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COMISSÃO EUROPEIA Modernização da contabilidade da UE Melhor informação de gestão e maior transparência O guia do novo sistema de informação financeira da UE

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COMISSÃO EUROPEIA

Modernização da contabilidade da UEMelhor informação de gestão

e maior transparência

O guia do novo sistema de informação financeira da UE

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Melhor gestão dos fundos públicos

Dispor de uma informa-ção fi nanceira de elevada qualidade é essencial para uma gestão efi caz no sec-tor público.

Após a reforma da sua contabilidade em 2005, a União Europeia aposta agora na criação de um sis-tema de informação fi nan-ceira de nível mundial. No centro da reforma, encon-

tra-se a transição de um sistema tradicional de contabili-dade de caixa para um sistema mais preciso e efi ciente de contabilidade de exercício.

Não é uma mera mudança técnica. É uma mudança profunda na cultura de gestão, vital para assegurar o controlo efi caz das despesas, minimizar os riscos de erros ou irregularidades e melhorar a gestão quotidiana dos fundos da UE.

Creio sinceramente que estas melhorias produzirão um efeito visível a longo prazo no desempenho da UE e, consequentemente, trarão benefícios concretos aos seus cidadãos.

Dalia GrybauskaitėComissária responsável pela Programação Financeira e Orçamento

Responsabilidade e transparência

A utilização pela Comis-são Europeia das normas internacionais de conta-bilidade do sector público no desenvolvimento das suas novas regras de con-tabilidade é uma etapa importante na reforma da gestão fi nanceira no sen-tido de uma informação fi nanceira completamente transparente.

A Federação dos Contabilistas Europeus recomenda vivamente a utilização da contabilidade de exercício pelos governos e entidades de sector público, dado que esta aumenta a responsabilidade e a transparência da informação fi nanceira e fornece a melhor informação para fi ns de planeamento e de gestão.

Esperamos que o exemplo da UE e das entidades públi-cas e governos que já introduziram normas semelhantes incentive outros a fazê-lo, daí resultando uma informa-ção fi nanceira mais transparente, clara e comparável no sector público dentro e fora da Europa.

David DevlinPresidente da Federação dos Contabilistas Europeus

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Breve explicação da contabilidade de exercício

Contabilidade de caixa e contabilidade de exercício

É mais fácil explicar a contabilidade de exercício com-parando-a com a contabilidade de caixa tradicional:

• Na contabilidade de caixa, as transacções só são regis-tadas quando ocorre um pagamento ou um recebi-mento. Ao contrário da contabilidade de exercício, a contabilidade de caixa não faz distinção entre a compra de um activo e o pagamento de uma despesa: ambos são simples «pagamentos».

• Na contabilidade de exercício, as transacções são reco-nhecidas quando têm lugar: se um projecto fi nanciado pela UE enviar um pedido de pagamento em Dezem-bro, este é registado nesse mês, mesmo que o paga-mento seja efectuado no ano seguinte.

• Na contabilidade de exercício, as transacçõeNa ntab dad de exerc cio as ransacções são reconhecidas quando têm lugar: se um projenhenhecidas qdas quandoando têmtêm lugalugar: ser: se umum prm projecto fi nanciadopela UE enviar um pedido de papelapela UE enE enviar uiar um pm pediddido deo de pagamento em Dezem-bro, este é registado nebrobro, este é te é regisegistado do nesse mês, mesmo que o paga-mento seja efectumentento seja eeja efectuado no ano seguinte.

Vantagens da contabilidade de exercício

Panorâmica completa do activo e do passivo

Perspectiva plurianual das demonstrações fi nanceiras

Visão analítica dos movimentos contabilísticos

Contabilidade de exercício no sector público: uma perspectiva globalPaíses da OCDE que baseiam as demonstrações fi nanceiras consolidadas na contabilidade de exercício (1):

Gestão e tomada de decisão mais efi cazes através de uma melhor informação

Auditorias mais efi cazes graças a registos claros e coerentes

Controlo político mais apertado devido à melhor visão do impacto fi nanceiro das políticas

Menor risco de erros nos pagamentos a benefi ciários

1

(2) (2)

Austrália Canadá Finlândia França

Grécia Nova Zelândia Suécia Suíça

Reino Unido Estados Unidos Islândia Itália

(1) Fonte: Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE).

(2) Contabilidade de exercício com alguns elementos de contabilidade de caixa.

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Contabilidade da UE: panorâmica geralp gp gppp gggg

Contabilidade da UE: Sabia que…

O sistema de contabilidade da UE regista cerca de 1 450 000 pagamentos por ano?

As contas da União Europeia servem dois objec-tivos principais: primeiro, mostram à autori-dade orçamental da UE (ou seja, ao Parlamento Europeu e ao Conselho da UE, que é composto pelos governos dos Estados-Membros), bem como aos cidadãos, a forma como o orçamento aprovado foi executado durante o ano (contabi-lidade orçamental de caixa).

Segundo, apresentam as demonstrações fi nancei-ras anuais das instituições, incluindo o balanço, que descrevem a situação fi nanceira da UE, com todos os activos e passivos, em 31 de Dezembro (contabilidade geral de exercício).

-,

mo o

Contabilidade geral

Mostra todas as despesas e receitas do exercício orçamental (resultado económico), destinando-se a estabelecer a situação fi nanceira das instituições (balanço). Baseia-se, desde 2005, numa contabilidade de exercício.

Contabilidade orçamental

Fornece uma imagem pormenorizada de como o orçamento anual foi gasto e baseia-se na contabilidade de caixa.

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A reforma do sistema ABAC

A reforma do sistema ABAC (Accrual Based Accoun-ting — contabilidade de exercício) faz parte do esforço global de modernização da gestão fi nanceira da UE rea-lizado pela Comissão. Em Dezembro de 2002, a Comis-são apresentou um ambicioso plano de acção que visava, em apenas dois anos, passar para um sistema de contabilidade geral de exercício a partir de 2005. Como previsto, em Janeiro de 2005 passou a aplicar-se o novo sistema de contabilidade, tendo entrado em vigor um novo conjunto de regras contabilísticas.

Normas internacionaisAs novas regras baseiam-se nas normas internacionais de contabilidade do sector público (IPSAS — Interna-tional Public Sector Accounting Standards) e, relativa-mente aos factos contabilísticos ainda não abrangidos por estas, nas normas internacionais de contabilidade IAS (International Accounting Standards) e nas normas internacionais de informação fi nanceira (IFRS — Inter-national Financial Reporting standards).

Tecnologias da informaçãoA arquitectura do sistema informático, um elemento crucial do sistema contabilístico da UE e da reforma, foi globalmente reformulada para assegurar que todos os factos contabilísticos são devidamente registados quando têm lugar e não somente os movimentos de caixa. O resultado fi nal foi a preparação das contas anu-ais de 2005 com base nas novas regras contabilísticas.

Contas da UE e declaração de fi abilidade (DAS)

A declaração de fi abilidade (ou DAS, de déclaration d’assurance) é emitida anualmente pelo Tribunal de Contas Europeu. Na DAS, o Tribunal emite o seu parecer sobre duas questões separadas:

1) se as contas da UE são fi áveis;

2) se a totalidade das transacções subjacentes eram efectivamente legais e correctas (por exemplo, se o benefi ciário recebeu o montante correcto a tempo).

Desde a primeira DAS, em 1994, o Tribunal declarou as contas da UE fi áveis (1) com reservas, referindo-se principalmente aos pré-fi nanciamentos (ou seja, aos adiantamentos a benefi ciários de ajudas da UE), que devem ser registados como dívidas perante a UE, caso o projecto não esteja terminado. Esta questão é resolvida a partir de 2005 com a introdução de contabilidade de exercício.

(1) Por outro lado, nas sucessivas DAS o Tribunal não pôde, até agora, emitir um parecer positivo sem reservas quanto à regularidade de algumas transacções (segunda questão), o que muitas vezes é erradamente interpre-tado como um parecer negativo sobre as contas propriamente ditas.

Reunião da Comissão de Controlo Orçamental do Parlamento Europeu com os membros do Tribunal de Contas Europeu, Luxemburgo, Maio de 2005.

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Fluxo de trabalho fi nanceiro

Sistemas informáticos: segurança e funcionalidade

Os sistemas informáticos são as artérias em que a infor-mação contabilística circula, é analisada e armazenada. Um dos elementos cruciais da reforma é a reformula-ção global das soluções existentes a nível dos sistemas informáticos.

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O utilizador inscreve as operações fi nanceiras no sistema integrado com base na web

Armazém de dados

• Relatórios• Gestão

Os dados conciliados são enviados para um único armazém de dados

SWIFT (2)• Pagamentos• Cobrança de receitas

Informação melhorada e mais completa sobre as contas da UE

Menor risco de erros nos pagamentos a benefi ciários

Sistemas de gestão fi nanceira ABAC:

• Contratos• Fluxo de trabalho orçamental• Fluxo de trabalho de exercício

(facturas, garantias, pré--fi nanciamentos)

• Inventário dos activos • Contracção e concessão

de empréstimos

• Parlamento Europeu• Governos nacionais• Cidadãos da UE

O utilizador inscreve

• Fl• Fl

(f-fi

• In• Co

de

(1) SAP: importante fornecedor de programas informáticos de contabilidade empresarial e pública,

é uma marca registada.

(2) SWIFT: cooperativa do sector fi nanceiro que fornece serviços de mensagens e programas de

interface a 7 800 instituições fi nanceiras (tais como bancos) em mais de 200 países.

Contabilidade ABAC(corre em aplicação SAP) (1)

Novas funcionalidades:• Armazenamento de dados mais efi ciente e seguro• Controlo/seguimento de dados mais fácil, permitindo um melhor

controlo da utilização dos fundos da UE• Novos fi cheiros de entidade jurídica• Dados contabilísticos integrados sobre os activos• Contabilidade analítica• Funcionalidades de gestão de projectos

RESULTADO: CONTABILIDADE DE EXERCÍCIO INTEGRAL

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Contabilidade ABAC: mais possibilidades

Uma razão geral adequada à contabilidade de exercício, com novos elementos tais como:

— pré-fi nanciamentos— garantias— facturas.

Informações fi nanceiras

Contabilidade de custos

Sistema de projectos

Gestão de fundos

Contracção e concessão de empréstimos

Créditos/dívidas Contabilidade dos activos

ContabilidadeABAC

Este módulo inclui os novos fi cheiros de entidades jurídicas, que registam todos os terceiros com quema Comissão tem relações fi nanceiras, bem como as respectivas contas bancárias.Também permite à Comissão defi nir com exactidão a sua situação fi nanceira relativamente aos seus parceiros, contratantes, devedores, etc.

Serve para gerir o orçamento aprovado e operações relativas, por exemplo, verifi cando a disponibilidade de fundos.

Este sistema recolhe a informação contabilística sobre os activos da UE. Enquanto no passado cada centro de gestão tinha o seu próprio sistema de elaboração de relatórios fi nanceiros, agora os dados estão inteiramente integrados.

Esta nova ferramenta permite aceder à repartição de custos por direcção-geral e por domínio de intervenção.

Uma ferramenta de gestão de projectos plurianuais utilizada pelo Centro Comum de Investigação.

O módulo fi nanceiro empresarial (CFM) trata da contracção e concessão de empréstimos pela Direcção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros fora do orçamento da UE.

Gestãde fu

Crédit

pdisponibilidade de fundos.

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Contas anuais

As contas anuais de 2005 foram as primeiras preparadas com base na contabilidade de exercício. Pode encontrar aqui uma selecção dos principais quadros e números.

1. Resultado da execução orçamental

O resultado da execução orçamental anual descreve a forma como o orçamento foi dispendido. Representa a diferença entre as receitas totais cobradas nesse ano e os pagamentos totais efectuados relativamente às dota-ções desse ano, com alguns ajustamentos.

Melhor taxa de execução orçamental

Em 2005 o excedente foi de apenas 2,3% do orçamento total. O número fi nal resultou de dois factores:• receitas superiores ao previsto, que aumentaram o excedente;• boa execução do orçamento (recorde de 99%),

que diminuiu o excedente.

Os Tratados da UE exigem que, todos os anos, o orçamento seja equilibrado. O excedente anual é inscrito no orçamento do ano seguinte, reduzindo desta forma as contribuições a pagar pelos Estados-Membros.

Quando as demonstrações fi nanceiras apresentam um valor negativo (por exemplo, um pagamento) este é mostrado entre parênteses.

Milhões de euros

Receitas do exercício 107 091

Pagamentos relativos a dotações de 2005 (103 548)

Dotações de pagamento transitadas para 2006 (1) (2 687)

Dotações de pagamento da EFTA transitadas de 2004 (91)

Anulação de dotações de pagamento não utilizadas transitadas de 2004

1 519

Diferenças cambiais do exercício 41

Resultado da execução orçamental 2 415

(1) Os recursos orçamentados durante um dado ano só podem transitar para o ano

seguinte em condições muito restritas.

100 %

95 %

90 %

85 %

80 %

75 %2001 2002 2003 2004 2005

6

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Milhões de euros

Receitas 107 890• Receitas de recursos próprios e contribuições 103 964• Receitas de funcionamento (incluindo coimas,

recuperação de despesas, receitas provenientes da gestão administrativa) 3 926

Despesas 107 597• Despesas administrativas 6 127• Despesas operacionais (1) 101 470

Excedente das actividades operacionais 293

(Défi ce) das actividades não operacionais (2) (8 014)

Parte do (défi ce) líquido de empresas associadas e comuns (3)

(91)

(Défi ce) das actividades correntes (7 812)

Resultado económico do exercício (7 812)

(1) Cobre todas as principais despesas da UE, tais como os fundos de coesão e estruturais, subvenções para a investigação, etc.(2) Esta linha inclui os resultados das operações fi nanceiras de 30 milhões de euros e a variação da estimativa do valor total dos direitos a pensão do pessoal da UE (8 044 milhões de euros), que tem de constar das contas, embora a receita correspondente só seja coberta pelos orçamentos futuros e não conste do presente (ver glossário: princípio da prudência).(3) Investimentos no Fundo Europeu de Investimento e no programa europeu de navegação por satélite (Galileu).

2. Conta de resultados económicos

Esta demonstração fi nanceira inclui todas as receitas e despesas incorridas durante o ano, mesmo que o res-pectivo movimento de caixa só venha a ter lugar em anos posteriores.

Sabia que…

No total, 76% das despesas da UE são delegadas nos Estados-Membros no âmbito da chamada gestão partilhada.

O resultado económico do exercício é o refl exo dos princípios da contabilidade de exercício, segundo o qual as despesas (incluindo as estimativas a longo prazo) são reconhecidas antes das receitas. O resultado fi nal corresponde às despesas que os Estados-Membros pretendem realizar, e que deverão cobrir nos anos seguintes. Não deve ser confundido com o défi ce dos orçamentos nacionais (ou seja, quando num dado ano as despesas são superiores às receitas); na verdade, em 2005 o orçamento da UE registou um excedente que foi devolvido aos Estados-Membros (ver p. 6).

Gestão centralizada (pela Comissão): 22%

Gestão descentralizada e conjunta (delegada nos países

terceiros ou nas organizações internacionais): 2%

Gestão partilhada: 76%

As fontes das receitas em 2005:

• 66% taxa uniforme aplicada ao rendimento nacional bruto dos países da UE;

• 15%: taxa uniforme aplicada à base do IVA de todos os países da UE;

• 13%: direitos aduaneiros, direitos agrícolas e quotizações sobre o açúcar;

• 6%: montantes não despendidos em anos anteriores, contribuições do pessoal da UE, etc.

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Milhões de euros

Activo imobilizado 31 415• Imobilizações incorpóreas 27• Imobilizações corpóreas 4 141• Investimentos 1 874• Empréstimos 2 397• Pré-fi nanciamentos a longo prazo 22 732• Créditos a longo prazo 244

Activos circulantes 27 291• Existências 126• Investimentos a curto prazo 1 440• Pré-fi nanciamentos a curto prazo 6 633• Créditos a curto prazo 7 238• Caixa e equivalentes de caixa 11 854

Total do activo 58 707

Passivo a longo prazo 38 026• Benefícios sociais do pessoal 33 156• Provisões para riscos e encargos 1 097• Dívidas fi nanceiras 1 920• Outras dívidas a longo prazo 1 853

Passivo a curto prazo 82 825• Provisões para riscos e encargos 275• Dívidas fi nanceiras 22• Credores 82 528

Total do passivo 120 851

Activo líquido (62 145)

O activo líquido é representado por: Reservas 2 808 Montantes a solicitar aos Estados-Membros, (64 953) dos quais: • pensões do pessoal (longo prazo) (33 156) • outros montantes (31 797)

3. Balanço

O balanço fornece uma descrição do activo e passivo no fi nal do exercício. O activo é apresentado segundo a sua liquidez (ou seja, a sua convertibilidade potencial em dinheiro); o passivo é apresentado na medida em que é devido.

Exemplos de activo imobilizado:

• imobilizações incorpóreas (por exemplo, programas informáticos);• imobilizações corpóreas — imóveis, equipamentos, etc.;• investimentos — Fundo de Garantia, Fundo Europeu de

Investimento, empresas comuns (por exemplo, programa Galileu);• pré-fi nanciamentos a longo prazo (por exemplo, adiantamentos

dos fundos estruturais para os Estados-Membros).

Exemplos de activos circulantes:

• existências — tais como materiais e equipamento científi co do Centro Comum de Investigação, edições do Serviço das Publicações;

• investimentos a curto prazo — valores mobiliários disponíveis para venda;

• pré-fi nanciamentos a curto prazo — adiantamentos a benefi ciários por apurar;

• créditos a curto prazo — por exemplo, montantes de recursos próprios devidos pelos Estados-Membros);

• caixa e equivalentes de caixa — todos os fundos que a Comissão mantém nas suas contas bancárias, incluindo montantes «congelados» à ordem de processos pendentes no Tribunal.

Exemplos de passivo a longo prazo:

• direitos a pensão futuros do pessoal da UE (benefícios sociais);• desmantelamento de instalações nucleares (provisões para riscos

e encargos).

O passivo a curto prazo inclui as despesas elegíveis realizadas por benefi ciários de fundos da UE (dívidas).

O activo líquido da UE refl ecte a aplicação das regras e princípios da contabilidade de exercício (por exemplo, o princípio da prudência — ver glossário) a uma entidade pública que fi nancia as suas actividades não através de imobilizações corpóreas, mas sim, sobretudo, através do direito de cobrar receitas (recursos próprios) aos Estados--Membros. Assim, o activo líquido corresponde a despesas já incorridas, cujas receitas correspondentes serão cobradas posteriormente, antes de se ter de proceder ao pagamento efectivo. Estas despesas só foram realizadas porque os Estados-Membros se comprometeram a fi nanciá-las.

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GlossárioGlossárioGlossárriooABAC (Accrual Based Accounting — contabilidade

de exercício): acrónimo do projecto da Comissão Europeia que visa a passagem de uma contabilidade de caixa para um novo sistema de contabilidade de exercício, designando igualmente o novo sistema introduzido (ver p. 3 a 5).

Activos: recursos controlados por uma entidade, em consequência de eventos passados, dos quais a enti-dade espera obter benefícios económicos futuros ou serviços potenciais.

Contabilidade de caixa: sistema de contabilidade que só regista transacções na sequência de um movimento de caixa (ver p. 1).

Contabilidade de exercício: sistema de contabilidade que reconhece «os factos geradores» em vez das transferências de tesouraria (ver p. 1).

DAS (de déclaration d’assurance): declaração de fi abilidade das contas da UE e respectivas transacções subjacentes, emitida pelo Tribunal de Contas Europeu (ver p. 3).

Dotações: fundos previstos no orçamento. O orçamento prevê tanto autorizações (compromissos legais de fi nanciamento — designados por «dotações de auto-rização») como pagamentos (transferências de tesou-raria ou bancárias a favor dos benefi ciários — «dota-ções de pagamento»). Frequentemente as dotações de autorização e de pagamento diferem porque em geral os projectos e programas plurianuais são autorizados no ano em que o fi nanciamento é decidido, vindo a ser pagos durante vários anos, à medida que a execu-ção dos programas e projectos vai progredindo.

Passivos: obrigações actuais da entidade, decorrentes de eventos passados, prevendo-se que a sua regularização implique um dispêndio de recursos da entidade.

Pré-fi nanciamento: pagamentos que visam facultar ao benefi ciário um adiantamento para realização de um projecto (um «fundo de maneio»); segundo a contabi-lidade de exercício, é lançado como um activo porque não é uma despesa defi nitiva até que as condições con-tratuais relevantes sejam verifi cadas (ver p. 3 e 8).

Princípio da prudência: princípio contabilístico segundo o qual os activos e receitas não devem ser sobreavalia-dos e os passivos e encargos não devem ser subavaliados (ver p. 8). Por este motivo, a contabilidade de exercício reconhece as despesas antes das receitas.

Recursos próprios: montantes pagos automaticamente ao orçamento da União Europeia, nos termos dos Tratados e da legislação de execução, sem a necessidade de qual-quer decisão subsequente das autoridades nacionais.

Espera-se que o novo sistema de contabilidade, em especial graças à melhoria do fl uxo de trabalho fi nanceiro e da maior efi cácia na gestão dos projectos, facilite o pagamento dos fundos da UE aos benefi ciários e diminua o risco de erros.

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Para mais informações sobre as contas da UE, orçamento, programação financeira e contabilidade:

Orçamento da UE: http://ec.europa.eu/budget/index.htm

Comissária Dalia Grybauskaitė: http://ec.europa.eu/commission_barroso/grybauskaite/index.htm

Direcção-Geral do Orçamento: http://ec.europa.eu/dgs/budget/index.htm

Federação dos Contabilistas Europeus: http://www.fee.be

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Fotografias: Digital VisionLtd, p. 9; Getty lmages, capa; Comunidades Europeias , p. 2, 3, 4, 5.

Encontram-se disponíveis numerosas outras informações sobre a União Europeia na rede Internet, via servidor Europa (http://europa.eu)Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 2008ISBN 978-92-79-08694-6© Comunidades Europeias, 2008Reprodução autorizada mediante indicação da fontePrinted in BelgiumIMPRESSO EM PAPEL BRANQUEADO SEM CLORO

KV-30-08-308-PT-C

ISBN 978-92-79-08694-6

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