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CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ DANIEL PAULO JANUÁRIO ERIC RAMOS FLAMINO FERNANDO TOMÉ DESENVOLVIMENTO DA DISTRIBUIÇÃO PNEUMÁTICA DE PONTOS BI-VARIÁVEL PARA ACOPLAMENTO EM UMA CAMA HOSPITALAR PARA PREVENÇÃO DE ESCARAS EM PACIENTES ACAMADOS SANTO ANDRÉ 2008

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ERIC RAMOS FLAMINO

FERNANDO TOMDESENVOLVIMENTO DA DISTRIBUIO PNEUMTICA DE PONTOS BI-VARIVEL PARA ACOPLAMENTO EM UMA CAMA HOSPITALAR PARA PREVENO DE ESCARAS EM PACIENTES ACAMADOS

SANTO ANDR

2008

ALEXANDRE GALLARDO

ERIC RAMOS FLAMINO

FERNANDO TOMDESENVOLVIMENTO DA DISTRIBUIO PNEUMTICA DE PONTOS BI-VARIVEL PARA ACOPLAMENTO EM UMA CAMA HOSPITALAR PARA PREVENO DE ESCARAS EM PACIENTES ACAMADOSTrabalho de Concluso de Curso apresentado como exigncia parcial para obteno do grau de Bacharel em Engenharia Mecnica nfase em Mecatrnica, Faculdade de Engenharia Engenheiro Celso Daniel do Centro Universitrio Fundao Santo Andr.

Orientador: Prof. Me. Josemar dos Santos.SANTO ANDR2008Candidatos: ALEXANDRE GALLARDO

ERIC RAMOS FLAMINO

FERNANDO TOMTtulo: DESENVOLVIMENTO DA DISTRIBUIO PNEUMTICA DE PONTOS BI-VARIVEL PARA ACOPLAMENTO EM UMA CAMA HOSPITALAR PARA PREVENO DE ESCARAS EM PACIENTES ACAMADOSTrabalho de Concluso de Curso apresentado como exigncia parcial para obteno do grau de Bacharel em Engenharia Mecnica com nfase em Mecatrnica, Faculdade de Engenharia Engenheiro Celso Daniel do Centro Universitrio Fundao Santo Andr.

Data: 15 de dezembro de 2007Prof. Me. Josemar dos SantosOrientadorCentro Universitrio Fundao Santo Andr

Prof. Me. Osvaldo Luis Asato

Prof. FAENG

Centro Universitrio Fundao Santo Andr

Prof. Me. Francisco Yastami NakamotoProf. FAENG

Centro Universitrio Fundao Santo Andr

Aprovado ( )Reprovado ( )

.AgradecimentosA Deus por guiar nossos caminhos e fornecer a oportunidade de concluirmos um curso de graduao depois de imensas dificuldades.s nossas famlias, pela ajuda financeira e moral investidas at aqui, bem como sua compreenso por nossas horas de ausncia em prol da concluso do curso e do referido trabalho.Ao Professor Me Josemar dos Santos pelo seu empenho e pela oportunidade de desenvolvermos esse trabalho sob sua orientao.Ao Professor Dr. Diolino Jos dos Santos pela sua co-orientao no trabalho ao ministrar as aulas de TCC.Ao corpo docente da Faculdade de Engenharia Engenheiro Celso Daniel por seu excelente trabalho ao ministrar suas aulas e contribuir para evoluo do nosso conhecimento.

Resumo

O trabalho trata de propor uma estrutura automatizada para a preveno de escaras. Para tanto, levou-se em considerao a eficcia dos mtodos de preveno existentes e os altos encargos e excesso de cuidados que so extremamente necessrios em um tratamento manual, que exige profissionais habilitados. Utilizou-se basicamente de princpios de variao de pontos de presso, que so comprovadamente eficazes, e se mostraram mais viveis e de simples implementao perante outros mtodos e equipamentos existentes.

Palavras-Chave: Distribuio Pneumtica de Pontos Bi-varivel (DPPBV). Preveno de Escaras. Colches para Escaras. Movimentao de Estrados.

Abstract

This research proposes is the development of an automated structure to prevent the decubitus ulcers. Considering the efficiency of the existents prevent methods, and the excess of care that are extremely necessary in the manual treatment, that demands professional person. We used the principles of pressure points variation, that are extremely effective in this propose.

Key Words: Bi variable Pneumatics Points Distribution. Decubitus ulcers prevent. Prevent decubitus ulcers Mattresses.

Lista de Figuras

9Figura 1.1 - Excesso de Presso na Pele.

14Figura 3.1 - Cama hospitalar com estrutura para movimentao de estrados.

15Figura 3.2 - Funcionamento do DPPBV.

16Figura 3.4 - Colcho inflvel tipo caixa de ovo.

18Figura 3.5 - Discretizao de um Corpo Humano.

19Figura 3.6 - reas de Sustentao.

20Figura 3.7 - Esquematizao da rea de Apoio.

23Figura 3.8 - Equipamentos para Automao e suas Classificaes.

24Figura 3.9 - Fluxograma do Funcionamento do Software.

Lista de Tabelas

13Tabela 2-1 - Produtos para Preveno e Tratamento de Escaras.

18Tabela 31 Associaes na Discretizao Total.

18Tabela 32 Valores das reas.

20Tabela 33 Descrio dos Pontos de Apoio.

21Tabela 34 Novos valores Obtidos para reas de Apoio.

26Tabela 35 Exemplos de rea e Presso.

SUMRIO

91introduo

101.1Objetivo

101.2Justificativa

112Reviso bibliogrfica

112.1Medidas de preveno: retrato de uma experincia concreta

132.2Produtos disponveis para preveno de escaras

143Desenvolvimento da Estrutura

143.1Movimentao de estrados

153.2Distribuio pneumtica de pontos bi-varivel (DPPBV)

163.3O Colcho

173.4Presso Ideal Discretizao de reas do Corpo Humano

173.4.1rea Total Ocupada

193.4.2rea Crtica

223.4.3Mtodo Inverso

223.4.4Concluso Sobre os Mtodos de Clculo das reas

223.5A Automatizao (Hardware)

243.6A Automatizao (Software)

253.7Descrio do Algoritmo

294Consideraes Finais

294.1Projetos Futuros

305Referncias Bibliogrficas

1 introduolcera de presso tambm conhecida como escaras ou lcera de decbito decorre da compresso dos ossos de pacientes acamados e da falta de oxigenao e nutrio dos tecidos (pele, mucosas e tecidos subjacentes), isso quando uma pessoa tem a diminuio da mobilidade e permanece por longo perodo em uma posio. A Figura 1.1 mostra os diagramas capilares sem excesso de presso e com excesso de presso. (MACHADO,2007)

Figura 1.1 - Excesso de Presso na Pele.O oxignio e os nutrientes transportados pela corrente sangunea so imprescindveis para preservao da integridade cutnea s dos tecidos adjacentes sem os quais a incidncia do surgimento de escaras potencialmente grande, particularmente quando comprida uma rea corporal prxima de proeminncias sseas. Freqentemente, por falta de observao e/ou cuidado de se oferecer ajuda para mudar de posio ou ainda nos casos de perda significativa do nvel de conscincia, a imobilidade aumenta os riscos de desenvolver processo de necrose do tipo escaras em pacientes acamados. (MACHADO, 2007).Dentre os vrios fatores de risco para desenvolvimento de escaras de decbitos, podem-se destacar:

A limitao dos movimentos ativos;Estados nutricionais debilitados;

Nvel de sensibilidade ttil e/ou trmica.

1.1 Objetivo

Desenvolver o conceito e o projeto de uma estrutura controlada, para preveno de escaras.

1.2 Justificativa

As escaras afetam a maioria dos pacientes acamados por longos perodos, sendo que a maioria no possui condies fsicas para, ou simplesmente no podem se movimentar por restries ou outros motivos, sendo assim, no variam os pontos de presso em seus corpos, tornando-os pontos em potencial para desenvolvimento de escaras. Outro fator importante o excesso de cuidado demandado para a preveno das escaras, que exige pessoal especializado, tornado o processo extremamente oneroso e penoso.2 Reviso bibliogrfica2.1 Medidas de preveno: retrato de uma experincia concreta

Investigando a importncia do toque como instrumento eficaz na preveno de escaras, FIGUEIREDO; MACHADO; PORTO (1996) observaram que no decorrer de 150 dias de cuidados de enfermagem em reabilitao para um cliente (inicialmente tetraplgico que evoluiu para paraplgico) embora a pessoa permanecesse sentada cerca de 10 horas na cadeira de rodas, alternadas com transferncias para o tatame no setor de hemiplegia e terapia ocupacional; ficasse na cadeira higinica por cerca de 1 hora diria (30 minutos para evacuar e 30 para seu banho) e tivesse mobilidade reduzida para as mudanas de decbitos no leito durante a noite; ainda assim seu corpo no desenvolveu processo de escara. Tudo resultou da implementao de um sistemtico esquema de cuidados nos 90 minutos dirios de visita, quando passaram a seguir um ritual de CUIDAR que envolvia toda a dimenso e condio humana dos sujeitos envolvidos a saber: massagear a regio gltea, face posterior das coxas, ps e artelhos; importante acrescentar que a massagem com creme anti-sptico/hidratante, nos 150 dias, consumiu nada menos de 15 litros do produto somados a muito empenho e energia de bem-querer dos prestadores de cuidados. No fosse isso, por certo, ele teria adquirido alguma escara.

J as almofadas de ar e/ou gua, mesmo sendo alternativas para uso de curto prazo na preveno de escaras, tendem a comprometer o equilbrio do tronco e a estabilidade postural.

As medidas preventivas de lceras ou escaras de decbito devem ser uma prioridade no processo de cuidado aos clientes com restries na mobilidade, pois com a integridade da pele e mucosas diminuda, devido falta de circulao sangunea (oxigenao e nutrio), os fatores de risco aumentam substancialmente.

Ateno e observao especiais devem ser dirigidas mobilidade e/ou capacidade de o indivduo controlar seus movimentos, particularmente no que diz respeito s condies muito limitadas, ou seja, aquele que pode necessitar de ajuda para iniciar os movimentos como virar, levantar, puxar, equilibrar e/ou ficar na posio sentado, dado que contraturas do tipo espsticas podem requerer cuidados e tcnicas especficos. (MACHADO,2007)

Da mesma forma, quando a pessoa fica esttica e/ou imvel na cama, demonstrando incapacidade de mudar sozinha de posio, portanto, totalmente dependente de ajuda para as mudanas sistemticas de decbitos e, notadamente muito mais vulnerveis a adquirir escaras. Nesses casos deve-se recorrer ao uso de colcho do tipo caixa de ovo, bastante conhecido no mercado, alm de ser produto de custo razovel, se tomarmos como exemplo outras opes muito mais onerosas. (MACHADO, 2007).Nas mudanas de decbitos deve-se observar o aspecto e a integridade da pele prxima das reas com grandes proeminncias sseas, improvisando a colocao de travesseiros entre as pernas e outras medidas de conforto. So quatro as opes mais comuns para as mudanas de decbitos, a saber: ventral (barriga para baixo); dorsal (barriga para cima); lateral direito e lateral esquerdo. O tempo ideal para se permanecer numa ou outra posio depender exclusivamente de o cliente apresentar queixa de desconforto, dor, mal-estar, para que seja mudado de posio. Via de regra, adota-se o esquema de mudanas de 4 em 4 horas, porm deve ser adequado a cada caso em suas singularidades. Ademais, recomenda-se evitar o lado que esteja com escara, por exemplo, se o cliente tem uma escara na regio coxo-femural direita, no seria indicado permanecer em decbito lateral direito.

Para reforar as medidas preventivas importante observar e avaliar a aceitao da dieta para traar perfil nutricional, considerando que a pessoa bem nutrida tem menor possibilidade de desenvolver escaras. O mesmo se aplica aos aspectos de continncia e higiene, posto que aqueles que apresentam incontinncia urinria e fecal ficam mais expostos ao risco de desenvolver escaras, em face do teor cido e corrosivo das fezes e urina acumulados por horas em contato com a pele ntegra. (MACHADO,2007)Quando a pessoa permanece deitada ou sentada por longo perodo, o peso do corpo exerce presso sobre as proeminncias sseas e, conseqentemente a pele adquire colorao esbranquiada decorrente da isquemia na rea, tom que d lugar ao avermelhado da hiperemia reativa, como resposta ao sbito aumento do fluxo de sangue na regio antes comprimida. importante esclarecer que a hiperemia reativa uma resposta compensatria, eficaz e visvel da vasodilatao localizada, somente se a presso na pele for removida antes dela adquirir tom e aspecto cianosado, seguido de bolhas que se rompem facilmente e necrose. (MACHADO,2007)2.2 Produtos disponveis para preveno de escaras

Vrias empresas no mundo pesquisam, fabricam e distribuem equipamentos e materiais para o tratamento e preveno de escaras. A Tabela 2-1 apresenta alguns equipamentos disponveis no mercado brasileiro. (MARIMAR, 2007).Tabela 2-1 - Produtos para Preveno e Tratamento de Escaras.

ProdutoDescrio

POSICIONADOR DE CABEA TAMANHO: ADULTO

PROTETOR DE COTOVELO

POSICIONADOR DE CALCANHAR CAIXA DE OVOTAMANHO: INFANTIL / ADULTO / EXTRALADO: BILATERAL

POSICIONADOR DE PERNA E PTAMANHO: NICO LADO: BILATERAL

ROLO POSICIONADOR DO CORPO E MEMBROSTAMANHO 1: 78 CM X 30 CM X 95 CMTAMANHO 2: 78 CM X 40 CM X 1,25 M

ALMOFADA OVAL EM ESPUMA MODELO CAIXA DE OVO

ALMOFADA QUADRADA

3 Desenvolvimento da Estrutura3.1 Movimentao de estradosA idia inicial do projeto se baseava no conceito da estrutura de movimentao de estrados, que uma estrutura onde um colcho todo fatiado e integrado a estrados que se movem dinamicamente atravs do acionamento de motores eltricos, a idia que os estrados se alternem em tempo determinado, mudando assim os pontos de contato com o corpo do paciente, um controlador seria utilizado para acionar a movimentao de acordo com o tempo programado. A Erro! Fonte de referncia no encontrada. ilustra a construo de uma cama com estrutura para movimentao. (BARTHOLOMEU, 2005)

Figura 3.1 - Cama hospitalar com estrutura para movimentao de estrados.Porm verificou-se que esse tipo de estrutura poderia trazer incmodo e danos ortopdicos ao paciente, pois haveria a formao de lombadas que obrigariam o corpo do paciente a se conformar com a superfcie da estrutura. Tambm havia o fator custo, que seria muito elevado, pois teria de se desenvolver a cama e seus componentes mecnicos, de difcil fabricao e alto custo de manuteno.

3.2 Distribuio pneumtica de pontos bi-varivel (DPPBV)

Posteriormente a anlise das vantagens e desvantagens da movimentao de estrados, verificou-se a necessidade de uma estrutura que se conformasse de acordo com as mais variadas formas de corpos de pacientes e fosse vivel economicamente, portanto, nada mais indicado do que algo a gua ou a ar, e com a vantagem de no precisar desenvolver algo juntamente com a cama, mas simplesmente um colcho que pode ser acoplado na prpria cama do paciente.

Optou-se, no entanto, por utilizar ar, devido ao a quase inexistncia de peso do mesmo se comparado gua. O conceito de funcionamento do DPPBV de simples compreenso, apresentado na Erro! Fonte de referncia no encontrada..

Figura 3.2 - Funcionamento do DPPBV.No primeiro estgio (superior), temos o corpo do paciente apoiado no colcho fixo denso (pontos 1) e o colcho dinmico vazio (pontos 2).Depois (continuando em sentido horrio), tem-se apenas as bolhas 2 do colcho dinmico infladas, fazendo com que o corpo se apie apenas nelas, alternando-se assim, os pontos de apoio, repetindo-se sucessivamente o ciclo.

3.3 O ColchoO colcho a se automatizado dever ser acoplado a um colcho normal, de preferncia torneado, e com boa densidade, e funcionar (baseando-se na Erro! Fonte de referncia no encontrada.) como bolha 2 no processo,salvo que ser esttico, no se esvaziar ou encher.

O colcho a ar, dinmico, se encher e se esvaziar e sua estrutura bsica apresentada na Erro! Fonte de referncia no encontrada..

Figura 3.3 - Colcho inflvel tipo caixa de ovo.Fonte: GAYMAR(2006)Esse colcho de ar ser acoplado ao colcho normal, quando cheio, o corpo do paciente estar apoiado em seus alvolos, e quando vazio, o corpo ficar apoiado no colcho normal, alterando-se assim, os pontos de presso.

3.4 Presso Ideal Discretizao de reas do Corpo Humano

Houve a necessidade de saber qual a presso adequada (aproximada) para se inflar o colcho, portanto foram realizados alguns experimentos para se efetuar essa anlise de reas do corpo humano, pois inversamente proporcional rea ocupada.

(1) Onde:P = presso

F = fora aplicada

A = rea onde a fora aplicada

3.4.1 rea Total Ocupada

Utilizou-se uma pessoa como modelo para essa anlise, onde, verificou-se a sua rea de ocupao total no solo discretizando-a conforme ilustrado na Figura 3.4.

Figura 3.4 - Discretizao de um Corpo Humano.A Tabela 31define as associaes da Figura 3.4.

Tabela 31 - Associaes na Discretizao Total.

Com esse experimento obteve-se os resultados nescessrios para o projeto (Tabela 32).Tabela 32 - Valores das reas.

Portanto o clculo foi feito baseado na seguinte equao:

(2)onde:

m = 113kg = massa do paciente

g = acelerao da gravidade (em m/s)

A = 0,67113m = rea da aplicao do peso do pacienteObteve-se o seguinte resultado para essa amostra:

P = 1,65kpa ou 0,24 PSIEm geral, para outras amostras, em funo da massa corprea e da rea do corpo, essa presso ir variar entre 1,38kPa (0,20 PSI) a 2,76kPa (0,4 PSI).3.4.2 rea CrticaDefine-se rea crtica como a soma das reas principais de sustentao do peso do corpo, que tambm so as reas com a maior probabilidade do surgimento de escaras como a Figura 3.5 exemplifica.

Figura 3.5 - reas de Sustentao.Portanto, com a percepo durante a pesquisa e os testes de que a presso se concentrava em reas menores do que no item 3.2.3 resolvemos discretizar essas reas novamente, utilizando-se desta vez, somente da rea crtica.

Esquematizou-se novamente as reas de apoio com ilustrado na Figura 3.6.

Figura 3.6 - Esquematizao da rea de Apoio.Onde, as mesmas representam as partes principais de apoio Tabela 33.Tabela 33 - Descrio dos Pontos de Apoio.

Para a mesma pessoa servindo de amostra, obteve-se novos resultados .Tabela 34 - Novos valores Obtidos para reas de Apoio.

Portanto o clculo foi feito baseado na equao 3 :

3Onde:

m = 113kg = massa do paciente

g = acelerao da gravidade (em m/s)

A = 0,13652m = rea crtica

Obteve-se o seguinte resultado para essa amostra:

P = 8,2 Kpa ou 1,2 PSI

Em geral, para outras amostras, em funo da massa corprea e da rea do corpo, essa presso ir variar entre 8,2kPa (1,2 PSI) a 17,24kPa (2,5 PSI).

3.4.3 Mtodo InversoConsiste em dada uma presso determinada no colcho carregado com o paciente, e o peso do paciente, calcular a rea real de contato do paciente com o colcho com a seguinte equao:

(5)Para a obteno da presso no colcho utilizou-se um colcho inflado por um pequeno compressor com manmetro, carregou-se o colcho com a mesma pessoa das amostras anteriores at que o colcho adquirisse rigidez adequada, e nesse momento, a presso medida P foi igual a 3 PSI ou 20,68kPa.

(6)3.4.4 Concluso Sobre os Mtodos de Clculo das reasO confronto dos mtodos anteriores foi de fundamental importncia, e ressalta o comprometimento cientifico da pesquisa realizada. Conclui-se que o mtodo mais preciso foi o mtodo INVERSO.

Porm, ele no fixo, ele depender do equilbrio entre conforto e eficcia da presso aplicada na preveno das escaras, portanto o fator conforto do paciente pode influenciar diretamente na presso utilizada no colcho.

Sendo assim, baseado em outras amostragens, estima-se que a presso dever variar entre 8,2kPa (1,2 PSI) e 24,14kPa (3,5 PSI).

3.5 A Automatizao (Hardware)A fim de tornar o colcho uma estrutura dinmica e inteligente, fez-se necessrio a sua automatizao, regido basicamente pelo esquema estrutural como ilustra a Figura 3.7. (PEREIRA, 2006)

Figura 3.7 - Equipamentos para Automao e suas Classificaes.O crebro da estrutura ser o microcontrolador PIC, que receber dados do teclado e manmetro, e atuar no Driver que por sua vez, comandar a abertura e fechamento das vlvulas e acionamento do compressor, tendo como objetivo a manuteno da condio ideal no colcho.

3.6 A Automatizao (Software)O PIC um componente eletrnico, uma vez tendo suas entradas e sadas conectadas corretamente, precisa de programao especfica para seu funcionamento. Ele funcionar como o crebro do circuito garantindo a interpretao dos sinais corretamente, em prol do controle adequado do objeto de controle.(Figura 3.8) (SOUZA, 2006)

Figura 3.8 - Fluxograma do Funcionamento do Software.3.7 Descrio do AlgoritmoA seguinte descrio tem como objetivo a explanao detalhada do funcionamento do algoritmo representado pelo fluxograma (Figura 3.8) e se dividir nos passos seguintes:O responsvel pelo manuseio do equipamento poder optar por duas formas de funcionamento do sistema:

a) Automtico: O software funcionar com parmetros pr-estabelecidos conforme pesquisa realizada nesse trabalho, e ser representado no teclado simplesmente com a digitao do nmero zero.

Tendo-se escolhido o modo automtico (zero) o sistema funcionar da seguinte maneira:

Passo 1 - O responsvel dever digitar a massa corporal do paciente (peso) que preferencialmente no seja maior do que 140 Kg.

Passo 2 - O sistema calcular a presso aproximada que o colcho dever ter, usando para tal o seguinte princpio:

A rea A ser mantida conforme clculos anteriores sendo igual a 0,054 m. A Tabela 35 fornece alguns valores padres como exemplos.Tabela 35 - Exemplos de rea e Presso.

Essa adaptao se faz necessria, pois para um paciente de 45 Kg, no se poderia aplicar uma presso no colcho de 27,3kPa, pois causaria o mesmo efeito se esse paciente deitasse sobre um cho de concreto.Passo 3 - Neste passo deve-se digitar o intervalo de tempo (em minutos) em que o colcho dever encher e esvaziar recomenda-se para uma preveno eficaz para o surgimento de escaras e conforto do paciente entre dez e trinta minutos, porm de acordo com a necessidade do paciente pode-se variar no mximo at noventa minutos, que equivalente a 1h 30min.

Passo 4 - O sistema ento acionar o compressor que ser responsvel por inflar o colcho.

Passo 5 - Enquanto a presso medida pelo manmetro for diferente da presso calculada o sistema manter o compressor ativo e mostrar a presso medida.

Passo 6 - Quando a presso medida for igual a presso determinada o sistema fechar uma vlvula para manter o a presso no colcho e imediatamente aps desligar o compressor e ligar o Timer.

Passo 7 - Enquanto o tempo medido for diferente do tempo determinado o sistema exibir no display o tempo decorrido.

Passo 8 - Quando o tempo medido for igual ao tempo determinado se abrir uma vlvula para esvaziar de maneira suave o colcho

Passo 9 - O timer ento ser zerado.

Passo 10 - Enquanto a presso medida for diferente de zero, ela ser mostrada no display.

Passo 11 - Quando a presso medida for igual a zero, o timer ser reiniciado.

Passo 12 - Novamente o sistema aguardar, enquanto o tempo medido for diferente do determinado, esse tempo medido ser mostrado no display.

Passo 13 - Quando o tempo medido for igual ao determinado o sistema recomear o ciclo.Para efeito de comodidade do responsvel pelo manuseio do equipamento, o sistema permanecer nesse caso em modo automtico, e quando o responsvel decidir alterar esse modo ele dever esperar o fim do ciclo e reinicializar (desligar e ligar) o sistema, para que ele possa solicitar novamente a digitao do modo (zero para automtico, e um para manual).

b) Manual: Este mdulo foi desenvolvido justamente para valorizar a experincia do dia a dia do profissional que realizar o manuseio do equipamento, e tambm das reclamaes realizadas pelos pacientes, onde este profissional poder determinar a presso desejada.

Passo 1 - O responsvel dever digitar a presso desejada no sistema.

Passo 2 - Neste passo deve-se digitar o intervalo de tempo (em minutos) em que o colcho dever encher e esvaziar recomenda-se para uma preveno eficaz para o surgimento de escaras e conforto do paciente entre dez e trinta minutos, porm de acordo com a necessidade do paciente pode-se variar no mximo at noventa minutos, que equivalente a 1h 30min.

Passo 3 - O sistema ento acionar o compressor que ser responsvel por inflar o colcho.

Passo 4 - Enquanto a presso medida pelo manmetro for diferente da presso calculada o sistema manter o compressor ativo e mostrar a presso medida.

Passo 5 - Quando a presso medida for igual a presso determinada o sistema fechar uma vlvula para manter o a presso no colcho e imediatamente aps desligar o compressor e ligar o Timer.

Passo 6 - Enquanto o tempo medido for diferente do tempo determinado o sistema exibir no display o tempo decorrido.

Passo 7 - Quando o tempo medido for igual ao tempo determinado se abrir uma vlvula para esvaziar de maneira suave o colcho

Passo 8 - O timer ento ser zerado.

Passo 9 - Enquanto a presso medida for diferente de zero, ela ser mostrada no display.

Passo 10 - Quando a presso medida for igual a zero, o timer ser reiniciado.

Passo 11 - Novamente o sistema aguardar, enquanto o tempo medido for diferente do determinado, esse tempo medido ser mostrado no display.

Passo 12 - Quando o tempo medido for igual ao determinado o sistema recomear o ciclo.

Para efeito de comodidade do responsvel pelo manuseio do equipamento, o sistema permanecer nesse caso em modo manual com o valor da presso j definido, e quando o responsvel decidir alterar esse valor ou modo ele dever esperar o fim do ciclo e reinicializar (desligar e ligar) o sistema, para que ele possa solicitar novamente a digitao do valor da presso ou modo (zero para automtico, e um para manual).4 Consideraes Finais

Com esse trabalho foi possvel estabelecer uma soluo vivel e eficaz para preveno de escaras, atravs da elaborao do projeto da Distribuio Pneumtica de Pontos Bi-varivel, que demandou um estudo aprofundado sobre as causas das escaras e suas conseqncias.

Tambm se avalia como de importante contribuio cientfica, o desenvolvimento dos mtodos para se chegar a um valor aproximado da rea real ideal de contato do corpo humano, podendo-se, assim, servir de base para futuros estudos correlatos, sendo que, a preveno eficaz das escaras depende de um equilbrio instvel entre nmero de pontos em contato com o colcho e a presso a qual esses pontos esto sujeitos. Pois se tivermos poucos pontos em contato esses pontos sero sobrecarregados e tero sua circulao sangunea comprometida, porm haver maior fluxo sanguneo nas outras reas, mas se tivermos uma rea maior de contato a presso ser menor nesses pontos, porm se ter menor fluxo sanguneo como um todo, portanto deve-se existir esse equilbrio citado acima.

4.1 Projetos FuturosSeria de importante valia a construo final do projeto, e sua distribuio em alguns hospitais para se realizar as avaliaes desses prottipos, para se necessrio, fazer as devidas correes, com base em reclamaes e sugestes dos pacientes e profissionais da rea.

Outra sugesto seria o acoplamento de clulas de carga nas camas ou no prprio colcho do paciente, para que o sistema microcontrolado possa fazer a leitura de sua massa, para posterior clculo da presso, tornando assim o sistema mais automatizado.5 Referncias Bibliogrficas

BARTHOLOMEU, J.F.N. Controle PWM para aplicao em Cama Hospitalar com Movimentao Dinmica dos Estrados. Itatiba-SP, 2005. 56 f. Monografia - Engenharia Eltrica, Universidade So Francisco.FIGUEIREDO, N. M. A., MACHADO, W. C. A. E PORTO, I. S. O Toque no Corpo e a Preveno de Escaras. Revista de Enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro, v. Ed. Especial, p. 71-80, 1996. GAYMAR INDUSTRIES. Gaymar Industries. Disponvel em: Acesso em: 23/09/2007.

MACHADO, W.C.A. Escaras: Um pesadelo no cotidiano das pessoas portadoras de deficincia motora. Disponvel em: Acesso em: 19/09/2007.

MARIMAR. Produtos para Escaras. Disponvel em: Acesso em: 12/09/2007.

PEREIRA, F. Microcontroladores PIC - Programao em C. 7a. ed. So Paulo: rica, 2006. 360 p.SOUZA, D.J. Desbravando o PIC - Ampliado e Atualizado para PIC 16F628A. 12a ed. So Paulo: rica, 2006. 272 p.Dedicamos esse trabalho primeiramente a Deus, pela cincia e conhecimento que nos permitiu adquirir, e aos doentes acamados sujeitos ao desenvolvimento de lcera de decbito, os quais a nossa humilde contribuio cientfica poder beneficiar.

A luta contra o erro tipogrfico tem algo de homrico. Durante a reviso os erros se escondem, fazem-se positivamente invisveis. Mas assim que o livro sai, tornam-se visibilssimos.

(Monteiro Lobato)

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