem perdido sua fundamentação material. De outra forma, com a alteração constitucional, as rádios comunitárias estão plenamente previstas e asseguradas na Constituição.

                Ademais, o Código Brasileiro de Telecomunicações não regulamenta em nenhum momento,  a potência das emissoras. Se não prevê a existência das rádios comunitárias, por outro lado também nele não se encontra proibição quanto à baixa potência que apresente. Por outro lado, os serviços de radiodifusão de caráter local, que encontram regulamentação no Código, não se confundem de forma com as rádios comunitárias. Estas apresentam âmbito de divulgação sonora bem mais restrito.

                Engana-se, entretanto, a autoridade coatora. Não há ilicitude nas atividades das rádios comunitárias. Estas, na verdade, se constituem na vigente ordem jurídica e social, em um imperativo social, decorrente da necessidade de informação, de natureza local e de veículo de ordem cultural.

                ATENÇÃO .... NOVA FUNDAMENTAÇÃO

                De qualquer sorte Excelência, a celeuma jurídico-repressiva existente em torno do funcionamento da emissoras de Rádiodifusão Comunitária agora perde relevo, tendo em vista a edição e promulgação da Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998 que instituiu o Serviço de Radiodifusão Comunitária.

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                Com efeito, a referida lei, regulamentada pelo Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998 e pela Portaria do Ministério das Comunicações de nº 191, de 6 de agosto de 1998, veio explicitar os Comandos democráticos já prescritos no texto da Carta da República, mas, sobretudo, atender aos anseios de cidadania da população brasileira, afastando, porquanto, as injustas e ilegais posturas autoritárias ainda adotadas pela fiscalização do Ministério das Comunicações e pelo Departamento de Polícia Federal.

                Nesse sentido, a Rádio ...., em consonância com o mencionado comando normativo, já encaminhou .... ou está encaminhando .... ou já tem autorização do poder público para operar emissora de Rádiodifusão Comunitária, não havendo, portanto, justa causa ou razão plausível para a atitude arbitrária e abusiva da autoridade coatora indicada.

                Outros fatos que julgar relevante em face da nova lei.....

DO DIREITO

                A Constituição Federal prescreve:

“Art. 5º, inciso IX: É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.

“Art. 215: O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes de cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e difusão das manifestações culturais”.

                Outros dispositivos legais vão na mesma esteira da licitude do funcionamento da rádio comunitária     e, por conseguinte, de encontro à ilegalidade do fechamento.

“O Decreto nº 52.026, de 20 de maio de 1963, aprovou o Regulamento Geral para a execução da Lei 4.117, de 27 de agosto de 1962, em 80 artigos”;

”O Decreto  52.795, de 31 de outubro de 1963, aprovou o Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, em 185 artigos. Repetindo, no art. 171, o crime previsto no art. 70, da lei 4.117, preceituando que seria crime a instalação

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de equipamento de radiodifusão ou a sua utilização sem observância da lei 4.117/62, e seus regulamentos, com claro desrespeito ao art. 1º do Código Penal de 1940”.

“O Decreto 678, de 6 de novembro de 1992, que promulgou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969, determinou em seu art. 1º:

“A Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), celebrada em São José da Costa Rica em 22 de novembro de 1969, apensa por cópia ao presente decreto, deverá ser cumprida tão inteiramente como nela se contém”.

      O que contém esta Convenção?

Art. 13. Liberdade de pensamento e de expressão

      1. Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expressão. Esse direito compreende a liberdade de buscar, receber e difundir informações e idéias de toda natureza, sem consideração de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por qualquer outro processo de sua escolha.

      2. O exercício do direito previsto no inciso precedente não pode estar sujeito a censura prévia, mas a responsabilidades ulteriores, que devem ser expressamente fixadas pela lei e ser necessárias para assegurar:

      a) o respeito aos direitos ou à reputação das demais pessoas; ou

      b) a proteção da segurança nacional, da ordem pública, ou da saúde ou da moral públicas.

      3. Não se pode restringir o direito de expressão por vias ou meios indiretos, tais como o abuso de controles oficiais ou particulares de papel de imprensa, de freqüências rádio-elétricas ou de equipamentos e aparelhos usados na difusão de informação, nem por quaisquer outros meios destinados a obstar a comunicação e a circulação de idéias e opiniões.

      4. A lei pode submeter os espetáculos públicos a censura prévia, com o objetivo exclusivo de regular o acesso a eles, para proteção moral da infância e da adolescência, sem prejuízo do disposto no inciso 2.

      A convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969, promulgada no Brasil pelo Decreto 678 de 6 de novembro de 1992, e em face do Decreto legislativo nº 27, de 26 de maio de 1992, do Congresso Nacional, passou a valer como lei interna

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do Pais”.

                Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, que institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária e dá outras providências.

                Art. 1º Denomina-se Serviço de Radiodifusão Comunitária a radiodifusão sonora, em frequência modulada, operada em baixa potência e cobertura restrita, outorgada a fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com sede na localidade de prestação de serviço. (...)”

                Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998, que Aprova o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comunitária, e Portaria nº 191, de 6 de agosto de 1998, que traz Norma Complementar do Serviço de Radiodifusão Comunitária.

DA POSIÇÃO DOUTRINÁRIA E JURISPRUDENCIAL VIGENTE ANTES MESMO DA EXISTÊNCIA DA LEI QUE INSTITUIU O SISTEMA DE RÁDIO DIFUSÃO COMUNITÁRIA

                A Justiça Federal, por diversas decisões de seus magistrados, posicionou-se no sentido de acompanhar o trem da democracia, seguindo os ventos que apontam para um futuro de plena liberdade em nosso país. São alguns trechos de acórdãos:

“R.A. Defiro “inaudita altera parte” a medida liminar para o fim de impedir a busca e apreensão de equipamentos e bens da emissora, diante do justo receio de que seja realizada busca e apreensão diante a proximidade de policiais, bem como do “fumus boni iuris”, diante das reiteradas manifestações, constantes dos autos, no sentido da licitude da atividade”.

(Juízo de Direito da Comarca de Iguape/SP - 1ª Vara - Cartório do 1º ofício cível - juiz de Direito Titular Dr. Caramuru Afonso Francisco - Medida Cautelar com Pedido de Liminar - Proc. nº 426/95).

“(...) com a edição da Constituição Federal de 1988 pretendeu-se, sem dúvida, pôr termo a um regime autoritário e antidemocrático, com a revogação de todas as normas que lhe davam tal feição, estabelecendo-se um regime democrático, sem qualquer restrição às liberdades individuais e coletivas de manifestação do pensamento, notadamente manifestações e atividades culturais, consoante se vê dispositivos acima mencionados.

Não há como negar que o Decreto-lei nº 236, de 28.02.67, editado no auge do regime autoritário, modificando o Código Brasileiro de Telecomunicações e estabelecendo sanções criminais no caso de instalação ou utilização de

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aparelhos de telecomunicações, visava cercear a manifestação do pensamento e a veiculação de qualquer forma de atividade cultural, para desta forma exercer o pleno controle da sociedade, levando-a a absorver somente as informações de interesse do regime e dos grupos que representava”.

(Poder Judiciário - Justiça Federal - 4ª Vara Criminal da Justiça Federal/SP - Juiz Federal Dr. Casem Mazioum - Proc. nº 91.0101021-2).’              ‘

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. CONVENÇÃO INTERNACIONAL. RÁDIO COMUNITÁRIA. SEGURANÇA CONCEDIDA.

1. Por ser o Brasil signatário do Pacto de São José da Costa Rica, que integra o ordenamento jurídico nacional por força do Decreto nº 678/92, não pode a União, via Delegacia Regional do Ministério das Comunicações, coibir o funcionamento de Rádios Comunitárias, sob pena de estar violando o art. 5º, inciso IX e § 2º da Constituição de 1988.

II - Ao assegurar que é da competência do Poder Executivo “outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens” (art. 223, caput), está a Constituição Federal disciplinando a conduta do Estado para com o segmento empresarial das comunicações sociais. Não são destinatárias da mencionada regra constitucional as atividades de radiodifusão extra-empresariais ou não-oficiais, tais como as nominadas Rádios Comunitárias, expedidoras de sinais de baixa freqüência e curto espectro.

(JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA - SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE - 5ª VARA - AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA - Nº 96.1996-7 - IVAN LIRA DE CARVALHO - JUIZ FEDERAL).

                Como ficou patente, as rádios comunitárias são uma exigência do mundo atual. Com efeito, a malha de emissoras de médio ou grande porte existente em todo o território nacional, não se presta a servir as pequenas comunidades do interior ou aos bairros das grandes cidades com a mesma eficiência e espírito de atendimento. E isto é bastante natural porque as emissoras de rádio e televisão existem para atender a um público bastante maior e diversificado.

                A legislação que agrida a liberdade de imprensa, em seu sentido genérico, é suspeita aos olhos de uma nação livre e democrática. Sendo suspeita, merece exame atento pelo judiciário, no aspecto da sua recepção face à Constituição (regra matriz), que é mãe e fonte de validade de todas as normas inferiores (periféricas).

                Assim, à luz dos princípios constitucionais erigidos como colunas mestras da democracia e do desenvolvimento de uma nação livre, com total garantia da preservação da iniciativa privada

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e liberdade civis, não pode, jamais, ser considerado crime a abertura e o funcionamento das rádios comunitárias.

                Dessa forma, a criação de rádio não pode tipificar, por si só, a prática de crime. Eventualmente, o abuso das faixas de potência é que, podem vir a configurar algum ilícito, se assim estiver tipificado em lei. Portanto, não constitui a atividade informativa qualquer crime. Não justificando, assim, o fechamento e a apreensão de produtos.

                Nesse sentido, o dispositivo incriminador mencionado no art. 70, da Lei 4.117/62, não foi recepcionado pela Constituição atual. Perdeu, portanto, sua vigência. Seu valor atual e, juridicamente, nenhum.

DOS PRESSUPOSTOS DA MEDIDA LIMINAR

                A medida ora pleiteada comporta prestação preliminar, o que desde já se requer, eis que presente todos os pressupostos necessários para o deferimento mesma.

                A plausibilidade jurídica da concessão da liminar encontra-se devidamente caracterizada na presente. O fumus boni iuris foi devidamente demonstrado pelos elementos fáticos e jurídicos trazidos à colação e a incidência do periculum in mora repousa, ainda, na ameaça e no prejuízo que o fechamento sumário da rádio acarretará para a comunidade local, que ficará privada de ouvi-la, quando se sabe da enorme importância deste veículo de comunicação na divulgação de informações para as pequenas comunidades interioranas. Ademais, os equipamentos poderão vir a ser danificados, comprometendo investimentos pagos com penosos sacrifícios.

DO PEDIDO

                Como ficou devidamente consignado, o fechamento da rádio e a apreensão dos equipamentos não encontra guarida no ordenamento jurídico em vigor, revestindo-se, portanto, de flagrante ilegalidade.

                Diante desse fato e configurado, pois, a ilegalidade cometida, sem amparo jurídico e fático, requer o impetrante se digne Vossa Excelência conceder em face do presente mandamus, a pretendida medida liminar, para determinar que as citadas autoridades se abstenham de praticar qualquer ato tendente ao fechamento ou à apreensão de equipamentos  ...... e, ao final, seja concedida em definitivo a segurança, por ser medida da mais relevante

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                        JUSTIÇA!

                        T. em que

                        Pede deferimento

                        Cidade (  ), de       de 2003

                        Advogado

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