Upload
8oc
View
6.585
Download
3
Embed Size (px)
Citation preview
O Modelo Demográfico dos Países Desenvolvidos apresenta três fases distintas:
Modelo Demográfico dos países desenvolvidos
Iniciou-se após a Revolução Industrial e Agrícola responsáveis pelo aumento da produção; mecanização da agricultura; cultura de novas espécies; novas técnicas agrícolas, que proporcionaram uma melhoria nas dietas alimentares.
Registaram-se avanços notáveis na Medicina: vacinas; medicamentos; melhores condições de higiene…
Estes factores conjugados proporcionaram um decréscimo significativo da taxa de mortalidade enquanto que a taxa de natalidade manteve valores elevados, originando um aumento acentuado do crescimento natural.
A partir do sec. XX, a taxa de natalidade começa a revelar tendência para diminuir, devido a importantes transformações sociais que ocorrem nessa época:
As mulheres entram para o mercado de trabalho, deixando de ser exclusivamente mães e donas de casa e o planeamento familiar generaliza-se e os métodos contraceptivos evoluem bastante;
É criada a escolaridade obrigatória e o trabalho infantil é proibido;
Modo de vida moderna faz com que os casais tenham filhos mais tarde em número reduzido;
Quebra da produção agrícola para quem os filhos eram força de trabalho não remunerada;
A taxa de mortalidade continua a diminuir. Assim, o crescimento natural diminui.
Esta é a fase que caracteriza os nossos dias: taxa de natalidade cada vez mais baixa que associada ao aumento da esperança média de vida, faz com que haja um grande envelhecimento da população. A manutenção desta situação coloca em perigo a renovação de gerações nos países desenvolvidos.
O modelo demográfico dos países em desenvolvimento apresenta apenas duas fases:
As altas taxas de natalidade e mortalidade mantêm-se elevadas até ao início do séc. XX, originando um crescimento natural praticamente nulo. No entanto, a mortalidade teve flutuações com grandes aumentos sempre que se verificavam pestes, guerras, fomes, epidemias e maus anos agrícolas. Assim, a esperança média de vida era bastante baixa.
Este comportamento demográfico e resultado destas regiões serem, na época, colónias de países industrializados, constituindo sociedades agrícolas onde a revolução industrial não tinha chegado.
Esta situação, associada às características culturais dessas populações, permitiram a existência de elevadas taxas de natalidade.
Esta fase começa no principio do séc. XX e decorre até aos nossos dias. O aumento do crescimento natural é resultado da diminuição das taxas de mortalidade devido: á melhoria das condições médico-sanitárias, proporcionadas pela ajuda internacional (ex: campanhas de vacinação).
Por outro lado a taxa de natalidade manteve-se muito elevada devido a factores de cariz cultural, religioso e económico tais como:
Família numerosa é sinal de prestígio e os filhos são mão-de-obra agrícola não remunerada;
Poligamia é um acto aceite em muitas sociedades; Divulgação e aceitação de meios de planeamento
familiar é difícil, existindo grandes resistências de cariz cultural e religioso;
Taxas de analfabetismo muito elevadas e desvalorização da condição social da mulher ( só o papel de mães e donas de casa). Casamentos em idades precoce aumentam a probabilidade de fecundidade.
A esperança média de vida tem vindo a aumentar muito lentamente. Estes factores provocam uma explosão demográfica que é um entrave ao desenvolvimento devido à não articulação população/recursos.