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Modelo Sociotécnico de Tavistock
O modelo sociotécnico de Tavistock foi proposto por sociólogos e psicólogos do
Instituto de Relações Humanas de Tavistock, com base em resultados de pesquisas por
eles efetuadas em minas de carvão inglesas e em empresas têxteis indianas. É considerado
como um sistema aberto de interação com seu ambiente e estrutura-se sobre dois
subsistemas:
1- O subsistema técnico: envolve a tecnologia, o território e o tempo. O subsistema
técnico é o responsável pela eficiência potencial da organização.
2- O subsistema Social: Que compreende os indivíduos, suas características físicas e
psicológicas, as relações sociais entre os indivíduos encarregados de execução da
tarefa. Transforma a eficiência potencial em eficiência real.
Os subsistemas tecnológico e social apresentam um intimo inter-relacionamento, são
interdependentes e cada um influencia o outro.
A abordagem sociotécnica concebe a organização como uma combinação de tecnologia
(exigências da tarefa, ambiente físico, equipamento disponível) e ao mesmo tempo um
subsistema social (um sistema de relações entre aqueles que realizam a tarefa).
Nesse sistema a tarefa primária da organização é algo que lhe permite sobreviver
dentro desse processo de:
1- Importação: a aquisição de matérias-primas;
2- Conversão: a transformação das importações em exportações;
3- Exportações: a colocação dos resultados da importação e da conversão.
O fundamento dessa abordagem é de que qualquer sistema de produção requer tanto
uma organização tecnológica (equipamentos e arranjos de processos) como uma
organização de trabalho (envolvendo aqueles que desempenham as tarefas necessárias).
Assim, as organizações têm dupla função: técnica (relacionada com a coordenação do
trabalho e identificação da autoridade) e social (referente aos meios de relacionar as
pessoas umas com as outras, de modo a fazê-las trabalhar juntas). Ambos não podem ser
encarados isoladamente, mas no contexto da organização total. Qualquer alteração em um
provocará repercussões no outro.
O modelo básico adotado pela abordagem sociotécnica é o modelo de importação-
conversão-exportação derivado da teoria de sistema aberto: a organização de qualquer
empresa ou parte dela pode ajustar-se perfeitamente a este modelo, pois ela realiza muitas
importações e muitas exportações de materiais, pessoal, dinheiro, produtos.
O efeito sinérgico das organizações como sistemas abertos
Uma das fortes razões para a existência das organizações é seu efeito sinérgico ou
sinergístico, isto é, o resultado de uma organização pode diferir em quantidade ou em
qualidade a soma dos insumos. A “aritmética organizacional” pode dar um resultado como
2+2=5 ou, então, 2 mais 2 unidades de insumo podem dar 3, 4, 7, 13, A, X, Z unidades de
saída. Nesse caso a saída 3 significa uma organização malsucedida, a saída 4 representa
equilíbrio, as saídas 7 e 13 significam uma organização bem-sucedida, pois a saída é maior
que seu custo. As saídas A, X, ou Z representam dimensões de saída que podem ser
qualitativamente diferentes das unidades de entrada.
Existe sinergia quando duas ou mais causas produzem, atuando conjuntamente, um
efeito maior do que a soma dos efeitos que produziriam atuando individualmente.
O homem funcional
A teoria de sistemas baseia-se no conceito do “homem funcional”. O individuo
comporta-se em um papel dentro das organizações, inter-relacionando-se com os demais
indivíduos, como um sistema aberto. Nas suas ações, em um conjunto de papeis, mantém
expectativas quanto ao papel dos demais participantes e procura enviar aos outros as suas
expectativas. Essa interação altera ou reforça o papel.