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Universidade Federal da Bahia Escola de Belas Artes Docente: Luiz Alberto Ribeiro Freire Disciplina: EBA 010 - História da Arte Brasileira Data: 13 de junho de 2012 Discentes: Luise Cardoso Priscila Leal Rosemary Ferreira 1

Modernismo Na Bahia

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Universidade Federal da Bahia

Escola de Belas Artes

Docente: Luiz Alberto Ribeiro Freire

Disciplina: EBA 010 - História da Arte Brasileira

Data: 13 de junho de 2012

Discentes: Luise Cardoso

Priscila Leal

Rosemary Ferreira

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O Modernismo na Bahia  

S E M I N

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Á R I O

Exposição realizada da obra de Genaro de Carvalho no Museu de Arte da Bahia em 2010. www.google.com.br

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Introdução

3  Escola de Belas Artes - EBA - www.ufba.com.br

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Escola de Belas Artes - EBA - www.ufba.com.br

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Escola de Belas Artes

•  O Padrão de ensino era o mesmo da Academia de Paris;

•  Os alunos a desenhavam e pintavam a partir de reproduções;

•  Só veio sofrer modificações quando passou para UFBA;

•  O alunos que mais se destacavam ganhavam bolsa para estudar no exterior;

•  O premio Caminhoá;

•  Os artistas em destaque;

•  Oseas Santos, Pasqualle Chirico, Presciliano Silva e outros.

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José Guimarães - SCALDAFERRI, Sante.,1998.

José Tertuliano Guimarães

Ø  José Tertuliano Guimarães (1899 - 1969).

Pintor, gravador, ilustrador, desenhista. Pela

Escola de Belas Artes da Bahia, recebe o

Prêmio Caminhoá, ao concluir o curso Lopes

Rodrigues. Em setembro de 1928 com

pensão do governo, viaja para Paris e estuda

com Albert Laurens na Académie Julian.

Recebe o primeiro prêmio de composição

desta instituição e é admitido no Salon

Officiel des Artistes Français.

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   Ø  Quando retornavam, os artistas eram considerados pintores impressionistas e

tornavam-se professores da Escola de Belas Artes

Ø  Em maio de 1932, de volta a Bahia, realiza uma individual em Salvador no prédio

da A Tarde. Esta exposição, considerada o marco inicial do modernismo na Bahia,

teve crítica favorável, mas não agrada os artistas nem o público.

Ø  Entre os anos de 1932 e 1939, faz ilustrações em xilogravura para a

revista Seiva e Flama. É membro do Partido Comunista Brasileiro. Transfere-se

para o Rio de Janeiro, onde retoma seu antigo oficio de pintor de paredes, e

torna-se catedrático de Desenho no Colégio Pedro II.

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A Revista Seiva

•  Entre 1932 e 1939 faz

ilustrações para a Revista

Seiva e Flama;

•  Guimarães volta a morar no

Rio de Janeiro.

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Capa do catálogo da exposição de 1975 - SCALDAFERRI, Sante.,1998.

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Dorso de Mulher de José Guimarães - SCALDAFERRI, Sante.,1998.

MELO, Ana Carolina, 2003.

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Arte Moderna na Bahia

Ø  São quatro os acontecimentos mais importantes que definem o surgimento da arte

moderna na Bahia:

•  A atuação do pintor José Tertuliano Guimarães (1932);

•  A exposição coletiva organizada por Jorge Amado, Odorico Tavares e pelo paulista

Manoel Martins (1944);

• A exposição itinerante trazida pelo carioca Marques Rebelo, a convite de Anísio

Teixeira (1948);

•  E a exposição “Novos Artistas Baianos”, patrocinado pela revista de cultura,

Cadernos da Bahia (1950).

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Lygia Sampaio - SCALDAFERRI, Sante.,1998.

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•  Os salões de ala, ou a literatura e a arte a caminho da Modernidade;

•  A exposição de arte moderna e dos “ultramodernos”;

•  Entre o anjo azul e a biblioteca pública: a primeira geração de

modernos;

•  Novos artistas baianos e galeria Oxumaré: a primeira geração encontra

seu espaço;

•  Salão Baiano de Belas Artes;

•  A cidade e arte moderna da Bahia.

Os acontecimentos

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Paulo Gil Soares, Calasans Neto, Jorge Amado, Mário Cravo Júnior, Carlos Dantas, Glauber Rocha, Sante Scaldaferri, e José Valladares - SCALDAFERRI, Sante.,1998.

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1° geração de Modernistas da Bahia

Carlos Bastos

Ø  O pintor, ilustrador e cenógrafo Carlos Bastos

nasceu em Salvador em 1925. Iniciou sua carreira

como pintor na adolescência, ingressando na

Escola de Belas Artes da Bahia e posteriormente

na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de

Janeiro. Estudou ainda em Nova York, na Art

Student League, e em Paris, na École Nationale

Supérieure des Beaux-Arts e na Académie de la

Grande Chaumière.

Mulher ao Toucador 1949. Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

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Ø  Carlos Bastos é considerado um dos pioneiros do movimento modernista na Bahia

e no Brasil. Entre seus murais mais conhecidos, estão: Alegoria do Anjo, localizado

na Boite Anjo Azul (ponto de encontro da juventude intelectual da época), um dos

primeiros da arte muralista na Bahia; “Procissão do Bom Jesus dos Navegantes”,

localizado na Assembléia Legislativa; mural no Hotel Royer Collard, em Paris; entre

outros.

Ø  Ganhou o prêmio Jabuti de Ouro por ser considerado o melhor ilustrador no ano

de 1958. Jorge Amado o definiu como “o príncipe fugido da renascença para as ruas

da Bahia”. Do autor, ilustrou Bahia de Todos os Santos e Navegação de cabotagem.

Morreu aos 79 anos, no dia 12 de março de 2004, vítima de complicações causadas

por uma hérnia.

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Auto-Retrato 1943, Iemanjá 1988 e Negra com Torço 1988. Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

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Mario Cravo Júnior

Ø  Mario Cravo Júnior (Salvador BA 1923). Escultor, gravador, desenhista, professor.

Filho de um próspero fazendeiro e comerciante, executa suas primeiras esculturas entre

1938 e 1943, período em que viaja pelo interior da Bahia. Em 1945, trabalha com o

santeiro Pedro Ferreira, em Salvador, e muda-se para o Rio de Janeiro, estagia no

ateliê do escultor Humberto Cozzo (1900 - 1973).

Sem Título 1986. Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

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Ø  Realiza sua primeira exposição individual em 1947, em Salvador. Nesse ano, é aceito

como aluno especial do escultor iugoslavo Ivan Mestrovic (1883 - 1962) na Syracuse

University, no Estado de Nova York, Estados Unidos, e, após a conclusão do curso, muda-

se para a cidade de Nova York.

Ø  De volta a Salvador, em 1949, instala ateliê no largo da Barra. Em 1954, passa a

lecionar na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia - UFBA. Entre 1964 e

1965, mora em Berlim, patrocinado pela Fundação Ford. Retorna ao Brasil em 1966, ano

em que obtém o título de doutor em belas artes pela UFBA e assume o cargo de diretor do

Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM, posição que ocupa até 1967.

Ø  Em 1981 coordena a implantação do curso de especialização em gravura e escultura da

Escola de Belas Artes da UFBA. Em 1994, doa várias obras para o Estado da Bahia, que

passam a compor o acervo do Espaço Cravo, localizado no Parque Metropolitano de

Pituaçu, em Salvador.

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Parque de Pituaçu e Forma Vegetal , déc. 1950. Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

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Genaro de Carvalho

Ø  Genaro Antônio Dantas de Carvalho (Salvador BA 1926 - idem 1971). Tapeceiro,

pintor, desenhista. Inicia seus estudos de pintura com o pai. Em 1944, vai para o

Rio de Janeiro, e estuda desenho com Henrique Cavalleiro na Sociedade Brasileira

de Belas Artes. É considerado um dos principais ativistas pela renovação da arte na

Bahia.

Cacau, s.d. . Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

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Ø  Com bolsa de estudos do governo francês, Genaro embarca para Paris em 1949, lá

estuda com André Lhote e Fernand Léger na École Nationale de Beaux-Arts. Participa,

em 1950, dos Salões de Outono, de Maio e dos Independentes. Nesse mesmo ano,

inicia-se na arte da tapeçaria, realizando seu primeiro trabalho denominado Plantas

Tropicais. No ano de 1955, cria o primeiro ateliê de tapeçaria no Brasil, na cidade de

Salvador, Bahia.

Ø  Seu trabalho de maior destaque é o mural realizado para o salão interno do Hotel da

Bahia, obra com 200 metros quadrados, intitulada Festejos Regionais Bahianos. Em

1967, a Divisão de Cultura do Departamento de Estado Americano realiza o

documentário Genaro e a Tapeçaria Brasileira.

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Obelisco na Praça 1959 e Palmeiral da Ilha da Maré 1968. Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

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Lygia Sampaio

Ø  Desenhista, pintora, gravadora e ilustradora. Nasceu em 1928 - Salvador BA. Estuda

com o pintor Santa Rosa (1909-1956), em 1948 faz o curso livre de desenho e o primeiro

ano da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia – UFBA e 1949

frequenta o ateliê de Mario Cravo Júnior (1923).

Ø  Realiza um painel para o Departamento de Turismo da Prefeitura Municipal. Em 1949

integra, ao lado de Mário Cravo Júnior, Jenner Augusto (1924-2003) e Rubem Valentim

(1922-1991), o Grupo Renovador das Artes Plásticas Baianas, em 1982 torna-se

colaboradora atuante do Núcleo de Artes do Desenbanco. E1983 retorna às artes

plásticas, dedicando-se especialmente ao desenho, após ficar mais de vinte anos

afastada das atividades artísticas

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Pequena Bordadeira 1955 e Palma 1956. Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

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2° geração de Modernistas da Bahia

Calasans Neto

Ø  Artista regional, enraizado e apaixonado pela temática baiana, Calasans é

reconhecido internacionalmente pelas suas gravuras. No entanto, começou

estudando pintura no ateliê de Genaro de Carvalho, para somente depois

passar para a gravura, em metal, que estudou com Mário Cravo na Escola

Nacional de Belas Artes da Bahia; mas foi na madeira que sua obra chegou à

máxima expressão.

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Ø  Suas gravuras tem como tema a Bahia e seus mitos, e parecem tentar resgatar a

tradição das gravuras populares do nordeste. Calasans pintou várias séries

retratando a praia de Itapuã a partir de 1974, mas em toda a sua obra podemos

encontrar sóis, peixes, cabras, o mar, o farol, o povo, sempre carregados da

luminosidade baiana tão difícil de representar na madeira - e que acabam tornando a

própria matriz em uma obra de arte acabada. Na década de 80, Calasans retomou a

pintura, tão diferente da sua gravura quanto importante. Quadros coloridos onde o

homem não aparece, mas onde se pode ver a representação dos mitos de Calasans

de uma maneira mais viva e pungente.

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Obra sem título e 2 Cabras Reclinadas e o Verde Mar de Itapoan, 1981. Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

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Juarez Paraíso

Ø  Pintor, escultor , gravador, desenhista, ilustrador, Juarez Marialva Tito Paraíso é

membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte. Professor aposentado da

UFBA, já ministrou e coordenou dezenas de cursos livres. Ensaista e crítico de arte

realizou estudos sobre artistas baianos por vários anos. Nos anos 60 e 70 escreveu

artigos para os jornais A Tarde, Diário de Notícias e Tribuna da Bahia. Ainda na

década de 60, foi organizador e apresentador de dois programas de artes plásticas

na TV Itapoan.

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Ø  Juarez Paraíso participou de exposições coletivas na Bahia, no Brasil e no

exterior. Organizou a I e a II Bienal Nacional de Artes Plásticas da Bahia, é também

membro do Conselho de Cultura do Estado da Bahia. Foi Diretor da Escola de

Belas Artes da UFBa e é um dos criadores do Salão Nacional de Fotografia da

Bahia.

Ø  Já teve seus trabalhos reproduzidos em vários catálogos, jornais da Bahia e do

Brasil e em várias revistas, dentre elas: Mundo Hispânico, Revista da Cultura

Brasileira, Veja, Revista de Fotografia e Grafismo. Domina todas as técnicas das

Artes Plásticas e Gráficas.

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Obras sem título. www.expoart.com.br

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Sante Scaldaferri

Ø  Sante Scaldaferri é uma legenda das artes plásticas no Brasil. Baiano de Salvador,

fez exposições individuais e coletivas em diversos países do mundo. Passou por

diversos momentos estéticos sem fazer concessões, senão ao seu modo próprio de

fazer e enxergar a arte. Foi assistente de Lina Bo Bardi quando da implantação do

Museu de Arte Moderna da Bahia. Aliás, o MAM baiano e a Secretaria de Cultura do

Estado devem à sociedade uma grande exposição panorâmica da obra do artista.

Sante também participou do cinema novo, com Glauber Rocha e Nelson Pereira dos

Santos, como ator e cenógrafo e faz parte de uma das mais frutíferas gerações de

artistas baianos, a Geração MAPA.

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Mulher do Mangue 1958 e O Homem-porco Beija a Mulher-Porca 1982. Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

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Artistas Acadêmicos Presciliano Silva

Interior Bretão , 1908 . Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

Artistas Modernistas Carlos Bastos

A Outra Visão, 1993. Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

X

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Artistas Acadêmicos José Mirabeau Sampaio

Cristo , 1981 . Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

Artistas Modernistas Genaro de Carvalho

Ironildes no Dia do Seu Casamento com Buquet de Nidullarius

Innocentti  1970 . Enciclopédia Itaú Cultural e artes visuais

X

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Obrigada

[email protected];

[email protected];

[email protected].

Mario Cravo Júnior. www.google.com.br

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36  Rubem Valentim – Museu de Arte Moderna. www.google.com.br

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Referências Bibliográficas

•  SCALDAFERRI, Sante. Os primórdios da arte moderna na Bahia; depoimentos, texto e

considerações em torno de José Tetuliano Guimarães e outros artistas. Salvador: Museu de Arte

Moderna da Bahia, 1998;

•  MELO, Ana Carolina Bezerra de. Arte Moderna da Bahia: processo histórico-artístico. Mestrado

UFBA. Salvador, 2003;

•  BARBOSA, Juciara Maria Nogueira. Descompasso: como e porque o modernismo tardou a

chegar na Bahia. V ENECULT - Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura – UFBA. 2009;

•  FLEXOR, Maria Helena Ochi. XXII Colóquio Brasileiro de História da Arte – Historiografia das

Artes Plásticas da Bahia. CBHA, 2002;

•  Disponível em <http://www.cbha.art.br/coloquios/2002/textos/texto29.pdf> Acesso em 10 de jun.

2012;

•  FLEXOR, Maria Helena Ochi. Raizes da Arte Moderna na Bahia/Brasil. Extraido do Artelogie.

2011. Disponível em <http://cral.in2p3.fr/artelogie/spip.php?article75> Acesso em 10 de jun. 2012;

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Gerações de modernistas da Bahia. Disponível em:

• h t t p : / / w w w. i t a u c u l t u r a l . o r g . b r / a p l i c E x t e r n a s / e n c i c l o p e d i a _ I C / i n d e x . c f m ?

fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=1334&cd_idioma=28555;

•  http://www.jorgeamado.dreamhosters.com/?page_id=687 Acesso em 15, 28 e 29 de jun. 2012.

•  http://ibahia.globo.com/revistacultural/noticia/default.asp?codigo=238560;

•  http://fbcu.com.br/2008/info_nacional/infoacidade1.htm;

• http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/04/revista%20da%20bahia/Artes

%20Plasticas/entre.htm;

•  http://www.expoart.com.br/artigos/?idt1=164 Acesso em 16 de jun. 2012.