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Armbrust MODELO REFERENCIAL DE DIRETRIZES DE PLANO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL Brasília - DF 2016 Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Educação, Tecnologia e Comunicação Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação Autor: Michel Emerson Barros Costa Orientador: Prof. Dr. João Souza Neto

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Armbrust

MODELO REFERENCIAL DE DIRETRIZES DE PLANO

ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA

ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Brasília - DF 2016

Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Educação, Tecnologia e Comunicação

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação

Autor: Michel Emerson Barros Costa Orientador: Prof. Dr. João Souza Neto

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MICHEL EMERSON BARROS COSTA

MODELO REFERENCIAL DE DIRETRIZES DE PLANO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA FEDERAL Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação. Orientador: Prof. Dr. João Souza Neto

Brasília 2016

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Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB

C837m Costa, Michel Emerson Barros.

Modelo referencial de diretrizes de plano estratégico de tecnologia da informação para órgãos da Administração Pública Federal. / Michel Emerson Barros Costa – 2016.

71 f.; il.: 30 cm

Dissertação (Mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2016. Orientador: Prof. Dr. João Souza Neto

1. Tecnologia da informação. 2. Plano Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI). 3. Administração Pública Federal. 4. Tecnologia da informação – diretrizes. I. Souza Neto, João, orient. II. Título.

CDU 005.94

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Dissertação de autoria de Michel Emerson Barros Costa, intitulada “MODELO REFERENCIAL DE DIRETRIZES DE PLANO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL”, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação da Universidade Católica de Brasília, em 07 de Julho de 2016, defendida e aprovada pela banca examinadora constituída por:

Brasília 2016

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À minha esposa, Pelo amor, paciência, apoio e inspiração, por me incentivar, acreditar e sonhar comigo. Aos meus filhos, Como prova de que tudo é possível, quando há amor, respeito e dedicação. À minha família, Por ter me dado condições - amor, educação, respeito e apoio - para chegar onde cheguei.

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RESUMO

COSTA, M. E. B. Modelo referencial de diretrizes de plano estratégico de tecnologia da informação para órgãos da administração pública federal, 2016. 71 f. Dissertação (Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação) – Universidade Católica de Brasília.

O Plano Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) se posiciona entre o Planejamento Estratégico Institucional (PEI) e o Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) e busca, por meio de alinhamento estratégico, atender a longo prazo os objetivos estratégicos definidos pela organização, direcionando as ações a serem executadas pela área de Tecnologia da Informação. Esta pesquisa propõe um modelo de referência de diretrizes para elaboração do Plano Estratégico de Tecnologia da Informação no âmbito da Administração Pública Federal do Brasil (APF). A base desse estudo é o conjunto de leis, guias, acórdãos do TCU, auditorias da CGU, além de normas e padrões nacionais e internacionais. O método utilizado neste trabalho foi descritivo com abordagem qualitativa, aplicando a técnica de análise de conteúdo com base na pesquisa bibliográfica realizada. O resultado do trabalho foi o conjunto de dez diretrizes específicas, que compõem o Modelo Referencial de Diretrizes de PETI para APF, cuja delimitação se deu por meio da identificação e extração dos dados dos PETI dos órgãos da APF, utilizando a técnica de análise de conteúdo.

Palavras Chaves: PETI. Administração Pública Federal. Diretrizes de TI.

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ABSTRACT

The Strategic Plan for Information Technology (PETI) is positioned between the Institutional Strategic Planning (PEI) and the Director Plan of Information Technology (PDTI) and seeks by strategic alignment, to meet in a long term, the strategic goals set by the organization, directing the actions to be carried out by the area of Information Technology. This research proposes a reference model that contain guidelines for preparation of the Strategic Plan of the Information Technology of the Federal Public Administration in Brazil (APF). The base of this study is the set of laws, guides, judgments of the TCU (Federal Court of Accounts of Brazil), audits of the CGU (Office of the Comptroller General), rules and national and international standards. The method used in this study was descriptive with qualitative approach, using the technique of content analysis based on a bibliographic search. The result of this work is the set of ten specific guidelines that compose the referential model of PETI Guidelines for APF, whose delimitation was taken through the identification and data extraction of the PETI of the organs of the APF, using the technique of content analysis.

Key Words: IT Strategic Plan. Brazilian Federal Public Administration. IT Guidelines.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estrutura do Processo de planificação.. .................................................... 21

Figura 2: Dimensões do PPA.. ................................................................................. 22

Figura 3: Relações entre os instrumentos de planejamento.. .................................. 26

Figura 4: PETI/PDTI de acordo com os tipos de órgãos da APF ............................. 39

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Órgãos SISP município Brasília/DF.. ...................................................... 34

Quadro 2: Órgãos que possuem PETI.. ................................................................... 40

Quadro 3: Matriz PETI.. ............................................................................................ 42

Quadro 4: Atributos comuns nos PETI analisados no município de Brasília/DF ...... 44

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Análise PETI/PDTI nos órgãos da APF - Brasília/DF ............................... 39

Tabela 2: Atributos PETI x Ocorrência x % .............................................................. 45

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias

LOA – Lei Orçamentária Anual

PDTI – Plano Diretor de Tecnologia da Informação

PEI – Plano Estratégico Institucional

PETI – Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação

PPA – Plano Plurianual

SEFTI/ TCU – Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação do Tribunal de

Contas da União

SISP – Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação

SLTI – Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação

TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação

TCU – Tribunal de Contas da União

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 14

2. PROBLEMA ..................................................................................................... 17

3. OBJETIVOS ..................................................................................................... 18

3.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 183.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................... 18

4. RELEVÂNCIA DO ESTUDO ............................................................................ 19

5. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO .................................................................. 20

6. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 21

6.1 PLANO PLURIANUAL - PPA ................................................................... 216.2 PLANO ESTRATÉGICO INSTITUCIONAL - PEI ..................................... 236.3 PLANO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO – PETI 246.4 PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – PDTI .......... 25

7. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ 27

7.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A REVISÃO DE LITERATURA ...................... 288. METODOLOGIA DA PESQUISA ..................................................................... 32

9. RESULTADOS/DISCUSSÃO ........................................................................... 34

10. RECOMENDAÇÕES GERAIS DE PLANEJAMENTO ..................................... 48

10.1 CONFORMIDADE ÀS LEGISLAÇÕES E REGULAÇÕES DA APF ............ 4810.2 CONFORMIDADE ÀS NORMAS TÉCNICAS DA ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ..................................................... 4810.3 OBSERVÂNCIA AOS MODELOS DE BOAS PRÁTICAS RECONHECIDOS

INTERNACIONALMENTE ........................................................................... 4810.4 DETERMINAÇÃO DE RESPONSABILIDADES .......................................... 4910.5 APROVAÇÃO PELO COMITÊ ESTRATÉGICO DE TI OU ALTA

ADMINISTRAÇÃO ....................................................................................... 4910.6 TRANSPARÊNCIA ...................................................................................... 50

11. MODELO REFERENCIAL DE DIRETRIZES PARA O PETI NA APF ............. 51

11.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DA ÁREA DE TI ............... 5111.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONCEITO DE PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO DE TI ................................................................................. 5111.3 REFERENCIAL ESTRATÉGICO DE TI – MISSÃO, VISÃO E VALORES .. 5211.4 DEFINIR O CICLO A QUE SE REFERE O PLANEJAMENTO DE TI ......... 5211.5 DEFINIR A METODOLOGIA UTILIZADA NA ELABORAÇÃO .................... 5211.6 REALIZAR ANÁLISE AMBIENTAL (AMBIENTE INTERNO E EXTERNO) . 52

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11.7 ESTAR BASEADO NAS DIRETRIZES ESTRATÉGICAS DE TI DEFINIDAS PELA ORGANIZAÇÃO ................................................................................ 53

11.8 DEVE CONTER OBJETIVOS, METAS, INDICADORES E AÇÕES - ESTRATÉGICOS ........................................................................................ 53

11.9 DEVE CONTER MAPA ESTRATÉGICO ..................................................... 5511.10 BUSCAR O ALINHAMENTO ENTRE PEI E PETI .................................... 55

12. CONCLUSÕES ................................................................................................. 57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 59

APÊNDICE A – MODELO DE REFERÊNCIA DO PETI ........................................... 64

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1. INTRODUÇÃO

O planejamento de Tecnologia da Informação (TI) para o setor público

brasileiro, conforme define o art. 174 da Constituição Federal de 1988 é imperativo e

estabelecido como uma obrigação legal, ou seja, como agente normativo e regulador

da atividade econômica. Neste sentido, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções

de fiscalização, incentivo e planejamento sendo determinante para o setor público e

indicativo para o setor privado (BRASIL, 1988).

O Art. 37. da mesma lei determina, ainda, que se obedeça os princípios

constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência

nas administrações públicas federais diretas e indiretas. Já o Decreto Lei No.

200/1967 estabelece o Planejamento Estratégico de TI como um princípio

fundamental na Administração Pública Federal (APF) (BRASIL, Decreto N° 200,

1967). O planejamento institucionalizado por meio da Constituição Federal de 1988

resulta em produtos a serem elaborados e entregues pelos órgãos da APF, como o

Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária

Anual (LOA) (BRASIL, 1988).

As diretrizes por sua vez são orientações, guias, rumos e possuem um papel

potencialmente determinante e consistente tornando-se quase um dever quando

inseridas em um sistema normativo. A aplicabilidade destas diretrizes é o meio pelo

qual se busca o aprimoramento no sentido de promover os valores intrínsecos e

pertinentes ao sistema para o qual foram concebidas (ALLE, 2012).

O PPA surgiu baseado nos requisitos constitucionais, atendendo diretamente o

§1º do art. 165 da Constituição Federal, o qual determina a realização do

planejamento com o propósito de orientar e direcionar o Estado e a sociedade na

realização dos objetivos da República (BRASIL, 1988). A Lei Nº 12.593 institui o plano

plurianual e viabiliza a implementação das políticas públicas, e em seu Art. 4º define,

entre outras, as seguintes diretrizes: a promoção da sustentabilidade ambiental; a

excelência na gestão para garantir o provimento de bens e serviços à sociedade; o

aumento da eficiência dos gastos públicos e o crescimento econômico sustentável.

Esta lei institui ainda que o plano plurianual estabelece as diretrizes de forma

regionalizada além de estabelecer os objetivos e metas da administração pública

federal relacionados as despesas de capital e outras delas decorrentes, como também

daquelas relativas aos programas de duração continuada. Assim, o planejamento é

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estabelecido como instrumento governamental por meio da observância aos preceitos

definidos no PPA (BRASIL, Lei Nº 12.593, 2012).

O Plano Estratégico Institucional (PEI) surge do desdobramento do PPA, ele

apresenta as estratégias de negócio da organização e tem como objetivo determinar

as políticas e estratégias organizacionais, definindo os principais objetivos a serem

alcançados (BRASIL, MPOG, 2012). O PPA decorre diversas metodologias de

mercado, entre elas: a técnica de Balanced Scorecard (BSC) (KAPLAN & NORTON,

1997), a ferramenta de Fatores Críticos de Sucesso na Matriz EFE (FCS); a Análise

das Forças e Fraquezas, Ameaças e Oportunidades (SWOT ou FOFA), dentre outras

(GONÇALVES & OLIVEIRA, 2008).

Os planejamentos setoriais dentro das organizações, como resultado do PEI,

são considerados como instrumentos necessários ao cumprimento dos objetivos

estratégicos institucionais. Assim, é importante que cada um dos órgãos públicos

possua planos nos níveis estratégico e tático. O Plano Estratégico de Tecnologia da

Informação (PETI) e/ou Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) surgem da

necessidade do planejamento setorial e possuem como arcabouço normativo o Guia

de Elaboração do PDTI do Sistema de Administração de Recursos de Tecnologia da

Informação (SISP). O SISP instituído pelo Decreto nº 1.048 de 21 de janeiro de 1994

e atualizado pelo Decreto n° 7.579 de 11 de outubro de 2011 tem como objetivo

organizar a operação, controle, supervisão e coordenação dos recursos de informação

e informática da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo

Federal (BRASIL, MPOG/SLTI, 2012).

O PETI, situado em nível estratégico, complementa o PEI e estabelece as

diretrizes e metas que direcionam a redação do Planejamento de TI do órgão. Já o

PDTI, situado em nível tático, é utilizado para representar como a organização

realizará a transição do presente para o futuro no que diz respeito à TI. A mudança

proposta pelo PDTI é representada pelo estabelecimento das metas e ações a serem

empreendidas, além de complementar o PETI por meio do alinhamento das metas e

ações aos objetivos estratégicos definidos (BRASIL, 2012).

Como se trata de um assunto importante e em evidência, a Administração

Pública Federal criou a Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação do

Tribunal de Contas da União (SEFTI/TCU), em agosto de 2006 (BRASIL, Resolução

193, 2006). O Acórdão nº 1.603/2008-TCU, por sua vez, faz recomendações acerca

da importância do planejamento estratégico e de sua disseminação ao Conselho

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Nacional de Justiça (CNJ), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Senado

Federal, Câmara dos Deputados, TCU, MP (especialmente Secretaria de Logística e

Tecnologia da Informação - SLTI), Gabinete de Segurança Institucional da Presidência

da República – GSI/PR e Controladoria Geral da União (CGU). Além desse acordão,

a APF elaborou Guias (“Guia de elaboração de PDTI do SISP”, 2012), Instruções

Normativas e publicou novos Acórdãos (BRASIL, 2012; BRASIL, 2008; BRASIL, 2010;

BRASIL, 2012 e BRASIL, 2014); os quais buscam orientar e institucionalizar o

planejamento estratégico de TI.

No âmbito das normatizações, a Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT), representante oficial no Brasil da ISO (International Organization for

Standardization), IEC (International Eletrotechnical Comission), entidades de

normatização regional COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a

AMN (Associação Mercosul de Normalização), em atenção à Governança de TI,

publicou a ABNT NBR ISO/IEC 38500:2008, estabelecendo responsabilidade pela boa

governança a alta administração da organização.

O presente estudo, baseado na revisão bibliográfica das normas e diretrizes

supracitadas sobre o planejamento estratégico, propõe a sistematização dos critérios

envolvidos na elaboração do PEI e do PDTI, com o objetivo de propor um conjunto de

diretrizes para elaboração do PETI nas organizações públicas federais.

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2. PROBLEMA

Atender os requisitos legais é um pressuposto básico da APF, uma vez que são

requisitos constitucionais. Os órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União

e a Controladoria-Geral da União; o Departamento de Coordenação e Controle das

Empresas Estatais da Secretaria-Executiva do Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão; e a Secretaria de Logística Tecnologia da Informação (SLTI) do

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão por meio de acórdãos e auditorias,

vêm cada vez mais exigindo dos órgãos da APF o atendimento aos princípios

constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência

previstos na Constituição Federal do Brasil de 1988, além de requererem o

cumprimento do planejamento exigido no Decreto Lei Nº.200/1967 (BRASIL, 1967). O

art. 74. determina que “Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de

forma integrada o sistema de controle. Este controle é definido como, Controle Interno

e Controle Externo, e compreende atividades de Auditoria, Fiscalização e Avaliação

de Gestão (GIACOBBO, 1997).

Para atender os requisitos legais no que concerne ao PETI, os órgãos da APF

devem publicá-lo no prazo estabelecido e, por meio dele, devem responder aos

anseios de informações e controles exigidos à APF. O TCU, em seu relatório de

levantamento e avaliação da governança de tecnologia da informação na APF de

2014, constatou que 75% das organizações declararam executar o processo de

planejamento de TI (17% parcialmente e 58% integralmente), sendo que desses

apenas 53% o formalizam (12% parcial e 41% integral). O mesmo levantamento

evidencia que a instituição do processo formal é adotada de forma integral em apenas

41% das organizações. Os dados acerca do levantamento retratam as dificuldades de

instituir um processo de planejamento de TI na APF (BRASIL, 2014).

Buscando atender aos requisitos legais impostos a APF e na ausência de um

padrão com diretrizes que sirvam como modelo para que as organizações públicas

planejem melhor as estratégicas relacionadas à Tecnologia da Informação

desdobradas do PEI, é que ser faz necessário o desenvolvimento de um referencial

que contribua para que a APF construa o seu PETI.

Nesse contexto, a seguinte questão de pesquisa é de interesse do presente

estudo: Que diretrizes poderiam compor um modelo de referência de PETI para os

órgãos da APF?

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3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver modelo referencial de diretrizes de Plano Estratégico da

Informação – PETI para os órgãos da APF brasileira.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar informações sobre diretrizes de PETI na APF brasileira;

• Consolidar, estruturar e sistematizar os achados bibliográficos e documentais.

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4. RELEVÂNCIA DO ESTUDO

O planejamento é condição sine qua non para as organizações públicas, sendo

normatizado pela Constituição Federal de 1988. Diante de tal contexto e exigência em

definir um instrumento norteador na construção deste para a Administração Pública

Federal é imprescindível.

A presente pesquisa possui relevância, pois apresentará a elaboração de

diretrizes do Planejamento Estratégico de TI – PETI para a APF, possibilitando, assim,

cobrir uma lacuna existente nas referências de planejamento de TI dentro da APF. É

importante enfatizar que o único referencial disponível atualmente é o Guia SISP, que

por sua vez, apresenta um conjunto estruturante de ações para construção do PDTI

situado no nível tático.

As diretrizes propostas nesta dissertação serão, portanto, ferramentas

direcionadas aos administradores, para que estes possam construir um referencial

estratégico, por meio da definição de objetivos, indicadores e metas estratégicas,

direcionadas e alinhadas ao PEI.

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5. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

Além da seção de Introdução, Problema, Objetivos e Relevância do Estudo,

esta dissertação envolve mais cinco seções:

• A seção 6 trata do Referencial Teórico acerca do assunto, conceituando os

principais temas utilizados nos planos estratégicos voltados a TI;

• A seção 7 apresenta a Revisão da Literatura e as considerações do

pesquisador frente à pesquisa bibliográfica;

• A seção 8 aborda a Metodologia da Pesquisa utilizada;

• A seção 9 apresenta o resultado e a discussão referente aos achados na

revisão de;

• A seção 10 expõe as recomendações gerais para a realização de um plano;

• A seção 11 apresenta o modelo referencial de diretrizes para APF;

• A seção 12 apresenta a Conclusão da pesquisa, limitações do trabalho e

indicação de possíveis estudos prospectivos.

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6. REFERENCIAL TEÓRICO

6.1 PLANO PLURIANUAL - PPA

O PPA é um instrumento de planejamento do Estado brasileiro, com metas

definidas que buscam a concretização dos direitos e objetivos sociais, conforme

preconiza a Constituição brasileira (BRASIL, PPA, 2011).

A Constituição Federal de 1988 implementou o PPA e tornou crime de

responsabilidade do(a) Presidente da República o não envio do Plano ao Congresso

Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano de governo. A partir de então, os

planos plurianuais constituem o alicerce básico e organizador da ação governamental

para um horizonte de quatro anos, apresentando os objetivos e delineamentos

estratégicos (LESSA, COUTO & FARIA, 2009).

O PPA é o instrumento de planejamento a médio prazo que garante a

continuidade das ações governamentais, uma vez que sua vigência é estabelecida

entre o segundo ano de um governo e o primeiro ano do governo seguinte. O

planejamento determina as ações que o poder público irá realizar considerando os

seguintes instrumentos: Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária

Anual (LOA) (PAGLIARUSSI, NOSSA & LOPES, 2005). A Figura 1 apresenta a

estrutura do processo de planificação do governo federal.

Figura 1: Estrutura do Processo de planificação. Fonte: SILVA (2000).

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O PPA e a LDO estão relacionados ao processo global de planificação da

administração pública federal e evidenciam a aprovação dos planos em razão de uma

decisão política, cuja base surge da identificação das necessidades e dos recursos

para atender aos objetivos globais (PAGLIARUSSI, NOSSA & LOPES, 2005).

O relatório do PPA declara as escolhas do Governo e da sociedade e ainda

orienta, de forma estratégica, tática e operacional, como as políticas públicas serão

implementadas. Os objetivos definidos são desdobrados em iniciativas e o plano

busca aplicar os recursos disponíveis para consecução do planejado (BRASIL, PPA,

2011). A Figura 2 apresenta as dimensões do PPA como: Dimensão Operacional,

Dimensão tática e Dimensão Estratégica.

Figura 2: Dimensões do PPA. Fonte: BRASIL (2011).

Assim, o PPA é o norteador da visão estratégica, elaborado a partir dos

macrodesafios que são retratados por meio dos programas temáticos, cuja

abrangência deve representar os desafios e organizar a gestão, o monitoramento, a

avaliação, as transversalidades, as multisetorialidades e a territorialidade. Os

objetivos e iniciativas desdobrados do programa temático expressam o que deve ser

feito quanto às entregas de bens e serviços à sociedade que, por sua vez, advém das

ações orçamentárias (BRASIL, 2011).

Os atributos tratados no PPA envolvem assuntos relacionados às Políticas

Sociais (Agricultura Familiar, Bolsa Família, Cidadania e Justiça, Educação Básica

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etc.), Políticas de Infraestrutura (Aviação Civil, Combustíveis, Energia Elétrica,

Moradia Digna, etc.), Políticas de Desenvolvimento Produtivo e Ambiental (Agricultura,

Biodiversidade, Ciência, Tecnologia e Inovação, etc.) e Políticas e Temas Especiais

(Democracia e Aperfeiçoamento da Gestão Pública, Desenvolvimento Regional,

Gestão da Política Econômica e Estabilidade do Sistema Financeiro Nacional,

Integração Sul-Americana, Mar, Zona Costeira e Antártida, Política Externa e Política

Nacional de Defesa) (BRASIL, 2011).

6.2 PLANO ESTRATÉGICO INSTITUCIONAL - PEI

A formulação de um plano estratégico, conforme muitos autores, é considerada

como instrumento gerencial fundamental em busca do sucesso empresarial, cujo

processo deve ser contínuo e sistemático, realizado de forma racional por meio da

categorização de atividades que favoreçam o alcance dos resultados (SILVA &

GONÇALVES, 2011).

O processo geralmente utilizado como metodologia envolve: (1) Análise e

avaliação organizacional (sob a perspectiva de sua realidade); (2) Estabelecimento da

direção a ser seguida e quais resultados esperar; (3) Definição de políticas, diretrizes

e objetivos; (4) Escolha das alternativas e estratégias para se atingir o resultado

esperado; (5) Desdobramento dos objetivos em metas; e (6) Definição da forma de

avaliação e das responsabilidades (GIACOBBO, 1997).

As estratégias resultantes deste instrumento sistemático são deliberadas e

expressam a missão, visão, valores, objetivos e metas organizacionais. Mesmo no

setor público, que não possui foco em obter vantagens competitivas e nem obter lucro,

o planejamento estratégico é a ferramenta utilizada na busca da excelência na entrega

dos serviços aos cidadãos e busca minimizar a descontinuidade gerada pela troca de

administração (SILVA & GONÇALVES, 2011).

O PEI é um processo dinâmico e interativo para estruturar estratégica, tática e operacionalmente as informações organizacionais, a TI (e seus recursos: hardware, software, sistemas de telecomunicações, gestão de dados e informações), os sistemas de informação (estratégicos, gerenciais e operacionais), as pessoas envolvidas e a infraestrutura necessária para o atendimento de todas as decisões, ações e respectivos processos das organizações (REZENDE, 2003).

O PEI permite que a organização olhe para o futuro. Para isso, o ambiente

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externo, a concorrência, as perspectivas de crescimento, os cenários, a conjuntura

econômica e as mais variadas tendências são cotejadas em busca do crescimento e

da sustentabilidade organizacionais. Ele define como conjugar os objetivos,

habilidades e recursos organizacionais em razão das oportunidades que se oferecem

num mercado em transformação constante (ANDRADE & FRAZÃO, 2011).

Este Plano pressupõe a integração entre recursos humanos e não-humanos de

forma que a organização, em razão dos fatores sustentadores como a TI, os sistemas

de informação e conhecimento, as pessoas e recursos humanos e o contexto

organizacional atinjam a qualidade, produtividade, efetividade, modernidade,

perenidade, rentabilidade, inteligência competitiva e inteligência organizacional

(REZENDE, 2003).

6.3 PLANO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO – PETI

O planejamento de negócios, o planejamento estratégico de TI e o respectivo

alinhamento entre eles fazem parte dos pressupostos básicos para a governança

(YOLANDE & BLAIZE, 2007).

Ainda sobre o alinhamento, o Plano Estratégico promove o ajuste ou a

adequação estratégica das tecnologias disponíveis de toda a organização, como uma

ferramenta de gestão organizacional contemplada pelos conceitos de qualidade,

produtividade, efetividade, modernidade, perenidade, rentabilidade, inteligência

competitiva e inteligência organizacional (REZENDE, 2003).

O Plano Estratégico, como meio para alcançar a governança, vem cada vez

mais ocupando lugar de destaque junto à Administração Pública Federal, tendo sido

incorporado às recomendações do Tribunal de Contas da União que, por meio de

acórdãos, orienta as unidades sob sua jurisdição, supervisão ou estrutura acerca da

necessidade de implementação dos instrumentos de planejamento de tecnologia de

informação, além de identificar processos críticos de negócio e formalizar metas de

governança (BRASIL, TCU, 2013).

O PETI está posicionado no nível estratégico organizacional e é um

desdobramento do PEI. Ele representa o instrumento setorial no que concerne ao

planejamento de TI, estabelecendo as diretrizes e metas da área (BRASIL, 2012).

Para Bermejo (2009), o PETI é fundamental para direcionar e gerenciar todos

os recursos de TI como pessoas, aplicações, informação e infraestrutura em

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consonância com as prioridades e as estratégias de negócio. Neste sentido, o PETI

pode contribuir na operacionalização dos fundamentos da Governança de TI, por meio

da organização e priorização de estratégias de negócio e, consequentemente, das

estratégias de TI (BERMEJO, 2009).

O PETI é estabelecido em função do seu alinhamento com o PEI, o qual garante

a sinergia e o estabelecimento de forma vertical, horizontal e transversal, que pode

culminar em um processo dinâmico e sinérgico das funções empresariais e

organizacionais.

[...] instrumentos de planejamento estratégico institucional e de tecnologia da informação; identificarem os processos críticos de negócio e designarem formalmente os gestores responsáveis pelos sistemas de informação que dão suporte a esses processos; formalizarem metas de governança, como parte do plano diretor de tecnologia da informação da instituição, baseadas em parâmetros de governança, necessidades de negócio e riscos relevantes [...] (BRASIL, 2013).

Não é possível desassociar o planejamento de TI do negócio, ou seja, é

imprescindível que, para assegurar os padrões de gerenciamento estratégico, sejam

utilizadas ferramentas e técnicas de análise e planejamento (LOBLER, BOBSIN &

VISENTINI, 2008).

6.4 PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – PDTI

O PDTI é o plano tático da área de TI e é o instrumento norteador das ações a

serem desenvolvidas e entregues pela tecnologia. Ele se estabelece como uma

ferramenta de gestão e busca justificar a aplicação dos recursos financeiros, materiais

e de pessoas para garantir o serviço prestado (BRASIL, 2012). Ao mesmo tempo, ele

é “instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e processos de

Tecnologia da Informação que visa atender às necessidades tecnológicas e de

informação de um órgão ou entidade para um determinado período” (BRASIL, 2014).

O plano diretor define os meios e as formas pelos quais a organização alcança

as metas e os objetivos pretendidos, buscando a melhoria no processo de gestão e

governança, assim como a sustentação da infraestrutura. É no PDTI que se baseia o

planejamento da informática e seus respectivos recursos tecnológicos, como o plano

de desenvolvimento de sistemas, plano de compras de TI e planejamento de recursos

humanos (JUNIOR, 2009).

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A Figura 3 apresenta as relações entre os instrumentos de planejamento

descritos e permite visualizar de forma gráfica como se dá o relacionamento entre o

PEI – PETI – PDTI e Planos de ação.

Figura 3: Relações entre os instrumentos de planejamento. Fonte: BRASIL (2012).

As ações e metas do PDTI são oriundas do PETI, de forma a garantir o

alinhamento e a conformidade entre os planos, ou seja, que o cumprimento das metas

reflita a obtenção dos objetivos. Esse plano diretor define, ainda, os indicadores que

permitirão a avaliação constante do controle e da gestão da TI com relação à

realização desses objetivos dentro da organização, os responsáveis, prazos e

recursos (humanos e orçamentários) a serem utilizados no atendimento às ações

definidas (BRASIL, 2012).

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7. REVISÃO DA LITERATURA

Para a pesquisa apresentada nesta dissertação foi realizada uma revisão

bibliográfica considerando os termos chaves da pesquisa, que são: Planejamento

Estratégico de TI – PETI, Administração Pública Federal e Diretrizes de TI no idioma

Português e Strategic Planning of IS/IT, Strategic Planning of IS/IT in the Federal

Public Administration e Information Technology Guidelines no idioma Inglês, no

período de março de 2014 a junho de 2015, considerando artigos e documentos dos

últimos dez anos, ou seja, entre os anos de 2005 a 2015.

Para Moresi (2003), a pesquisa bibliográfica é baseada na análise da literatura

publicada em livros, revistas, publicações avulsas, imprensa escrita e até

eletronicamente, disponibilizada na internet. A pesquisa permitirá obter informações

acerca da situação atual do tema/problema pesquisado, conhecendo as publicações

existentes e verificando informações similares e diferentes a respeito do

tema/problema, além de aspectos relacionados a estes (MORESI, 2003).

As consultas foram realizadas na biblioteca virtual do Portal da CAPES - Portal

da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(http://www.periodicos.capes.gov.br), o qual disponibiliza a produção científica

nacional e internacional. Foram encontrados 42 documentos, sendo que apenas 03

desses estão diretamente relacionados com a pesquisa proposta nessa dissertação,

que por sua vez corresponde a 7,10% dos resultados obtidos.

Adicionalmente a pesquisa realizada no Portal da CAPES, os termos chaves

elencados acima foram utilizados para busca no Portal do Instituto Brasileiro de

Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) (http://bdtd.ibict.br/vufind/). Para

complementar o estudo foram pesquisados os documentos disponibilizados pelos

órgãos da Administração Pública Federal acerca do assunto, no Portal do Tribunal de

Contas da União (TCU)

(https://contas.tcu.gov.br/juris/Web/Juris/ConsultarTextual2/Jurisprudencia.faces)

através dos acórdãos e levantamentos de governança.

A SLTI participou desta pesquisa como objeto da revisão bibliográfica porque

envolve a proposição de políticas, planejamento, coordenação, supervisão e

orientação para as atividade como: Gestão dos recursos de tecnologia da informação

(no âmbito SISP); Padronização e disponibilização de serviços digitais interoperáveis

(Governo digital); e Segurança da Informação (http://www.governoeletronico.gov.br/o-

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gov.br/secretaria-de-logistica-e-tecnologia-da-informacao).

Os documentos disponibilizados pela SLTI que contribuíram para o

desenvolvimento desta dissertação foram:

A Estratégia Geral de Tecnologia da Informação e Comunicações (EGTIC) compreende um instrumento de gestão do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP), que traça a direção da Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC), definindo o plano estratégico que visa promover a melhoria contínua da gestão e governança de TIC, assim como a sustentação da infraestrutura, além de subsidiar os órgãos do Sistema na elaboração dos Planejamentos de Tecnologia da Informação, inclusive em atendimento ao que determina o Art. 3º. da Instrução Normativa (IN) SLTI nº 04, de 12 de novembro de 2010 (http://www.sisp.gov.br/egtic/wiki/apresentacao). Guia de Comitê de TI do SISP - descreve algumas características e atividades do Comitê de TI, em atendimento à Estratégia Geral de Tecnologia da Informação do SISP (EGTI) 2013-2015. Também apresenta como o Comitê de TI poderá contribuir na tomada de decisão, na criação de políticas, na priorização dos projetos, na distribuição dos recursos de TI e na gestão de riscos, assuntos estes de suma importância para que se realize a integração da TI com as áreas finalísticas (http://www.sisp.gov.br/guiacomiteti/wiki/Apresentacao). Guia de Governança de Tecnologia da Informação e Comunicação (GovTIC) do SISP - O Guia tem o objetivo de apoiar os integrantes do SISP no desenvolvimento e aperfeiçoamento da Governança de TIC em suas organizações. Apresenta um modelo referencial de governança de TIC estruturado em princípios, diretrizes, práticas e condicionantes. O material contém dicas e orientações sobre como implantar o modelo, incluindo uma sugestão de sequência que pode ser seguida para implantação (http://www.sisp.gov.br/govtic/wiki/Apresentacao). Guia de PDTI do SISP provê informações que ajudam as organizações a planejarem melhor as ações relacionadas à Tecnologia da Informação, auxiliando na solução de alguns dos grandes desafios enfrentados pela administração pública atualmente: o de possibilitar a maior efetividade no emprego dos recursos de TI, colaborar para uma gestão integrada, com publicidade das realizações, resultando em maior benefício para a sociedade e maior transparência no uso de recursos públicos (http://sisp.gov.br/guiapdti/wiki/Apresentacao).

7.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A REVISÃO DE LITERATURA

Os achados da primeira fase que correspondeu a pesquisa realizada na

CAPES e IBICT permitiram construir o referencial teórico acerca dos temas

estudados. A quantidade total de quinze documentos evidencia e escassez de

material disponível em dez anos no que diz respeito a diretrizes traçadas para

elaboração do PETI pelos órgãos da APF.

A pesquisa bibliográfica na Biblioteca Virtual da CAPES apresentou para o

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termo “Planejamento Estratégico de TI” apenas três documentos, sendo dois artigos

e uma tese. Nos demais documentos o tema é tratado na perspectiva de alinhamento,

governança e gestão, ou seja, o Planejamento Estratégico de TI é abordado como

aspecto inerente dentro dos processos de forma a mostrar que está presente quando

o assunto envolve alinhamento estratégico, governança e gestão de TI.

Utilizando o termo “Planejamento Estratégico de TI na Administração Pública

Federal” somente dois artigos foram encontrados, e estes não trazem o Planejamento

Estratégico de TI como foco principal. O primeiro artigo evidencia como objeto “O

gestor da segurança da informação no espaço cibernético governamental: grandes

desafios, novos perfis e procedimentos”, já o segundo busca apresentar “A percepção

dos gestores operacionais sobre os impactos gerados nos processos de trabalho após

a implementação das melhores práticas de governança de TI no TRE/SC.”

Os nove resultados da pesquisa para o termo “Diretrizes de TI” não exploram o

relacionamento das diretrizes de TI com planejamento estratégico, o que não contribui

para o tema da pesquisa em questão, de outra forma, tratam as diretrizes

relacionando-as com: diretrizes avaliação de investimentos em TI, teste de inclinação

(TI) utilizado para a investigação de síncopes e pré-síncopes, gestão de projetos,

entre outros.

Os termos “Strategic Planning of IS/IT”, “Strategic Planning of IS/IT in the

Federal Public Administration” e “IT Guidelines” pesquisados, não representaram

resultados. Adicionalmente o termo “Information Technology Guidelines” apresentou

apenas um resultado, que por sua vez trata da utilização da tecnologia da informação

com foco em orientações para os gestores.

A pesquisa Bibliográfica no Portal BDTD – IBCTI, aborda o tema “Planejamento

Estratégico de TI” apropriadamente relacionando-o a realidade organizacional, sob a

perspectiva da relação deste com as melhores práticas, frameworks e a

implementação. Os demais temas não apresentaram resultados ou esses não se

relacionam diretamente com o tema desejado, por exemplo: os assuntos ligados a

Diretrizes que enfocam escritório de gerenciamento de projetos, diretrizes para

aplicação da Governança de TI, diretrizes para implantação da Governança de TI e

diretrizes para a complementação de um modelo de Governança de TI.

No Portal BDTD – IBCTI as pesquisas utilizando os termos em inglês não

apresentaram resultados, exceto para termo pesquisado “Information Technology

Guidelines” cujo assunto estava relacionado à utilização da tecnologia da informação

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no ensino/educação.

Os achados da segunda fase, que correspondeu aos documentos das

principais publicações dos órgãos da APF (TCU e SLTI), relaciona-se às

normatizações e aos encaminhamentos acerca da definição e estruturação das

estratégias de tecnologia que a administração federal deve considerar quanto a

elaboração de suas estratégias.

O TCU é um tribunal administrativo, cujo objetivo é julgar as contas de

administradores públicos e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores

públicos federais, bem como as contas de qualquer pessoa que der causa a perda,

extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. Tal competência

administrativa-judicante, entre outras, está prevista no art. 71 da Constituição

brasileira. Por se tratar de um órgão da APF fica subentendido que o Planejamento

Estratégico analisado como objeto de tratativa se refere exclusivamente a

Administração Federal, objeto dessa dissertação e das pesquisas realizadas.

Os Acórdãos pesquisados no Portal do TCU estão relacionados aos relatórios

de auditoria, avaliação de controles gerais de tecnologia da informação, constatação

de irregularidades, precariedades e oportunidades de melhoria, determinações,

recomendações e alertas. Estes documentos salientam a importância do

Planejamento Estratégico de TI nos moldes da Norma Técnica - ITGI - Cobit 4.1, PO1

- Planejamento Estratégico de TI.

Foram encontrados ao todo 151 Acórdãos, uma Ata e dois Documentos na

Biblioteca Digital.

Os Acórdãos ressaltam a importância da existência de um processo de

planejamento de PETI que organize as estratégias, as ações, os prazos, os recursos

financeiros, humanos e materiais, tendo como produto a elaboração e aprovação de

um PDTI, observando as diretrizes constantes na Instrução Normativa nº 04/2008 -

SLTI/MPOG, art. 4, III, e nas práticas contidas no Cobit 4.1, processo PO1 -

Planejamento Estratégico de TI.

Os demais documentos apontam que o PETI contém as diretrizes de TI no nível

estratégico, enquanto o PDTI tem como foco o nível tático e apresentam também um

Mapa de Contexto de Tomada de Decisão e Gestão de Soluções de TI apresentado

em um evento em que as Diretrizes são apontadas como necessárias dentro das

organizações.

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O produto final da revisão bibliográfica e documental reflete um panorama onde

não é apresentado nenhum tipo de direcionador estratégico específico para confecção

do PETI para a APF. Assim, o resultado desta pesquisa propiciou subsídios

pertinentes para a construção de um modelo de referência para a elaboração de

diretrizes de Plano Estratégico de Tecnologia da Informação para órgãos da

Administração Pública Federal.

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8. METODOLOGIA DA PESQUISA

O método utilizado nesta pesquisa se caracteriza como descritivo com

abordagem qualitativa, pois possui característica conclusiva e objetiva a descrição do

objeto proposto. A pesquisa qualitativa busca uma melhor percepção e compreensão

acerca do contexto do problema definido (LOBLER, BOBSIN & VISENTINI, 2008).

Godoy aponta a existência de, pelo menos, três possibilidades oferecidas pela

abordagem qualitativa: a pesquisa documental, o estudo de caso e a etnografia.

Dentro dessas abordagens, a pesquisa documental foi a base utilizada neste estudo

por envolver as tarefas de pesquisa, recuperação, filtro e análise bibliográfica a fim de

adquirir informações fundamentadas para a proposta definida (GODOY, 1995).

Os aspectos voltados a pesquisa documental que envolvem a escolha do

documento, o acesso a ele e sua respectiva análise se vale de materiais escritos,

como jornais, revistas, artigos, de forma a conduzir o pesquisador a estudar problemas

a partir da expressão e da linguagem. A comunicação veiculada quando da análise

destes materiais escritos e que apresenta um conjunto de significações do agente

emissor para o agente receptor, parte do pressuposto que por trás da informação

veiculada esconde um sentido que para ser desvendado utiliza técnicas de análise de

conteúdo (GODOY, 1995).

Para Bardin, o termo “análise de conteúdo" designa um conjunto de técnicas

de análise das comunicações visando a obter, por procedimentos sistemáticos e

objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou

não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de

produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens" (BARDIN, 1977).

A análise de conteúdo é comumente feita por meio de uma operação lógica,

pela proposição de uma premissa que se liga a outras proposições já tidas como

certas. Chamamos de inferência esta proposição, porque a partir dos conhecimentos

subjacentes produzidos pelos registros de determinada mensagem, estes são

ancorados a um quadro de referenciais teóricos e concretos, visualizado segundo o

contexto proposto. Este conjunto de técnicas utilizadas e organizadas de

comunicações e informações frente a dados qualitativos faz com que temas, tópicos,

conceitos e conhecimentos emerjam (CAMPOS & TURATO, 2009).

A aplicação do método descritivo, utilizando a abordagem qualitativa, seguida

da técnica de análise de conteúdo com base na pesquisa bibliográfica, ajuda o

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pesquisador a desenvolver seu estudo segundo uma abordagem analítica crítica e

reflexiva, que por intermédio da aplicação de novas tecnologias facilitadoras, permite

a validação dos resultados da pesquisa. Existe uma complementariedade dos

métodos qualitativos e quantitativos, cujo propósito é ultrapassar as incertezas,

verificar hipóteses e descobrir o que está por trás dos conteúdos trabalhados

(MOZZATO & GRZYBOVSKI, 2011).

A pesquisa foi realizada nos 215 órgãos vinculados ao SISP, âmbito nacional,

tendo sido, selecionados 85 órgãos do município de Brasília, dos tipos Setorial,

Correlato, Secciona e Órgão Central, conforme apresentado no Quadro 1 (abaixo).

A lista de órgãos apresentadas no Quadro 1 foi retirada do endereço eletrônico

http://www.sisp.gov.br/ct-gcie/lista-orgaos-sisp em Agosto de 2015. É importante

salientar que os órgãos, no que concerne aos seus nomes, funções e designações

podem mudar em função de uma restruturação governamental.

A escolha do município de Brasília/DF se deu em função da relevância dos

órgãos pesquisados, uma vez que do resultante dos órgãos que não são deste

município (cento e trinta), 85% são Autarquias e Fundações do tipo Seccional,

compostas basicamente por Institutos Federais de Educação, Universidades Federais

e Fundações Universidade. Para corroborar com a escolha feita, na pesquisa

realizada no município de Brasília, cuja caracterização legal atende por Autarquia e

Fundação, apenas um órgão tinha o PETI elaborado (Instituto Brasileiro de Turismo –

EMBRATUR) e este não corresponde a nenhum Instituto Federal de Educação,

Universidade Feral ou Fundação Universidade.

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9. RESULTADOS/DISCUSSÃO

O Quadro 1 (abaixo) é resultado das buscas dentro da APF de órgãos que

possuem PETI publicados, esta nova pesquisa é consequência dos resultados obtidos

na seção 7 (REVISÃO DA LITERATURA), que por meio da abordagem exploratória

realizada pela pesquisa bibliográfica, procurava responder à questão motivadora

deste trabalho – identificar diretrizes de PETI para órgãos da APF.

Como o resultado da revisão da literatura não retornou objetivamente

direcionadores que pudessem orientar o desenvolvimento do PETI por órgãos da APF,

tal como existe no Guia de PDTI do SISP, foi realizada, dentro da APF, em todos os

órgãos vinculados ao SISP, pesquisa a fim de determinar aqueles que possuíam PETI

publicados. O objetivo desta análise foi levantar e estratificar quais aspectos/pontos

são referenciados e utilizados por estes órgãos na composição dos seus PETI.

Quadro 1: Órgãos SISP município Brasília/DF

Órgão Tipo Caracterização Legal PETI/PDTI

Advocacia Geral da União – AGU Setorial Órgão da Presidência PDTI Agência Brasileira de Inteligência –

ABIN Correlato Essenciais da

Presidência, vinculada a Setorial GSI

Não Encontrado

Agência Espacial Brasileira – AEB Seccional Autarquia PDTI

Agência Nacional de Águas – ANA Seccional Autarquia Especial PDTI

Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC

Seccional Autarquia Especial PETI

Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL

Seccional Autarquia Especial PDTI

Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL

Seccional Autarquia Especial PDTI

Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ

Seccional Autarquia Especial PDTI

Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT

Seccional Autarquia Especial PDTI

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA

Seccional Autarquia Especial PDTI

Banco Central do Brasil – BCB Seccional Autarquia Especial PDTI

Comando da Aeronáutica – COMAER Correlato Forças Armadas – Administração Direta,

vinculado ao MD

PETI

Comando da Marinha – CMAR Correlato Forças Armadas – Administração Direta,

vinculado ao MD

Não Encontrado

Comando do Exército – CEX Correlato Forças Armadas – Administração Direta,

vinculado ao MD

PETI

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Órgão Tipo Caracterização Legal PETI/PDTI

Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE

Seccional Autarquia PDTI

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ

Seccional Fundação PDTI

Controladoria Geral da União – CGU Setorial Órgão da Presidência PETI

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES

Seccional Fundação PDTI

Departamento de Polícia Federal - DPF Correlato Específico Singular – Administração Direta,

vinculado ao MJ

Não Encontrado

Departamento de Polícia Rodoviária Federal - DPRF

Correlato Específico Singular – Administração Direta,

vinculado ao MJ

Não Encontrado

Departamento nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT

Seccional Autarquia Especial PDTI

Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM

Seccional Autarquia PDTI

Empresa Brasil de Comunicação – EBC Seccional Empresa Pública, vinculada ao MD

PDTI

Empresa de Planejamento e Logística - EPL

Seccional Empresa Pública, vinculada ao MD

PDTI

Escola de Administração Fazendária – ESAF

Correlato Específico Singular – Administração Direta,

vinculado ao MF

Não Encontrado

Fundação Alexandre de Gusmão – FUNAG

Seccional Fundação Não Encontrado

Fundação Cultural Palmares – FCP Seccional Fundação PDTI

Fundação Escola Nacional de Administração Pública - ENAP

Seccional Fundação Não Encontrado

Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA

Seccional Fundação PDTI

Fundação Nacional de Saúde – FUNASA

Seccional Fundação PDTI

Fundação Nacional do Índio – FUNAI Seccional Fundação PDTI Fundação Universidade de Brasília –

UNB Seccional Fundação PDTI

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE

Seccional Autarquia PDTI

Hospital das Forças Armadas – HFA Correlato Estudo, Assistência, Apoio – Administração

Direta, vinculado ao MD

PDTI

Imprensa Nacional – IN Correlato Assistência Direta e Imediata – Administração Direta, vinculado à Casa

Civil

Não Encontrado

Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT

Correlato Unidade de Pesquisa – Administração Direta,

vinculado ao MCTI

PDTI

Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM Seccional Autarquia PDTI

Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR

Seccional Autarquia PETI

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -

IBAMA

Seccional Autarquia Especial PDTI

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Órgão Tipo Caracterização Legal PETI/PDTI

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

Seccional Autarquia PDTI

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN

Seccional Autarquia PDTI

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília – IFB

Seccional Autarquia PDTI

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA

Seccional Autarquia PDTI

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

- INEP

Seccional Autarquia Especial PETI

Instituto Nacional de Meteorologia - INMET

Seccional Específico Singular – Administração Direta, vinculado ao MAPA

PDTI

Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI

Seccional Autarquia Não Encontrado

Instituto Nacional do Seguro Social – INSS

Seccional Autarquia Especial PDTI

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA

Setorial Ministério PDTI

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI

Setorial Ministério Não Encontrado

Ministério da Cultura – MinC Setorial Ministério PETI

Ministério da Defesa – MD Setorial Ministério PDTI

Ministério da Educação – MEC Setorial Ministério PETI Ministério da Fazenda – MF Setorial Ministério PDTI

Ministério da Integração Nacional – MI Setorial Ministério PETI

Ministério da Justiça – MJ Setorial Ministério PDTI

Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA

Setorial Ministério PDTI

Ministério da Previdência Social – MPS Setorial Ministério PDTI

Ministério da Saúde – MS Setorial Ministério PDTI Ministério das Cidades – Mcidades Setorial Ministério PDTI

Ministério das Comunicações – MC Setorial Ministério PETI

Ministério das Relações Exteriores – MRE

Setorial Ministério PDTI

Ministério de Minas e Energia – MME Setorial Ministério PETI

Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA

Setorial Ministério PETI

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS

Setorial Ministério PDTI

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC

Setorial Ministério PDTI

Ministério do Esporte – ME Setorial Ministério PETI

Ministério do Meio Ambiente – MMA Setorial Ministério PDTI Ministério do Planejamento, Orçamento

e Gestão - MPOG Setorial Ministério PETI

Ministério do Trabalho e Emprego – MTE

Setorial Ministério PDTI

Ministério do Turismo – Mtur Setorial Ministério Não Encontrado

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Órgão Tipo Caracterização Legal PETI/PDTI

Ministério dos Transportes – MT Setorial Ministério PDTI

Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN

Correlato Específico Singular – Administração Direta,

vinculado ao MF

Não Encontrado

Secretaria da Receita Federal – SRF Correlato Específico Singular – Administração Direta,

vinculado ao MF

Não Encontrado

Secretaria de Direitos Humanos – SDH Setorial Órgão da Presidência PDTI

Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação – SLTI

Órgão central

Específico Singular – Administração Direta, vinculado ao MPOG

PETI

Secretaria Nacional do Consumidor – SENACON

Correlato Específico Singular – Administração Direta,

vinculado ao MJ

Não Encontrado

Secretaria de Orçamento Federal – SOF Correlato Específico Singular – Administração Direta, vinculado ao MPOG

PDTI

Secretaria de Portos – SEP Setorial Órgão da Presidência PDTI

Secretaria do Patrimônio da União – SPU

Correlato Específico Singular – Administração Direta, vinculado ao MPOG

Não Encontrado

Secretaria do Tesouro Nacional – STN Correlato Específico Singular – Administração Direta,

vinculado ao MF

Não Encontrado

Secretaria-Geral da Presidência da República – SGPR

Setorial Órgão da Presidência Não Encontrado

Serviço Florestal Brasileiro – SFB Seccional Específico Singular – Administração Direta,

vinculado ao MMA

PDTI

Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste

Seccional Autarquia Especial Não Encontrado

Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC

Seccional Autarquia Especial PDTI

Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A

Seccional Empresa Pública PDTI

Fonte: SISP (2015)

Para esclarecer o significado de cada órgão, de acordo com o Decreto Lei No

7.579 de 11 de outubro de 2011, em seu Art. 3 integram o SISP:

I - como Órgão Central, a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; II - como Órgãos Setoriais, representadas por seus titulares, as unidades de administração dos recursos de tecnologia da informação dos Ministérios e dos órgãos da Presidência da República; III - a Comissão de Coordenação, formada pelos representantes dos Órgãos Setoriais, presidida por representante do Órgão Central; IV - como Órgãos Seccionais, representadas por seus titulares, as unidades de administração dos recursos de tecnologia da informação das autarquias e fundações; e V - como Órgãos Correlatos, representados pelos seus titulares, as unidades desconcentradas e formalmente constituídas de administração dos recursos de tecnologia da informação nos Órgãos Setoriais e Seccionais.

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38

É possível constatar que o PDTI é o documento mais elaborado. Este é um fato

relevante e até esperado haja vista que os órgãos elencados no Quadro 1 são

vinculados ao SISP, órgão responsável pelo Guia de PDTI do SISP – Secretaria de

Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão – que disponibiliza as informações relativas à construção deste. Este Guia é,

portanto, o documento norteador e sistematizador das organizações que buscam o

melhor planejamento para sua TI. O Guia de PDTI do SISP recomenda a elaboração

do PDTI e que este seja tratado como um projeto, e executado por meio de uma

equipe própria designados por um Comitê de TI (BRASIL, 2012).

O PETI por sua vez foi encontrado em apenas quinze dos órgãos pesquisados,

sendo um deles o Órgão Central, o que demonstra que este não é o documento

padrão utilizado no planejamento de TI. Esta não aderência ao PETI pode estar

relacionada à inexistência de um guia de elaboração de PETI.

Finalizando a pesquisa realizada, deparou-se com um quantitativo importante

de órgãos que não possuíam documentos relacionados ao planejamento de TI, o que

demonstra que este ainda não é um processo importante para uma parte dos órgãos

da APF. A inexistência do planejamento contradiz a obrigatoriedade definida na

Constituição Federal de 1988, art. 174: “Art. 174. Como agente normativo e regulador

da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de

fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público

e indicativo para o setor privado” (BRASIL, 1988).

A IN SLTI 04/2010, art. 4º define ainda em seu artigo - “Art. 4º - As contratações

de que trata esta Instrução Normativa deverão ser precedidas de planejamento,

elaborado em harmonia com o PDTI, alinhado ao planejamento estratégico do órgão

ou entidade” (BRASIL, 2014).

A análise acerca da pesquisa realizada confirma, portanto, a importância do

planejamento, independentemente de haver PETI ou PDTI, haja vista que este é feito

em 78,7% dos órgãos pesquisados o que corresponde a sessenta e sete dos oitenta

e cinco órgãos.

A análise dos percentuais da Tabela 1 confirma os números coletados e

apresentados na Quadro 1 e permite constatar que os órgãos setoriais são os que

mais planejam, sendo estes os órgãos que estão mais próximos ao topo da pirâmide

hierárquica, ou seja, possuem vínculo direto com o órgão centralizador. Aqueles que

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39

estão na base da pirâmide e, por conseguinte, mais distantes do órgão centralizador,

são aqueles cujo planejamento de TI não foi publicado, o que permite presumir que o

planejamento não é efetuado ou, se é efetuado, não é divulgado.

Tabela 1: Análise PETI/PDTI nos órgãos da APF - Brasília/DF

PETI PDTI PDTI/PETI Não Encontrado1

Tipo

Correlato 16,7% 20,8% 4,2% 58,3% Órgão Central 100,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Seccional 4,3% 22,4% 0,0% 73,3% Setorial 31,0% 58,6% 0,0% 10,3%

1Não Encontrado significa que não foi possível localizar PETI e/ou PDTI no órgão pesquisado.

Fonte: O autor (2015)

A Figura 4 apresenta os achados correspondentes aos 85 órgãos pesquisados,

e reporta o quantitativo dos 15 órgãos com PETI (17,64%), 52 órgãos com PDTI

(61,17%) e 18 órgãos que não possuem PETI nem PDTI (21,70%), conforme relação

exibida da Quadro 1.

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Figura 4: PETI/PDTI de acordo com os tipos de órgãos da APF

Fonte: O autor (2015)

O Quadro 2 é a estratificação do Quadro 1 que, por sua vez, traz apenas os

órgãos nos quais foi identificado o PETI. A escolha dos órgãos que tinham PETI se

deu em razão do objetivo proposto, de forma que estes e seus respectivos planos

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estratégicos de TI pudessem oferecer o subsídio necessário à formulação das

diretrizes.

Quadro 2: Órgãos que possuem PETI

ÓRGÃO Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC

Comando da Aeronáutica - COMAER

Ministério da Defesa – MD

Controladoria Geral da União – CGU

Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP

Ministério das Comunicações – MC

Ministério da Cultura – MinC

Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA

Ministério da Educação – MEC

Ministério do Esporte – ME

Ministério da Integração Nacional – MI

Ministério de Minas e Energia – MME

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG

Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação – SLTI Fonte: O autor (2015)

Na verificação do conteúdo de cada um dos PETI elencados foi feita uma

análise de conteúdo qualitativa, cujo propósito foi procurar e analisar a presença ou a

ausência de uma ou de várias características do texto.

A organização da análise de conteúdo compreendeu as etapas de Pré-Análise,

Exploração do Material e Tratamento dos Resultados e Inferência e Interpretação e

consistiu em: leitura do material coletado, formulação e estabelecimento das

categorias de análise, recorte do material, em unidades de registro (palavras, frases,

parágrafos) comparáveis, agrupamento da unidades de registro em categorias

comuns, agrupamento progressivo das categorias e inferência e interpretação,

respaldadas no referencial teórico.

A partir do Quadro 2, o trabalho de exploração do material teve início, de forma

que pudessem ser extraídos palavras/trechos que se caracterizavam dentro da

categoria “Órgãos com PETI”, como uma unidade de registro que fosse relevante e

que pudesse representar o modelo referencial de diretrizes a serem seguidas pelos

órgãos da APF brasileira para a formulação de seus PETI.

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41

O Quadro 3 é o resultado da investigação realizada, cujo produto foi a

identificação e a tabulação das unidades de registro de cada um dos PETI. Em

complemento às unidades de registro levantadas nos PETI foram ainda contabilizadas

suas respectivas ocorrências, de forma a caracterizar se a unidade de registro

realmente se encontrava referenciada nos demais documentos pesquisados ou se era

um evento fortuito.

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42

Quadro 3: Matriz PETI

Cód. Categoria Órgãos com PETI

Unidade de Registro

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Ref

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cias

Bib

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1 Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC X - X X X X - X - X - - X X X X - - X - - - - - -

2 Comando da Aeronáutica - COMAER - X - X - X - - - - - X X - - - - - - - - - - - -

3 Ministério da Defesa – MD - X - X - X - - - - - X - - X - X - - - X - - -

4 Controladoria Geral da União – CGU - - - - X - X - X - - X X X X - - - - - - - - - -

5 Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR X X X X X X X X - X - X X X X X - X - - -

6 Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP

X - - X X - X X - - - X X - - X - X - - - X X - -

7 Ministério das Comunicações – MC X X X X - X X X X X - X X X X X - - X X X X - - -

8 Ministério da Cultura – MinC X X - X X X - - - - - - X X X X - X - - - X - - -

9 Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA X - X X X X - X - X - - X X X X X X X - - - - - -

10 Ministério da Educação – MEC X - - X X X X X X X X X X X X X X X X - - X - - -

Page 43: MODELO REFERENCIAL DE DIRETRIZES DE PLANO ESTRATÉGICO DE ... · modelo de referência de diretrizes para elaboração do Plano Estratégico de ... PDTI – Plano Diretor de Tecnologia

43

Cód. Categoria Órgãos com PETI

Unidade de Registro

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11 Ministério do Esporte – ME - - - - X - X - - - - X X X X X - X - - - - - - -

12 Ministério da Integração Nacional – MI - X - X X X X X - X - - X X X X - X X - - - X X X

13 Ministério de Minas e Energia – MME - - X X X X X X - X - X X X X - X X - - X - - -

14 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG - - - X - X X X - X - - X X X X - X X - - - - - -

15 Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação – SLTI -

- - X X X X - X X - - X X X X X X X - - - - - -

Fonte: O autor (2015)

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44

Os atributos, que ora chamamos de Atributos comuns aos PETI (Quadro 4)

foram obtidos por meio da exploração e análise de conteúdo dos PETI demonstrados

no Quadro 3. Os atributos coletados foram recortados após a leitura de todos os PETI

(listados no Quadro 2) e categorizados inicialmente através das

citações/referenciações existentes nos documentos pesquisados, em razão do

referencial teórico balizador e do objetivo proposto por essa pesquisa. Por ocasião da

coleta realizada foram extraídos dos PETI pesquisados, todos os termos que se

alinhavam destes ao objetivo específico deste trabalho

A Quadro 4 traz o resultado dos atributos obtidos da análise de conteúdo

realizada nos PETI. Quadro 4: Atributos comuns nos PETI analisados no município de Brasília/DF

Atributos

1. Histórico de Revisões

2. Referências Bibliográficas

3. Glossário

4. Contexto Organizacional

5. Referencial Estratégico de TI (Missão, Visão e Valores – TI)

6. Contexto do PETI

7. Ciclo

8. Metodologia

9. Apresentação dos resultados do PETI Anterior

10. Análise do Ambiente – SWOT (Interno e Externo)

11. Maturidade dos Processos - COBIT

12. Diretrizes Estratégicas de TI

13. Objetivos

14. Metas

15. Indicadores

16. Ações

17. Áreas envolvidas

18. Mapa Estratégico - BSC

19. Alinhamento PEI x PETI

20. Planos (investimento, custeio, riscos, gestão de pessoas, aquisição e subst. de equip.)

21. Fatores Críticos de Sucesso

22. Aprovação do Comitê

23. Alinhamento com Objetivos Estratégicos do SISP

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45

24. Mapeamento entre as iniciativas estratégicas de TI e os facilitadores da governança de TI

25. Cadeia de Valor de TI

Fonte: O autor (2015)

Com vistas a amparar o processo de definição das diretrizes e em consonância

com a análise feita, bem como o resultado pretendido por este trabalho, para cada um

dos atributos relacionados (Quadro 4) foi contabilizada a quantidade de vezes que

este foi referenciado nos PETI (Quadro 3). Em complemento à contagem dos

atributos, foi derivado - em função do número de ocorrências para cada um dos

atributos - o percentual representativo deste em razão do quantitativo de documentos

pesquisados.

A Tabela 2 apresenta o resultado obtido para cada um dos atributos. O campo

atributo elenca todos aqueles elementos que puderam ser identificados na análise de

conteúdo dos PET. O item contagem, por sua vez, representa a quantidade de vezes

que o atributo apareceu em cada um dos quinze PETI analisados. O percentual, por

sua vez, é o índice de comparação em relação à contagem.

Tabela 2: Atributos PETI x Ocorrência x %

Atributos Contagem %

Objetivos 15 100,00% Contexto Organizacional 13 86,70% Ações 13 86,70% Contexto do PETI 12 80,00% Metas 12 80,00% Indicadores 12 80,00% Referencial Estratégico de TI (Missão, Visão e Valores – TI) 11 73,30% Mapa Estratégico - BSC 11 73,30% Ciclo 10 66,70% Metodologia 9 60,00% Análise do Ambiente – SWOT (Interno e Externo) 9 60,00% Diretrizes Estratégicas de TI 7 53,80% Alinhamento PEI x PETI 8 53,30% Histórico de Revisões 7 46,70% Aprovação do Comitê 6 42,90% Referências Bibliográficas 6 40,00% Glossário 5 33,30% Apresentação dos resultados do PETI Anterior 4 26,70% Áreas envolvidas 3 20,00% Alinhamento com Objetivos Estratégicos do SISP 2 14,30%

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Mapeamento entre as iniciativas estratégicas de TI e os facilitadores da governança de TI 1 7,10%

Cadeia de Valor de TI 1 7,10% Maturidade de Processos - COBIT 1 6,70% Planos (investimento, custeio, riscos, gestão pessoas, aquisição e substituição de equipamento) 1 6,70%

Fatores Críticos de Sucesso 1 6,70%

Fonte: O autor (2015)

Assim, podemos perceber que o principal objetivo no delineamento dos

atributos, da sua contagem e da obtenção do seu percentual é buscar uma

representação tal que os resultados obtidos da análise dos PETI representem um

universo que seja capaz de compor o conjunto de diretrizes norteadoras que

constituirão o modelo referencial.

As Diretrizes Específicas foram assim delimitadas por meio da identificação

numa matriz de dados (conforme demonstrado pelo Quadro 3), dos temas elencados

nos PETI dos órgãos pesquisados, tendo como critérios de inclusão: órgãos

localizados no Município de Brasília/DF, os que possuem PETI e definidos como órgão

central, correlatos, seccionais e setoriais.

Ainda em relação à revisão da literatura, considerando, agora, os documentos

pesquisados junto ao Tribunal de Contas de União (Sumários Executivos dos

levantamentos de Governança de TI de 2008, 2010, 2012 e 2014 (que incluem os

Acórdãos TCU-Plenário 1.603/2008, 2.308/2010, 2.585/2012 e 3.117/2014)), SLTI do

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Instrução Normativa N°4, de 11 de

setembro de 2014, Guia de Elaboração do PDTI do SISP, Estratégia Geral de

Tecnologia da Informação e Comunicações do SISP (EGTIC)) e Associação Brasileira

de Normas Técnica (ABNT NBR ISO/IEC 38500, 2009), foi possível constatar a

inexistência de diretrizes relacionadas diretamente à formatação de um Plano

Estratégico de TI.

A abordagem dos documentos do TCU, SLTI e ABNT foca em aspectos

relacionados ao planejamento e organização da TI, assuntos estes que se enquadram

na Governança de TI. É importante salientar, entretanto, que as diretrizes e

recomendações propostas por estes órgãos fazem referência direta não só à

Governança de TI, mas também ao planejamento de TI, como expõe o Acórdão Nº

2.308/2010.

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9.1. recomendar ao Conselho Nacional de Justiça – CNJ, ao Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais – Dest, à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – SLTI/MPOG, ao Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP, à Secretaria Geral da Presidência do Tribunal de Contas da União – Segepres/TCU, à Diretoria Geral da Câmara dos Deputados e à Diretoria Geral do Senado Federal que, no âmbito de suas respectivas áreas de atuação: 9.1.1. orientem as unidades sob sua jurisdição, supervisão ou estrutura acerca da necessidade de estabelecer formalmente: (i) objetivos institucionais de TI alinhados às estratégias de negócio; (ii) indicadores para cada objetivo definido, preferencialmente em termos de benefícios para o negócio da instituição; (iii) metas para cada indicador definido; (iv) mecanismos para que a alta administração acompanhe o desempenho da TI da instituição (BRASIL, 2010).

O Guia de Elaboração do PDTI do SISP, por sua vez, enfatiza que as

organizações devem possuir instrumentos de planejamento setorial nos níveis

estratégico, tático e/ou operacional. Este complementa, ainda, que o órgão pode ter

um Planejamento Estratégico de Informação – PETI e/ou um Plano Diretor de

Tecnologia da informação – PDTI, para abarcar a função de TI da organização

(BRASIL, 2012).

A ABNT NBR ISO/IEC 38500, por sua vez, objetiva fornecer os princípios que

a administração deve utilizar ao avaliar, orientar e monitorar o uso de tecnologia da

informação (TI) em suas organizações, proporcionando base para governança

corporativa de TI (ABNT NBR ISO/IEC 38500, 2008).

É pertinente destacar que os aspectos levantados pelo TCU, SLTI e ABNT são

extremamente importantes, pois estabelecem os princípios e as diretrizes que devem

ser observadas na concepção de uma estratégia de TI. Assim, com intuito de orientar

as organizações na concepção de seus planejamentos e com base nas referências

apresentadas, é que sugere-se, além da observância das diretrizes específicas para

elaboração do PETI referenciadas neste trabalho, a observância as recomendações

dos órgãos da APF referenciados neste trabalho, que ora denomina-se

RECOMENDAÇÕES GERAIS DE PLANEJAMENTO (seção 10).

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10. RECOMENDAÇÕES GERAIS DE PLANEJAMENTO

10.1 CONFORMIDADE ÀS LEGISLAÇÕES E REGULAÇÕES DA APF

O Guia de Elaboração do PDTI do SISP referência o Decreto-Lei Nº 200/1967

que define o planejamento como princípio fundamental da APF e que este deve

obedecer aos princípios descritos no Artigo 6º (planejamento, coordenação,

descentralização, delegação, competência e controle). O Artigo 7º estabelece ainda

que: “[...] ação governamental obedecerá a planejamento que vise promover o

desenvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se

segundo planos e programas elaborados [...]”. A conformidade a essas legislações e

regulações é também evidenciada na Lei 10.180/2001 e na Instrução Normativa SLTI

04/2014 (BRASIL, 2012). A melhoria da prática da Governança de TI evidenciada no

levantamento de governança de TI 2012 do TCU define que ela deve referenciar a

legislação e a jurisprudência vigentes e, é claro, não se pode pensar em Governança

sem planejamento (BRASIL, 2012).

10.2 CONFORMIDADE ÀS NORMAS TÉCNICAS DA ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

A atenção às normas da ABNT na elaboração do PETI é ressaltada no processo

de avaliação do TCU que a utiliza como critério de auditoria e sugere a observância

às suas orientações como, por exemplo, a identificação de processos críticos e

formalização de metas (BRASIL, 2012). Nesse sentido, merecem destaque a

execução das normas ABNT NBR ISO/IEC 27002, referente à segurança da

informação, e ABNT NBR ISO/IEC 38500, referente à governança corporativa de TI

(ABNT NBR ISO/IEC 38500, 2008).

10.3 OBSERVÂNCIA AOS MODELOS DE BOAS PRÁTICAS

RECONHECIDOS INTERNACIONALMENTE

Do mesmo modo que a ABNT, o TCU traz em suas recomendações a utilização

de modelos de boas práticas do mercado que são reconhecidos internacionalmente,

tais como o Cobit (Control Objectives for Information and related Technology) (ISACA,

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49

2012), o ITIL (Information Technology Infrastructure Library) (OGC, 2011) (BRASIL,

2012) e o Modelo de Melhoria de Processos de Software (MPS.BR) (BRASIL, 2008).

As boas práticas estão evidenciadas no Guia de Comitê de TI do SISP (BRASIL, 2011)

e também no Levantamento de Governança realizado pelo TCU em 2010 (BRASIL,

2010). Seguir as normas de boas práticas internacionais define o controle de

qualidade do processo.

10.4 DETERMINAÇÃO DE RESPONSABILIDADES

Definir as responsabilidades pela preparação e implementação do plano, com

atribuição clara e objetiva para cada uma das partes, é parte inerente ao

planejamento. As responsabilidades envolvem diretamente a alta administração na

execução das ações, decisões sobre objetivos, prestação de contas, monitoramento,

entre outras (ABNT NBR ISO/IEC 38500, 2009). O TCU concorda com a ABNT NBR

ISO/IEC 38500 e em seu Acórdão 3.117/2014 avalia a capacidade da alta

administração de assumir a responsabilidade quanto ao estabelecimento de políticas,

realização da gestão, e pela implementação de mecanismos de direção e monitoração

(BRASIL, 2014).

Em todos os casos, as estruturas, funções e responsabilidades adequadas de

governança corporativa devem ser definidas pelo corpo diretivo, demonstrando clara

propriedade e responsabilização com relação a decisões e tarefas importantes

(ISACA, 2012).

10.5 APROVAÇÃO PELO COMITÊ ESTRATÉGICO DE TI OU ALTA

ADMINISTRAÇÃO

Por se tratar de estratégia, o PETI deve ser reconhecido pela Alta

Administração e aprovado pela mesma. A responsabilidade por chancelar os

objetivos, metas e ações definidos pela área de tecnologia é inerente à atuação do

Comitê de TI. A priorização dos objetivos e gastos surge como parte da estrutura de

governança corporativa e garante a direção estratégica para as decisões tomadas

(BRASIL, 2012). O Comitê de TI é relacionado na IN 04 de 2014, que posiciona quanto

à sua constituição e responsabilidade no que concerne à aprovação do planejamento

(BRASIL, 2014).

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10.6 TRANSPARÊNCIA

Esta recomendação está relacionada à publicidade e tem como meta propiciar

respeito e honestidade ao plano estruturado. Definir mecanismos de comunicação é

fator preponderante para envolver as partes interessadas, permitindo o conhecimento

das realizações e proporcionando a transparência nas ações empregadas e no

acompanhamento e atingimento das metas definidas (BRASIL, 2012).

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11. MODELO REFERENCIAL DE DIRETRIZES PARA O PETI NA APF

As Diretrizes Específicas PETI, foram obtidas por meio da análise de conteúdo

dos Planos Estratégicos de TI elaborados por órgãos da Administração Pública

Federal, cuja análise se deu por meio de uma matriz com as características comuns

a todos os planos desenvolvidos, a qual permitiu derivar um conjunto de diretrizes

consistentes, uma vez que retrata o ponto de convergência dos requisitos básicos

existentes em todos os planos publicados. As diretrizes propostas como modelo

referencial foram aquelas cuja incidência ficou acima de 51% conforme resultado

obtido e exposto na Tabela 2, ou seja, a maioria absoluta do universo representado.

São elas:

11.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DA ÁREA DE TI

A contextualização organizacional objetiva apresentar a organização, sua

atuação e área de envolvimento, no que concerne aos diferentes órgãos, suas

atuações, em especial na área de TI, o papel e as diretrizes de atuação.

[...] forma de se descrever uma rede é por meio de algumas de suas características estruturais, que se referem ao modo como os nós da rede se encontram organizados, a como se inter-relacionam e às funções que são desempenhadas por cada um (MARIANO, GUERRINI 7 REBELLATO, 2012).

Quanto maior o reconhecimento acerca do contexto organizacional, melhor é o

posicionamento do indivíduo, visto que este passa a se reconhecer no trabalho

realizado, no grupo e na organização na qual está vinculado, o que contribui para um

ambiente de trabalho favorável, promovendo a forma de agir e de interagir,

transformando o espaço organizacional em importante palco para potenciação da

existência, desencadeando estímulos, novas descobertas e maneiras de realizar as

atividades (MACHADO, 2003).

11.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONCEITO DE PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO DE TI

Contextualizar o conceito de Planejamento Estratégico com o propósito de

apresentar ao leitor a proposta referenciada no documento elaborado, servindo como

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objetivo direcionador e permitindo que este entenda a situação que será evidenciada

na leitura. O conceito é o ponto de partida para estabelecer relações de forma a

determinar a maneira mais adequada para representá-lo (CAMPOS & GOMES, 2006).

11.3 REFERENCIAL ESTRATÉGICO DE TI – MISSÃO, VISÃO E VALORES

A definição da Missão, Visão e Valores voltados à Tecnologia da Informação

fornece um instrumento orientador e balizador. A missão é uma declaração clara da

finalidade e das responsabilidades da TI junto à organização. Já a visão busca retratar

onde ela quer estar, se os valores retratam os princípios entregues por esta (SCOTT,

JAFFE & TOBE, 1998).

11.4 DEFINIR O CICLO A QUE SE REFERE O PLANEJAMENTO DE TI

O ciclo define o horizonte estratégico ao qual o planejamento se refere, assim,

objetivos, metas e indicadores são definidos considerando um intervalo de tempo de

abrangência para que o objetivo planejado seja alcançado. Para Campos (2002), o

Planejamento Estratégico consiste em três níveis: longo prazo, que pode durar de

cinco a dez anos; médio prazo – três anos; e plano anual (CAMPOS, 2002).

11.5 DEFINIR A METODOLOGIA UTILIZADA NA ELABORAÇÃO

A metodologia requer seu desmembramento em fases e subfases que,

agrupadas por finalidade, objetivam organizar o projeto, identificar e avaliar

determinados itens, propor ou planejar determinados itens, executar o planejamento

e outras subfases (REZENDE, 2003).

11.6 REALIZAR ANÁLISE AMBIENTAL (AMBIENTE INTERNO E EXTERNO)

A análise ambiental tem por finalidade detectar com clareza as necessidades

organizacionais internas e externas de forma a posicionar a TI do órgão no seu

contexto organizacional. O resultado obtido pelo levantamento realizado no ambiente

empresarial se desdobra em todos os outros associados à TI: serviços, infraestrutura,

contratações e pessoal de TI (BRASIL, 2012).

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11.7 ESTAR BASEADO NAS DIRETRIZES ESTRATÉGICAS DE TI

DEFINIDAS PELA ORGANIZAÇÃO

As diretrizes facilitam a identificação dos resultados que a organização espera

que a TI entregue, visto que servem como direcionadores para a área de tecnologia.

Seu principal mérito é servir como referência para a área, viabilizando a construção e

implantação de objetivos voltados aos programas organizacionais estratégicos.

[...] direcionadores de mercado, da organização, do indivíduo e da própria TI são constituídos por elementos maiores em relação ao ambiente organizacional. Eles, portanto, norteiam o uso da TI e influenciam a estruturação da governança. (SILVA & MORAES, 2011).

Os resultados e o nível de realização dos gestores proporcionam um círculo

virtuoso na busca por melhores desempenhos, à medida que a adoção de diretrizes

condiciona e facilita a identificação dos resultados organizacionais, o que, por

conseguinte, reduz interferência na atuação operacional (FILHO & PICOLIN, 2008).

11.8 DEVE CONTER OBJETIVOS, METAS, INDICADORES E AÇÕES -

ESTRATÉGICOS

O Acórdão Nº 2.308/2010 orienta formalmente as instituições acerca da

necessidade de se estabelecer objetivos, indicadores e metas (BRASIL, 2010).

O planejamento estratégico, como processo, deve essencialmente conter entre

seus elementos: a missão, os objetivos, as estratégias de ação, as metas, os Fatores

Críticos de Sucesso (FCS) e os planos de ação (BRODBECK, 2001).

Como resultado da execução desse plano, espera-se que os objetivos estratégicos sejam alcançados, consolidando as conquistas dos últimos anos e construindo novos caminhos para solidificar o papel da TI como um ativo com poder de promover a excelência na prestação de serviços e efetividade das políticas públicas, consolidando, assim, a TI como elemento estratégico para a gestão pública (BRASIL, 2012).

Os elementos básicos como etapas para o processo de planejamento

estratégico envolvem: para Kotler (1996) missão da organização, análise externa e

interna, formulação de objetivos/metas, formulação de estratégias, formulação de

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programas, a implementação e controle (feed-back); segundo Pagnonceíli e

Vasconcellos (1992), análise do negócio, a missão, princípios, análise do ambiente,

objetivos e estratégias; conforme Oliveira (1992) diagnóstico estratégico, a missão,

os objetivos, estratégias, controle e avaliação, conforme Stoner e Freeman (1995)

objetivos; identificação de metas e estratégias atuais; análise ambiental externa;

análise interna da organização; análise dos hiatos entre as mudanças necessárias e

a estratégia atual; tomada de decisão, implantação de estratégias e, por último, as

medidas e controles do progresso obtido (RIBEIRO, 2001).

Para o sucesso da implementação de uma estratégia é fundamental além de

analisar situações e conceber planos, o acompanhamento dos desdobramentos

inerentes a estes, neste sentido usar objetivos que possam ser organizados, definidos

e detalhados em metas e indicadores é essencial. A instituição de objetivos

estratégicos, metas estratégicas, ações estratégicas e indicadores estratégicos para

mensuração, em função dos objetivos institucionais que serão implementados,

surgem como balizadores e direcionadores dos esforços organizacionais para o

alcance dos resultados esperados (CARVALHO, 2014).

A Estratégia de Governança Digital instrumento de gestão do SISP que traça a

direção da TIC e que tem como compromisso fortalecer a gestão e a governança

estratégica do SISP, expõe que a organização só pode realizar a sua missão por meio

de um conjunto de objetivos estratégicos, que mantenham uma relação de causa e

efeito entre si. As consecuções dos objetivos por outro lado são medidas por

indicadores, para os quais são definidas as respectivas metas; o desempenho é,

então, o resultado destas medições. Esta proposta, originada do BSC, tem como

sugestão tornar compreensível pela organização de que suas ações impactam o

desempenho organizacional e estão relacionadas diretamente ao atingimento da sua

missão (BRASIL, 2014).

A estratégia é definida como um conjunto integrado e coordenado de

compromissos e ações e que o sucesso de uma estratégia, definida por meio dos

objetivos estratégicos dependem de conseguir integrar e executar muito bem as ações

definidas. É importante determinar ações alinhadas à direção estratégica de maneira

que esta contribua para os objetivos estratégicos fixados (CARVALHO, 2014).

Um planejamento disciplinado, com objetivos definidos remete a ações

estratégicas e consequentemente a aplicabilidade do processo de planejamento

estratégico. As ações são resultados das estratégias, cujo propósito é transformar em

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resultado os objetivos propostos (RIBEIRO, 2001).

11.9 DEVE CONTER MAPA ESTRATÉGICO

A relação de causa e efeito é elemento essencial na tradução da estratégia

global da organização. Estas relações, apresentadas inicialmente por Kaplan e

Norton, são descritas em quatro perspectivas: financeira, cliente, processos internos,

e crescimento e aprendizagem, e permitem que a estratégia seja eficazmente

comunicada a todos os intervenientes nas diferentes áreas da empresa (MACHADO,

2011). Para Kaplan e Norton, “Uma estratégia é um conjunto de hipóteses de causa e

efeito. As relações de causa e efeito podem ser expressas por uma sequência de

premissas se – então” (KAPLAN & NORTON, 1996).

O efeito visual do mapa estratégico permite uma fácil compreensão dos

objetivos organizacionais, seus relacionamentos expressos nas relações de causa -

efeito, de forma que a estratégia da empresa fique clara, permitindo que esta seja

eficazmente comunicada a todos os integrantes em todas as diferentes áreas da

empresa (BRASIL, 2014).

11.10 BUSCAR O ALINHAMENTO ENTRE PEI E PETI

Para Luftman (2000), o alinhamento estratégico é uma atividade executada de

forma coordenada pela gerência da organização, com propósito de alcançar suas

metas por meio da coordenação de várias áreas funcionais, tais como: tecnologia da

informação, finanças, marketing, recursos humanos, manufatura etc. (LUFTMAN,

2000). O alinhamento estratégico tem como pilares o ajuste estratégico e a integração

funcional. As ações e reações organizacionais frente ao ambiente interno e externo

referem-se ao ajuste estratégico, enquanto que a integração funcional se refere à

necessidade de se integrar a estratégia de negócios da empresa à estratégia de TI

(BARROS, 2007).

Este é um processo dinâmico que é refletido inteiramente na organização,

fundamentando o direcionamento das decisões estratégicas, inclusive com reflexos

nos investimentos e seus resultados, que, muitas vezes, não são satisfatórios em

razão da falta de habilidade das organizações em promover o alinhamento entre as

estratégias de negócios e as de TI (JOIA & SOUZA, 2009).

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O alinhamento entre o PEI e o PETI é atingido quando o conjunto das

estratégias do PETI (objetivos, metas, ações) é derivado do desdobramento do PEI

(missão, visão, objetivos e estratégias) (BRODBECK, 2001).

No APÊNDICE A – Modelo de Referência do PETI, tem a finalidade de

disponibilizar um template com informações de forma a ajudar a elaboração do PETI

pela APF, para tal será utilizado o Modelo Referencial de Diretrizes para o PETI na

APF apresentados neste trabalho. O modelo apresentado terá como fonte o “Modelo

de Referência de PDTI do SISP” contido no Guia de Elaboração de PDTI do SISP

(BRASIL, 2012).

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12. CONCLUSÕES

O Planejamento Estratégico de TI é uma importante ferramenta de gestão,

especialmente porque expressa os meios pelos quais os objetivos organizacionais

definidos no Planejamento Estratégico Institucional se ordenam. O PETI traz para si a

responsabilidade pela gestão dos recursos tecnológicos, além de formalizar o

desenvolvimento das políticas e arquiteturas de tecnologia (LUNARDI, BECKER &

MAÇADA, 2010).

Embora o PETI seja adotado por alguns órgãos da APF, não há um conjunto

de diretrizes estruturadas e publicadas para a sua elaboração, visto que a única

referência encontrada a respeito do planejamento para TI é o Guia de elaboração de

PDTI do SISP, que tem por finalidade disponibilizar informações para auxiliar a

elaboração de um Plano Diretor de Tecnologia de Informação, de cunho tático.

A pesquisa realizada nas leis, manuais, acórdãos e guias disponibilizados pela

APF ressaltam a importância do planejamento e evidenciam o PETI, mas não dispõe

de forma ordenada e sistematizada os aspectos mínimos e necessários na concepção

deste.

Diante do contexto apresentado e em razão dos pressupostos, esta pesquisa

destacou um conjunto estruturado de diretrizes específicas a fim de nortear a

construção do Planejamento Estratégico de TI dos órgãos da APF.

As diretrizes específicas são resultantes das análises dos diversos PETI

publicados pelos órgãos da APF e foram obtidas por meio da análise de conteúdo

destes documentos.

A especificação das diretrizes proporcionará aos órgãos da APF o

direcionamento acerca dos principais atributos a serem tratados quando da

elaboração do Planejamento Estratégico de TI, de forma a orientar e contribuir dando

uniformidade às informações e atendendo aos requisitos sugeridos e evidenciados

nas leis, manuais, acórdãos e guias da APF.

Adicionalmente às diretrizes sugeridas, foram, em razão pesquisa documental

realizada nos manuais, leis e guias da APF um conjunto de recomendações aos

órgãos da APF que devem ser observadas quando da elaboração do plano estratégico

de TI.

Para o futuro, em função do modelo referencial de diretrizes sugeridos para

elaboração dos PETI da APF, recomenda-se o desenvolvimento de um modelo

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específico – Guia de Elaboração do PETI - para os órgãos da APF, nos moldes do

Guia de Elaboração de PDTI do SISP elaborado pela SLTI/MP.

Pelos resultados alcançados, em atenção aos métodos aplicados, conclui-se

que o modelo referencial de diretrizes propostas para o PETI da APF responde a

questão de pesquisa e apresenta perspectivas positivas de contribuição acadêmica.

Esta pesquisa apresentou como limitação a não aplicabilidade prática do

referencial sugerido, haja vista que o PETI como instrumento organizacional é

reconhecido na APF (vide Guia de Elaboração do PDTI) entretanto não é amplamente

adotado, conforme notamos nos dados levantados, onde, apenas 17% dos órgãos

pesquisados apresentavam um Planejamento Estratégico de TI. Outra limitação está

no quantitativo de referência encontrados sobre o assunto PETI na APF, conforme

observado na pesquisa bibliográfica realizada.

Como trabalhos futuros, vislumbra-se o desenvolvimento de um Guia de

Elaboração do PETI nos moldes do Guia de Elaboração do PDTI SISP e a aplicação

do Modelo Referencial de Diretrizes de PETI para APF na elaboração de um PETI por

um órgão da APF.

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APÊNDICE A – Modelo de Referência do PETI

[CAPA]

<Logotipo do Órgão>

<<Nome do órgão>>

Plano Estratégico de Tecnologia da Informação <<Período de vigência do PETI>>

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[FOLHA DE ROSTO]

<< Informar os nomes que compõem a equipe de elaboração do PETI (coordenador, integrantes e colaboradores), respectiva portaria de nomeação (ou outro documento

normativo), e responsáveis pela aprovação do PETI (Alta Direção, Comitê de TI), em ordem hierárquica>>

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[HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES]

<< Registrar o controle de alterações (versões) do documento>>

Data Versão Descrição Autor

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[ÍNDICE / SUMÁRIO]

<< Incluir índice/sumário do PETI>>

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APRESENTAÇÃO << Descrever o objetivo do PETI, destacando o propósito desse documento no contexto da

organização>> <<Descrever brevemente o conteúdo do PETI>> << Descrever a abrangência do PETI>> <<Descrever o período de validade do PETI>> <<Descrever o período de revisão do PETI>>

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1. INTRODUÇÃO <<Descrever os fatores motivacionais para a elaboração do PETI.>> <<Descrever o alinhamento com as estratégias, políticas e demais instrumentos de planejamento do órgão>>

2. TERMOS E ABREVIAÇÕES <<Inserir tabela de significados dos principais termos e abreviações utilizados no decorrer do PETI>>

3. DETERMINAÇÃO DE RESPONSABILIDADES <<Definir as responsabilidades pela preparação e implementação do plano, com atribuição clara e objetiva para cada uma das partes envolvidas. Inclui a definição dos papeis, objetivos, ações, prestação de contas, monitoramento para a alta administração, gerentes, técnicos, consultores comprometidos com o PETI.

4. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA <<Listar os documentos mais relevantes utilizados para a elaboração do PETI, tais como: planejamento estratégico do órgão, PPA, regimento interno, e Plano de Metas e Ações anteriores, leis, decretos, instruções normativas, acórdãos.>>

5. ORGANIZAÇÃO E A ÁREA DE TI <<Descrever a Organização e a TI organizacional quanto à estrutura, arquitetura, processos e recursos de TI. Informar o contexto geral em que se insere a unidade de TI na organização, apresentando a estrutura do órgão e da unidade de TI, por meio de organogramas. Evidenciar a hierarquia e as relações de subordinação e comunicação. Informar atividades e funções desenvolvidas pela unidade de TI.>>

6. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI <<Descrever o conceito de planejamento estratégico de forma a permitir que o leitor do PETI possa entender em que contexto e nível este é construído>>

7. REFERENCIAL ESTRATÉGICO DE TI – MISSÃO, VISÃO E VALORES <<Descrever a Missão, Visão e Valores relativos à TI>> <<Este referencial deve estar alinhado ao referencial estratégico organizacional, ou seja, a Missão, Visão e Valores da organização>>

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8. CICLO A QUE SE REFERE O PLANEJAMENTO DE TI <<Definir de forma clara em razão do horizonte estratégico do planejamento proposto a qual ciclo este planejamento se refere. Aqui deve-se atentar para o ciclo do plano estratégico organizacional de forma que estes devem estar em sincronia>>

9. METODOLOGIA UTILIZADA NA ELABORAÇÃO <<Descrever brevemente a metodologia utilizada para elaboração do PETI, bem como se alguma boa prática ou ferramenta foi aplicada. Considerar os principais frameworks de mercado, como BSC, COBIT, ITIL, entre outros>>

10. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES ESTRATÉGICAS DE TI DEFINIDOS PELA

ORGANIZAÇÃO <<Descrever os princípios que determinam o ponto de partida, bem como as diretrizes que serão as instruções para o alcance dos objetivos do PETI. Eles orientarão o conteúdo do PETI, apoiando na priorização de necessidades e critérios para aceitação de riscos.>>

11. TRANSPARÊNCIA <<Descrever os aspectos relacionados à publicidade do PETI, tem como meta propiciar respeito e honestidade ao plano. Deverá ser definido os mecanismos de comunicação envolvendo as partes interessadas, a fim de que o conhecimento a respeito das realizações seja disseminado, proporcionando transparência nas ações empregadas, acompanhamento e no atingimento dos objetivos e metas definidas.>>

12. ANÁLISE AMBIENTAL (AMBIENTE INTERNO E EXTERNO) <<Apresentar o posicionamento estratégico da unidade de TI, com a identificação do ambiente interno e externo da organização. Este levantamento e análise se desdobrará posteriormente a todos os outros aspectos relacionados à TI, como: investimentos, serviços ofertados, contratação, custeio e pessoal.>>

13. OBJETIVOS, METAS, INDICADORES E AÇÕES (ESTRATÉGICOS) <<Devem ser evidenciados objetivos estratégicos, metas estratégicas, indicadores estratégicos e ações estratégicas que comporão o PETI.>>

14. ALINHAMENTO PEI e PETI <<Evidenciar o alinhamento entre os objetivos estratégicos organizacionais definidos pelo PEI e o PETI, de maneira que se perceba de forma clara o desdobramento dos objetivos institucionais propostos e os objetivos de TI definidos. >>

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15. CONCLUSÃO << Descrever a importância da TI para o negócio da organização.>>

16. APROVAÇÃO <<Por se tratar de estratégia, o PETI deve ser reconhecido pela Alta Administração e aprovado pela mesma. A responsabilidade por chancelar os objetivos, metas e ações definidos pela área de tecnologia é inerente à atuação do Comitê de TI. No dia XX de xxxxxxxxx de XXXX, o Plano Estratégico de TI - ciclo 20XX foi apresentado e aprovado por.

________________________________________________ < Vice-Presidente ou Diretor de TI >

______________________ ______________________ ______________________

<<Membro 1 Comite TI>> <<Membro 2 Comite TI>> <<Membro N Comite TI>>

17. ANEXOS << Apontar todas as informações acionais utilizadas na concepção do PETI, como:

Manuais, relatórios de análise, mapas, entre outros.>>