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Módulo 1
Aprender a aprender:
Autonomia e estratégias de aprendizagem
Unidade 1Conceito de
Autonomia
«Autonomia» e «independência» são termos usados nas discussões e textos relacionados com o foro da aprendizagem como sinónimos. Na verdade, ambos implicam que aquele que aprende, o aprendente (do Inglês learner), tem um grau de controlo maior sobre o conteúdo e métodos da aprendizagem do que é usual no contexto clássico de ensino e formação.
Tem-se defendido que todo o tipo de aprendizagem é, em última análise, autónoma visto que depende essencialmente do esforço do indivíduo.
Proporcionar uma maior liberdade e ajudar as pessoas a aperceberem-se da sua capacidade de autonomia pode melhorar a motivação e a qualidade da aprendizagem.
Autonomia não é sinónimo de «aprendizagem solitária», nem mesmo de «autoformação», o que implica que não seja apenas possível em sistemas de ensino/formação abertos e de livre acesso.
A aprendizagem continua a ser um processo social interactivo e, se optarmos por uma forma de aprendizagem «solitária» teremos naturalmente de criar dentro de nós uma forma de substituir a dinâmica interpessoal que é criada no ambiente de aprendizagem em grupo.
Definiria «autonomia» como a capacidade de distanciamento em relação às actividades de aprendizagem, levando a uma reflexão crítica sobre o próprio processo de aprendizagem, passando pela consciência das estratégias pessoais através das quais melhor se chega a objectivos.
Teresa Lopes 2002
Esta capacidade envolve ainda a tomada de decisão quanto às metas a atingir e ao melhor meio de atingi-las, o que levará desejavelmente a uma acção independente. Por fim, mas de enorme importância, uma relação psicológica saudável com o processo e conteúdo da aprendizagem é essencial para que cada um gira a sua própria liberdade.
Autonomia poderá então ser definida como a capacidade e a vontade de fazer escolhas independentes tanto no que se refere à aprendizagem como à própria vida, estando necessariamente subjacentes a essa «vontade» a motivação e autoconfiança.
Faça agora um pequeno teste de autodiagnóstico para saber se é um aprendente autónomo.
Encontra-o na plataforma em formato Word
E porque falar de AUTONOMIA
sem falar de APRENDIZAGEM
não faz sentido...
Reflectindo sobre a nossa própria experiência construímos um entendimento pessoal do mundo que nos rodeia.
Criamos «regras» e «modelos mentais» que usamos para interpretar a experiência.
A aprendizagem é o processo de ajustamento do nossos modelos mentais para incluir e organizar novas experiências.
Esta é a teoria dos CONSTRUTIVISTAS
Unidade 1Sobre Aprendizagem (1):
– qualquer modificação ou alteração relativamente estável do comportamento ou do conhecimento que surge em consequência do exercício, experiência, treino ou estudo.
Só há aprendizagem quando se verifica a aquisição ou a alteração de um comportamento ou conhecimento.
« (...) No fundo, somos todos aprendizes. Não é preciso ensinar uma criança a aprender. Elas são intrinsecamente curiosas, excelentes aprendizes, que aprendem a andar, falar e viver por conta própria. (...) Aprender não só faz parte da natureza humana (...) – nós adoramos aprender (..)»
Sobre Peter Senge
Unidade 1Sobre Aprendizagem (2):
Senge, Peter M. (1990)
Unidade 1Sobre Aprendizagem (3):
«Aprender (...) não significa adquirir mais informação, mas expandir a capacidade de produzir os resultados que verdadeiramente desejamos na vida.»
Senge, Peter M. (1990)
Unidade 1Sobre Aprendizagem (4):
Ora,
« (...) absorver informação tem uma relação muito distante com aprendizagem real».
Ainda segundo Senge:
«(...) na linguagem do dia-a-dia aprender tornou-se sinónimo de “absorver informação”».
E acrescenta:
Não faria qualquer sentido dizer «Li um grande livro sobre ciclismo – agora aprendi a andar de bicicleta.»
Unidade 1Sobre Aprendizagem (4):
tornamo-nos capazes de fazer algo que antes
nunca havíamos sido capazes de fazer
recriamo-nos a nós mesmos
repercebemos o mundo e a
nossa relação para com ele
aumentamos a nossa capacidade de criar, de ser parte do processo gerativo da vida
Unidade 1
Desenvolver capacidades de
autonomia
Prepare-se para estudar
Tempo defina bem o tempo que vai gastar a estudar. E cumpra-o!
Espaço arranje um local onde se sinta confortável para estudar.
Planeamento planeie o que vai estudar antes mesmo de começar.
Anotações faça apontamentos à margem ou até num caderno.
Gestão do tempo
Separe o trabalho do lazer
Não adie o que não gosta de fazer
Não seja inflexível
Aproveite todos os momentos
Antecipe o que conseguir
O que não dá, não dá!
Esquecimentos
Tanta coisa!
Falta de produtividade
Cansaço
Tudo para ontem
Indecisão
Problemas
Talvez fosse interessante ler algumas dicas sobre «Gestão do stress». Estão no stress em formato Word
Faça um
plano de estudo...
Abrangente deve incluir tudo, até as horas de repouso e lazer.
Personalizado tendo em conta o seu próprio ritmo.
Equilibrado Tenha cuidado para não planear demasiadas coisas na véspera de eventos importantes. Procure distribuir bem as tarefas pelos dias.
Um plano deve ser
Flexível deve ser feito para o ajudar e não para lhe causar sentimentos de frustração.
Realista se sabe à partida que não vai conseguir cumprir determinado prazo, não vale a pena comprometer-se.
Estabelecer objectivos
Enumerar actividades
Esquematizar prioridades
Criar planos de contingência
Elaboração de um
plano
Tem na plataforma em formato Word um SUMÁRIO SEMANAL DE ACTIVIDADE, que pode ajudá-lo a gerir o seu tempo
Diário
Semanal
Mensal
Anual
O seu plano pode ser:
Para «absorver» melhor a informação
Repetição
Palavras-chave
Imagens mentais
Elaboração progressiva
Iniciais
Associação afectiva
Técnicas de memorização
Ligações afectivas
Utilidade
Compreensão
Esquematização e visualização
Necessidade e Urgência
O que influencia a memorização
Vantagens dos Apontamentos
Facilitam a memorização
Poupam tempo
Se feitos no computador, podem ser utilizados para posteriores trabalhos (copy/paste)Ajudam aos hábitos de escrita e de verbalização de ideias
Palavras-chave
Tópicos
Resumos
Esquemas
Tipos de apontamentos
Pessoais
Claros
Adaptáveis
Curtos
Precisos
Apelativos
Os apontamentos devem ser
Onde? O melhor é arranjar um caderno. Folhas soltas perdem-se.
Depois passar no computador.
Como? Deixe espaço entre os apontamentos.
Faça uma letra minimamente legível
Divida as páginas em diferentes áreas, deixando uma coluna para as palavras-chave, outra para observações e uma principal para os tópicos ou texto dos apontamentos.
Os seus apontamentos
Unidade 1Bibliografia / Links (1)
Bibliografia
– O que é autonomia
http://ec.hku.hk/autonomy/what.html
– Teorias de aprendizagem (incluíndo construtivismo)
-http://www.funderstanding.com/constructivism.cfm
Se não conseguir aceder através do link faça copy/paste do endereço para o seu browser
Senge, Peter M., The Fifth Discipline: The Art & Practice of The Learning Organization, Doubleday, Nova iorque, 1990.
Senge, Peter M., A Quinta Disciplina: Arte, Teoria e Prática da Organização de Aprendizagem, Ed. Best Seller/Dinalivro, 2002.
Senge, Peter, A Dança das Mudanças, Campus/Dinalivro, 2002.