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Projeto Institucional Edital nº 015/2010/CAPES/DED Fomento ao uso de tecnologias de comunição e informação nos cursos de graduação Álgebra Linear Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços Vetoriais Jossana Ferreira

Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

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Projeto Institucional

Edital nº 015/2010/CAPES/DEDFomento ao uso de tecnologias de comunição e informação nos cursos de graduação

Álgebra Linear

Módulo 1Matrizes e Sistemas de Equações LinearesEspaços Vetoriais

Jossana Ferreira

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Jossana Ferreira

Módulo 1Matrizes e Sistemas de Equações LinearesEspaços Vetoriais

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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzidasem a autorização expressa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Catalogação da publicação na fonte. Bibliotecária Verônica Pinheiro da Silva.

Governo Federal

Presidenta da RepúblicaDilma Vana Rousseff

Vice-Presidente da RepúblicaMichel Miguel Elias Temer Lulia

Ministro da EducaçãoFernando Haddad

ReitoraÂngela Maria Paiva Cruz

Vice-ReitoraMaria de Fátima Freire Melo Ximenes

Secretária de Educação a DistânciaMaria Carmem Freire Diógenes Rêgo

Secretária Adjunta de Educação a DistânciaEugênia Maria Dantas

Pró-Reitoria de GraduaçãoAlexandre Augusto de Lara Menezes

Comitê GestorPresidenteAlexandre Augusto de Lara Menezes

Coordenação geralApuena Vieira Gomes

Coordenadores Apuena Vieira Gomes/CE Adir Luiz Ferreira/CEGleydson de Azevedo Ferreira Lima/SINFOMarcos Aurélio Felipe/CEMaria Carmozi de Souza Gomes/PROGRADRex Antonio da Costa de Medeiros/ECT

Coordenador de Produção de Materiais Didáticos

Marcos Aurélio Felipe

Projeto Gráfi co

Ivana Lima

Revisores de Estrutura e Linguagem

Eugenio Tavares Borges

Janio Gustavo Barbosa

Jeremias Alves de Araújo

Kaline Sampaio de Araújo

Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade

Thalyta Mabel Nobre Barbosa

Revisoras de Língua Portuguesa

Cristinara Ferreira dos Santos

Emanuelle Pereira de Lima Diniz

Janaina Tomaz Capistrano

Revisora das Normas da ABNT

Verônica Pinheiro da Silva

Revisora Técnica

Rosilene Alves de Paiva

Ilustradores

Adauto Harley

Anderson Gomes do Nascimento

Carolina Costa de Oliveira

Dickson de Oliveira Tavares

Leonardo dos Santos Feitoza

Roberto Luiz Batista de Lima

Rommel Figueiredo

Diagramadores

Ana Paula Resende

Carolina Aires Mayer

Davi Jose di Giacomo Koshiyama

Elizabeth da Silva Ferreira

Ivana Lima

José Antonio Bezerra Junior

Luciana Melo de Lacerda

Rafael Marques Garcia

Secretaria de Educação a Distância (SEDIS)

FICHA TÉCNICA

Ferreira, Jossana.

Álgebra Linear: módulo I / Jossana Ferreira. – Natal: EDUFRN, 2011.

204 p.: il.

ISBN 978-85-7273-888-0

Conteúdo: Aula Revisão: Matemática Básica. Aula 1 – Matrizes: tipos, operações e propriedades. Aula 2 – Matrizes: operações e matrizes elementares. Aula 3 – Determinantes: defi nição, cálculo, propriedades e cofatores. Aula 4 – Inversão de matrizes: defi nição, propriedades e métodos. Aula 5 – Sistema de equações lineares: defi nição e métodos de resolução. Aula 6 – Defi nição de espaços vetoriais. Aula 7 – Subespaços vetoriais e dependência linear. Aula 8 – Base e dimensão. Aula 9 – Produto interno. Aula 10 – Processo de ortogonalização de Gram-Schmidt.

1. Matemática. 2. Álgebra Linear. 3. Matrizes. 4. Equações. I. Título.

CDU 51 F383a

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Natal – RNDezembro/2011

Módulo 1Matrizes e Sistemas de Equações LinearesEspaços Vetoriais

Jossana Ferreira

Álgebra Linear

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Sumário

Apresentação Institucional 5

Aula 0 Aula Revisão: Matemática Básica 7

Aula 1 Matrizes: tipos, operações e propriedades 29

Aula 2 Matrizes: operações e matrizes elementares 47

Aula 3 Determinantes: defi nição, cálculo, propriedades e cofatores 57

Aula 4 Inversão de matrizes: defi nição, propriedades e métodos 77

Aula 5 Sistema de equações lineares: defi nição e métodos de resolução 93

Aula 6 Defi nição de espaços vetoriais 115

Aula 7 Subespaços vetoriais e dependência linear 131

Aula 8 Base e dimensão 145

Aula 9 Produto Interno 159

Aula 10 Processo de ortogonalização de Gram-Schmidt 175

Aula 11 Matrizes ortogonais e mudança de base 189

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Apresentação Institucional

A Secretaria de Educação a Distância – SEDIS da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, desde 2005, vem atuando como fomentadora, no âmbito local, das Políticas Nacionais de Educação a Distância em parceira com a Secretaria de Educação

a Distância – SEED, o Ministério da Educação – MEC e a Universidade Aberta do Brasil – UAB/CAPES. Duas linhas de atuação têm caracterizado o esforço em EaD desta instituição: a primeira está voltada para a Formação Continuada de Professores do Ensino Básico, sendo implementados cursos de licenciatura e pós-graduação lato e stricto sensu; a segunda volta-se para a Formação de Gestores Públicos, através da oferta de bacharelados e especializações em Administração Pública e Administração Pública Municipal.

Para dar suporte à oferta dos cursos de EaD, a Sedis tem disponibilizado um conjunto de meios didáticos e pedagógicos, dentre os quais se destacam os materiais impressos que são elaborados por disciplinas, utilizando linguagem e projeto gráfi co para atender às necessidades de um aluno que aprende a distância. O conteúdo é elaborado por profi ssionais qualifi cados e que têm experiência relevante na área, com o apoio de uma equipe multidisciplinar. O material impresso é a referência primária para o aluno, sendo indicadas outras mídias, como videoaulas, livros, textos, fi lmes, videoconferências, materiais digitais e interativos e webconferências, que possibilitam ampliar os conteúdos e a interação entre os sujeitos do processo de aprendizagem.

Assim, a UFRN através da SEDIS se integra o grupo de instituições que assumiram o desafi o de contribuir com a formação desse “capital” humano e incorporou a EaD como moda-lidade capaz de superar as barreiras espaciais e políticas que tornaram cada vez mais seleto o acesso à graduação e à pós-graduação no Brasil. No Rio Grande do Norte, a UFRN está presente em polos presenciais de apoio localizados nas mais diferentes regiões, ofertando cursos de graduação, aperfeiçoamento, especialização e mestrado, interiorizando e tornando o Ensino Superior uma realidade que contribui para diminuir as diferenças regionais e o conhecimento uma possibilidade concreta para o desenvolvimento local.

Nesse sentido, este material que você recebe é resultado de um investimento intelectual e econômico assumido por diversas instituições que se comprometeram com a Educação e com a reversão da seletividade do espaço quanto ao acesso e ao consumo do saber E REFLE-TE O COMPROMISSO DA SEDIS/UFRN COM A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA como modalidade estratégica para a melhoria dos indicadores educacionais no RN e no Brasil.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA SEDIS/UFRN

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Aula Revisão: Matemática Básica

0Aula

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1

2

Aula 00 Álgebra Linear 9

ApresentaçãoAntes de iniciar o estudo da Álgebra Linear veremos alguns pontos importantes para a sua

compreensão. Esses pontos são assuntos que, em sua maioria, são vistos no Ensino Médio e são esquecidos ou não foram praticados sufi cientemente.

É cada vez mais comum a defi ciência dos alunos na Matemática Básica, fato que atrapalha o bom andamento do curso, então esse material inicial visa antecipar dúvidas que surgirão ao longo do componente Álgebra Linear e que certamente atrapalhariam o entendimento do novo conteúdo.

ObjetivosRevisar os assuntos básicos da Matemática: números re-ais, conjuntos, operações com frações, polinômios, vetores no plano e somatório.

Esclarecer possíveis dúvidas relativas ao assunto básico da Matemática utilizado no componente Álgebra Linear.

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1

Aula 00 Álgebra Linear 11

Números reais Os números reais são os números mais utilizados no nosso estudo, eles são a base

para trabalharmos futuramente com o espaço das matrizes, dos polinômios, etc. Os números reais são obtidos da união dos números racionais com os números irracionais, conforme ilustrado na Figura 1 e descrito na Tabela 1.

Figura 1 – Diagrama que relaciona os conjuntos numéricos

Tabela 1 – Exemplos dos conjuntos numéricos

Conjunto Descrição Exemplo

R Números Reais -

N Números Naturais N={0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10...}Z Números Inteiros Z={... ,–5,–4,–3,–2,–1,0,1,2,3,4,5...}

Q Números Racionais

I Números Irracionais Números decimais que não admitem representação fracionária.

Conclui-se então que o conjunto dos números reais são todos os possíveis números com exceção dos números complexos (raiz de números negativos).

Indique a que grupo os números a seguir pertencem.a) 2,5 d) g) d) 5b) 3,75 e) h) d) -5c) f) i) d) 3,816572

Q ={

. . . , −2, −32, −1, −1

2, −1

4, 0,

12,

34, 1,

53, 2, . . .

}

3, 75√

3, 75

√2, 5√3, 75

2�3, 91�23, 7�9

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Aula 00 Álgebra Linear12

ConjuntosUm conjunto é uma coleção qualquer de elementos.

Exemplo 1O conjunto dos países do Mercosul = {Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai}.O conjunto dos números primos = {2,3,5,7,11,13, ...}.

Simbologia

∈ Pertence ∅ Vazio∉ Não pertence ∪ União⊂ Está contido ∩ Intersecção⊄ Não está contido

Exemplo 2Analisando a Figura 1 podemos afi rmar que:2 ∈ Q N ⊂ Q2 ∈ N Z ⊄ I2 ∈ Z Q ∪ I = R2 ∈ R Z ∪ N = Z2 ∉ I Z ∩ I = ∅3 ∉ I Z ∩ N = N

2

Monte uma tabela com exemplos de números que pertençam, não perten-çam, estejam contidos e não estejam contidos nos conjuntos abaixo:

a) Reaisb) Inteiros negativosc) Cidades do RNd) União de países que falam a língua portuguesae) Praias brasileiras

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Aula 00 Álgebra Linear 13

Operações com fraçõesQuando desejamos dividir uma quantia em partes iguais, recorremos às frações.

Exemplo 3Quando dividimos uma pizza por quatro pessoas, sabemos que cada pessoa fi ca com

da pizza. Se temos 5 pizzas para dividir pelas mesmas 4 pessoas, então cada um fi ca com das pizzas.

Equivalência de frações São frações que representam a mesma parte do todo.

Exemplo 4Considerando os conjuntos de frações: ou

Para obter frações equivalentes divide-se o numerador e o denominador pelo mesmo número:

ou

Operações básicas

Adição e subtração

Para somar duas ou mais frações, devemos encontrar o MMC (mínimo múltiplo comum) dos denominadores.

Exemplo 5Considerando a soma das frações:

Tem-se que o mínimo múltiplo comum de 5, 4 e 2 é 20, portanto o denominador do resultado da soma será 20:

Para encontrar o numerador, dividimos o MMC pelo denominador de cada fração, mul-tiplicamos pelo respectivo numerador e efetuamos a soma das parcelas:

14

54

12,

24,

48,

816

34,

1216

,2432

,912

1216

=12�416�4

=34

912

=9�312�3

=34

15

+34

+72

15

+34

+72

=?20

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Aula 00 Álgebra Linear14

O mesmo vale para a subtração.

Multiplicação

Para multiplicar frações, basta multiplicar os respectivos numeradores e os respectivos de-nominadores.

Exemplo 6Multiplicação de frações:

Divisão

A divisão de frações é feita mantendo a primeira fração e multiplicando pelo inverso da segunda.

Exemplo 7Divisão de fração

ou ou

3

Resolva:

15

+34

+72

=20�5 · 1 + 20�4 · 3 + 20�2 · 7

20=

4 + 15 + 7020

=8920

15· 34

=1.35.4

=320

1�53�4

=15· 43

=1.45.3

=415

1�53

=1�53�1

=15· 13

=115

53�4

=5�13�4

=51· 43

=203

2�3− 5 + 1�4−4�5− 1�3

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Aula 00 Álgebra Linear 15

Operações com polinômios

Adição e subtração

A soma e a subtração de polinômio são feitas agrupando-se os termos de mesmo grau.

PolinômiosUm polinômio é uma expressão que pode ser expressa na forma:

Onde x é a incógnita e os ai são constantes (valores reais). O grau do polinômio é defi nido

pelo maior expoente de x.

Valor numérico do polinômio

Todo polinômio pode ser associado a uma função polinomial, e como função tem seu valor numérico associado.

Exemplo 8Valor numérico polinômio de grau 3

2

Sendo p(x)= x4 – 2x3 +3x – 10 encontre:a) P(3) b) P(0) c) P(– 2)

anxn + an−1xn−1 + . . . + a2x

2 + a1x + a0

polinômio de p(x) 4 x + 2 x + x + 5p(2) = 4.23 + 2.22 + 2 + 5 = 47 (x = 2)p(0) = 4.0 + 2.0 + 0 + 5 = 5 (x = 0)

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Aula 00 Álgebra Linear16

Multiplicação

Para a multiplicação, os polinômios devem ser colocados entre parênteses e multiplicados termo a termo.

Exemplo 10Multiplicação de polinômios

Divisão

A divisão de polinômios apenas pode ser realizada quando o dividendo é maior ou igual ao grau do divisor.

Exemplo 11Considerando

p(x) = x3 + 3x2 + 2x

q(x) = 5x4 − 3x3 + 5x2 − 12x + 3p(x) + q(x) = x4(0 + 5) + x3(1− 3) + x2(3 + 5) + x(2− 12) + (0 + 3)p(x) + q(x) = 5x4 − 2x3 + 8x2 − 10x + 3

Exemplo 9Soma de polinômios

p(x) = x3 + 3x2 + 2x

q(x) = 5x4 − 3x3 + 5x2 − 12x + 3p(x).q(x) = (x3 + 3x2 + 2x).(5x4 − 3x3 + 5x2 − 12x + 3)

p(x).q(x) = x3(5x4 − 3x3 + 5x2 − 12x + 3) + 3x2(5x4 − 3x3 + 5x2 − 12x + 3) ++ 2x(5x4 − 3x3 + 5x2 − 12x + 3)

p(x).q(x) = 5x7 − 3x6 + 5x5 − 12x4 + 3x3 ++ 15x6 − 9x5 + 15x4 − 36x3 + 9x2 ++ 10x5 − 6x4 + 10x3 − 24x2 + 6x

p(x).q(x) = 5x7 + 12x6 + 6x5 − 3x4 − 23x3 − 15x2 + 6x

p(x) = x3 + 3x2 + 2x

q(x) = 5x4 − 3x3 + 5x2 − 12x + 3

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Aula 00 Álgebra Linear 17

A divisão não pode ser feita porque o grau de p(x) = 3 é menor

que o grau de q(x) = 4.

Já a divisão pode ser feita porque o grau do dividendo é maior que o grau do divisor.

Exemplo 12Encontrando

10 passo: Encontrar uma parcela que multiplicando pelo divisor seja possível eliminar o termo de maior grau do dividendo. Nesse caso, se multiplicarmos o dividendo por 4x2 apa-recerá 4x2 (3x–3)= 12x3 + 12x2. Devemos inverter o sinal e somar com o dividendo:

20 passo: Encontrar uma nova parcela que multiplicando pelo divisor seja possível eliminar o termo de maior grau remanescente:

30 passo: Repetir o processo até que o resto seja nulo ou que não seja mais possível obter o grau do dividendo.

p(x) → dividendo

q(x) → divisor

q(x)p(x)

q(x)p(x)

=5x4 − 3x3 + 5x2 − 12x + 3

x3 + 3x2 + 2x

12x3 − 6x2 − 63x− 3

12x3

–12x3+12x2

–6x2

+6x2

4x2

3x–6

–60

–3

12x3

–12x3+12x2

–6x2

+6x2

–6x2 +6x

+6x

4x2

3x+2x

–6

–6

–6

0

0

–3

12x3

–12x3+12x2

–6x2

+6x2

–6x2 +6x

+6x–6x

4x2

3x+2x

–6

+2

–6

–6+6

0

0

0

–3

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5

Aula 00 Álgebra Linear18

Portanto:

Exemplo 13Encontrando

Nesse caso não é possível encontrar um termo que, quando multiplicado pelo divisor, anule o termo de grau 2, portanto o resto da divisão é 49x2 +24x + 3. Assim:

Sabendo que , e encontre:

a) f(x)+g(x) – h(x) b) f(x).h(x) c) g(x)/h(x)

12x3 − 6x2 − 63x− 3

= 4x2 + 2x + 2

–3x3

–15x3

–18x3

x35x 4

–5x 4

+5x2

–10x2

–5x2

+3x2–12x

–12x

5x

+2x+3

+30

–3x3

–15x3

–18x3

18x3

x35x 4

–5x 4

+5x2

–10x2

–5x2

+54x2

+49x2

+3x2–12x

–12x+36x

+24x

5x

+2x+3

+3

+3

–18

0

0

q(x)p(x)

=5x4 − 3x3 + 5x2 − 12x + 3

x3 + 3x2 + 2x

5x4 − 3x3 + 5x2 − 12x + 3 = (x3 + 3x2 + 2x)(5x− 18) + (49x2 + 24x + 3)

f(x) = 2x2 − x g(x) = x3 − 2x + 1 h(x) = −x2 + 3x− 1

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Aula 00 Álgebra Linear 19

Vetores no plano Um vetor é um elemento que defi ne uma grandeza não apenas com um valor, mas

também com uma direção e um sentido. Ele é representado por um segmento de reta cujo comprimento é proporcional a intensidade da grandeza representada, indicando sua direção e sentido. Exemplos de vetores são mostrados na Figura 2.

2

V2 V1

V3

V4

y

x2

11

–1

–1

–2

–2

V1 = (2,1)→

V2 = (–1,1)→

V3 = (1,–2)→

V4 = (0,2)→

[ ]

V1= 21 [ ]→

V2= –11

[ ]V3= 1–2

[ ]V4= 02

V1 = 2i + j→ → →

= –i + j→ →

= i – 2j→ →

= 2j→

V2→

V3→

V4→

Figura 2 – Representações diversas de vetores no plano (i= vetor unitário na direção x, j = vetor unitário na direção y)

Operações com vetores Existem duas operações básicas envolvendo vetores, a adição e a multiplicação por esca-

lar. Relembraremos aqui também como calcular sua norma e como manipular seus ângulos.

Adição

A adição pode ser feita de duas maneiras, ou algebricamente ou grafi camente. Algebri-camente basta somar as componentes x dos dois vetores e depois as componentes y. Gra-fi camente, é necessário fazer uma projeção da área formada pelos dois vetores obtendo um paralelogramo, o segmento que une a origem e a ponta desenhada do paralelogramo é o vetor resultante da soma. Ou ainda, pode-se desenhar o primeiro vetor (partindo da origem) e, em seguida, desenha-se o segundo começando onde o primeiro termina, mantendo sua direção e sentido, o segmento que une a origem e o fi m do segundo vetor é o vetor resultante da soma.

Exemplo 14Encontrando Somando dois vetores V

1= (1,2) e V

2=(3,–1),

o vetor V resultante é: V = V1+V

2 = (1,2) + (3,–1) =(1+3 , 2+(–1))

V=(4,1)

Page 24: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

2

V2

V1

y

x2 31 1

–1–2

2

V2

V1

V1

V

y

x2 31 1

–1–2

Aula 00 Álgebra Linear20

Analisando grafi camente na Figura 3:

Figura 3 – Resultado gráfi co da soma de dois vetores no plano

Multiplicação por escalarA multiplicação de um vetor por um número real é feita multiplicando-se cada componente

do vetor pela constante.

Exemplo 15Multiplicando V

1= (1,2) por 3 e V

2=(3,–1) por -2:

O vetor U1 resultante é: U

1 = 3. V

1 = 3. (1,2) = (3.1,3.2) = (3,6)

O vetor U2 resultante é: U

2 = –2. V

2 = –2. (3,–1) = (–2.3,–2.(–1)) = (–6,2)

Analisando grafi camente na Figura 4:

2

6

V2

V1

U1

U2

y

x2 31 1

–1–6

Figura 4 – Representação gráfi ca de multiplicação de vetores por escalar real

Page 25: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

6

Aula 00 Álgebra Linear 21

Norma de um vetor A norma de um vetor também é conhecida como módulo ou comprimento, na realidade

ela mede a dimensão da grandeza representada pelo vetor e corresponde ao comprimento do vetor. O cálculo da norma é feito baseando-se no teorema de Pitágoras. Analisemos a Figura 5 em duas dimensões:

Sendo u=(2,3,0), v=(0,2,-2) e w=(1,-1,3), calcule:

a) 2u+3v–w

V

⏐⏐V⏐⏐

y

y

xx

Figura 5 – Norma de um vetor

Da Figura 5 tiramos o triângulo retângulo onde a hipotenusa é a norma de V e os catetos são as coordenadas x e y do vetor, do teorema de Pitágoras vem:

De uma maneira genérica:

Onde os xi são as coordenadas de um vetor de dimensão n.

‖V ‖2 = x2 + y2

‖V ‖ =√

x2 + y2

‖V ‖2 = x21+ x2

2+ . . . + x2

n

‖V ‖ =√

x21+ x2

2+ . . . + x2

n

Page 26: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

v

u

y

xvx

βα

θ

ux

uy

vy

Aula 00 Álgebra Linear22

Relação de ângulos entre vetoresConsidere a Figura 6 no plano:

Figura 6 – Relação de ângulos entre vetores

Note que:

® → Ângulo formado pelo vetor u e o eixo x.β → Ângulo formado pelo vetor v e o eixo x.Ө → Ângulo entre os vetores u e v. Ө = β – ®ux e u

y → coordenadas x e y do vetor u.

vx e v

y → coordenadas x e y do vetor v.

tg(α) =uy

ux

cos(α) =ux

‖u‖

sen(α) =uy

‖u‖

tg(β) =vy

vx

cos(β) =vx

‖v‖

sen(β) =vy

‖v‖

tg(θ) = tg(β − α) =tg(β)− tg(α)1 + tg(β)tg(α)

=uxvy − vxuy

uxvx + uyvy

cos(θ) = cos(β − α) = cos(β)cos(α) + sen(β)sen(α) =vxux + vyuy

‖u‖ ‖v‖

sen(θ) = (β − α) = sen(β)cos(α)− cos(β)sen(α) =vyux − vxuy

‖u‖ ‖v‖

Page 27: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

v

u

y

x71,56

116,56

45

1 2

–2

3

Aula 00 Álgebra Linear 23

a) o vetor soma u + v

u + v = (2,–2) + ç = (2+1,–2+3) = (3,1) ou = 3i + j

b) o módulo do vetor u + v

u + v = (3,1)

c) o vetor diferença u – v

u – v = (2,–2) – (1,3) = (2–1,–2–3) = (1,–5) ou = i – 5j

d) o vetor 3 u – 2v

3.(2,–2) – 2.(1,3) = (6,–6) – (–2,–6) = (8, 0) ou = 8i

e) o ângulo formado pelos vetores u e v

o ângulo formado pelo vetor u = (2,–2) e o eixo x é:

o ângulo formado pelo vetor v = (1,3) e o eixo x é:

Exemplo 16Dados os vetores no plano �2 , u = 2 i – 2 j e v =i +2 j , determine: Matrizes na forma

escalonada reduzida por linhas:

Portanto, o ângulo entre os dois vetores é: , mostrado na Figura 7.

Figura 7 – Ângulos entre vetores

‖u + v‖ =√

x2 + y2 =√

32 + 12 =√

10

tg(α) =uy

ux

=−22

= −1

α = −45o

tg(α) =uy

ux

=−22

= −1

, β , o ( o) , o

Page 28: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 00 Álgebra Linear24

7

Sendo u=(2,3,0), v=(0,2,-2) e w=(1,-1,3), calcule:

a) ||2w–v|| b) ||w||+|| 3u||

SomatórioO operador somatório é um recurso da Matemática para conseguirmos representar somas

grandes ou até mesmo infi nitas.A notação de somatório é dada pela letra grega maiúscula sigma:

Onde xi é o termo que deve variar conforme a soma dos termos;

i é o índice do somatório;m é o valor inicial do índice;n é o valor fi nal do índice;Notem que m ≤ n sempre.

Exemplo 17Encontre uma representação para a soma dos 20 primeiros números naturais.O que queremos é encontrar uma fórmula para 1+2+3+...+19+20, logo devemos

recorrer ao somatório:

Exemplo 18Calcule o somatório:

n∑i=m

xi = xm + xm+1 + xm+2 + . . . + xn

20∑i=1

i

2∑i=−3

(2i + 1)i−1

Page 29: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 00 Álgebra Linear 25

Para calcularmos o somatório devemos expandir os termos:

1) A Maria e o Manuel disputaram um jogo no qual são atribuídos 2 pontos por vitória e é retirado um ponto por derrota. Inicialmente, cada um tinha 5 pontos. Se o Manuel ganhou exa-tamente 5 partidas, e a Maria no fi nal fi cou com 10 pontos, quantas partidas eles disputaram?

2) Qual é o quociente de 5050 por 2525 ?

3) Em uma sala onde estão 100 pessoas, sabe-se que 99% são homens. Quantos homens devem sair para que a porcentagem de homens na sala passe a ser 98%?

4) Calcule

8

Como calcular o somatório das idades de um pai e uma fi lha, ano a ano, desde que o pai tinha 46 até completar 50? Considere que o pai é 31 anos mais velho que sua fi lha.

Desafi o

2∑i=−3

(2i + 1)i−1 = (2.(−3) + 1)−3−1 + (2.(−2) + 1)−2−1 + (2.(−1) + 1)−1−1 +

+ (2.0 + 1)0−1 + (2.1 + 1)1−1 + (2.2 + 1)2−1

2∑i=−3

(2i + 1)i−1 = (−5)−4 + (−3)−3 + (−1)−2 + (1)−1 + (3)0 + (5)1

2∑i=−3

(2i + 1)i−1 =(

1−5

)4

+(

1−3

)3

+(

1−1

)2

+ 1 + 1 + 5

2∑i=−3

(2i + 1)i−1 =154− 1

33+ 1 + 7 =

1625

− 127

+ 8 = 0, 0016− 0, 3070 + 8 = 7, 9646

2∑j=−1

4∑i=0

j(j + i)

Page 30: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Resumo

Aula 00 Álgebra Linear26

Esta breve revisão de Matemática Básica vem relembrar assuntos que já foram estudados e que serão de grande importância no estudo da Álgebra Linear. Você acabou de rever operações básicas com números reais, frações, conjuntos e polinômios que estarão sempre presente em qualquer área da Matemática, e também a manipulação de vetores, essencial para a Álgebra Linear. E, por fi m, foi reapresentado uma descrição do operador somatório e como desenvolvê-lo.

AutoavaliaçãoQuais dentre os números abaixo são racionais?

a) b) c) d) e)

Quanto vale ?

Sendo A = (–5,2], B=[6,–6] e B = (–∞,2], calcule A ∩ ( B ∪ C ).

Sabendo que A ∪ B = {1,2,3,4,5,6,7,8} , A ∩ B = {4,5} e A – B = {1,2,3}. Quem é B?

Escreva uma equação para representar a afirmação "há seis vezes mais alunos do que professores nesta universidade", usando as variáveis A para o número de alunos e P para o de professores.

Se X operários sobem um muro em Y horas, quantas horas serão necessárias para que o triplo do número de operários suba o mesmo muro?

Distribuí certo número de selos entre os alunos de uma das salas, cabendo 5 para cada um. Se eu fosse distribuir para outra turma, que tem 31 alunos a mais, eu teria de dar 2 selos a cada aluno e sobraria 1. Quantos selos eu distribuiria?

Dei 3/5 do meu dinheiro para meu irmão e metade do resto para a minha irmã, fi quei ainda com R$2,00. Quanto eu tinha?

Determine os três números consecutivos pares cuja soma é 72.?

√π4 3

√0, 1 3

√0, 27 3

√−0, 064 4

√0, 016

20, 666 . . .

Page 31: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

10

11

12

13

u1

u2

u3

u4

u5

u6

u7

u8

X

Y

Z5

2

3

Aula 00 Álgebra Linear 27

ReferênciasANTON, Howard; RORRES, Chris. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. Ed. São Paulo: Harper-Row, 1980.

LAY, David. Álgebra linear e suas aplicações. 2. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

Em uma chácara existem galinhas e coelhos totalizando 35 animais, os quais so-mam juntos 100 pés. Determine o número de galinhas e coelhos existentes nessa chácara.

Um relógio tem os dois ponteiros medindo 0,25 metros para hora e 0,5 metros para os minutos. Indique a representação vetorial para os dois ponteiros quando o relógio marcar:

a) 12h b) 3h30min c) 4h05min d) 8h50min

Determine as coordenadas dos vetores que coincidem com cada aresta do cubo mostrado na fi gura. (Considere o vetor partindo da origem e terminando na extre-midade do cubo u

1,u

2,...,u

8):

Encontre uma fórmula e calcule a média aritmética dos números: 5,7,9,11,13,15.

Page 32: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 00 Álgebra Linear28

Page 33: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Matrizes: tipos, operações e propriedades

1Aula

Page 34: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 35: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

3

4

Aula 1 Álgebra Linear 31

Apresentação

O estudo das matrizes possibilita o tratamento de dados de forma simplifi cada, permitindo, dentre outras coisas, a fácil visualização da informação. A manipulação de matrizes está presente em todas as áreas de conhecimento, seja nas áreas que lidam com a

Matemática diretamente como também em áreas de Humanas e Saúde, por exemplo.Nesta aula, abordaremos temas que dizem respeito à defi nição de matrizes, os tipos mais

comuns e também suas operações básicas.

ObjetivosSaber identifi car e montar uma matriz.

Reconhecer e manipular os diversos tipos de matrizes.

Aplicar as operações entre matrizes e entre escalares e matrizes adequadamente.

Reconhecer e saber recorrer às propriedades a fi m de re-duzir cálculos.

Page 36: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 37: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 1 Álgebra Linear 33

Defi nição

Uma matriz é um conjunto de dados dispostos em uma tabela onde cada dado é referen-ciado por linhas e colunas. A arrumação dos dados dessa forma permite não apenas sua organização, mas também possibilita novas maneiras de manipular esses dados.

As matrizes podem ser compostas de qualquer tipo de números (reais ou complexos), de funções e até de submatrizes.

Para identifi car uma matriz, nós precisamos conhecer algumas informações: represen-tação, ordem e termo geral. Vamos a elas!

a) Representação

A forma para representarmos uma matriz será utilizando parênteses ou colchetes:

b) Ordem

A ordem da matriz informa sobre o seu tamanho e faz menção à quantidade de linhas e colunas que ela contém.

m x n → m linhas e n colunasQuando uma matriz apresenta o mesmo número de linhas e colunas diz que a matriz tem

ordem n (n = número de linhas = número de colunas).

c) Termo geral

Algumas matrizes possuem certa relação entre seus elementos. Quando for possível escrever todos os elementos de uma matriz através de uma regra, então a matriz possui um termo geral ( a

ij), onde i indica a linha e j, a coluna.

Exemplo 1Sabendo que a matriz B tem ordem 2x3 e que seu termo geral é dado por b

ij=i+2j,

encontre B.Como o número de linhas é igual a 2, e o número de colunas igual a 3, então sabemos

que o índice i varia de 1 até 2 e o índice j de 1 até 3. Logo, a matriz terá a forma:

ou MatrizMatriz

B =

(b11 b12 b13

b21 b22 b23

)

Page 38: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 1 Álgebra Linear34

Uma forma geral para escrever qualquer matriz é representar com linhas (m) e colunas (n) genéricas:

Encontrando os elementos ( bij = i+2j ):

b11=1+2·1=3

b12=1+2·2=5

b13=1+2·3=7

b21=2+2·1=4

b22=2+2·2=6

b23=2+2·3=8

Portanto,

1

Encontre a matriz M2x3

, sabendo que mij= 5i - i·j.

B2×3 =

(3 5 74 6 8

)

Am×n =

⎡⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎣

a11 a12 · · · a1j · · · a1n

a21 a22 · · · a2j · · · a2n

......

. . ....

. . ....

ai1 ai2 · · · aij · · · ain

......

. . ....

. . ....

am1 am2 · · · amj · · · amn

⎤⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎦

Tipos de matrizes Existem algumas matrizes que possuem características especiais e estas podem facilitar

alguns cálculos ou análises em determinadas situações. Vamos conhecê-las.

a) Matriz coluna

Matriz formada por apenas uma coluna.

Page 39: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 1 Álgebra Linear 35

b) Matriz linha

Matriz formada por apenas uma linha.

C1xn

= C1 C

2 ···

C

j ···

C

n

Bm×1 =

⎡⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎣

b1

b2

...bi

...bm

⎤⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎦

aij = 0 ∀i, j

d) Matriz quadrada

Matriz onde a quantidade de linhas é igual à quantidade de colunas.

m = n ∴ An An =

⎛⎜⎜⎜⎜⎝

a11 a12 · · · a1n

a21 a22 · · · a2n

......

. . ....

an1 an2 · · · ann

⎞⎟⎟⎟⎟⎠

Considerando as matrizes quadradas, denominam-se como elementos da diagonal prin-cipal os elementos que apresentam i = j (a

11, a

22, a

33, ... a

nn).

e) Matriz diagonal

Matriz onde os elementos da diagonal principal são não nulos e os fora da diagonal principal são nulos.

c) Matriz nula – 0

Matriz onde todos os seus elementos são zero, ou seja, seu termo geral é sempre zero qualquer que seja i e j.

aij = 0 Se i �= j An =

⎛⎜⎜⎜⎜⎝

a11 0 · · · 00 a22 · · · 0...

.... . .

...0 0 · · · ann

⎞⎟⎟⎟⎟⎠

=

⎛⎜⎜⎜⎜⎝

0 0 · · · 00 0 · · · 0...

.... . .

...0 0 · · · 0

⎞⎟⎟⎟⎟⎠00

Page 40: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 1 Álgebra Linear36

f) Matriz identidade - I

Matriz onde os elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os fora da diagonal principal são nulos.

I =

⎛⎜⎜⎜⎜⎝

1 0 · · · 00 1 · · · 0...

.... . .

...0 0 · · · 1

⎞⎟⎟⎟⎟⎠

{aij = 1 Se i = j

aij = 0 Se i �= j

g) Matriz transposta - At, A'

A matriz transposta é obtida a partir de qualquer matriz trocando-se as linhas pelas colunas.

Faz–se aij=a

ji

h) Matriz simétrica

Uma matriz é simétrica se ela for igual a sua transposta.

Se A=At (se aij =a

ji)

i) Matriz antissimétrica

Uma matriz é antissimétrica se ela for igual a menos sua transposta.

Se A =–At (se aij =–a

ji)

j) Matriz triangular

Superior: Uma matriz é triangular superior quando todos os elementos abaixo da diagonal principal são nulos.

A =

⎛⎜⎜⎜⎜⎝

a11 a12 · · · a1n

a21 a22 · · · a2n

......

. . ....

am1 am2 · · · amn

⎞⎟⎟⎟⎟⎠ → At = A′ =

⎛⎜⎜⎜⎜⎝

a11 a21 · · · am1

a12 a22 · · · am2

......

. . ....

a1n a2n · · · amn

⎞⎟⎟⎟⎟⎠

aij = 0 ∀ i > j A =

⎛⎜⎜⎜⎜⎝

a11 a12 · · · a1n

0 a22 · · · a2n

......

. . ....

0 0 · · · amn

⎞⎟⎟⎟⎟⎠

Page 41: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 1 Álgebra Linear 37

Inferior: Uma matriz é triangular inferior quando todos os elementos acima da diagonal principal são nulos.

k) Submatrizes

Uma matriz também pode ser composta por matrizes, quando isso ocorre chamamos de submatrizes. Como exemplo, mostro uma matriz A composta por submatrizes B, C, D e E.

Note que as submatrizes não podem ter qualquer dimensão, pois isso implicaria em uma desordem. Se A tem dimensão mxn, então o número de linhas de B mais o número de linhas de D deve ser igual a m e o número de colunas de B mais o número de colunas de C deve ser igual a n. Além disso, o número de linhas de B deve ser igual ao número de linhas de C, assim como as linhas de D e E, o mesmo para as colunas de B, C, D e E. Um exemplo para as matrizes B, C, D e E poderia ser:

B3×3

, C3×2

, D2×3

e E2×2

, resultando em A5×5

.

aij = 0 ∀ i < j A =

⎛⎜⎜⎜⎜⎝

a11 0 · · · 0a21 a22 · · · 0

......

. . ....

an1 an2 · · · amn

⎞⎟⎟⎟⎟⎠

Amxn =

(B C

D E

)

2

Dê exemplos de matrizes simétrica, triangular, transposta e diagonal.

Operações com matrizesSoma

Para que seja possível somar duas ou mais matrizes, é necessário que todas as matrizes envolvidas tenham a mesma ordem, ordem esta que também será compartilhada com a matriz resultante.

Supondo a soma de matrizes:Cm×n

= Am×n

+ Bm×n

O termo geral da matriz resultante C é:cij= a

ij+ b

ij Onde a

ij e b

ij são os termos das matrizes A e B.

Page 42: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

3

Sendo G =

(2 −2 30 1 1

), H =

⎛⎜⎝ 3 −20 1

−1 2

⎞⎟⎠ , calcule G-2Ht.

Aula 1 Álgebra Linear38

Exemplo 2Conhecendo as matrizes W e Z, encontre 2W – Z’.

Propriedades da soma Considerando as matrizes A, B C e 0: A + B = B + A (Comutativa)A + ( B + C) = ( A + B ) + C (Associativa)A + 0 = A (Elemento nulo)Obs.: essa propriedade também é válida para a subtração.

Encontrando as parcelas:

W =

(1 −2 00 3 −1

)e Z =

⎛⎜⎝ 3 −12 04 1

⎞⎟⎠

2W = 2

(1 −2 00 3 −1

)=

(2 −4 00 6 −2

)

Z ′ =

(3 2 4

−1 0 1

)

Então,

2W − Z ′ =

(2 −4 00 6 −2

)−(

3 2 4−1 0 1

)=

(2− 3 −4− 2 0− 4

0− (−1) 6− 0 −2− 1

)

2W − Z ′ =

(−1 −6 −4

1 6 −3

)

Page 43: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 1 Álgebra Linear 39

Multiplicação por escalarPara multiplicar um escalar K por uma matriz, basta multiplicar cada elemento da matriz

por esse escalar.

Onde p é o número de colunas de A que deve ser o mesmo número de linhas de B.

Exemplo 3Conhecendo as matrizes H e G, é possível a multiplicação H.G? E G:H?

Propriedades da multiplicação por escalar Considerando as matrizes A

mxn, B

mxn matrizes e K

1 e K

2 escalares:

K1 ( A + B ) = K

1A + K1B

( K1 + K

2 ) A = K

1A + K

2A

0.A = 0 (0 – escalar e 0 – matriz nula)K

1 ( K

2A ) = ( K

1K

2 ) A

Multiplicação entre matrizesPara que seja possível multiplicar duas matrizes, é necessário observar a ordem das

matrizes envolvidas. Sejam Amxn

e Bpxq

, a multiplicação A.B apenas será possível se n=p, já a multiplicação B.A apenas será possível se q=m.

Sendo C = A:B e os termos gerais de A e B, respectivamente, aij e b

ij, o termo geral

de C é dado por:

k.Am×n =

⎡⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎣

ka11 ka12 · · · ka1j · · · ka1n

ka21 ka22 · · · ka2j · · · ka2n

......

. . ....

. . ....

kai1 kai2 · · · kaij · · · kain

......

. . ....

. . ....

kam1 kam2 · · · kamj · · · kamn

⎤⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎦

cij =p∑

k=1

(aik

bkj

)

H =

(1 −20 3

)e G =

⎛⎜⎝ 3 −12 04 1

⎞⎟⎠

Page 44: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 1 Álgebra Linear40

IMPORTANTE: Note que A.B ≠ B.A. Em algumas raras exceções a igualdade pode ser verdadeira.

Para multiplicarmos H.G é necessário que o número de colunas da primeira matriz(H) seja igual ao número de linhas da segunda matriz(G). Nesse caso, H

2x2 e G

3x2, a multiplicação

não pode ser feita, já que H tem 2 colunas e G tem 3 linhas.Para analisar a multiplicação G.H procederemos da mesma forma, o número de colu-

nas da primeira matriz(G) é igual a 2 e o número de linhas da segunda matriz(H) é igual a 2, portanto a multiplicação G.H pode ser feita:

G.H =

⎛⎜⎝ 3 −12 04 1

⎞⎟⎠ ·( 1 −20 3

)=

⎛⎜⎝ 3.1 + (−1).0 3.(−2) + (−1).32.1 + 0.0 2.(−2) + 0.34.1 + 1.0 4.(−2) + 1.3

⎞⎟⎠

G.H =

⎛⎜⎝ 3 −92 −44 −5

⎞⎟⎠

Propriedades geraisConsiderando as matrizes A, B, C, a matriz nula 0, o escalar K, a matriz identidade I e

que as operações sejam possíveis. � A I = I A =A

� A ( B + C ) = A B + A C

� ( A + B ) . C = A C + B C

� A ( B C) = ( A B ) C

� A 0 = 0 A = 0

� A é simétrica se A = At

� ( A + B )t = At + Bt

� ( At )t = A

� ( k A )t = k At

� ( A B )t = BtAt

Page 45: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

4

Aula 1 Álgebra Linear 41

Sendo ,G =

(2 −2 30 1 1

), H =

⎛⎜⎝ 3 −20 1

−1 2

⎞⎟⎠, F =

(2 3

−3 1

)calcule:

a) G.H b) H(3F)G c) F(–4G+Ht)

2) Encontre a matriz [aij] de tamanho 4x4 cujas entradas satisfazem a condição:

Desafi o

1) Quantas matrizes A3x3

você consegue encontrar, tais que:

A

⎡⎢⎣ a

b

c

⎤⎥⎦ =

⎡⎢⎣ a + b

a− b

0

⎤⎥⎦

aij =

{1, se |i− j| > 1

−1, se |i− j| ≤ 1

3) Passe para linguagem matricial o diagrama abaixo, onde o número em que a seta é origi-nada domina o número onde a seta fi nda (suponha que cada ponto domine ele mesmo).

1

2 4

3

Page 46: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Resumo

1

Aula 1 Álgebra Linear42

Nesta aula, você viu como identifi car e obter uma matriz a partir do seu termo geral. Observou também como e quando é possível somar, subtrair e multipli-car matrizes, assim como obter sua transposta. Outro ponto muito importante que você aprendeu foi a utilização das propriedades a fi m de facilitar cálculos e tornar as operações mais simples.

AutoavaliaçãoConsiderando as matrizes a seguir, encontre se possível:

a) A + B

b) AD

c) CD

d) DC

e) CB

f) CtDt

g) DCt

h) CB - B

i) At + 3CtDt

A =

⎛⎜⎝ 0 1 01 0 −11 0 2

⎞⎟⎠ B =

⎛⎜⎝ 1 −17 00 2

⎞⎟⎠ C =(

1 0 −2)

D =

⎡⎢⎣ 3−1

3

⎤⎥⎦

Page 47: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

2

3

4

Aula 1 Álgebra Linear 43

Suponha que A, B, C, D e E sejam matrizes com os seguintes tamanhos:

Determine quais das seguintes expressões matriciais estão defi nidas. Para as que estão, dê o tamanho da matriz resultante.

a) BA

b) E( A + B )

c) AC + D

d) E( AC )

e) AE + B

f) Et A

g) AB + B

h) (At + E) D

i) ABt

Sabendo que A é a matriz abaixo, encontre o valor de x para que A seja uma matriz:

a) Simétrica

b) Diagonal

c) Triangular superior

d) Nula

Com C, D e E, calcule (CD)E e C(DE). Qual das duas formas requer menos multiplicações?

A B C D E

(4× 5) (4× 5) (5× 2) (4× 2) (5× 4)

A =

(3 x2

2x + 1 1

)

C =

(1 2

−4 0

)D =

(1 0

−3 1

)E =

(4

−3

)

Page 48: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

5

6

Aula 1 Álgebra Linear44

Considerando as matrizes abaixo, responda:

A =

(1 −2

−2 5

)e AB =

(−1 2 −1

6 −9 3

)

a) Qual a dimensão de B? Justifi que.

b) Encontre B.

Uma fábrica de brinquedo inaugurada em 2008 produziu nos últimos anos os seguintes brinquedos, nas seguintes cores:

ANO: 2008

Carrinho Boneca Apito Bola

Azul 1025 250 567 2081

Amarelo 1230 765 1034 276

Verde 981 458 576 1622

Vermelho 570 345 978 1921

ANO: 2009

Carrinho Boneca Apito Bola

Azul 1201 341 771 2298

Amarelo 1381 789 1298 320

Verde 1002 751 766 1710

Vermelho 751 641 989 2010

ANO: 2010

Carrinho Boneca Apito Bola

Azul 1322 450 822 2311

Amarelo 1400 924 1400 404

Verde 1100 812 850 1820

Vermelho 814 720 1010 2211

Responda:

a) Quantos carrinhos, bonecas, apitos e bolas a fábrica produziu por cor desde sua inauguração?

b) Sabe-se que a previsão da produção para 2011 é o triplo do ano inicial. Encontre a pro-dução prevista em 2011.

Page 49: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

7

Aula 1 Álgebra Linear 45

Um construtor vende 3 tipos de casa: A, B e C. A quantidade de material empre-gada em cada tipo de casa é dada pela matriz*:

Ferro Madeira Vidro Tinta Tijolo

A 5 20 16 7 17B 7 18 12 9 21C 6 25 8 5 13

* Valores fi ctícios.

a) Se ele vai construir 5, 7 e 12 casas dos tipos A, B e C, respectivamente, quantas unidades de cada material serão empregadas?

b) Suponha que os preços por unidade de ferro, madeira, vidro, tinta e tijolo sejam, respec-tivamente, R$12, 6, 4, 1 e 8. Qual o preço unitário de cada tipo de casa?

c) Qual o custo total do material empregado?

ReferênciasANTON, Howard; RORRES, Chris. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. Ed. São Paulo: Harper-Row, 1980.

LAY, David. Álgebra linear e suas aplicações. 2. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

Page 50: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 1 Álgebra Linear46

Page 51: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Matrizes: operações e matrizes elementares

2Aula

Page 52: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 53: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

3

4

Aula 2 Álgebra Linear 49

ApresentaçãoNesta aula, vamos estudar as operações elementares em matrizes, ferramentas impor-

tantes, pois, a partir delas, veremos como é possível encontrar matrizes inversas, solução de sistemas lineares, por exemplo. Veremos ainda a defi nição de matriz elementar que permite uma relação da matriz identidade com as operações elementares.

ObjetivosReconhecer matrizes equivalentes.

Reconhecer as operações elementares e identifi car opera-ções que não se enquadram.

Aplicar as operações elementares com objetivo defi nido.

Aplicar cada operação na situação oportuna.

Page 54: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 55: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 2 Álgebra Linear 51

Operações elementares Operações elementares são operações simples e específi cas sobre matrizes que resultam

em novas matrizes onde todas são equivalentes entre si.

Matrizes equivalentesMais adiante veremos que todo sistema de equações lineares pode ser representado na

forma matricial. Sabemos que existem sistemas diferentes que apresentam a mesma solução, esses sistemas são chamados de equivalentes e, consequentemente, as matrizes que repre-sentam esses sistemas são considerados matrizes equivalentes.

Se A e B são matrizes equivalentes, escrevemos A ∼ B ou B ∼ A.

Operações sobre matrizesAs operações que resultam em matrizes equivalentes à original são apenas três, que

serão apresentadas a seguir.

a) Troca de duas linhas.

b) Multiplicação de todos os elementos de uma linha por um escalar diferente de zero.

c) Substituição de uma linha pela soma dela própria com um múltiplo de outra linha.

Exemplo 1Aplique as seguintes operações elementares à matriz A.

A =

(1 1 2

−1 2 3

)

a) Trocar a primeira linha pela segunda.

L1 ⇔ L2 A1 =

(−1 2 3

1 1 2

)

b) Multiplicar a segunda linha por – 3.

L2 = – 3 L2 A2 =

(1 1 23 −6 −9

)

Page 56: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 2 Álgebra Linear52

Matrizes elementares Uma matriz é considerada elementar (E) quando é obtida a partir da matriz identidade

depois de aplicada apenas uma operação elementar.

Exemplo 2

Encontre matrizes elementares a partir das operações:

c) Substituir a segunda linha pela soma dela com 5 vezes a primeira.

L2 = L2+ 5 L1

Neste caso, A ∼ A1 ∼ A2 ∼ A2.

1

Considere a matriz G =

⎛⎜⎝ 2 1 00 3 0

−1 −2 1

⎞⎟⎠ e efetue as seguintes operações

elementares em sequência:

L2=3L2

L1=L1–3L3

L3=L3-L2

A3 =

(1 1 24 7 13

)

I =

⎛⎜⎝ 1 0 00 1 00 0 1

⎞⎟⎠a) Trocar a primeira linha pela segunda.

L1 ⇔ L2 E1 =

⎛⎜⎝ 0 1 01 0 00 0 1

⎞⎟⎠

Page 57: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 2 Álgebra Linear 53

b) Multiplicar a segunda linha por – 3.

L2 = – 3 L2 E2 =

⎛⎜⎝ 1 0 00 −3 00 0 1

⎞⎟⎠c) Substituir a segunda linha pela soma dela com 5 vezes a primeira.

L2 = L2+ 5 L1 E2 =

⎛⎜⎝ 1 0 05 1 00 0 1

⎞⎟⎠Uma informação interessante é que, quando é possível a multiplicação, uma matriz equi-

valente pode ser obtida a partir da multiplicação da matriz elementar resultante da mesma operação elementar.

Consideremos a matriz B e a operação elementar que troca a primeira linha pela terceira, resultando em B1.

B =

⎛⎜⎝ 1 2 34 5 67 8 9

⎞⎟⎠ → L1 ⇔ L3 B1 =

⎛⎜⎝ 7 8 94 5 61 2 3

⎞⎟⎠

Outra forma de obtermos esse resultado é utilizando a matriz elementar que é gerada com a mesma operação elementar.

I =

⎛⎜⎝ 1 0 00 1 00 0 0

⎞⎟⎠ → L1 ⇔ L3 E1 =

⎛⎜⎝ 0 0 10 1 01 0 0

⎞⎟⎠Podemos dizer que B1=E1·B: Comprovando:

E1 .B =

⎛⎜⎝ 0 0 10 1 01 0 0

⎞⎟⎠ ·⎛⎜⎝ 1 2 3

4 5 67 8 9

⎞⎟⎠ =

⎛⎜⎝ 0 + 0 + 7 0 + 0 + 8 0 + 0 + 90 + 4 + 0 0 + 5 + 0 0 + 6 + 01 + 0 + 0 2 + 0 + 0 3 + 0 + 0

⎞⎟⎠

E1 .B =

⎛⎜⎝ 7 8 94 5 61 2 3

⎞⎟⎠ = B1

Page 58: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Resumo

Desafi o

2

Aula 2 Álgebra Linear54

1) Podemos dizer que uma matriz elementar é sempre inversível? Justifi que.

2) Sabendo que se multiplicamos matrizes elementares E1, depois E2, E3 e E4 nessa ordem e sempre pela esquerda, pela matriz A2, obtemos a matriz identidade. Qual o proce-dimento para obtermos a inversa de A?

Nesta aula, você teve a oportunidade de identifi car quando duas matrizes são equivalentes e aprender quais operações sobre linhas são operações elemen-tares. Sabendo aplicar as operações elementares, você está apto a modifi -car uma matriz com o objetivo de transformá-la em uma forma pré-defi nida, como a identidade, por exemplo, caso seja possível. Essa manipulação levará você a aplicar essas operações, mais adiante, para solucionar diversos pro-blemas relacionados às matrizes, como é o caso da inversa e da solução de sistemas lineares.

Obtenha 3 matrizes elementares de ordem 2x2 diferentes onde apareça o número 3.

Page 59: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

Aula 2 Álgebra Linear 55

AutoavaliaçãoQuais dessas matrizes são elementares?

a) b) c) d)

Considere as matrizes A, B e C e encontre matrizes elementares, tais que:

ReferênciasANTON, Howard; RORRES, Chris. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. Ed. São Paulo: Harper-Row, 1980.

LAY, David. Álgebra linear e suas aplicações. 2. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

[1 0

−5 1

] [−5 1

1 0

] ⎡⎢⎣ 1 1 00 0 10 0 0

⎤⎥⎦⎡⎢⎣ 1 0 0

0 1 90 0 1

⎤⎥⎦

A =

⎡⎢⎣ 3 4 12 −7 −18 1 5

⎤⎥⎦ B =

⎡⎢⎣ 8 1 52 −7 −13 4 1

⎤⎥⎦ C =

⎡⎢⎣ 3 4 12 −7 −12 −7 3

⎤⎥⎦

a) E1A = B

b) E2B = A

c) E3A = C

d) E3C = A

Page 60: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 2 Álgebra Linear56

Page 61: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Determinantes: defi nição, cálculo, propriedades e cofatores

3Aula

Page 62: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 63: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

3

Aula 3 Álgebra Linear 59

Apresentação

O determinante é um recurso bastante aplicado com matrizes. Através dele pode-se ob-ter informações sobre a matriz, como por exemplo, saber se ela é singular, associar o determinante com a solução de um sistema de equações lineares, obter cálculo de

áreas e muitas outras aplicações. Nesta aula, veremos como calcular o determinante e conheceremos suas principais

propriedades.

ObjetivosEncontrar o determinante de uma matriz de qualquer ordem.

Saber identifi car quando deve ser utilizada determinada propriedade.

Montar a matriz de cofatores.

Page 64: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 65: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 3 Álgebra Linear 61

Defi nição O determinante de uma matriz é uma função que leva uma matriz quadrada a um número

real, ou seja, o determinante é um número real que é associado a uma matriz.A notação utilizada para o determinante de uma matriz é qualquer uma das formas abaixo,

onde A é uma matriz quadrada e aij seu termo geral.

detA det(A) |A| det (aij)

Considere o sistema de equações lineares:

A solução desse sistema é dada por:

Onde, a11a

22 – a

12a

21 é o determinante da matriz formada pelos

coefi cientes do sistema. Portanto, a solução pode ser reescrita da seguinte forma:

Esse raciocínio se repete para matrizes quadradas de qualquer ordem, desde que as operações sejam possíveis.

Cálculo do determinanteAs regras que foram aprendidas no Ensino Médio para o cálculo de determinantes de

ordem 2 e 3 são válidas, porém, como você vai proceder se necessitar calcular o determinante de uma matriz de ordem 4 ou 5? As regras que foram aprendidas são casos particulares de uma regra mais geral que iremos ver agora.

Para calcular o determinante de uma matriz quadrada basta utilizar o desenvolvimento de Laplace:

{a11x + a12y = b1

a21x + a22y = b2

x =b1a22 − b2a12

a11a22 − a12a21

y =b2a11 − b1a21

a11a22 − a12a21

A =

[a11 a12

a21 a22

]

x =b1a22 − b2a12

det Ay =

b2a11 − b1a21

det A

det A =n∑

j=1

(−1)i+jaijdet(Aij )

Page 66: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 3 Álgebra Linear62

Exemplo 1Calcule o determinante das matrizes A, B e C.

Onde Ãij é o determinante da matriz A, excluindo-se a linha i e a coluna j. i pode ser qualquer linha (a escolher).

Importante: NUNCA podemos calcular o determinante de uma matriz que não seja quadrada.

Determinante da matriz A:

Para usar o desenvolvimento de Laplace, devemos escolher uma linha (ou coluna) fi xa. Vamos escolher a linha 1, portanto i=1, e como a matriz tem ordem 2, logo n=2:

Desenvolvendo a soma temos:

Sabemos que a11=2 e a

12=3, para calcular Ã

11 vamos excluir a linha 1 e a coluna 1 da

matriz A e calcular seu determinante:

A =

[2 31 −1

]B =

⎡⎢⎣ 0 2 31 1 2

−1 1 1

⎤⎥⎦ C =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣1 0 1 −10 2 −1 11 0 0 10 2 3 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

det A =

∣∣∣∣∣ 2 31 −1

∣∣∣∣∣

det A =n∑

j=1

(−1)i+jaijdet(Aij )

det A =2∑

j=1

(−1)1+ja1jdet(A1j )

det A =2∑

j=1

(−1)1+ja1jdet(A1j ) = (−1)1+1a11det(A11) + (−1)1+2a12det(A12)

A11 =

[2 31 −1

]A11 = [−1], logo det A11 = −1

21

32 322 322

Page 67: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 3 Álgebra Linear 63

O mesmo para Ã12

:

Logo,

Determinante da matriz B:

Para usar o desenvolvimento de Laplace, devemos escolher uma linha (ou coluna) fi xa. Vamos escolher a linha 1, nesse caso, por conter a maior quantidade de zeros, o que facilita os cálculos. Portanto i=1, e como a matriz tem ordem 3, logo n=3:

Desenvolvendo a soma, temos:

Sabemos que b11=0, b

12=2 e b

13=3, dessa forma, a primeira parcela da soma será zero

de qualquer forma, portanto, não precisamos calcular

det A = (−1)1+1a11det(A11) + (−1)1+2a12det(A12)= 1.2.(−1) + (−1).3.1 = −5

det B =

∣∣∣∣∣∣∣

0 2 31 1 2

−1 1 1

∣∣∣∣∣∣∣

det B =n∑

j=1

(−1)i+jbijdet(Bij )

det B =3∑

j=1

(−1)1+jb1jdet(B1j )

det B =3∑

j=1

(−1)1+jb1jdet(B1j )

= (−1)1+1b11det(B11) + (−1)1+2b12det(B12) + (−1)1+3b13det(B13)

B11

B12 =

⎡⎢⎣ 0 2 31 1 2

−1 1 1

⎤⎥⎦ B12 =

[1 2

−1 1

], logo det B12 = 3

B13 =

⎡⎢⎣ 0 2 31 1 2

−1 1 1

⎤⎥⎦ B13 =

[1 1

−1 1

], logo det B13 = 2

3011

2

0 221

3

A12 =

[2 31 −1

]A12 = [1], logo det A12 = 1

2−1

3

Page 68: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 3 Álgebra Linear64

Logo,

Determinante da matriz C:

Para usar o desenvolvimento de Laplace, devemos escolher uma linha (ou coluna) fi xa. Vamos escolher a linha 3 por conter a maior quantidade de zeros, o que facilita os cálculos. Portanto, i=3, e como a matriz tem ordem 4, logo n=4:

Sabemos que C31 =1, C

32 =0, C

33 =0 e C

34 =1, dessa forma, a segunda e a terceira

parcelas da soma serão zero de qualquer forma, portanto, não precisamos calcular

det B = (−1)1+1b11det(B11) + (−1)1+2b12det(B12) + (−1)1+3b13det(B13)

= 0 + (−1).2.3 + 1.3.2 = 0

det C =

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣1 0 1 −10 2 −1 11 0 0 10 2 3 1

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

Desenvolvendo a soma, temos:

det C =n∑

j=1

(−1)i+jcijdet(Cij )

det C =4∑

j=1

(−1)3+jc3jdet(C3j )

det C =4∑

j=1

(−1)3+jc3jdet(C3j ) = (−1)3+1c31det(C31) + (−1)3+2c32det(C32) +

+ (−1)3+3c33det(C33) + (−1)3+4c34det(C34)

C32 e C33

C31 =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣

1 0 1 −10 2 −1 11 0 0 10 2 3 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦ C31 =

⎡⎢⎣

0 1 −12 −1 12 3 1

⎤⎥⎦ , logo det C31 = −8

C34 =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣

1 0 1 −10 2 −1 11 0 0 10 2 3 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦ C34 =

⎡⎢⎣

1 0 10 2 −10 2 3

⎤⎥⎦ , logo det C34 = 8

0

10

0 0 11

−11

11 0 0 1

Page 69: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 3 Álgebra Linear 65

Logo,

1

Calcule os determinantes:

a) b) c)

Propriedades O cálculo do determinante de uma matriz pode ser sensivelmente reduzido quando ob-

servadas as propriedades a seguir.1) O determinante de uma matriz não se altera quando trocamos as linhas pelas colunas.

3) Se a matriz A possui uma linha (ou coluna) constituída de elementos todos nulos, o de-terminante é nulo.

3) Se a matriz A possui duas linhas (ou colunas) iguais, o determinante é nulo.

det C = (−1)3+1c31det(C31) + (−1)3+2c32det(C32) +

+ (−1)3+3c33det(C33) + (−1)3+4c34det(C34)

= 1.1.(−8) + 0 + 0 + (−1).1.8 = 16

G =

(2 −23 1

)H =

⎛⎜⎝ 0 −1 12 0 −11 1 0

⎞⎟⎠ J =

⎛⎜⎜⎜⎜⎝2 −1 0 10 2 0 −11 0 2 30 0 −2 0

⎞⎟⎟⎟⎟⎠

det(A) = det(At) det A =

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 c1

a2 b2 c2

a3 b3 c3

∣∣∣∣∣∣∣ =

∣∣∣∣∣∣∣a1 a2 a3

b1 b2 b3

c1 c2 c3

∣∣∣∣∣∣∣

det A =

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 0a2 b2 0a3 b3 0

∣∣∣∣∣∣∣ = 0

det A =

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 a1

a2 b2 a2

a3 b3 a3

∣∣∣∣∣∣∣ = 0

Page 70: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 3 Álgebra Linear66

4) Se na matriz A, duas linhas (ou colunas) têm seus elementos correspondentes proporcio-nais, o determinante é nulo.

5) Se na matriz A, cada elemento de uma linha (ou coluna) é uma soma de duas parcelas, o determinante de A pode ser expresso sob a forma de uma soma dos determinantes de suas matrizes.

6) O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto dos elementos da diagonal principal.

7) Trocando duas linhas (ou colunas) da matriz A, o determinante muda de sinal.

8) Quando multiplicamos um número real por todos os elementos de uma linha (ou coluna) da matriz A, o determinante é multiplicado por esse número real.

det A =

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 ka1

a2 b2 ka2

a3 b3 ka3

∣∣∣∣∣∣∣ = 0

det A =

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 c1 + d1

a2 b2 c2 + d2

a3 b3 c3 + d3

∣∣∣∣∣∣∣ =

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 c1

a2 b2 c2

a3 b3 c3

∣∣∣∣∣∣∣ +

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 d1

a2 b2 d2

a3 b3 d3

∣∣∣∣∣∣∣

det A =

∣∣∣∣∣∣∣a11 a12 a13

0 a22 a23

0 0 a33

∣∣∣∣∣∣∣ = a11a22a33 det A =

∣∣∣∣∣∣∣a11 0 0a21 a22 0a31 a32 a33

∣∣∣∣∣∣∣

det A =

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 c1

a2 b2 c2

a3 b3 c3

∣∣∣∣∣∣∣ = −

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 c1

a3 b3 c3

a2 b2 c2

∣∣∣∣∣∣∣

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 c1

ka2 kb2 kc2

a3 b3 c3

∣∣∣∣∣∣∣ = k

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 c1

a2 b2 c2

a3 b3 c3

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ka1 kb1 kc1

ka2 kb2 kc2

a3 b3 c3

∣∣∣∣∣∣∣ = k2

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 c1

a2 b2 c2

a3 b3 c3

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ka1 kb1 kc1

ka2 kb2 kc2

ka3 kb3 kc3

∣∣∣∣∣∣∣ = k3

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 c1

a2 b2 c2

a3 b3 c3

∣∣∣∣∣∣∣

Page 71: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 3 Álgebra Linear 67

det(kA)=Kn det(A), onde n é ordem de A.

9) Um determinante não se altera quando somamos duas linhas (ou colunas) de uma matriz A previamente multiplicada por uma constante.

10) Sejam A e B matrizes, o determinante do produto é igual ao produto dos determinantes.

det(AB)=det(A)· det(B).

11) Sejam A e B matrizes, o determinante da soma é diferente da soma dos determinantes.

det(A+B)≠det(A)+ det(B).

Exemplo 2Sabendo que o determinante de A é 11, encontre:

a) det(3A) d)

b)

c) e)

det A =

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 c1

a2 b2 c2

a3 b3 c3

∣∣∣∣∣∣∣ =

∣∣∣∣∣∣∣a1 b1 c1

a2 + ka1 b2 + kb1 c2 + kc1

a3 b3 c3

∣∣∣∣∣∣∣

A =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣1 −2 3 −12 0 3 1

−1 1 1 21 0 −1 0

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣2 0 3 11 −2 3 −1

−1 1 1 21 0 −1 0

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

1 −2 3 −14 0 6 21 0 −1 0

−1 1 1 2

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣3 −2 6 02 0 3 1

−1 1 1 21 0 −1 0

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣1 −2 3 −12 0 3 1

−3 3 3 62 0 −2 0

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

Page 72: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 3 Álgebra Linear68

Respostas:

a) Como det(A)=11, então det(3A)=34 · det(A)=81·11=891, onde 4 é a ordem de A.

b) Observando a matriz, nota-se que ela difere apenas na troca da primeira com a segunda linha em relação à matriz A. Portanto, o determinante aparece multiplicado por –1.

c) Nota-se que ela difere na troca da terceira com a quarta linha em relação à matriz A e, além disso, a segunda linha aparece multiplicada por 2. Portanto, o determinante aparece multiplicado por –1 e por 2.

d) Nota-se que a diferença da matriz em relação à matriz A está na primeira linha, que é igual à soma da primeira com a segunda linha de A. Nesse caso, o determinante não se altera.

e) Percebe-se que a matriz é modifi cada em relação à matriz A, já que a terceira linha aparece multiplicada por 3 e a quarta por 4, logo, esses dois fatores aparecem multiplicando o determinante original.

f)

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣2 0 3 11 −2 3 −1

−1 1 1 21 0 −1 0

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣= −det(A) = −11

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣1 −2 3 −14 0 6 21 0 −1 0

−1 1 1 2

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣= (−1).2.det(A) = −2.11 = −22

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣3 −2 6 02 0 3 1

−1 1 1 21 0 −1 0

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣= det(A) = 11

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣1 −2 3 −12 0 3 1

−3 3 3 62 0 −2 0

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣= 3.2.det(A) = 6.11 = 66

Page 73: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 3 Álgebra Linear 69

2

Calcule os determinantes:

a) b) c)

Expansão em cofatoresNo estudo do determinante de uma matriz, vimos que o determinante de uma matriz de

ordem n é dado por:

Porém, essa expressão pode ser reescrita como:

Onde Cij=(–1)i+j det(Ã

ij) e é denominado como Cofator de a

ij. A entrada Ã

ij é chamada de

Menor de aij. Portanto, o determinante pode ser expresso em função dos cofatores da

matriz A:

Fixando uma linha:

Fixando uma coluna:

Como cada elemento da matriz A corresponde a um cofator, então, é possível montar uma matriz apenas com os cofatores.

G =

(2 −23 −3

)H =

⎛⎜⎝ 0 −1 −12 0 21 1 2

⎞⎟⎠ J =

⎛⎜⎜⎜⎜⎝2 −1 0 10 2 0 −10 0 2 30 0 0 0

⎞⎟⎟⎟⎟⎠

det A =n∑

j=1

(−1)i+jaijdet(Aij )

det A =n∑

j=1

aijCij

det A =n∑

j=1

aijCij = ai1Ci1 + ai2Ci2 + . . . + ainCin

det A =n∑

i=1

aijCij = a1jC1j + a2jC2j + . . . + anjCnj

C =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣C11 C12 · · · C1n

C21 C22 · · · C2n

......

. . ....

Cn1 Cn2 · · · Cnn

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

Page 74: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 3 Álgebra Linear70

Exemplo 3Calcule a matriz de cofatores de A e encontre o determinante de A:

Encontrando os cofatores Cij=(–1)i+j det(Ã

ij):

Para encontrar o determinante de A, precisamos escolher uma linha ou uma coluna, preferencialmente a que tenha mais zeros. Vamos escolher a linha 3:

Se escolhermos a coluna 1, por exemplo, devemos encontrar o mesmo resultado:

A =

⎡⎢⎣ 2 −2 01 2 10 1 −1

⎤⎥⎦

C11 =(−1)1+1det

(2 11 −1

)C12 =(−1)1+2det

(1 10 −1

)C13 =(−1)1+3det

(1 20 1

)

C21 =(−1)2+1det

(−2 0

1 −1

)C22 =(−1)2+2det

(2 00 −1

)C23 =(−1)2+3det

(2 −20 1

)

C31 =(−1)3+1det

(−2 0

2 1

)C32 =(−1)3+2det

(2 01 1

)C33 =(−1)3+3det

(2 −21 2

)

C11 = 1.(−3) = −3 C12 = (−1).(−1) = 1 C13 = 1.1 = 1

C21 = (−1).2 = −2 C22 = 1.(−2) = −2 C23 = (−1).2 = −2

C31 = 1.(−2) = −2 C32 = (−1).2 = −2 C33 = 1.6 = 6

C =

⎡⎢⎣−3 1 1−2 −2 −2−2 −2 6

⎤⎥⎦

det A =3∑

j=1

a3jC3j = a31C31 + a32C32 + a33C33

= 0.(−2) + 1.(−2) + (−1).6 = −8

det A =3∑

i=1

ai1Ci1 = a11C11 + a21C21 + a31C31

= 2.(−3) + 1.(−2) + 0.(−2) = −8

Page 75: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 3 Álgebra Linear 71

3

Encontre a matriz dos cofatores:

a) b) c)

Desafi o

1) Por inspeção, encontre duas soluções da equação . É possível haver outras soluções? Justifi que.

2) Por que o determinante com uma linha (ou coluna) toda nula deve ser zero?

3) Mostre que a equação da reta no R2 pode ser escrita como .

4) Encontre uma equação, semelhante à presente no Desafi o 3, que descreva a equação da reta que passa por (x

0,y

0) e tem inclinação m.

Resumo

Com esta aula, você se tornou capaz de encontrar o determinante de uma matriz de qualquer ordem, diferentemente do que se aprende no Ensino Médio, quando se aprende apenas a calcular determinantes de matrizes de ordem 2 e 3 através de regras que são casos particulares da regra geral vista aqui. Você aprendeu também a utilizar as propriedades dos determinantes para evitar fazer contas desnecessárias quando se tem algumas características que facilitam o seu cálcu-lo. Nesta aula, você ainda teve a oportunidade de aprender a montar a matriz de cofatores, matriz que será muito útil quando formos estudar matrizes inversas.

G =

(2 −23 1

)H =

⎛⎜⎝ 0 −1 12 0 −11 1 0

⎞⎟⎠ J =

⎛⎜⎜⎜⎜⎝2 −1 0 10 2 0 −11 0 2 30 0 −2 0

⎞⎟⎟⎟⎟⎠

∣∣∣∣∣∣∣1 x x2

1 1 11 −3 9

∣∣∣∣∣∣∣ = 0

⎡⎢⎣ 1 x y

1 x1 y1

1 x2 y2

⎤⎥⎦ = 0

Page 76: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

Aula 3 Álgebra Linear72

AutoavaliaçãoCalcule os determinantes:

a) e)

b) f)

c) g)

∣∣∣∣∣∣∣1 0 22 −1 11 0 0

∣∣∣∣∣∣∣

d) h)

Sabendo que

∣∣∣∣∣∣∣a b c

d e f

g h i

∣∣∣∣∣∣∣ = 3 , calcule:

a) d)

b) e)

c) f)

∣∣∣∣∣−3 1−4 5

∣∣∣∣∣

∣∣∣∣∣√

2√

61

√3

∣∣∣∣∣

∣∣∣∣∣∣∣−2 1 −1

1 2 4−3 4 2

∣∣∣∣∣∣∣

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣3 −1 1 10 1 0 10 −1 1 00 0 1 −1

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

1 0 0 0 0−2 −3 0 0 0

7 2√

2 0 010 −3 6 0 05 1 2 5 3

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

0 0 0 0 −30 0 0 −2 00 0 −1 0 00 2 0 0 04 0 0 0 0

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

3 0 0 0 00 0 0 0 −20 0 2 0 00 0 0 1 00 −2 0 0 0

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

∣∣∣∣∣∣∣a b c

d e f

5g 5h 5i

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

a b c

2d + a 2e + b 2f + c

g h i

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

a b −2c

3d 3e −6f

g h −2i

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

ak + a bk + b ck + c

d e f

g h i

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣−a −b −c

g h i

−d −e −f

∣∣∣∣∣∣∣

∣∣∣∣∣∣∣g h i

a b c

d e f

∣∣∣∣∣∣∣

Page 77: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

3

4

5

6

7

Aula 3 Álgebra Linear 73

Sem calcular diretamente, encontre valores de a que satisfazem

Sem calcular diretamente, mostre que

Indique se as afi rmações são verdadeiras ou falsas. Considere A e B matrizes de ordem n.

a) Uma operação de substituição de linha não altera o determinante de uma matriz.

b) Se dois intercâmbios de linhas forem realizados em uma matriz, o novo determinante será igual ao antigo.

c) O determinante de A é igual ao determinante da diagonal principal.

d) Se det(A)=0, então duas linhas ou duas colunas são iguais ou têm todos os elementos zero.

e) det(At)=(–1)det(A)

f) det(AB)=det(BA)

g) det(2A)=2det(A)

h) det(A2)=(det(A))2

i) det(AtA)≥0

j) Se det(A3)=0 , então det(A)=0.

Prove que

Prove que

∣∣∣∣∣∣∣a2 a 22 1 10 0 −5

∣∣∣∣∣∣∣ = 0

∣∣∣∣∣∣∣y + z z + x y + x

x y z

1 1 1

∣∣∣∣∣∣∣ = 0

∣∣∣∣∣∣∣x1 y1 x1 + y1 + z1

x2 y2 x2 + y2 + z2

x3 y3 x3 + y3 + z3

∣∣∣∣∣∣∣ =

∣∣∣∣∣∣∣x1 y1 z1

x2 y2 z2

x3 y3 z3

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

x1 + y1 x1 − y1 c1

x2 + y2 x2 − y2 c2

x3 + y3 x3 − y3 c3

∣∣∣∣∣∣∣ = −2

∣∣∣∣∣∣∣x1 y1 z1

x2 y2 z2

x3 y3 z3

∣∣∣∣∣∣∣

Page 78: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 3 Álgebra Linear74

ReferênciasANTON, Howard; RORRES, Chris. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. Ed. São Paulo: Harper-Row, 1980.

LAY, David. Álgebra linear e suas aplicações. 2. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

Page 79: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 3 Álgebra Linear 75

Page 80: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 3 Álgebra Linear76

Page 81: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Inversão de matrizes: defi nição, propriedades e métodos

4Aula

Page 82: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 83: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

3

Aula 4 Álgebra Linear 79

Apresentação

No estudo de matrizes, é inevitável nos depararmos com as matrizes inversas, elas são essenciais na manipulação de sistemas matriciais e nos ajudam a entender melhor determinados sistemas e operações.

ObjetivosCalcular a matriz adjunta.

Encontrar a matriz inversa utilizando dois métodos estu-dados.

Reconhecer qual método é mais adequado em determinada situação.

Page 84: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 85: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 4 Álgebra Linear 81

Defi nição Vamos considerar duas matrizes A e B de dimensão n, onde o produto das duas é igual

à identidade:A.B=B.A=I

Quando isso acontece, dizemos que A é inversa de B e B é inversa de A, ou ainda:

A=B–1

Notação:

B=A–1

Quando uma matriz não admite inversa dizemos que ela é singular (não tem o seu par, a inversa) ou não inversível. Analogamente, quando a matriz admite inversa ela é não singular ou inversível.

PropriedadesConsiderando A, B, C e D matrizes inversíveis:

1) A:A–1 = A–1:A=I

2) (A–1)–1= A

3) (A–1)t = (A–t)1

4) (A:B)–1 = B–1:A–1

5) (A:B:C:D)–1 = D–1:(A:B:C)–1 = D–1:C– 1 (A:B)–1 = D–1:C– 1:B– 1 :A– 1

Importante: Apenas existe sentido em falar de matrizes inversas quando fala-mos de matrizes quadradas.

Page 86: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 4 Álgebra Linear82

Exemplo 1Prove que as matrizes A e B são inversas uma da outra.

Como satisfez a igualdade, então A e B são inversas uma da outra.

Métodos de inversão de matrizes

Verifi car se duas matrizes são inversas ou não é relativamente simples, basta operar uma multiplicação de matrizes, porém, se desejamos encontrar a inversa de uma matriz, então o trabalho é um pouco maior.

O primeiro passo para a obtenção da inversa de uma matriz é descobrir se a matriz admite ou não inversa, e quem nos fornecerá essa informação é o determinante da matriz. Uma matriz somente admite inversa se seu determinante for diferente de zero.

Determinante Situação da matriz

= 0 (zero) Singular

≠ 0 (zero) Não Singular

Aqui vamos mostrar duas formas de encontrar a inversa de uma matriz, usando a matriz adjunta e escalonando a matriz identidade.

Uso da matriz adjunta Primeiro, vamos defi nir a matriz adjunta. Vimos que a matriz dos cofatores é dada por:

A =

[3 51 2

]B =

[2 −5

−1 3

]

Para provar que elas são inversas, basta mostrar que A:B= B:A=I

A.B =

[3 51 2

]·[

2 −5−1 3

]=

[3.2 + 5.(−1) 3.(−5) + 5.31.2 + 2.(−1) 1.(−5) + 2.3

]=

[1 00 1

]

B.A =

[2 −5

−1 3

]·[

3 51 2

]=

[2.3 + (−5).1 2.5 + (−5).2−1.3 + 3.1 −1.5 + 3.2

]=

[1 00 1

]

Cij = (−1)i+jdet(Aij ) C =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣C11 C12 · · · C1n

C21 C22 · · · C2n

......

. . ....

Cn1 Cn2 · · · Cnn

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

Page 87: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 4 Álgebra Linear 83

A matriz adjunta da matriz A nada mais é que a matriz dos cofatores de A transposta.A

dj(A)=Ct (A)

Para encontrar a matriz inversa usando a matriz adjunta, devemos usar a equação:

Por essa equação, fi ca claro perceber por que uma matriz com determinante igual a zero não admite inversa. Com o determinante zero surge uma inconsistência.

Exemplo 2Encontre a inversa de H usando a adjunta.

A−1 =1

det AA

dj(A)

Primeiro devemos encontrar a matriz dos cofatores: .

H =

⎡⎢⎣ 2 −2 01 2 10 1 −1

⎤⎥⎦

Cij = (−1)i+jdet(Hij )

C11 =(−1)1+1det

(2 11 −1

)C12 =(−1)1+2det

(1 10 −1

)C13 =(−1)1+3det

(1 20 1

)

C21 =(−1)2+1det

(−2 0

1 −1

)C22 =(−1)2+2det

(2 00 −1

)C23 =(−1)2+3det

(2 −20 1

)

C31 =(−1)3+1det

(−2 0

2 1

)C32 =(−1)3+2det

(2 01 1

)C33 =(−1)3+3det

(2 −21 2

)

Logo, a matriz adjunta será:

Adj

(H) = Ct =

⎡⎢⎣−3 1 1−2 −2 −2−2 −2 6

⎤⎥⎦t

=

⎡⎢⎣−3 −2 −21 −2 −21 −2 6

⎤⎥⎦

C11 = 1.(−3) = −3 C12 = (−1).(−1) = 1 C13 = 1.1 = 1

C21 = (−1).2 = −2 C22 = 1.(−2) = −2 C23 = (−1).2 = −2

C31 = 1.(−2) = −2 C32 = (−1).2 = −2 C33 = 1.6 = 6

C =

⎡⎢⎣−3 1 1−2 −2 −2−2 −2 6

⎤⎥⎦

Page 88: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 4 Álgebra Linear84

Para encontrar o determinante de H, precisamos escolher uma linha ou uma coluna, vamos escolher a linha 1.

Uso da matriz identidadePor defi nição, toda matriz inversível é equivalente à matriz identidade. Então, imagine

que podemos realizar operações elementares sobre uma matriz A, até que consigamos obter a matriz identidade como resultado. Caso isso não seja possível, implica dizer que se trata de uma matriz não inversível.

Partindo dessa característica, vamos supor que uma determinada matriz A possua in-versa. Se partirmos de A e aplicarmos operações elementares podemos chegar à matriz identidade.

A∼I

Para encontrarmos a inversa de A (ordem n) utilizando essa característica, devemos partir não somente de A, mas da composição da matriz A com a matriz identidade.

1

Use a matriz adjunta para encontrar a inversa de:

a) b) c)

det H =3∑

j=1

h1jC1j = h11C11 + h12C12 + h13C13

= 2.(−3) + (−2).1 + 0.1 = −8

Calculando a inversa:

H−1 =1

det HA

dj(H)

H−1 =1

(−8)

⎡⎢⎣−3 −2 −21 −2 −21 −2 6

⎤⎥⎦ =

⎡⎢⎣ 3�81�4

1�4−1�81�4

1�4−1�81�4

−3�4

⎤⎥⎦

G =

(2 −23 1

)H =

⎛⎜⎝ 0 −1 12 0 −11 1 0

⎞⎟⎠ J =

⎛⎜⎜⎜⎜⎝2 −1 0 10 2 0 −11 0 2 30 0 −2 0

⎞⎟⎟⎟⎟⎠

Page 89: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 4 Álgebra Linear 85

Ao manipularmos essa matriz composta com as operações elementares, tomamos como objetivo transformar o lado esquerdo na matriz identidade, dessa forma, obteremos, do lado direito, a matriz inversa de A.

Exemplo 3Encontre a inversa de H usando as operações e a matriz identidade.

O objetivo agora é utilizar as operações elementares para colocar a matriz identidade no lugar da matriz H.

Primeira operação, vamos deixar o número 1 na posição inicial:

[A I] ∼

⎡⎢⎢⎢⎢⎣a11 a12 · · · a1n 1 0 · · · 0a21 a22 · · · a2n 0 1 · · · 0

......

. . ....

......

. . ....

an1 an2 · · · ann 0 0 · · · 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

H =

⎡⎢⎣ 2 −2 01 2 10 1 −1

⎤⎥⎦

Primeiro passo é montar a matriz estendida:

Agora vamos zerar o elemento abaixo desse 1:

[H I] =

⎡⎢⎣ 2 −2 0 1 0 01 2 1 0 1 00 1 −1 0 0 1

⎤⎥⎦

L2 = L2− L1 [H I] =

⎡⎢⎣ 1 −1 0 1�2 0 00 3 1 −1�2 1 00 1 −1 0 0 1

⎤⎥⎦

L1 = L1/2 [H I] =

⎡⎢⎣ 1 −1 0 1�2 0 01 2 1 0 1 00 1 −1 0 0 1

⎤⎥⎦

A I A-1I~

Page 90: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 4 Álgebra Linear86

Importante: Os passos não seguem uma ordem específi ca, pode ser seguida qualquer sequência, porém o resultado sempre deve ser o mesmo, indepen-dente do caminho. Outro ponto importante é que a operação escolhida deve ser aplicada à linha toda e não somente na primeira parte.

Como obtemos do lado esquerdo a matriz identidade, então, do lado direito, temos a inversa de A.

L1 = L1 + L3 [H I] ∼

⎡⎢⎣ 1 0 −1 1�2 0 10 3 1 −1�2 1 00 1 −1 0 0 1

⎤⎥⎦

L2 = L2− 2L3 [H I] ∼

⎡⎢⎣ 1 0 −1 1�2 0 10 1 3 −1�2 1 −20 1 −1 0 0 1

⎤⎥⎦

L3 = L3− L2 [H I] ∼

⎡⎢⎣ 1 0 −1 1�2 0 10 1 3 −1�2 1 −20 0 −4 1�2 −1 3

⎤⎥⎦

L3 = −L3/4 [H I] ∼

⎡⎢⎣ 1 0 −1 1�2 0 10 1 3 −1�2 1 −20 0 1 −1�8

1�4−3�4

⎤⎥⎦

L1 = L1 + L3 [H I] ∼

⎡⎢⎣ 1 0 0 3�81�4

1�40 1 3 −1�2 1 −20 0 1 −1�8

1�4−3�4

⎤⎥⎦

L2 = L2− 3L3 [H I] ∼

⎡⎢⎣ 1 0 0 3�81�4

1�40 1 0 −1�8

1�41�4

0 0 1 −1�81�4

−3�4

⎤⎥⎦

Page 91: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 4 Álgebra Linear 87

Exemplo 4Encontre a inversa de G usando as operações elementares e a matriz identidade.

Primeiro passo é montar a matriz estendida:

O objetivo agora é utilizar as operações elementares para colocar a matriz identidade no lugar da matriz G.

Como na primeira posição temos um zero, vamos fazer uma troca de linhas:

[H I] ∼ [I H−1] =

⎡⎢⎣ 1 0 0 3�81�4

1�40 1 0 −1�8

1�41�4

0 0 1 −1�81�4

−3�4

⎤⎥⎦

H−1 =

⎡⎢⎣ 3�81�4

1�4−1�81�4

1�4−1�81�4

−3�4

⎤⎥⎦

G =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣0 1 0 01 0 1 0

−1 0 −1 10 0 0 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

[G I] =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣0 1 0 0 1 0 0 01 0 1 0 0 1 0 0

−1 0 −1 1 0 0 1 00 0 0 1 0 0 0 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

L1 ⇔ L2 [G I] ∼

⎡⎢⎢⎢⎢⎣1 0 1 0 0 1 0 00 1 0 0 1 0 0 0

−1 0 −1 1 0 0 1 00 0 0 1 0 0 0 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

L3 = L3 + L1 [G I] ∼

⎡⎢⎢⎢⎢⎣1 0 1 0 0 1 0 00 1 0 0 1 0 0 00 0 0 1 0 1 1 00 0 0 1 0 0 0 1

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

Page 92: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 4 Álgebra Linear88

A partir desse momento, dá para perceber que, independente da operação elementar que apliquemos, jamais será possível obter a matriz identidade do lado esquerdo. Isso ocorre porque a matriz G não possui inversa, o que pode ser facilmente constatado calculando-se o seu determinante, que é zero. Se usarmos as propriedades, percebemos que a quarta linha é resultado da soma da segunda com a terceira linha, logo,

det(G)=0

Por isso, sempre que tivermos que calcular uma inversa de uma matriz, o ideal é que calculemos antes seu determinante para saber se a tal inversa existe ou não, assim poupamos trabalho em alguns casos.

1) Em que situação é possível dizer que o produto AB = AC resulta na conclusão que B = C? Justifi que.

2) Se A é uma matriz inversível, a adjunta de A será também sempre inversível? Justifi que.

3) Existe uma codifi cação utilizando a multiplicação matricial, onde números são associados ao alfabeto:

A B C D E F G H I J K L M1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

N O P Q R S T U V W X Y Z14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

2

Use a matriz identidade e as operações elementares para encontrar a inversa de:

a) b) c)

Desafi o

G =

(2 −23 −3

)H =

⎛⎜⎝ 0 −1 12 0 −11 1 0

⎞⎟⎠ J =

⎛⎜⎜⎜⎜⎝2 −1 0 10 2 0 −10 0 2 30 0 0 0

⎞⎟⎟⎟⎟⎠

Page 93: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

Aula 4 Álgebra Linear 89

Suponhamos que a nossa mensagem seja “BELA LUA”. Podemos formar uma matriz

Agora considere C uma matriz qualquer 3x3 inversível, .

C é chamada de matriz chave para o código.Transmitimos essa nova matriz M · C. Responda:

a) Quem recebe a mensagem (M · C), como deve decodifi cá-la?

AutoavaliaçãoEncontre a inversa de B:

a) c)

b) d)

3x3 assim: , que usando a correspondência numérica fi ca:

⎡⎢⎣ B E L

A − L

U A −

⎤⎥⎦

Multiplicando a mensagem M por C, obtemos .

b) Supondo que você recebeu a matriz traduza a mensagem.

Resumo

Nesta aula, você aprendeu o conceito de matriz inversa e viu dois métodos para o seu cálculo: um utilizando a matriz identidade e outro a matriz adjunta, que é oriunda da matriz de cofatores.

M =

⎡⎢⎣ 2 5 121 0 1221 1 0

⎤⎥⎦

C =

⎡⎢⎣ 0 1 02 1 −1

−1 0 1

⎤⎥⎦

M · C =

⎡⎢⎣−2 7 7−12 1 122 22 −1

⎤⎥⎦

M · C =

⎡⎢⎣ −9 5 1438 41 −1726 18 −13

⎤⎥⎦

B =[

5]

B =

[−4 −5

5 6

]B =

⎛⎜⎝ 1 2 12 0 10 1 0

⎞⎟⎠

B =

[cos(θ) −sen(θ)sen(θ) cos(θ)

]

Page 94: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

2

3

4

5

Aula 4 Álgebra Linear90

Encontre A em cada caso.

Sejam A e B matrizes de ordem 4, sendo det(A)=–1 e det(B)=–3. Calcule:.

a) det(AB)

b) det(AA)–1

c) det(A–1)

d) det(5A)

e) det(A–3)

f) det(Bt) –1)

g) det(AB –1)

h) det((3AB)–1A)

a) c)

b) d)

a) b)

a) Calcule M–1 usando a adjunta.

b) Calcule M–1 usando operações elementares e a matriz identidade.

c) Qual método utiliza menos contas?

Encontre os valores de K que tornam as matrizes singulares.

Seja M=

⎡⎢⎢⎢⎢⎣1 3 1 12 5 2 21 3 8 91 3 2 2

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

A−1 =

[2 −13 5

]

(7A)−1 =

[−3 7

1 −2

](5At)−1 =

[−3 −1

5 2

]

(I + 2A)−1 =

[−1 2

4 5

]

[k − 3 −2−2 k − 2

] ⎡⎢⎣ 1 2 43 1 6k 3 2

⎤⎥⎦

Page 95: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 4 Álgebra Linear 91

ReferênciasANTON, Howard; RORRES, Chris. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. Ed. São Paulo: Harper-Row, 1980.

LAY, David. Álgebra linear e suas aplicações. 2. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

Page 96: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 4 Álgebra Linear92

Page 97: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Sistema de equações lineares: defi nição e métodos de resolução

5Aula

Page 98: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 99: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

3

Aula 5 Álgebra Linear 95

Apresentação

Os sistemas de equações lineares estão presentes nas mais diversas áreas, como na modelagem dos sistemas físicos, por exemplo, nos circuitos elétricos, em problemas de otimização, em que podemos citar a otimização de uma linha de produção, na economia

etc. Vários problemas corriqueiros resultam, na sua forma fi nal, em um sistema de equações lineares, o que permite uma simplifi cação e uma fácil resolução de problemas considerados inicialmente mais complexos.

Nesta aula, aprenderemos sobre como manipular os sistemas lineares e veremos também os métodos para sua resolução.

Objetivos

Identifi car sistemas lineares.

Representar os sistemas lineares na forma matricial e re-alizar as devidas manipulações.

Conhecer e aplicar corretamente os métodos de resolução de sistemas lineares.

Page 100: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
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Aula 5 Álgebra Linear 97

Defi nição Antes de começarmos a estudar sistemas lineares, vamos entender o que é uma

equação linear.Toda equação onde podemos escrever o conjunto de varáveis xi multiplicadas por pesos

sempre constantes reais ai chamamos de equação linear.aax

1+a

2x

2+a

3x

3+...+a

nxn= b

Exemplo 1Quais das equações abaixo são lineares?a) –5x –8y –10,3z = 2

b)

c) –2 + x – y = 3z

d)

e) 2x –yz +4 = 0

f)

Tomando por base que a defi nição de equação linear é sempre uma equação onde as incógnitas têm grau máximo 1 e aparecem multiplicadas por constantes, não aparecendo outra forma de multiplicação, e podendo apresentar ainda constante sem multiplicação de variável, temos que apenas as letras a, b, c e f são lineares.

Na letra d aparece a raiz de uma variável, ou seja, , não satisfazendo as condições; e na letra e aparecem duas variáveis sendo multiplicadas, o que caracteriza a não linearidade.

Um sistema de equações lineares ou sistema linear consiste em um conjunto de m equações lineares com n incógnitas:

ai e b ∈ �.

2, 5x−√

2y = 0

x− 3y −√z = 2

x + y�2 + 3 = 0

z12

⎧⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎨⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎩

a11x1 + a12x2 + . . . + a1jxj + . . . + a1nxn = b1

......

......

...ai1x1 + ai2x2 + . . . + aiixj + . . . + ainxn = bi

......

......

...am1x1 + am1x1 + . . . + amixj + . . . + amnxn = bm

i=1,2,...,m e j=1,2,...,n

Page 102: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 5 Álgebra Linear98

Existem algumas classifi cações para sistemas de equações lineares, a mais simples delas é a que diferencia os sistemas homogêneos dos não homogêneos. Os sistemas lineares homogêneos são aqueles onde os termos independentes b

i são todos nulos, mas, caso haja

ao menos um desses coefi cientes diferentes de zero, então, o sistema passa a ser classifi cado como não homogêneo.

Exemplo 2Sistemas lineares homogêneos:

Solução de sistemas lineares A solução de um sistema de equações lineares é a sequência de números tais que a

equação é satisfeita. É chamada de conjunto solução.

Por exemplo, no sistema linear {

x + y = 3x− y = 1

, se tomarmos a solução x=2 e

y=1, teremos sempre uma equação válida ao substituirmos nas duas equações, portanto, o conjunto solução desse sistema é {x, y ∈ � / x = 2, y = 1} .

A solução de um sistema de equações lineares pode ser bem determinada como mostra o exemplo acima, ou pode ser mais complexa. Por exemplo, se nos deparamos com um sistema linear formado por apenas uma equação e duas incógnitas {x+y= 5, de imediato podemos dizer que existe mais de uma solução possível (x,y) = (2,3) ou (1,4) ou (6,–1) e assim suces-sivamente. Percebemos então que esse sistema possui infi nitas soluções.

A quantidade de soluções de um sistema de equações lineares implica em uma nova classifi cação dos sistemas lineares, mostrada na Figura 1.

Sistemas lineares não homogêneos:

Figura 1 – Classifi cação de sistemas lineares quanto ao número de soluções

⎧⎪⎨⎪⎩2x + y − 3x = 0−x− z = 0x + y + x = 0

,

⎧⎪⎨⎪⎩x1 − x2 + x3 − x4 = 0x2 − x3 + x4 = 0x1 + 3x3 − 5x4 = 0

,

⎧⎪⎨⎪⎩2x + y − 3x = 0−x− z = 0x + y + x = 1

⎧⎪⎨⎪⎩x1 − x2 + x3 − x4 = 3x2 − x3 + x4 = −2x1 + 3x3 − 5x4 = 1

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Aula 5 Álgebra Linear 99

Um sistema linear pode ter ou não solução, sendo denominado de sistema possível ou impossível, respectivamente. Dentre os sistemas que admitem solução, existem os que têm apenas uma única solução (determinado) e outros que podem apresentar um conjunto infi nito de soluções (indeterminado). Os sistemas possíveis também podem ser chamados de consis-tente e os impossíveis, de inconsistente.

Sistemas equivalentesSão sistemas de equações lineares que apresentam o mesmo conjunto solução, apesar

de se apresentarem distintamente. Por exemplo, vimos anteriormente que o conjunto solução

do sistema é , já o sistema

apesar de ser diferente, também apresenta o mesmo conjunto solução: . Portanto, os dois sistemas são equivalentes.

Exemplo 3Sistemas lineares homogêneos:

a) b) c)

a) {

2a− b = 2a− b = 1

fazendo a primeira equação menos a segunda, temos:

Sistema possível determinado →Apresenta única solução.

b) vamos isolar b na primeira equação e substituir na segunda:

Dessa forma não chegamos a conclusão nenhuma.

Isso ocorre porque as duas equações apresentam a mesma informação, note que se pe-garmos a primeira equação e multiplicarmos por –2, obteremos exatamente a segunda equação. Na realidade, esse sistema de equações se resume a uma única equação: {2a –b= 1, resolvendo temos que b=2a –1 , então qualquer solução que satisfaça essa equação é solução desse sistema. Por exemplo, (a,b) = (1,1) ou (0,–1) ou (2,3) e assim sucessivamente.

{x + y = 3x− y = 1

{x, y ∈ � / x = 2, y = 1}{

3x + y = 72x− 2y = 2{3.2 + 1 = 72.2− 2.1 = 2

{2a− b = 2a− b = 1

{2a− b = 1−4a + 2b = −2

{2a− b = 1−4a + 2b = −1

2a− a = 2− 1

a = 1 Se a = 1, então, b = 0

S = {a, b ∈ � / a = 1, b = 0}

{2a− b = 1−4a + 2b = −2

⎧⎪⎨⎪⎩b = 2a− 1−4a + 2(2a− 1) = −2−2 = −2

Page 104: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 5 Álgebra Linear100

Sistema possível indeterminado → Apresenta infi nitas soluções.

c) Vamos isolar b na primeira equação e substituir na segunda:

Dessa forma, chegamos a uma inconsistência!

Isso acontece porque o sistema é impossível, não existe nenhuma combinação sequer para a e b que satisfaçam simultaneamente as duas equações.

S={Ø}Sistema Impossível → Não apresenta soluções.

Representação matricialVamos considerar um sistema de equações lineares genérico, com m equações e n

incógnitas:

1

Identifi que o sistema quanto ao número de soluções.

Se considerarmos as incógnitas em um vetor, teremos:

S = {a, b ∈ � / b = 2a− 1}

{2a− b = 1−4a + 2b = −1

⎧⎪⎨⎪⎩b = 2a− 1−4a + 2(2a− 1) = −1−2 = −1 ⇐ ERRO

⎧⎪⎨⎪⎩x + z = 12x− y + z = 0x− y = −1

⎧⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎨⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎩

a11x1 + a12x2 + . . . + a1jxj + . . . + a1nxn = b1

......

......

...ai1x1 + ai2x2 + . . . + aiixj + . . . + ainxn = bi

......

......

...am1x1 + am1x1 + . . . + amixj + . . . + amnxn = bm

X =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣x1

x2

...xn

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

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Aula 5 Álgebra Linear 101

Da mesma forma, um vetor com os termos independentes: .

Vejamos um exemplo de manipulação de sistemas lineares na forma matricial que pode levar à solução.

Consideremos um sistema linear com n equações e n incógnitas, onde sabemos que a matriz dos coefi cientes admite inversa.

AX=B

Como A–1 existe, podemos multiplicar ambos os lados da equação, pela esquerda, por A–1:A–1AX= A–1B

I·X= A–1B

X= A–1B

Como sabemos, uma matriz multiplicada pela sua inversa é igual à matriz identidade e também, qualquer matriz multiplicada pela identidade é igual a ela mesma. Chegamos então à conclusão que podemos encontrar a solução de um determinado sistema linear encontrando a inversa da matriz dos coefi cientes vezes a matriz dos termos independentes.

Por fi m, montamos uma matriz com os termos coefi cientes: .

Então, poderemos escrever o sistema de equações na forma matricial: A·X = B. A → matriz dos coefi cientesB → matriz dos termos independentesX → matriz das incógnitas

Note que A tem dimensão mxn e X nx1, a multiplicação A·X resulta na dimensão mx1, exatamente a dimensão de B.

Mas, qual a vantagem de utilizar essa representação matricial? As vantagens são muitas. A primeira é a visualização, com essa representação é possível ter uma noção mais clara do sistema e de seu tamanho. Imagine também que você esteja trabalhando com um sistema enorme, com dezenas de variáveis, a organização na forma matricial facilita o controle das variáveis e viabiliza a utilização de diversos métodos de resolução de sistemas lineares, os quais veremos em seguida.

B =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣b1

b2

...bm

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

A =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣a11 a12 · · · a1n

a21 a22 · · · a2n

......

. . ....

am1 am2 · · · amn

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

Page 106: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 5 Álgebra Linear102

Exemplo 4Encontre a solução de

Passando para a forma matricial AX=B, temos:

Onde

Sabendo que X= A–1B precisamos encontrar A–1. Usando o método da identidade:[A| I]∼ [I| A–1]

2

Use a matriz inversa para encontrar a solução do sistema.

Regra de CramerA regra de Cramer é uma ferramenta útil na obtenção da solução de sistemas lineares

que apresentam n equações e n incógnitas. Ela diz que a solução xi é dada por:

{2a− b = 2a− b = 1 (

2 −11 −1

)(a

b

)=

(21

)

A =

(2 −11 −1

)X =

(a

b

)B =

(21

)

(2 −1 1 01 −1 0 1

)L1 = (L1)/2

(1 −1�2

1�2 01 −1 0 1

)L2 = L2− L1

(1 −1�2

1�2 00 −1�2

−1�2 1

)

L2 = −2L2

(1 −1�2

1�2 00 1 1 −2

)L1 = L1 + L2(1/2)

(1 0 1 −10 1 1 −2

)

Portanto, A−1 =

(1 −11 −2

)

Como, , logo, a=1 e b=0X = A−1B =

(1 −11 −2

)·(

21

)=

(10

)

S = {a, b ∈ � / a = 1, b = 0}

{x + 2y = 13x− y = −1

xi =det A

det Aii = 1, 2, 3 . . . , n

Page 107: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 5 Álgebra Linear 103

Onde:

A → matriz dos coefi cientesA

i → matriz obtida da substituição dos elementos da i-ésima

coluna de A pelos termos independentes

Note que essa regra apenas pode ser utilizada para encontrar a solução quando a matriz A for quadrada, permitindo o cálculo do determinante.

Exemplo 5

Encontre a solução de usando a regra de Cramer.

Passando para a forma matricial AX=B, temos:

Onde:

Cálculo dos determinantes:

Para calcular det(A1), substituímos a primeira coluna de A por B e para calular det(A

2)

substituímos a segunda coluna de A por B.

Então, é só aplicar na equação:

X =

⎡⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎣

x1

x2

...xi

...xn

⎤⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎦

{2x1 − x2 = −1x1 − x2 = −2 (

2 −11 −1

)(x1

x2

)=

(−1−2

)

A =

(2 −11 −1

)X =

(x1

x2

)B =

(−1−2

)

det A =

∣∣∣∣∣ 2 −11 −1

∣∣∣∣∣ = −1

det A1 =

∣∣∣∣∣ −1 −1−2 −1

∣∣∣∣∣ = −1

det A2 =

∣∣∣∣∣ 2 −11 −2

∣∣∣∣∣ = −3

x1 =det A1

det A=−1−1

= 1

x2 =det A2

det A=−3−1

= 3

S = {x1 , x2 ∈ � / x1 = 1, x2 = 3}

Page 108: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

3

Aula 5 Álgebra Linear104

O objetivo da utilização dessa matriz é que seja obtida uma matriz aumentada equivalente, manipulando com operações elementares até que se aproxime o máximo possível da matriz identidade.

Use a regra de Cramer para encontrar a solução do sistema.

Eliminação gaussiana Esse método de resolução de sistemas de equações lineares é um dos métodos mais

utilizados, principalmente por poder ser aplicado a qualquer tipo de sistema.Ele consiste em um conjunto de procedimentos que visam reduzir a matriz aumentada a

ponto de visualizar o resultado. Vejamos o que é a matriz aumentada.

Matriz aumentada É a matriz dos coefi cientes agrupada aos termos independentes. Considere um sistema

de m equações e n incógnitas, então, a matriz aumentada Aa é dada por:

Depois de obter a matriz equivalente, espera-se ler diretamente da matriz os valores das incógnitas, onde em um sistema AX = B teríamos a matriz A igual à matriz identidade e a matriz B conteria os valores das incógnitas. Porém, nem sempre é possível obter a matriz identidade, então, como saber quando parar? Isso veremos mais adiante no tópico “Forma escalonada”.

{x + 2y = 13x− y = −1

Aa =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣a11 a12 · · · a1n b1

a21 a22 · · · a2n b2

......

. . ....

...am1 am2 · · · amn bm

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

Aa ∼

⎡⎢⎢⎢⎢⎣1 0 · · · 0 s1

0 1 · · · 0 s2

......

. . ....

...0 0 · · · 1 sm

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

Page 109: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 5 Álgebra Linear 105

Exemplo 6

Quando multiplicarmos as matrizes, teremos:

Encontre a solução de usando eliminação Gaussiana.

Primeiro, vamos obter a matriz aumentada:

Aplicando operações elementares à matriz aumentada, obtemos uma matriz equivalente (os passos para obtenção dessa matriz serão discutidos em seguida):

Dessa forma, podemos ler de imediato a solução do sistema, x1=1 e x

2=3.

Outra maneira de enxergar a solução é voltar para o sistema de equações com as novas matrizes A e B:

AX = BOnde,

4

Use a eliminação Gaussiana para encontrar a solução do sistema.

{2x1 − x2 = −1x1 − x2 = −2

Aa =

(2 −1 −11 −1 −2

)

Aa ∼(

1 0 10 1 3

)

(1 00 1

)(x1

x2

)=

(13

)A =

(1 00 1

), B =

(13

)

{x1 = 1x2 = 3

{x + 2y = 13x− y = −1

Page 110: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 5 Álgebra Linear106

Matrizes na forma escalonada reduzida por linhas:

Identifi cação da forma escalonada

Quando atingimos nosso objetivo com a eliminação Gaussiana, dizemos que obtivemos a forma escalonada, porém, nem todo sistema linear permite que seja obtida na forma fi nal a matriz identidade, sistemas com o número de equações diferente do número de incógnitas, por exemplo. Para identifi carmos se uma determinada matriz encontra-se na forma escalonada por linhas, devemos identifi car as seguintes características:

� o primeiro algarismo não nulo de uma linha não nula é 1, o qual chamamos de líder ou pivô;

� todas as linhas nulas estão na parte inferior;

� considerando duas linhas não nulas, o líder da linha inferior está sempre mais à direita do que o líder da linha superior.

Porém, existe outra nomenclatura que oferece também a solução do sistema, que é a forma escalonada reduzida por linhas, ela apresenta como características todas as citadas para a forma escalonada por linhas mais uma, a saber: � cada coluna que contém um líder tem zeros nas demais entradas

Exemplo 7Matrizes na forma escalonada por linhas:

Procedimento para obtenção da forma escalonadaA forma escalonada é única para cada matriz, porém, os passos intermediários são livres,

o que gera matrizes intermediárias diferentes. Para nortear o escalonamento, vamos estabelecer um procedimento para a obtenção da forma escalonada por linhas.

⎛⎜⎝1 2 00 1 10 0 1

⎞⎟⎠,

⎛⎜⎝1 0 00 0 10 0 0

⎞⎟⎠,

(0 1 10 0 1

),

(0 10 0

),

⎛⎜⎝1 −1 0 30 1 2 50 0 1 −1

⎞⎟⎠,

⎛⎜⎝0 1 3 30 0 0 10 0 0 0

⎞⎟⎠

⎛⎜⎝1 0 00 1 00 0 1

⎞⎟⎠,

⎛⎜⎝1 0 00 0 10 0 0

⎞⎟⎠,

(0 1 00 0 1

),

(0 10 0

),

⎛⎜⎝1 0 0 30 1 0 50 0 1 −1

⎞⎟⎠,

⎛⎜⎝0 1 3 00 0 0 10 0 0 0

⎞⎟⎠

Page 111: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 5 Álgebra Linear 107

Passos

1) Identifi que a coluna não-nula mais à esquerda.

2) Se necessário, troque linhas para obter um elemento não nulo no topo da coluna a fi m de completar o passo 1.

3) Faça divisões ou multiplicações para obter o número 1 no topo da coluna.

4) Some múltiplos da primeira linha às demais para obter zeros nos elementos abaixo do pivô.

5) Ignore a primeira linha e repita os passos anteriores.

Para obter a forma escalonada reduzida por linha, devemos acrescentar: o passo 6:

6) Faça divisões ou multiplicações para reduzir a zero os elementos acima de cada líder na mesma coluna.

IMPORTANTE: O método de eliminação Gaussiana compreende os cinco pri-meiros passos, porém, o método completo, incluindo o sexto passo, é chama-do de método de eliminação de Gauss-Jordan.

Exemplo 8Obtenha a solução do sistema por meio da forma escalo

nada reduzida por linhas da matriz associada.

Passando para a forma matricial:

Veja abaixo os passos do método que devem ser seguidos.

1) Identifi que a coluna não-nula mais à esquerda → primeira coluna.

2) Se necessário, troque linhas para obter um elemento não nulo no topo da coluna a fi m de completar o passo um → não é necessário.

3) Faça divisões ou multiplicações para obter o número 1 no topo da coluna:

{2x1 − x2 + x3 = −1x1 − x2 + x3 = −2

Aa =

(2 −1 1 −11 −1 1 −2

)

L1 = L1/2 Aa ∼(

1 −1�21�2

−1�21 −1 1 −2

)

Page 112: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 5 Álgebra Linear108

4) Some múltiplos da primeira linha às demais para obter zeros nos elementos abaixo do pivô:

5) Ignore a primeira linha e repita os passos anteriores:

1 - Identifi que a coluna não-nula mais à esquerda → segunda coluna.2 - Se necessário, troque linhas para obter um elemento não nulo no topo da coluna a fi m de completar o passo um → não é necessário.3 - Faça divisões ou multiplicações para obter o número 1 no topo da coluna:

Encontramos a forma escalonada por linhas. Para encontrarmos a forma escalonada reduzida por linhas, devemos aplicar o passo 6.6) Faça divisões ou multiplicações para reduzir a zero os elementos acima de cada líder na

mesma coluna.

→Matriz escalonada reduzida por linhas.

Para encontrarmos a solução do sistema, voltaremos para a forma de equações:

L2 = L2− L1 Aa ∼(

1 −1�21�2

−1�20 −1�2

1�2−3�2

)

L1 = L1/2 Aa ∼(

1 −1�21�2

−1�21 −1 1 −2

)

L2 = L2(−2) Aa ∼(

1 −1�21�2

−1�20 1 −1 3

)

L1 = L1 + L2(1/2) Aa ∼(

1 0 0 10 1 −1 3

)

AX = B onde A =

(1 0 00 1 −1

), B =

(13

)

S ⇒

⎛⎜⎝ x1

x2

x3

⎞⎟⎠ =

⎛⎜⎝ 13 + x3

x3

⎞⎟⎠ = x3

⎛⎜⎝ 011

⎞⎟⎠ +

⎛⎜⎝ 130

⎞⎟⎠

(1 0 00 1 −1

)⎛⎜⎝ x1

x2

x3

⎞⎟⎠ =

(13

){

x1 = 1x2 − x3 = 3→ x2 = 3 + x3

S = {x1 , x2 , x3 ∈ � / x1 = 1, x2 = 3 + x3}

ou

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Aula 5 Álgebra Linear 109

5

Encontre a forma escalonada da matriz resultante do sistema linear:

Posto de uma matriz O conceito de posto de matrizes está intimamente relacionado com o tipo de solução de

sistemas de equações lineares e se aplica a matrizes quadradas ou não.Posto ou característica de uma matriz é o número de linhas não nulas da matriz quando na

forma escalonada por linhas. Outra defi nição, levando-se em conta os determinantes, diz que o posto de uma matriz A é a ordem da maior submatriz possível com determinante diferente de zero que se consegue obter de A.

Exemplo 9

Encontre o posto de

Escalonando tem-se:

Logo, P(F)=2, número de linhas não nulas da matriz escalonada.

{x + 2y + z = 13x− z = −2

F =

⎛⎜⎝ 1 0 −1 10 2 0 00 2 0 0

⎞⎟⎠

L3 = L3− 2L2 F ∼

⎛⎜⎝ 1 0 −1 10 1 0 00 0 0 0

⎞⎟⎠

L2 =12L2 F ∼

⎛⎜⎝ 1 0 −1 10 1 0 00 2 0 0

⎞⎟⎠

Page 114: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 5 Álgebra Linear110

Teorema de Rouché-CapelliConsiderando um sistema de equações lineares com m equações e n incógnitas, o posto

da matriz dos coefi cientes (Pc) e o posto da matriz ampliada (Pa), tem-se a relação mostrada na Figura 2:

i)O sistema apresenta solução se, e somente se, Pc=Pa.ii) O sistema tem solução única se Pc=Pa=n.iii) O sistema tem infi nitas soluções se Pc=Pa≺n.

Figura 2 – Classifi cação de sistemas lineares quanto ao número de soluções baseando-se no posto.

Exemplo 10

Encontre o tipo de solução do sistema linear a) b)

a) Passando para a forma matricial:

Onde, e

Para encontrar Pc vamos usar a defi nição do determinante. No máximo, o posto de A será 3 se det(A)≠0. Calculando, temos que det(A)=0, logo o posto de A não é 3. Para que o posto seja 2, basta que encontremos uma submatriz 2x2 com determinante diferente de zero, o que é facilmente verifi cado, se pegarmos os elementos a11, a12, a21 e a22 teremos o determinante diferente de zero, logo o posto de A é dois, Pc=2.

Encontrando agora o posto da matriz ampliada, temos:

⎧⎪⎨⎪⎩2x− y + z = 0x− y − z = 1x + 2z = 0

⎧⎪⎨⎪⎩a− b + c = 1b + c = 0a− 2b = 1⎛⎜⎝ 2 −1 1

1 −1 −11 0 2

⎞⎟⎠⎛⎜⎝ x

y

z

⎞⎟⎠ =

⎛⎜⎝ 010

⎞⎟⎠

A =

⎛⎜⎝ 2 −1 11 −1 −11 0 2

⎞⎟⎠ Aa =

⎛⎜⎝ 2 −1 1 01 −1 −1 11 0 2 0

⎞⎟⎠

Page 115: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 5 Álgebra Linear 111

Como Pc≠Pa, então, o sistema é impossível, não admite solução.

b) Passando para a forma matricial:

Para encontrar Pc vamos usar a defi nição do determinante. No máximo, o posto de A será 3 se det(A)≠0. Calculando, temos que det(A)=0, logo o posto de A não é 3. Para que o posto seja 2, basta que encontremos uma submatriz 2x2 com determinante diferente de zero, o que é facilmente verifi cado, se pegarmos os elementos a11, a12, a21 e a22 teremos o determinante diferente de zero, logo o posto de A é dois, Pc=2.

Encontrando agora o posto da matriz ampliada, temos:

Como Pc=2 e Pa=2, temos que o sistema é possível, e como o sistema apresenta n=3 incógnitas, logo Pc=Pa≺n, o que caracteriza um sistema possível indeterminado, ou seja, infi nitas soluções.

L1 ⇔ L3 Aa ∼

⎛⎜⎝ 1 0 2 01 −1 −1 12 −1 1 0

⎞⎟⎠

L2 = L2− L1 Aa ∼

⎛⎜⎝ 1 0 2 00 −1 −3 12 −1 1 0

⎞⎟⎠

L3 = L3− 2L1 Aa ∼

⎛⎜⎝ 1 0 2 00 −1 −3 10 −1 −3 0

⎞⎟⎠

L2 = −L2 Aa ∼

⎛⎜⎝ 1 0 2 00 1 3 −10 −1 −3 0

⎞⎟⎠

L3 = L3 + L2 Aa ∼

⎛⎜⎝ 1 0 2 00 1 3 −10 0 0 −1

⎞⎟⎠

Pa=3 →3 linhas não nulas.

⎧⎪⎨⎪⎩a− b + c = 1b + c = 0a− 2b = 1⎛⎜⎝ 1 −1 1

0 1 11 −2 0

⎞⎟⎠⎛⎜⎝ a

b

c

⎞⎟⎠ =

⎛⎜⎝ 101

⎞⎟⎠ onde eA =

⎛⎜⎝ 1 −1 10 1 11 −2 0

⎞⎟⎠ Aa =

⎛⎜⎝ 1 −1 1 10 1 1 01 −2 0 1

⎞⎟⎠

L3 = L3− L1 Aa ∼

⎛⎜⎝ 1 −1 1 10 1 1 00 −1 −1 0

⎞⎟⎠

L1 = L1 + L2 Aa ∼

⎛⎜⎝ 1 0 2 10 1 1 00 −1 −1 0

⎞⎟⎠

L3 = L3 + L2 Aa ∼

⎛⎜⎝ 1 0 2 10 1 1 00 0 0 0

⎞⎟⎠

Pa=2 →2 linhas não nulas.

Page 116: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

Aula 5 Álgebra Linear112

1) Em que situação é possível dizer que o produto AB=AC resulta na conclusão que B=C? Justifi que.

2) Uma loja vende 3 pacotes diferentes de roupas com os preços descritos abaixo:

1 calça, 2 shorts, 3 blusas por R$ 26,00;2 calças, 5 shorts, 6 blusas por R$ 60,00;2 calças, 3 shorts, 4 blusas por R$ 40,00.

Qual o valor de cada peça?

3) Um cliente interessado em comprar salgados para uma festa pesquisou em três lojas dife-rentes e descobriu que se comprasse x quilos de coxinha, y quilos de empada e z quilos de pastel na loja Kidelícia ou na loja Gosto Gostoso gastaria R$ 260,00. Se comprasse na loja Esbaldar, economizaria R$ 10,00. Encontre x, y e z sabendo que:

Desafi o

Kidelícia Gosto gostoso EsbaldarCoxinha 40,00 50,00 50,00Empada 50,00 40,00 40,00Pastel 30,00 40,00 30,00

Preço do quilo em reais.

Resumo

Nesta aula, você aprendeu a identifi car e resolver sistemas de equações linea-res. Viu também como transformar esses sistemas de equações em um sistema matricial, o que facilita a manipulação da informação. Você teve a oportunidade ainda de aprender como resolver esses sistemas utilizando a regra de Cramer e a Eliminação Gaussiana.

AutoavaliaçãoResolva os seguintes sistemas lineares:

a) b) c)

⎧⎪⎪⎪⎪⎨⎪⎪⎪⎪⎩2a− b + c− 2d =a− b− c = 02b + 3c + d = −1a + b + c + d = 3

{2a− b + c− 2d = 1a− b− c = 0

⎧⎪⎨⎪⎩2a− b + c− 2d = 1a− b− c = 0a + 2c− 2d = −2

Page 117: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

2

3

5

6

4

Aula 5 Álgebra Linear 113

Encontre as matrizes escalonadas reduzidas por linha de:

a) b) c)

Encontre os valores de t que levam o sistema a ter única solução, infinitas soluções e nenhuma solução.

Um casal levou seu cachorro para um passeio e todos os três se pesaram, porém, a balança tinha um problema que só pesava corretamente pesos acima de 70kg, então, eles resolveram se pesar dois a dois e obtiveram as seguintes medidas:

João e Totó = 90kg

João e Maria = 130kg

Maria e totó = 75kg

Quanto pesava cada um?

Uma determinada loja de sorvete teve de lucro R$ 2.500 em um fim de sema-na. Sabendo que ele vende três tipos de sorvete (sundae – R$5,00; casquinha – R$2,00; e banana split – R$6,00), que ele vendeu 3 vezes mais casquinhas que banana split e que a quantidade de casquinhas é igual à soma de bananas split mais sundaes vendidos, indique as quantidades especificas vendidas.

Um operário ganha R$6,00 por peça produzida corretamente e perde R$2,00 por peça com defeito. Ao fim do dia, ele havia produzido 250 peças e R$500,00. Quan-tas peças ele produziu corretamente?

ReferênciasANTON, Howard; RORRES, Chris. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. Ed. São Paulo: Harper-Row, 1980.

LAY, David. Álgebra linear e suas aplicações. 2. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

⎧⎪⎪⎪⎪⎨⎪⎪⎪⎪⎩2a− b + c− 2d = 1a− b− c = 02b + 3c + d = −1a + b + c + d = 3

{2a− b + c− 2d = 1a− b− c = 0

⎧⎪⎨⎪⎩2a− b + c− 2d = 1a− b− c = 0a + 2c− 2d = −2

⎧⎪⎨⎪⎩x + ty − z = 22x− y + z = 0−x + 2y = 1

Page 118: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 5 Álgebra Linear114

Anotações

Page 119: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Defi nição de espaços vetoriais

6Aula

Page 120: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 121: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

3

Aula 6 Álgebra Linear 117

Apresentação

Espaços vetoriais é um conteúdo que requer uma visão abstrata da matemática e exige atenção e dedicação para o seu entendimento. Há uma mudança na noção que se tem de vetores, pois mostra que diversos objetos, como algumas matrizes, podem ser conside-

rados vetores. Esse conteúdo serve de ferramenta importante em diversas áreas, como, por exemplo, na computação gráfi ca e na medicina, como é o caso da concepção de tomografi as.

ObjetivosIdentifi car quando um objeto é um vetor.

Reconhecer um espaço vetorial.

Saber utilizar e entender os axiomas.

Page 122: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 123: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 6 Álgebra Linear 119

Defi nição Espaço vetorial é uma estrutura formada por um conjunto de elementos denomi-

nados vetores, nele são definidas duas operações sobre esses elementos, a adição e multiplicação por números reais.

AdiçãoA adição de cada par de vetores dentro do espaço vetorial gera um novo elemento também

pertencente ao espaço vetorial.

Se u , v ∈ E, então, z=u + v ∈ EOnde u , v e v são vetores e E um conjunto de vetores.

Multiplicação A multiplicação de cada vetor por um escalar dentro do espaço vetorial gera um novo

elemento também pertencente ao espaço vetorial.Se u ∈ E e k ∈ �, então, w = k .u ∈ EOnde u, w são vetores, k um número real e E um conjunto de vetores.

Exemplo 1Seja E o espaço vetorial que compreende todo o �2, verifi que se as operações de adição

e multiplicação por escalar são satisfeitas.Se pegarmos dois vetores genéricos dentro desse espaço u=(x

1,y

1) e v=(x

2,y

2) e uma

constante k qualquer pertencente aos reais e aplicarmos as operações:Adição: w = u+v = (x

1,y

1) + (x

2,y

2) w = (x

1+ x

2,y

1+

y

2)

Quaisquer que sejam os valores de x1, x

2, y

1 e y

2, sempre teremos um vetor resultante

da soma (w) dentro do espaço E.Multiplicação: z = k.u = k(x

1,y

1) z = (kx

1,ky

1)

Quaisquer que sejam os valores de x1, y

1 e k, sempre teremos um vetor resultante da

soma (z) dentro do espaço E.Logo, as operações são satisfeitas.

Elementos: vetores (tamanho, direção e sentido)Operações: adição e multiplicação por número real

Page 124: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 6 Álgebra Linear120

Exemplo 2Seja E o espaço vetorial que compreende o primeiro quadrante do �2, ou seja, conjunto

dos vetores onde temos as coordenadas x ≥ 0 e y ≥ 0, verifi que se as operações de adição e multiplicação por escalar são satisfeitas.

Se pegarmos dois vetores genéricos dentro desse espaço u=(x1,y

1) e v=(x

2,y

2), lem-

brando que x1, x

2, y

1 e y

2, são sempre positivos, e uma constante k qualquer pertencente aos

reais, e então aplicarmos as operações:Adição: u+v = (x

1,y

1) + (x

2,y

2) w = (x

1+ x

2,y

1+

y

2)

Quaisquer que sejam os valores de x1, x

2, y

1 e y

2, sendo sempre positivos, sempre tere-

mos um vetor resultante da soma também positivo, dentro do espaço E.Multiplicação: k.u = k(x

1,y

1) = (kx

1,ky

1)

Sendo os valores de x1, y

1 sempre positivos, basta que k assuma um valor negativo (já

que pode ser qualquer número real) para que o vetor resultante saia do primeiro quadrante, não pertencendo, portanto, ao espaço E.

Logo, a adição é satisfeita, porém a multiplicação não.

Podemos afi rmar que os espaços vetoriais são um conjunto de vetores munido de ope-rações de adição e multiplicação por escalar. Cada espaço vetorial pode ter sua própria regra para essas operações, basta que satisfaça as regras da adição, multiplicação por escalar e os axiomas. Os espaços vetoriais aos quais você deve estar mais familiarizado são os espaços vetoriais euclidianos, que correspondem aos espaços dos reais �, do plano �2, do espaço �3, ... , do �n, munidos das operações usuais de adição e multiplicação por escalar. Porém, veremos espaços vetoriais onde os vetores são matrizes e polinômios, por exemplo.

1

Seja E o espaço vetorial que compreende os vetores do �2 que estão sobre a reta x=y, verifi que se as operações de adição e multiplicação por escalar são satisfeitas.

AxiomasPara verifi car se um determinado espaço é de fato um espaço vetorial, não basta satisfazer

as operações de adição e multiplicação, há outras condições que deverão ser verifi cadas: os axiomas.

Na Tabela 1 a seguir, são descritas as operações referentes aos axiomas. Considere u, v, w vetores que pertencem ao espaço E e a,b constantes que pertencem aos reais.

Axiomaé uma premissa que não

precisa ser provada como um teorema, pois já é con-

siderada evidente, óbvia.

Page 125: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 6 Álgebra Linear 121

Tabela 1 – AxiomasAxioma Operação

Comutatividade u + v = v + uAssociatividade (u + v)+w = u+(u + w)

(a.b).u = a.(b.u)Distributividade (a+b).v = a.v+b.v

a.(u+v) = a.u+a.vVetor nulo v+0 = 0+v = vInverso aditivo (simétrico) Se v ∈ E, então, -v ∈ E, onde –v + v = v + (–v) = 0Multiplicação por 1 1.v = v

No teste dos axiomas para a comutatividade, associatividade, distributividade e multiplica-ção por 1, você deve utilizar as regras de adição e multiplicação próprias do espaço e verifi car se a igualdade se verifi ca. No caso do vetor nulo e do inverso aditivo, você deve procurar um elemento nulo e um inverso aditivo que satisfaçam a igualdade. Não necessariamente o elemen-to nulo será composto de zeros, nem o inverso aditivo será – (menos) o elemento genérico.

Exemplo 3Verifi que que o espaço das matrizes de ordem 2x2 é um espaço vetorial. Considere as

operações usuais de adição e multiplicação por escalar.Inicialmente, devemos considerar três elementos genéricos do espaço e duas constantes:

a,b constantes.

Aplicando os testes:

Adição

Somando dois elementos genéricos do espaço, u e v:

Quaisquer que sejam os elementos de u e v, o resultado da soma dos dois sempre per-tencerá ao espaço das matrizes 2x2. CONDIÇÃO SATISFEITA

u =

[u11 u12

u21 u22

]v =

[v11 v12

v21 v22

]w =

[w11 w12

w21 w22

]

u + v =

[u11 + v11 u12 + v12

u21 + v21 u22 + v22

]

Page 126: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 6 Álgebra Linear122

Multiplicação por escalar

Multiplicando um elemento genérico por uma constante:

Quaisquer que sejam os elementos de u e constante a, o resultado da multiplicação sempre pertencerá ao espaço das matrizes 2x2. CONDIÇÃO SATISFEITA

Comutatividade

Devemos verifi car se a igualdade é satisfeita: u+v=v+uConsiderando dois elementos genéricos:

Como u+v resulta na mesma matriz que v+u, então, a igualdade é satisfeita.CONDIÇÃO SATISFEITA.

Associatividade

Devemos verifi car se as igualdades são satisfeitas: (u + v)+w = u+(u + w)(a.b).u = a.(b.u)Considerando três elementos genéricos:

Como as igualdades são satisfeitas, o axioma se verifica.CONDIÇÃO SATISFEITA

a.u =

[a.u11 a.u12

a.u21 a.u22

]

u + v =

[u11 + v11 u12 + v12

u21 + v21 u22 + v22

]e v + u =

[v11 + u11 v12 + u12

v21 + u21 v22 + u22

]

(u+ v)+w =

[u11 +v11 u12 +v12

u21 +v21 u22 +v22

]+

[w11 w12

w21 w22

]=

[u11 +v11 +w11 u12 +v12 +w12

u21 +v21 +w21 u22 +v22 +w22

]

u+(v +w) =

[u11 u12

u21 u22

]+

[v11 +w11 v12 +w12

v21 +w21 v22 +w22

]=

[u11 +v11 +w11 u12 +v12 +w12

u21 +v21 +w21 u22 +v22 +w22

]

e

(a.b).u = a.b.

[u11 u12

u21 u22

]=

[a.b.u11 a.b.u12

a.b.u21 a.b.u22

]

a.(b.u) = a.

[b.u11 b.u12

b.u21 b.u22

]=

[a.b.u11 a.b.u12

a.b.u21 a.b.u22

]

Page 127: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 6 Álgebra Linear 123

Distributividade

Devemos verifi car se as igualdades são satisfeitas: a.(u+v) = a.u+a.v(a+b).u = a.u+b.u

Considerando dois elementos genéricos:Como as igualdades são satisfeitas, o axioma se verifi ca. CONDIÇÃO SATISFEITA

Vetor nulo

Devemos encontrar um elemento que somado a um elemento genérico resulte no próprio elemento genérico:

v+0 = 0+v = v

Consideremos que o vetor nulo seja

a.(u + v)=a.

[u11+v11 u12+v12

u21+v21 u22+v22

]=

[a(u11+v11) a(u12+v12)a(u21+v21) a(u22+v22)

]=

[au11+av11 au12+av12

au21+av21 au22+av22

]

a.u + a.v = a.

[u11 u12

u21 u22

]+ a.

[v11 v12

v21 v22

]=

[au11+av11 au12+av12

au21+av21 au22+av22

]

e

(a+b).u = (a+b).

[u11 u12

u21 u22

]=

[(a + b).u11 (a + b).u12

(a + b).u21 (a + b).u22

]=

[a.u11+b.u11 a.u12+b.u12

a.u21+b.u21 a.u22+b.u22

]

a.u + b.u = a.

[u11 u12

u21 u22

]+ b.

[u11 u12

u21 u22

]=

[a.u11+b.u11 a.u12+b.u12

a.u21+b.u21 a.u22+b.u22

]

n =

[n1 n2

n3 n4

]

v + n = v →[

v11 v12

v21 v22

]+

[n1 n2

n3 n4

]=

[v11 v12

v21 v22

]

v11 + n1 = v11 → n1 = 0v12 + n2 = v12 → n2 = 0v21 + n3 = v21 → n3 = 0v22 + n4 = v22 → n4 = 0

n + v = v →[

n1 n2

n3 n4

]+

[v11 v12

v21 v22

]=

[v11 v12

v21 v22

]

n1 + v11 = v11 → n1 = 0n2 + v12 = v12 → n2 = 0n3 + v21 = v21 → n3 = 0n4 + v22 = v22 → n4 = 0

Page 128: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 6 Álgebra Linear124

Logo, 0=

Portanto, o vetor nulo é CONDIÇÃO SATISFEITA, POIS O VETOR NULO EXISTE.

Inverso aditivo (elemento simétrico)

Devemos encontrar um elemento que somado a um elemento genérico resulte no vetor nulo.–v + v = v + (–v) = 0, onde 0 é o vetor nulo do espaço encontrado no item anterior.

Consideremos que inverso aditivo seja

Logo,

Portanto o inverso aditivo é

CONDIÇÃO SATISFEITA, POIS O INVERSO ADITIVO EXISTE.

Multiplicação por 1

Devemos verificar se um elemento genérico multiplicado por 1 resulta nele mesmo.1.v = v

CONDIÇÃO SATISFEITA

[n1 n2

n3 n4

]=

[0 00 0

]

s =

[s1 s2

s3 s4

]

s + v = 0 →[

s1 s2

s3 s4

]+

[v11 v12

v21 v22

]=

[0 00 0

]

s1 + v11 = 0 → s1 = −v11

s2 + v12 = 0 → s2 = −v11

s3 + v21 = 0 → s3 = −v11

s4 + v22 = 0 → s4 = −v11

v + s = 0 →[

v11 v12

v21 v22

]+

[s1 s2

s3 s4

]=

[0 00 0

]

v11 + s1 = 0 → s1 = −v11

v12 + s2 = 0 → s2 = −v11

v21 + s3 = 0 → s3 = −v11

v22 + s4 = 0 → s4 = −v11

s =

[s1 s2

s3 s4

]=

[−v11 −v12

−v21 −v22

]

1.v = 1.

[v11 v12

v21 v22

]=

[1.v11 1.v12

1.v21 1.v22

]=

[v11 v12

v21 v22

]= v

Page 129: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 6 Álgebra Linear 125

Como todos os axiomas foram satisfeitos, então, fica comprovado que o espaço das matrizes de ordem 2x2 com as operações usuais de adição e multiplicação por escalar é um espaço vetorial.

Exemplo 4Verifique se o espaço formado pelos elementos do �2, u=(x

1,y

1) e v=(x

2,y

2) com as

seguintes operações:Adição: u+v = (3y

1+3y

1–x

1–x

2)

Multiplicação por escalar: a.u=(3.a.y1,–a.x

1)

Como foi mencionado anteriormente, as operações de adição e multiplicação por escalar podem ser diferentes das que estamos acostumados, é como se cada espaço tivesse liberdade para definir como dois elementos são somados e como deve ser multiplicado por um escalar. Vamos testar os axiomas.

Adição

Somando dois elementos genéricos do espaço, u e v:u+v = (x

1,y

1) + (x

2,y

2) = (3y

1+3y

2–x

1–x

2)

Quaisquer que sejam os elementos de u e v, o resultado da soma dos dois sempre per-tencerá ao �2. CONDIÇÃO SATISFEITA

Multiplicação por escalar

Multiplicando um elemento genérico por uma constante: a.u= a.(x1,y

1)=(3.a.y

1,–a.x

1)

Quaisquer que sejam os elementos de u e constante a o resultado da multiplicação sempre pertencerá ao �2.

CONDIÇÃO SATISFEITA

Comutatividade

Devemos verificar se a igualdade é satisfeita: u+v = v+u.Considerando dois elementos genéricos:u+v = (x

1,y

1) + (x

2,y

2) = (3y

1+3y

2–x

1–x

2)

v+u = (x2,y

2) + (x

1,y

1) = (3y

2+3y

1–x

2–x

1)

Como u+v resulta no mesmo vetor que v+u, então, a igualdade é satisfeita.CONDIÇÃO SATISFEITA

Associatividade

Devemos verificar se as igualdades são satisfeitas: (u + v)+w = u+(u + w)(a.b).u = a.(b.u)Considerando três elementos genéricos, onde w = (x

3,y

3):

Page 130: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 6 Álgebra Linear126

Exemplo 5 Encontre o vetor nulo e o inverso aditivo do espaço vetorial defi nido pelos elementos dos

reais positivos, com as seguintes operações de adição e multiplicação por escalar:Adição: x+y=x.y

Multiplicação por escalar: k.x=xk

Vetor nulo

Devemos encontrar um elemento que somado a um elemento genérico resulte no próprio elemento genérico

x+0 = 0+x = xConsideremos que o vetor nulo seja n.Logo, x+n = xDe acordo com a regra de soma do espaço:x+n = xx.n = x, portanto, o elemento nulo (0) desse espaço é

2

(u + v)+w = ((x1,y

1) + (x

2,y

2)) + (x

3,y

3) = (3y

1+3y

2 ,–x

1–x

2)+ (x

3,y

3)

= (3(x1,y

1) + 3y

3 , –(3y

1+3y

2) –x

3)

u+(v + w) = (x1,y

1) + ((x

2,y

2) + (x

3,y

3)) = (x

1,y

1) +(3y

2+3y

3, –x

2–x

3)

= 3y3+3(–x

2–x

3), –(3y

2+3y

3))

CONDIÇÃO NÃO SATISFEITAComo as igualdades não são satisfeitas, o axioma não se verifi ca. Ocorrendo a falha em

ao menos um axioma, pode-se dizer que o espaço analisado não é um espaço vetorial.

Seja E o espaço vetorial que compreende os vetores do �3 que estão sobre o plano x=3, ou seja, vetores do tipo (3,y,z), verifi que se o espaço é um espaço vetorial.

Inverso aditivo (elemento simétrico)

Devemos encontrar um elemento que somado a um elemento genérico resulte no vetor nulo.

–x + x = x + (–x) = 0, onde 0 é o vetor nulo do espaço encontrado no item anterior, 1.Consideremos que inverso aditivo seja s.Logo, s+x= 0 =1

De acordo com a regra de soma do espaço:s.x =1, portanto, o elemento simétrico desse espaço é

n =x

x= 1

s =1x

Page 131: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 6 Álgebra Linear 127

3

Sendo C o espaço dos números complexos, onde o elemento genérico deste espaço é z tal que z = a+bi; z ∈ C, a,b ∈ �. a é a parte real de z, e b é a parte imaginária de z. i é a chamada unidade imaginária de z e satisfaz a seguinte relação i2=–1. Considerando as seguintes operações de adição e multiplicação por escalar, verifi que se o espaço dos números complexos é um espaço vetorial.Adição: z

1+z

2 = (a

1+a

2)+ (b

1+b

2)i

Multiplicação por escalar: k.z=k.a+k.b.i

Propriedades

Sejam E um espaço vetorial, u um vetor de E e k um número real.1 – O escalar zero multiplicado por qualquer elemento do espaço resulta sem-pre no vetor nulo.

0.u = 02 – Qualquer escalar multiplicado pelo vetor nulo resulta sempre no vetor nulo.

k.0 = 03 – O escalar –1 multiplicado por qualquer elemento do espaço resulta sempre no inverso aditivo.

(–1).u = –u4 – Se o produto de um escalar qualquer por um vetor do espaço resultar no vetor nulo, então, ou o escalar é zero ou o vetor é o vetor nulo.

Se k.u=0, então k=0 ou u=05 – Cada espaço vetorial tem apenas um único vetor nulo.6 – Todo espaço vetorial tem apenas um inverso aditivo para cada elemento.

1) O espaço formado pelos pontos dentro do círculo unitário no plano XY, ou seja,{ x,y ∈ �/x2+y2≤1}, com operações usuais de adição e multiplicação por escalar, é um espaço vetorial? Justifi que.

2) A expressão h(t) = a.cos(ωt)+b.sen(ωt), onde ω é constante e a, b podem assumir qualquer valor real, defi ne o movimento oscilatório de um sistema massa-mola preso em uma extremidade no teto e puxada para baixo, onde h defi ne seu deslocamento em relação ao repouso. Mostre que o conjunto de todas as funções possíveis (variantes com a e b dependendo das características físicas) é um espaço vetorial.

Desafi o

Page 132: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Resumo

Aula 6 Álgebra Linear128

3) O conjunto que contém um único elemento Q, com as operações defi nidas abaixo, é um espaço vetorial? Justifi que.

Adição: Q+Q=Q

Multiplicação por escalar: k.Q = Q

AutoavaliaçãoVerifi que se o espaço defi nido, com as operações de adição e multiplicação por escalar

especifi cadas, é um espaço vetorial.

1) Espaço: �2 (x,y) Adição: (x

1,y

1) + (x

2,y

2) = (x

1+x

2 , y

1+y

2)

Multiplicação por escalar: k.(x1,y

1) = (k.x

1,y

1)

2) Espaço: �2 (x,y)Adição: (x

1,y

1) + (x

2,y

2) = (x

1,y

2)

Multiplicação por escalar: k.(x1,y

1) = (k.x

1, k.y

1)

3) Espaço: �2 (x,y)Adição: (x

1,y

1) + (x

2,y

2) = (x

1+x

2 , y

1+y

2)

Multiplicação por escalar: k.(x1,y

1) = (k2.x

1, k2.y

1)

4) Espaço: Matrizes 2x2 na forma

Adição e Multiplicação por escalar: usuais.

5) Espaço: �2 (x)Adição: x

1+x

2 = máximo (x

1,x

2)

Multiplicação por escalar: k.x1 = k.x

1

Nesta aula introdutória sobre espaços vetoriais, você percebeu que nem sem-pre o que temos como regra é válida em todas as situações. Você aprendeu a reconhecer um espaço vetorial, onde cada espaço é composto de vetores e de operações próprias e aprendeu também a verifi car se um determinado conjunto de vetores, munido de operações peculiares de adição e multiplicação por es-calar, é ou não um espaço vetorial.

[1 b

a 1

]

Page 133: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 6 Álgebra Linear 129

6) Espaço: polinômios na forma p(x) = b.x2, b ∈ �Adição e Multiplicação por escalar: usuais.

7) polinômios de grau máximo 3 com coefi cientes inteirosAdição e Multiplicação por escalar: usuais.

8) Espaço: matrizes 2x2

Adição: A+B = A.BMultiplicação por escalar: k.A = k.tr(A) *tr= traço da matriz.

Referências ANTON, Howard; RORRES, Chris. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. ed. São Paulo: Harper-Row, 1980.

LAY, David. Álgebra linear e suas aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

Page 134: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 6 Álgebra Linear130

Page 135: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Subespaços vetoriaise dependência linear

7Aula

Page 136: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 137: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

3

4

Aula 7 Álgebra Linear 133

Apresentação

No estudo dos espaços vetoriais, é comum termos que analisar se um determinado subconjunto de um espaço vetorial é também classifi cado como um espaço vetorial, nesse caso o subconjunto é chamado de subespaço vetorial e preserva as mesmas

características do espaço vetorial no qual está inserido. Nesta aula, além do estudo sobre os subespaços vetoriais, veremos ainda a relação de dependência linear entre vetores, que servirá de base para o estudo da geração dos espaços vetoriais.

ObjetivosReconhecer quando um subconjunto é um subespaço vetorial.

Saber quais axiomas utilizar para reconhecer um subes-paço vetorial.

Ser capaz de escrever vetores como combinação linear de outros.

Identifi car quando um grupo de vetores é dependente ou independente linearmente.

Page 138: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 139: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 7 Álgebra Linear 135

Defi nição Subespaço vetorial é um espaço vetorial que está contido em outro espaço vetorial. Imagi-

ne que conheçamos um conjunto de vetores, munidos das operações de adição e multiplicação por escalar, onde aplicamos os axiomas para verifi car se é um espaço vetorial e chegamos à conclusão que esse é, de fato, um espaço vetorial. Imagine que agora tenhamos a tarefa de verifi car se um determinado subconjunto desse espaço vetorial, analisado previamente, é também um espaço vetorial. Será que temos que refazer o teste com todos os axiomas?

A resposta é não. Se esse subconjunto está inserido em um espaço vetorial, ele preserva as características principais. Porém, existem três exigências que podem não ser satisfeitas quando consideramos uma parte apenas do espaço vetorial. A primeira é o vetor nulo, todo espaço vetorial deve ter o vetor nulo e quando selecionamos um subconjunto de um espaço vetorial corremos o risco de não incluir o vetor nulo; outra exigência é que a adição de dois vetores pode resultar em um vetor fora desse subconjunto, assim como a multiplicação por escalar.

Exemplo 1Seja E o espaço vetorial que compreende todo o �2, vejamos na Figura 1 alguns exemplos

de subespaços e não subespaços desse espaço vetorial.

Para ser subespaço, o subconjunto deve satisfazer as propriedades citadas a seguir. � Conter o vetor nulo do espaço vetorial no qual está inserido. � Adição: dois vetores do subconjunto somados devem pertencer ao subconjunto. � Multiplicação por escalar: Um vetor do subconjunto quando multiplicado por

uma constante qualquer pertencente aos números reais deve resultar em um vetor também pertencente ao subconjunto.

y

Não subespaços do � Subespaços do �

X

(a)

y

x

yy

x

y y

x

y y

x xa-1

-1

11

(b) (c) (d) (e) (f)

� 2

2 2

Figura 1 – Espaço vetorial �2 e subconjuntos.

Page 140: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 7 Álgebra Linear136

Analisemos no Quadro 1 as regiões do espaço vetorial �2, a, b, c, d, e e f, mostradas na Figura 1, sempre tendo em mente que para ser um subespaço é necessário satisfazer as três propriedades: conter o vetor nulo do espaço - nesse caso, o vetor (0,0), adição e multiplicação por escalar.

Região Vetor nulo Adição Multiplicação por escalar Conclusão

(a)OK

O segundo quadrante contém o vetor nulo.

OKQuaisquer dois vetores que tomarmos no segundo quadrante, a soma sempre estará dentro do segundo quadrante.u=(x

1,y

1) e v=(x

2,y

2) como x

1,x

2,são

sempre negativos e y1,y

2 são positivos,

então a soma u+u=(x1,+x

2,y

1,+y

2)

sempre resulta no segundo quadrante.

FALHAQuando multiplicamos um vetor no segundo quadrante por qualquer constante, podemos obter um vetor fora desse quadrante.u=(x,y) onde x é sempre negativo e y positivo, se k for uma constante negativa, logo k.u=(kx,ky) será um vetor no quarto quadrante.

Não é subespaço

vetorial

(b)

FALHAA reta não passa pela origem, logo não contém o vetor nulo do espaço.

FALHAOs vetores sobre essa reta tem a forma (a,y) onde a é o ponto que corta o eixo k. Ao somarmos dois vetores sobre essa reta u=(a,y

1) e v=(a,y

2) resultamos em

um vetor fora dessa reta.

FALHAOs vetores sobre essa reta tem a forma (a,y) onde a é o ponto que corta o eixo x. Ao multiplicarmos um vetor u=(a,y) por uma constante k resultamos em um vetor fora dessa reta. ku=(ka,ky)

Não é subespaço

vetorial

(c)OK

círculo contém o vetor nulo.

FALHAOs vetores dentro do círculo unitário u=(x

1,y

1) e v=(x

2,y

2) tem suas

coordenadas limitadas x1,x

2,y

1,y

2 ≤1,

logo, ao somarmos dois vetores com coordenadas maiores que 0,5, facilmente sairíamos do círculo.

FALHAOs vetores dentro do círculo unitário tem suas coordenadas limitadas em no máximo 1, logo, ao multiplicarmos um vetor por uma constante maior que 1, facilmente sairíamos do círculo.

Não é subespaço

vetorial

(d)

OKA reta passa pela origem, logo, contém o vetor nulo do espaço.

OKOs vetores sobre a reta têm a forma (x,x). Ao tomarmos dois vetores u=(x

1,x

1) e

v=(x2,x

2), o resultado sempre será um

vetor com coordenadas x e y iguais.

OKOs vetores sobre a reta têm a forma (x,x). Ao multiplicarmos o vetor por uma constante qualquer, sempre obteremos um vetor com coordenadas x e y iguais.

É subespaço vetorial

(e)

OKA reta passa pela origem, logo, contém o vetor nulo do espaço.

OKOs vetores sobre a reta têm a forma (x,0). Ao tomarmos dois vetores u=(x

1,0) e

v=(x2,0), o resultado sempre será um

vetor sobre a reta y=0.

OKOs vetores sobre a reta têm a forma u=(x,0). Ao multiplicarmos o vetor por uma constante k, o resultado sempre será um vetor sobre a reta y=0.

k.u=(kx,0)

É subespaço vetorial

(f)

OKA reta passa pela origem, logo, contém o vetor nulo do espaço.

OKOs vetores sobre a reta têm a forma (0,y). Ao tomarmos dois vetores u=(0,y

1) e

u=(0,y2), o resultado sempre será um

vetor sobre a reta x=0.

OKOs vetores sobre a reta têm a forma u=(0,y). Ao multiplicarmos o vetor por uma constante k, o resultado sempre será um vetor sobre a reta x=0.

k.u=(0,ky)

É subespaço vetorial

Quadro 1 – propriedades das regiões a,b, c, d, e e f da Figura 1.

Page 141: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

1

2

Aula 7 Álgebra Linear 137

Todo espaço vetorial possui ao menos dois subespaços:

� subespaço formado apenas pelo vetor nulo;

� subespaço formado pelo próprio espaço vetorial.

Indique todos os possíveis subespaços do:

a) �2

b) �3

Descubra se o espaço das matrizes na forma D =

⎡⎢⎣ d1

d2

0

⎤⎥⎦ é subes-

paço do espaço das matrizes coluna de ordem D3x1

.

Combinação linear Quando analisamos um conjunto de vetores, em algumas situações, é possível escrever

um deles como combinação dos outros, por exemplo, o vetor (2,1) pode ser escrito como: (2,1) = (1,1) + (1,0) ou ainda(2,1) = 2(1,1) + (0,–1) ou ainda(2,1) = 3(2,3) - 2(2,4) . . .Percebemos que há uma infi nidade de formas de escrevermos um vetor como combi-

nação linear de outros. Consideremos então um conjunto de vetores V={v

1, v

2, v

3,..., v

n,} e um conjunto de

constantes pertencentes aos reais a1, a

2, a

3 ...,a

n. Se conseguirmos escrever um vetor v como

combinação dos vetores vi com os pesos a

i:

v= a1 v

1+a

2 v

2+a

3v

3+...+a

n vn

dizemos que v é combinação linear do conjunto de vetores V.

Pedir para escrever um vetor como combinação linear de um conjunto de vetores é o mesmo que pedir para encontrar os pesos que devemos multiplicar esses vetores a fi m de obter o outro.

Page 142: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 7 Álgebra Linear138

Exemplo 2Escreva o vetor u=(2,–1, 1), se possível, combinação linear do conjunto vetores onde

v1=(2,–1, 1), v

2=(0, 0, 1) e v

3=(–1, 0,1).

Escrever u como combinação linear de β consiste em encontrar os pesos que devemos multiplicar pelos vetores vi.

u=k1v

1+k

2v

2+k

3v

3

(2,–1, 1) = k1(1,1,0) + k

2(0, 0, 2) + k

3(–1, 0,1)

Resolvendo:(2,–1, 1) = (k

1, k

1, 0) + (0, 0, 2k

2) + (–k

3,0, k

3)

(2,–1, 1) = (k1 –k

3, k

1, 2k

2 + k

3)

Dependência linearDizemos que um conjunto de vetores é dependente linearmente se conseguimos escre-

ver um deles como combinação linear dos outros e independente linearmente quando não é possível.

Consideremos um conjunto de vetores v1, v

2, v

3,..., v

n ∈ β e um conjunto de constantes

a1, a

2, a

3 ...,a

n ∈ �, quando fazemos a operação a

1 v

1+a

2 v

2+a

3v

3+...+a

n vn e encontramos:

a1 = a

2 = a

3 = ... = a

n = 0

Todos os ai iguais a zero.

(LI) Conjunto de vetores Linearmente Independente

a1 ou a

2 ou a

3 ou ... ou a

n ≠ 0

Ao menos um ai diferente de zero.

(LD) Conjunto de vetores Linearmente Dependente

Quadro 2 – Conjunto de vetores LI / LD

Exemplo 3Verifique se o conjunto de vetores é Linearmente Dependente ou Independente.a) v

1=(1, 1), v

2=(2, 3) e v

3=( 0,–2)

b) v1=(1, –1), v

2=(1, 2, 3)

⎧⎪⎨⎪⎩2 = k1 − k3

−1 = k1

1 = 2k2 + k3

⎧⎪⎪⎨⎪⎪⎩k3 = k1 − 2k1 = −1

k2 =12− k3

2

⎧⎪⎨⎪⎩k3 = −3k1 = −1k2 = 2

Logo,

u[β]

= (−1, 2,−3)

Page 143: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 7 Álgebra Linear 139

a) Aplicando a regra:

Resolvendo o sistema linear:

Como existe solução para os ai diferente de zero, então, o conjunto de vetores é Linear-mente Dependente (LD).

b) Aplicando a regra:

Resolvendo o sistema linear:

Todo conjunto de vetores em que a quantidade for superior à dimensão dos vetores, o conjunto é Linearmente Dependente.

Podemos citar o Exemplo 3 –a onde o conjunto de 3 vetores de dimensão 2 é LD.

Como todas as constantes encontradas foram zero, então, o conjunto de vetores é Line-armente Independente (LI).

a1v1 + a2v2 + a3v3 = 0a1(1,−1) + a2(2, 3) + a3(0,−2) = (0, 0)(a1 ,−a1) + (2a2 , 3a2) + (0,−2a3) = (0, 0)(a1 + 2a2 ,−a1 + 3a2 − 2a3) = (0, 0)

{a1 + 2a2 = 0−a1 + 3a2 − 2a3 = 0

⎧⎨⎩ a1 = −2a2

a3 = −12a1 +

32a2 = −1

2(−2a2) +

32a2

⎧⎨⎩ a1 = −2a2

a3 =52a2

⎧⎪⎨⎪⎩⎡⎢⎣ a1

a2

a3

⎤⎥⎦ = a2

⎡⎢⎣ −21

5�2

⎤⎥⎦ , a2 ∈ �

⎫⎪⎬⎪⎭Solução:

a1v1 + a2v2 = 0 v1 = (1,−1, 0), v2 = (1, 2,−3)a1(1,−1, 0) + a2(1, 2,−3) = (0, 0, 0)(a1 ,−a1 , 0) + (a2 , 2a2 ,−3a2) = (0, 0, 0)(a1 + a2 ,−a1 + 2a2 ,−3a2) = (0, 0, 0)

⎧⎪⎨⎪⎩a1 + a2 = 0−a1 + 2a2 = 0−3a2 = 0

{a2 = 0a1 = 0

{[a1

a2

]=

[00

]}Solução:

Page 144: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

3

Desafi o

Aula 7 Álgebra Linear140

Verifique se o conjunto de vetores é LD ou LI.

a)

b)

c)

d)

e)

1) Sendo G o conjunto de todos os vetores na forma

⎡⎢⎣ 3t

−t

0

⎤⎥⎦ , G é um subespaço do �3? Justifi que.

2) Verifi que se o conjunto de todas as matrizes simétricas de ordem 2x2 é um subespaço do espaço das matrizes.

3) Seja E = �4, verifi que se F={(x; y; z ∈ �)} é um subespaço do E.

4) Seja E = �3, verifi que se F={ax+by+cz =0; x; y; z ∈ �; a; b; c; são constantes} é um subespaço do E.

4) Seja E = �3, verifi que se F={ax+by+cz =0; x; y; z ∈ �; a; b; c; são constantes} é um subespaço do E.

5) Prove que os vetores e1=(1, 0), e

2=(0, 1) e w=(r, s) são sempre LD e w é um vetor não nulo.

6) Prove que os monômios {1, x, x1, x2, x3 ...,xn)} ∈ P

n são LI.

u1 = (1, 2, 0), u2 = (−1,−1, 1), u3 = (0, 2, 3)

u1 = (1, 2, 0), u2 = (1, 0,−3), u3 = (0, 2, 3)

u1 = (1, 2, 0), u2 = (−1,−1, 1)

u1 = (1, 2, 0), u2 = (−1, 0, 1), u3 = (0, 2, 3), u4(1, 3, 2)

u1 =

[1 −10 1

], u2 =

[3 0

−2 0

], u3 =

[0 00 1

]

Page 145: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Resumo

1

2

3

Aula 7 Álgebra Linear 141

Esta aula é uma continuação de espaços vetoriais, a partir deste estudo você des-cobriu que um espaço vetorial pode conter outro espaço vetorial, que é chamado subespaço. Para verifi car se esse subconjunto é um subespaço não é necessário testar todos os axiomas, mas apenas três, o que facilita a verifi cação. Nesta aula, você aprendeu ainda como escrever um vetor como combinação de outros e como verifi car se existe dependência linear entre vetores de um mesmo conjunto.

Autoavaliação Verifi que se o conjunto é subespaço do espaço vetorial dado.

a) Se os vetores na forma (x; y +1) é subespaço do �2.

b) Se os vetores na forma (x, x, 0) é subespaço do �3

c) Se as matrizes na forma é subespaço das matrizes de ordem 2x2.

d) Se os polinômios na forma a2x2 + a

0 é subespaço dos polinômios de grau 2.

e) Se os polinômios na forma a2x2 + a

0 é subespaço dos polinômios de grau 3.

f) Se os polinômios na forma a2x2 + a

1x + a

0 com a

2, a

1 e a

0 ∈ Z¯ é subespaço dos poli-

nômios de grau 2.

Quais dos vetores abaixo são combinação linear dos vetores u1=(1,3,-1) e u

2=(0,-

2,2)?

a) (1,-1, 3)b) (0, 4, 5)c) (3, 1, 5)d) (0, 0, 0)e) (2, 2, 2)

Expresse os seguintes vetores como combinação linear de u1=(1,2,-1) e u

2=(0,1,2)

e u3=(1,-1,0).

a) (1, 3, 2)b) (0, 0, 0)

[1 p1

p2 −1

]

Page 146: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

4

5

6

Aula 7 Álgebra Linear142

c) (1, 1, 1)d) (1, 2, 1)

Expresse os seguintes vetores como combinação linear de P1= x2+2x –1, P

2=

2x2+2, P3= –x2 –x –3

a) –x2

b) 2x2+3x –3

c) –2x2+3x –3

d) 5x2 –2x

Indique se o conjunto é LD ou LI. Justifi que.

a) v1=(1,–1,0), v

2=(1, 2, –3), v

3=(1,0,0)

b) v1=(0,–3,0), v

2=(10, 0, 1)

c) v1=(4,–3,7), v

2=(2, –2, 5), v

3=(–1,–9,0), v

3=(1, 3, 0,–2)

d) p1=x2 +2x –1, p

2=2x2 +2, p

3=–x2 –x –3

e) p1=x2 +2x –1, p

2=2x2 +2, p

3=–x2 –x –3, p

4=x2 – 2x +2

f)

Sabe-se que o conjunto de vetores u1,u

2 e u

3 é LI. Indique um vetor que ao ser adi-

cionado ao conjunto transforme-o em LD. u1=(1,-1,0,0) e u

2=(1,2,-3,1) e u

3=(1,

0, 0, 1).

m1 =

[1 0 12 −1 4

], m2 =

[5 1 −20 0 1

], m3 =

[4 1 −3

−2 1 −3

]

Page 147: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 7 Álgebra Linear 143

ReferênciasANTON, Howard; RORRES, Chris. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. ed. São Paulo: Harper-Row, 1980.

LAY, David. Álgebra linear e suas aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

Page 148: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 7 Álgebra Linear144

Anotações

Page 149: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Base e dimensão

8Aula

Page 150: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 151: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

3

4

Aula 8 Álgebra Linear 147

ApresentaçãoO estudo de espaços vetoriais não estaria completo se não falássemos como eles são

formados. Nesta aula, veremos como um conjunto de vetores é utilizado como base para a geração de um espaço vetorial. Veremos ainda a maneira correta de determinar a dimensão de um espaço vetorial.

ObjetivosReconhecer se um conjunto de vetores é base de um de-terminado espaço.

Saber que espaço é formado a partir de um conjunto de vetores.

Identifi car bases de um espaço vetorial.

Saber ler a dimensão de um espaço.

Page 152: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 153: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 8 Álgebra Linear 149

Defi nição Um conjunto de vetores é identifi cado como base de um espaço vetorial quando qualquer

vetor dentro desse espaço pode ser escrito como combinação linear dos vetores desse conjunto.

Exemplo 1Sabendo que os vetores u

1=(0,–1) e u

2=(1,1) são base do �2, então sabemos que é

possível escrever qualquer vetor dentro do �2 como combinação linear de u1 e u

2.

Tomemos, por exemplo, o vetor v1=(2,3)

v1= –1.u

1+2.u

2

(2,3) = –1.(0,–1) + 2.(1,1)(2,3) = (0,1) + (2,2)Se tomarmos o vetor v

2=(–1,0)

v2= –1.u

1+(–1).u

2

(–1,0) = -1.(0,–1) - 1.(1,1)(–1,0) = (0,1) + (–1,–1)Se tomarmos o vetor v

3=(5,–11)

v3= 16.u

1+5.u

2

(5,–11) = 16.(0,–1) + 5.(1,1)(5,–11) = (0,–16) + (5,5)Qualquer que seja o vetor do �2 sempre será possível escrevê-lo como combinação linear

de u1 e u

2 porque os dois vetores formam uma base para o �2.

Porém, como saber se um conjunto de vetores é base de um determinado espaço vetorial?

Seja o conjunto de vetores β ={v1, v

2,..., v

n} que pertence ao espaço vetorial V,

dizemos que o conjunto β é base do espaço vetorial V se: β for linearmente independente (LI) eβ gerar o espaço V.

Exemplo 2Verifi que se os vetores u

1=(0,–1) e u

2=(1,1) são base do �2.

Primeiro verifi caremos se o conjunto é LI: k

1u

1 + k

2u

1 = 0

k1 (0,-1) + k

2 (1,1) = (0,0)

(k2 , - k

1+ k

2) = (0,0){

k2 = 0−k1 + k2 = 0 → k1 = 0

Page 154: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 8 Álgebra Linear150

Como k1 e k

2 são ambos iguais a zero, então os vetores são LI.

Agora veremos se o conjunto é capaz de gerar o espaço.Se os vetores são capazes de gerar o espaço, isso quer dizer que qualquer vetor desse

espaço pode ser expresso como combinação linear dos vetores da base.Vamos escrever um vetor genérico (x,y) como combinação linear de u

1 e u

2.

(x,y) = k1u

1 + k

2u

2

(x,y) = k1 (0,-1) + k

2 (1,1)

(x,y) = (0,- k1) + (k

2, k

2)

Note que é possível escolher quaisquer valores para x e y independentemente, ou seja, podemos escolher qualquer par (x,y) do �2 que sempre haverá um par de constantes k

1, k

2

que escreverá o vetor como combinação linear dessa base, implicando na geração de todo o �2. Com isso, concluímos que os vetores são base do �2.

Exemplo 3Verifi que se os vetores v

1=(1,–1, 1) e v

3=(1, 0,1) são base do �3.

Primeiro verifi caremos se o conjunto é LI:k

1v

1 + k

2v

2 = 0

k1 (1,–1, 1) + k

2 (1, 0,1) = (0, 0, 0)

(k1 + k

2, – k

1, k

1 + k

2) = (0, 0, 0)

Como k1 e k

2 são iguais a zero, então os vetores são LI.

Agora veremos se o conjunto é capaz de gerar o espaço.Se os vetores são capazes de gerar o espaço, isso quer dizer que qualquer vetor desse

espaço pode ser expresso como combinação linear dos vetores da base.Vamos escrever um vetor genérico (x,y,z) como combinação linear de v

1 e v

2.

(x,y,z) =k1v

1 + k

2v

2

(x,y,z) =k1 (1,–1, 1) + k

2 (1, 0,1)

(x,y,z) =(k1 , – k

1, k

1 ) + (k

2, 0, k

2)

{x = k2

y = −k1 + k2

{k2 = x

k1 = x− y

logo,

⎧⎪⎨⎪⎩k1 + k2 = 0−k1 = 0k1 + k2 = 0

logo,

{k1 = 0k2 = 0

⎧⎪⎨⎪⎩x = k1 + k2

y = −k1

z = k1 + k2

logo,

{x = z

y = −k1

Page 155: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

Aula 8 Álgebra Linear 151

Verifi que se o conjunto de vetores é base do espaço indicado. Justifi que.

a) v1=(1,–1, 1, 0), v

2=(1, 0,1, 1), v

3=(0, 0, 1, 0) Espaço �4

b) v1=(1,–1, 1), v

2=(1, 0, 1), v

3=(0, 0, 1) Espaço �3

c) v1=(1,–1), v

2=(1, 1), v

3=(0, 1), Espaço �2

d) Espaço M2x2

Note que nessa situação não podemos obter qualquer valor para (x,y,z) , existe uma restrição, x=z. Dessa forma, jamais poderíamos escrever, por exemplo, o vetor (1,2,3) como combinação linear dos vetores v

1 e v

2, pois esses vetores apenas conseguem se combinar para

gerar vetores dentro do �3, cuja coordenada x seja igual à coordenada z.Portanto, esses vetores não são capazes de gerar todo o �3, logo não são base do �3.

Seja o conjunto de n vetores β ={v1, v

2,..., v

n} uma base do espaço vetorial

V, então podemos afi rmar que:Um conjunto com mais de n vetores será Linearmente Depen-dente (LD).Um conjunto com menos de n vetores não será capaz de gerar o espaço.Qualquer outra base de V terá o mesmo n (número de) vetores.

Espaço nulo O espaço nulo de uma matriz A é o espaço solução da equação AX= 0, ou seja, são

todos os possíveis vetores X que ao serem multiplicados por A, levam o resultado para um vetor nulo.

Exemplo 4Encontre uma base para o espaço nulo da matriz

v1 =

[1 10 1

], v2 =

[0 10 1

], v3 =

[2 00 0

], v4 =

[1 20 2

]

B =

[1 0 −12 1 0

]

Page 156: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 8 Álgebra Linear152

Primeiramente, devemos identificar a dimensão do vetor X e do vetor nulo resultante.Como BX= 0, e a dimensão de B é 2x3, então para que seja possível a multiplicação

BX, X só pode ser 3x1, e o vetor resultante então será 2x1. B X = 0

(2x3) (3x1) (2x1)

Se tomarmos o vetor (1, –2, 1) como base, ao multiplicá-lo por qualquer constante real obtemos um vetor sobre a reta que coincide com esse vetor, ou seja, o resultado está sobre o espaço gerado por esse vetor. O que a nossa solução diz é que qualquer que seja o valor de x

1, o

resultado da multiplicação de x1 pelo vetor (1, –2, 1) continua sendo solução do espaço nulo

de B. Portanto, podemos afirmar que o vetor (1, –2, 1) é uma base para o espaço nulo de B.S={(1, –2, 1)}

O cálculo do espaço nulo de uma matriz recai sempre sobre um sistema homogê-neo, AX = 0, o que implica que a solução trivial sempre faz parte do espaço nulo de qualquer matriz, ou seja, a solução x

1= x

2=...=x

n=0 faz parte da solução

de qualquer espaço nulo. Porém, tenha cuidado, porque apesar da solução trivial sempre fazer parte do espaço nulo, nem sempre é a única solução possível.No Exemplo 4, onde o espaço nulo é o espaço gerado pelo vetor (1, –2, 1), se escolhermos a constante x

1=0, obteremos o vetor (0,0,0), porém, esse não é o

único vetor que ao multiplicar por B resulta no vetor nulo.

2

Verifi que se o conjunto é subespaço do espaço vetorial dado.

a) b) c)

[1 0 −12 1 0

]⎡⎢⎣ x1

x2

x3

⎤⎥⎦ =

[00

]

logo,{

x1 − x3 = 02x1 + x2 = 0

{x3 = x1

x2 = −2x1⎡⎢⎣ x1

x2

x3

⎤⎥⎦ =

⎡⎢⎣ x1

−2x1

x1

⎤⎥⎦ = x1

⎡⎢⎣ 1−21

⎤⎥⎦ , onde X1 ∈ �

A =

⎡⎢⎣ 1 0 10 2 11 −1 −1

⎤⎥⎦ A =

[1�2 12 4

]A =

[1 0 2

]

Page 157: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 8 Álgebra Linear 153

Espaço Exemplo de base Dimensão

�2 (1, 0), (2, 1) dim(�2) = 2

�2 (3, 2),(–1,2) dim(�2) = 2

�3 (1, 2, 1),(0, 1, 1),(0, 0, 3) dim(�3) = 3

�n

– dim(�n) = n

M22

dim(M22

) = 4

Mpq

– dim(Mpq

) =p·q

P2

(2x2 –x +1),(–x2 +3x +3),(x2 –2x +4) dim(P2) = 3

Pn – dim(Pn) =n+ 1

Tabela 1 – Exemplos de espaços e suas dimensões.

Dimensão de um espaço vetorialA dimensão de um espaço vetorial é defi nida pela quantidade de vetores na sua base.

A Tabela 1 mostra alguns exemplos de bases e dimensão.

Bases canônicas

O espaço que tem como base um vetor nulo tem dimensão zero.Seja V um espaço vetorial de dimensão n e seja β um conjunto com n ve-

tores, então β será base de V se for Linearmente Independente.

Tabela 2 – Bases canônicas.

Espaço Base canônica

�2 (1, 0), (0, 1)

�3 (1, 0, 0),(0, 1, 0),(0, 0, 1)

�n (1, 0, ... , 0),(0, 1, 0, ... , 0), ... ,(0, 0, ... , 0, 1, 0),(0, 0, ... , 1)

M22

M23

P3

(1), (x) , (x2), (x3)

Pn

(1), (x) , (x2), (x3), ... , (xn)

As bases canônicas são as bases mais simples de cada espaço. Um vetor representado na base canônica tem seus componentes coincidentes com suas coordenadas. A Tabela 2 mostra bases canônicas de alguns espaços vetoriais.

[0 12 4

],

[1 0

−1 0

],

[2 00 −2

],

[1 31 2

]

[1 00 0

],

[0 10 0

],

[0 01 0

],

[0 00 1

][

1 0 00 0 0

],

[0 1 00 0 0

],

[0 0 10 0 0

],

[0 0 01 0 0

],

[0 0 00 1 0

],

[0 0 00 0 1

]

Page 158: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

3

Aula 8 Álgebra Linear154

Encontre a dimensão dos seguintes espaços.

a) O espaço solução do sistema linear

b) O espaço nulo da matriz

1) Encontre a base e a dimensão do espaço solução do sistema linear

Desafi o

2) Para quais valores de k os vetores u1=(k ,1,0), u

2=(1, 0, k) e u

3=(1+ k, 1, 1) constituem

uma base do �3?

3) Encontre uma base para o espaço W, onde W=E ∩ V, sendo E={(x,y,z) ∈ �3 / x +y –z = 0} e E={(x,y,z) ∈ �3 / x=y}

4) Encontre uma base para o espaço W, onde W=E ∪ V, sendo E={(x,y,z) ∈ �3 / x +y –z = 0} e E={(x,y,z) ∈ �3 / x=y}

5) Considere E um espaço vetorial de dimensão n, dim(E)=n. E seja B um conjunto de m vetores, B={v

1, v

2,..., v

m} . Analise, em cada caso, se B é base do espaço E, e sob que

condições isso pode acontecer.

a) m < n

b) m = n

c) m > n

⎧⎪⎨⎪⎩a + b− c = 0a + 2c + d = 13c− b + d = 1⎡⎢⎣ 2 1 0

0 0 10 −1 1

⎤⎥⎦

⎧⎪⎨⎪⎩x1 − x2 − x4 = 0x3 + x1 = 1x2 + x4 = 2

Page 159: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Resumo

1

2

Aula 8 Álgebra Linear 155

Nesta aula, você compreendeu como os espaços vetoriais são formados a partir de vetores que constituem a base do espaço. Viu como identifi car se um conjunto de vetores é base ou não de um determinado espaço e descobriu também como encontrar a dimensão de cada espaço em função do número de vetores que compõem a sua base.

AutoavaliaçãoExplique por que o conjunto de vetores não é base do espaço indicado.

a) u1=(1,-1,0,0), u

2=(1,2,-3,1) → �3

b) u1=(1,-1,0,0), u

2=(1,2,-3,1) , u

3=(0,1,-3,0), u

4=(1,2, 0,-2) → �3

c)

d) u1=(1,-1), u

2=(0,0) → �2

e) u1=(2,2), u

2=(1,0) → {(x,y) ∈ �3 / y=x}

f) u1= x2 –x +2, u

2=(1,0) → P

2

Mostre se o conjunto de vetores é base do espaço indicado.

a) u1=(1,-1,0,0), u

2=(1,2,-3,1), u

3=(0,1, 0,1) → �3

b) u1=(1,0), u

2=(2,-2) → �2

c) u1=(8,-2), u

2=(-4,1) → �2

d) u1=(2,1,-1), u

2=(1,0,1) → {(x,y) ∈ �3 / x=3y+z}

e)

u1 =

[2 01 3

], u2 =

[−1 2

0 1

]→ M2×2

u1 =

[1 00 1

], u2 =

[1 11 1

]→

{[a b

c d

]∈M2×2 / a = d, b = c

}

Page 160: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

3

4

Aula 8 Álgebra Linear156

f) u1= x2 –x +2, u

2= 2x2 + 2x –1, u

3= x2 + x +3 →{(a

2x2 + a

1x + a

0) ∈ P

2/

a0=a

1}

Identifi que que espaço é gerado a partir da base dada e qual sua dimensão.

a) u1=(1,3), u

2=(-3,3)

b) u1=(0,0)

c) u1=(-2,1)

d) u1=(0, 1,3), u

2=(1,0,2)

e) u1=(-2, 1, 3)

f)

g)

h) u1= –x –2, u

2= 2x2

i) u1= x4 + 2x3 –x2, u

2= 2x2

Identifi que e encontre bases para os espaços indicados.

a) {(x,y) ∈ �2 / x=2y}

c) {(x,y) ∈ �2 / y=0}

d) {(x,y,z) ∈ �3 / x=y+z}

e) {(x,y,z) ∈ �3 / x=0}

f)

g)

h) {(a2x2 + a

1x + a

0) ∈ P

2 / a

0=–a

1}

u1 =

[1 0 −12 0 0

], u2 =

[0 1 3

−1 0 2

]

u1 =

[0 10 0

], u2 =

[0 11 0

], u3 =

[−1 0

2 −1

]

{[a b

c d

]∈M2×2 / d = 0

}{[

a b c

d e f

]∈M2×3 / a = b = c, d = e = f = 0

}

Page 161: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

5

Anotações

Aula 8 Álgebra Linear 157

Encontre uma base para o espaço nulo da matriz A

a) c)

b) d)

A =

⎡⎢⎣ 1 0 −10 0 21 2 0

⎤⎥⎦

A =

⎡⎢⎣ 2 0 31 0 0

−1 0 0

⎤⎥⎦

A =

⎡⎢⎣ 1 1 0 0 −11 1 1 0 11 1 0 1 0

⎤⎥⎦

A =[

0 1 0]

ReferênciasANTON, Howard; RORRES, Chris. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. ed. São Paulo: Harper-Row, 1980.

LAY, David. Álgebra linear e suas aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

Page 162: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 8 Álgebra Linear158

Anotações

Page 163: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Produto Interno

9Aula

Page 164: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 165: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

Aula 9 Álgebra Linear 161

Apresentação

O s espaços vetoriais são analisados de diversas formas. Os axiomas, apesar de explora-rem a interação entre vetores e escalares, não são sufi cientes para abordar uma análise completa desses vetores. Questões como ângulos, ortogonalidade, distância precisam

de outra ferramenta para sua análise. Nesta aula, será fornecido um operador que é capaz de prover essa análise complementar, servindo de base para a solução de muitos problemas aplicados: é o produto interno.

ObjetivosSaber utilizar e identifi car os axiomas para produto interno.

Aprender a calcular norma, ângulo e distância de vetores utilizando o produto interno.

Page 166: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 167: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 9 Álgebra Linear 163

Defi nição O produto interno é uma função que leva um par de vetores de um determinado espaço vetorial

a um número real.

Notação

Produto interno entre os vetores u e v: ⟨ u, v ⟩ ou u • v

Vimos na aula sobre espaços vetoriais que cada espaço pode apresentar sua própria regra para adição de vetores e multiplicação de um vetor por um escalar, e algumas vezes essas regras podem ser “estranhas” para nós. Com o produto interno ocorre a mesma coisa: cada espaço vetorial pode apresentar uma regra diferente para o produto interno. Então como saber se uma determinada regra é ou não uma regra válida para um produto interno?

AxiomasPara verifi carmos se uma função é ou não uma regra válida para o produto interno, de-

vemos testar 4 axiomas, de modo que se um deles falhar, já podemos dizer que a regra não é uma regra para produto interno. Os axiomas são mostrados na Tabela 1 a seguir.

Tabela 1 – Axiomas para o produto interno.

Axioma Regra Comentário

Simetria ⟨ u, v ⟩ = ⟨ v, u ⟩ A ordem de aplicação dos vetores no produto interno não pode fazer diferença

Aditividade ⟨u+w, v⟩ = ⟨ v, u ⟩ + ⟨ w, v ⟩A adição (e subtração) dentro do produto interno pode ser desmembrada em quantas somas forem

necessárias

Homogeneidade ⟨ ku, v ⟩ = k⟨ v, u ⟩Sempre que uma constante aparecer

multiplicando um vetor, essa constante pode ser retirada do produto interno

Positividade ⟨ v, v ⟩ ≥ 0 e ⟨ v, v ⟩ = 0 , somente se v=0

O produto interno de um vetor com ele mesmo sempre resulta em um valor positivo, e só pode

ser zero se o vetor for o vetor nulo

Page 168: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 9 Álgebra Linear164

Exemplo 1 Sendo u e v vetores pertencentes ao �3, verifi que se o produto

é um produto interno válido. u=(x1,y

1,z

1) e v=(x

2,y

2,z

2).

Testando os axiomas:Simetria: ⟨ u, v ⟩ = ⟨ v, u ⟩

Como ⟨ u, v ⟩ = ⟨ v, u ⟩ , então o axioma se verifi ca.Aditividade: ⟨ u+w, v ⟩ = ⟨ u, v ⟩ + ⟨ w, v⟩Considerando w=(x

3,y

3,z

3), então:

u+w=(x1+ x

3, y

1+ y

3, z

1+ z

3)

Nesse caso, ⟨ u+w, v ⟩ ≠ ⟨ u, v ⟩ + ⟨ w, v⟩ , logo, o axioma falha e a regra não é um pro-duto interno.

Exemplo 2 Sendo u e v vetores pertencentes ao �3, verifi que se o produto

é um produto interno válido. u=(x1,y

1,z

1) e v=(x

2,y

2,z

2).

Testando os axiomas:Simetria: ⟨ u, v ⟩ = ⟨ v, u ⟩⟨ u, v ⟩ =2x

1x

2- y

1y

2 + z

1z

2

⟨ v, u ⟩ =2x2x

1- y

2y

1 + z

2z

1

Como ⟨ u, v ⟩ = ⟨ v, u ⟩ , então o axioma se verifi ca.Aditividade: ⟨ u+w, v ⟩ = ⟨ u, v ⟩ + ⟨ w, v⟩Considerando w=(x

3,y

3,z

3), então:

u+w=(x1+ x

3, y

1+ y

3, z

1+ z

3)

⟨ (u+w), v ⟩ =2(2x1+x

3)x

2- (y

1+y

3)y

2 + (z

1+z

3)z

2

e⟨ u, v ⟩ + ⟨ w, v⟩=(2x

1x

2- y

1y

2 + z

1z

2) + (2x

3x

2- y

3y

2 + z

3z

2)

Como ⟨ u+w, v ⟩ = ⟨ u, v ⟩ + ⟨ w, v⟩ , então o axioma se verifi ca.

〈u, v〉 = x21x

22 + y2

1y22 + z2

1z22

〈u, v〉 = x21x

22 + y2

1y22 + z2

1z22

〈v, u〉 = x22x

21 + y2

2y21 + z2

2z21

〈(u + w), v〉 = (x1 + x3)2x22 + (y1 + y3)2y2

2 + (z1 + z3)2z22

〈u, v〉+ 〈w, v〉 =(x2

1x22 + y2

1y22 + z2

1z22

)+

(x2

3x22 + y2

3y22 + z2

3z22

)e

〈u, v〉 = 2x1x2 − y1y2 + z1

Page 169: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

Aula 9 Álgebra Linear 165

Verifi que se a regra é um produto interno, ⟨ u, v ⟩ =3x1x

2- 2y

1y

2 + z

1z

2 ,

sendo u e v vetores pertencentes ao �3, onde u=(x1,y

1,z

1) e v=(x

2,y

2,z

2).

Homogeneidade: ⟨ ku, v ⟩ = k⟨ v, u ⟩k.u = (k.x

1,k.y

1,k.z

1)

⟨ ku, v ⟩ = 2(k.x1)x

2- (k.y

1)y

2 + (k.z

1)z

2 = 2kx

1x

2 - ky

1y

2 + kz

1z

2

k⟨ v, u ⟩ = k.(2x1x

2- y

1y

2 + z

1z

2) = 2kx

1x

2 - ky

1y

2 + kz

1z

2

Como ⟨ ku, v ⟩ = k⟨ v, u ⟩, então o axioma se verifi ca.Positividade: ⟨ v, v ⟩ ≥ 0

Produto interno euclidiano Existe uma regra clássica para produto interno que é chamada de produto interno eucli-

diano e é defi nida como: ⟨ u, v ⟩ =u1v

1 + u

2v

2 +...+ unvn

Onde u =(u1, u

2, ... , un) e v =(v

1, v

2, ... , vn)

Existem variações do produto interno euclidiano, como é o caso do produto interno euclidiano ponderado, defi nido por: ⟨ u, v ⟩ =k

1u

1v

1 + k

2u

2v

2 +...+ knunvn

Onde k1, k

2, ... , kn são pesos, constantes reais.

Exemplo 3 Calcule o produto interno entre os vetores u =(2,-2,1,3,0) e v =(1,1,-1,0,2).Quando não há menção de qual o produto interno em questão, então se assume que o

produto interno é o euclidiano, logo:

〈v, v〉 = 2x2x2 − y2y2 + z2z2 = 2x22 − y2

2 + z22

Com essa regra, a positividade falha porque nem sempre na aplicação de um vetor com ele mesmo o resultado será maior ou igual a zero. Se tomarmos um vetor cujo módulo da coordenada y seja maior que o módulo da coordenada z somado a duas vezes o módulo da coordenada x, teremos um resultado negativo, invalidando o axioma. Portanto, a regra não é um produto interno.

*Nesse axioma, se enxergarmos uma única possibilidade de o resultado ser negativo, então podemos considerá-lo como falho. Nesse exemplo, se a regra fosse diferente e o resul-tado fosse , poderíamos dizer que o axioma se verifi cava, pois não existiria a possibilidade desse resultado ser negativo.

〈v, v〉 = 2x22 + y2

2 + z22

Page 170: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 9 Álgebra Linear166

⟨ u, v ⟩ =u1v

1 + u

2v

2 +...+ unvn

⟨ u, v ⟩ =u1v

1 + u

2v

2 +u

3v

3 + u4v4+ u4v5

⟨ u, v ⟩ =2.1+(-2).1+1.(-1)+3.0+0.2

⟨ u, v ⟩ = -1

O produto interno é uma operação que é sempre aplicada entre dois vetores, tendo como resultado um número real. Em hipótese alguma o produto interno pode ser aplicado entre três ou maios vetores.

Aplicando o produto internoNo estudo de vetores, temos a necessidade de analisar seu tamanho, os ângulos forma-

dos, as distâncias, enfi m, propriedades geométricas para compreender melhor suas aplicações. Usaremos então o produto interno para abordar algumas dessas propriedades.

Norma de um vetorA norma, ou comprimento, ou módulo, de um vetor expressa em função do produto

interno é:‖u‖ =

√〈u, u〉

A notação normalmente utilizada para a norma é: .

Distância entre dois vetoresA distância entre dois vetores nada mais é do que o comprimento (norma) do vetor

diferença entre os dois vetores, logo:

Ângulo entre dois vetores O ângulo entre dois vetores também pode ser obtido em função do produto interno:

‖u‖ ou |u|

d(u, v) = ‖u− v‖ =√〈u− v, u− v〉

cos(θ) =〈u, v〉‖u‖·‖v‖

Onde θ é o ângulo entre u e v.

Page 171: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 9 Álgebra Linear 167

Exemplo 4 Conhecendo-se os vetores u =(2,-2,1,3,0) e v =(1,1,-1,0,2). Calcule:

a) A norma de u

b) A norma de v

c) A distância entre u e v

d) O ângulo entre u e v

a) A norma de u

‖u‖ =√〈u, u〉

‖u‖ =√〈(2,−2, 1, 3, 0), (2,−2, 1, 3, 0)〉

‖u‖ =√

22 + (−2)2 + 12 + 32 + 02

‖u‖ =√

18

b) A norma de v

‖v‖ =√〈v, v〉

‖v‖ =√〈(1, 1,−1, 0, 2), (1, 1,−1, 0, 2)〉

‖v‖ =√

12 + 12 + (−1)2 + 02 + 22

‖v‖ =√

7

c) A distância entre u e v

(u− v) = (2,−2, 1, 3, 0)− (1, 1,−1, 0, 2) = (1,−3, 2, 3,−2)

d(u, v) = ‖u− v‖ =√〈u− v, u− v〉

d(u, v) =√〈(1,−3, 2, 3,−2), (1,−3, 2, 3,−2)〉

d(u, v) =√

12 + (−3)2 + 22 + 32 + (−2)2

d(u, v) =√

27

d) O ângulo entre u e v

cos(θ) =〈u, v〉‖u‖·‖v‖

Page 172: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

2

Aula 9 Álgebra Linear168

Calcule o ângulo entre os vetores w1 e w

2, w

1 e w

3, w

2 e w

3.

w1=(-1,1,2), w

2=(1,-1,0) e w

3=(-2,2,0)

cos(θ) =〈u, v〉‖u‖·‖v‖

cos(θ) =〈(2,−2, 1, 3, 0), (1, 1,−1, 0, 2)〉

‖u‖·‖v‖

cos(θ) =2·1 + (−2)·1 + 1·(−1) + 3·0 + 0·2√

18·√7

cos(θ) =−1√126

= − 111, 22

= −0, 089

θ = cos−1(−0, 089)

θ = 95, 11◦

Propriedades (u, v e w são vetores do espaço vetorial V e k, k1 e k

2 são escalares)

� Somente de u=0 (vetor nlo)

� ⟨ 0, u ⟩ =⟨ u, 0 ⟩ =0

� ⟨v+w, u⟩ = ⟨v, u⟩ + ⟨ w, u ⟩

� ⟨v -w, u⟩ = ⟨v, u⟩ + ⟨ w, u ⟩

� ⟨v, w - u⟩ = ⟨v, w⟩ + ⟨ v, u ⟩

� ⟨kv, u⟩ = k⟨v, u⟩

� ⟨k1v, k

2u⟩ = k

1k

2⟨v, u⟩

� Desigualdade de Cauchy-Schwarz

� Desigualdade triangular

‖u‖ ≥ 0 ∀ u V

‖u‖ = 0

‖k ·u‖ = |k|·‖u‖

|〈u, v〉| ≤ ‖u‖·‖v‖

‖u + v‖ ≤ ‖u‖+ ‖v‖

Page 173: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

2

Aula 9 Álgebra Linear 169

Exemplo 5 Simplifi que a expressão: ⟨3u -4v, 2u +v⟩.

Usando a propriedade ⟨ u+w, v ⟩ = ⟨ u, v ⟩ + ⟨ w, v⟩ , temos:⟨3u -4v, 2u +v⟩ = ⟨3u -4v, 2u⟩ + ⟨3u -4v, v⟩Novamente aplicando a propriedade:⟨3u -4v, 2u +v⟩ = (⟨3u , 2u⟩ - ⟨4v, 2u⟩) + (⟨3u, v⟩ - ⟨v, v⟩)Utilizando agora a propriedade ⟨k

1v, k

2u⟩ = k

1k

2⟨v, u⟩ , temos:

⟨3u -4v, 2u +v⟩ = (3.2 ⟨ u, u ⟩ - 4.2⟨ v, u⟩) + (3⟨ u, v ⟩ - 4⟨ v, v ⟩)E sabendo que ⟨ u, v ⟩ = ⟨v, u⟩ ⟨3u -4v, 2u +v⟩ = 6⟨ u, u ⟩ - 8⟨v, u⟩ + 3⟨ u, v ⟩ - 4⟨v, v⟩ ⟨3u -4v, 2u +v⟩ = 6⟨ u, u ⟩ - 5⟨ u, v ⟩ - 4⟨v, v⟩ Como , então podemos escrever:‖u‖ =

√〈u, u〉, logo ‖u‖2 = 〈u, u〉

〈3u− 4v, 2u + v〉 = 6‖u‖2 − 5〈u, v〉 − 4‖v‖2

Desafi o

Simplifi que a expressão: ⟨8w +2v -3u,u -2v⟩, em que u, v e w são vetores.

1) Dados u e v, vetores que pertencem a um espaço vetorial W, e sabendo que , calcule: ⟨u -v, u +v⟩.

2) Sejam U e V dois vetores arbitrários do �2, mostre que o produto interno entre eles pode ser escrito como: ⟨U, V⟩ = ||U||. ||V||. cos(θ). Onde θ é o ângulo entre os vetores.

* Relações trigonométricas sen (a±b)=sen(a)cos(b) ± sen(b)cos(a) (caso seja necessário): sen (a±b)=sen(b)cos(a) ∓ sen(a)cos(b)

3) Supondo que P2 tem produto interno , encontre ||u|| para:

a) u=(x2)b) u=(x)c) u=(1)d) u=(2x2+x-2)

‖u‖ = |u| = 8

e ‖v‖ = |v| = 1

〈u, v〉 =∫ 1

−1u(x)·v(x)·dx

Page 174: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Resumo

1

Aula 9 Álgebra Linear170

4) Para que valores de x e z os vetores são ortonormais?

5) Encontre uma base ortonormal para o subespaço de �3 formado pelos vetores na forma (r,r+s,s).

6) Observe a fi gura a seguir e, considerando que u e v são ortogonais, encontre uma relação entre as normas de u+v, de u e de v. O que representa esse resultado?

u =(

1√2, 0,

1√2

), v =

(x,

1√2,−z

)

v

u

u + v

Nesta aula, você aprendeu que existe uma ferramenta a qual permite uma análise mais precisa de vetores dentro de um espaço vetorial, o produto interno. Viu também que cada espaço vetorial pode ter sua própria regra para produto in-terno. Devemos então verifi car se a regra é uma regra válida para produto interno através dos axiomas. Ele possibilita o cálculo de normas, ângulos, distâncias e ainda outras aplicações que serão vistas em aulas posteriores.

AutoavaliaçãoVerifi que se as operações a seguir são produtos internos dos espaços dados.

a) u, v ∈ �2, u=(u1,u

2), v=(v

1, v

2), ⟨ u, v ⟩ = -2u

1v

1 + 2u

2v

2

b) u, v ∈ �2, u=(u1,u

2), v=(v

1, v

2), ⟨ u, v ⟩ = u

1v

1 + u

1v

2 +

u

2v

1 + u

2v

2

c) u, v ∈ �2, u=(u1,u

2), v=(v

1, v

2),

d) u, v ∈ �3, u=(u1,u

2, u

3), v=(v

1, v

2,v

3), ⟨ u, v ⟩ = - u

1v

1 - u

3v

3

〈u, v〉 = u21v

21 + u2

2v22

Page 175: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

5

2

3

4

Aula 9 Álgebra Linear 171

e) u, v ∈ M2x2

, , ⟨ u, v ⟩ = tr(u).tr(v)

* tr(A) = traço da matriz A

f) u, v ∈ P2 , u=(a

2x2 –a

1x +a

0) , v=(b

2x2 –b

1x +b

0), ⟨ u, v ⟩ = 2(a

2b

2 –a

0b

0)

g) u, v ∈ P2 , u=(a

2x2 –a

1x +a

0) , v=(b

2x2 –b

1x +b

0),

Sabendo que u=(3, 2, -1, 0, 0), v=(0, 1, 3, 4, -2), encontre:

a) d) g)

b) e)

c) f)

Considerando os vetores u, v, w e z ∈ �n, encontre uma expressão equivalente:

a) ⟨u+3v -2z, 5v + u ⟩

b) ⟨u+3w -2u, 5w ⟩

c)

Seja P1 o espaço dos polinômios de grau 1 com produto interno defi nido por:

, onde u=(a +bx) e v=(c +dx).

Encontre a norma de P, a norma de Q e a distância entre os vetores P e Q, onde P=5x-2 e Q=-3x-4.

Sendo u=(2,1,0,-2), qual deve ser o valor de K para que ||ku||=2 ? k é uma constante real.

u =

[a1 b1

c1 d1

], v =

[a2 b2

c2 d2

]

〈u, v〉 = a22b

22 + a1b1

‖u‖ ‖3u + 2v‖

‖u + v‖

‖u− v‖

u〈u, v〉〈u, v〉〈v, u〉v

1〈u, u〉u

‖u− 3v− w + 2z‖

〈u, v〉 = ac +ad

2+

bc

2+

bd

2

Page 176: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 9 Álgebra Linear172

ReferênciasANTON, Howard; RORRES, Chris. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. ed. São Paulo: Harper-Row, 1980.

LAY, David. Álgebra linear e suas aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

Page 177: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 9 Álgebra Linear 173

Page 178: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 9 Álgebra Linear174

Page 179: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Processo de ortogonalização de Gram-Schmidt

10Aula

Page 180: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 181: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

3

4

5

Aula 10 Álgebra Linear 177

Apresentação

Vimos anteriormente que um espaço vetorial pode ter diversas bases possíveis, desde que os vetores sejam linearmente independentes e que gerem o espaço. Dessa forma, podemos escolher com que base trabalhar, porém, existem algumas situações em que

há a necessidade de se trabalhar com uma base cujos vetores sejam todos ortogonais entre si. Então, como obter uma base que seja ortogonal de um espaço vetorial? Para isso, lançaremos mão do processo de ortogonalização Gram-Schmidt.

ObjetivosReconhecer um conjunto de vetores ortogonais e ortonormais.

Identifi car as projeções de um vetor.

Utilizar o algoritmo que resulta em um conjunto ortogonal.

Aprender a normalizar vetores.

Identifi car a diferença entre um conjunto de vetores orto-gonal e ortonormal.

Page 182: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 183: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 10 Álgebra Linear 179

Defi nição O processo de ortogonalização de Gram-Schmidt é um algoritmo que permite entrarmos com

um conjunto de vetores LI e ele nos retorna um conjunto de vetores, que além de linearmente inde-pendentes, são ortogonais.

Antes de conhecermos melhor esse algoritmo, veremos alguns conceitos pertinentes.

OrtogonalidadeDois vetores u e v são ortogonais (perpendiculares) quando formam um ângulo de

radianos entre si e a notação é: u ⊥ vOutra forma de verifi car a ortogonalidade é através do produto interno, pois quando dois

vetores são ortogonais, seu produto interno é zero.⟨ u, v ⟩ = 0 se u ⊥ v

Um conjunto de vetores é dito ortogonal quando todos os vetores são ortogonais entre si.

Exemplo 1 Verifi que se os vetores a seguir são ortogonais: a) u=(2,-2,1,0) e v=(3,1,-4,5).

b)

Quando não é explicitado qual o produto interno, então é utilizado o euclidiano:a) Se u e v forem ortogonais, então o produto interno entre eles será zero:⟨ u, v ⟩ = 2.3 + (-2).1 + 1.(-4) + 0.5

⟨ u, v ⟩ =0

Logo, u e v são ortogonais.

b) Se u e v forem ortogonais, então o produto interno entre eles será zero:⟨ u, v ⟩ = 2.0 + 1.3 + (-1).2 + (-1).1

⟨ u, v ⟩ = 0Logo, u e v são ortogonais.

π

2

u =

[2 1

−1 −1

]e v =

[0 02 1

]

Page 184: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

Aula 10 Álgebra Linear180

Bases ortonormaisComo já vimos, um conjunto de vetores é ortogonal quando todos são ortogonais entre

si, sempre analisados par a par. Um conjunto de vetores ortogonais é dito ortonormal quando todos apresentam norma igual a 1. Ou seja, para que um conjunto de vetores seja ortonormal, tem que apresentar produto interno igual a zero (tem que ser ortogonal) e tem que ter norma 1.

Exemplo 2 Verifi que se os vetores a seguir são ortonormais:a) u

1=(2,1,1,1) , u

2=(1,0,-1,-1) e u

3=(3,-1,1,0)

b) u1=(0,1,1,1) , u

2=(1,0,-1,1) e u

3=(-1,1,-1,0)

a) Para que o conjunto seja ortonormal, é preciso que os vetores sejam ortogonais e que tenham norma igual a 1.

Verifi cando se são ortogonais: ⟨ u

1, u

2 ⟩ = 2.1 + 1.0 + 1.(-1) + 1.(-1) = 0

⟨ u1, u

3 ⟩ = 2.3 + 1.(-1) + 1.1 + 1.0 = 6

⟨ u2, u

3 ⟩ = 1.3 + 0.(-1) + (-1).1 + (-1).0 = 2

Como os produtos internos apresentaram valores diferentes de zero, não são ortogonais, portanto, não são ortonormais.

b) Verifi cando se são ortogonais:⟨ u

1, u

2 ⟩ = 0.1 + 1.0 + 1.(-1) + 1.1 = 0

⟨ u1, u

3 ⟩ = 0.(-1) + 1.1 + 1.(-1) + 1.0 = 0

⟨ u2, u

3 ⟩ = 1.(-1) + 0.1 + (-1).(-1) + 1.0 = 0

Como os produtos internos apresentaram valores iguais a zero, os vetores são ortogonais. Agora, vamos verifi car se têm norma 1:

Verifi que se os vetores a seguir são ortogonais. a) u=(5,-3,0,-1,4) e v=(2,2,-6,-4,0)

b) u=(3,-3,2) e v=(3,-2,1)

c) u=-x3+3x2 -5x +2 e v=3x3+2x2 +x +1

‖u1‖ =√〈u1, u1〉 =

√02 + 12 + 12 + 12 =

√3

‖u2‖ =√〈u2, u2〉 =

√12 + 02 + (−1)2 + 12 =

√3

‖u3‖ =√〈u3, u3〉 =

√(−1)2 + 12 + (−1)2 + 02 =

√3

Page 185: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

2

Aula 10 Álgebra Linear 181

Verifi que se os vetores a seguir são ortonormais. a) u=(1,-1,0) e v=(0,0,1)

b)

Como os vetores não têm norma 1, então o conjunto não é ortonormal.

ProjeçõesConsideremos um plano W e um vetor u. Analisando a Figura 1, dizemos que w

1 é a

projeção ortogonal de u em W e que w2 é a componente de u ortogonal a W.

‖u‖ = x2 − 52

e ‖v‖ = 2x2 − 12x

Figura 1 – Projeções no vetor u no plano W

Defi nimos então: u=w1+

w

2

onde,

A Figura 1 mostra as projeções de um vetor em um plano, porém, trabalharemos com projeções em diversas dimensões.

Para o processo de ortogonalização de Gram-Schmidt, precisaremos conhecer a projeção ortogonal de u em W. Consideremos que o espaço W tenha uma base ortogonal {v

1, v

2, v

3,

..., vn}, então a projeção ortogonal de u em W é dada por:

w1 = projwu

w2 = projw⊥u

w1 = projwu =〈u, v1〉‖v1‖2 v1 +

〈u, v2〉‖v2‖2 v2 +

〈u, v3〉‖v3‖2 v3 + . . . +

〈u, vn〉‖vn‖2 vn

Page 186: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 10 Álgebra Linear182

Processo (algoritmo)O processo consiste em transformar um conjunto fi nito de vetores LI U={u

1, u

2, ..., un},

de um determinado espaço com produto interno, em um conjunto ortogonal V={v1, v

2,..., vn},

como mostrado na Figura 2.

Figura 2 – Processo de ortogonalização de Gram-Schmidt

Etapas 1) Partindo do conjunto de vetores U, tomemos um dos vetores como referência, por exemplo, u

1.

v1= u

1

2) O próximo passo é obter um segundo vetor ortogonal ao primeiro. Então, calculemos v2:

v2 = u2 − projw1u2 = u2 −〈u2 , v1〉‖v1‖2 v1

Como temos até agora apenas o vetor v1 no nosso conjunto ortogonal, a projeção de u

2

é calculada em relação ao vetor v1 apenas, pois v

2 precisa ser ortogonal somente em relação

a v1 até agora. Portanto, w

1 na equação refere-se ao vetor v

1.

3) A etapa seguinte consiste em obter um terceiro vetor que seja tanto ortogonal a v1 quanto

a v2. Isso implica dizer que v

3 deve ser ortogonal ao plano formado pelos vetores v

1 e v

2.

v3 = u3 − projw2u3 = u3 −〈u3 , v1〉‖v1‖2 v1 −

〈u3 , v2〉‖v2‖2 v2

Agora temos os vetores v1 e v

2no nosso conjunto ortogonal. A projeção de u

3 é calculada

em relação aos vetores v1 e v

2. Portanto, w

2 na equação refere-se ao plano formado pelos

vetores v1 e v

2.

Page 187: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 10 Álgebra Linear 183

4) Para obter o quarto vetor, devemos escrevê-lo ortogonal aos três que encontramos ante-riormente:

v4 = u4 − projw3u4 = u4 −〈u4 , v1〉‖v1‖2 v1 −

〈u4 , v2〉‖v2‖2 v2 −

〈u4 , v3〉‖v3‖2 v3

Temos os vetores v1, v

2 e v

3 no nosso conjunto ortogonal. A projeção de u

4 é calculada

em relação aos vetores v1, v

2 e v

3. Portanto, w

3 na equação refere-se ao espaço formado pelos

vetores v1, v

2 e v

3.

5) Encontrando o vetor n:

vn = un −n−1∑j=1

projwjun

6) Para obtermos um conjunto ortonormal, basta que dividamos cada vetor pela sua norma, conforme mostrado na Tabela 1.

Tabela 1 – Vetores

Conjunto LI ortonormal Conjunto ortogonal Conjunto

u1, u

2, u

3,..., un v

1, v

2, v

3,..., vn

Exemplo 3 Sabendo que o conjunto U={(1,0,1),(1,2,0),(1,0,0)} é base do espaço V, encontre uma

base ortonormal para o espaço V. Tomemos u

1=(1, 0, 1), u

2=(1, 2, 0), u

3=(1, 0, 0).

1) Escolhendo um vetor como referência: v1=u

1=(1, 0, 1)

2) Calculando v2:

q1

=v1

‖v1‖, q

2=

v2

‖v2‖, q

3=

v3

‖v3‖, . . . , q

n=

vn

‖vn‖

v2 = u2 − projw1u2 = u2 −〈u2 , v1〉‖v1‖2 v1 = (1, 2, 1)− 1

2(1, 0, 1)

v2 =(

12, 2,−1

2

)

3) Calculando v3: v3 = u3 − projw2u3 = u3 −

〈u3 , v1〉‖v1‖2 v1 −

〈u3 , v2〉‖v2‖2 v2

v3 = (1, 0, 0)− 12(1, 0, 1)−

1�29�2

(12, 2,−1

2

)= (1, 0, 0)−

(12, 0,

12

)−

(118

,29,− 1

18

)

v3 =(

49,29,−4

9

)

Page 188: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

3

Resumo

Desafi o

Aula 10 Álgebra Linear184

Sabendo que o conjunto U={(0,0,-2),(0,1,1),(1,0,1)} é base do espaço V, encontre uma base ortonormal para o espaço V.

1) Para que valores de x e z os vetores são ortonormais?

2) Encontre uma base ortonormal para o subespaço de �3 formado pelos vetores na forma (r, r + s, s).

3) Determine uma base ortonormal do subespaço W do �3 defi nido por : W= {(x, y, z) ∈ �3 : x –y=0}

4) Base ortogonal : v1 = (1, 0, 1), v2 =(

12, 2,−1

2

), v3 =

(49,29,−4

9

)

5) Base ortononormal: q1, q

2, q

3

q1

=v1

‖v1‖=

(1, 0, 1)√2

=(

1√2, 0,

1√2

)

q2

=v2

‖v2‖=

(12 , 2,−1

2

)3√2

=

(√2

6,2√

23

,

√2

6

)

q3

=v3

‖v3‖=

(49 ,−2

9 ,−49

)23

=(

23,−1

3,−2

3

)

u =(

1√2, 0,

1√2

), v =

(x,

1√2,−z

)

O processo de ortogonalização de Gram-Schmidt permite que transforme-mos uma base qualquer em uma base ortogonal. Esse procedimento é importante em algumas aplicações em que é necessário trabalhar com uma base dessa natureza. Nesta aula, você aprendeu a identifi car quando um conjunto de vetores é ortogonal ou ortonormal e aprendeu também a aplicar o algoritmo que resulta na ortogonalização de vetores.

Page 189: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

3

4

5

Aula 10 Álgebra Linear 185

AutoavaliaçãoVerifi que se os vetores a seguir são ortogonais utilizando o produto interno indica-do e, em seguida, encontre o ângulo entre eles.

a) u=(0, 2, -1, 2), v=(2, -2, 1, 0)

b)

c) u=(-2x2 +x) , v=(x2 +3x +1)

Verifi que se os vetores a seguir são ortogonais utilizando o produto interno indica-do e, em seguida, encontre o ângulo entre eles.

a) u=(0, 2 ,-1, 2) , v=(2, -2, 0, -2), ⟨ u, v ⟩ = - u1v

1 - 2u

2v

2 + 3u

3v

3 - 5u

4v

4

b)

c) u=(0, 2, -1, 2), v=(2, -2, 1, 0), ⟨ u, v ⟩ = u2v

0 + 2u

1v

1,

onde u=u2x2 + u

1x + u

0 , v=v

2x2 + v

1x + v

0

Considerando o vetor v1=(1, 0, 2), encontre dois vetores que sejam ortogonais

a v1.

Encontre uma base para o espaço formado pelo conjunto de vetores ortogonais a u=(u1,

u2 ).

Verifi que se o conjunto de vetores é ortonormal. Justifi que.

a)

b)

c)

d)

u =

[1 −2 30 1 −1

], v =

[1 0 1

−3 −2 2

]

u =

[1 −2 30 1 −1

], v =

[1 0 1

−3 −2 2

]; 〈u, v〉 = 2u11v11 + u12v12 + 3u21v22

u = (2, 1�2), v = (0, 1)

u = (0, 2�3, 1), v = (3,−3�2, 1)

u =(√

6�6,−

√6�3,

√6�6

), v =

(√2�2, 0,

√2�2

), u =

(√3�3,

√3�3,

√3�3

)

u =

[1�2 0−1�2 0

], v =

[0 10 0

], w =

⎡⎣ √3�3 0√3�3

√3�3

⎤⎦

Page 190: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

6

7

Aula 10 Álgebra Linear186

Considere a base B do espaço W, encontre uma base ortonormal para o espaço W, sendo:

a)

b)

c)

Encontre uma base para a solução do sistema linear que seja ortonormal.

a)

b)

c)

ReferênciasANTON, Howard; RORRES, Chris. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. ed. São Paulo: Harper-Row, 1980.

LAY, David. Álgebra linear e suas aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

B = {u1 , u2 , u3} , u1 =

⎡⎢⎣ 210

⎤⎥⎦ , u2 =

⎡⎢⎣ −123

⎤⎥⎦ , u3 =

⎡⎢⎣ −22

−2

⎤⎥⎦

B = {u1 , u2 , u3} , u1 =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣0110

⎤⎥⎥⎥⎥⎦ , u2 =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣√

2110

⎤⎥⎥⎥⎥⎦ , u3 =

⎡⎢⎢⎢⎢⎣1111

⎤⎥⎥⎥⎥⎦

{x + y − 2w = 0y + z + w = 0⎧⎪⎨⎪⎩2a + c = 0b− c− d = 02a + b− d = 0

{a + b− c = 02a + b + 2c = 0

B = {u1 , u2} , u1 =

⎡⎢⎣ 30

−1

⎤⎥⎦ , u2 =

⎡⎢⎣ 856

⎤⎥⎦

Page 191: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 10 Álgebra Linear 187

Page 192: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 10 Álgebra Linear188

Page 193: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Matrizes ortogonais e mudança de base

11Aula

Page 194: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 195: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

2

3

Aula 11 Álgebra Linear 191

Apresentação

As matrizes ortogonais apresentam características especiais e são utilizadas em soluções de diversas aplicações, como é o caso de mínimos quadrados e obtenção de cônicas. Outra matriz importante é a matriz que associa bases diferentes de um mesmo espaço

vetorial, proporcionando a migração de uma base para outra através de uma simples multi-plicação de matrizes.

ObjetivosIdentifi car quando uma matriz é ortogonal.

Reconhecer as características das matrizes ortogonais.

Saber encontrar as matrizes que modifi cam vetores de uma base para outra.

Page 196: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 197: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 11 Álgebra Linear 193

Defi nição Matrizes ortogonais são matrizes cujos vetores (sejam por linha ou por coluna) são ortonor-

mais. O nome pode gerar alguma confusão, mas é isso mesmo “matrizes ortogonais têm vetores ortonormais”. Uma característica das matrizes ortogonais é que sua inversa é igual à sua transposta.

A-1=At

Se multiplicarmos ambos os lados da equação, teremos:A-1.A =At.A

I =At.A

Exemplo 1 Verifi que se a matriz A é ortogonal.

Se a matriz A for ortogonal, então A-1 = At e At . A = I:

Portanto, A é ortogonal.Outra forma de saber se uma matriz é ortogonal é verifi car se os vetores que a compõem,

por linha ou coluna, são ortonormais. Devemos separar os vetores em A=[v1 | v

2]:

Aplicando o produto interno, verifi camos que <v1,v

1> = 0, portanto, ortogonal, e se

calcularmos as normas de v1 e v

2, veremos que ambas são iguais a 1.

A =

[1√5

−2√5

2√5

1√5

]

At ·A =

[1√5

2√5

−2√5

1√5

]·[

1√5

−2√5

2√5

1√5

]=

[15 + 4

5 −25 + 2

5

−25 + 2

545 + 1

5

]=

[1 00 1

]

v1 =

[1√5

2√5

]v2 =

[ −2√5

1√5

]

Page 198: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

1

B =

[cos(θ) −sen(θ)sen(θ) cos(θ)

]

Aula 11 Álgebra Linear194

Para quais valores de θ, a matriz B é ortogonal?

Propriedades da matriz ortogonal Se A é uma matriz ortogonal, tanto os vetores-linha de A quanto os ve-

tores-coluna formam um conjunto ortonormal em relação ao produto interno euclidiano.

A inversa de uma matriz ortogonal é ortogonal.Um produto de matrizes ortogonais é ortogonal.Se A é ortogonal, então det(A) = ±1.

Mudança de baseSabemos que um mesmo espaço vetorial pode ter várias bases distintas para representá-

-lo. Porém, quando queremos fazer a migração de uma base para outra, devemos escrever o vetor com combinação linear dos elementos da nova base. Imagine agora que precisemos fazer isso com uma grande quantidade de vetores. Então, podemos pensar em uma maneira menos trabalhosa de fazer isso, podemos encontrar uma matriz que faça a transformação de uma base para a outra. Para isso, teríamos apenas que multiplicar a matriz pelo vetor na base antiga e o resultado me daria o vetor na nova base. Essa matriz se chama matriz mudança de base.

Tomemos o vetor do ℜ2 u=(2,3) na base canônica. Consideremos agora as bases tam-bém do ℜ2 , ¯

1={(1,2), (0,2)} e ¯

2={(-1,0), (1,1)}. Para escrevermos o vetor u nas duas

novas bases, devemos escrevê-lo como combinação linear:

Conhecendo a matriz que transforma um vetor de uma base para outra, bastaria efetuar uma multiplicação:

(2, 3) = a(1, 2) + b(0, 2)

a = 2, b = −12

[u]β1 ={(

2,−12

)}(2, 3) = a(−1, 0) + b(1, 1)a = 1, b = 3[u]β2 = {(1, 3)}

[u]β1 = Pβ1→β2 · [u]β2

[u]β2 = Pβ2→β1 · [u]β1

Page 199: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 11 Álgebra Linear 195

Onde,

Nesse exemplo, a matriz P¯1→¯2

é dada por: logo:

Obtendo a matriz mudança de baseExistem duas formas de obter a matriz mudança de base: escrevendo uma base nas

coordenadas da outra ou através de operações elementares.

Escrevendo uma base nas coordenadas da outra

1) Se quisermos encontrar a matriz que transforma um vetor da base S1 para uma base S2, PS1→S2

, então devemos escrever os vetores da base S1 como combinação linear dos vetores da base S2.

2) Montamos a matriz PS1→S2, entrando por coluna, com os vetores de S1 escritos na

base S2.

Exemplo 2 Encontre a matriz que faz a mudança de coordenadas da base S

1={(1,0,1), (2,1,0),

(0,2,-2)} para a base S2={(-2,0,0), (1,1,1), (1,-2,1)} .

Escrevendo os vetores de S1 como combinação linear de S2.

Pβ2→β1

= P−1

β1→β2

Pβ1→β2

=

[1 22 2

]

[u]β2

= Pβ1→β2

· [u]β1

[u]β2

=

[1 22 2

]· [u]

β1

[u]β2

=

[1 22 2

]·[

1−1

2

]=

[13

]

u1 = (1, 0, 1) = a(−2, 0, 0) + b(1, 1, 1) + c(1,−2, 1)

a = 0, b =23, c =

13

[u1 ]S2=

(0,

23,13

)

u2 = (2, 1, 0) = a(−2, 0, 0) + b(1, 1, 1) + c(1,−2, 1)

a = −1, b =13, c = −1

3

[u2 ]S2=

(−1,

13,−1

3

)

Page 200: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Aula 11 Álgebra Linear196

Montando a matriz com os vetores por coluna, temos:

Aplicando operações elementares

1) Se quisermos encontrar a matriz que transforma um vetor da base S1 para uma base S2, então devemos encontrar uma matriz ampliada composta pelos vetores, por coluna, das duas bases: Aa=[S1 S2] .

2) Aplicamos então operações elementares sobre matrizes com o objetivo de deixar na pri-meira metade da matriz aumentada a matriz identidade. Quando isso acontecer, na segunda metade teremos a matriz que faz a mudança da base S1 para a base S2: Aa ῀ [I PS1→S2

]

Exemplo 2 Encontre a matriz que faz a mudança de coordenadas da base S

1={(1,0,1), (2,1,0),

(0,2,-2)} para a base S2={(-2,0,0), (1,1,1), (1,-2,1)} .

Escrevendo os vetores de S1 como combinação linear de S2.Primeiro encontramos a matriz aumentada, partindo dos vetores das bases:

Para encontrar a transformação contrária, basta encontrar a inversa:

u3 = (0, 2,−2) = a(−2, 0, 0) + b(1, 1, 1) + c(1,−2, 1)

a = −1, b = −23, c = −4

3

[u3 ]S2=

(−1,−2

3,−4

3

)

PS1→S2 =

⎡⎢⎣ 0 −1 −123

13 −2

313

13 −4

3

⎤⎥⎦

Pβ2→β1

= P−1

β1→β2

Aa = [S2 S1] =

⎡⎢⎣ −2 1 1 1 2 00 1 −1 0 1 20 1 1 1 0 −2

⎤⎥⎦

Page 201: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

2

Aula 11 Álgebra Linear 197

Aplicando as operações elementares:

OBSERVAÇÕES

� A matriz P é sempre inversível.

� Se a mudança de base ocorre entre bases ortonormais, então P é ortonormal.

Encontre a matriz que faz a mudança de coordenadas da base S2={(-2,0,0),

(1,1,1), (1,-2,1)} para a baseS1={(1,0,1), (2,1,0), (0,2,-2)} .

L1 = −12L1 → Aa ∼

⎡⎢⎣ 1 −12 −1

2 −12 −1 0

0 1 −2 0 1 20 1 1 1 0 −2

⎤⎥⎦L1 = L1 + 1

2L2L3 = L3− L2

→ Aa ∼

⎡⎢⎣ 1 0 −32 −1

2 −12 1

0 1 −2 0 1 20 0 3 0 −1 −4

⎤⎥⎦

L3 =12L3 → Aa ∼

⎡⎢⎣ 1 0 −32 −1

2 −12 1

0 1 −2 0 1 20 0 1 1

3 −13 −4

3

⎤⎥⎦L1 = L1 + 3

2L3L2 = L2 + 2L3

→ Aa ∼

⎡⎢⎣ 1 0 0 0 −1 −10 1 0 2

313 −2

3

0 0 1 13 −1

3 −43

⎤⎥⎦

Portanto, PS1→S2 =

⎡⎢⎣ 0 −1 −123

13 −2

313

13 −4

3

⎤⎥⎦

Page 202: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Resumo

1

Desafi o

Aula 11 Álgebra Linear198

1) A inversa de uma matriz ortogonal é sempre ortogonal?

2) Encontre uma matriz ortogonal cuja primeira linha é composta pelo vetor unitário na direção de (1, 2, -2).

3) Considere a base V={(1,2), (2,3)} e a matriz . Encontre uma base W,

onde M seja a matriz mudança de base de W para V.

Nesta aula, você aprendeu um pouco mais sobre ortogonalidade e como identifi car as matrizes ortogonais. Aprendeu também a relacionar vetores iden-tifi cados em bases distintas, assim como a fazer a migração de coordenadas de uma base para outra através de matrizes transformações.

AutoavaliaçãoVerifi que se as matrizes a seguir são ortogonais.

a)

b)

c)

d)

e)

M =

[3 51 −2

]

A =

[1 00 1

]

A =

[1 −10 1

]

A =

[1√2

1√2

1√2

1√2

]

A =

⎡⎢⎢⎣0 1 1√

2

1 0 00 0 1√

2

⎤⎥⎥⎦

A =

⎡⎢⎡⎡⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎣⎢⎢12

12

12

12

12 −5

616

16

12

16

16 −5

612

16 −5

616

⎤⎥⎤⎤⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎦⎥⎥

Page 203: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

2

3

4

Aula 11 Álgebra Linear 199

Complete a matriz B para que ela seja ortogonal. Atribua valores às incógnitas, se possível.

a)

b)

Considere as bases S1={u

1, u

2} e S

2={v

1, v

2}, onde:

. Encontre:

a) A matriz mudança de base de S1 para S

2.

b) A matriz mudança de base de S2 para S

1.

Considere as bases S1={u

1, u

2} e S

2={v

1, v

2}, onde:

. Encontre:

a) A matriz mudança de base de S1 para S

2.

b) A matriz mudança de base de S2 para S

1.

c) Sendo w =(2,1,0) na base canônica, encontre [W]s1 e [W]s2, verifi cando se as matrizes transformações dos itens a e b estão corretas.

ReferênciasANTON, Howard; RORRES, Chris. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. ed. São Paulo: Harper-Row, 1980.

LAY, David. Álgebra linear e suas aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

B =

[2 a

c 1

]

B =

⎡⎢⎣ 2 1 a

b c 0d 0 e

⎤⎥⎦

u1 =

[01

], u2 =

[10

], v1 =

[22

], v2 =

[−1

0

]

u1 =

[−2

1

], u2 =

[11

], v1 =

[20

], v2 =

[2

−2

]

Page 204: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 11 Álgebra Linear200

Page 205: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 11 Álgebra Linear 201

Page 206: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Anotações

Aula 11 Álgebra Linear202

Page 207: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços
Page 208: Módulo 1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares Espaços

Esta edição foi produzida em mês de 2012 no Rio Grande do Norte, pela Secretaria de Educação a Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (SEDIS/UFRN). Utilizando-se Helvetica Lt Std Condensed para corpo do texto e Helvetica Lt Std Condensed Black títulos e subtítulos sobre papel offset 90 g/m2.

Impresso na nome da gráfi ca

Foram impressos 1.000 exemplares desta edição.

SEDIS Secretaria de Educação a Distância – UFRN | Campus UniversitárioPraça Cívica | Natal/RN | CEP 59.078-970 | [email protected] | www.sedis.ufrn.br

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