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Modelo de Pré Projeto 2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR
CURSO DE DIREITO
TAMARA MONTEIRO DE FIGUEIREDO
PR-PROJETOBELMJUNHO/2014Tamara Monteiro de Figueiredo
PR-PROJETO:A garantia da regeneratividade dos Royalties do Petrleo atravs de investimento imediatoPr-projeto de Trabalho de Concluso de Curso apresentada ao Curso de Direito da Universidade Federal do Par como avaliao da disciplina de Metodologia Jurdica I ministrada pela discente Melina Reis.
Orientador(a): Prof. Me. Michel HaberBELM
JUNHO/2014
SUMRIO 1. INTRODUO: PROBLEMA E PROBLEMTICA .....................................4
1.1. PROBLEMTICA................................................................................4
1.2. PROBLEMA........................................................................................42. JUSTIFICATIVA............................................................................................53. HIPTESES..................................................................................................64. OBJETIVOS.................................................................................................74.1. OBJETIVO GERAL.............................................................................74.2. OBJETIVOS ESPECFICOS...............................................................75. REFERENCIAL TERICO...........................................................................85.1. DEFINIES......................................................................................85.2. MARCO TERICO.............................................................................85.3. IDEIAS DOS AUTORES CONHECIDOS DA REA........................106. METODOLOGIA.........................................................................................127. CRONOGRAMA..........................................................................................138. PROPOSTA DE SUMRIO........................................................................149. REFERNCIAS..........................................................................................161. INTRODUO1.1. PROBLEMTICA
Por se tratarem de recursos naturais no renovveis, a explorao do Petrleo requer um investimento altssimo por parte do pas detentor de tal recurso, o que faz com que o mesmo , muitas vezes, reduza o investimento em setores essenciais, tais como, Educao, Sade, etc. Ocorre que em determinado momento tal recurso ir acabar, e caso no haja a aplicao de uma poltica fiscal adequada para garantia da equidade intergeracional, o resultado disso poder ser um pas menos rico.Ao mesmo tempo, os preos e as receitas advindas dos recursos naturais no renovveis so bastante volteis, o que coloca em discusso se a criao de um Fundo seria a maneira mais coerente ou no para a aplicao do valor arrecadado.
1.2. PROBLEMA
possvel garantir a regeneratividade dos Royalties do Petrleo atravs do investimento imediato deste recurso?2. JUSTIFICATIVA
A recente descoberta da camada de Pr-Sal no Brasil traz consigo novas expectativas no que tange o desenvolvimento nacional. Porm, o que pode ser a chave para o crescimento nacional pode se mostrar, tambm, como uma arma para o equilbrio fiscal brasileiro.Tal necessidade afirma-se perante uma conscincia social existente que frisa o investimento imeditado da receita oriunda da explorao deste recurso, acreditando que desta maneira o pas de desenvolver, olvidam-se, porm, das futuras geraes, as quais no disporo mais do Petrleo que ser explorado neste momento histrico.
Por outro lado, as correntes que colocam a equidade intergeracional em pauta discutem a necessidade de criao de um Fundo, tal como acontecido na Noruega e no Kuwait, porm no levam em considerao a volatibilidade dos preos e receitas dos recursos naturais no renovveis que funda-se em uma incerteza de cunho geolgico que impedem a exata mensurao destas reservas.Nesta tangente, o trabalho em questo pretende colaborar e instigar a sociedade acerca da necessidade de um investimento consciente no que tange a explorao do Petrleo, buscando alternativas para um investimento fiscalmente sustentvel.
Ainda, a viabilidade do mesmo se encontra presente, uma vez que Investimento Imediato e Equidade Intergeracional tm travado uma batalha terica deveras interessante diante do desafio de um investimento consciente e produtivo do Petrleo.Desta maneira, diante da descoberta do Pr-Sal no Brasil, e das diversas discusses acerca da maneira com que este recurso ser investido, torna-se instigante a necessidade de um estudo que coloque em questionamento a postura fiscal brasileira no que tange o investimento desta receita.3. HIPTESES
A criao de um Fundo dos Royalties do Petrleo seria a melhor forma de investimento deste recurso e de garantia da equidade intergeracional, O investimento imediato dos Royalties do Petrleo seria a melhor forma de investimento deste recurso e de garantia do desenvolvimento brasileiro. A melhor forma de investimento para a arrecadao advinda do Petrleo o investimento imediato em Educao, evitando o investimento em despesa corrente, a fim de que assim beneficiem-se esta gerao e a futura.4. OBJETIVOS6.1. OBJETIVO GERAL
Averiguar como a receita relativa aos Royalties do Petrleo ser aplicada, e a partir desta linha propor uma tangente que busque a garantia da regeneratividade deste recurso associado a um investimento imediato, qual seja, a educao, levando em conta que o mesmo no deve ser direcionado s receitas correntes.
Explicar as teorias que nasceram a partir da busca da melhor forma de aplicao deste recurso, quais sejam, a do investimento imediato e a da criao de um fundo, para assim chegar ao seu ponto principal, e assim, uma possvel resposta aos seguintes questionamentos: possvel a garantia da regeneratividade dos Royalties do Petrleo atravs do investimento imediato? Se sim, de que forma?
6.2. OBJETIVOS ESPECFICOSExplicar Conceito de Receita Pblica, e a perspectiva dos Royalties atravs deste conceito.Estudar e identificar equvocos Corrente que prope um investimento imediato dos recursos advindos dos Royalties do Petrleo.
Estudar e identificar equvocos Corrente que prope um investimento posterior dos recursos advindos dos Royalties do Petrleo, qual seja, atravs da criao de um Fundo.
Propor a aplicao de investimento imediato em Educao, evitando gastos com despesa corrente, como uma soluo para a garantia da equidade intergeracional atravs de investimento imediato.
Especificar e explicar o porqu do no investimento com despesas correntes, buscando a maneira mais eficaz para a aplicao deste recurso em Educao.
Contribuir de forma substancial para a elucidao acerca desta problemtica que tem assombrado o Direito Financeiro Brasileiro.
5. REFERENCIAL TERICO5.1. DEFINICES:
Receita Pblica o recurso que o Estado necessita para fazer face s suas obrigaes, estes podem ser obtidos juntos coletividade ou atravs do endividamento pblico. atravs dela que o Estado poder atender s demandas diversas da sociedade, como sade, educao e segurana.
As receitas originrias so aquelas oriundas da explorao do patrimnio de Estado , sendo o Petrleo, portanto, classificado como tal, uma vez que o prprio pas quem realiza sua explorao atravs da Petrobrs (empresa pblica de economia mista).
Desta forma, o trabalho analisar as correntes que opinam a respeito da forma com que esta receita dever ser investida, e, assim ir propor uma alternativa que garanta a equidade intergeracional atravs do investimento imediato.
5.2. MARCO TERICO
Para que se examine a queso da aplicao das receitas de recursos naturais, inicialmente cabe apontar que o setor da explorao destes recursos costuma demandar financiamento estatal intensivo.
(...)
se bem aplicadas, as receitas de recursos naturais no renovveis podem promover o desenvolvimento social e econmico, especialmente por meio de investimentos duradouros em capital humano, infraestrutura e servios pblicos bsicos.
(...)
A extrao dos recursos naturais no renovveis, em um aparente paradoxo econmico, diminui a riqueza do pas, em virtude do exaurimento das reservas disponveis. Apenas por meio de reinvestimentos dos recursos extrados em capital (fsico ou natural) que tal diminuio de riqueza poder ser balanceada ou superada, tornando o pas mais rico
(...)
Essencialmente, os governos podem (i) aumentar os gastos pblicos (sejam na forma de despesas correntes ou de capital) ou (ii) poupar e constituir reservas.
(...)
Em relao aos ndices de qualidade de vida, nota-se que a transferncia de altas somas de compensaes financeiras tende a frear a evoluo do IDH ( ndice de Desenvolvimento Humano) nos Municpios receptores, na direo contrria da tendncia nacional evoluo de tal indicador.
Os trechos acima pertencem ao Captulo III, da tese de doutorado do Prof. Flvio Rubinstein e aborda a aplicao das receitas pblicas de recursos naturais.
O texto supramencionado explora a eficincia e justia na aplicao das receitas de recursos naturais, e, ainda, traz uma anlise acerca do gasto e da poupana, revisitando o aspecto da equidade intergeracional.
Tal anlise de suma importncia para a eficcia da pesquisa pretendida, uma vez que traz elementos essenciais para o direcionamento apropriado deste trabalho.
5.3. IDEIAS DOS AUTORES CONHECIDOS NA REA EM QUESTO
Para Charles MCPherson, o investimento imediato deste tipo de receita pode ser um grande problema para um pas, uma vez que demanda financiamento estatal intensivo, o que pode drenar recursos de outras prioridades oramentrias, mitigando o desenvolvimento econmico e criando tenses polticas e sociais.
J para Thomas Baunsgaard, Marcos Poplawski-Ribeiro, Virginia Richmond e Mauricio Villafuerte, caso bem aplicadas, as receitas de recursos naturais no renovveis podem promover o desenvolvimento social e econmico, especialmente por meio de investimentos duradouros em capital humano, infraestrutura e servios pblicos bsicos.
Steven Barnet e Rolando Ossowski apontam, ainda, que devido a volatibilidade destes recursos, as altas momentneas podem servir de estmulo para polticas fiscais de expanso do gasto pblico. A partir disto, Peter Mieszkowski e Eric Toder alegam que esta potencializao, em pases subnacionais, assumem dimenses ainda mais preocupantes.
Desta forma, Barnett e Ossowski observam que os pases produtores de recursos naturais no renovveis se beneficiariam com a reteno de recursos advindos deste setor na forma de ativos financeiros e menores nveis da dvida pblica brita, o que poderia ser especialmente alcanada atravs da criao de fundos especficos para esta finalidade.
Sergio Gobetti e Jos Afonso apontam a necessidade das decises polticas pblicas relacionadas aplicao da receita advinda destes recursos de proporcionar s prximas geraes uma compensao pela explorao destes recursos.
No que concerne aos gastos com despesa pblica, Fernando Postali, traz um estudo em que analisou 789 Municpios recebedores de compensaes financeiras de petrleo e gs natural, e percebeu que estes tendem a apresentar desempenho inferior em termos de crescimento do PIB quando comparados aos Municpios no recebores de tais receitas.
Rubinstein aponta que o principal problema, nesse contexto, reside no fato de que as receitas de compensaes financeiras so utilizadas para o financiamento de despesas correntes. Assim, Helenilson Pontes aponta que tal prtica estimula o aparelhamento poltico das administraes pblicas subnacionais e a manuteno de grupos polticos no comando destas administraes.
6. METODOLOGIAA metodologia utilizada no Projeto ser a dedutiva, uma vez que analisar primeiramente conceitos relacionados ao Direito Financeiro, correntes que apresentam entendimentos diversos aplicao das receitas oriundas dos Royalties do Petrleo, para aps propor uma alternativa que garanta a equidade intergeracional atravs do investimento imediato.7. CRONOGRAMA
ATIVIDADES / MESESAGO*SET*OUT*NOV*DEZ*
Localizao e identificao das fontes de Pesquisa bibliogrfica, dados, estatsticas e documentos. X
Elaborao 1o Captulo X
Entrega do 1 Captulox
Elaborao do 2 Captulox
Entrega do 2 Captulox
Elaborao do 3 Captulox
Entrega do 3 Captulox
Elaborao do 4 Captulox
Entrega do 4 Captulox
Reviso da Redao da Monografia Xx
Depsito da MonografiaX
Defesa da MonografiaX
* Todos os meses referem-se ano de 2014 do calendrio cristo. 8. PROPOSTA DE SUMRIO (MONOGRAFIA)
1. RESUMO
2. INTRODUO3. CAPTULO 1: ROYALTIES DO PETRLEO
3.1. ROYALTIES DO PETRLEO NO BRASIL3.2. ROYALTIES DO PETRLEO A LUZ DO DIREITO FINANCEIRO
4. CAPTULO 2: ANLISES ACERCA DO INVESTIMENTO DOS ROYALTIES DO PETRLEO NO BRASIL4.1. ANLISE GERAL
4.2. INVESTIMENTO IMEDIATO
4.2.1. DEFICITS FISCAIS E A VOLATILIDADE DOS RECURSOS NATURAIS
4.3. EQUIDADE INTERGERACIONAL.
4.3.1. CONCEITO
4.3.2. FUNDOS DE RESERVA 4.3.2.1. EXPERINCIAS INTERNACIONAIS5. CAPTULO 3: O BRASIL E A COMPENSAO FINANCEIRA5.1. DESPESA PBLICA5.1.1. COMPENSAO FINANCEIRA5.1.2. DESPESAS CORRENTES
5.2. PRTICA BRASILEIRA.
6. CAPTULO 4: ROYALTIES DO PETRLEO E EDUCAO
6.1. EDUCAO COMO INSTRUMENTO DE MODIFICAO SOCIAL..
6.2. EXPERINCIAS INTERNACIONAIS6.3. CENRIO NACIONAL6.4. DESPESAS CORRENTES E O INVESTIMENTO EM EDUCAO6.4.1. DESAFIOS
7. CONSIDERAES FINAIS
8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
9. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS
AFONSO, Jos Roberto Rodrigues; GOBETTI, Sergio Wulff. Rendas do Petrleo no Brasil : Alguns Aspectos Fiscais e Federativos. In: Revista do BNDES, vol. 15, n 30, 2008
BARNET, Steven; OSSOWSKI, Rolando. Operational Aspects of Fiscal Policy in Oil-Producting Countries. Fiscal Policy Formulation and Implementation in Oil-Producting Countries. Washington DC: International Monetary Fund, 2003
BAUNSGAARD, Thomas; POPLAWSKI-RIBEIRO, Marcos; RICHMOND, Virginia; e VILLAFUERTE, Mauricio. Fiscal Frameworks for Resource Rich Developing Countries. IMF Staff Discussion Note SDN/12/04. Washington : IMF, 2012
MCPHERSON, Charles. State Participation in the Natural Resource Sectors. Evolution, Issues and Outlook. In: DANIEL, Philip; KEEN, Michael; MCPHERSON, Charles (org.). The Taxation of Petroleum and Minerals: Principles, Problems ans Practice. Oxon: Routledge, 2010.MIESZKOWSKI, Peter; TODER, Eric. Taxation of Energy Resources. In: MCLURE JR., Charles E.; MIESZKOWSKI, Peter. Fiscal Federation and the Taxation of Natural Resources. Massachussetts/Toronto: Lexington Books, 1983
PASCOAL, Valdecir Fernandes. Direito Financeiro e controle esterno: teoria, jurisprudncia e 370 questes de concursos pblicos (atualizado com Lei de Responsabilidade Fiscal LRF). 4. ed. Rio de Janeiro : Impetus, 2004.
POSTALI, Fernando Antonio Slaibe; NISHIJIMA, Marislei. O retorno social dos royalties do petrleo nos municpios brasileiros. p. 13. Disponvel em: http://www.anpec.org.br/encontro2008/artigos/200807161144280-.pdf . ltimo acesso em 19/06/2014.
RUBINSTEIN, Flvio. RECEITAS PBLICAS E RECURSOS NATURAIS NO DIREITO FINANCEIRO BRASILEIRO. Captulo III - APLICAO DAS RECEITAS PBLICAS DE RECURSOS NATURAIS .(Tese). 2012.
PASCOAL, Valdecir Fernandes. Direito Financeiro e controle esterno: teoria, jurisprudncia e 370 questes de concursos pblicos (atualizado com Lei de Responsabilidade Fiscal LRF). 4. ed. Rio de Janeiro : Impetus, 2004. p. 97
Idem. p. 104
MCPHERSON, Charles. State Participation in the Natural Resource Sectors. Evolution, Issues and Outlook. In: DANIEL, Philip; KEEN, Michael; MCPHERSON, Charles (org.). The Taxation of Petroleum and Minerals: Principles, Problems ans Practice. Oxon: Routledge, 2010, p.270.
BAUNSGAARD, Thomas; POPLAWSKI-RIBEIRO, Marcos; RICHMOND, Virginia; e VILLAFUERTE, Mauricio. Fiscal Frameworks for Resource Rich Developing Countries. IMF Staff Discussion Note SDN/12/04. Washington : IMF, 2012, p.4.
BARNET, Steven; OSSOWSKI, Rolando. Operational Aspects of Fiscal Policy in Oil-Producting Countries. Fiscal Policy Formulation and Implementation in Oil-Producting Countries. Washington DC: International Monetary Fund, 2003, p. 84-85
MIESZKOWSKI, Peter; TODER, Eric. Taxation of Energy Resources. In: MCLURE JR., Charles E.; MIESZKOWSKI, Peter. Fiscal Federation and the Taxation of Natural Resources. Massachussetts/Toronto: Lexington Books, 1983, p.84-85
BARNETT, Steve. OSSOWSKI, Rolando, op. cit., p.62-65.
AFONSO, Jos Roberto Rodrigues; GOBETTI, Sergio Wulff. Rendas do Petrleo no Brasil : Alguns Aspectos Fiscais e Federativos. In: Revista do BNDES, vol. 15, n 30, 2008, p. 233.
POSTALI, Fernando Antonio Slaibe; NISHIJIMA, Marislei. O retorno social dos royalties do petrleo nos municpios brasileiros. p. 13. Disponvel em: http://www.anpec.org.br/encontro2008/artigos/200807161144280-.pdf . ltimo acesso em 19/06/2014.
RUBINSTEIN, Flvio. RECEITAS PBLICAS E RECURSOS NATURAIS NO DIREITO FINANCEIRO BRASILEIRO. Captulo III - APLICAO DAS RECEITAS PBLICAS DE RECURSOS NATURAIS .(Tese). 2012.