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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SUSAN MICHELE HORST Trabalho de Iniciação Científica AS ATIVIDADES DE COMÉRCIO EXTERIOR NA CIDADE DE NÃO-ME-TOQUE/RS ITAJAÍ 2015

Modelo Trabalho de Iniciação Científica (TIC)€¦ · oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para trabalhar na área de comércio exterior

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SUSAN MICHELE HORST

Trabalho de Iniciação Científica AS ATIVIDADES DE COMÉRCIO EXTERIOR

NA CIDADE DE NÃO-ME-TOQUE/RS

ITAJAÍ 2015

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SUSAN MICHELE HORST

Trabalho de Iniciação Científica AS ATIVIDADES DE COMÉRCIO EXTERIOR

NA CIDADE DE NÃO-ME-TOQUE/RS

Trabalho de Iniciação Científica desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Comércio Exterior do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí.

Orientadora: Prof. Esp. Dannielly Freitas Voges

ITAJAÍ 2015

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Agradeço primeiramente a Deus por me dar forças para chegar até aqui,

também agradeço profundamente aos meus pais, Rui e Lenir e ao meu irmão Magnun, as pessoas

mais importantes da minha vida, que mesmo longe me apoiaram e sem a

ajuda deles eu jamais conseguiria ter chego até aqui. Gostaria de agradecer também a minha

orientadora Profª Esp. Dannielly Freitas Voges, que não mediu

esforços para me ajudar e aos meus amigos que de alguma forma ou

outra contribuíram para o meu trabalho.

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“Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde

os outros já foram.” (Alexander Graham Bell)

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário Susan Michele Horst b) Área de estágio Comércio Exterior c) Orientador de conteúdo Profª. Esp. Dannielly Freitas Voges d) Responsável pelo Estágio Profª. MSc. Natali Nascimento

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RESUMO

O comércio internacional acelera significativamente o desenvolvimento econômico e social de cada país, tornando-se essencial para este crescimento. Nenhum país consegue ser autossuficiente, e por isso assim abrem a possibilidade de muitas organizações adquirirem produtos que não são produzidos, ou produzidos em pouca quantidade no país, com preço competitivo e, por vezes, com qualidade superior, e também abrem espaço para as exportações, gerando a entrada de reservas ao país, capacitando investimentos e contribuindo na economia interna. No Rio Grande do Sul tem uma cidade chamada Não-Me-Toque, um município pequeno, destaca-se pela sua grande capacidade agrícola e industrial, pois as principais empresas da cidade trabalham no ramo de fabricação de implementos agrícolas e também com grãos. Com a elaboração deste trabalho, foi possível identificar as empresas que trabalham com o comércio exterior nesta cidade. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de caráter qualitativo e exploratória, com algumas empresas selecionadas, tornando o assunto mais explícito e facilitando a compreensão. Foram colhidas informações como há quanto tempo a empresa trabalha com esta atividade, em qual setor do comércio a empresa atua, os principais países parceiros de cada uma delas e também a porcentagem que o comércio exterior ocupa dentro do faturamento das mesmas. Portanto, com os resultados obtidos, constatou-se que Não-Me-Toque realmente tem uma capacidade produtiva muito alta e uma participação interessante no comércio exterior. Palavras-chave: Não-Me-Toque. Comércio Exterior. Empresas.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 7 1.1 Objetivo geral ....................................................................................................... 8 1.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 8 1.3 Justificativa da realização do estudo .................................................................... 8 1.4 Aspectos metodológicos ...................................................................................... 9

1.5 Técnica de coleta e análise dos dados ................................................................ 9

2 COMÉRCIO INTERNACIONAL E SUAS OPERAÇÕES NO BRASIL ................ 11

2.1 COMÉRCIO INTERNACIONAL E SUAS OPERAÇÕES .................................... 11 2.1.1 Importação ...................................................................................................... 14 2.1.2 Exportação ...................................................................................................... 16 2.1.3 Comércio Exterior Brasileiro ............................................................................ 20 3 NÃO-ME-TOQUE ............................................................................................... 25

3.1 História ............................................................................................................... 25 4 PERFIL DAS EMPRESAS QUE TRABALHAM COM COMÉRCIO EXTERIOR NA CIDADE DE NÃO-ME-TOQUE ............................................................................ 34 4.1 STARA S/A INDÚSTRIA DE IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS ............................. 34

4.2 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS JAN S/A ............................................................. 37 4.3 GRAZMEC ......................................................................................................... 40

4.4 EMPRESA X1 .................................................................................................... 41 4.5 EMPRESA X2 .................................................................................................... 43

4.6 GERAL ............................................................................................................... 44 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 47 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49

APÊNDICES .............................................................................................................. 54 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ...................................................................... 55

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1 INTRODUÇÃO

O comércio internacional é de suma importância para a sociedade, uma vez

que contribui para a troca de bens e serviços entre as nações, além de promover as

ampliações comerciais entre os países, ele fortalece os vínculos econômicos, sociais

e políticos.

O crescimento do comércio internacional pode ser considerado expressivo

nos últimos anos, trazendo assim muitos benefícios para o Brasil, em um ritmo que

tende a ser cada vez mais ágil e interativo. A velocidade com que as trocas

comerciais se realizam é cada vez mais acelerada tanto nas exportações como nas

importações, tornando-se complicado viver isolado comercialmente, ou seja, sem

manter relações comerciais com outros países.

A partir desse crescimento, não se pode deixar de notar o quão importante o

comércio internacional se torna para os estados e suas cidades em particular,

movimentando a economia de algumas regiões, intensificando e destacando seus

negócios.

O comércio internacional vem chamando atenção em uma pequena cidade

do interior do Rio Grande do Sul, chamada Não-Me-Toque, que possui cerca de

18.000 habitantes, onde estão localizadas muitas indústrias, e até mesmo uma feira

chama Expodireto Cotrijal que também acaba se destacando muito e cooperando

para o crescimento das atividades nesta área, trazendo muitos visitantes e tornando

a cidade cada vez mais conhecida no mundo nos negócios.

Sendo assim, o presente trabalho tem como propósito analisar a importância

das atividades relacionadas ao comércio exterior como elemento de motivação do

crescimento econômico para a região e investigar quais os produtos que podem ser

o objeto de ações de promoção das exportações e importações da cidade.

Para isso foi realizada uma pesquisa na cidade de Não-Me-Toque, onde

informações sobre a economia do município e suas atividades foram levantadas.

Também foi identificado o perfil das empresas que trabalham com o comércio

exterior no município trazendo bons negócios para a cidade e destacando-a no

comércio internacional.

.

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1.1 Objetivo geral

Realizar um estudo sobre as atividades de comércio exterior das empresas

do município de Não-Me-Toque/RS.

1.2 Objetivos específicos

Abordar o comércio internacional no cenário brasileiro, destacando

exportações e importações.

Levantar informações sobre o desenvolvimento do comércio exterior no

município de Não-Me-Toque, destacando sua história, cultura e economia.

Identificar o perfil das empresas que trabalham com o comércio exterior no

município.

1.3 Justificativa da realização do estudo

Para a Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), conhecer as atividades e a

economia da cidade de Não-Me-Toque, pode aprimorar o acervo da instituição,

podendo auxiliar alunos do curso de comércio exterior no desenvolvimento de novos

trabalhos.

Para a acadêmica, o desenvolvimento do trabalho pode identificar as

oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para

trabalhar na área de comércio exterior e poder estar junto da família.

Para a sociedade, em especial da região escolhida, o trabalho serve como

fonte de pesquisa, pois terão em mãos dados sobre o crescimento e

desenvolvimento da cidade, além de saber qual a importância do comércio exterior

para a economia local.

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1.4 Aspectos metodológicos

Para a elaboração deste trabalho foi utilizado o método de pesquisa

qualitativo, pois foram apresentados dados estatísticos a fim de obter informações

para melhor alcançar os objetivos propostos no tema abordado.

O método qualitativo, que segundo Malhota (2004, p. 155), a pesquisa

qualitativa apresenta: “Metodologia de pesquisa não estruturada que proporciona

percepções e compreensão do contexto do problema”.

Quanto aos objetivos, a pesquisa foi exploratória, tornando o assunto mais

explícito e facilitando a compreensão que de acordo com Vergara (1998, p.45): “A

pesquisa exploratória é realizada em área no qual há pouco conhecimento

acumulado e sistematizado.”

Com relação aos meios, a pesquisa foi bibliográfica com obtenção de

informações e estatísticas através de livros, sites na internet e em aplicação de

questionários e entrevistas. Como afirma Lakatos e Marconi (1991, p. 183), “sua

finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo que já foi escrito, dito,

ou filmado, sobre determinado assunto”.

A pesquisa foi realizada através de levantamentos de dados, com o objetivo

de identificar os números do comércio exterior na cidade e suas empresas.

1.5 Técnica de coleta e análise dos dados

A técnica de análise e coleta de dados desta pesquisa foi por meio de dados

primários, através de entrevistas e questionários e também por meio de dados

secundários, através de livros, revistas, sites oficiais, artigos, e outros materiais

publicados na internet.

Como o objetivo deste trabalho foi identificar o perfil das empresas que

trabalham com o Comércio Exterior na Cidade de Não-Me-Toque, foi realizada uma

pesquisa de campo na cidade com visitas as seis principais empresas que trabalham

com o comércio internacional, sendo que em três delas foram realizadas entrevistas

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pessoalmente, com gravação do questionário, sendo que na empresa Jan, a

entrevistada foi a funcionária Daniela Goldaracena; na empresa Grazmec, o

entrevistado foi Júnio Lazzari e na empresa X1 a entrevistada foi a coordenadora

dos processos de exportação, que não autorizou a divulgação de seu nome.

Outras duas empresas foram abordadas com a aplicação do mesmo

questionário, onde as respostas foram coletadas por e-mail. A empresa Stara, cuja

entrevistada foi Nicole Stapelbroek Trennepohl e, também a empresa X2 que não

autorizou a divulgação de seu nome. Das seis empresas procuradas, apenas uma

não deu retorno. O questionário aplicado encontra-se no Apêndice 1, deste trabalho.

Notar que destas cinco empresas entrevistadas, duas delas não autorizaram

a divulgação de seus nomes, sendo assim serão tratadas como empresa X1 e

empresa X2 no decorrer deste trabalho.

Após a coleta de dados, a análise se deu através de interpretação e

apresentação de todo o material apurado, facilitando o entendimento do leitor.

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2 COMÉRCIO INTERNACIONAL E SUAS OPERAÇÕES NO BRASIL

O presente capítulo apresenta os conceitos e fundamentos teóricos desde

trabalho, abordando o Comércio Internacional, Comércio Exterior, Balança

Comercial, Importação, Exportação e o Comércio Exterior Brasileiro, mostrando a

evolução do comércio, que tem como peça fundamental o deslocamento de

pessoas e mercadorias, sendo necessário sofrer as mais diferentes formas de

adaptações necessárias para suprir cada vez mais as necessidades humanas.

2.1 Comércio Internacional e suas operações

Partindo do ponto em que nenhum país do mundo consegue ser

autossuficiente e que procura satisfazer suas necessidades comercializando

internacionalmente, tem-se esta realização de troca entre os mercados. Maluf (2000,

p. 23) apresenta o seguinte conceito sobre o comércio internacional:

Comércio Internacional: é o intercâmbio de bens e serviços entre países, resultantes das especializações na divisão internacional do trabalho e das vantagens comparativas dos países. Os fatores que contribuem para a decisão de inserção em um mercado alvo seria o grau de mobilidade de fatores de produção, natureza do mercado, existência de barreiras aduaneiras, distância e variações monetárias e de ordem legal.

Os países se moldam para produzir mais e melhor determinados produtos,

tornando-se especialista em certas atividades. Desta forma, sua produção excedente

é utilizada para trocar os produtos necessários internamente, onde desta maneira as

empresas tornam seus produtos competitivos para serem inseridos em novos

mercados, maximizando sua produção.

Porém, deve-se notar que não é apenas o excedente ou a necessidade de

demanda que fazem o comércio internacional existir, existem outros fatores como

interesses políticos, atividade econômica complementar e diluição de riscos que

fazem existir esse relacionamento internacional. (KEEDI, 2011)

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Na antiguidade a partir do IV milênio a.C., no Egito o comércio internacional

era inexpressivo, mas o comércio internacional da Mesopotâmia já era mais

avançado, possuindo até filiais no exterior afim de ativarem as trocas. Os fenícios

desenvolveram sua economia baseados na navegação, dominando o comércio

marítimo naquela época, Os gregos não possuíam alimentos o suficiente, então

eram obrigados a adquirir no exterior parte de seu consumo, pagando suas compras

com azeite, vinho e produtos de sua indústria que possuíam na época. (GUIDOLIN,

1991)

Já o império romano buscava artigos de luxo, como pedras preciosas, ouro,

seda e especiarias, geralmente na China, Índia e Sudeste Asiático e assim se iniciou

o comércio internacional, visando a obtenção de alimentos quando necessário e de

artigos de luxo para as classes privilegiadas. Essas condições do comércio

continuaram até a Idade Média. (GUIDOLIN, 1991)

A partir do século XVI a ascensão da classe dos comerciantes foi uma

decorrência natural do incremento de suas atividades, assim introduzindo novos

produtos no mercado, expandido o sistema de produção. Conforme o comércio se

expandia e os comerciantes se destacavam na sociedade, surgiam na Europa

poderosas nações-estados: Inglaterra, Holanda e França. (GUIDOLIN, 1991)

Atualmente, pode-se verificar que o comércio internacional desenvolveu-se

com o progresso econômico mundial. Segundo Guidolin (1991), o conforto e a

satisfação das necessidades dos povos transformou o comércio internacional em

algo de extrema importância e, em certos casos, essencial.

Mesmo um país possuindo a matéria prima necessária, um produto

estrangeiro pode ter um custo mais baixo, se comparando ao país importador,

porque o tipo, qualidade e recurso que possui são mais adequados. Os países não

estão de maneira alguma preparados e capacitados a produzir todos os bens,

mercadorias e serviços, daí variarem os custos de país para país. (MAIA, 2000)

Por estes motivos, empresas encontram no comércio internacional grandes

chances de comercialização, tendo em vista um campo maior de atuação, com

muitas oportunidades que resultam em crescimento e desenvolvimento se bem

aproveitadas, afinal estatisticamente, pode ser muito mais fácil e melhor ter opções

de um mundo inteiro para negociar, do que apenas limitar-se em um único país.

Atualmente a existência de uma profunda interdependência econômica entre

os países tem demostrado a importância do aprimoramento das práticas de

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comércio entre as nações, segundo Vazques (2003, p. 180): “A concorrência local e

internacional, consequência da globalização mundial dos mercados, obriga as

empresas a esmerarem-se na qualidade de seus produtos”.

Isto vem da consequência da tecnologia desenvolvida nas empresas para

conquistar novos mercados, a produção em larga escala reduz os custos e aumenta

a competitividade dos produtos em escala global, em decorrência, os produtos

chegam aos consumidores por preços mais baixos. A integração global entre as

nações tem sido cada dia mais incentivada, principalmente pelos governos que

procuram contribuir para a internacionalização de suas indústrias e respectivamente

dos produtos que elas desenvolvem.(DIAS, 2004)

Nos dias de hoje, pode-se notar que muitas empresas não fabricam suas

mercadorias por inteiro, pois cada parte é produzida em um país, geralmente onde

se oferece um custo mais baixo para a produção desta parte. Esses produtos são

chamados de globais, essa nova prática tem se intensificado e influencia

significativamente no comércio internacional. (DIAS, 2004)

Com o aumento acelerado do comércio internacional, países têm notado a

necessidade da abertura comercial e queda de barreiras alfandegárias,

principalmente com países vizinhos ou com os quais praticam mais comércio.

Com toda essa ligação entre os países, acabou surgindo o protecionismo,

que não é nada mais que um mecanismo usado pelo governo dos países para

proteger as indústrias nacionais da concorrência externa. Segundo Dantas (2015, p.

1)

A Protecionismo é uma doutrina, uma teoria que prega um conjunto de medidas a serem tomadas no sentido de favorecer as atividades econômicas internas, reduzindo e dificultando ao máximo, a importação de produtos e a concorrência estrangeira.

O protecionismo foi muito utilizado na Europa, durante a fase do

mercantilismo (séculos XVII e XVIII). Na segunda metade do século XX, o

protecionismo começou a perder forças e na atualidade é considerado pela OMC

(Organização Mundial do Comércio) uma prática desleal. (PRAZERES, 2003)

A aplicação geral do protecionismo pode ser observada através das barreiras

tarifárias e não-tarifárias. No primeiro caso a proteção à indústria nacional se efetiva

por meio da imposição de tarifas aduaneiras sobre os produtos importados, a

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consequência evidente é o aumento dos preços dos importados, incentivando o

consumo dos produtos nacionais. (WEBER, 2002)

Nas medidas não-tarifárias, o efeito é a restrição aos produtos importados,

por mecanismos que vão desde a proibição direta, até exigências administrativas

que inviabilizam ou encarecem a importação de produtos.(WEBER, 2002)

Todos os países adotam essas medidas econômicas em algum momento de

sua trajetória político-econômica, tornando assim mais difícil a entrada do produto

estrangeiro no mercado nacional, isso pode reduzir a competição externa e assim

permitir o livre desenvolvimento das atividades econômicas internas.

Como consequência, no âmbito nacional ficam garantidos a indústria e

agricultura internas, são protegidas, por outro lado os produtos nacionais que

acabam ficando mais caros, na falta de maior competitividade. As indústrias se

acomodam e não desenvolvem o potencial integral de que dispõem, o país não

acompanha o avanço tecnológico em curso no contexto e há uma privação dos

mercados exteriores. (WEBER, 2002)

O comércio internacional, como se pode ver, é uma peça fundamental para os

negócios, principalmente nos dias de hoje, onde se tem mais facilidade para

negociar com outros países, mesmo com a criação constante das medidas

protecionistas, que fazem com que exista um controle mais rigoroso na entrada e

saída das mercadorias nas fronteiras das nações.

2.1.1 Importação

A importação nada mais é do que a compra de produtos e serviços de outros

países, trazendo muitos benefícios ao país importador, pois é através da importação

que o país possui uma gama de opções de produtos, tendo em vista produtos com

maior qualidade e até mesmo preços mais justos. Também se deve às importações

algumas parcerias realizadas com outros mercados, pois acaba criando um vínculo,

que as vezes trazem chances de negociar com aquele determinado país.

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Werneck (2005, p.13) apresenta como definição de importação "a entrada de

mercadoria estrangeira em território nacional. Essa entrada pode ser por um prazo

limitado (admissão temporária) ou a título definitivo".

A importação pode ser conveniente porque permite aos países compradores

adquirir mercadorias de alta tecnologia, obtidas por meio de caríssimas pesquisas e

de muitos anos de experiência, sendo, portanto, muitas vezes mais barato comprar

do que produzir e atingir da mesma forma o objetivo, que vai suprir uma necessidade

da nação. (MAIA, 1999).

Para Carnier (1996) a importação possui aspectos mais importantes que a

exportação, pois representa um investimento direto no aumento da produção

nacional, como por exemplo, nos casos de aquisição de equipamentos e máquinas.

As matérias-primas ou componentes em geral, de origem estrangeira, constituem

uma opção vantajosa, uma vez que a aquisição daqueles insumos evita a

importação do produto acabado.

O nível das importações brasileiras vem contribuindo para regularizar a oferta

de produtos não supridos pela oferta nacional, reduzir custos, aumentar a

produtividade e qualidade dos produtos nacionais e principalmente contribuindo para

um aumento da eficiência operacional de empresas brasileiras, visto que em

decorrência da competição por vezes predatória, de produtos estrangeiros, exige

criatividade e um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis. (LABATUT apud

PAULI, 2006).

Assim, Campos (1990) argumenta que um país importa por três razões

fundamentais que são: adquirir no exterior matéria-prima e produtos secundários que

o país não possui, utilizar esta operação como contrapartida para exportar e para

estimular a concorrência em qualidade e preço.

Desta forma, segundo Keedi (2011) a importação traz como vantagem a

diversificação de mercados e produtos nos países, por vezes aumentando o número

de fornecedores e concorrentes, diminuindo assim o risco de preços altos. Junto

com a alta gama de produtos que podem ser adquiridos com a importação, também

nota-se que a alta qualidade do produto fabricado no exterior vem sendo um grande

diferencial, agregando muitas vezes valor à imagem da corporação que compra no

mercado internacional.

A existência da operação de importação no Brasil é bem antiga, porém foi a

partir da “Era Collor”, na década de 90, que esse tipo de operação se expandiu no

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país, demonstrando o seu grau de importância na economia dos brasileiros.

(LUDOVICO, 2012)

As importações podem também causar danos em alguns setores da

economia do país, provocando a fuga de investimentos, o que influencia no balanço

de pagamentos do país, visto que existe muito investimento no mercado

internacional e pouco no mercado nacional.

Como qualquer transação comercial, a importação apresenta alguns riscos

inerentes da própria operação, tais como não receber a mercadoria conforme as

especificações de compra, atraso, avarias, variação cambial (já que se trata de uma

compra internacional), restrições do governo, etc. Por isso deve-se fazer um

planejamento da operação, até mesmo tributário, para se minimizar ou anular estes

riscos. (SOUSA, 2011)

Além disso, é importante sempre se atentar quanto à seriedade do

fornecedor internacional, verificando se este tem algum padrão de qualidade e de

trabalho bem definido, sem contar na possibilidade de o exportador ter má índole, e

vender algo que nunca chegará, por isso deve ser bem analisado antes de efetivar a

compra, para ter certeza que a operação será de confiança. (SOUSA, 2011)

Conclui-se que mesmo o Brasil, possuindo uma grande capacidade de

produção de serviços e mercadorias, a realização da operação de importação de

produtos é indispensável para a economia do País, apesar da medida protecionista

sobre os produtos importados, que protegem a produção interna brasileira.

2.1.2 Exportação

No mercado interno a exportação é de grande valia, pois com a venda dos

produtos ou serviços a outros países, o que se tem geralmente é a entrada de

reservas ao país, trazendo o dinheiro externo, capacitando investimentos e

contribuindo na economia interna.

A exportação é basicamente a saída de mercadorias do território aduaneiro,

decorrente de um contrato de compra e venda internacional, que pode ou não

resultar na entrada de divisas. (RATTI, 2002)

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A exportação é uma atividade de grande valia para a economia nacional, pois as divisas geradas pelas exportações podem ser utilizadas para reserva de moeda no país. Na visão da economia internacional, exportar além do objetivo de captar recursos para custear as importações necessárias para a vida econômica, também contribui na obtenção de recursos, tecnologia e consequentemente maior produtividade. (FRIGO; VAZQUES, 2010, p.24).

Keedi (2004, p.20) define que: “A exportação pode ser de bens e serviços,

entendendo-se a de bens como transferência de mercadorias entre os países, e os

serviços como sendo a venda de assessoria, consultoria, conhecimentos,

transportes, turismo.”

A intenção é que a exportação seja utilizada de maneira efetiva e nunca como

uma saída temporária para as crises no mercado interno ou como meio de diminuir o

estoque de excedentes. Porém, a estratégia de destinar parte da produção para o

mercado interno e outra parte para o externo, funciona e é muito utilizada porque

torna a empresa menos dependente de um só mercado diminuindo os riscos.

Segundo Castro (2003, p.19):

A empresa deve estar ciente de que exportar implica racionalização de produção, eventual fabricação de produtos especiais, exigências de controle de qualidade mais rigoroso, utilização de novas embalagens, possíveis modificações nos atuais métodos de produção.

As atividades de exportação requerem uma série de planejamentos para que

as empresas que estão ingressando possam se firmar no comércio internacional. A

empresa deve estar preparada para verificar se seu produto é compatível com o

mercado que está almejando, muitas vezes existem fatores culturais, climáticos,

geográficos entre outros que dificultam sua aceitação no mercado externo.

Existem duas modalidades de exportação, a direta e a indireta. A exportação

direta é o próprio fabricante/produtor o responsável por todo o processo de

exportação, desde os primeiros contatos com o importador até a conclusão da

operação de venda. É o exportador quem cuida de todos os detalhes, desde

acomercialização e entrega do produto até a cobrança.(MINISTÉRIO DAS

RELAÇÕES EXTERIORES, 2011)

Na exportação indireta, a empresa que deseja exportar utiliza os serviços de

outra que tem como função encontrar compradores para seus produtos no exterior.

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Pode ser praticada por diferentes tipos de empresas que tenham como parte do

objetivo social a exportação e sejam estabelecidas no Brasil. Estas empresas

adquirem mercadorias no mercado interno para vendê-los no mercado externo.

(MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, 2011)

A utilização da exportação oferece muitas vantagens, dentre elas a melhoria

na qualidade do produto, que é aperfeiçoado a medida que a empresa utiliza

mercados diferentes, também o aumento das vendas e do lucro, e como explora

mercados em outros países, seu market share aumenta naturalmente. (CASTRO,

2010)

Porém, na hora de exportar produtos, o mercado externo exige alguns

cuidados e atenções do exportador, pois o retorno pode vir a longo prazo. As

primeiras exportações podem não ser tão rentáveis quanto se imagina, há

necessidade de adaptação no produto, onde as diferenças culturais podem ser

gigantescas entre os países, e esta prática de adequação pode gerar custos extras

no início do processo havendo a necessidade de uma equipe especializada, que

conheça a sistemática existente no comércio internacional. (CASTRO, 2010)

Quando fala-se em déficit, significa que o total de exportações foram

inferiores ao total de importações, registrando-se um resultado negativo, pois o país

comprou mais do que vendeu. Assim gerando um prejuízo, que deve ser coberto

pelas reservas financeiras do país.

Por vários motivos as exportações brasileiras tem mudado o perfil ao longo

dos anos, dentre eles percebe-se que a necessidade de aprimorar o produto para

conquistar novos mercados.

O presidente Fernando Collor durante seu governo, assim como teve seu

papel nas importações, também desenvolveu a área da exportação, defendendo três

pontos voltados ao comércio exterior, conforme cita Oliveira (1990, p.320):

[…] prioridade para expansão das exportações, em particular de produtos manufaturados, criação de Zonas Especiais com isenção de estímulos destinados a receber fábricas e investimentos estrangeiros voltados para o mercado externo e; integração rápida com a Comunidade Econômica Européia (CEE).

Em 1994, no governo de Fernando Henrique Cardoso, foi constituído o Plano

Real, que promoveu a estabilidade da inflação e da economia brasileira, atraindo

investimentos para o país e causando boa visibilidade do mesmo no cenário

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mundial. Conforme cita Grieco (1997, p. 189): […] “em seu segundo ano de

existência, o Plano revelou seu êxito na captação de recursos externos que

corroboravam a recuperação da credibilidade brasileira.”.

A Figura 1, mostra claramente que grande parte dos produtos brasileiros são

exportados para poucos países, esta forma de comércio torna o país mais vulnerável

às crises econômicas e as barreiras comerciais impostas pelos países compradores,

mudanças de hábitos, etc, por isso é preciso diversificar os destinos das

exportações.

Onde Keedi (2001,p. 22) afirma que: “Diversificação de mercados significa

não apenas diluir seus riscos e ter mais países compradores, mas um aumento na

quantidade de empresas compradoras, com conseqüente aumento na quantidade

vendida e na produção realizada.”

Figura 1: Destino das exportações Brasileiras em 2013/2014.

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA – PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS JANEIRO/OUTUBRO – 2014/2013 - US$ MILHÕES FOB

Var.% 2014/13

2014 2013 p/média diária 2014 2013

Ásia 64.214 65.479 -1,5 33,5 32,7

. China 36.679 39.551 -6,8 19,1 19,7

América Latina e Caribe 38.659 42.003 -7,5 20,1 21,0

- Mercosul (2) 21.073 24.547 -13,7 11,0 12,3

. Argentina 12.198 16.738 -26,8 6,4 8,4

- Demais da AL e Caribe 17.586 17.456 1,2 9,2 8,7

União Europeia 35.993 40.367 -10,4 18,7 20,2

EUA (1) 22.446 20.830 8,3 11,7 10,4

Oriente Médio 8.506 8.866 -3,6 4,4 4,4

África 8.049 9.133 -11,5 4,2 4,6

Europa Oriental 3.983 3.530 13,4 2,1 1,8

Demais 10.115 10.118 0,4 5,3 5,1

TOTAL 191.965 200.326 -3,7 100,0 100,0

Fonte: SECEX/M DIC.

Janeiro-Outubro/2014: 211 dias úteis; Janeiro-Outubro/2013: 212 dias úteis

(1) inclui Porto Rico.

(2) inclui Venezuela, a partir de agosto/2012.

Janeiro/Outubro Part. %

Fonte: BRASIL (2014a).

No comparativo da figura 1, tomando como referência a média diária,

observou-se queda nas vendas externas brasileiras, ainda assim, houve crescimento

nas vendas para os EUA, Europa Oriental e demais países da América Latina e

Caribe.

Também pode-se observar na Figura 1 que o Brasil ainda peca ao dedicar

grande parte de suas exportações para um pequeno número de países. Para

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20

aumentar seus parceiros o país vem procurando fazer acordos e participar de blocos

econômicos.

O Brasil está em constante crescimento nas exportações, mas ainda precisa

diversificar mais os seus países parceiros nesta área, pois como citado acima, deste

modo o país tem maior chance de crises econômicas, e afinal, a exportação é a

responsável pela reserva de moedas para o país.

2.1.3 – Comércio Exterior Brasileiro

A abertura comercial do Brasil não foi só importante para as importações,

como também foi relevante para o aumento das exportações que acompanhou o

desenvolvimento da economia.

O objetivo do governo de tornar o comércio exterior brasileiro mais ágil e

acessível por empresas de todos os portes, tem como foco a performance da

balança comercial positiva, cujo resultado reflete na geração de emprego e renda.

(FRIGO, 2010)

A balança comercial positiva significa não apenas que o país está com suas

exportações em alta, mas desperta interesse econômico dos estrangeiros para

investimentos no país, atraindo mais moeda estrangeira. (FRIGO, 2010)

Analisando a situação brasileira no acumulado janeiro-dezembro de 2014, as

exportações apresentaram valor de US$ 225,101 bilhões. Sobre igual período de

2013, as exportações registraram retração de 7,0%, pela média diária. As

importações somaram US$ 229,060 bilhões, com queda de 4,5% sobre o mesmo

período anterior, pela média diária. (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO

INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR, 2014a)

A corrente de comércio alcançou cifra de US$ 419,443 bilhões, representando

queda de 4,8% sobre o mesmo período anterior, quando totalizou US$ 454,161

bilhões, pela média diária.

Já o saldo comercial acumulou déficit de US$ 3,959 bilhões contra superávit

de US$ 293,0 milhões registrados em 2013. (MINISTÉRIO DO

DESENVOLVIMENTO INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR, 2014a)

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A Figura 2 a seguir se refere a Balança Comercial Brasileira do ano de 2014.

A balança comercial contabiliza em valores FOB (Free On Board) quanto foi

exportado e quanto foi importado em produtos de cada mês do ano. O campo

corrente de comércio se refere a soma entre exportações e importações, e não a

diferença entre elas.

Figura 2 – Balança Comercial Brasileira Valores Mensais e Acumulados

US$ FOB

Período Exportação Importação Saldo Corr. De Comércio

Janeiro 16.026.190.798 20.094.435.901 -4.068.245.103 36.120.626.699

Fevereiro 15.933.832.354 18.062.419.351 -2.128.586.997 33.996.251.705

Março 17.627.934.342 17.514.153.263 113.781.079 35.142.087.605

Abril 19.723.925.778 19.217.814.027 506.111.751 38.941.739.805

Maio 20.752.083.676 20.042.592.002 709.491.674 40.794.675.678

Junho 20.466.916.246 18.116.292.499 2.350.623.747 38.583.208.745

Julho 23.024.072.161 21.452.430.643 1.571.641.518 44.476.502.804

Agosto 20.463.307.505 19.301.759.179 1.161.548.326 39.765.066.684

Setembro 19.616.604.854 20.556.786.618 -940.181.764 40.173.391.472

Outubro 18.329.649.885 19.507.029.476 -1.177.379.591 37.836.679.361

Novembro 15.645.630.327 17.996.623.359 -2.350.993.032 33.642.253.686

Dezembro 17.490.736.905 17.197.721.826 293.015.079 34.688.458.731

Fonte: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR (2014a). Adaptada pelo aluno.

A seguir, pode-se conferir o gráfico com dados do Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) que aponta os principais

produtos importados pelo país no ano de 2014.

O petróleo, automóveis e óleos combustíveis são os principais. A lista segue

sem muita diferenciação de setor, e aponta produtos como autopeças e geradores e

motores elétricos.

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Figura 3 - Indices e Dados da Economia Brasileira Comércio Exterior

Principais Produtos

Exportados

Principais produtos

Importados

Minério de ferro Petróleo bruto

Ferro fundido e aço Circuitos eletrônicos

Óleos brutos de petróleo Transmissores/Receptores

Soja e derivados Peças para veículos

Automóveis Medicamentos

Açúcar de cana Automóveis

Aviões Óleos combustíveis

Carne Bovina Gás natural

Café Equipamentos elétricos

Carne de frango Motores para aviação

Fonte: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR (2014a). Adaptada pelo aluno.

Como é de se esperar, a grande maioria dos produtos exportados são

commodities, e tem grande escala de produção, porém o retorno não é tão alto, pois

são produtos de baixo valor agregado.

A seguir verificam-se os países que são os maiores compradores dos

produtos brasileiros. A Figura 4 é baseada nos 10 principais países que fazem

parceria com o Brasil em relação à exportação.

Dentre os 10 principais países importadores do Brasil em 2014, segundo o

MDIC(2014a) encontra-se em primeiro lugar a China, com participação de 18,04%,

já em segundo lugar encontra-se os Estados Unidos, com participação total de

12,01%. De acordo com a Figura 4, sobre os principais produtos importados, o Brasil

é um país que possui um vasto recurso natural desse produto, o petróleo bruto. Em

contra partida os EUA é um dos maiores países industrializados do mundo, tendo

uma economia que demanda de muita energia, principalmente do petróleo. Desta

forma, os EUA não conseguem com o próprio recurso natural satisfazer toda essa

demanda, sendo assim importam petróleo bruto do Brasil.

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Figura 4 – 10 Principais Importadores Mundiais do Brasil, Janeiro/Dezembro - 2014

US$ Bilhões

Ranking Países Valor

Part. % NO

TOTAL

1 CHINA 40.616.107.929 18,04%

2

ESTADOS

UNIDOS

27.027.771.514 12,01%

3 ARGENTINA 14.281.998.035 6,34%

4

PAISES

BAIXOS

(HOLANDA)

13.035.583.965 5,79%

5 JAPAO 6.718.600.696 2,98%

6 ALEMANHA 6.632.731.467 2,95%

7 CHILE 4.984.190.844 2,21%

8 INDIA 4.788.735.235 2,13%

9 VENEZUELA 4.632.139.245 2,06%

10 ITALIA 4.020.776.126 1,79%

Fonte: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO INDÚSTRIA E COMÉRCIO

EXTERIOR (2014a). Adaptada pelo aluno.

A Figura 5 é baseada nos 10 principais países dos quais o Brasil importa.

Pode-se perceber que os 3 principais países importadores do Brasil são China,

Estados Unidos e Argentina que também são os 3 principais países exportadores do

Brasil.

Figura 5 – 10 Principais Países Fornecedores do Brasil, Janeiro/Dezembro - 2014

US$ Bilhões

Ranking Países Valor %

1 China 37.340.607.027 16,30%

2 Estados Unidos 34.999.130.492 15,28%

3 Argentina 14.143.094.058 6,17%

4 Alemanha 13.837.218.760 6,04%

5 Nigéria 9.495.353.411 4,15%

6 Coréia do Sul 8.526.182.634 3,72%

7 Índia 6.635.259.191 2,90%

8 Itália 6.309.816.035 2,75%

9 Japão 5.902.046.194 2,58%

10 França 5.698.165.914 2,49%

Fonte: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR (2014a).

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Conforme consta na Tabela 5, em primeiro lugar como principal fornecedor do

Brasil encontra-se a China, que em 2014 teve um total de US$ 37.340.607.027

milhões em produtos, com um percentual de participação de 16,30%. Em seguida

encontram-se os Estados Unidos, que teve um total de US$ 34.999.130.492 milhões

e percentual de 15,28%, já em terceiro lugar nas exportações fica com a Argentina,

país vizinho, que tem na sua pauta automóveis de passeio, partes e peças para

veículos, minério de ferro, motores, tratores, compressores e demais produtos.

Em décimo lugar encontra-se a França, que teve um total de US$

5.698.165.914 milhões e percentual de 2,7%, sendo o Brasil o maior parceiro

comercial da França na América Latina.

O Brasil é um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos,

principalmente commodities minerais, agrícolas e manufaturados. As áreas de

agricultura, indústria e serviços são bem desenvolvidas e encontram-se, atualmente,

em bom momento de expansão.

O comércio internacional atualmente é de extrema importância para todas as

nações, pois fechar o país para o mercado externo só trará consequências

desfavoráveis que impossibilitam o crescimento econômico do país. (FRIGO, 2010)

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3 NÃO-ME-TOQUE

3.1 História

Não-Me-Toque, conhecida como Jardim do Alto Jacuí em sua região, é um

município localizado no Planalto Médio do Rio Grande do Sul, na microrregião do

Alto Jacuí.

Figura 6 : Não-Me-Toque

Fonte: Acervo pessoal.

A cidade tem a origem de seu nome baseada em duas versões, a primeira é

baseada em uma planta, a dasyphyllum spinescens, composta por um arbusto de

tronco curto recoberto de espinhos. A planta conhecida como Sucará ou Espinho de

Santo Antônio é mais popularmente conhecida como “não-me-toque” e tem presença

abundante na região. A segunda versão conta a história de uma fazenda, na época

das instalações pelos portugueses em 1827, uma delas recebeu o nome de Não-Me-

Toque, confirmada sua existência por uma escritura pública encontrada no Cartório

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de Registro de Imóveis datada em 20 de julho de 1885, em Passo Fundo, (RS).

(CUNHA, 2010)

A história de Não-Me-Toque, de acordo com Cunha (2015), começa na

segunda década do século XIX com a chegada de descendentes portugueses, que

vieram se instalar na grande área da região que ainda não havia sido explorada por

homens civilizados. Ao final do século XIX as terras da região continuavam

inexploradas, tornando-se um atrativo para os imigrantes alemães que chegaram na

região. Essa região ficou conhecida como “Colônia do Alto Jachuy” em 1897,

recebendo um número ainda maior de alemães e também de italianos.

Os holandeses, que também são conhecidos como fundadores da cidade,

chegaram em 1949, trazendo para Não-Me-Toque o título de “cidade berço” da

imigração holandesa no Rio Grande do Sul. Na década de 50 a cidade era

considerada como um segundo distrito da cidade de Carazinho (RS) e buscava a

sua independência político-administrativa. (CUNHA, 2010)

Já em 18 de dezembro de 1954, após um plebiscito, a Lei Nº 2.555 resultou

na criação do município de Não-Me-Toque, no entanto em 1970 iniciou-se um

movimento para a troca do nome da cidade, de Não-Me-Toque para Campo Real,

devido as terras serem boas para o plantio e também como uma homenagem ao

“cereal rei”, o trigo, plantado em grande escala nas lavouras do município. E assim

em 1971, Não-Me-Toque passou a se chamar Campo Real. (CUNHA, 2015)

No entanto, segundo Cunha (2015) em 27 de setembro de 1973, foi realizado

um novo plebiscito, com a Lei 6.601, sendo que o resultado foi favorável à volta do

nome Não-Me-Toque, onde então em 27 de dezembro de 1976 é assinada a lei que

determinou a volta do nome Não-Me-Toque, para o município.

É interessante notar ainda que a colonização feita por alemães, holandeses e

italianos com suas culturas e seus traços marcados pelos cabelos loiros, a pele clara

e o sotaque estrangeiro, trouxe características europeias para a população da

cidade, e tudo isso se mistura com as raízes deixadas pelos portugueses também.

(CUNHA, 2015)

No ano de 2000, foi dado início a um projeto pioneiro do sul do Brasil para

validar a Agricultura de Precisão: o Projeto Aquarius, desenvolvido pela Fazenda

Anna e as empresas Stara, Massey Ferguson, Cotrijal, Yara Fertilizantes e a

Universidade Federal de Santa Maria, que em parceria, aplica a tecnologia, e

Page 28: Modelo Trabalho de Iniciação Científica (TIC)€¦ · oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para trabalhar na área de comércio exterior

27

sistematiza os resultados, mostrando a viabilidade da agricultura de precisão.

(PREFEITURA DE NÃO-ME-TOQUE, 2015a)

O projeto nada mais é do que uma prática agrícola, na qual utiliza-se

tecnologia de informação baseada no princípio da variabilidade do solo e clima. A

partir dos dados específicos da área que irá ser plantada, implanta-se um processo

de automação agrícola, dosando a quantidade necessária de adubos e agrotóxicos

que são necessários para cada pedaço de terra. Em 2005 empresa Cotrijal

ingressou no projeto, fazendo com que ele se expandisse além da Fazenda Anna,

para as propriedades dos associados da cooperativa em vários municípios da

região. (PREFEITURA DE NÃO-ME-TOQUE, 2015a)

Ainda no ano de 2007, a Lei Municipal nº 3.343 e a Lei Estadual nº 12.744

declaram o município como “Capital Nacional da Agricultura de Precisão”, em 2009 a

Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal aprovou o projeto de

Lei nº 124/09, de autoria do deputado Luiz Carlos Heinze, e o Presidente da

República sancionou a Lei nº 12.081 que confere ao município de Não-Me-Toque, o

título de “Capital Nacional da Agricultura de Precisão”. (PREFEITURA DE NÃO-ME-

TOQUE, 2015a)

O município de Não-Me-Toque, com população estimada em 2014 de 16.849

habitantes, possui 843 empresas ativas atualmente, com um salário médio mensal

de 2,9 salários mínimos por trabalhador. O PIB da cidade apurado em 2012 foi de

R$ 673.270 milhões, o que colocou Não-Me-Toque na 69ª posição no ranking dos

496 municípios gaúchos, e o PIB percapta também divulgado em 2012 foi de

R$ 41.647,30, considerada a 22ª melhor renda per capita do Estado. (PREFEITURA

DE NÃO-ME-TOQUE, 2015c)

No Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (IDESE) no ano de 2010,

Não-Me-Toque ocupava o 4ª lugar no setor de educação, em questão de renda

familiar, ocupava a posição de 21ª lugar, já na área da saúde estava ocupando a

posição de 122ª lugar, comparando em um modo geral, Não-Me-Toque ocupa o 9º

lugar, sendo considerada o 2º melhor município da região do Alto do Jacuí.

(PREFEITURA DE NÃO-ME-TOQUE, 2015c)

Na Figura 7, pode-se analisar a balança comercial da cidade de Não-Me-

Toque nos últimos anos.

Page 29: Modelo Trabalho de Iniciação Científica (TIC)€¦ · oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para trabalhar na área de comércio exterior

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Figura 7: Balança Comercial da Cidade de Não-Me-Toque

Fonte: MDIC (2015)

De acordo com a Figura 7, pode-se concluir que Não-Me-Toque é uma cidade

que exporta muito mais do que importa, pois em todos os anos o saldo da balança

encerrou com superávit. Em meados de 2000 até 2006, pode-se perceber que não

haviam muitas importações, somente em 2007, as importações passaram a

acontecer e trazem um impacto para a balança comercial, chegando a apresentar

números expressivos, representando mais da metade do valor exportado. Pode ser

um ponto positivo para a cidade, que realmente explora sua capacidade de

produção trazendo divisas para o município e contribuindo positivamente para a

balança comercial do estado e do país.

Os principais países parceiros da cidade de Não-Me-Toque nas exportações,

por ordem de importância são: Paraguai, Bolívia, Ucrânia, Chile, Uruguai, Nicaragua,

Alemanha, como pode-se observar na Figura 8 a seguir:

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29

Figura 8: Principais Países da Exportação Brasileira de Não-Me-Toque

Fonte: MDIC (2015)

Os principais produtos exportados de acordo com o Ministério do

desenvolvimento Demonstrados na Figura 8 são aparelhos para agricultura,

horticultura, silvicultura, avicultura ou apicultura, aparelhos mecânicos de jato de

areia, jato de vapor, reboques e semi-reboques, máquinas e aparelhos para colheita

ou debulha de produtos agrícolas, máquinas para limpar e selecionar ovos, frutas ou

outros produtos agrícolas, máquinas e aparelhos de terraplanagem, nivelamento,

raspagem, escavação, compactação, extração ou perfuração da terra, de minerais

ou minérios.

Page 31: Modelo Trabalho de Iniciação Científica (TIC)€¦ · oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para trabalhar na área de comércio exterior

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Com estas informações, pode-se perceber que a cidade tem sua atividade

baseada principalmente na área da agricultura e metalúrgica, pois os produtos mais

exportados são partes para implementos agrícolas, para o plantio, colheita,

preparação do solo e irrigação.

Já os principais parceiros da cidade nas importações por ordem de

importância são: Japão, Argentina, Reino Unido, Espanha, Alemanha, Canadá,

Estados Unidos, como se pode observar na Figura 9 a seguir:

Figura 9: Principais Países de Importação Brasileira de Não-Me-Toque

Fonte: MDIC (2015)

Também pode-se notar que os principais produtos importados de acordo com

o Ministério do Desenvolvimento são: motores e máquinas motrizes, adubos ou

fertilizantes de origem animal/vegetal, aparelhos de radiodetecção e de

radiossondagem (radar), engrenagens e rodas de fricção, eixos de esferas ou de

roletes; redutores, multiplicadores, mantas de fibras de celulose, não deixando de

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31

notar que estes produtos importados são a matéria-prima para dar andamento aos

implementos fabricados na cidade e adubos para melhorar as terras da região, que

são conhecidas por suas terras produtivas.

O município ainda é sede da Expodireto Cotrijal, Feira Agrodinâmica de

grande expressão à nível nacional e internacional, onde são realizados anualmente

o Fórum Nacional da Soja e a Conferência do MERCOSUL sobre Agronegócio.

Eventos como estes impulsionam cada vez mais o desenvolvimento do município no

que diz respeito ao turismo, lazer e demais segmentos que formam as

potencialidades de Não-Me-Toque. (JORNAL DA COTRIJAL, 2015)

A Expodireto Cotrijal, teve sua primeira edição no ano de 1999, mas foi

somente no ano de 2004 que foi registrada pela primeira vez a presença de

convidados internacionais, quando os primeiros cinco convidados estiveram na feira

com a participação do Sebrae(RS), grupo Greentech/Sebraexport. “Mas o processo

de internacionalização foi fortalecido a partir de 2010, diretamente pela Cotrijal, com

a gestão da Via Marketing Brasil, chegando aos números atuais, com a participação

na última edição de 77 países, 150 convidados internacionais, mais de R$471.455

milhões em negócios.” (SILVA JUNIOR, 2015)

Considerada um ponto de encontro internacional, a Expodireto intensifica sua

vocação em receber pessoas de diferentes cantos do mundo, que buscam

informação, tecnologia e oportunidade de negócios. A feira em 2015 no setor de

agronegócio, consolida-se como a feira mais internacionalizada do agronegócio

brasileiro, pois como garante o coordenador Evaldo Silva Junior “nenhuma outra

feira do setor, recebe a cada ano tantas delegações estrangeiras”. (SILVA JUNIOR,

2015)

Na sua 16ª edição, que aconteceu nos dias 09/03/2015 a 13/03/2015, houve

o credenciamento de 30 embaixadores, isso demonstra a importância da feira para

aqueles países que buscam no Brasil, em especial, no Rio Grande do Sul, a

tecnologia agrícola, fazendo o país um dos maiores na área do agronegócio.

Entre as principais delegações, importadores e autoridades, estavam

presentes na feira a África do Sul, Angola, Argélia, Benin, Bielorússia, Bolívia,

Botsuana, Burnika Faso, Burundi, Camarões, Costa do Marfim, Estados Unidos,

Etiópia, Gabão, Gana, Honduras, Iraque, Irlanda, Jamaica, Malásia, Marrocos,

Mauritânia, Moçambique, Myanmar, Namíbia, Nicaraguá, Nigéria, Paraguai,

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República do Congo, Senegal, Sudão, Suíça, Tanzânia, Tunísia, Ucrânia, Uruguai,

Zambia e Zimbábue. (JORNAL DA COTRIJAL, 2015)

No evento, entre os itens mais procurados pelas delegações internacionais

estão a tecnologia de plantio; máquinas e implementos agrícolas; armazenamento;

irrigação, e em termos de produtos, arroz, soja, milho, frango, gado, lácteos, sucos,

entre outros. “Os objetivos, muito mais que quantitativos são qualitativos, de

promoção da Expodireto Cotrijal no mundo todo. Quanto mais conhecida a feira for

no exterior, mais isto refletirá em visitantes internacionais e, consequentemente, em

mais negócios realizados”, conclui o coordenador Evaldo Silva Júnior. (JORNAL DA

COTRIJAL, 2015)

Figura 10: Parque da feira Expodireto Cotrijal.

Fonte: Cotrijal (2015)

A feira está em constante crescimento a cada ano que se passa, trazendo

benefícios para a pequena cidade que possui uma expectativa de crescimento muito

alta para os próximos anos, pois como mencionado, está cada dia mais conhecida,

recebendo cada vez mais estrangeiros e tendo o devido reconhecimento.

No final de cada ano, a cidade também organiza o Natal Étnico, que tem

como objetivo simbolizar a Festa dos Povos, onde demonstra a cultura existente na

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pequena cidade, que é considerado o segundo maior acontecimento da região, com

shows musicais, teatrais, de dança e canto, gratuitos. A prefeitura desenvolve ações

sociais e culturais com estudantes do município e com entidades filantrópicas, como

ASBAM, APAE e Lar do Idoso. (PREFEITURA DE NÃO-ME-TOQUE, 2015)

Nesta mesma época também acontece a Expo Não-Me-Toque, uma feira

realizada pela Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Não-

Me-Toque (ACINT), que teve sua 1ª edição realizada em 2007. A feira tem como

objetivo a promoção e valorização da indústria, comércio e da prestação de serviços

locais e regionais, o incremento nas vendas de final de ano, o aumento da

arrecadação tributária do município; e aproveitamento das festividades do Natal

Étnico, oportunizando ao público mais opções de compra e entretenimento, além de

promover uma maior integração e interação entre as empresas do município.

(PREFEITURA DE NÃO-ME-TOQUE, 2015)

Analisando as informações referentes à cidade, Não-Me-Toque está em

constante crescimento, tanto nas exportações quanto nas importações, trazendo

benefícios internos para a cidade, que evolui cada vez mais, fazendo com que as

empresas cresçam e invistam sempre que possível. Isso mostra que realmente é

possível crescer em uma pequena cidade, pequena somente em população e em

território, porém a sua capacidade financeira e produtiva, está cada vez maior e

melhor.

Para finalizar, segue abaixo uma foto panorâmica da cidade de Não-Me-

Toque.

Figura 11: Cidade de Não-Me-Toque

Fonte: Acervo pessoal.

Page 35: Modelo Trabalho de Iniciação Científica (TIC)€¦ · oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para trabalhar na área de comércio exterior

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4 PERFIL DAS EMPRESAS QUE TRABALHAM COM COMÉRCIO EXTERIOR NA CIDADE DE NÃO-ME-TOQUE

Como o objetivo deste trabalho é identificar o perfil das empresas que

trabalham com o Comércio Exterior na Cidade de Não-Me-Toque, foi realizada uma

pesquisa de campo na cidade com visitas as principais empresas e com aplicação

de um questionário e entrevistas com as pessoas responsáveis pelas atividades

voltadas ao comércio exterior dentro da empresa e, os dados coletados estão

transcritos a seguir.

4.1 STARA S/A INDÚSTRIA DE IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

A Stara é uma empresa que produz máquinas agrícolas, sua história começou

em 1960, quando Johannes Bernardus Stapelbroek e os filhos Johannes e Harrie

criaram a empresa Stapelbroek & Cia Ltda. Eles começaram a fabricar máquinas

agrícolas, lançando no mercado a primeira capinadeira do Brasil com rodas, braços

flutuantes e dirigível, era o início da empresa Stara no mercado da agricultura.

(STARA S/A INDÚSTRIA DE IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS, 2015)

Em 1982 as dificuldades financeiras ocasionaram a abertura de capital da

empresa, através da transformação em S/A, trazendo novos sócios, novas ideias e

capital. O principal sócio deles foi Franciscus Johannes Stapelbroek, o "Seu Chico",

que foi o maior colaborador e apoiador da Stara. (STARA S/A INDÚSTRIA DE

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS, 2015)

Esta fase marcou o ingresso da nova geração na direção da empresa, com

modernidade administrativa e manutenção dos ideais dos fundadores.

Em 1999 a Stara deu mais um passo decisivo e transformador em sua

trajetória, através da joint venture com a Amazone Werke, da Alemanha.

Em 2000 foi criado o primeiro projeto de agricultura de precisão com nível

comercial, denominado Aquarius, que até hoje contribui com pesquisa de máquinas

agrícolas que viabilizem a agricultura de precisão, possuindo o maior banco de

dados do mundo. (STARA S/A INDÚSTRIA DE IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS, 2015)

Page 36: Modelo Trabalho de Iniciação Científica (TIC)€¦ · oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para trabalhar na área de comércio exterior

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Já no ano de 2001 a Stara fez uma aliança comercial com a empresa Sfil

Industria Agrícola Fortaleza Ltda que atuava no mercado regional de plantadoras e

semeadoras, tornando-se Stara Sfil. E em 2006 quem assumiu o comando da Stara

foi a filha de Franciscus Stapelbroek, Susana Stapelbroek Trennepohl, juntamente

com seu marido Gilson Trennepohl e os filhos Fernando, Átila e Nicole, desfazendo

a parceria que existia com a empresa Sfil. Em negociação com os acionistas da

Alemanha, a fábrica de pulverizadores passou a ter o comando acionário da Stara.

(STARA S/A INDÚSTRIA DE IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS, 2015)

Desta forma a empresa ampliou a sua matriz industrial que contribuiu

significativamente para o crescimento de portfólio de produtos. Desde então a cada

ano que se passa a empresa cresce mais e mais, investindo em sua fábrica e em

seus funcionários. Foram 4 prêmios na área de exportação nos últimos anos. Prêmio

Exportação ADVB/RS (Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil)

nas edições: 36, 39, 40 e 41.(TRENNEPOHL, 2015)

A empresa exporta desde 1995, e também deu início a suas importações

mais ou menos na mesma época. Tem um departamento chamado Suprimentos,

que é responsável por adquirir matéria prima, componentes e equipamentos, tanto

nacionais quanto importados, e na área de vendas tem um departamento exclusivo

de Exportação, essa equipe atende vendas, pós vendas e expedição de peças para

o exterior. (TRENNEPOHL, 2015)

Juntando os departamentos de vendas, pós vendas, gerência e atendimento,

a empresa possui 10 pessoas trabalhando com o comércio exterior internamente, e

5 pessoas que representam a empresa fora do país, trabalhando com vendas

externas que seguem em constante desenvolvimento. A empresa tem parceria já

estabelecida com Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Cazaquistão, Paraguay, Bolívia,

Uruguay, Chile, África do Sul, Zâmbia e Zimbabwe, chegando a representar nos dias

de hoje, cerca de 11% das atividades da empresa. (TRENNEPOHL, 2015)

Entre as dificuldades encontradas pela empresa neste momento na área da

importação estão relacionadas principalmente a crise político-econômica mundial,

que segundo Trennepohl (2015) neste momento, devido a um dos principais

importadores ser a Rússia, a situação encontra-se um tanto quanto complicada, pois

há uma grande crise político-econômica e que acabou afetando todo o Leste

Europeu.

Page 37: Modelo Trabalho de Iniciação Científica (TIC)€¦ · oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para trabalhar na área de comércio exterior

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Já as dificuldades encontradas nas atividades de exportação devem-se ao

fato de que alguns países para os quais a empresa gostaria de exportar, como

Alemanha, França, Polônia, Espanha, exigem uma série de documentações,

burocracias e licenças que complicam bastante a venda.

Quando fala-se em vantagens encontradas na importação estão a qualidade

de alguns fornecedores específicos e os produtos com tecnologia ainda inexistente

no Brasil. Já a vantagem na exportação segundo Trennepohl (2015) em sua

entrevista:

Exportar nos permite colocar nossa marca em outras partes do mundo. Além do mais, sempre tentamos fomentar a exportação, pois além de ser positiva para o Brasil como um todo (balança comercial superavitária), é uma segurança para a empresa.

Assim, hoje os principais países parceiros da Stara na importação são:

Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Itália, Índia, Inglaterra, Argentina, Japão (este

último seria importação de bens de capital como máquinas para produção, laser,

tornos numéricos, centros de usinagem). Os principais países destinos das

exportações são: Paraguai, Bolívia, Uruguai e Rússia, segundo Nicole Stapelbroek

Trennepohl, estes são os principais países, porém a empresa exporta para outros

países também. (TRENNEPOHL, 2015)

Os principais produtos importados pela STARA são pneus, componentes

hidráulicos e componentes eletrônicos, e a empresa também importa alguns

maquinários para a produção de seus produtos como Laser para corte de chapas,

prensas para dobra, centros de usinagem e robôs de solda. Já os principais

produtos exportados da Stara são Pulverizadores auto propelidos (Imperador),

Plantadeiras, Distribuidores de arrasto e autopropulsados (Hércules 7.000, Hércules

5.0) e carretas graneleiras (Reboke), que são produtos desenvolvidos pela empresa.

(TRENNEPOHL, 2015)

A empresa não exporta somente sua produção excedente, mas sim fabrica

para vendas internas e externas, crescendo cada dia mais.

Os países estão cada vez mais abertos para o comércio internacional, e como cada país tem suas fortalezas e fraquezas, vejo esse comércio exterior de maneira muito positiva, pois as empresas conseguem trabalhar e desenvolver suas tecnologias praticamente sem limitações, podem buscar recursos aonde for melhor para si. Para Não-Me-Toque em si, como cidade pequena de apenas 17.000 habitantes, vejo como mais positivo ainda, pois as pessoas que trabalham com exportação ou que vislumbram um emprego na área, buscam cada vez mais se qualificar. (TRENNEPOHL, 2015)

Page 38: Modelo Trabalho de Iniciação Científica (TIC)€¦ · oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para trabalhar na área de comércio exterior

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Muitas pessoas já vem enxergando a oportunidade e as necessidades do

mercado de trabalho e estão estudando inglês por exemplo. Além disso, pessoas

que trabalham em hotéis, restaurantes e demais serviços locais, também estão

buscando a sua evolução. Isso faz com que a cidade cresça, o nível intelectual da

população aumente, novos investimentos sejam feitos para atender as necessidades

e tudo isso move a economia. (TRENNEPOHL, 2015)

A Stara é uma empresa sólida, que vem crescendo a cada ano que passa,

aumentando o seu nível tanto nos negócios nacionais, quanto internacionais.

4.2 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS JAN S\A

A empresa Implementos Agrícolas Jan S/A denominando-se G. JAN Rauwers

e Filho foi fundada em 29 de Agosto de 1960 por Gerrit Jan Hermanus Rauwers, um

imigrante holandês que atuava na área de consertos mecânicos em geral e na

produção de arados em condições artesanais.

Porém, no dia 1° de Junho de 1968 o Sr. Henricus J. J. Rietjens iniciou suas

atividades na empresa e tornou-se sócio em 28 de Julho de 1970 e a empresa

passou a ser chamada Implementos Agrícolas JAN Ltda. Dois anos depois foram

inauguradas as novas instalações da Fábrica I, onde em 1973 a razão social foi

alterada para Implementos Agrícolas JAN S/A. Em 1982 o Sr. Henricus assumiu o

cargo de Diretor Presidente e a empresa começa a conviver com um estilo de gestão

mais arrojado e dinâmico, tanto que em 1986 a Jan adquiriu uma área com mais de

50 hectares na cidade de Não-Me-Toque, destinada a realização de pesquisas

agrícolas. (IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS JAN S/A, 2015)

Durante o ano de 1987 foi inaugurada a Fábrica III, que desenvolve atividades

de usinagem e montagem de componentes para a linha de implementos JAN e em

1993 a empresa iniciou a fabricação de componentes de máquinas de empresas de

porte internacionais, uma estratégia inteligente para manter a sua solidez e enfrentar

eventuais turbulências no cenário agrícola nacional e mundial. (IMPLEMENTOS

AGRÍCOLAS JAN S/A, 2015)

Page 39: Modelo Trabalho de Iniciação Científica (TIC)€¦ · oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para trabalhar na área de comércio exterior

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As constantes modernizações fabris e o permanente desempenho inovador

destacam a empresa como importante competidora nos mais exigentes mercados,

garantindo grande participação no mercado brasileiro. Alguns países da Europa e da

África e toda a América Latina comercializam os produtos da JAN, com uma linha

completa voltada as necessidades dos agricultores durante todo o processo da

produção. (IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS JAN S/A, 2015)

Neste sentido, em 2007, a JAN deu um passo importante a partir da aquisição

da fábrica da Metalbusch, marcando o início de sua trajetória no segmento de

pulverização.

Portanto, atualmente a JAN possui 4 unidades fabris com área de 53.493 m² e

cerca de 1.700 colaboradores diretos. (IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS JAN S/A,

2015)

A empresa tem um departamento específico com uma pessoa trabalhando

com os processos de importação e exportação, mas antes dos processos chegarem

até a pessoa responsável, passam pelo setor de compras, onde eles são

responsáveis por toda pesquisa de mercado, solicitação de amostras e análise da

real qualidade do produto para estudar se realmente vale a pena importar o material.

Já na exportação segundo Goldaracena (2015), a parte inicial fica por

responsabilidade dos vendedores, que após a venda fechada o pedido é

encaminhado para o setor específico para o acompanhamento e coordenação do

processo.

A empresa JAN possui 2 vendedores externos, um para a América Latina e

um para a Europa, e trabalha também com a África, além de estar em

constantemente crescimento, abrindo novos mercados. Nos demais países a

empresa possui as revendas filiadas, fazendo com que obtenham uma maior

abrangência de mercados, pois as revendas já conhecem o mercado onde atuam,

tendo uma maior facilidade para a venda e também um melhor atendimento no pós-

vendas, tendo em vista que prestam um atendimento mais próximo ao cliente.

(GOLDARACENA, 2015)

A comércio exterior hoje ocupa cerca de 8 a 10% das atividades da empresa,

alguns maquinários do chão de fábrica são importados da Suécia e Alemanha, como

exemplo os robôs de solda, além das peças de pulverizador provenientes da

Argentina e eletrônicos de Miami entre outros produtos necessários. Os principais

países nas exportações são Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.

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Algumas dificuldades enfrentadas pela empresa JAN na exportação são a

oscilação do dólar, devido a empresa trabalhar com uma tabela que costuma ser

fixa, e acaba prejudicando nas vendas e também tem alguns locais onde os bancos

não querem converter sua moeda, como por exemplo no Sudão, então acabam não

podendo vender para estes países, porque existe o risco de não receber e até

mesmo algumas seguradoras não querem fechar seguro para estes mesmos

destinos.

Outra dificuldade encontrada é a concorrência, principalmente da Argentina,

pois mesmo os produtos de lá apresentando qualidade inferior, muitos acabam

comprando devido ao preço mais competitivo, levando em consideração apenas o

valor e não a qualidade do produto. (GOLDARACENA, 2015)

Na área de importação, uma dificuldade enfrentada pela empresa é a

implementação pelo governo da medida anti-dumping para as chapas que eram

muito importadas e com a implementação da medida neste produto, foi mais viável

para a empresa voltar a comprar o material de representantes nacionais novamente,

pois importar tornou-se mais caro, ficando inviável para este produto em específico.

Em outras importações que a empresa efetua eventualmente, segundo

Goldaracena (2015) não encontram maiores dificuldades, devido aos fornecedores

serem sempre os mesmos, tornando-se rotineiro e sem maiores preocupações.

Já as vantagens encontradas na exportação são: Agora que as vendas

internas no Brasil caíram bastante, as exportações ajudam a manter as vendas em

alta, também no momento uma vantagem para as exportações é o dólar que está em

alta, fazendo com que aumente o número de pedidos do exterior. (GOLDARACENA,

2015)

De acordo com Goldaracena (2015): “O comércio exterior cresceu muito em

Não-Me-Toque, empresas menores começaram a exportar e cresceram porque o

mercado lá fora está deixando a gente entrar, tem mercado para todo mundo, mas

ainda temos muita concorrência lá fora.”

Um diferencial da empresa é que ela adapta o implemento para os países de

acordo com suas exigências. A empresa não exporta somente sua produção

excedente, mas sim fabrica para vendas internas e externas.

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4.3 GRAZMEC

Fundada em 18 de Junho de 1986, a Grazmec é uma empresa familiar, foi

pioneira no desenvolvimento de máquinas para o tratamento de sementes no Brasil,

tornando-se, em seu segmento, a principal referência no ramo agrícola.

Visando o aprimoramento que dos implementos/serviços que dispõe, a

Grazmec investe constantemente em tecnologias, melhoria de processos de

fabricação, qualificação dos produtos, treinamento dos colaboradores, reafirmando

cada vez mais o compromisso de oferecer as melhores ferramentas para o trabalho

realizado por seus clientes. (GRAZMEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA, 2015)

Nesse aspecto, a Grazmec conta atualmente com um amplo parque fabril e

equipamentos modernos, como: tornos CNC, Máquinas de Corte a Plasma, (sendo

01 para altas capacidades), cabines de pintura a pó, robô de solda, entre outros.

A empresa trabalha com exportação desde 2003, mas vem crescendo

constantemente desde 2006, após colocar representantes em alguns países. A

empresa não possui um departamento específico, a exportação está incluída no

setor comercial, possuindo uma pessoa diretamente ligada a empresa, possuindo

mais três vendedores externos, um para a América Latina com exceção do Paraguai,

outro vendedor atendendo apenas o Paraguai e um terceiro vendedor que atende a

África e toda a Europa, possuindo também algumas revendas parceiras. O comércio

exterior representa hoje cerca de 10% a 12% das vendas da empresa. (LAZZARI,

2015)

As dificuldades enfrentadas eventualmente na exportação são a oscilação do

dólar e a concorrência Argentina que atrapalha um pouco as vendas. As vantagens

encontradas com as exportações é o crescimento da empresa, e como o mercado

brasileiro em 2015 tem a expectativa de não ser um ano muito bom internamente, a

exportação acaba “salvando” a empresa, fazendo com que a produção não caia,

ainda mais quando o dólar está em alta como este ano, o que alavancou as vendas

segundo Lazzari (2015) este ano foram as exportações.

Os principais países parceiros nas exportações são Paraguai, Uruguai,

Panamá, Bolívia e África do sul. Também possuem exportações para outros países,

porém não tão frequentemente, como por exemplo Portugal e Holanda.

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A visão do mercado hoje é a restrição do mercado nacional com a taxa de

juros e a política. Esse é um ano em que o agricultor não vai investir em maquinário

devido a taxa de juros, e um ano em que o agricultor vai procurar capitalizar.

(LAZZARI, 2015)

4.4 EMPRESA X1

Em 1987, no dia 26 de agosto a empresa X1 inicia suas atividades na cidade

de Não-Me-Toque, com o objetivo de reparar e consertar peças agrícolas, e em

poucos meses já estava fabricando peças para terceiros e atendendo ao mercado

local.

Em 2000, a empresa torna-se uma empresa familiar, produzindo ventiladores

industriais e similares na área de climatização, e em 2006 apresenta uma inovação

no mercado, uma transplantadora de mudas florestais, conquistando o mercado de

silvicultura brasileira e do MERCOSUL, ainda trabalhando com projeto de expansão.

Em 2013 a empresa apresentou ao mercado uma linha de produtos

destinados à agropecuária, proporcionando qualidade na linha de alimentação de

rebanhos, de movimentação de cargas, assim como ventilação adequada para os

ambientes da pecuária, além de fabricar peças especiais para ramo alimentício e

terceiros e também conta com uma seção de peças para máquinas agrícolas. (X1,

2015)

Atualmente a empresa X1 possui 50 funcionários e vem crescendo

constantemente, trabalhando com exportações há 5 anos, e com importação a mais

ou menos 1 ano, porém ainda não possui um departamento específico para as

atividades internacionais, dividindo as funções entre os setores de compra, venda,

administrativo e documental, cada setor fazendo uma parte do processo.

A empresa possui representante comercial em todo Brasil, e mesmo

atendendo o mercado externo, ainda não possuem representantes fora do país,

onde pretendem assim que encontrar alguém qualificado para o cargo investir neste

setor. O interessante é que a empresa continua cada dia mais aumentando o seu

Page 43: Modelo Trabalho de Iniciação Científica (TIC)€¦ · oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para trabalhar na área de comércio exterior

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volume de exportações, e não exportam apenas o excesso dos produtos fabricados,

mas sim fabricam especialmente para exportar. (X1, 2015)

Na área da exportação, a dificuldade encontrada hoje na empresa é a falta de

domínio do mercado e também o desafio de encontrar alguém qualificado para

representar a empresa fora do país, já as vantagens que são encontradas na

exportação é o fato desta atividade acelerar a produção, gerando mais

produtividade, aumentando o faturamento, consequentemente gerando um

crescimento para a empresa.

Na área de importação a empresa encontra dificuldades em encontrar

fornecedores com preços bons e qualidade para algumas matérias primas que estão

em análise para serem importadas da China. Para isso a empresa contratou uma

agência que oferece todos os tipos de serviços necessários, desde a pesquisa de

mercado até o despacho e entrega da carga, para efetuar uma pesquisa, que já está

em andamento e segundo a agência contratada levará de 4 a 6 meses de estudo do

mercado, notando também que muitas peças que fazem parte da matéria prima da

empresa, não existem aqui no Brasil, sendo apenas importados da Argentina e dos

Estados Unidos. (X1, 2015)

Já as vantagens encontradas na importação são alguns produtos que já são

importados atualmente pela empresa, sendo produtos de qualidade, com preços

competitivos e mesmo havendo toda a tributação aplicada no Brasil, ainda assim, é

vantajoso, também é vantagem para a empresa pela tecnologia que conseguem

com os produtos de fora.

A empresa vem crescendo a cada ano que passa, e neste ano de 2015 está

assumindo uma nova diretoria, que promete alavancar ainda mais os negócios da

empresa. As atividades do comércio internacional hoje ainda não chegam a atingir

os 10% da produção da empresa, mas está a caminho e trabalhando para que

aumente cada dia mais.

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4.5 EMPRESA X2

A empresa X2 surgiu em 14 de setembro de 1957, quando 11 produtores

rurais da cidade resolveram criar uma cooperativa, e encontraram plena

correspondência com os objetivos econômicos, sociais, culturais e políticos que

deram origem ao cooperativismo de produção e comercialização agrícola no Brasil.

A soja foi introduzida na região da empresa X2 no início da década de 60,

época em que já começava a mostrar força, prestígio e credibilidade suficientes para

obter altos empréstimos junto ao Banco do Brasil, com o intuito de adquirir adubo e

repassar aos associados. (X2, 2015)

A cultura entra no contexto de modernização, iniciado na década anterior com

o trigo. O plantio direto provocou uma grande "revolução" no campo, quando nos

anos 70, agricultores mais ousados decidiram não arrancar o mato nem arar a terra

para o plantio.

Em 1995 a empresa X2 aumentou sua estrutura física e de serviços à

disposição dos produtores, voltando a viver um novo "boom" de implantações de

unidades de recebimento de grãos e a maneira de administração ganhou um novo

formato. Foram criadas unidades de apoio, com o objetivo de melhor qualificar as

receitas e despesas próprias de cada segmento existente na empresa. (X2, 2015)

Mas foi nos últimos anos que a empresa passou a ser vista como uma

potência no agronegócio brasileiro por promover, desde 2000, uma feira de

agronegócio muito conhecida na região.

Em 2005 a empresa X2 estava no ranking dos maiores exportadores do sul

do país, estando na posição geral em 216ª lugar, e entre as cooperativas do Rio

Grande do Sul ocupando o 3º lugar. (X2, 2015)

A empresa trabalha apenas com exportação, quando na década de 70 iniciou

as suas primeiras atividades na área, e atualmente a exportação ocupa cerca de 2%

nos negócios da empresa. A empresa não possui um setor específico de exportação,

adaptando as operações junto ao setor comercial responsável pelo mercado interno

e externo, composto por 4 funcionários, não possuindo representantes fora do país.

(X2, 2015)

Segundo o representante comercial da empresa X2 a maior dificuldade

encontrada na questão da exportação é a logística, principalmente questões

Page 45: Modelo Trabalho de Iniciação Científica (TIC)€¦ · oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para trabalhar na área de comércio exterior

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portuárias e fretes internos, mas também existem as vantagens, onde “A maior

vantagem de ser exportador é que geralmente você pode participar com grandes

volumes, fazendo com que o mercado interno não fique tão ofertado. Isso tira um

pouco a pressão de venda. Também quando se tem um canal para exportação cria

um parâmetro de preço interno, pois não será vendido no mercado interno por

menos que se liquida na exportação.” (X2, 2015)

O principal país destino da empresa X2 é a China, mas esta também exporta

para o Egito, Marrocos, Irã e Tailândia.

Segundo X2 (2015) “Penso que temos que sempre poder participar desse

mercado internacional, pois isso fortalecerá ainda mais o país como exportador.

Como nossos produtos são commodities, precisamos equilibrar estoques, isso ajuda

a formar, manter ou melhorar preços, preservando margens e resultados.”

A empresa X2 não tem suas atividades voltadas para o comércio exterior, ela

apenas exporta o excesso de produção, pois como seus produtos são grãos e a

região é baseada na agricultura, o mercado é muito bom para as vendas, se

tornando desnecessário a exportação para o crescimento da empresa.

4.6 GERAL

Na Tabela 1, encontra-se o resumo das empresas entrevistadas, para uma

melhor visualização e entendimento do trabalho exposto. Entre as cinco empresas

pesquisadas, apenas a empresa X2 não trabalha com nenhum tipo de importação,

mas não se pode deixar de notar que o foco das atividades em Não-Me-Toque

realmente são as exportações, elas são o “carro chefe” no setor do comércio exterior

na cidade.

Como demonstrado no decorrer do trabalho, as empresas estão em constante

evolução, pois apesar de ser uma cidade pequena, com cerca de 17.000 habitantes,

as exportações estão muito presentes nas atividades das empresas do município.

Não-Me-Toque é um polo industrial muito grande, e com uma capacidade ainda

maior, que vem desenvolvendo oportunidade de crescimento não somente para a

cidade, mas também para seus moradores.

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A empresa Stara é a que se destaca no momento, pois como pode-se ver ela

possui hoje 15 funcionários que se envolvem no setor do comércio exterior

diretamente, também possui parceiros fora do país e suas exportações chegam a

representar 11% de sua produção/vendas.

Já as demais empresas, pode-se perceber que tem em média de 3 a 4

pessoas envolvidas nos processos. Quanto a existência de parceiros fora do país,

somente as empresas X1 e X2 não possuem parceiros, as empresas Stara, Jan e

Grazmec já possuem seus representantes, alguns deles como representantes

comerciais/vendedores e outros como revendas.

A empresa X2 é a que apresenta menor porcentagem de participação

internacional, porém é uma empresa que possui outros focos, não sendo prioridade

as suas exportações, pois se tratando se sementes, é exportado apenas o

excedente.

Com exceção da empresa X2, que não tem foco no setor de comércio

internacional, pode-se perceber que o percentual de participação internacional das

empresas variam entre 8% a 12%, sendo uma ótima porcentagem para um mercado

que apenas está começando a crescer.

Tabela 1: As Principais Empresas no Setor de Comércio Exterior na Cidade de Não-Me-

Toque.

Fonte: Elaborado pela Acadêmica.

Não-Me-Toque tem grande capacidade, principalmente no setor industrial, e é

através do mesmo que conseguirá chegar ainda mais longe. Como citado acima, as

Page 47: Modelo Trabalho de Iniciação Científica (TIC)€¦ · oportunidades de trabalho na região, mostrando a real possibilidade em voltar para trabalhar na área de comércio exterior

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exportações são o “carro chefe” dos negócios internacionais da cidade, e isto ajuda

ainda mais, é um ótimo benefício, pois traz a moeda estrangeira para a economia da

cidade e faz com que a balança comercial permaneça positiva.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme pode-se observar no decorrer deste trabalho, o comércio

internacional é de suma importância nos dias de hoje, visto que nenhum país do

mundo consegue ser autossuficiente, sendo assim procuram satisfazer suas

necessidades comercializando internacionalmente.

Os países se moldam para produzir mais e melhor determinados produtos,

tornando-se especialistas em certas atividades, desta forma as empresas tornam

seus produtos competitivos e sua produção excedente é exportada.

Porém, deve-se notar que não é somente o excedente que faz o comércio

internacional existir. Existem outros fatores, como a atividade econômica e os

interesses políticos. Mesmo um país possuindo a matéria prima necessária, um

produto estrangeiro pode ter um preço mais baixo, e isso ser motivo para a compra

no mercado internacional.

Através da importação o país possui uma gama maior de opções de produto,

podendo existir ainda os benefícios de produtos com maior qualidade e preços mais

justos, também sendo conveniente para adquirir mercadorias de alta tecnologia. Já

nas exportações, como já citado no trabalho, estas geram o benefício da entrada de

moeda estrangeira e investimentos que contribuem para a economia interna.

A cidade de Não-Me-Toque, que é conhecida nos dias de hoje como a Capital

Nacional da Agricultura de Precisão, tem se destacado no setor de exportação, pois

sua produção de implementos agrícolas também ficou conhecida em outros países e

vem alavancando a cada ano que passa. Algumas empresas da cidade vem

conquistando prêmios no setor de exportação e destacando-se, fazendo com que a

cidade chame ainda mais atenção.

Por isso o presente trabalho foi realizado com o intuito de apresentar o

desenvolvimento do comércio exterior na cidade e identificar o ramo das empresas,

e desta forma foi constatado que as atividades predominantes são na área industrial

e agricultura.

Este trabalho contribuiu para a acadêmica tomar maior conhecimento das

atividades de comércio exterior na cidade de Não-Me-Toque, pois é perceptível o

crescimento do mesmo, bem como possibilitou um maior conhecimento da área de

atuação dentro do comércio, destacando-se as exportações. Também contribuiu

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para o estudo da possibilidade de futuros empregos na cidade, caso exista o

interesse da acadêmica em voltar às suas raízes.

A pesquisa elaborada foi viável devido às empresas disponibilizarem as

informações necessárias, servindo como fonte de pesquisa, e será de grande

aproveitamento para as mesmas que estão interessadas em verificar o crescimento

e como encontra-se o cenário do comércio internacional da cidade. A dificuldade foi

em encontrar dados mais atualizados da cidade no cenário econômico.

O presente trabalho ainda pode servir como fonte de estudo e pesquisa para

os acadêmicos que quiserem se aprofundar neste assunto e também servir como

fonte para as empresas, obtendo informações que podem ajudá-las a tomar

decisões, como por exemplo, ingressar ou não nesta área, se tem mercado para seu

produto e as vantagens e desvantagens que podem vir a ter.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. Governo do

Brasil. Exportação Brasileira: Principais blocos econômicos. Disponível em:

<http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=576>.

Acesso em: 09 nov. 2014ª

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APÊNDICES

Conforme combinado, segue abaixo as questões referentes às atividades de comércio exterior para o meu Trabalho de Conclusão de Curso para a Universidade do Vale do Itajaí.

Este trabalho tem como objetivo levantar informações sobre as empresas que atuam nas atividades de comércio exterior em Não-Me-Toque, destacando o ramo destas organizações, mostrando a capacidade da nossa. 01 - A empresa trabalha com importação e exportação? 02 - Quando a empresa começou a importar/exportar? 03 - Tem um departamento específico? 04 - Quantas pessoas trabalham neste departamento? 05 - Tem algum representante externo? 06 - A empresa possui parceiros fora do país? Em quais países? 07 - Qual a porcentagem que o comércio internacional ocupa hoje na empresa? 08 - Quais são as dificuldades enfrentadas? Tanto na importação quanto na exportação. 09 - Quais as vantagens de importar / exportar? 10 - Quais são os principais países parceiros? Tanto na exportação quanto na importação. 11 - Qual a visão que você tem do comércio exterior hoje, tanto no Brasil, como o comércio exterior em Não-Me-Toque? 12 - Quais são os principais produtos importados? 13 - Quais são os principais produtos exportados? 14 - Possui algum maquinário da fábrica importado? 15 - Por gentileza, caso tenha alguma informação para acrescentar que não foi questionada, sinta-se a vontade para me passar, pois todas as informações são bem vindas. Aguardo seu retorno! Desde já Agradeço. Atenciosamente; Susan Michele Horst. Fone: (47) 9688 4154

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Nome da estagiária Susan Michele Horst

Orientadora de conteúdo Profª. Esp. Dannielly Freitas Voges

Responsável pelo Estágio Profª. MSc. Natali Nascimento