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FACULDADES INTEGRADAS ASSOCIAO DE ENSINO DE SANTA CATARINA
CURSO DE BACHAREL EM TURISMO
GABRIELA GONALVES DA SILVA
ANLISE DA INFRAESTRUTURA NUTICA DE FLORIANPOLIS
FLORIANPOLIS, SC.
2012
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GABRIELA GONALVES DA SILVA
ANLISE DA INFRAESTRUTURA NUTICA DE FLORIANPOLIS
Relatrio de Estgio Supervisionado/TCCapresentado s Faculdades IntegradasAssociao de Ensino de Santa Catarina,como requisito para obteno do grau deBacharel em TurismoOrientador: Prof. Carlos Cappelini, Me.
FLORIANPOLIS, SC.2012
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A todos os profissionais do turismo que
esto na busca incessante pelo seu
reconhecimento, aos familiares e amigos
nos quais sempre me incentivaram nos
momentos difceis.
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AGRADECIMENTOS
Agradeo primeiramente a Deus por ter me concedido sade e poder ter a
chance de concluir o curso de Turismo.
Agradeo aos meus pais, Francisco e Cristina, por todo o apoio e incentivo
que me deram a concluir esta graduao, mesmo que longe de casa, e toda a
dificuldade, sempre me fizeram acreditar que o melhor est sempre para acontecer!!
Agradeo a meu namorado e grande amigo Felipe Manzano, por todo apoio
estrutural e emocional durante a graduao, inclusive durante a elaborao do TCC,
e por todos estes anos que compartilhamos tantas experincias de vida juntos.
Agradeo a minha sogra Maura Manzano, por ter me ajudado nesta jornada eter me acompanhado as pesquisas de campo.
Ao professor, orientador e coordenador Carlos Cappelini, no qual me passou
muitos ensinamentos, principalmente de profissionalismo e dedicao por aquilo que
faz, e por sua orientao neste trabalho, que muito me ajudou.
Agradeo tambm a todos os professores nos quais tive convivncia todos
estes anos, por todo ensinamento, pacincia, e cooperao.
Aos amigos que fiz aqui em Florianpolis nestes ltimos oito anos e naFaculdade nestes quatro anos, nos quais compartilhei momentos, idias, novidades,
felicidades e tristezas, tudo inesquecvel na minha memria.
Enfim, obrigado a tudo e a todos, que colaboraram durante esses anos para a
minha formao acadmica e que de alguma forma contriburam para a
concretizao deste trabalho, que ser de extrema importncia para a minha
formao acadmica e profissional. Os meus sinceros agradecimentos, obrigada!
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RESUMO
SILVA, Gabriela Gonalves da.Anlise da infraestrutura nutica de
Florianpolis. Florianpolis, 2012. 99 p. Relatrio de Estgio Supervisionado/TCCdo Curso de Turismo das Faculdades Integradas ASSESC, 2012.
Este trabalho tem como objetivo principal a anlise da infraestrutura nutica deFlorianpolis. A abordagem inicial do trabalho sobre a Oferta e Demanda doTurismo, seguido da importncia dos Transportes Tursticos. No estudo mostradaa situao do Turismo Nutico no Brasil e no Mundo, a caracterizao dasegmentao do Turismo Nutico, e tambm abordado o perfil do Turista Nutico.Para melhor entendimento da infraestrutura Nutica de Florianpolis, a pesquisamostra a falta de infraestrutura de hoje e o que precisa ser melhorado para o
desenvolvimento do setor. A pesquisa de carter exploratrio, e abordagemqualitativa, utilizam-se tcnicas de pesquisa, como a pesquisa de campo, e pesquisabibliogrfica. Dentro do trabalho proposto foi identificada a necessidade de mapearas marinas da regio de Florianpolis, a fim de entender melhor a infraestruturadisponvel do setor. Concluiu-se que necessrio maior desenvolvimento no setor einvestimentos na infraestrutura, para a proposio de projetos de roteiros nuticos,desenvolvendo o Turismo Nutico de Florianpolis.
Palavras Chave: Turismo Nutico. Infraestrutura. Desenvolvimento.
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LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1Mapeamento da garagem nutica Ribeiro da Ilha .................................. 44
Figura 2 - Mapeamento do trapiche da Beira Mar Norte, Iate Club de
Santa Catarina Veleiros da Ilha(Centro), garagens nuticas da Lagoa da
Conceio, molhe e garagens nuticas da Barra da Lagoa. ..................................... 44
Figura 3Mapeamento das garagens nuticas e Iate Club do norte da ilha. .......... 45
Figura 4 - Marina da Conceio ................................................................................ 46
Figura 5Sistema de Coleta de gua e resduos da Marina da Conceio ............. 48
Figura 6 - Marina da Conceio sistema de reaproveitamento de gua .................. 49
Figura 7 - Rampa da Marina Ponta da Areia ............................................................ 50Figura 8 - Restaurante Fedoca e Marina Ponta da Areia .......................................... 52
Figura 9 - Marina Verde Mar ..................................................................................... 53
Figura 10 - Restaurante Sushi Roots, que est dentro da Marina Verde Mar ........... 54
Figura 11 - Sistema de lavagem de coleta de resduos e gua da
Marina Verde Mar. ..................................................................................................... 56
Figura 12 - Estao Nutica Nenm ........................................................................ 57
Figura 13 - Trapiche da Marina Barra da Lagoa. ....................................................... 58Figura 14 - Garagem Nutica Ribeiro da Ilha .......................................................... 60
Figura 15 - Marina Costo ......................................................................................... 62
Figura 16 - Restaurante Brunidores da Marina Costo ............................................. 63
Figura 17 - Piscina com fluxo de gua salgada, onde cultivado, lagostas,
vieiras, siris, para o cliente escolher e consumir. ...................................................... 64
Figura 18 - Trapiche em Jurer localizado em frente ao Iate Club ............................ 66
Figura 19 - Marina Marina ......................................................................................... 67Figura 20 - Trapiche na prainha de Sambaqui .......................................................... 68
Figura 21 - Posto de Combustvel da Marina Guar ................................................. 71
Figura 22 - Marina Santo Antnio .............................................................................. 72
Figura 23 -Marina Recanto da Lagoa. ....................................................................... 73
Figura 24 - Reciclagem da Marina Recanto da Lagoa .............................................. 75
Figura 25 - Local onde se lavas as embarcaes e trata agua separando os
resduos,e leo. ......................................................................................................... 75
Figura 26 - Marina Blue Fox ...................................................................................... 76
Figura 27 - Iate Club de Santa Catarina Veleiros da Ilha .......................................... 78
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Figura 28 - Veleiros utilizados por paraolmpicos ...................................................... 80
Figura 29 - Banheiro para pessoas com mobilidade reduzida................................... 81
Figura 30 - Piscina e rea social do Iate Club de Santa Catarina Veleiros da
Ilha (Centro) .............................................................................................................. 82
Figura 31 - Marina Ponta Norte ................................................................................. 83
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SUMRIO
1 INTRODUO ....................................................................................................... 11
1.1 DELIMITAO DO TEMA ................................................................................... 121.1.1 Problema ......................................................................................................... 12
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 12
1.2.1 Objetivo Geral................................................................................................. 12
1.2.2 Objetivos Especficos.................................................................................... 12
1.3 RELEVNCIA E JUSTIFICATIVA ....................................................................... 13
1.4 ORGANIZAO DOS CAPTULOS .................................................................... 13
2 ESTGIO DE PESQUISA...................................................................................... 152.1 METODOLOGIAS DA PESQUISA ...................................................................... 15
2.2 PESQUISAS QUANTO AOS OBJETIVOS .......................................................... 15
2.3 QUANTO ABORDAGEM ................................................................................. 16
2.4 QUANTO S TCNICAS .................................................................................... 16
3 FUNDAMENTAO TERICA............................................................................. 18
3.1 CONCEITOS DE TURISMO E SEUS ASPECTOS ............................................. 18
3.2 MERCADO TURSTICO ...................................................................................... 193.2.1 Segmentao do Mercado do Turismo......................................................... 20
3.2.2 Oferta do Turismo .......................................................................................... 22
3.2.3 Demanda do Turismo..................................................................................... 23
3.3 Transportes Tursticos...................................................................................... 24
3.3.1 Modal Ferrovirio ........................................................................................... 25
3.3.2 Modal Rodovirio ........................................................................................... 27
3.3.3 Modal Areo.................................................................................................... 28
3.3.4 Modal Nutico, Martimo, fluvial e lacustre.................................................. 30
3.4 A histria do Turismo Nutico no Brasil e no Mundo ........................................... 31
3.4.1 Caracterizao do Segmento do Turismo Nutico...................................... 34
3.4.2 O perfil do turista nutico.............................................................................. 36
3.4.3 Infraestrutura para o Turismo Nutico......................................................... 38
4 DISCUSSO E RESULTADOS............................................................................. 43
4.1 MAPEAR A INFRAESTRUTURA NUTICA DE FLORIANPOLIS .................... 43
4.2 CARACTERIZAO DAS MARINAS DE FLORIANPOLIS .............................. 45
4.2.1 Marina da Conceio...................................................................................... 45
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4.2.2 Marina Ponta da Areia (Fedoca).................................................................... 49
4.2.3 Marina Verde Mar ........................................................................................... 52
4.2.4 Estao Nutica Nenm................................................................................. 56
4.2.5 Marina Barra da Lagoa................................................................................... 58
4.2.6 Garagem Nutica Ribeiro da Ilha................................................................ 59
4.2.7 Marina do Costo ........................................................................................... 61
4.2.8 Iate Club de Santa Catarina Veleiros da Ilha ( sede ocenica /Jurer)..... 64
4.2.9 Marina Marina ................................................................................................. 67
4.2.10 Marina Guar ................................................................................................ 69
4.2.11 Marina Santo Antonio.................................................................................. 71
4.2.12 Marina Recanto da Lagoa............................................................................ 734.2.13 Marina Blue Fox............................................................................................ 76
4.2.14 Iate Club de Santa Catarina Veleiros da Ilha (sede central)...................... 78
4.2.15 Marina Ponta Norte....................................................................................... 82
4.2.16 Marina Fortaleza e Marina Itaguau............................................................ 84
4.3 ANLISE DA SITUAO DA INFRAESTRUTURA NUTICA DE
FLORIANPOLIS ..................................................................................................... 84
5 CONSIDERAES FINAIS................................................................................... 88REFERNCIAS......................................................................................................... 89
ANEXOS ................................................................................................................... 90
ANEXO A - MINISTRIO DO TURISMO - INVENTRIO DA OFERTA
TURSTICA CATEGORIA B6 SERVIOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER......... 91
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1 INTRODUO
O Turismo vem crescendo e se desenvolvendo em Florianpolis, e abrindo
campo para novas ramificaes no setor. Em um determinado local, dependendo da
estrutura e do que oferecem, em termos de ambiente, infraestrutura, pontos
tursticos, essa determinada regio pode se desenvolver em vrios segmentos do
Turismo.
Florianpolis uma ilha com grande potencial nutico, cercada de belas
praias, onde o turismo intenso no vero. As praias so boas tanto para a prtica de
esportes, como surf, kite-surf, e Wind-surf, como tambm as praias de pouca
corrente, e mar parado, indicado para outros tipos de atividades nuticas, comovelejar, jet-ski, lanchas, entre outros.
Esportes nuticos so praticados ao longo da ilha, uma regio de polo
promissor no setor, devido a sua rota no meio de outros polos nuticos e todo o seu
potencial de beleza, natureza.
Existem muitos turistas interessados em comprar barcos na regio, para
retornar nas frias e velejar com a famlia, como tambm esportistas nuticos,
velejadores do mundo todo, que colocam Florianpolis em sua rota, bem comoturistas com maior poder aquisitivo que chegam com suas lanchas e iates.
Em vista de todo este potencial que apresentado, em Florianpolis, e que se
mostra favorvel a investimentos na infraestrutura, que se prope o mapeamento
da regio, verificando todas as instalaes, como marinas e garagens nuticas,
trapiches, per, molhes, atuando com pesquisa de campo nestes locais, atravs do
inventrio da oferta turstica de servios e equipamentos de lazer, coletando dados
para entender um pouco mais sobre a infraestrutura nutica, o que pode sermelhorado, e o que falta para atingir o objetivo de desenvolver esse segmento do
Turismo.
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1.1DELIMITAODOTEMA
A anlise da infraestrutura Nutica, leva em considerao as tcnicas de
pesquisa, e avalia se existe infraestrutura nutica necessria, para o
desenvolvimento do Turismo. Propondo melhorias e crescimento no setor para
difundir o Turismo Nutico de Florianpolis.
1.1.1 Problema
Viabilizar projetos de infraestrutura ao redor do municpio de Florianpolis,
criar roteiros tursticos nuticos, incluindo uma srie de equipamentos de lazer,necessrios para o desenvolvimento do setor nutico. Acreditando nisso pretende-
se chegar a um objetivo que o desenvolvimento do Turismo Nutico.
O problema em questo : Se no houver investimentos do poder pblico e
privado junto com a iniciativa dos profissionais da rea nutica da regio, para
melhorar a infraestrutura nutica local, com todas as licenas necessrias liberadas,
entrando em comum acordo sobre a preservao da fauna e do meio ambiente, com
polticas sustentveis para o setor nutico, como e de que forma o Turismo Nuticoser desenvolvido na regio?
1.2OBJETIVOS
Neste sub-captulo sero apresentados os objetivos gerais e especficos.
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar a infraestrutura nutica de Florianpolis, Santa Catarina.
1.2.2 Objetivos Especficos
a) Identificar o perfil do turista nutico;
b) Mapear a infraestrutura nutica disponvel em Florianpolis;
c) Inventariar as garagens nuticas de Florianpolis.
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1.3RELEVNCIAEJUSTIFICATIVA
Este estudo de grande relevncia para o setor turstico, pois um novo
segmento em questo. Florianpolis um polo promissor para o Turismo Nutico,
tendo em vista a sua geografia, belas praias, e a demanda de servios do setor.
A pesquisa chama a ateno para uma atividade turstica que gera muitos
benefcios econmicos para a regio, assim como trabalho direto e indireto, e
formao de novos profissionais, interessados no setor.
So tantas as vantagens para o Turismo de Florianpolis desenvolver o
Turismo Nutico que no compreensvel que rgos competentes ainda no
tenham se engajado nesta oportunidade.Outro fato que mostra o quanto importante o fundamento desta pesquisa o
interesse em garagens nuticas transformarem-se em marinas, devido demanda
que cresce a cada ano, por impulso de seus clientes e associados, que adquirem
novos barcos a cada ano, isso mostra o crescimento, e que sem infraestrutura se
torna difcil, estes turistas e velejadores se deslocarem a Florianpolis.
1.4ORGANIZAODOSCAPTULOS
A fim de atingir os objetivos propostos, a pesquisa est estruturada em cinco
captulos, nos quais sero descritos a seguir.
O captulo um refere-se a introduo do trabalho, a delimitao do tema,
assim como a definio do problema em questo no trabalho, a relevncia para
realizar a pesquisa e suas justificativas, e os objetivos, geral e especfico, que
mostram qual melhor caminho percorrer para alcana-lo.O captulo dois trata-se da metodologia usada e aplicada para a realizao da
pesquisa, o tipo de abordagem e o mtodo utilizado no trabalho.
O captulo trs reserva-se apenas para a fundamentao terica, que
desenvolvido atravs de pesquisas bibliogrficas, que resultam no embasamento da
pesquisa. Foi abordado, o conceito do Turismo e seus aspectos, o mercado turstico,
a segmentao do mercado do Turismo, a oferta e demanda do turismo, salientando
a importncia dos transportes no Turismo e suas divises, a histria do Turismo
Nutico no Brasil e no Mundo, a caracterizao do segmento do Turismo Nutico, o
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perfil do turista nutico, e por fim d incio a infraestrutura nutica de Florianpolis
que a fundamentao para a pesquisa desenvolvida.
O captulo quatro onde comea a discusso e so apresentados os
resultados obtidos com a pesquisa, mostrado o mapeamento de toda a
infraestrutura nutica de Florianpolis, e a caracterizao de Marinas e garagens
nuticas do municpio, que foram pesquisadas uma por uma, para obter melhor
concluso das instalaes e do que oferecido atualmente. Por fim uma anlise da
situao da infraestrutura de Florianpolis, de tudo que foi observado e pesquisado.
O captulo cinco se trata das consideraes finais, as concluses que foram
tiradas com a pesquisa de campo em relao infraestrutura nutica e suas
instalaes, atingindo os objetivos propostos no trabalho.Por fim, apresentam-se as referncias utilizadas ao longo do trabalho e os
anexos que foram utilizados para elaborao e desenvolvimento da pesquisa.
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2 ESTGIO DE PESQUISA
A pesquisa tem como objetivo caracterizar a infraestrutura nutica de
Florianpolis e, para tanto, a acadmica mapeou por meio de visitas in-loco a
infraestrutura nutica disponvel no municpio de Florianpolis, com nfase nos
trapiches pblicos, molhe e garagens nuticas. Estas ltimas foram inventariadas
utilizando o modelo de inventrio da oferta turstica, categoria B6, relativo aos
servios e equipamentos de lazer, elaborado pelo Ministrio do Turismo Mtur (ver
anexo 01).
Para a inventariao das garagens nuticas, foram visitadas todas as marinas
da regio de Florianpolis e o inventrio foi respondido pelos proprietrios, gerentesdas marinas e/ou marinheiros encarregados. A visita tcnica pelas marinas
promoveu uma viso ampliada do ambiente nutico, instalaes disponveis e o
potencial do setor nutico.
A abordagem utilizada para a realizao da entrevista nas garagens nuticas
deu-se por meio de contato direto por meio do qual se informou as pessoas
encarregadas das marinas, sobre o objetivo e a finalidade da pesquisa.
2.1METODOLOGIASDAPESQUISA
A presente pesquisa utilizou-se do mtodo indutivo, como mtodo de
pesquisa. Esse mtodo parte da anlise dos conhecimentos particulares para chegar
a um conhecimento geral que vai originar uma concluso. O mtodo indutivo, muito
utilizado na cincia, ajuda a alcanar grandes descobertas, por este modo de
raciocnio (FACHIN, 2006).
2.2PESQUISASQUANTOAOSOBJETIVOS
Quanto aos objetivos a pesquisa se caracteriza como uma pesquisa
exploratria. Esse tipo de pesquisa apresenta menor rigidez no planejamento, ela
realizada quando o tema pouco explorado, se torna difcil fazer hipteses sobre o
tema, levantamentos bibliogrficos, tcnicas quantitativas de coleta de dados so
aplicadas neste tipo de pesquisa (GIL, 2008).
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2.3QUANTOABORDAGEM
A abordagem qualitativa inicia com a qualificao da informao e se baseia
em critrios de qualidade para ser considerado de modo qualitativo. utilizado por
meio de descrio analtica e no de medidas ou nmeros (FACHIN, 2006).
2.4QUANTOSTCNICAS
Foram utilizados, na coleta de dados da presente pesquisa, a pesquisa de
campo e a pesquisa bibliogrfica.
A Pesquisa Bibliogrfica o processo de pesquisa e aprendizagem queocupa destaque entre as outras pesquisas, por ser a melhor e maior fonte de
conhecimento sobre qualquer tipo de assunto, um conjunto de informaes de
diversas linhas de pensamento, do que se limita a pesquisar, que esto reunidos em
s um lugar (FACHIN, 2006).
O levantamento bibliogrfico e a parte com que se pesquisam todos os livros
que iro ser estudados para o levantamento da pesquisa, livros didticos; livros de
informaes cientficas; livros de referncias; relatrios, entre outros materiaisbibliogrficos que so utilizados para o fundamento da pesquisa (FACHIN, 2006).
Esta tcnica foi utilizada para o desenvolvimento de toda a fundamentao
terica da pesquisa. Quanto pesquisa de campo aquela utilizada com o objetivo
de adquirir resposta para o problema que se deseja solucionar (MARCONI, 2002;
LAKATOS, 2002)
A pesquisa de campo inicia com a pesquisa bibliogrfica colhendo
informaes, depois definida a tcnica que ser utilizada para a coleta de dados,depois as tcnicas de registro, por fim definir objetivos, metodologia aplicada,
correlacionar pesquisa e o universo de seus componentes, estabelecer grupos
experimentais e de controle, introduzir os estmulos, controlar e medir os efeitos.
(MARCONI, 2002; LAKATOS, 2002).
A pesquisa de campo quantitativo-descritiva foi utilizada nesta pesquisa e
consiste em:
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Investigaes de pesquisa emprica, cuja finalidade o delineamento ouanlise das caractersticas de fatos ou fenmenos, a avaliao deprogramas, ou o isolamento de variveis principais ou chave [...](MARCONI, 2002; LAKATOS, 2002, p. 84).
So utilizados diversos tipos de tcnicas, entrevistas, questionrios,
formulrios (MARCONI, 2002; LAKATOS, 2002).
Durante a pesquisa de campo foi realizada a inventariao das garagens
nuticas de Florianpolis e, para tanto, utilizou-se o modelo de inventrio da oferta
turstica elaborado pelo Ministrio do Turismo (Ver anexo 01).
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3 FUNDAMENTAO TERICA
Neste captulo, ser exposto o conceito de Turismo e suas caractersticas,
assim como o mercado turstico, mostrando como essencial e faz diferena na
atividade a segmentao do mercado e a importncia da demanda e oferta para o
setor do turismo e os transportes.
3.1CONCEITOSDETURISMOESEUSASPECTOS
O Turismo foi definido em 1942 pelos professores suos Hinziker e Krapf,
como: A soma dos fenmenos e das relaes resultantes da viagem e dapermanncia de no residentes, na medida em que no leva residncia
permanente e no est relacionada a nenhuma atividade remuneratria. (BENI,
2003, p.).
Est definio foi reconhecida por organizaes internacionais e mostra que o
turismo tem vrios segmentos e reas, que centralizados resultam em um mesmo
objetivo, o turista. Existem muitas definies do Turismo de diversos autores, porm,
muitos deles consideram difcil encontrar uma definio completa e precisa para oTurismo, por isso ele analisado parcialmente. importante compreender alguns
aspectos isolados para entender o fenmeno do Turismo:
a) Viagem ou deslocamento: deslocamento essencial para o Turismo. O
termo tour como utilizado, de origem francesa, significa movimento
circular; deslocamento de ida e de volta. No existe turismo sem
deslocamento (BENI, 2003).
b) Permanncia fora do domiclio: Estritamente vinculado viagem, oelemento de permanncia fora da prpria residncia habitual parte
integrante do conceito de Turismo (BENI, 2003, p. 38). A permanncia no
local define vrios aspectos como fluxo, qual equipamento receptivo ser
utilizado no perodo da estada, quanto gasto no perodo de permanncia
no local, e interligada com outros pontos como a compreenso do
trfego turstico (BENI,2003).
c) Temporalidade: o turista que viaja para conhecer o local e termina
fixando residncia na localidade, o chamado imigrante.
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d) Objeto do Turismo: o que o turismo proporciona com os equipamentos
receptivos, produzindo, e distribuindo bens e servios tursticos atendendo
as necessidades dos Turistas (BENI, 2003).
O Turismo segundo Beni (2003, p. 39), tem caractersticas importantes que
ajudam a:
-Promover a difuso de informao sobre uma determinada regio oulocalidade, seus valores naturais, culturais e sociais;-Abrir novas perspectivas sociais como resultado do desenvolvimentoeconmico e cultural da regio;Integrar socialmente, incrementar (em determinados casos) a conscincianacional;-Desenvolver a criatividade em vrios campos;-Promover o sentimento de liberdade mediante a abertura ao mundo,estabelecendo ou estendendo os contatos culturais, estimulando o interesse
pelas viagens tursticas.
Porm, o turismo tambm pode provocar danos ao meio visitado como:
degradao e destruio dos recursos naturais; perda da autenticidade da cultura
local, entre outros aspectos negativos que se do com o desenvolvimento da
atividade turstica (BENI, 2003).
3.2MERCADOTURSTICO
Chamamos mercado turstico a integrao da demanda e da oferta de
produtos relacionados com a execuo e operacionalizao das atividades que
envolvem bens e servios de viagens e afins (LAGE et al., 2000, p. 29).
Define-se o mercado do Turismo como um quase monoplio, como citado por
Beni (2003), por ter uma oferta variada de produtos, com diversos preos, em
diferentes escalas de tipos de servios e no qual existe mercado para todos os
setores. O que um hotel oferece o outro apresenta de outra forma, com outro servio
e valores diferenciados, operadoras de turismo vendem roteiros tursticos para um
mesmo destino, porm com detalhes diferentes, nunca oferecero o mesmo roteiro
ou pacote. O Turista poder escolher uma pousada melhor e estar disposto a pagar
mais por ela, ou procurar por preos mais acessveis, e que tenha maior valor
agregado. Mas se os valores subirem muito, o turista deixa de lado a sua vontade e
fica com a pousada de valor mais baixo rapidamente. Exemplo: duas pousadas; uma
com caf da manh, ar-condicionado, frigobar, vista pro mar hidromassagem e camabox. A segunda tem tudo que a primeira oferece menos vista para o mar e a
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hidromassagem, por esse fator, o preo da segunda pousada ser menor que o da
primeira pousada, tendo pblico para os dois tipos de servios e valores, podendo
ser concorrentes, ou no em diferentes pocas do ano (BENI, 2003).
O mercado monopolstico caracteriza a situao de grandes hotis, grandes
agncias, bem como grandes cias areas, que se unem e trabalham em parceria,
criando o monoplio. As companhias areas internacionais ilustram o mercado
oligopolstico no Turismo pela diminuio de preo mesmo com adversidades como
a inflao, concorrncia do mercado, entre outros fatores (BENI, 2003).
O equilbrio da oferta e da demanda acontece quando a uma interao entre
os dois preos, tanto oferta, quanto demanda se encontram o que resulta em um
equilbrio de mercado (LAGE etal., 2000).Os bens e servios so complementares quando passam a ser consumidos
com outros produtos, a exemplo de pacotes de viagens, que inclui uma srie de
servios, de passagem, hospedagem e alimentao, entre outros (LAGE et al, 2000).
3.2.1 Segmentao do Mercado do Turismo
Segundo Keith Deiton (apudANSARAH, 1999,p. 13) Se uma pessoa entrarem um ramo de negcios tendo como nico objetivo juntar dinheiro grande as
chances de que no conseguir. Mas se colocar os servios e a qualidade em
primeiro lugar, o dinheiro cuidar de si mesmo.
A segmentao do mercado traz grandes benefcios para o conhecimento do
Turismo, com a segmentao fica mais fcil de estudar o mercado turstico em
partes homogneas, essa segmentao possibilita entender os tipos de transportes,
destinos geogrficos, posio demogrfica, nvel econmico e renda dos turistas,
escolaridade, estado civil, e qual estilo de vida destes turistas. A motivao deste
turista para viajar o principal meio de segmentar o mercado, o viajante tem
algumas opes como; turismo de descanso, cultural, gastronmico, de negcios,
eventos, congressos, feiras, sade, entre outros. As vantagens de segmentar um
mercado sem dvida, so inmeras, a promoo do maior nmero de pesquisas
cientficas e o aumento da concorrncia de mercado so algumas delas (BENI,
2003).
A segmentao, tambm mostra a estruturao do mercado turstico que
separado em oferta, equipamentos, bens e servios ofertados, e demanda que
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consiste na procura do que est sendo oferecido ou at de outro produto
dependendo da necessidade de cada turista (BENI, 2003).
A concorrncia um ponto de grande importncia na segmentao do
mercado, com ela se pode verificar o nicho, e o que um determinado tipo de clientela
busca, desta forma pode-se adequar os produtos tursticos a um determinado tipo de
cliente. (Ansarah, 1999).
Existem algumas formas e critrios de segmentao do mercado:
a) Geogrfica; socioeconmica; demogrfica; padres de consumo;
benefcios procurados; estilo de vida; personalidade; caracterizao
econmica;
b) Idade; Nvel de renda; Meios de transporte; Durao e permanncia;Distncia do mercado consumidor; Tipo de grupo; Sentido do fluxo turstico;
Condio geogrfica da destinao turstica; Aspecto Cultural;
c) Por afluncias: De descanso, prazer ou frias; desportivas; de negcios e
compras; de convenes, congressos, similares; gastronmicas, de sade
ou mdico teraputicas, cientficas, culturais, religiosas, de aventura,
ecolgicas, rurais. (ANSARAH, 1999).
A segmentao de mercado varia de empresa para empresa, e o tipo deproduto que esta sendo comercializado, depende tambm do tipo de turista ou
pblico que se quer alcanar (ANSARAH, 1999).
Segundo Lage (2000) existem duas questes bsicas para cada produto
turstico:
a) Quem pode proporcionar isso? Ou seja, quem pode ter recursos para isso?
b) A quem isso pode interessar? (Segmentao...).
Para Ansarah (1999, p. 31):
A segmentao uma estratgia de marketing usada pela administrao debens e servios. O turismo inclui-se no setor econmico de bens e servios,assim as aes que devem ser usadas no marketing turstico sodeterminadas pelas caractersticas do produto.
A segmentao do mercado ir determinar o pblico-alvo, como foco e
objetivo de estudo do marketing, quanto mais conhecimento pelo mercado, melhor
as tcnicas aplicadas promoo, publicidade, relaes pblicas, vendas, entre outrasfacilitam no processo (LAGE et al., 2000).
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Muitos fatores negativos so apontados na segmentao que so: os gastos
de uma viagem falta de tempo, limitaes fsicas, o estado familiar, e a falta de
interesse, porm, por outro lado, muitos so os aspectos positivos, que influenciam e
estimulam ainda mais o turismo, e o fazem crescer (LAGE et al., 2000).
3.2.2 Oferta do Turismo
De acordo com Beni (2003, p. 159), a oferta :
O conjunto de equipamentos, bens e servios de alojamento, dealimentao, de recreao e lazer, de carter artstico, cultural, social ou de
outros tipos, capaz de atrair e assentar em uma determinada regio, duranteum perodo determinado de tempo, um pblico visitante.
A oferta a quantidade de bens e servios que os produtores vendem por um
determinado preo e tempo, todos os produtos que esto disposio dos turistas
no mercado como restaurantes, hotel, agncias, navios, carros de aluguel, pacotes
tursticos, so exemplos de bens e servios e fazem parte da oferta (LAGE et al.,
2000).
Oferta tudo aquilo que a natureza oferece praia, mar, unida com a partecultural, e os servios que so oferecidos, formando a oferta como um todo. A oferta
responsvel pela zona receptora e emissora, e constituda por diversos tipos de
produtos, e no um s determinado tipo (BENI, 2003).
A oferta est dividida em 2 grupos, o primeiro da oferta original, que a
matria-prima na qual realiza, o processo de produo no turismo , e o segundo
constitui a oferta turstica agregada que responsvel pelas prestadoras de servios
das empresas tursticas.Oferta turstica agregada ou oferta turstica derivada representa os
transportes, que so parte essencial da oferta, alojamentos, lazer, agncias de
viagens, porm o consumo destes produtos realizado em conjunto, em momentos
diferentes, devido a isso, o produto turstico s pode ser consumido no momento.
(BENI, 2003).
Algumas caractersticas da Demanda e Oferta so:
a) Demanda- Concentrada no tempo- Concentrada no espao
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- Instvel- Elsticab) Oferta- Perodo de inatividade forada- Subemprego dos fatores de produo
- Instalaes no de todo utilizadas- Estrutura financeira rgida- Muitas taxas fixas (BENI, 2003, p. 164).
3.2.3 Demanda do Turismo
A demanda ou procura turstica como tambm chamada pode ser verificada
de muitas formas, como o nmero de turistas que chegam a um destino, o nmero
de hotis ocupados, o nmero de passageiros areos que chegam a uma localidade
entre outros nmeros apontados pelo turismo(LAGES et al., 2000).
O deslocamento dos turistas com a finalidade do turismo demandam alguns
tipos de servios, como os transportes, dependendo da rapidez com que se quer
chegar ao destino, o turista pode ser transportado por via area, mais rpido, ou
terrestre e martimo, que requer, mais tempo de viagem e percurso. A demanda
existe de acordo com as necessidades do turista naquela viagem, para se hospedar,
necessrio o transporte at o hotel ou pousada, assim quando a necessidade for
de alimentao, lazer, a demanda ser restaurantes, praias, clubes, passeios
tursticos entre outros produtos tursticos ofertados em uma regio.
A demanda em turismo diversificada, um complemento dos bens e dos
servios, o estudo dela se d com as motivaes que levam os turistas a viajar, sair
de frias, fazer turismo, desta forma pode-se analisar a demanda de forma
sistemtica (BENI, 2003).
A relao entre a quantidade demandada e o preo do produto turstico,chamada de curva da demanda, apresenta uma relao inversamenteproporcional, pois medida que os preos aumentam, os indivduos tendema consumir menos quantidade de bens e servios tursticos e vice-versa.(LAGES et al., 2000, p. 26).
As frias na fazenda, a combinao avio/navio, o naturalismo, as frias self-
service com a locao de casas, apartamentos ou chals, as viagens de jovens, o
turismo da terceira idade, o turismo de aventura entre outros, so exemplos da
diversificao e novas formas de expresso da demanda turstica. (BENI, 2003).
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Dentre os fatores que resultam na escolha do consumo de um determinado
servio turstico esto:
Os preos dos produtos tursticos, preos de outros produtos, renda dos
consumidores, gastos e preferncias dos indivduos, propaganda (LAGES et al.,
2000).
Os principais fatores que interferem na demanda so [...] de ordem
socioeconmica; psicolgica; especficos a cada destinao turstica; os que ligam
pases emissores a pases receptores.(BENI, 200, p. 213).
Para estudar melhor a demanda, existem vrios conceitos que esto
interligados com ela:
a) Visitantes: Indivduo que se desloca a um lugar distinto de seu entorno
habitual, por um perodo de tempo inferior a doze meses e cuja finalidade
principal da viagem no seja efetuar uma atividade remunerada no local
visitado( OMT,1993);
b) Entorno habitual: Corresponde aos limites geogrficos dentro dos quais o
individuo se desloca na vida cotidiana, exceto por cio ou recreao.
Entorno habitual no residncia, tendo em vista que o local de trabalho
faz parte do entorno habitual e pode ser distinto do local de residncia;c) Classe de visitantes por durao de viagem: Turistas, Excursionistas, em
Trnsito;
Classe de visitantes por destino: Internacionais e Internos;
d) Consumo Turstico: O quanto se gasto pelo turista , ou consumido
durante sua permanncia no local visitado.
Todos esses elementos ligados ao conceito de demanda interferem no
desenvolvimento da atividade turstica e na atrao e atendimento da satisfao dademanda do Turismo.
3.3 TRANSPORTES TURSTICOS
Para haver um turismo de qualidade e bem desenvolvido, necessrio o
desenvolvimento de um sistema de transporte turstico que atenda as necessidades
dos turistas e dos prestadores de servio entre os ncleos emissores e receptores e
dentro do ncleo receptor.
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O sistema de transporte turstico a estrutura composta por servios eequipamentos de um ou mais meios de transportes, necessrios aodeslocamento dos turistas e viajantes em geral entre ncleos emissores ereceptores e dentro dos mesmos. (PAOLILLO, 2001, p. 13).
O transporte est agrupado em quatro modais: hidrovirio, ferrovirio,
rodovirio e areo. O sistema dos transportes divide-se em trs elementos: a via, o
terminal, o veculo e a fora motriz. As vias so divididas em artificial e natural, as
artificiais so estradas e rodovias e as naturais so o mar, os rios e o ar. O terminal,
o local onde se d o ponto de partida do transporte, at o ponto de chegada, pode
ser a baldeao ou conexo do transporte ou do indivduo e geralmente um local
com infraestrutura, lanchonete, banheiro, telefone pblico e segurana. A fora
motriz junto aos tipos de vias e tipos de veculos que define a velocidade da
unidade de transporte. Todos esses fatores integrados e trabalhados de forma
sistemtica constroem o transporte turstico (PAOLILLO et al., 2002).
importante falar sobre todos os modais, frisando a importncia de cada um,
para mostrar a importncia do transporte no turismo.
3.3.1 Modal Ferrovirio
O transporte ferrovirio tem como principal elemento a ferrovia. constitudo
por trilhos e outras partes necessrias para o funcionamento da mquina.
Os elementos que constituem a ferrovia so segundo Paolillo et al. (2002,
p.44):
Carril: conjunto de dois trilhos de ao paralelos que assentaram sobredormentes de madeira, de concreto ou de ferro, que esto assentados
sobre terreno de cascalho ou terraplanado que o lastro;Bitola: distncia entre as bordas internas da superfcie superior dos trilhos;Tronco: linha principal de uma ferrovia que pode ser composta por linhasduplas ou simples, singelas;Ramais: linhas secundrias que alimentam o tronco;Automotriz ou litorina: vago de passageiros com motor diesel ou eltrico;Passes ferrovirios: bilhetes de transporte ferrovirio comercializados juntoaos turistas, de vrios tipos, tendo sua validade definida em funo donmero de dias. Podem ser indivduos ou para grupos. Exemplos: Europasse Eurailpass (Europa), North America Rail Pass (Amrica do Norte) e JapanRail pass (Japo).
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As vantagens do transporte ferrovirio so:
a) O trem pode transportar maior peso de passageiros e cargas em relao a
um avio;
b) No transporte ferrovirio transporta com tarifas reduzidas em relao aos
outros transportes devido a capacidade maior de transporte;
c) O trem um dos transportes mais seguros, alm do martimo, os acidentes
que tiveram consequncia fatal so insignificantes comparados com
estatsticas de outros transportes (TORRE, 2002).
As desvantagens so:
a) Equipamentos ferrovirios, pontes, tneis, e outras construes
necessrias so de custo muito elevado;b) Em relao ao automvel o trem tem certa desvantagem pois o automvel
deixa sua entrega na porta;
c) E pela a velocidade do automvel que mais rpida que a do trem.
(TORRE, 2002).
Outros modais como o transporte areo e martimo so mais utilizados no
turismo nacional e possuem uma oferta de produtos e equipamentos maior que o
transporte ferrovirio. E por 96% da malha ferroviria brasileira ser de bitola estreita,o transporte ferrovirio no est dentro dos padres internacionais(PAOLILLO et al.,
2002).
O transporte ferrovirio tem despertado maior interesse para quem deseja um
turismo de cenrios panormicos que se pode ser feito em locomotivas e maria-
fumaa (PALHARES, 2002).
Serra Gacha, no trem do vinho, o qual leva a uma colnia italiana onde
pode-se degustar vinhos, champanhe, queijos, ter um maior contato com a cultura efolclore da regio (PAOLILLO et al., 2002).
Em Santa Catarina uma Maria fumaa passa por Rio Negrinho, So Bento do
Sul e Rio Natal. Os turistas nesta regio podem apreciar a cultura polonesa da
regio. No Paran, o caminho percorrido de Curitiba a Paranagu e passa por
Morretes, onde possvel desfrutar de uma comida tpica, o barreado, e ainda
apreciar a vista da descida da Serra do Mar (PAOLILLO et al., 2002).
J em Minas Gerais, em especfico So Joo Del Rey e Tiradentes, na regio
do Barroco Mineiro, onde ainda existem as conhecidas Mariafumaas, encontram-
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se as ltimas locomotivas a vapor. A viagem remete a um passeio pelas cidades
histricas da regio (PAOLILLO et al., 2002).
Por fim o trem do forr, em Pernambuco, vai de Recife a Caruaru, na poca
do So Joo. chamado de Arrai mvele tem uma proposta diferente, ao longo
do percurso, ao som da zabumba e da sanfona, os sanfoneiros colocam todos os
passageiros pra danar forr, desfrutar a paisagem e conhecer pessoas de diversas
partes do Brasil e do mundo (PAOLILLO et al., 2002).
3.3.2 Modal Rodovirio
O transporte rodovirio realizado atravs de carros particulares, nibus delinhas regulares e fretamentos, e servios de locao de carros. Os transportes
coletivos rodovirios so divididos em regular e de fretamento, as linhas regulares
esto separadas em urbano, suburbano, convencional, leito e executivo e a linha de
fretamento em contnuo e eventual (PAOLILLO, 1990).
O transporte rodovirio compreende grande parte da rede de transportes de
uma cidade, ele interliga-se aos outros modais, e a primeira forma de transporte no
segmento turstico (PALHARES, 2002).Nas linhas de nibus de operao regular ainda existem linhas municipais
urbanas e rurais, de um municpio, linhas intermunicipais, que so as com mais de
dois municpios, e linhas internacionais do Brasil para outros pases da Amrica
Latina (PAOLILLO et al., 2002).
Vantagens do transporte rodovirio:
a) mais econmico comparado com os outros tipos de transporte;
b) Trajeto cmodo e mais prazeroso;c) Pode haver mudana de itinerrio caso seja solicitado pelos turistas;
d) Custos de salrio de funcionrios reduzidos, pois no h necessidade de
muitos colaboradores (TORRE, 2002).
Os nibus rodovirios esto classificados em:
a) Convencional: 40 a 50 assentos,sanitrio, poltronas reclinveis e
acabamento mais simples;
b) Executivo: 30 a 40 assentos, sanitrio, ar-condicionado, poltronas
reclinveis, servio de gua e caf self-service, disponvel travesseiro e
cobertor;
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c) Leito: de 25 a 35 leitos, um nmero mais reduzido do que os outros
modelos, sanitrio, ar-condicionado, servio de gua e caf self-service, kit-
lanche, poltronas reclinveis tipo cama, televiso e dvd (PAOLILLO et al.,
2002).
A classificao dos nibus de turismo diferente como as citadas logo a
seguir:
a) Standard: motorista, computador de bordo, poltronas reclinveis com
descanso para os ps, sanitrio, guia de turismo, microfone;
b) Luxo: Todos os quesitos que o standard possui, e comissria completa,
geladeira, ar-condicionado, travesseiro;
c) Superluxo: Possui todas as caractersticas dos outros modelos, alm depoltronas leito forradas com couro, cobertor, dvd, televiso, porta-copos,
cafeteira, geladeira, micro-ondas, calefao e esterilizador de ar
(PAOLILLO et al., 2002).
Algumas empresas possuem a opo de intermodalidade entre nibus e avio
como a transportadora Unio, Breda, Andorinha que fazem conexo na
intermodalidade com a Gol Linhas Areas(PAOLILLO et al., 2002).
3.3.3 Modal Areo
Com o avano tecnolgico da Aviao, iniciou-se e desenvolveu-se um
turismo de massa que possibilitava as pessoas viajar por longa distncia em um
curto espao de tempo. A necessidade de se fazer negcio levou a um fluxo maior
de viajantes e os turistas comearam a utilizar o transporte em voos regulares como
tambm nos voos charter (fretados)(PAOLILLO et al., 2002).O transporte areo altamente regulamentado, representa desenvolvimento
em vrios pases, desde a sua criao, as regulamentaes no econmicas, a
segurana e infra-estrutura da aeronave, e a econmica constam os direitos de
trfego que so as liberdades do ar (PALHARES, 2002).
A aviao est dividida em militar e civil, a civil o lado da aviao comercial,
das companhias areas, e a militar esto todas as outras modalidades da aviao. A
IATA (Internacional Air Transport Association) foi responsvel por toda a
padronizao da aviao civil desde a Segunda Guerra Mundial. Toda a linguagem
utilizada na aviao, assim como cdigos de companhias areas e tarifao, foi
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desenvolvida pela IATA. Toda a operao feita como o trfego e as
regulamentaes de sobrevo so coordenadas pelas bases dos pases que esto
dentro do que chamado as 5 liberdades do Ar, que foi criado em 1944 na
Conveno de Chicago (OMT, 1995), que so:
a) Primeira Liberdade Direito de sobrevoar o territrio de um determinado
pas sem pousar;
b) Segunda Liberdade Direito de efetuar paradas no territrio de um
determinado pas, sem trfego;
c) Terceira Liberdade Direito de transportar para um determinado pas,
passageiro, cargas e correios de um determinado Pas e companhia area.
d) Quarta Liberdade Direito de recolher, no territrio de um determinadopas, passageiro, carga e correio;
e) Quinta Liberdade Direito de transportar nos dois sentidos, ida e volta,
cargas, passageiros, de um pas para outro (PAOLILLO et al., 2002).
Existem ainda mais 3 liberdades que surgiram aps a Conveno que so: a
sexta, stima e oitava liberdade, que vo alm dos outros contratos que do mais
direito as companhias areas e aos acordos de rotas, entre uma companhias area
e outra, podendo transportar os passageiros para qualquer lugar, no qual os pasese companhias areas estejam acordados (PAOLILLO et al., 2002).
Em 2000 com o processo de privatizao dos aeroportos, foi criada a Agncia
Nacional de Aviao Civil - ANAC para gerenciar os aeroportos e todos os
procedimentos implantados por ela, a serem bem executados, sob pena de leis e
multas. Toda a regulamentao da aviao civil brasileira feita pelo ANAC-
Agncia Nacional de Aviao Civil, e est no Regulamento Brasileiro da Aviao
Civil (ANAC, 2012).As principais grandes companhias brasileiras hoje so: Gol Linhas Areas,
Tam Linhas Areas, Azul Linhas Areas em parceria com a TRIP linhas areas,
Webjet Linhas Areas.(ANAC, 2012).
Devido a alguns fatores como: 11 de setembro, alta do dlar e crise argentina.
Em virtude desta realidade algumas companhias areas comearam a adotar outras
mtodos para atravessar a crise, surgindo assim um novo cenrio com a Gol Linhas
Areas que inovou com o seu mtodo low cost, low fare, com tarifas baixas devido a
reduo de gastos e servios a bordo, como alimentao por exemplo(PAOLILLO et
al., 2002).
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3.3.4 Modal Nutico, Martimo, fluvial e lacustre
Com a maior necessidade da intermodalidade nos dias de hoje, as empresas
martimas comeam a se dedicar mais para o transporte de cargas e as companhias
de navegao de passageiros se voltam para os cruzeiros martimos (PALHARES,
2002).
No entanto, da mesma forma que o transporte areo foi responsvel pelo
declnio do transporte martimo, hoje o maior indutor, devido intermodalidade,
dos pacotes air/sea(ar/mar). Na dcada de 70, muitos turistas foram atrados pelos
pacotes de voo charter, e isso deu incio a abertura de novas empresas de Cruzeirosmartimos e lanamento de novos navios (PALHARES, 2002).
O transporte fluvial completamente diferente do transporte martimo, isso
pela profundidade dos rios e seus barcos suportam em mdia 20 passageiros. J os
cruzeiros fluviais recebem em mdia, em suas embarcaes, de 6 a 100 passageiros
dependendo da embarcao. No Brasil, nem todos os rios esto disponveis e
possui uma topografia adequada, o Rio So Francisco, por exemplo, um rio de
planalto, prejudicando toda a viabilidade de navegao, no caso do Amazonas, quepossue 23 mil km de guas navegveis, j operado cruzeiro por empresas como
P&O (PALHARES, 2002).
Os custos dos transportes so de grande importncia, pois determinam qual
tipo de transporte ser escolhido pelo turista e o volume de trfego de uma rota
utilizada por turistas (PAOLILLO et al., 2002).
Os principais fatores que demonstram a importncia da navegao de
cabotagem e a de longo curso para o Brasil so: a oferta de um longo litoral, assimcomo rios da bacia amaznica e os lagos, com uma grande e valiosa rede de
navegao o que pode promover um crescimento acelerado a baixos custos
(PELIZZER, 1978).
As vantagens do transporte martimo so que sua via de transporte no tem
limites e nem barreiras e, alm disso, pode-se navegar, de forma geral, para
qualquer lugar do mundo. Alm de poder contar com uma estrutura de acomodao
com alto grau de conforto, alimentao, entretenimento para diferentes idades,
grupos de pessoas e temticas diversas (PAOLILLO et al., 2002).
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Uma das desvantagens do Transporte Nutico, sem dvida, a velocidade
com que o navio se movimenta que mais devagar em relao ao transporte areo,
por exemplo. O fator da localizao dos terminais, portos, marinas, serem distantes
aos principais locais de emissores de turistas brasileiros tambm uma grande
desvantagem deste transporte, mas esta distncia favoreceu os lugares que tinham
vrios destinos tursticos prximos como Caribe, que domina o mercado de cruzeiros
martimos e Mediterrneo que fica logo em seguida como um dos mais procurados
(PAOLILLO et al., 2002).
O transporte tem grande importncia no desenvolvimento socioeconnomico
da regio. O sistema de transporte interfere no ambiente das comunidades
receptoras gerando mudanas na localidade, aumento de empregos e salrios, enovas oportunidades de mercado, assim como desenvolve rapidamente o turismo
local. Com o aumento da demanda, cresce a necessidade de melhorias nos
transportes, e essa melhoria constante, no s nos transportes, mas na estrutura
local, e na forma profissional com que os turistas so recebidos que vai trazer o
crescimento do turismo em uma determinada comunidade (PAOLILLO et al., 2002).
O transporte traz grande desenvolvimento para centros tursticos, porm
provoca impactos negativos ao ambiente, quando mal posicionado e estruturado porquem o comanda. Esses impactos podem ser de vrias escalas: trafgo, rudos,
poluio, danos vegetao, danos a recifes de corais, barreiras de corais,
efluentes, desgaste do solo, entre outros (PAOLILLO et al., 2002).
3.4 A HISTRIA DO TURISMO NUTICO NO BRASIL E NO MUNDO
O conceito de viagens em navios foi desenvolvido a fim de conhecer vriosdestinos litorneos e surgiu no sculo XIX, no Reino Unido.
Na dcada de 1890 a Orient Lines operava cruzeiros regulares no Caribe,no Mediterrneo e na Escandinvia. No incio do sculo XX, empresas comoa White Star Line (a mesma que operou o Titanic), P&O (Peninsular andOriental Steam Navigation Company), dentre outras, passaram a operarcruzeiros regulares.Na dcada de 1930 surgiram os navios luxuosos, alguns no estilo artdco,com infraestrutura mais confortvel, inclusive com cabines com vista para omar. Em 1938, o Normandie, at hoje considerado por muitos o mais belonavio j construdo, efetuou um cruzeiro de 22 dias. (PALHARES, 2002,
p.235).
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Com o transporte das tropas de volta para a casa, aps a Segunda Guerra
Mundial, o transporte martimo foi ativado e novamente foi restabelecida a ligao
entre ndia e Austrlia. Em 1958 o transporte aquavirio entrou em colapso com o
primeiro vo do Boeing 707, foram desaparecendo as linhas regulares aos poucos e
depois, com a chegada do Boeing 747 em 1969, que era duas vezes mais rpido
que o Boeing 707, as linhas foram encerradas.
Havia uma dificuldade das empresas que operavam na poca, de entrar para
o mercado de cruzeiros martimos, pois s havia mo-de-obra disponvel do prprio
pas e era muito mais cara, assim como outros fatores que so poucos recursos para
transformar navios de linhas regulares que tinham duas ou trs classes, em navios
de cruzeiros que possuem apenas uma classe. Outro fato determinante que oturista de cruzeiro est procura de infraestrutura, lazer, boa alimentao, servios
de boa qualidade, assim como atraes que possam existir no interior da
embarcao, diferentemente do que disponibilizavam as linhas regulares (PAOLILLO
et al., 2002).
Com a oferta da aviao de viagens mais curtas e confortveis as rotas
areas comearam a tomar conta do mercado de transportes rapidamente, fazendo
com que as empresas de navegao repensassem seus negcios, visando arenovao, o foco e uma forte atuao no mercado (AMARAL, 2002)
Em 1990, houve um marco causado pelos novos Super liners que tinham
maior capacidade, alm de muitos outros benefcios para os turistas. O navio
Sovereing of the Seas, da Royal Caribbean International, foi o mais cobiado e
sensacional do tempo, e veio para inovar. Neste ano os navios foram melhorando
suas capacidades e trazendo cada vez mais atividades, entretenimento e conforto
aos hspedes (AMARAL, 2002).Contudo, o transporte areo que foi o precursor do declnio do transporte
martimo tambm o principal responsvel pelo sucesso dos cruzeiros martimos
atualmente (PELIEZZER, 1978).
A Histria da navegao no Brasil comea em 15 de julho de 1833 quando o
Senador Nicolau Pereira dos Santos Vergueiro, que trabalhou muito pelo
desenvolvimento dos transportes nos Pas, anunciava um plano de criar no Pas
uma grande empresa nacional de navegao a vapor (PELIEZZER, 1978).
Em 1836 foi o incio da implantao da navegao costeira a vapor do Brasil.
A lei n632 de 18 de setembro de 1851, oferecia uma srie de incentivos para os
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empresrios que se propusessem explorar a pequena cabotagem de forma regular,
empregando navios a vapor (PELIEZZER,1978, p. 91). Mas s por fim em 1873, foi
criado a Companhia de Navegao a vapor, na qual a linha era Rio-Montevidu
(PELIEZZER, 1978).
O mercado nutico brasileiro teve como divisor de guas a data de 15 de
agosto de 1995, quando foi aprovada a Emenda Constitucional n7, que autorizava a
navegao de cabotagem nos portos do Pas por navios de bandeira estrangeira.
Alguns cruzeiros que eram realizados na poca eram feitos pela Agaxtur em parceria
com empresa italiana Costa Cruzeiros, a Agaxtur fretava navios do inverno europeu,
foi a pioneira neste sentido. Com a nova legislao, o aumento de cruzeiros ano
aps ano desde 1997, s cresceu, e o aumento foi de quase 110% at 2002(PALHARES, 2002).
O turismo fluvial no Brasil, devido a topografia do Pas, e da opo de
gerao de energia eltrica por meio de hidroeltricas, faz com que grande parte dos
rios fiquem inadequados para a navegao. Porm o Rio Amazonas com 23 mil km
de vias navegveis, junto com toda a hidrografia da floresta amaznica so os que
oferecem mais opes para turismo fluvial. Algumas empreas como P&O e a Enasa
oferecem cruzeiros para o Amazonas. A P&O parte de Barbados no Caribe(PALHARES, 2002).
O Brasil um dos destinos com maior potencial para o desenvolvimento do
turismo nutico do mundo, pois possui 8.500 mil km de costa banhados pelo
Oceano, 35.000km de vias internas navegveis, arquiplagos, ilhas, boas condies
de navegao ao longo do litoral e sem fenmenos naturais como terremotos,
maremotos, possuem margens de reservatrios de gua doce, como hidroeltricas,
lagos e lagoas, mangues, alm de ter o clima ameno e favorvel para a prtica danavegao e turismo nutico (HRDLICKA, et al.,2005). .
Durante anos, o Brasil simplesmente se manteve a margem das rotas de
navegao dos milhares de turistas e velejadores que passeiam com seus barcos
pelo mundo, devido ligao entre a licena de permanncia do barco em guas
nacionais e o visto do turista/proprietrio da embarcao. Situao que comeou a
mudar a partir de setembro de 2006 (BRAZILTOUR, 2012).
Como consequncia desta ao, a cada ano vem crescendo o nmero de
barcos estrangeiros a circularem por guas brasileiras. Muitos atrados pelo poder
da divulgao boca-a-boca, onde as belezas naturais existentes ao longo do litoral,
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a navegao tranquila e o fim da lei que inibia a vinda dos turistas para o Brasil so
alardeados pelos prprios navegantes (BRAZILTOUR, 2012).
3.4.1 Caracterizao do Segmento do Turismo Nutico
O Turismo Nutico mantido pela atividade de lazer, que est ligada ao
litoral, rios, lagos, lagoas, e tambm esportes nuticos atravs de embarcaes
pequenas at grandes navios (BRASIL, 2010; HRDLICKA, et al., 2005).
A vontade de admiradores da navegao seja no mar ou em guas tranquilas
despertou o interesse para um novo tipo de turismo, que se pode iniciar com um
simples barco, em uma viagem curta a uma praia prxima, at um cruzeiro que faz
rotas intercontinentais, e tem durao de alguns dias ou vrias semanas. Todasestas formas de turismo nutico requerem uma mnima infraestrutura para este
turista e suas embarcaes, como: portos, fundeadores, atracadores, marinas,
garagens nuticas e at clubes nuticos. Existe a necessidade de restaurantes de
boa gastronomia, pois o pblico em questo exigente e geralmente com poder
aquisitivo alto. As lojas de artesanatos a souvenirs, e lojas de convenincia podem
ser grandes geradores de renda em marinas ou empreendimentos nuticos, pois
este turista possui grande poder de compra, gerando compras incentivadas peloturismo. No se pode esquecer-se da infraestrutura bsica de apoio ao turista
nutico em diferentes tipos de embarcaes, bem como visitantes, trabalhadores e
marinheiros, que inclui: banheiros e vestirios (BRASIL, 2010).
preciso considerar tambm a segurana e a acessibilidade que so pontos
fortes e chaves para uma boa qualidade na estrutura de apoio ao turista nutico.
Neste sentido, existe uma necessidade da capacitao neste setor, atravs de
cursos tcnicos e especializaes na rea nutica, que carente de profissionais nosetor, a nvel nacional (BRASIL, 2010).
Por menor que seja a embarcao ou a quantidade de dias que o turista
permanecer no local visitado, naturalmente, ele ter gastos e despesas, com
restaurantes, lojas, abastecimento, pousadas, hotis. Isso mostra a viabilidade do
Turismo Nutico e a necessidade de se investir no desenvolvimento do segmento
(HRDLICKA, et al., 2005).
Todos esses fatores colocam o Brasil como um dos principais locais para
desenvolver o Turismo Nutico, alm do crescimento e a ampliao da indstria
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nacional de barcos e navios. Porm, o Brasil com todos esses atributos ainda no
aproveita sua vocao para o turismo nutico (HRDLICKA, et al., 2005).
necessria a estruturao do destino para receber estes visitantes,
construo de marinas pblicas, implantao e qualificao de servios de receptivo
e equipamentos tursticos nas regies a fim de dar o suporte necessrio para estes
turistas, e todos os envolvidos com o setor de forma direta ou indireta, alm da
prestao de servios, impulsionando ao bom funcionamento e desenvolvimento do
Turismo Nutico (BRASIL, 2010).
A parceria entre a iniciativa privada e o poder pblico de extrema
importncia para o crescimento do setor, pois o trabalho em conjunto mantm o
equilbrio necessrio para o Turismo nutico deslanchar no Brasil (HRDLICKA, et al.,2005).
A principal motivao do Turismo Nutico a utilizao da embarcao como
principal meio de transporte na prtica turstica. O Turismo Nutico associa esporte,
aventura e prazer e praticado na gua com barcos de vela a motor. Entre as
atividades nuticas e recreativas que so desenvolvidas, esto:
a) Caiaque;
b) Esqui aqutico;c) Vela;
d) Acqua- rider;
e) Boia-cross;
f) Rafting;
g) Bodyboardng;
h) Outrigger;
i) Canoa havaiana;j) Canoa;
k) Windsurf;
l) Pesca;
m) Passeios de barco;
n) Passeios de balsa;
o) Cruzeiros;
p) Mini-cruzeiros;
q) Regatas (HRDLICKA, et al., 2005).
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3.4.2 O perfil do turista nutico
O perfil do turista Nutico difere muito de acordo com o tipo de embarcao e
nacionalidade do turista. Existem diferentes necessidades de consumo destes
turistas nacional e internacionalmente (BRASIL, 2010).
O turista Nutico, no geral, procura restaurantes, compras, badalaes,
visitao a locais preservados, museus, trekking, folclore e cultura da regio,
apresentaes culturais, assim como atividades nuticas paralelas. Alguns pontos
observados pelo turista tambm so a infraestrutura do local, assim como
segurana, limpeza, proximidade dos atrativos, atividades de lazer e recreio, poderdescansar, atividades noturnas e o clima (BRASIL, 2010).
Em se tratando do turista de cruzeiro, este tem como objetivo desfrutar do
maior nmero de atividade dentro do navio, como festas, aulas de danas, jogos,
restaurantes, lazer, entretenimento entre outras coisas que proporcionado neste
tipo de viagem (BRASIL, 2010).
O turista Nutico, em particular, o de cruzeiros e navios tem idade entre 31 e
65 anos, 54% deste tipo de turista possui nvel superior e 20% ps-graduao, 80%possui uma renda familiar acima de 10 salrios mnimos, estimou-se tambm que
55% dos turistas de cruzeiros viajam para o exterior e 94% buscam viagens pelo
Pas. A maioria deste tipo de turista procura segurana, agilidade e conforto, e tem
pouco tempo para viajar, opta por conhecer o maior nmero de atrativos durante a
atracao, restaurantes, shows, festas, e etc. Em mdia 75% dos turistas de
cruzeiros e navios retornam ao destino turstico visitado por via area (BRASIL,
2010).O turista Nutico de recreio e esporte, para barcos de pequeno e mdio porte,
tem como principais motivaes, a gua, conhecer novos lugares, desfrutar de
liberdade e autonomia, a qual o viajante pode formular seu prprio itinerrio, assim
como prolongar a estadia, mudar sua rota e determinar quanto tempo ir passar no
determinado lugar. Neste tipo de embarcao o turista pode ainda desfrutar de
estadia, moradia, assim como pode preparar a sua alimentao e utilizar (o barco)
como meio de transporte. O contexto de preservao da Natureza, gastronomia,
descoberta de novo lugares, cultura local, determinam o destino no qual se vo
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viajar, as atividades nuticas, lazer e competio so outros fatores importantes na
hora da escolha do lugar.
A atividade nutica de competio d origem aos eventos nuticos esportivos,
devido a essas competies, os participantes seguem um calendrio e locais que
ocorrero os eventos e competies esportivas. Esse tipo de segmento pode
promover o turismo de forma indireta, pois existe uma propaganda voltada para a
mdia deste tipo de esporte e evento, trazendo competidores, turistas, interessados,
divulgando ainda mais a regio e o Turismo Nutico. (BRASIL, 2010).
Competies internacionais como Velux, Jacques Vabre, Volvo Ocean,
Clipper Round, Transat 6.50, entre outras so de grande importncia para a
promoo do lugar e assim como deste tipo de turismo e mostram o grandepotencial de investidores e negcios que existe para o desenvolvimento do Turismo
Nutico (BRASIL, 2010).
O perfil deste tipo de turista vai de acordo com a embarcao que ele utiliza
de mdio e pequeno porte, e sua nacionalidade, o turista nutico, velejadores,
apresentam diferentes tipos de perfil, aquele turista com embarcao prpria tem:
idade entre 40 e 50 anos, poder aquisitivo elevado, gasta em mdia 5 vezes mais
que o turista convencional com passeios, alimentao, compras, geralmente o turista europeu ou americano, profissional liberal ou empresrio, interessa-se pela cultura
local, gastronomia local, atividade nuticas, permanece grande parte do tempo
bordo, visita vrios destinos dentro do Pas, e quando vai embora continua gerando
renda pois deixa seu barco em alguma marina, para quando retornar poder desfrutar
dos passeios novamente. Os turistas com embarcaes alugadas possuem perfil
diferente. Homens de 30 a 50 anos, formao tcnica ou superior, profissionais
liberais ou empresrios (BRASIL, 2010).O turista de embarcao de mdio porte est classificado em dois tipos:
velejadores e lancheiros, os velejadores com mais mobilidade percorrem um
caminho maior e se aventuram por percursos maiores pelo Pas globalizando o
turismo Nutico e as travessias transocenicas.
Existem dois perfis dos turistas velejadores: com embarcao prpria e
alugada.
O velejador com embarcao prpria possui tempo disponvel para viagens
longas, empresrio, profissional liberal, ou aposentado, geralmente este turista
de classe mdia alta ou classe alta. O velejador, na grande maioria, reside prximo
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ao local, ou possuem casa no destino, participam de regatas, eventos nos principais
destinos nuticos esportivos.
Os velejadores que alugam suas embarcaes pertencem classe mdia,
suas viagens so realizadas apenas aos finais de semanas, e utilizam-se dos
servios de aluguel das marinas. O turismo Nutico, especificamente o de veleiros,
hoje em dia j bastante popular, desmistificando a ideia de que s pessoas com
poder aquisitivo podem fazer parte desta parcela de turistas, hoje 15% da frota das
embarcaes de esporte e recreio so de veleiros. (BRASIL, 2010).
Os lancheiros utilizamse mais dos equipamentos nuticos onde ficam
localizadas suas embarcaes devidas necessitarem de abastecimento e o
deslocamento no poder ser muito distante. Este tipo de turista utiliza em geral hotelde 4 a 5 estrelas,transporte areo, gastronomia local, cultura local, folclore,
artesanatos, pacotes tursticos nuticos e terrestres (BRASIL, 2010).
3.4.3 Infraestrutura para o Turismo Nutico
A principal motivao para o Turismo Nutico no a embarcao como meio
de transporte, mas sim como motivador da prtica do Turismo. A atividade nuticaatrelada com o patrimnio natural e cultural torna-se um produto turstico singular no
mercado (BRASIL, 2010).
Para que o Turismo Nutico se desenvolva de forma sustentvel,
principalmente no mbito econmico, necessrio que uma ampla oferta de
infraestrutura seja disponibilizada, de modo a atender as necessidades dos
prestadores de servio e dos usurios deste segmento do turismo.
Para entrar mais a fundo na infraestrutura nutica necessrio conheceralguns pontos principais que favorecem esta estrutura:
a) Atracadouros denominam-se stio, local, onde atracam as embarcaes,
onde descansam as embarcaes, igual a atracadouro (dicionrio online).
Combinao de um\ ou mais peres, dotados ou no de ramificaes
(fingers) fixas ou flutuantes, que pode apresentar terminais de servios
(pontos de luz, rede de combate a incndio, gua potvel, telefone,
esgotamento por suco) (COLIT, 2012);
b) rea de fundeio: rea destinada ancoragem de navios que aguardam
autorizao para entrada na rea de atracao dos portos;
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c) rea de fundeio das marinas: rea destinada ancoragem de
embarcaes de lazer e recreio;
d) rea do porto organizado: compreendida pelas instalaes porturias,
quais sejam, ancoradouros, docas, cais, pontes e peres de atracao e
acostagem, terrenos, armazns, edificaes e vias de circulao interna,
bem como pela infraestrutura de proteo e acesso aquavirio ao porto tais
como guias-correntes, quebra-mares, eclusas, canais, bacias de evoluo
e reas de fundeio que devam ser mantidas pela Administrao do Porto;
e) Bacia de evoluo: local definido previamente nas proximidades da
estrutura nutica, dotado de dimenses e profundidades adequadas
manobra e giro das embarcaes;f) Base de charter: estruturas nuticas em que barcos de mdio e grande
porte so colocados para locao;
g) Deck: plano superior de um per, cais ou trapiche;
h) Doca: parte de um porto ladeada de muros ou cais, onde as embarcaes
tomam ou deixam carga ou passageiros;
i) Empreendimento nutico: edificao ou conjunto de edificaes utilizadas
como apoio atracao, embarque, desembarque e trnsito de pessoas,cargas ou produtos e embarcaes, com instalaes de apoio ou
facilidades vinculadas, inclusive em terra, tais como marina, garagem
nutica, clube nutico, base de charter, entreposto, empreendimento
aqucola e terminal pesqueiro;
j) Estaleiro: local equipado para a construo, recuperao, consertos e
manuteno de embarcaes e seus equipamentos;
k) Estrutura nutica: equipamento ou conjunto de equipamentosorganizadamente distribudos por uma rea determinada, com a finalidade
de apoio atracao, embarque, desembarque e trnsito de pessoas,
cargas ou produtos ou atividade sobre o espao fsico em guas
pblicas, tais como empreendimentos nuticos, peres, rampas, trapiches,
flutuantes, atracadouros (flutuantes ou no);
l) Garagem nutica: estrutura nutica que combina reas para guarda de
embarcaes em terra ou sobre a gua, cobertas ou no, e acessrios de
acesso gua, podendo incluir oficina para manuteno e reparo de
embarcaes e seus equipamentos.
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m) Molhe: construo lanada da terra para o corpo d'gua, geralmente
construdo com enrocamento, destinado a quebrar o mpeto do mar e servir
de abrigo a embarcaes;
n) Marina: estrutura nutica composta por um conjunto de instalaes
planejadas para atender s necessidades da navegao de esporte e lazer,
podendo possuir reas de fundeio para guarda das embarcaes, servios
de lavagem, venda de combustvel e manuteno, alm de hospedagem,
esporte e lazer;(COLIT, 2012).
O conceito de Marina, que refere-se orla litornea uma palavra de origem
italiana, adotada em 1928, pela Associao Americana de fabricantes de barcos e
equipamentos Nuticos, para nomear o novo conceito de apoio porturio asembarcaes de recreio e lazer. Essas novas instalaes modernas alm de
manterem as funes normais de apoio s embarcaes, vo oferecer servios
adicionais como gua, energia, televiso a cabo, telefonia, remoo de esgotos e
rejeitos, servios de manuteno, vestirio para usurios e marinheiros, lojas de
convenincia, lazer e recreao, estacionamento e at heliporto.
o) Per: construo lanada da terra sobre o corpo d'gua, montada sobre
pilotis, combinada ou no com flutuantes, que serve para lazer e paraatracao de embarcaes;
p) Rampa: construo em plano inclinado, lanada da terra para o corpo
d'gua, utilizada para lanamento e recolhimento de embarcaes;
q) Terminal pesqueiro: estrutura de apoio s atividades pesqueiras, tais como
ancoradouro, doca, cais, ponte e per, envolvendo armazm e fbrica de
gelo entre outros, inclusive em terra; (COLIT, 2012).
r) Trapiche: superfcie horizontal, em estrutura leve, plana, montada sobreflutuante ou pilotis, lanada da terra para a gua, para acesso a
embarcaes (HRDLICKA, et al.,2005).
O lazer e o comrcio envolvido so o que movimenta economicamente as
marinas, lojas, restaurantes, hotis e acomodaes, museus, entretenimento e o
ambiente so pontos atrativos de uma marina.
Os produtos vendidos nas lojas vo de artesanatos, vinhos, livros, at
antiguidades, levando ao turismo de compras, que est ligado diretamente com o
turismo nutico. A gastronomia servida nos restaurantes das marinas geralmente a
base de pratos diferenciados e sofisticados. Museus e galerias em uma Marina
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atraem muitos turistas e so considerados diferenciais para o pblico. Pode-se citar
um grande exemplo de museu itinerante, o navio S.S Great Britain de Bristol,
Inglaterra, que tem uma atrao de pblico de 125 mil visitantes por ano trazidos de
navios, yatchs e barcos. Nas marinas podem ser sediados e produzidos diversos
tipos de eventos, o ambiente leva o turista a ter interesse por esse tipo de espao e
evento nestas localidades (HRDLICKA, et al.,2005).
O Brasil vem mostrando crescimento no mercado do Turismo Nutico. A cada
ano que passa, aumenta a procura por cruzeiros martimos, nas temporadas de
vero, e a oferta dos produtos tursticos consequentemente cresce. Porm existem
fatores negativos da infraestrutura nutica que apresentam certos problemas, e
estes podem dificultar o crescimento do setor no pas, so eles:a) Deficincia de infraestrutura porturia e poucos portos com terminal de
passageirosestes ainda so antiquados e no correspondem realidade
mundial de terminais martimos, em termos de conforto, segurana e
rapidez no atendimento;
b) Altas taxas porturiastais taxas elevam o custo dos preos dos cruzeiros
martimos e podem, inclusive, desestimular o interesse das companhias
armadoras pelas operaes na costa brasileira;c) Baixa qualidade do turismo receptivoisso observado no prprio cais do
porto ou no desembarque de passageiros, acrescido pelo fato de que as
operadoras locais no operam um receptivo de boa qualidade,
transparecendo desorganizao e perda de tempo em relao aos
passeios locais (city tours e passeios). Alm disso, essas empresas pouco
inovam em relao aos mesmos. Observa, ainda, a falta de treinamento e
de aprimoramento dos guias locais, somada explorao inadequada dosprprios atrativos tursticos e ao atendimento deficiente aos turistas
(PAOLILLO et al., 2002).
Existe tambm uma carncia de novos portos brasileiros, alm dos
tradicionais, e que trabalhados com novos destinos, podem aumentar a demanda
deste tipo de turismo. Junto a tudo isso, ainda necessria a criao de programas
estratgicos que facilitaro o bom trabalho e funcionamento do Turismo Natico,
alm da melhora do receptivo, da estrutura oferecida, da oferta de treinamento e
profissionalizao aos colaboradores. As normas e regulamentos que possam
restringir a entrada de navios estrangeiros no Brasil, tambm um ponto negativo
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para o desenvolvimento do Turismo Nutico no pas. A costa do Brasil pode ser
muito atrativa para o turismo martimo (PAOLILLO et al., 2002).
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4 DISCUSSO E RESULTADOS
Este captulo ir tratar da caracterizao das garagens nuticas e marinas de
Florianpolis, analisando as informaes reunidas atravs do inventrio da oferta
turstica, e avaliando a infraestrutura nutica das garagens, e marinas da cidade de
Florianpolis, a situao atual e o que pode ser melhorado e desenvolvido para que
o setor Nutico se desenvolva.
4.1MAPEARAINFRAESTRUTURANUTICADEFLORIANPOLIS
A infraestrutura utilizada na regio de Florianpolis est localizada em algunspontos do municpio, na Barra da Lagoa, est situado o nico molhes da regio.
Existem dois trapiches localizados um na Avenida Beira Mar Norte e outro em
Canasvieiras, ainda h trs trapiches de uso particular do Iate Club, localizados bem
a frente do empreendimento. Sambaqui, Jurer, Lagoa da Conceio e Barra da
Lagoa tambm contam com trapiches no local.
As conhecidas marinas que na verdade so garagens nuticas, devido s
instalaes dos locais, no serem grandes e completas, e no ter rea social, comoa de uma marina, est situado ao redor da ilha; em alguns pontos como: Ingleses,
Jurer Tradicional, Ponta das Canas, Sambaqui, Santo Antnio de Lisboa, Centro,
Ribeiro da Ilha, Lagoa da Conceio, e Barra da Lagoa.
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Figura 1Mapeamento da garagem nutica Ribeiro da Ilha
Fonte: Google Maps
Figura 2 - Mapeamento do trapiche da Beira Mar Norte, Iate Club de Santa Catarina Veleiros daIlha(Centro), garagens nuticas da Lagoa da Conceio, molhe e garagens nuticas da Barra da
Lagoa.
Fonte: Google Maps
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Figura 3Mapeamento das garagens nuticas e Iate Club do norte da ilha.
Fonte: Google Maps
4.2CARACTERIZAODASMARINASDEFLORIANPOLIS
A marina utilizada para, garagem, limpeza dos barcos, para fins lucrativos e
rentveis oferece servios de marinheiro, restaurante, lanchonete, bar, piscinas,
banheiros, entre outros, um equipamento de lazer e pode ser utilizado por
qualquer pessoa que tenha interesse na atividade, assim como neste tipo de lazer e
esportes que so praticados por meio de barcos.
O que difere a Marina da Garagem Nutica, e que, um local para guardar
as embarcaes, que tem servio de limpeza de conservao de barcos, e
colocado na gua e retirado, s quando for utilizada. O Club Nutico voltado spara associados, tudo que recebido em dinheiro do club e investido nele prprio.
4.2.1 Marina da Conceio
A marina da Conceio como assim conhecida pelo seu nome fantasia, tem
como razo social Marina da Conceio Comrcio de embarcaes LTDA, CNPJ
10.36.635/0001-07. Est localizado na Rua Vereador Osni Ortiga, 458 no bairro daLagoa da Conceio CEP: 88062-450 telefone (48)3232-1297. Iniciou suas
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atividades em 1998, possui nove funcionrios permanentes e nenhum funcionrio
temporrio. Dispe de servio de bar e lanchonete e est localizada prxima ao
restaurante Marqus e ainda prxima os meios de hospedagem, galeria, rua
comercial e posto de gasolina no centro da Lagoa da Conceio e ainda est a 20
km do aeroporto e 15 km da rodoviria.
Figura 4 - Marina da Conceio
Fonte: Elaborado pela autora
O funcionamento da marina o ano inteiro, das oito s dezoito horas,
inclusive nos feriados, quando se tem o maior movimento de barcos. O
estacionamento para carros, da marina gratuito e em rea descoberta, com
capacidade de 35 veculos, com os barcos na marina ou, 50 carros, sem os barcos.
A localizao da Marina classificada como de guas interiores, na lagoa. A
atracao da Marina de abrangncia nacional, em algumas pocas do ano, como
no vero, recebe esporadicamente barcos internacionais e o porte das embarcaes
de pequeno e mdio porte. A profundidade mdia do calado de 3 metros.
O estado de conservao da marina muito bom, possui capacidade para
120 barcos, 100 vagas secas e 20 molhadas permanentes alcanam a 36ps, e
vagas secas e molhadas rotativas tambm alcanam 36ps.
Outras instalaes e servios que a marina possui:
a) Aluguel de barcos;
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b) Embarcao de apoio;
c) Mo de obra especializada;
d) Ptio seco com vaga permanente;
e) Pier de embarque e desembarque com escada negativa;
f) Rampa;
g) Segurana especializada;
h) Servios de eletricidade;
i) Servios de lingado em rampa;
j) Servios de coleta de resduos slidos nas embarcaes;
k) Sada de emergncia;
l) Fornecimento de gua para vagas molhadas;m)Servio de som;
n) Boxe para guarda de materiais;
o) Segurana 24 horas;
p) Ptio seco com vaga rotativa;
q) Pier sistema fixo;
r) Sala de rdio;
s) Servios de limpeza e conservao de embarcaes;t) Servios de coleta de resduos lquidos nas embarcaes;
u) Trator e guindaste para manobra de barcos;
v) Vestirio para clientes;
x) Fornecimento de energia para vagas molhadas;
z) Previso do tempo.
A marina tambm oferece outros servios como: Cursos nuticos, loja dematerial nutico, fornecimento de gelo, chuveiro, sala para reunies, guarda volume,
venda de barco, sala de tv, instalaes sanitrias, passeios tursticos terrestres e
nuticos, passeios tursticos terrestres e nuticos, bar e lanchonete, rea de
convivncia para a tripulao, loja de convenincia.
A marina possui ainda alguma facilidade para pessoas com deficincia ou
mobilidade reduzida como rampa, estacionamento reservado para os deficientes,
mas sem sinalizao adequada. Existe um sanitrio reservado para os portadores de
mobilidade reduzida, com acesso para cadeiras de rodas, barra de apoio e pia
rebaixada. Na circulao interna da marina o cadeirante utiliza-se de rampa e piso
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regular antiderrapante. A parte da acessibilidade no est completa e pode ser
reestruturada para melhor garantir o conforto dos visitantes com mobilidade reduzida
em vrias partes da marina.
A Marina da Conceio tem um sistema de lavao dos barcos sustentvel e
eficiente, no qual o barco colocado em cima de uma parte retangular de cimento
fechada, que parece uma caixa de concreto. Embaixo tem dois reservatrios de
gua, onde ela cai quando o barco est sendo lavado. O primeiro reservatrio fica a
areia e no segundo o leo e os resduos. A gua passa por um processo de
renovao e sai limpa para ser reaproveitada para lavar outros barcos. Um sistema
fcil de reaproveitamento, que ajuda ao meio ambiente e as futuras geraes.
Figura 5Sistema de Coleta de gua e resduos da Marina da Conceio
Fonte: Elaborada por autora
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Figura 6 - Marina da Conceio sistema de reaproveitamento de gua
Fonte: Elaborado pela autora
4.2.2 Marina Ponta da Areia (Fedoca)
Marina Ponta da Areia o nome fantasia da empresa, porm denominadagaragem nutica, e a razo social Alfredo Roberto de Oliveira LTDA, CNPJ:
79.277.182/0001-00, que est localizado na Rua Senador Ivo Dquino, 133 CEP:
88062-050 Lagoa da Conceio, telefone (48) 3232-2290/3232-0759, endereo
eletrnico: http//www.marinapontadaareia.com.br.A marina iniciou sua atividade em
1o de setembro de 1997 e hoje tem oito funcionrios permanentes, e no contrata
funcionrios para a temporada nem nunca. A garagem nutica est situada a 20 km
do aeroporto, 15km da rodoviria e a 500 metros de um ponto de txi.
http://www.marinapontadaareia.com.br/http://www.marinapontadaareia.com.br/7/24/2019 Modelo elaborao TCC
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Figura 7 - Rampa da Marina Ponta da Areia (Fedoca)
Fonte: Elaborado por autora
Funciona como garagem nutica e restaurante. O restaurante funciona
diariamente das 11h30 s 24h, e a garagem nutica funciona das 08h s 18h, todos
os dias, o ano inteiro, inclusive em feriados. O sistema para associados quepagam mensalmente pelos servios, j os visitantes pagam taxas extras mediante a
tabela de custos da garagem. Se um determinado as