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Módulo 5 – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
1. Introdução
Segundo o CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis,
as empresas devem apresentar todas as mutações do patrimônio
líquido reconhecidas em cada exercício que não representem
transações entre a empresa e seus sócios em duas
demonstrações: a Demonstração do Resultado do Exercício e a
Demonstração do Resultado Abrangente do Exercício.
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é a
apresentação, de forma resumida, das operações realizadas pela
empresa, durante o exercício social, demonstradas de forma a
destacar o resultado líquido do período, incluindo o que se
denomina de receitas e despesas realizadas.
Os Outros Resultados Abrangentes incluem as mutações do
patrimônio líquido que não representam receitas e despesas
realizadas. Inclui alterações que poderão afetar o resultado do
exercício futuramente ou às vezes permanecerão sem esse
trânsito.
Por exemplo, a reavaliação de ativos era contabilizada no Brasil a
débito do imobilizado e a crédito direto do patrimônio líquido. Assim,
essa mutação patrimonial é um Outro Resultado Abrangente.
Essa reavaliação não era retornada para o resultado, e sim
transferida para Lucros ou Prejuízos Acumulados (ainda assim
procedem as empresas que mantém saldos do passado). Nesse
caso, não há trânsito nunca pelo resultado.
Já a avaliação de um instrumento financeiro avaliado a valor justo,
mas destinado apenas à venda futura tem seu ajuste a esse valor
reconhecido diretamente no patrimônio líquido, representando outro
resultado abrangente, mas um dia transitará para o resultado.
Note-se que tanto a transferência de saldo da reserva de
reavaliação para lucros ou prejuízos acumulados quanto a
realização de um ajuste a valor justo para o resultado não
representam mais mutações do valor total do patrimônio líquido, e
por isso precisam de evidenciação específica.
A Demonstração do Resultado Abrangente do Exercício (DRA) é
elaborada a partir da soma do resultado líquido apresentado na
DRE com os outros resultados abrangentes, conforme determinam
Pronunciamentos, Interpretações e Orientações que regulam a
atividade contábil. Logo, o Resultado Abrangente Total corresponde
à total modificação no patrimônio líquido que não seja constituída
pelas transações de capital entre a empresa e seus sócios
(aumento ou devolução de capital social, distribuição de lucros ou
compra e venda de ações e quotas próprias dos sócios).
2. Critérios Contábeis Básicos
2.1. Conceituação da Legislação
O art. 187 da Lei das Sociedades por Ações estabelece a ordem de
apresentação das receitas, custos e despesas na Demonstração do
Resultado do Exercício, para fins de publicação.
Cabe destacar dois aspectos fundamentais que devem nortear a
contabilidade das empresas no reconhecimento contábil das
receitas, custos e despesas, aspectos esses expressos no § 1º do
art. 187 da referida Lei, com segue:
“§ 1º. Na determinação do resultado do exercício serão
computados:
a) As receitas e os rendimentos ganhos no período,
independentemente da sua realização em moeda; e
b) Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.”
Essas conceituações da Lei representam basicamente um dos
pressupostos básicos do Pronunciamento Conceitual Básico –
Estrutura Conceitual, denominado Regime de Competência, que,
por sua vez, pressupõe a confrontação entre receitas e despesas,
conforme descrito no item 4.50 do Pronunciamento Conceitual
Básico:
“Reconhecimento de despesas 4.50. As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado com base na associação direta entre elas e os correspondentes itens de receita. Esse processo, usualmente chamado de confrontação entre despesas e receitas (regime de competência), envolve o reconhecimento simultâneo ou combinado das receitas e despesas que resultem diretamente ou conjuntamente das mesmas transações ou outros eventos. Por exemplo, os vários componentes de despesas que integram o custo das mercadorias vendidas devem ser reconhecidos no mesmo momento em que a receita derivada da venda das mercadorias é reconhecida. Contudo, a aplicação do conceito de confrontação, de acordo com esta Estrutura Conceitual, não autoriza o reconhecimento de itens no balanço patrimonial que não satisfaçam à definição de ativos ou passivos.”
Como se nota ainda no texto do art. 187, letra b da Lei, nos
mesmos períodos em que forem lançadas as receitas e os
rendimentos deverão estar registrados todos os custos, despesas,
encargos e riscos correspondentes àquelas receitas. Por essa
determinação, também denominada “contraposição de receitas e
despesas”, ao se contabilizar, por exemplo, a receita de venda de
determinado produto, deverão ser registrados no mesmo período
todos os custos e despesas em que se incorre relativamente àquela
receita, tais como:
a) O custo do produto vendido, que englobaria material, mão-de-
obra e demais custos de sua fabricação;
2
b) As despesas operacionais incorridas, sejam de
comercialização, sejam de administração.
Nesse sentido, também, se a empresa der, por exemplo, um
período de garantia e de revisões garantidas ao produto vendido,
tal custo deverá estar apropriado nesse mesmo período, por
estimativa, e não no período futuro, quando realizará a substituição
de peças ou revisão gratuita. Por esse motivo, havendo essa
cláusula de venda, deve-se constituir uma provisão para custos de
garantia.
Dentro dessa filosofia, a comissão dos vendedores deve ser
registrada como despesa, no mesmo período do reconhecimento
da venda, mesmo sendo paga, total ou parcialmente, somente
quando do recebimento das duplicatas correspondentes.
2.2. Extinção da correção monetária
O art. 446 do RIR/99 revogou o uso da correção monetária e veda a
utilização de qualquer sistema de correção monetária das
demonstrações financeiras.
O CPC, por meio da Resolução nº 900/01, igualmente ao
estabelecido na IAS 29 do IASB, estabeleceu que a correção
monetária só poderá ser reconhecida contabilmente quando a taxa
de inflação acumulada no triênio for de 100% ou mais. Enquanto a
taxa de inflação não alcançar esse patamar, a aplicação da
Atualização Monetária somente poderá ocorrer nas demonstrações
complementares.
2.3. Cálculo de juros sobre o capital próprio
O art. 9º da Lei nº 9.249/95, o art. 347 do RIR/99, o art. 29 da IN
SRF nº 93/97 e os arts. 29 e 30 da IN SRF nº 11/96 possibilitam a
dedução, para efeitos de apuração do lucro real e da base de
cálculo da Contribuição Social, dos juros pagos ou creditados ao
titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital
próprio, utilizando a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) com
parâmetro de cálculo dessa remuneração.
A dedutibilidade da remuneração do capital próprio é permitida
desde que:
1. O valor da remuneração sobre o capital próprio seja
limitado à aplicação pro rata dia da TJLP sobre o
montante do Patrimônio Líquido subtraído do saldo da
Reserva de Reavaliação, salvo se esta tiver adicionada
às bases de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), do
saldo de Ajustes de Avaliação Patrimonial e do saldo da
conta de Ganhos/Perdas na Conversão relativo a
investimentos no exterior;
2. O valor apurado seja limitado ao maior valor entre (art. 29
IN-SRF 93/97):
a. 50% do lucro líquido do exercício, após a
dedução da CSLL, antes das despesas de
imposto de renda e antes da dedução dos
referidos juros; ou
b. 50% do somatório dos saldos de Lucros
Acumulados e Reservas de Lucros.
Se houver aumento ou redução do Capital Social, por exemplo,
durante o exercício, o valor encontrado no item 1 citado será
apurado mediante a aplicação pro rata dia da TJLP sobre o saldo
do Patrimônio Líquido mantido em cada intervalo de tempo que não
sofreu alteração.
Considere os exemplos de cálculos de Juros sobre o Capital
Próprio (JCP) apresentados a seguir:
Empresas com prejuízo no período
Empresas com lucro no período
Os Juros sobre o Capital Próprio, calculados conforme
demonstrado nos exemplos anteriores, são debitados em Despesas
Financeiras, reduzindo o lucro a ser tributado (art. 30, parágrafo
único, da IN SRF nº 11/96).
A contabilização desses JCP como Despesas Financeiras, implica
graves prejuízos à comparabilidade das demonstrações contábeis,
já que, como esses juros são facultativos, algumas empresas os
contabilizam e outras não. Além disso, a comparabilidade fica ainda
mais prejudicada com a limitação de seu valor à metade do lucro do
período ajustado ou à metade dos saldos iniciais de Reservas de
Lucros, fazendo com que algumas empresas não possam
considerá-los em sua integralidade.
Para amenizar tais distorções, a CVM, em sua Deliberação nº
207/96, determinou que as companhias abertas que contabilizam
JCP como Despesas Financeiras para fins de dedutibilidade fiscal
ficam obrigadas a efetuar a reversão do seu valor antes do saldo da
conta de Lucro Líquido ou Prejuízo do Exercício. E como esses
juros são, na verdade, distribuição do lucro dos sócios, o mais
indicado, para fins de divulgação, é que esse valor, e sua reversão,
simplesmente não sejam evidenciados na Demonstração do
Resultado, e sim apenas na Mutação do Patrimônio Líquido
(Lucros/Prejuízos Acumulados), como uma forma de distribuição do
3
resultado; esse procedimento evita, inclusive, a distorção do
resultado operacional e o das despesas financeiras na
Demonstração do Resultado.
No caso de apenas o registro contábil dos JCP, sem seu efetivo
pagamento aos sócios, após o registro de natureza fiscal a débito
da despesa financeira e a crédito da conta de reserva de lucros,
deverá a reversão ser feita, mas apenas pelo valor líquido do
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), permanecendo esse
tributo como despesa da empresa, conforme itens III e IV da
Deliberação CVM nº 207/96. E o débito será evidenciado como feito
em Lucros Acumulados.
Atenção especial deve-se ter ao imputar os JCP líquidos de IRRF
aos dividendos, o que é limitado ao valor dos dividendos
obrigatórios (art. 9º, § 7º da Lei nº 9.249/95, item 5 da Deliberação
CVM nº 207/96 e art. 202 da Lei nº 6.404/76). Consequentemente,
após a reversão de que trata a Deliberação CVM nº 207/96, a
companhia deverá evidenciar a destinação do resultado do período,
analiticamente, nas seguintes parcelas da Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL):
- Reserva Legal
- JCP, líquidos de IRRF, imputados aos Dividendos Obrigatórios;
- IRRF sobre JCP imputados aos Dividendos Mínimos Obrigatórios;
- JCP, líquidos de IRRF, excedentes;
- Dividendos Complementares;
- Reserva Estatutária;
- Reserva para Investimentos (Expansão);
- Outras Reservas
3. Critérios básicos de apresentação – DRE
O objetivo da Demonstração do Resultado do Exercício é fornecer
aos usuários das demonstrações financeiras da empresa, como já
indicado, os dados básicos e essenciais da formação do resultado
(lucro ou prejuízo) do exercício.
O art. 187 da Lei das Sociedades por Ações disciplina a
apresentação dessa Demonstração, visando atender a tal objetivo,
pois, resumindo, a Demonstração é iniciada como o valor total da
receita apurada em suas operações de vendas, da qual é deduzido
o custo total correspondente a essas vendas, apurando-se a
margem bruta, ou seja, o lucro bruto.
São, então, apresentadas as despesas operacionais segregadas
por subtotais, conforme sua função, quais sejam:
- despesas com vendas
- despesas financeiras deduzidas das receitas financeiras
- despesas gerais e administrativas
- outras despesas e receitas operacionais
Assim, deduzindo-se as despesas operacionais totais do lucro
bruto, apresenta-se o lucro operacional, outro dado importante na
análise das operações da empresa.
Após o lucro operacional, apresentam-se as outras receitas e
despesas, apurando-se então o resultado antes dos tributos (IR e
CSLL).
Deduz-se, a seguir, IR e CSLL e, finalmente, as participações de
terceiros, não na forma de acionistas, calculáveis sobre o lucro, tais
como empregados, administradores, partes beneficiárias,
debêntures e contribuições para fundos de benefícios a
empregados, chegando-se, assim, ao lucro (ou prejuízo) líquido do
exercício, que é o valor final da Demonstração.
A Lei exige ainda a apresentação do montante do lucro por ação.
Mas é importante ver que, de forma complementar à Lei nº
6.404/76, o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis estabelece uma estrutura mínima para a
DRE, obedecidas também as determinações legais, composta por:
(a) receitas;
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos;
(c) lucro bruto;
(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais;
(e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial;
(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras;
(g) despesas e receitas financeiras;
(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
(i) despesa com tributos sobre o lucro;
(j) resultado líquido das operações continuadas;
(k) valor líquido dos seguintes itens:
(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;
(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que constituem a unidade operacional descontinuada;
(l) resultado líquido do período;
Veja-se que esse formato não colide com a Lei das Sociedades por
Ações e deverá ser o modelo a ser utilizado no Brasil. Note-se que
o CPC fala em possibilidade de a demonstração apresentar as
contas não pela sua função (administrativas, vendas, custo dos
produtos vendidos etc.), mas pela natureza (material consumido,
mão de obra, contribuições sociais, energia elétrica, aluguéis etc).
Mas nossa Lei determina o uso do critério função.
4
IMPORTANTE
Com a edição da Lei nº 11.941/09, art. 187, inciso IV, deixa de
existir a segregação dos resultados em operacionais e não
operacionais. A partir do exercício de 2008, os normativos fazem
referência apenas à segregação das atividades continuadas e não
continuadas. Assim, passam a ser reconhecidas como outras
receitas e despesas operacionais os ganhos ou perdas que
decorram de transações que não constituam as atividades
ordinárias de uma entidade. Ou seja, o conceito de lucro
operacional engloba os resultados das atividades principais e
acessórias, e essas outras receitas e despesas operacionais são
atividades acessórias do objeto da empresa.
Nesse mesmo sentido, a Orientação Técnica OCPC 02 –
Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008,
alerta sobre a exclusão da segregação dos resultados em
operacionais e não operacionais. O pressuposto para essa
segregação é que, de uma forma ou de outra, todas as atividades e
transações realizadas pela empresa que contribuem para o
incremento de sua operação ou de seu negócio. Essa alteração da
legislação contábil, no entanto, não altera o critério usado para fins
de apuração e compensação de prejuízos fiscais (art. 60 da Lei nº
11.941/09). Permanece válida a definição para fins fiscais de que
somente farão parte dos resultados não operacionais os lucros ou
prejuízos na venda ou baixa de bens do Ativo Permanente (hoje
seriam os investimentos, imobilizado e intangível).
Note-se que, no modelo de DRE mostrado no CPC 26, o resultado
das operações descontinuadas aparece à parte, no final da
demonstração.
4. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) nos
moldes da Lei 6.404/76 atualizada
De acordo com a Lei 6.404/76 atualizada pela Lei 11.941/09, a
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) apresenta a
seguinte composição:
Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta
(-) Deduções da Receita Bruta
(-) Devoluções de venda
(-) Abatimentos sobre vendas
(-) Descontos incondicionais concedidos
(-) ICMS sobre vendas
(-) PIS/COFINS sobre vendas
(=) Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida
(-) Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos/Serviços Prestados
(=) Lucro ou Prejuízo Operacional Bruto (Resultado Operacional Bruto)
(-) Despesas com vendas
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(-) Outras Despesas Operacionais
(-) Despesas financeiras
(+) Receitas Financeiras
(=) LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL (RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO)
(+) Outras Receitas
(-) Outras Despesas
(-) CSLL (Despesa com Provisão para CSLL)
(=) RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
(-) Despesa com Provisão do Imposto de Renda
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO APÓS O IMPOSTO DE RENDA
(-) Despesa com Participações Societárias sobre o Lucro
Participações de Debenturistas
Participações de Empregados
Participações de Administradores
Participações de Partes Beneficiárias
Fundos de Assistência e Previdência de Empregados
(=) LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Lucro/Prejuízo Líquido por Ação
Importante
Os „Prejuízos Acumulados‟ reduzem a base de cálculo das
participações, mas não integram a DRE.
5. Receitas Operacionais
a. Receita Operacional Bruta
b. Receita Operacional Líquida
c. Outras receitas Operacionais
Exemplos: Receitas de aluguéis, reversão de provisões, receita de
dividendos, receita de amortização de deságio, receita de
equivalência patrimonial.
d. Receitas Financeiras
Exemplos: juros ativos, descontos condicionais obtidos, correção
prefixada ativa, variações monetárias ativas.
e. Outras Receitas
São as antigas „Receitas Não Operacionais‟
Exemplos:
- receitas decorrentes da alienação ou baixa de bens do ativo não
circulante;
- reversão da Provisão para Perdas Prováveis na Realização de
Investimentos;
- Receitas decorrentes de eventos que resultem no aumento da
porcentagem no capital social de coligada ou controlada.
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6. Despesas Operacionais
a. Despesas com vendas ou despesas comerciais
Exemplos: comissões de vendedores, propaganda e publicidade,
brindes, embalagens, despesas com constituição de Provisão para
Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD).
b. Despesas Gerais e Administrativas
Exemplos: salários, 13º salário, férias, encargos sociais, assistência
médica e social, transporte, honorários da diretoria, aluguéis,
seguros, IPTU, Energia elétrica, telefone, água e esgoto, material
de expediente, depreciação, amortização, exaustão.
c. Despesas Financeiras
Exemplos: juros passivos (despesas de juros), descontos
condicionais concedidos, variações monetárias passivas, IOF,
deságio na emissão de debêntures.
d. Outras despesas operacionais
Exemplos: perda com equivalência patrimonial, despesas de
amortização de ágio na aquisição de investimentos.
e. Outras Despesas
São as antigas „Despesas Não Operacionais‟.
Exemplos: despesas decorrentes da alienação ou baixa de bens do
ativo não circulante, despesas decorrentes da constituição de
Provisão para Perdas Prováveis da Realização de Investimentos,
despesas decorrentes de eventos que resultem na redução de
porcentagem no capital social de coligada ou controlada.
7. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
Lucro Operacional Líquido
(-) Participações Estatutárias sobre o Lucro
(+) Adições
(-) Exclusões
(-) Compensações
(=) Base de Cálculo da CSLL
Adições
São valores a serem acrescentados à Base de Cálculo.
Exemplos:
- Despesas com Provisões (exceto para Férias e 13º salário)
- Perda com Equivalência Patrimonial
- Despesas com depreciação, amortização, manutenção, seguros,
tributos, relativas a bens não vinculados com a produção ou
comercialização de bens e serviços.
- Despesas com brindes
- Despesas com alimentação de sócios
Exclusões
São valores que podem ser deduzidos da Base de Cálculo.
Exemplos: Receitas não tributáveis, tais como:
- Ganho na Equivalência Patrimonial
- Receita de Dividendos
- Reversão de provisões indedutíveis
Compensações
Correspondem ao saldo da base de cálculo negativa da CSLL de
períodos anteriores, que diminuirá a mesma base de cálculo em
períodos futuros, até zerar este saldo. Assim como na legislação do
Imposto de Renda, o limite de compensação da base de cálculo
negativa é de 30% do lucro líquido, após adições e exclusões.
A Provisão para CSLL não é dedutível da base de cálculo do Lucro
Real, devendo ser adicionada ao lucro na apuração da base de
cálculo do Lucro Real.
Exemplo:
Resultado do Exercício antes da CSLL e IR..40.000
(+) Adições
Despesa de Equivalência Patrimonial..........5.000
Despesa de PCLD.......................................1.500
Reserva de Reavaliação Realizada.............10.000
(-) Exclusões
Receita de Dividendos..............................(4.000)
Reversão de PCLD...................................(1.000)
(-) Compensações
Base de cálculo negativa de período
anterior........................................................(1.500)
(=) Base de Cálculo da CSLL........................50.000
Alíquota de CSLL = 9%
CSLL = 9% X 50.000 = 4.500
Lançamento
CSLL (Despesa)
a Provisão para CSLL (Passivo circulante)...4.500
8. Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda
O Resultado do Exercício antes do Imposto de renda é obtido pela
diferença entre Lucro ou Prejuízo Operacional e a CSLL.
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9. Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)
As pessoas jurídicas, por opção, ou determinação legal, são
tributadas por uma das seguintes formas de tributação:
a) Lucro Presumido
b) Lucro Arbitrado
c) Lucro Real
Obs.: as microempresas e as empresas de pequeno porte podem
optar pelo recolhimento do IRPJ e da CSLL, juntamente com outros
impostos e contribuições (inclusive ICMS e ISS), pelo Simples
nacional.
Lucro Real
Lucro Real = Resultado antes do IR + adições – exclusões –
compensações
Caso o resultado após adições, exclusões e compensações seja
negativo, haverá um prejuízo fiscal.
Adições
As adições ao lucro líquido, do período para determinação do Lucro
Real, são ajustes que tem a finalidade de aumentar a base de
cálculo do imposto.
Exemplos:
- CSLL
- Despesas com multas
- Despesas com provisões (exceto para 13º salário e para férias)
- Perda com equivalência Patrimonial
-Despesas com alimentação dos sócios, acionistas e
administradores
- despesas com brindes
Exclusões
As exclusões são ajustes que tem por finalidade reduzir a base de
cálculo do imposto.
Exemplos: receitas não tributáveis
- Receita de equivalência patrimonial
- Receita de dividendos
- reversão de provisões indedutíveis
- benefícios de depreciação, amortização e exaustão acelerada
incentivada
Compensações
As compensações referem-se, primordialmente, ao saldo de
prejuízo fiscal de períodos anteriores que diminuirá a base de
cálculo do imposto de renda em períodos futuros, até zerar este
saldo. Contudo, há uma limitação importante: o saldo de prejuízo
fiscal apurado em períodos anteriores, que será compensado, está
limitado a 30% do Lucro Líquido ajustado pelas adições e
exclusões.
Exemplo:
- Prejuízos fiscais acumulados anteriores a 31/12/06 = 80.000
- Prejuízo fiscal apurado em 31/12/06 = 100.000
- Lucro contábil apurado em 31/12/2007 = 300.000
- Despesas não dedutíveis do exercício de 2007 = 50.000
- Receitas não tributáveis do exercício de 2007 = 30.000
Lucro contábil apurado em 31/12/2007......300.000
(+)Despesas não Dedutíveis........................50.000
(-) Receitas não tributáveis.......................(30.000)
Subtotal...................................................320.000
(-) Prejuízo Compensável em 2007 (30%X320.000)
............................................................... .(96.000)
Lucro Real................................................224.000
Prejuízos Fiscais acumulados anteriores a
31/12/06......................................................80.000
(+) Prejuízo Fiscal apurado em 31/12/06....100.000
(-) Prejuízo Compensável em 2007 =
30%X320.000.............................................(96.000)
Prejuízos Fiscais a Compensar em Períodos
Futuros.....................................................84.000
10. Participações Estatutárias
As participações Estatutárias são relativas a:
- Pagamentos de debenturistas
- Participações de empregados
- Participações de Administradores
- Participações de Partes Beneficiárias
- Contribuição para Fundos de Assistência e Previdência de
Empregados.
A Base de Cálculo das Participações é o Lucro após o Imposto de
Renda. Se a empresa possuir prejuízos acumulados, estes devem
ser deduzidos do Lucro após o Imposto de Renda previamente ao
cálculo das participações.
As participações devem ser calculadas na ordem supracitada e a
participação anterior deve ser deduzida da base de cálculo da
participação seguinte.
Exemplo:
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Lucro após o IR = 50.000
Prejuízos acumulados = 10.000
Participações:
Debenturistas: 10%
Empregadores: 10%
Administradores: 10%
Partes Beneficiárias: 10%
Contribuição para Fundos de Previdência: 10%
Cálculo:
Base das participações= 50.000 – 10.000 = 40.000
Debenturistas = 10% X 40.000 = 4.000
Empregados = 10%X(40.000 - 4.000) = 3.600
Administradores = 10%X(36.000 – 3.600) = 3.240
Partes Beneficiárias = 10%X(32.400 – 3.240) = 2.916
Contribuição para Fundo de Previdência de Empregados =
10%X(29.160 -2.916) = 2.624,40
LUCRO REAL VERSUS PARTICIPAÇÕES
1º Caso: participações indedutíveis e imposto de renda a ser
calculado por meio de alíquota
Lucro antes do Imposto de Renda = $ 100.000,00
Alíquota do IR = 20%
Participação de Administradores = 10%
Participação de Partes Beneficiárias = 10%
DRE
Lucro antes do IR 100.000,00
(-) Provisão para IR (20% x 100.000,00) 20.000,00-
(=) Lucro após o Imposto de Renda 80.000,00
Participações
(-) Administradores (10%x 80.000,00) 8.000,00-
(-) Partes Beneficiárias (10% x 72.000) 7.200,00-
(=) Lucro Líquido do Exercício (LLE) 64.800,00
Lembre-se de que as participações de administradores e dos
detentores de partes beneficiárias não são dedutíveis da base de
cálculo do IR apurado pelo Lucro Real.
2º Caso: participações dedutíveis e indedutíveis e imposto de
renda já calculado
Lucro antes do IR = $ 100.000,00
IR = $ 20.000,00
Participação de Administradores = 10%
Participação de Empregados = 10%
Neste caso o cálculo é simplificado, pois a base de cálculo do IR
não precisa ser calculado, uma vez que o montante do Imposto de
Renda encontra-se calculado. Vejamos como fica a finalização da
DRE para este caso.
Lucro antes do IR 100.000,00
(-) Provisão para IR 20.000,00-
(=) Lucro após o Imposto de Renda 80.000,00
Participações
(-) Empregados (10%x 80.000,00) 8.000,00-
(-) Administradores (10% x 72.000) 7.200,00-
(=) Lucro Líquido do Exercício (LLE) 64.800,00
3º caso: participações dedutíveis e indedutíveis e IR a ser
calculado por meio de alíquota. O valor da participação
dedutível é dado.
Lucro antes do IR = $ 100.000,00
Alíquota do IR = 20%
Participação de Administradores = 10%
Participação de Empregados = $ 20.000,00
Conforme foi visto, as participações de administradores e de
detentores de partes beneficiárias são indedutíveis. As demais,
como a dos empregados, serão dedutíveis.
Lucro antes do IR 100.000,00
(-) Provisão para IR = 20% x (100.000 - 10.000) 18.000,00-
(=) Lucro após o Imposto de Renda 82.000,00
Participações
(-) Empregados 10.000,00-
(-) Partes Beneficiárias (10% x 72.000) 7.200,00-
(=) Lucro Líquido do Exercício (LLE) 64.800,00
Participação de empregados
8
Observe que a participação dos empregados foi deduzida da base
de cálculo do IR, conforme indicado.
4º Caso: Participações dedutíveis e indedutíveis e imposto de
renda a ser calculado por meio de alíquota.
Lucro antes do IR = $ 40.000,00
Provisão para o IR = 15%
Participação de Debenturistas = 10%
Participação de Empregados = 10%
Participação de Administradores = 10%
Neste ponto é importante ressaltar que a ESAF, com o objetivo de
simplificar o cálculo nessa situação, criou a figura o “IR Provisório”
para que se possa determinar a base de cálculo das participações
e, posteriormente, com o valor das participações dedutíveis, o IR
definitivo é calculado.
Portanto, neste caso, o cálculo deve ser realizado em três etapas:
(i) Apuração inicial
(ii) Ajustes (lucro real)
(iii) Apuração final
Vamos às etapas:
(i) Apuração inicial
Lucro antes do IR 40.000,00
(-) Provisão para IR = 15% x 40.000,00 6.000,00-
(=) Lucro após o Imposto de Renda 34.000,00
Participações
(-) Debenturistas = 10% x 34.000 3.400,00-
(-) Empregados = 10% x (34.000 - 3.400) 3.060,00-
(-) Administradores = 10% x (30.600 - 3.060) 2.754,00-
(=) Lucro Líquido do Exercício (LLE) 24.786,00
(ii) Ajustes (lucro real)
Cálculo do IR:
Lucro antes do IR 40.000,00
(-) Debenturistas = 10% x 34.000 3.400,00-
(-) Empregados = 10% x (34.000 - 3.400) 3.060,00-
(=) Lucro real 33.540,00
Provisão para IR = 15% x 33.540,00 5.031,00
(iii) Apuração final
Lucro antes do IR 40.000,00
(-) Provisão para IR 5.031,00-
(=) Lucro após o Imposto de Renda 34.969,00
Participações
(-) Debenturistas = 10% x 34.000 3.400,00-
(-) Empregados = 10% x (34.000 - 3.400) 3.060,00-
(-) Administradores = 10% x (30.600 - 3.060) 2.754,00-
(=) Lucro Líquido do Exercício (LLE) 25.755,00
EXERCÍCIOS
1. (UNIVERSA - IPHAN CONTABILIDADE 2009) A empresa Comercial Delta S/A, no exercício corrente, apresentou os seguintes dados, extraídos de sua contabilidade:
O lucro bruto com mercadorias, em reais, no exercício foi de
(A) 48.000,00.
(B) 30.000,00.
(C) 45.000,00.
(D) 37.000,00.
(E) 13.000,00.
2. (UNIVERSA - PROFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA CONTABILIDADE 2010) Assinale a alternativa que apresenta o valor do lucro apurado por intermédio do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) por uma empresa que, no exercício social, apresentou R$ 450.000,00 de lucro líquido, identificou despesas não-dedutíveis no valor de R$ 30.000,00 e receitas não-dedutíveis no valor de R$ R$ 12.000,00.
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(A) R$ 432.000,00
(B) R$ 438.000,00
(C) R$ 450.000,00
(D) R$ 468.000,00
(E) R$ 480.000,00
3. (UNIVERSA - CEB TÉCNICO EM CONTABILIDADE 2010) Considere que uma empresa, que adota o inventário periódico, tenha vendido uma mercadoria a um cliente que, por não ter ficado satisfeito com a mercadoria, a devolveu.
Com base nessas informações, assinale a alternativa que apresenta o lançamento a ser efetuado nessa situação.
(A) Débito de caixa/clientes a crédito de devolução de vendas.
(B) Débito de estoques e devolução de vendas.
(C) Débito de devolução de vendas a crédito de caixa/clientes.
(D) Crédito de estoques e devolução de vendas.
(E) Débito de devolução de vendas e crédito de estoques.
4. (UNIVERSA - CEB TÉCNICO EM CONTABILIDADE 2010) Considere que uma empresa apresentou os seguintes valores.
Lucro líquido: R$ 50.000,00.
Despesas não dedutíveis incluídas no resultado do exercício: R$ 6.000,00.
Receitas não tributáveis incluídas no resultado do exercício: R$ 1.000,00.
Com base nessas informações, assinale a alternativa que apresenta o lucro real do exercício e o valor do imposto de renda a ser recolhido à alíquota de 35%, por essa empresa.
(A) R$ 19.250,00 e R$ 56.000,00
(B) R$ 55.000,00 e R$ 19.250,00
(C) R$ 55.000,00 e R$ 19.600,00
(D) R$ 56.000,00 e R$ 19.000,00
(E) R$ 56.000,00 e R$ 19.600,00
5. (UNIVERSA - APEX ANALISTA CONTÁBIL 2006) Considere os valores abaixo e calcule o Resultado Líquido da Entidade.
Caixa................................................................R$ 100,00
Vendas à Vista ..................................................R$ 100,00
Vendas a Prazo .................................................R$ 100,00
Despesas Financeiras .......................................R$ 100,00
Receitas Financeiras ........................................R$ 100,00
Devolução de Vendas.......................................R$ 100,00
(A) R$ 100,00.
(B) R$ 200,00.
(C) R$ 300,00.
(D) R$ 400,00.
(E) R$ 500,00.
6. (ESAF – AFRF 2009) No mercadinho de José Maria Souza, que ele, orgulhosamente, chama de Supermercado Barateiro, o Contador recebeu a seguinte documentação:
Inventário físico-financeiro de mercadorias:
elaborado em 31.12.2007: R$ 90.000,00
elaborado em 31.12.2008: R$ 160.000,00
Notas-fiscais de compras de mercadorias:
Pagamento a vista R$ 120.000,00
Pagamento a prazo R$ 80.000,00
Notas-fiscais de vendas de mercadorias:
Recebimento a vista R$ 90.000,00
Recebimento a prazo R$ 130.000,00
Os fretes foram cobrados à razão de R$ 25.000,00 sobre as compras e de R$ 15.000,00 sobre as vendas; o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços foi calculado à razão de 15% sobre as compras e sobre as vendas. Não há ICMS sobre os fretes, nem outro tipo de tributação nas operações.
Com base nessa documentação, coube ao Contador contabilizar as operações e calcular os custos e lucros do Supermercado. Terminada essa tarefa, podemos dizer que foi calculado um lucro bruto de vendas, no valor de
a) R$ 90.000,00.
b) R$ 47.000,00.
c) R$ 87.000,00.
d) R$ 62.000,00.
e) R$ 97.000,00. Enunciado para as questões 7 e 8. Os estatutos da Cia. Omega estabelecem que, dos lucros remanescentes, após as deduções previstas pelo artigo 189 da Lei 6.404/76 atualizada, deverá a empresa destinar aos administradores, debêntures e empregados uma participação de 10% do lucro do exercício a cada um.
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Tomando como base as informações constantes da tabela abaixo:
7. (ESAF – AFRFB 2012) Pode-se afirmar que o valor do Lucro Líquido do Exercício é: a) R$ 350.000. b) R$ 332.250. c) R$ 291.600. d) R$ 182.500. e) R$ 141.600.
8. (ESAF – AFRFB 2012) O valor das Participações dos Administradores é: a) R$ 40.000. b) R$ 36.000. c) R$ 32.400. d) R$ 22.500. e) R$ 20.250.
9. (FGV – FISCAL DE RENDAS RJ 2010) A Cia. Ametista apresentou os seguintes saldos referentes ao ano de 2008:
Assinale a alternativa que indique o lucro líquido apresentado pela Cia. Ametista relativo ao ano de 2008.
(A) $ 100.000.
(B) $ 110.000.
(C) $ 160.000.
(D) $ 190.000.
(E) $ 80.000.
10. (ESAF – CVM ANALSTA DE MERCADO DE CAPITAIS 2010) A empresa Atividade Tributada S/A apurou, ao fim do exercício social, os seguintes componentes de resultados:
Receitas tributáveis 80.000,00
Despesas dedutíveis 58.200,00
Receitas Não Tributáveis 9.600,00
Despesas não dedutíveis 4.600,00
Contribuição Social sobre o lucro líquido 2.400,00
Imposto de Renda 15%
O saldo de prejuízos fiscais a compensar, conforme apuração na demonstração do lucro real de períodos anteriores e registrado no livro próprio, monta a R$ 10.000,00.
Com base nas informações acima, calcule o imposto de renda a provisionar e indique o seu valor.
a) R$ 3.360,00
b) R$ 3.270,00
c) R$ 2.541,00
d) R$ 2.289,00
e) R$ 1.770,00
11. (ESAF – SMF RJ FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS 2010) A Empresa Comércio Local Ltda. executou transações com mercadorias e pessoal, das quais resultaram, na contabilidade, os seguintes saldos:
Estoque inicial de mercadorias R$ 12.500,00
Compras de mercadorias R$ 32.000,00
Vendas de mercadorias R$ 37.000,00
Estoque final de mercadorias R$ 20.500,00
ICMS sobre Compras R$ 4.800,00
ICMS a Recolher R$ 750,00
ICMS sobre Vendas R$ 5.550,00
Salários e Ordenados R$ 8.000,00
Encargos Trabalhistas R$ 960,00
Contribuições a Recolher R$ 1.600,00
Computando estes dados para fins da apuração dos resultados, vamos encontrar um
a) Lucro bruto de R$ 17.050,00.
b) Lucro bruto de R$ 13.000,00.
c) Lucro bruto de R$ 7.450,00.
d) Lucro líquido de R$ 3.290,00.
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e) Lucro líquido de R$ 2.440,00.
12. (ESAF – SMF RJ FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS 2010) A Sociedade Limítrofe S/A obteve, no ano de 2009, como Resultado Líquido do Exercício, um lucro no valor de R$ 50.000,00 e mandou distribuí-lo da seguinte forma:
5% para constituição de reserva legal;
10% para constituição de reserva estatutária;
10% para participação estatutária de administradores;
25% para provisão para o Imposto de Renda;
50% para dividendos obrigatórios; e o restante para reservas de lucro.
Na destinação de resultados feita na forma citada, pode-se dizer que, para constituição da reserva legal, coube a importância de
a) R$ 2.500,00.
b) R$ 1.875,00.
c) R$ 1.687,50.
d) R$ 1.500,00.
e) R$ 1.375,00.
13. (ESAF AFRF 2009) A empresa Livre Comércio e Indústria S.A. apurou, em 31/12/2008, um lucro líquido de R$ 230.000,00, antes da provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro e das participações estatutárias.
As normas internas dessa empresa mandam destinar o lucro do exercício para reserva legal (5%); para reservas estatutárias (10%); para imposto de renda e contribuição social sobre o lucro (25%); e para dividendos (30%).
Além disso, no presente exercício, a empresa determinou a destinação de R$ 50.000,00 para participações estatutárias no lucro, sendo R$ 20.000,00 para os Diretores e R$ 30.000,00 para os empregados.
Na contabilização do rateio indicado acima, pode-se dizer que ao pagamento dos dividendos coube a importância de:
a) R$ 39.000,00.
b) R$ 33.150,00.
c) R$ 35.700,00.
d) R$ 34.627,50.
e) R$ 37.050,00.
14. (ESAF – AFC STN 2008) O mercado de nossa praça é uma sociedade de capital aberto que, no exercício de 2007, apurou um lucro antes do imposto de renda e das participações no valor de R$ 100.000,00.
Esse lucro, segundo as normas da empresa, deverá ser destinado ao pagamento de dividendos e de imposto de renda, no mesmo percentual de 30%, calculado nos termos da lei.
Também deverão ser destinados 5% para reserva legal, 10% para reserva estatutária e 10% para participação de administradores.
Sabendo-se que os Estatutos da empresa mandam conceder uma participação de R$ 15.000,00 para os empregados e que o restante dos lucros, após a retirada dos percentuais acima, será segregado a uma conta de reservas de lucros, podemos afirmar que será lançado o valor de
a) R$ 2.677,50, em reserva legal.
b) R$ 4.950,00, em reserva estatutária.
c) R$ 5.500,00, em participação de administradores.
d) R$ 12.918,00, em dividendos distribuídos.
e) R$ 30.000,00, em provisão para Imposto de Renda.
15. (ESAF – AFC CGU 2008) Assinale abaixo a opção que contém uma afirmativa verdadeira.
a) Lucro Bruto é a diferença entre a receita líquida de vendas de bens ou serviços e o custo das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados por terceiros.
b) As despesas do mês, que foram pagas antecipadamente, estão registradas em contas do ativo circulante. A apropriação no último dia do mês é feita debitando-se a conta que representa a referida despesa e creditando- se a conta do passivo circulante que registrou a despesa paga antecipadamente.
c) Despesas não operacionais são aquelas decorrentes de transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias da empresa, como, por exemplo, o montante obtido na alienação de bens ou direitos integrantes do ativo permanente.
d) Os prejuízos acumulados correspondem a prejuízos apurados pela Contabilidade em exercícios anteriores, que estejam devidamente contabilizados e que não podem ser compensados pelo lucro apurado no exercício atual.
e) Após apurado o resultado do exercício e calculadas as provisões para contribuição social e para pagamento do imposto de renda, deverão ser calculadas e contabilizadas as participações contratuais e estatutárias nos lucros e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados.
16. (M TUR CONTADOR 2010) Na determinação do lucro real da pessoa jurídica, é dedutível como custo ou despesa operacional a provisão para
(A) Crédito de liquidação duvidosa.
(B) Perdas prováveis na realização de investimentos.
(C) Ajuste do custo de ativos ao valor de mercado.
(D) A contribuição social sobre o lucro líquido (CSL).
(E) Perda de estoque de livros constituída pelas pessoas jurídicas que exerçam as atividades de editor, distribuidor e livreiro.
17. (CESGRANRIO CONTADOR JR PETROBRAS 2011) A legislação fiscal em vigor permite a dedutibilidade da remuneração do capital próprio (juros sobre o capital próprio) desde que
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• o valor da remuneração sobre o capital próprio seja limitado à aplicação pro rata dia da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) sobre o montante do Patrimônio Líquido subtraído do saldo da Reserva de reavaliação, salvo se esta tiver sido adicionada às bases de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social (CS), do saldo de Ajustes de Avaliação Patrimonial e do saldo da conta de ganhos/perdas na conversão relativo a investimento no exterior; e
• o valor apurado seja limitado ao maior valor entre
(A) 25% do lucro líquido do exercício, após a dedução da CS e do Imposto de Renda e antes da dedução dos referidos juros; e 25% do somatório dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros.
(B) 50% do lucro líquido do exercício, após a dedução da CS, antes das despesas de Imposto de Renda e antes da dedução dos referidos juros; e 50% do somatório dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros.
(C) 50% do valor da reserva de lucros a realizar, desde que os eventos previstos para sua constituição tenham se realizado no exercício; e 25% do valor excedente do resultado atribuído à reserva legal, deduzida a parcela destinada ao pagamento de dividendos obrigatórios.
(D) 50% do lucro líquido do exercício, após a dedução da CS e do Imposto de Renda e antes da dedução dos referidos juros; e 50% do somatório dos saldos de lucros acumulados, reservas de lucros e reservas de capital.
(E) 60% do valor transferido da conta lucros acumulados para reservas de lucros, deduzidos da CS e do Imposto de Renda e com a incorporação da reversão da reserva de contingência; e 60% do valor do lucro do exercício, após as deduções legais e antes da constituição das reservas.
18. (CESGRANRIO CONTADOR JR PETROBRAS 2010) Analise os dados extraídos da contabilidade da comercial Brasília Ltda., em reais.
• Despesas com Vendas 2.000,00
• Devolução de Vendas 4.000,00
• PIS sobre Vendas 1.200,00
• Receita Bruta 22.000,00
• Custo das Mercadorias Vendidas 12.000,00
• ICMS sobre Vendas 3.960,00
• COFINS sobre Vendas 840,00
• Despesas Administrativas 4.500,00
Considerando exclusivamente os dados acima, o valor da receita líquida, em reais, é
(A) 5.500,00
(B) 10.000,00
(C) 12.000,00
(D) 13.200,00
(E) 16.800,00
19. (FCC CONTADOR DNOCS 2010) Dados extraídos da escrituração contábil e da Demonstração de Resultado da Cia. Alvorecer, relativas ao exercício findo em 31/12/2008, em R$:
− Lucro do Exercício antes do Imposto de Renda ................................................... 800.000,00
− Despesas indedutíveis, de acordo com a legislação ............................................... 100.000,00
− Receita de dividendos de participações societárias ................................................. 220.000,00
A Companhia Alvorecer optou pelo Regime Tributário de Transição instituído pela MP 449/2008, que foi convertida na Lei no 11.941/2009, a qual convalidou os efeitos da referida MP. Na parte B do Livro de Apuração do Lucro Real da companhia estavam registrados prejuízos fiscais da ordem de R$ 235.000,00, referentes a períodos de apuração anteriores. O lucro real anual da companhia, depois de efetuada a compensação dos prejuízos fiscais pelo seu valor máximo, equivaleu, em R$, a
(A) 580.000,00.
(B) 680.000,00.
(C) 476.000,00.
(D) 428.000,00.
(E) 445.000,00.
20. (ESAF – AFRFB 2012) A Demonstração do Resultado Abrangente deve evidenciar a) somente as parcelas dos resultados líquidos apurados que afetem os acionistas não controladores. b) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas, reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial. c) ajustes de instrumentos financeiros de participações societárias avaliadas pelo método de custo. d) o resultado líquido após tributos das operações descontinuadas das entidades controladas. e) o resultado antes do imposto sobre a renda e contribuições
apuradas no período.
21. (MPU TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO 2010) Atualmente, a demonstração do resultado abrangente (DRA) apresenta o resultado do exercício acrescido de ganhos ou perdas, que eram reconhecidos direta e temporariamente na demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL); dessa forma, a DRA é evidenciada tanto separadamente como dentro da DMPL.
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22. (ESAF – ATRFB 2012) A S.A. Sociedade Abraços, no exercício de 2011, evidencia um prejuízo contábil e fiscal de R$ 4.300,00; uma provisão para imposto de renda de R$ 5.000,00; e um resultado positivo do exercício antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro e das participações no valor de R$ 35.000,00. Deste resultado a empresa deverá destinar R$ 3.000,00 para participação estatutária de empregados; R$ 2.700,00 para participação estatutária de administradores; R$ 2.000,00 para reserva estatutária; além da reserva legal de R$ 1.000,00. Após a contabilização correta desses procedimentos, pode-se dizer que o encerramento da conta de resultado do exercício foi feito com um lançamento a débito no valor de a) R$ 17.000,00. b) R$ 19.000,00. c) R$ 20.000,00. d) R$ 24.300,00. e) R$ 25.700,00.
23. (ESAF – MDIC ACE 2012) Assinale, abaixo, a opção incorreta. Nos termos da lei, a demonstração do resultado do exercício discriminará: a) a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos obtidos e os impostos a recolher. b) a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto. c) as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais. d) o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas. e) o resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão
para o imposto.
24. (ESAF – MDIC ACE 2012) Certa empresa, após contabilizar suas contas de resultado, encontrou os seguintes valores: Receita Líquida de Vendas 250.000,00 Custo das Vendas do Período 140.000,00 Receitas Operacionais 25.000,00 Despesas Operacionais 65.000,00 Ganhos de Capital 10.000,00 Provisão para Imposto de Renda 30.000,00 Os estatutos dessa empresa mandam pagar participação nos lucros, à base de 10% para empregados e 10% para administradores, além dos dividendos de 25%. No exercício social de que estamos tratando, a empresa destinou ao pagamento das participações o montante de a) R$ 10.000,00.
b) R$ 9.500,00.
c) R$ 7.600,00.
d) R$ 3.750,00. e) R$ 3.156,00.
25. (CESPE – DPF – Perito Contador 2013) A demonstração do resultado abrangente do exercício foi uma das contribuições das
normas internacionais aceitas pela contabilidade brasileira. Contudo, diferentemente do que possibilita a norma internacional, a demonstração não poderá ser apresentada como continuidade da demonstração de resultado do exercício, devendo ser apresentada em relatório à parte ou dentro da demonstração de mutações do patrimônio líquido.
No início de 2013, o Patrimônio Líquido da Cia. Madeira era composto pelos seguintes saldos:
Ao final do período de 2013, a empresa apurou um Lucro antes do Imposto sobre a Renda e Contribuições no valor de R$400.000.
De acordo com a política contábil da empresa, ao final do exercício, no caso da existência de lucros, os estatutos da empresa determinam que a mesma deve observar os percentuais abaixo para os cálculos das Participações e Contribuições, apuração do Lucro Líquido e sua distribuição.
O restante do Lucro Líquido deverá ser mantido em Lucros Retidos conforme decisão da Assembleia Geral Ordinária (AGO) até o final do exercício de 2014, conforme Orçamento de Capital aprovado em AGO de 2012.
Com base nas informações anteriores, responda às questões de n. 26 a 29.
26. (ESAF – AFRFB 2014) O valor a ser registrado como Reserva Legal é:
a) R$ 2.000.
b) R$ 2.500.
c) R$ 3.500.
d) R$ 7.200.
e) R$ 7.500.
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27. (ESAF – AFRFB 2014) O valor distribuído a título de dividendo é:
a) R$ 160.000.
b) R$ 124.800.
c) R$ 96.000.
d) R$ 72.000.
e) R$ 68.400.
28. (ESAF – AFRFB 2014) O Valor das Participações dos Debenturistas nos Lucros da Sociedade é:
a) R$ 80.000.
b) R$ 72.000.
c) R$ 64.000.
d) R$ 48.000.
e) R$ 36.000.
29. (ESAF – AFRFB 2014) Com base nos dados fornecidos, pode-se afirmar que:
a) o Capital autorizado da empresa é de R$ 550.000.
b) o valor a ser destinado para a Reserva de Lucros é de R$ 28.000.
c) após a distribuição do resultado, o saldo total do Patrimônio Líquido é de R$837.000.
d) o valor da Participação da Administração nos Lucros da Sociedade corresponde a R$64.000.
e) o resultado líquido e sua destinação provocam um aumento líquido de passivo de R$ 240.000.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D D C B A D C B E D
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
D C E A E E B C C B
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C D A B C B D A C