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ENQUADRAMENTO TEÓRICO, INSTITUCIONAL E
ESTATÍSTICO DOS CUIDADOS SOCIAIS A IDOSOS EM
MÓDULO DE QUESTÕES PARA
CUIDADOS AOS IDOSOS
ENQUADRAMENTO TEÓRICO, INSTITUCIONAL E
DOS CUIDADOS SOCIAIS A IDOSOS EM
PORTUGAL
MÓDULO DE QUESTÕES PARA
CUIDADOS AOS IDOSOS
ENQUADRAMENTO TEÓRICO, INSTITUCIONAL E
DOS CUIDADOS SOCIAIS A IDOSOS EM
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
PTDC/CS-SOC/117593/2010
Para citar este documento:
Lopes, A. e Lemos, R. (Coord.), Dias, I.;
(2013) Enquadramento teórico, institucional e estatístico dos cuidados sociais a idosos em Portugal,
Porto, FLUP e ISFLUP. http://web.letras.up.pt/modulo65mais/index_files/Page532.h
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
CUIDADOS AOS IDOSOS
EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO
Pedro Moura Ferreira
UNIDADE DE INVESTIGAÇÃO
Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto
DATA DE PUBLICAÇÃO
15 de
ISBN:
Lopes, A. e Lemos, R. (Coord.), Dias, I.; Ferreira, P.; Fonseca, A.; José, J.; Martin, I.; Pereira, S. e Santos, P.
(2013) Enquadramento teórico, institucional e estatístico dos cuidados sociais a idosos em Portugal,
http://web.letras.up.pt/modulo65mais/index_files/Page532.htm
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
1
COORDENAÇÃO:
Alexandra Lopes
EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO
António Fonseca
Ignacio Martín
Isabel Dias
José São José
Paulo Santos
Pedro Moura Ferreira
Rute Lemos
Sandra Pereira
UNIDADE DE INVESTIGAÇÃO
Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto
DATA DE PUBLICAÇÃO
15 de março de 2013
978-989-8648-04-4
Ferreira, P.; Fonseca, A.; José, J.; Martin, I.; Pereira, S. e Santos, P.
(2013) Enquadramento teórico, institucional e estatístico dos cuidados sociais a idosos em Portugal,
tm
Índice
1. Introdução
1.1. Objetivo deste relatório
2. Revisão da literatura
3. Instrumentos de recolha de dados e dados disponíveis
4. Enquadramento institucional e respostas sociais aos cuidados de idosos
4.1. Benefícios monetários
4.2. Benefícios não monetários
4.3. Políticas e programas integrados
4.4. Mecanismos de acesso à proteção social e modalidades de financiamento
5. Conclusões e implicações para o Módulo 65+
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Objetivo deste relatório
Revisão da literatura
Instrumentos de recolha de dados e dados disponíveis
Enquadramento institucional e respostas sociais aos cuidados de idosos
Benefícios monetários
Benefícios não monetários
Políticas e programas integrados
Mecanismos de acesso à proteção social e modalidades de financiamento
Conclusões e implicações para o Módulo 65+
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
2
3
4
6
12
Enquadramento institucional e respostas sociais aos cuidados de idosos 41
41
44
48
Mecanismos de acesso à proteção social e modalidades de financiamento 51
60
1. Introdução
Um pouco por toda a Europa se
aumento na pressão sobre a procura de cuidados de apoio à população idosa, uma
consequência anunciada do próprio processo de envelhecimento demográfico. Um dos
grandes desafios que se coloca aos decisores p
eficientes, e financeiramente sustentáveis, para responder a essa pressão, mecanismos que
precisam de estar ancorados num conhecimento detalhado da realidade que procuram
reformar. Em Portugal, em concreto, e até à da
âmbito nacional no domínio da prestação de cuidados sociais à população idosa, existindo uma
necessidade real de desenvolver um instrumento capaz de a produzir.
O objetivo geral do projeto Módulo de Questões
desenvolvimento de um módulo integrado de questões que possa vir a ser incluído em
inquéritos nacionais, de tipo longitudinal ou transversal, e que promova a recolha de dados
sobre a utilização de serviços de apoi
sobre modalidades de financiamento e sobre provisão e obtenção de cuidados informais,
temas em relação aos quais persiste uma ausência grave de informação estatística fiável
termos de representatividade nacional
fenómeno que é, por definição, complexo e multifacetado.
Módulo 65+ parte do trabalho que foi desenvolvido p
Reino Unido, entre 2009 e 2010. A equipa inglesa, q
Center for Research (NatCen)
conjunta da London School of Economics
Research Unit (PSSRU), desenvolveu
desenvolver em contexto português, módulo esse que foi incluído, já em 2011, no inquérito
nacional de saúde inglês (Health Survey for England
Longitudinal Survey on Ageing
o ponto de partida para o trabalho da equipa portuguesa, pretendendo
do projeto seja um módulo que cumpra não só os obje
fenómeno «Cuidados sociais entre a população idosa portuguesa», mas também um módulo
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Um pouco por toda a Europa se assume que os próximos anos serão marcados por um
aumento na pressão sobre a procura de cuidados de apoio à população idosa, uma
consequência anunciada do próprio processo de envelhecimento demográfico. Um dos
grandes desafios que se coloca aos decisores políticos é o de encontrarem mecanismos
eficientes, e financeiramente sustentáveis, para responder a essa pressão, mecanismos que
precisam de estar ancorados num conhecimento detalhado da realidade que procuram
reformar. Em Portugal, em concreto, e até à data, é muito limitada a informação estatística de
âmbito nacional no domínio da prestação de cuidados sociais à população idosa, existindo uma
necessidade real de desenvolver um instrumento capaz de a produzir.
Módulo de Questões para Cuidados aos Idosos
desenvolvimento de um módulo integrado de questões que possa vir a ser incluído em
inquéritos nacionais, de tipo longitudinal ou transversal, e que promova a recolha de dados
sobre a utilização de serviços de apoio social e de cuidados por parte da população idosa,
sobre modalidades de financiamento e sobre provisão e obtenção de cuidados informais,
quais persiste uma ausência grave de informação estatística fiável
ade nacional, e robusta em termos de capacidade para medir um
fenómeno que é, por definição, complexo e multifacetado.
parte do trabalho que foi desenvolvido por uma equipa de investigadores
Reino Unido, entre 2009 e 2010. A equipa inglesa, que incluía investigadores do
Center for Research (NatCen), da University of East Anglia (UEA) e da unidade de investigação
London School of Economics e da University of Kent, Personal Social Services
, desenvolveu um módulo de questões similar ao que se pretende
desenvolver em contexto português, módulo esse que foi incluído, já em 2011, no inquérito
Health Survey for England) e no projeto longitudinal
geing). As questões que foram desenvolvidas para o caso inglês foram
o ponto de partida para o trabalho da equipa portuguesa, pretendendo-se que o produto final
ódulo que cumpra não só os objetivos substantivos de medição do
uidados sociais entre a população idosa portuguesa», mas também um módulo
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
3
assume que os próximos anos serão marcados por um
aumento na pressão sobre a procura de cuidados de apoio à população idosa, uma
consequência anunciada do próprio processo de envelhecimento demográfico. Um dos
olíticos é o de encontrarem mecanismos
eficientes, e financeiramente sustentáveis, para responder a essa pressão, mecanismos que
precisam de estar ancorados num conhecimento detalhado da realidade que procuram
ta, é muito limitada a informação estatística de
âmbito nacional no domínio da prestação de cuidados sociais à população idosa, existindo uma
(Módulo 65+) é o
desenvolvimento de um módulo integrado de questões que possa vir a ser incluído em
inquéritos nacionais, de tipo longitudinal ou transversal, e que promova a recolha de dados
o social e de cuidados por parte da população idosa,
sobre modalidades de financiamento e sobre provisão e obtenção de cuidados informais,
quais persiste uma ausência grave de informação estatística fiável, em
e robusta em termos de capacidade para medir um
or uma equipa de investigadores no
ue incluía investigadores do National
e da unidade de investigação
Kent, Personal Social Services
um módulo de questões similar ao que se pretende
desenvolver em contexto português, módulo esse que foi incluído, já em 2011, no inquérito
) e no projeto longitudinal ELSA (English
s para o caso inglês foram
se que o produto final
tivos substantivos de medição do
uidados sociais entre a população idosa portuguesa», mas também um módulo
que garanta a comparabilidade internacional de resultados, nomeadamente em relação ao
caso inglês.
1.1. Objetivo deste relatório
O desenvolvimento do projeto
envolve 5 etapas principais, alinhadas com os preceitos da metodologia TRAPD tal como
descrita por Harkness (2005)
tradução do módulo de questões e adaptação a
Delphi de especialistas para revisão do questionário (3); testes cognitivos ao questionário (4);
desenvolvimento do modelo final e da documentação técnica de apoio à sua implementação
(5).
Este relatório dá resposta à primeira etapa do projeto de desenvolvimento do módulo de
questões e funciona como um elemento de contextualização (
aprofundamento do processo de adaptação do instrumento inglês à realidade portuguesa.
Está estruturado em torno de
final do texto em termos de organização:
- A revisão da literatura portuguesa
produzida por investigadores portugu
- A análise detalhada dos instrumentos de recolha de dados implem
respetivos dados gerados, para identificação de ponto
do objeto do módulo de questões;
- A sistematização do enquadramen
do sistema de segurança social português, para identificação das respostas sociais existentes.
1 Harkness, J. et al. (2004). “Questionnaire Translation and Assessment”, in: Presser, S.
Methods of Testing and Evaluating Survey Questionnaires, New Jersey: John Wiley and Sons.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
que garanta a comparabilidade internacional de resultados, nomeadamente em relação ao
Objetivo deste relatório
projeto Módulo 65+ assenta num plano de trabalho alargado que
, alinhadas com os preceitos da metodologia TRAPD tal como
(2005)1: revisão da literatura e sistematização de dados existentes (1);
tradução do módulo de questões e adaptação ao contexto português (2); consulta de painel
Delphi de especialistas para revisão do questionário (3); testes cognitivos ao questionário (4);
desenvolvimento do modelo final e da documentação técnica de apoio à sua implementação
osta à primeira etapa do projeto de desenvolvimento do módulo de
questões e funciona como um elemento de contextualização (background
aprofundamento do processo de adaptação do instrumento inglês à realidade portuguesa.
Está estruturado em torno de três objetivos específicos que orientarão a própria formatação
final do texto em termos de organização:
portuguesa no domínio dos mecanismos de apoio social a idosos,
produzida por investigadores portugueses durante os últimos 15 anos;
análise detalhada dos instrumentos de recolha de dados implementados em Portugal e dos
para identificação de pontos fortes e pontos fracos no mape
do objeto do módulo de questões;
do enquadramento institucional aos cuidados sociais aos idosos, no âmbito
do sistema de segurança social português, para identificação das respostas sociais existentes.
“Questionnaire Translation and Assessment”, in: Presser, S.
Methods of Testing and Evaluating Survey Questionnaires, New Jersey: John Wiley and Sons.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
4
que garanta a comparabilidade internacional de resultados, nomeadamente em relação ao
plano de trabalho alargado que
, alinhadas com os preceitos da metodologia TRAPD tal como
: revisão da literatura e sistematização de dados existentes (1);
o contexto português (2); consulta de painel
Delphi de especialistas para revisão do questionário (3); testes cognitivos ao questionário (4);
desenvolvimento do modelo final e da documentação técnica de apoio à sua implementação
osta à primeira etapa do projeto de desenvolvimento do módulo de
background) para o
aprofundamento do processo de adaptação do instrumento inglês à realidade portuguesa.
que orientarão a própria formatação
no domínio dos mecanismos de apoio social a idosos,
entados em Portugal e dos
s fortes e pontos fracos no mapeamento
aos idosos, no âmbito
do sistema de segurança social português, para identificação das respostas sociais existentes.
“Questionnaire Translation and Assessment”, in: Presser, S. et al. (eds.) Methods of Testing and Evaluating Survey Questionnaires, New Jersey: John Wiley and Sons.
1.2. Metodologia
Os conteúdos deste relatório resultam de um trabalho de pesquisa que envolveu, sobretu
compilação sistemática de informação recolhida após busca num leque diversificado de fontes.
Em primeiro lugar, compilou
portugueses (repositórios universitários oficiais e centros documentai
investigação). Foi sobretudo esta informação que alimentou a revisão da literatura. A revisão
da grelha institucional de enquadramento aos mecanismos de apoio social a idosos fez
maioritariamente, a partir de análise documental, com pa
disponíveis nos Ministérios da Solidariedade Social e da Saúde
europeus e, concretamente, no
Social Protection).
A sistematização de dados
relacionados com o tema do módulo de questões
nas principais agências produtoras de dados em Portugal, nomeadamente, o Instituto Nacional
de Estatística e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Adicionalmente
analisados estudos/projetos de investigação que envolveram recolhas extensivas de dados
junto a amostras nacionais para identificação de indicadores utilizados.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Os conteúdos deste relatório resultam de um trabalho de pesquisa que envolveu, sobretu
compilação sistemática de informação recolhida após busca num leque diversificado de fontes.
Em primeiro lugar, compilou-se informação disponível em vários repositórios académicos
portugueses (repositórios universitários oficiais e centros documentais de
sobretudo esta informação que alimentou a revisão da literatura. A revisão
da grelha institucional de enquadramento aos mecanismos de apoio social a idosos fez
maioritariamente, a partir de análise documental, com particular enfoque em textos oficiais
disponíveis nos Ministérios da Solidariedade Social e da Saúde, assim como nos diretórios
europeus e, concretamente, no mecanismo europeu MISSOC (Mutual Information System on
e instrumentos de recolha de dados, direta ou indiretamente
relacionados com o tema do módulo de questões, envolveu a revisão da informação disponível
nas principais agências produtoras de dados em Portugal, nomeadamente, o Instituto Nacional
ca e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Adicionalmente
analisados estudos/projetos de investigação que envolveram recolhas extensivas de dados
junto a amostras nacionais para identificação de indicadores utilizados.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
5
Os conteúdos deste relatório resultam de um trabalho de pesquisa que envolveu, sobretudo, a
compilação sistemática de informação recolhida após busca num leque diversificado de fontes.
se informação disponível em vários repositórios académicos
s de unidades de
sobretudo esta informação que alimentou a revisão da literatura. A revisão
da grelha institucional de enquadramento aos mecanismos de apoio social a idosos fez-se,
rticular enfoque em textos oficiais
, assim como nos diretórios
MISSOC (Mutual Information System on
direta ou indiretamente
envolveu a revisão da informação disponível
nas principais agências produtoras de dados em Portugal, nomeadamente, o Instituto Nacional
ca e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Adicionalmente, foram
analisados estudos/projetos de investigação que envolveram recolhas extensivas de dados
2. Revisão da literatura
Na tabela abaixo compila-se a distribuição temporal das referências
para o período entre 1997 e 2012, resultante da aplicação de filtros de busca da
semântica dos cuidados sociais a idosos. O
forma, acaba por refletir a progressiva aproximação da comunidade académica
temática, nomeadamente no campo das Ciências Sociais,
como mais urgente na própria agenda pública e polític
Quadro 1 – Número de referências bibliográficas registadas, por ano: 1997
a Atendendo à data de produção deste texto, o
valor relativo a 2012 reflete as referências publicadas no primeiro semestre do ano.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
iteratura
se a distribuição temporal das referências bibliográficas identificadas
para o período entre 1997 e 2012, resultante da aplicação de filtros de busca da
ntica dos cuidados sociais a idosos. O quadro de evolução que se compõe
forma, acaba por refletir a progressiva aproximação da comunidade académica
nomeadamente no campo das Ciências Sociais, à medida que esta se vai assumindo
como mais urgente na própria agenda pública e política.
Número de referências bibliográficas registadas, por ano: 1997
Ano
N.º Referências
1997 6
1998 6
1999 8
2000 8
2001 13
2002 9
2003 8
2004 15
2005 19
2006 14
2007 32
2008 26
2009 47
2010 46
2011 35
2012 8
Atendendo à data de produção deste texto, o valor relativo a 2012 reflete as referências publicadas no primeiro semestre do ano.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
6
bibliográficas identificadas
para o período entre 1997 e 2012, resultante da aplicação de filtros de busca da área
se compõe, de alguma
forma, acaba por refletir a progressiva aproximação da comunidade académica portuguesa à
à medida que esta se vai assumindo
Número de referências bibliográficas registadas, por ano: 1997-2012a
Durante a última década do século XX, as questões do envelhecimento não constituíram um
tema que gerasse investimento
em geral. Aliás, é precisamente no ano de 1999 que se assiste a um primeiro ligeiro acréscimo
de produção, o qual poderá refletir, em certa medida, a visibilidade que o tema do
envelhecimento demográfico adquiriu
Internacional dos Idosos, pelas Nações Unidas. Os movimentos internacionais, e nacionais
também, que se acentuaram a partir des
comunidade científica, estudos e propostas como alicerces para o desenvolvimento de
respostas políticas eficazes para fazer face aos desafios inerentes a essa tendência de evolução
demográfica.
Apesar do aumento paulatino do interesse da academia portuguesa no envelhecime
objeto de estudo, alguns continuam a considerar que não se passou, ainda, da fase emergente
no universo das Ciências Sociais
metodológicos, para a consolidação da temática n
Relativamente aos projetos de investigação, não foi possível avançar com uma análise de
evolução quantitativa pela ausência de
dos projetos. Do levantamento de dados efetuado, registaram
projetos desenvolvidos por centros de investigação nacionais, alguns em contexto de parceria
com entidades estrangeiras. Neste universo incluem
diferenciado, tanto em termos de duração, como em termos de ab
territorial. A cena nacional, porém, continua profundamente marcada pela ausência de
estudos sociais de cariz extensivo e de base nacional, somando
segundo registos de tipo intensivo, com uso sobr
tipo qualitativo. Pese embora o reconhecimento da importância destes estudos, fundamentais
no mapeamento do próprio objeto, a comunidade
se debatido com alguma dificuldade e
recentemente que se registam alguns investimentos mais significativos neste domínio.
Exemplo disso é a participação portuguesa no desenvolvimento de um módulo sobre as
expressões do idadismo no âmbito do
2008 e 2009 ou, ainda, a integração de Portugal no projeto
and Retirement in Europe).
Quando passamos à exploração mais pormenorizada dos domínios de análise privilegiados nas
abordagens sobre o envelhecimento, ou seja, as principais áreas temáticas focadas nos
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Durante a última década do século XX, as questões do envelhecimento não constituíram um
tema que gerasse investimento significativo em investigação sociológica e nas ciências sociais
. Aliás, é precisamente no ano de 1999 que se assiste a um primeiro ligeiro acréscimo
de produção, o qual poderá refletir, em certa medida, a visibilidade que o tema do
demográfico adquiriu na sequência da proclamação desse ano como o Ano
Internacional dos Idosos, pelas Nações Unidas. Os movimentos internacionais, e nacionais
também, que se acentuaram a partir dessa data, acabariam por reclamar,
ífica, estudos e propostas como alicerces para o desenvolvimento de
respostas políticas eficazes para fazer face aos desafios inerentes a essa tendência de evolução
Apesar do aumento paulatino do interesse da academia portuguesa no envelhecime
objeto de estudo, alguns continuam a considerar que não se passou, ainda, da fase emergente
no universo das Ciências Sociais, sendo necessários alguns aprofundamentos, teóricos e
metodológicos, para a consolidação da temática na produção nacional.
Relativamente aos projetos de investigação, não foi possível avançar com uma análise de
evolução quantitativa pela ausência de informação sobre as datas de início de grande parte
dos projetos. Do levantamento de dados efetuado, registaram-se, nos últimos
projetos desenvolvidos por centros de investigação nacionais, alguns em contexto de parceria
com entidades estrangeiras. Neste universo incluem-se, naturalmente, projetos de alcance
diferenciado, tanto em termos de duração, como em termos de abrangência temática e, até,
territorial. A cena nacional, porém, continua profundamente marcada pela ausência de
de cariz extensivo e de base nacional, somando-se projetos de incidência local,
segundo registos de tipo intensivo, com uso sobretudo de metodologias de investigação de
tipo qualitativo. Pese embora o reconhecimento da importância destes estudos, fundamentais
no mapeamento do próprio objeto, a comunidade de investigadores sociais
se debatido com alguma dificuldade em desenvolver estudos mais alargados, sendo só mais
recentemente que se registam alguns investimentos mais significativos neste domínio.
Exemplo disso é a participação portuguesa no desenvolvimento de um módulo sobre as
expressões do idadismo no âmbito do European Social Survey, com dados relativos aos anos
2008 e 2009 ou, ainda, a integração de Portugal no projeto SHARE (Survey on Health, Ageing
Quando passamos à exploração mais pormenorizada dos domínios de análise privilegiados nas
abordagens sobre o envelhecimento, ou seja, as principais áreas temáticas focadas nos
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
7
Durante a última década do século XX, as questões do envelhecimento não constituíram um
e nas ciências sociais
. Aliás, é precisamente no ano de 1999 que se assiste a um primeiro ligeiro acréscimo
de produção, o qual poderá refletir, em certa medida, a visibilidade que o tema do
na sequência da proclamação desse ano como o Ano
Internacional dos Idosos, pelas Nações Unidas. Os movimentos internacionais, e nacionais
sa data, acabariam por reclamar, junto da
ífica, estudos e propostas como alicerces para o desenvolvimento de
respostas políticas eficazes para fazer face aos desafios inerentes a essa tendência de evolução
Apesar do aumento paulatino do interesse da academia portuguesa no envelhecimento como
objeto de estudo, alguns continuam a considerar que não se passou, ainda, da fase emergente
, sendo necessários alguns aprofundamentos, teóricos e
Relativamente aos projetos de investigação, não foi possível avançar com uma análise de
sobre as datas de início de grande parte
se, nos últimos 15 anos, 62
projetos desenvolvidos por centros de investigação nacionais, alguns em contexto de parceria
se, naturalmente, projetos de alcance
rangência temática e, até,
territorial. A cena nacional, porém, continua profundamente marcada pela ausência de
se projetos de incidência local,
etudo de metodologias de investigação de
tipo qualitativo. Pese embora o reconhecimento da importância destes estudos, fundamentais
portugueses tem-
m desenvolver estudos mais alargados, sendo só mais
recentemente que se registam alguns investimentos mais significativos neste domínio.
Exemplo disso é a participação portuguesa no desenvolvimento de um módulo sobre as
relativos aos anos
Survey on Health, Ageing
Quando passamos à exploração mais pormenorizada dos domínios de análise privilegiados nas
abordagens sobre o envelhecimento, ou seja, as principais áreas temáticas focadas nos
trabalhos publicados, identificam
valores e representações sociais; mercado de trabalho, emprego e reforma; dependências e
cuidados; vulnerabilidades e desigualdades. Procedeu
referências bibliográficas de acordo com esses quatro grandes temas, a
possibilidade de que um mesmo trabalho fosse enquadrado em mais do que uma área. A
classificação baseou-se na análise dos resumos, palavras
publicados, sendo que nas situações em que permaneciam dúvidas, a opção re
de algumas secções das obras.
em cada área temática.
Quadro 2 – Número de ocorrências em cada grande área temática de investigação: 1997
Áreas temáticas
Normas, valores e representações sociais
Mercado de trabalho, emprego e reforma
Dependências e cuidados
Vulnerabilidade e desigualdade
A primeira grande área temática, que escolhemos designar como “
Representações Sociais”, compreende um leque
forma global, à necessidade de fazer emergir os elementos estruturantes da ação social que
passam por conceitos, representações, atitudes e expectativas ligadas à
se de uma grande área temática que dá desenvol
nos processos sociais de construção da idade. Alguns temas que aparecem com maior
frequência incluem questões tão variadas como: as representaç
processo de envelhecimento; as representações sociais e as atitudes da população em geral
face aos idosos e ao envelhecimento, destacando
estereótipos existentes na sociedade relativamente ao
traduzidos em discriminação, num fenómeno denominado por
gerontofobia; os processos de construção de identidades na velhice; as representações sobre a
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
trabalhos publicados, identificam-se quatro grandes áreas dominantes. São elas:
valores e representações sociais; mercado de trabalho, emprego e reforma; dependências e
cuidados; vulnerabilidades e desigualdades. Procedeu-se à classificação das
referências bibliográficas de acordo com esses quatro grandes temas, a
possibilidade de que um mesmo trabalho fosse enquadrado em mais do que uma área. A
se na análise dos resumos, palavras-chave e índices dos trabalhos
publicados, sendo que nas situações em que permaneciam dúvidas, a opção re
de algumas secções das obras. No quadro abaixo sistematiza-se o contingente de ocorrências
Número de ocorrências em cada grande área temática de investigação: 1997
2012
Áreas temáticas
N.º vezes que é abordada
Normas, valores e representações sociais 48
Mercado de trabalho, emprego e reforma 34
Dependências e cuidados 196
Vulnerabilidade e desigualdade 86
A primeira grande área temática, que escolhemos designar como “Normas, Valores e
compreende um leque bastante diversificado, mas que responde, de
forma global, à necessidade de fazer emergir os elementos estruturantes da ação social que
passam por conceitos, representações, atitudes e expectativas ligadas à idade. No fundo, trata
se de uma grande área temática que dá desenvolvimento ao interesse dos cientistas sociais
nos processos sociais de construção da idade. Alguns temas que aparecem com maior
frequência incluem questões tão variadas como: as representações dos idosos sobre o
processo de envelhecimento; as representações sociais e as atitudes da população em geral
face aos idosos e ao envelhecimento, destacando-se aqui um conjunto de trabalhos sobre os
estereótipos existentes na sociedade relativamente aos mais idosos, frequentemente
traduzidos em discriminação, num fenómeno denominado por idadismo
; os processos de construção de identidades na velhice; as representações sobre a
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
8
se quatro grandes áreas dominantes. São elas: normas,
valores e representações sociais; mercado de trabalho, emprego e reforma; dependências e
se à classificação das cerca de 300
referências bibliográficas de acordo com esses quatro grandes temas, abrindo-se a
possibilidade de que um mesmo trabalho fosse enquadrado em mais do que uma área. A
chave e índices dos trabalhos
publicados, sendo que nas situações em que permaneciam dúvidas, a opção recaiu na leitura
se o contingente de ocorrências
Número de ocorrências em cada grande área temática de investigação: 1997-
bordada
Normas, Valores e
bastante diversificado, mas que responde, de
forma global, à necessidade de fazer emergir os elementos estruturantes da ação social que
idade. No fundo, trata-
vimento ao interesse dos cientistas sociais
nos processos sociais de construção da idade. Alguns temas que aparecem com maior
ões dos idosos sobre o
processo de envelhecimento; as representações sociais e as atitudes da população em geral
se aqui um conjunto de trabalhos sobre os
s mais idosos, frequentemente
idadismo, ageísmo ou
; os processos de construção de identidades na velhice; as representações sobre a
dependência, a doença e a morte; ou, ainda, a influênc
nas atitudes face ao envelhecimento.
A segunda grande linha de investigação que foi identificada é dominada pelas questões do
“Mercado de Trabalho, Emprego e Reforma
tem tido um acolhimento desproporcional à centralidade que foi assumindo na agenda de
debate político. Se há alguma área que tem reunido particular atenção no plano da
intervenção política tem sido a que decorre dos desafios que o envelhecimento demográfico
coloca aos mecanismos tradicionais de organização do mercado de trabalho, nomeadamente
no que diz respeito ao interface
tem sido igualmente expressivo o interesse da comunidade
nessa temática. Entre os temas mais frequentemente encontrados nos trabalhos publicados
aparecem: os modelos de transição da atividade profissional para a reforma e os fatores que
influenciam esse processo; as trajetórias de vida e as estratégias
reforma, nomeadamente no que envolve lazeres e atividades de voluntariado; o papel dos
idosos e o seu contributo ativo e produtivo na sociedade.
A área temática das “Dependências e Cuidados
margem para dúvidas, o domínio de investigação mais produtivo, concentrando um maior
volume de trabalhos publicados. A forte implicação da produção de conhecimento na procura
de respostas para aquilo que tem sido amplamente reclamada como uma das áreas de
maiores desafios no campo do envelhecimento demográfico
a pressão sobre os sistemas de prestação de cuidados
do maior interesse nesta área por parte dos próprios investigadores. É uma
adicionalmente, retoma o vasto património de conhecimento acumulado no âmbito da
Sociologia da Família, com algumas incursões, ainda, pela Sociologia do Género, propiciando,
por isso, intercâmbios temáticos que beneficiam da atividade já cons
alargado de investigadores. Entre os trabalhos que foram classificados nesta área temática
encontramos um enfoque muito particular nas redes de apoio social e de cuidados, formais e
informais, nas necessidades do idoso e na discussã
bem-estar, apontando-se áreas de intervenção política para dar resposta aos impactos do
envelhecimento demográfico. No eixo analítico das “Dependências e Cuidados”, as abordagens
desenvolvidas centram-se quer no rec
como na dinâmica da interação que se estabelece entre eles. Alguns temas mais específicos
que apareceram com particular frequência incluem: a identificação das carências na prestação
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
dependência, a doença e a morte; ou, ainda, a influência da religiosidade e da espiritualidade
nas atitudes face ao envelhecimento.
A segunda grande linha de investigação que foi identificada é dominada pelas questões do
Mercado de Trabalho, Emprego e Reforma”. Esta é, curiosamente, uma área temática que
tido um acolhimento desproporcional à centralidade que foi assumindo na agenda de
debate político. Se há alguma área que tem reunido particular atenção no plano da
intervenção política tem sido a que decorre dos desafios que o envelhecimento demográfico
oloca aos mecanismos tradicionais de organização do mercado de trabalho, nomeadamente
interface destes com os sistemas de proteção social. No entanto, não
tem sido igualmente expressivo o interesse da comunidade de investigadores
nessa temática. Entre os temas mais frequentemente encontrados nos trabalhos publicados
aparecem: os modelos de transição da atividade profissional para a reforma e os fatores que
influenciam esse processo; as trajetórias de vida e as estratégias de ocupação do tempo na
reforma, nomeadamente no que envolve lazeres e atividades de voluntariado; o papel dos
idosos e o seu contributo ativo e produtivo na sociedade.
Dependências e Cuidados”, a terceira por nós identificada, é, sem
margem para dúvidas, o domínio de investigação mais produtivo, concentrando um maior
volume de trabalhos publicados. A forte implicação da produção de conhecimento na procura
de respostas para aquilo que tem sido amplamente reclamada como uma das áreas de
maiores desafios no campo do envelhecimento demográfico – o aumento das dependências e
a pressão sobre os sistemas de prestação de cuidados – poderá ser um dos fatores explicativos
do maior interesse nesta área por parte dos próprios investigadores. É uma
adicionalmente, retoma o vasto património de conhecimento acumulado no âmbito da
Sociologia da Família, com algumas incursões, ainda, pela Sociologia do Género, propiciando,
por isso, intercâmbios temáticos que beneficiam da atividade já consolidada de um conjunto
alargado de investigadores. Entre os trabalhos que foram classificados nesta área temática
encontramos um enfoque muito particular nas redes de apoio social e de cuidados, formais e
informais, nas necessidades do idoso e na discussão sobre os mecanismos de garantia do seu
se áreas de intervenção política para dar resposta aos impactos do
envelhecimento demográfico. No eixo analítico das “Dependências e Cuidados”, as abordagens
se quer no recetor de cuidados, quer no prestador de cuidados, assim
como na dinâmica da interação que se estabelece entre eles. Alguns temas mais específicos
que apareceram com particular frequência incluem: a identificação das carências na prestação
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
9
ia da religiosidade e da espiritualidade
A segunda grande linha de investigação que foi identificada é dominada pelas questões do
”. Esta é, curiosamente, uma área temática que
tido um acolhimento desproporcional à centralidade que foi assumindo na agenda de
debate político. Se há alguma área que tem reunido particular atenção no plano da
intervenção política tem sido a que decorre dos desafios que o envelhecimento demográfico
oloca aos mecanismos tradicionais de organização do mercado de trabalho, nomeadamente
destes com os sistemas de proteção social. No entanto, não
de investigadores portugueses
nessa temática. Entre os temas mais frequentemente encontrados nos trabalhos publicados
aparecem: os modelos de transição da atividade profissional para a reforma e os fatores que
de ocupação do tempo na
reforma, nomeadamente no que envolve lazeres e atividades de voluntariado; o papel dos
”, a terceira por nós identificada, é, sem
margem para dúvidas, o domínio de investigação mais produtivo, concentrando um maior
volume de trabalhos publicados. A forte implicação da produção de conhecimento na procura
de respostas para aquilo que tem sido amplamente reclamada como uma das áreas de
o aumento das dependências e
poderá ser um dos fatores explicativos
do maior interesse nesta área por parte dos próprios investigadores. É uma temática que,
adicionalmente, retoma o vasto património de conhecimento acumulado no âmbito da
Sociologia da Família, com algumas incursões, ainda, pela Sociologia do Género, propiciando,
olidada de um conjunto
alargado de investigadores. Entre os trabalhos que foram classificados nesta área temática,
encontramos um enfoque muito particular nas redes de apoio social e de cuidados, formais e
o sobre os mecanismos de garantia do seu
se áreas de intervenção política para dar resposta aos impactos do
envelhecimento demográfico. No eixo analítico das “Dependências e Cuidados”, as abordagens
etor de cuidados, quer no prestador de cuidados, assim
como na dinâmica da interação que se estabelece entre eles. Alguns temas mais específicos
que apareceram com particular frequência incluem: a identificação das carências na prestação
de cuidados aos idosos, quer a nível técnico e material, quer a nível pessoal/social; propostas
de medidas de políticas sociais e outras medidas de prestação de cuidados e apoio social a
idosos e cuidadores; a prestação de cuidados a idosos que apresentam problemas de saúde
tais como demência, sequelas de AVC’s, doença oncológica, depressão e doenças crónicas; o
modo como as famílias estruturam os cuidados ao idoso e articulam os apoios formais e
informais; as famílias enquanto parceiro estratégico nos cuidados a idosos; as
sentidas pelos cuidadores formais, sendo que, neste âmbito, a maior parte dos estudos se
centra nos enfermeiros. Tendo em consideração que, no contexto nacional português, as
estratégias de vida dos idosos apr
alguma expressão os estudos cujo enfoque é, precisamente, o cuidador informal, na maioria
das situações, familiar do idoso. Aqui encontramos estudos sobre o perfil do cuidador
informal, sobre os significados que este atribui ao ato de
a prestação de cuidados tem na vida do cuidador informal, quer ao nível das vivências
pessoais, quer ao nível da conciliação com o trabalho, passando pelas questões da sobrecarga
e das consequências para o seu estado d
leituras de género também gera grande interesse, apontando
debruçam sobre a feminização dos cuidados a idosos, sendo uma das vertentes de análise
privilegiada o modo como as mulher
cargo. Esta análise, naturalmente, não se dissocia da discussão sobre as questões normativas
na base da definição do papel social das mulheres como alicerce principal de provisão de bem
estar familiar. Será de salientar, porém, que nos anos mais recentes têm surgido abordagens
que se debruçam sobre a participação masculina nos cuidados prestados, nomeadamente
aqueles que envolvem o cuidado em contexto de conjugalidade. Nas linhas de investigação
que ressaltam o papel da família como parceiro estratégico nos cuidados a idosos apontam
trabalhos que destacam a importância da formação/educação do cuidador informal, no
sentido de garantir uma prestação de cuidados com qualidade. Por último, e ainda
enquadrado na área temática das dependências e cuidados, começam a surgir alguns estudos
sobre os serviços/apoios fornecidos pela Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados,
temática mais recente que acompanha, precisamente, algumas das tendências de evoluç
plano político e institucional no que toca à gestão das dependências e dos cuid
continuados no nosso país.
O quarto, e último, grande tema de investigação identificado foi designado “
Desigualdades”, tema muito caro à Sociologia portuguesa em geral, embora de todos, aquele
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
osos, quer a nível técnico e material, quer a nível pessoal/social; propostas
de medidas de políticas sociais e outras medidas de prestação de cuidados e apoio social a
idosos e cuidadores; a prestação de cuidados a idosos que apresentam problemas de saúde
tais como demência, sequelas de AVC’s, doença oncológica, depressão e doenças crónicas; o
modo como as famílias estruturam os cuidados ao idoso e articulam os apoios formais e
informais; as famílias enquanto parceiro estratégico nos cuidados a idosos; as
sentidas pelos cuidadores formais, sendo que, neste âmbito, a maior parte dos estudos se
centra nos enfermeiros. Tendo em consideração que, no contexto nacional português, as
estratégias de vida dos idosos apresentam fortes traços de familismo, desenvolvem
alguma expressão os estudos cujo enfoque é, precisamente, o cuidador informal, na maioria
das situações, familiar do idoso. Aqui encontramos estudos sobre o perfil do cuidador
informal, sobre os significados que este atribui ao ato de cuidar e, ainda, sobre o impacto que
a prestação de cuidados tem na vida do cuidador informal, quer ao nível das vivências
pessoais, quer ao nível da conciliação com o trabalho, passando pelas questões da sobrecarga
e das consequências para o seu estado de saúde física e mental. A abordagem sob a lente das
leituras de género também gera grande interesse, apontando-se aqui estudos que se
debruçam sobre a feminização dos cuidados a idosos, sendo uma das vertentes de análise
privilegiada o modo como as mulheres conciliam o trabalho com os cuidados a idosos a seu
cargo. Esta análise, naturalmente, não se dissocia da discussão sobre as questões normativas
na base da definição do papel social das mulheres como alicerce principal de provisão de bem
Será de salientar, porém, que nos anos mais recentes têm surgido abordagens
que se debruçam sobre a participação masculina nos cuidados prestados, nomeadamente
aqueles que envolvem o cuidado em contexto de conjugalidade. Nas linhas de investigação
saltam o papel da família como parceiro estratégico nos cuidados a idosos apontam
trabalhos que destacam a importância da formação/educação do cuidador informal, no
sentido de garantir uma prestação de cuidados com qualidade. Por último, e ainda
ado na área temática das dependências e cuidados, começam a surgir alguns estudos
sobre os serviços/apoios fornecidos pela Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados,
temática mais recente que acompanha, precisamente, algumas das tendências de evoluç
plano político e institucional no que toca à gestão das dependências e dos cuid
O quarto, e último, grande tema de investigação identificado foi designado “Vulnerabilidades e
”, tema muito caro à Sociologia portuguesa em geral, embora de todos, aquele
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
10
osos, quer a nível técnico e material, quer a nível pessoal/social; propostas
de medidas de políticas sociais e outras medidas de prestação de cuidados e apoio social a
idosos e cuidadores; a prestação de cuidados a idosos que apresentam problemas de saúde,
tais como demência, sequelas de AVC’s, doença oncológica, depressão e doenças crónicas; o
modo como as famílias estruturam os cuidados ao idoso e articulam os apoios formais e
informais; as famílias enquanto parceiro estratégico nos cuidados a idosos; as necessidades
sentidas pelos cuidadores formais, sendo que, neste âmbito, a maior parte dos estudos se
centra nos enfermeiros. Tendo em consideração que, no contexto nacional português, as
o, desenvolvem-se com
alguma expressão os estudos cujo enfoque é, precisamente, o cuidador informal, na maioria
das situações, familiar do idoso. Aqui encontramos estudos sobre o perfil do cuidador
cuidar e, ainda, sobre o impacto que
a prestação de cuidados tem na vida do cuidador informal, quer ao nível das vivências
pessoais, quer ao nível da conciliação com o trabalho, passando pelas questões da sobrecarga
e saúde física e mental. A abordagem sob a lente das
se aqui estudos que se
debruçam sobre a feminização dos cuidados a idosos, sendo uma das vertentes de análise
es conciliam o trabalho com os cuidados a idosos a seu
cargo. Esta análise, naturalmente, não se dissocia da discussão sobre as questões normativas
na base da definição do papel social das mulheres como alicerce principal de provisão de bem-
Será de salientar, porém, que nos anos mais recentes têm surgido abordagens
que se debruçam sobre a participação masculina nos cuidados prestados, nomeadamente
aqueles que envolvem o cuidado em contexto de conjugalidade. Nas linhas de investigação
saltam o papel da família como parceiro estratégico nos cuidados a idosos apontam-se
trabalhos que destacam a importância da formação/educação do cuidador informal, no
sentido de garantir uma prestação de cuidados com qualidade. Por último, e ainda
ado na área temática das dependências e cuidados, começam a surgir alguns estudos
sobre os serviços/apoios fornecidos pela Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados,
temática mais recente que acompanha, precisamente, algumas das tendências de evolução no
plano político e institucional no que toca à gestão das dependências e dos cuidados
Vulnerabilidades e
”, tema muito caro à Sociologia portuguesa em geral, embora de todos, aquele
que, porventura, representará um universo mais heterogéneo, tanto em termos de objeto,
como em termos teóricos e metodológicos.
cientistas sociais portugueses incluem
institucional, com enfoque nos comportamentos de abuso a idosos, analisando
maus-tratos, em contexto familiar e em contexto institucional, identificando
risco e estratégias de intervenção social contra a violência a idosos. Outra vertente de análise
que se enquadra nesta grande temática das desigualdades e das vulnerabilidades, que se cruza
com as questões associadas a transformações nos valores e no
contemporâneas, debruça-se sobre as alterações na composição dos agregados familiares,
nomeadamente no que envolve os impactos da diminuição de agregados familiares complexos
e o aumento de idosos a viverem sós. Este crescente isolament
idosas da população implica uma maior vulnerabilidade deste grupo social à pobreza e à
exclusão social, assim como alterações nos padrões de redes de solidariedade intergeracionais.
Um dos eixos estruturantes dos trabalhos que
desigualdades e das vulnerabilidades entre idosos releva o caráter heterogéneo deste grupo
social, explorando os riscos de vulnerabilidade numa perspetiva multidimensional, que procura
avaliar o impacto que diferentes variá
desigualdades de padrões de vida na velhice, no grau de satisfação dos idosos perante a vida,
entre outros. Entre as variáveis mais amiúde trabalhadas encontramos o rendimento, a região
de residência segundo a dicot
de apoio formais e informais, o estado de saúde e o grau de dependência, o género ou, ainda,
os ambientes de vida, com enfoque particular no espaço habita
Grande volume de obras publi
leitura de influência sociológica
os trabalhos desenvolvidos no âmbito de programas de mestrado e de doutoramento, assim
como os trabalhos desenvolvidos no âmbito das atividades de centros de investigação em
domínios científicos variados, desde a
Psicologia, o Serviço Social, a
Este traço reforça aquilo que
definindo o objeto de estudo “envelhecimento”, o seu forte caráter multidisciplinar, onde se
esbatem limites fronteiriços entre domínios cien
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
que, porventura, representará um universo mais heterogéneo, tanto em termos de objeto,
como em termos teóricos e metodológicos. Entre as várias questões trabalhadas pelos
portugueses incluem-se aquelas relacionadas com a violência doméstica e
institucional, com enfoque nos comportamentos de abuso a idosos, analisando
tratos, em contexto familiar e em contexto institucional, identificando
risco e estratégias de intervenção social contra a violência a idosos. Outra vertente de análise
que se enquadra nesta grande temática das desigualdades e das vulnerabilidades, que se cruza
com as questões associadas a transformações nos valores e normas das sociedades
se sobre as alterações na composição dos agregados familiares,
nomeadamente no que envolve os impactos da diminuição de agregados familiares complexos
e o aumento de idosos a viverem sós. Este crescente isolamento doméstico das coortes mais
idosas da população implica uma maior vulnerabilidade deste grupo social à pobreza e à
exclusão social, assim como alterações nos padrões de redes de solidariedade intergeracionais.
Um dos eixos estruturantes dos trabalhos que se debruçam sobre a temática das
desigualdades e das vulnerabilidades entre idosos releva o caráter heterogéneo deste grupo
social, explorando os riscos de vulnerabilidade numa perspetiva multidimensional, que procura
avaliar o impacto que diferentes variáveis assumem na forma como se estruturam
desigualdades de padrões de vida na velhice, no grau de satisfação dos idosos perante a vida,
entre outros. Entre as variáveis mais amiúde trabalhadas encontramos o rendimento, a região
de residência segundo a dicotomia rural/urbano, o tipo de agregado familiar, o acesso a redes
de apoio formais e informais, o estado de saúde e o grau de dependência, o género ou, ainda,
os ambientes de vida, com enfoque particular no espaço habitacional.
Grande volume de obras publicadas sobre o envelhecimento demográfico envolvem uma
leitura de influência sociológica mas tem proveniências múltiplas. Destacam-
os trabalhos desenvolvidos no âmbito de programas de mestrado e de doutoramento, assim
senvolvidos no âmbito das atividades de centros de investigação em
variados, desde a Sociologia até à Gerontologia Social,
a Enfermagem e a Saúde Pública ou até as Ciências da Educação.
Este traço reforça aquilo que se destaca como particularmente marcante na forma como se foi
definindo o objeto de estudo “envelhecimento”, o seu forte caráter multidisciplinar, onde se
ços entre domínios científicos.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
11
que, porventura, representará um universo mais heterogéneo, tanto em termos de objeto,
Entre as várias questões trabalhadas pelos
se aquelas relacionadas com a violência doméstica e
institucional, com enfoque nos comportamentos de abuso a idosos, analisando-se tipos de
tratos, em contexto familiar e em contexto institucional, identificando-se fatores de
risco e estratégias de intervenção social contra a violência a idosos. Outra vertente de análise
que se enquadra nesta grande temática das desigualdades e das vulnerabilidades, que se cruza
rmas das sociedades
se sobre as alterações na composição dos agregados familiares,
nomeadamente no que envolve os impactos da diminuição de agregados familiares complexos
o doméstico das coortes mais
idosas da população implica uma maior vulnerabilidade deste grupo social à pobreza e à
exclusão social, assim como alterações nos padrões de redes de solidariedade intergeracionais.
se debruçam sobre a temática das
desigualdades e das vulnerabilidades entre idosos releva o caráter heterogéneo deste grupo
social, explorando os riscos de vulnerabilidade numa perspetiva multidimensional, que procura
veis assumem na forma como se estruturam
desigualdades de padrões de vida na velhice, no grau de satisfação dos idosos perante a vida,
entre outros. Entre as variáveis mais amiúde trabalhadas encontramos o rendimento, a região
omia rural/urbano, o tipo de agregado familiar, o acesso a redes
de apoio formais e informais, o estado de saúde e o grau de dependência, o género ou, ainda,
cadas sobre o envelhecimento demográfico envolvem uma
-se, em particular,
os trabalhos desenvolvidos no âmbito de programas de mestrado e de doutoramento, assim
senvolvidos no âmbito das atividades de centros de investigação em
à Gerontologia Social, passando pela
Ciências da Educação.
como particularmente marcante na forma como se foi
definindo o objeto de estudo “envelhecimento”, o seu forte caráter multidisciplinar, onde se
3. Instrumentos de recolha de dados e dados disponíveis
A recolha de informação para reconhecimento de instrumentos de produção de dados, e dos
dados disponíveis propriamente ditos, foi feita tendo em vista, sobretudo, a avaliação
simultânea do manancial de indicadores direta e indiretamente relacionados com o
prestação de cuidados sociais a idosos já disponíveis em Portugal, assim como
não existem e que se sustenta
Assumiu-se, desde o momento de
recolha de dados que se pretende com o
necessidade de ligação a dados
garantir que os dados que vierem a ser produzidos podem ser
comparados/contextualizados/contrastados com a informação estatística oficial.
sentido, a análise dos instrumentos e indicadores correntemente em uso pelas principais
instituições de referência na produção de dados estatísticos nacionais
idosa, teve como objetivo, também, a sistematização de uma matriz de referência que sirva
para ajustar o módulo em termos do seu potencial de
O quadro 3 abaixo sistematiza a informação recolhida
seguintes:
- Nome do instrumento de recolha de dados
- Entidade responsável pela criação e gestão do instrumento de recolha de dados
- Objetivos principais na base do instrumento de recolha de dados
- Principais indicadores disponíveis com ligação ao tema dos cuidados sociais
- Metodologia de recolha de dados utilizada
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Instrumentos de recolha de dados e dados disponíveis
A recolha de informação para reconhecimento de instrumentos de produção de dados, e dos
dados disponíveis propriamente ditos, foi feita tendo em vista, sobretudo, a avaliação
simultânea do manancial de indicadores direta e indiretamente relacionados com o
prestação de cuidados sociais a idosos já disponíveis em Portugal, assim como
não existem e que se sustenta neste projeto ser necessário produzir.
se, desde o momento de conceção do projeto, que a construção do instrumento de
ecolha de dados que se pretende com o Módulo 65+ teria que ser feita tendo em conta a
dados oficiais já existentes (data linkage). Só dessa forma se poderá
garantir que os dados que vierem a ser produzidos podem ser
extualizados/contrastados com a informação estatística oficial.
análise dos instrumentos e indicadores correntemente em uso pelas principais
instituições de referência na produção de dados estatísticos nacionais, sobre a população
eve como objetivo, também, a sistematização de uma matriz de referência que sirva
para ajustar o módulo em termos do seu potencial de data linkage.
O quadro 3 abaixo sistematiza a informação recolhida, organizada segundo as entradas
strumento de recolha de dados;
Entidade responsável pela criação e gestão do instrumento de recolha de dados
Objetivos principais na base do instrumento de recolha de dados;
Principais indicadores disponíveis com ligação ao tema dos cuidados sociais
Metodologia de recolha de dados utilizada.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
12
Instrumentos de recolha de dados e dados disponíveis
A recolha de informação para reconhecimento de instrumentos de produção de dados, e dos
dados disponíveis propriamente ditos, foi feita tendo em vista, sobretudo, a avaliação
simultânea do manancial de indicadores direta e indiretamente relacionados com o tema da
prestação de cuidados sociais a idosos já disponíveis em Portugal, assim como daqueles que
do projeto, que a construção do instrumento de
teria que ser feita tendo em conta a
). Só dessa forma se poderá
garantir que os dados que vierem a ser produzidos podem ser
extualizados/contrastados com a informação estatística oficial. Nesse
análise dos instrumentos e indicadores correntemente em uso pelas principais
sobre a população
eve como objetivo, também, a sistematização de uma matriz de referência que sirva
, organizada segundo as entradas
Entidade responsável pela criação e gestão do instrumento de recolha de dados;
a idosos;
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MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
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37
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MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
38
A leitura do quadro anterior
concluir que persiste, nos
internacional que incluem Portugal
suficiente grau de detalhe e extensão que
temática. Os instrumentos de recolha de
particularmente, e no que c
seguintes tópicos: a violência contra idosos; a
da prevalência de doenças crónicas; avaliação das capacidades funcionais
particular com a execução das
de vida autopercebida; avaliação d
dos agregados familiares; estrutura do rendimento e despesas; atitudes da população em geral
e dos idosos em particular face ao envelhecimento e às questões políticas que lhe estão
associadas. Os dados são gerados
amostras probabilísticas, na sua maioria
de alojamento em Portugal.
instrumento de recolha de dados, condição que inviabiliza a produção de quadros detalhados
sobre as características e as dinâmicas que rodeiam as necessidades de cuidados e as
estratégias de resposta a essas necessidades, tanto no plano da utilização de m
apoio, formal e informal, como no plano do financiamento desse apoio.
A maior sensibilização política face à problemática do envelhecimento e seu impacto
económico-social traduziu-se na integração
portuguesa, realizado em 2011, de seis questõ
incapacidades funcionais e cognitivas
sucintamente, as necessidades de cuidados
questões versavam sobre o grau de
óculos ou lentes de contacto); audição;
concentração; tomar banho
entender. Sendo relevante assinalar a inclusão de questões desse género no censo como
reflexo da importância que o tema assume no Portugal contemporâneo, também será
relevante assinalar o seu alcance modesto
opções metodológicas assumidas na definição de indicadores, seja pelo facto de não ser
recolhida informação sobre mecanismos e graus de satisfação de necessidades de apoio.
O Inquérito Nacional de Saúde
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
anterior, apesar de dificultada pela sua extensão, permite
nos grandes inquéritos nacionais, assim como nos de âmbito
internacional que incluem Portugal, a ausência de questões sobre os cuidados a idos
suficiente grau de detalhe e extensão que possibilite um conhecimento aprofundado da
instrumentos de recolha de dados implementados em Portugal
particularmente, e no que concerne a questões direcionadas para a população idosa,
a violência contra idosos; avaliação do estado de saúde através da medição
da prevalência de doenças crónicas; avaliação das capacidades funcionais,
com a execução das atividades da vida diária; as redes sociais de suporte; qualidade
avaliação das funções cognitivas da população idosa; caracterização
dos agregados familiares; estrutura do rendimento e despesas; atitudes da população em geral
dos idosos em particular face ao envelhecimento e às questões políticas que lhe estão
dados são gerados com o recurso a metodologias quantitativas
amostras probabilísticas, na sua maioria representativas da população residente em unidades
Estes diferentes temas, porém, não se cruzam dentro do mesmo
instrumento de recolha de dados, condição que inviabiliza a produção de quadros detalhados
sobre as características e as dinâmicas que rodeiam as necessidades de cuidados e as
estratégias de resposta a essas necessidades, tanto no plano da utilização de m
apoio, formal e informal, como no plano do financiamento desse apoio.
A maior sensibilização política face à problemática do envelhecimento e seu impacto
se na integração, no último recenseamento à população
a, realizado em 2011, de seis questões que visavam avaliar a prevalência de algumas
capacidades funcionais e cognitivas, permitindo assim identificar e mapear, ainda que
sucintamente, as necessidades de cuidados da população. Mais especificamente
o grau de dificuldade do indivíduo ao nível de: visão (mesmo usand
óculos ou lentes de contacto); audição; mobilidade, incluindo subir degraus;
mar banho e/ou vestir-se sozinho; compreender os outros ou
Sendo relevante assinalar a inclusão de questões desse género no censo como
reflexo da importância que o tema assume no Portugal contemporâneo, também será
relevante assinalar o seu alcance modesto na produção de dados, seja na
opções metodológicas assumidas na definição de indicadores, seja pelo facto de não ser
recolhida informação sobre mecanismos e graus de satisfação de necessidades de apoio.
Inquérito Nacional de Saúde, por sua vez, centra-se na avaliação do estado de saúde da
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
39
permite ainda assim
assim como nos de âmbito
ausência de questões sobre os cuidados a idosos com
imento aprofundado da
implementados em Portugal têm privilegiado,
cionadas para a população idosa, os
através da medição
, relacionadas em
da vida diária; as redes sociais de suporte; qualidade
as funções cognitivas da população idosa; caracterização
dos agregados familiares; estrutura do rendimento e despesas; atitudes da população em geral
dos idosos em particular face ao envelhecimento e às questões políticas que lhe estão
as suportadas por
da população residente em unidades
Estes diferentes temas, porém, não se cruzam dentro do mesmo
instrumento de recolha de dados, condição que inviabiliza a produção de quadros detalhados
sobre as características e as dinâmicas que rodeiam as necessidades de cuidados e as
estratégias de resposta a essas necessidades, tanto no plano da utilização de mecanismos de
A maior sensibilização política face à problemática do envelhecimento e seu impacto
no último recenseamento à população
m avaliar a prevalência de algumas
permitindo assim identificar e mapear, ainda que
da população. Mais especificamente, essas
visão (mesmo usando
mobilidade, incluindo subir degraus; memória e/ou
compreender os outros ou fazer-se
Sendo relevante assinalar a inclusão de questões desse género no censo como
reflexo da importância que o tema assume no Portugal contemporâneo, também será
, seja na decorrência das
opções metodológicas assumidas na definição de indicadores, seja pelo facto de não ser
recolhida informação sobre mecanismos e graus de satisfação de necessidades de apoio.
avaliação do estado de saúde da
população portuguesa privilegiando, sobretudo,
crónicas, incapacidades, autoperceção do estado de saúde, cuidados de saúde e
comportamentos de risco no que toca às determinantes socia
necessidades de cuidados e estratégias de organização de cuidados
forma direta. Apesar da sua periocidade prevista ser aproximadamente quinquenal, o
Inquérito Nacional de Saúde realizou
Um outro mecanismo de produção de dados importante é
Rendimento, projeto que apresenta
apenas uma questão sobre o compromisso em cuidar de dependentes
referir o estudo SHARE, com inclusão de
incorpora, mais uma vez, um número reduzido de questões
idosas.
Neste sentido, afigura-se urgente a criação de um instrumento de recolha de informação capaz
de proporcionar um manancial robusto de dados que
detalhado sobre as dinâmicas sociais e económicas no campo da prestação de cuidados sociais
a idosos, tendo em vista não só o enriquecimento do conhecimento científico na matéria mas,
também, informar devidamente o processo de decisão política e, dessa forma,
desenvolvimento de medidas
cuidados da população idosa e de apoio aos
apresentam maiores níveis de dependência
cuidados que os idosos necessitam e os que são efe
do grau de dependência dos mais idosos no desempenho das suas atividades de vida diária
caracterização da incidência de dependências por tipo
cuidados recebidos; modalidades de financiamento dos cuidados
disponível nos agregados; modalidades de combinação de cuidados (formais e informais)
número e tipo de cuidadores informais
cuidados (quem decide; quem pr
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
privilegiando, sobretudo, o levantamento da prevalência de doenças
crónicas, incapacidades, autoperceção do estado de saúde, cuidados de saúde e
comportamentos de risco no que toca às determinantes sociais de saúde. As
estratégias de organização de cuidados não são abordadas de uma
Apesar da sua periocidade prevista ser aproximadamente quinquenal, o
de realizou-se em 2005-2006.
Um outro mecanismo de produção de dados importante é o Inquérito às Condições de Vida e
apresenta questões de caráter geral sobre o estado de saúde e
o compromisso em cuidar de dependentes. Por úl
com inclusão de Portugal a partir da 4ª vaga do inquérito
um número reduzido de questões relativas aos cuidados de
urgente a criação de um instrumento de recolha de informação capaz
de proporcionar um manancial robusto de dados que permita produzir um conhecimento
detalhado sobre as dinâmicas sociais e económicas no campo da prestação de cuidados sociais
do em vista não só o enriquecimento do conhecimento científico na matéria mas,
informar devidamente o processo de decisão política e, dessa forma,
desenvolvimento de medidas de política pública adequadas para responder às necessidades d
da população idosa e de apoio aos seus familiares, particularmente os que
maiores níveis de dependência, com enfoque nos seguintes indicadores: tipos de
sos necessitam e os que são efetivamente prestados, com a iden
do grau de dependência dos mais idosos no desempenho das suas atividades de vida diária
incidência de dependências por tipo; a frequência e intensidade dos
modalidades de financiamento dos cuidados e potencial de financiamento
modalidades de combinação de cuidados (formais e informais)
de cuidadores informais; estratégias para a organização da prestação de
cuidados (quem decide; quem procura e contratualiza cuidados).
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
40
o levantamento da prevalência de doenças
crónicas, incapacidades, autoperceção do estado de saúde, cuidados de saúde e
is de saúde. As questões sobre
não são abordadas de uma
Apesar da sua periocidade prevista ser aproximadamente quinquenal, o último
o Inquérito às Condições de Vida e
de caráter geral sobre o estado de saúde e
. Por último, importa
4ª vaga do inquérito, e que
relativas aos cuidados de pessoas
urgente a criação de um instrumento de recolha de informação capaz
produzir um conhecimento
detalhado sobre as dinâmicas sociais e económicas no campo da prestação de cuidados sociais
do em vista não só o enriquecimento do conhecimento científico na matéria mas,
informar devidamente o processo de decisão política e, dessa forma, sustentar o
adequadas para responder às necessidades de
, particularmente os que
s seguintes indicadores: tipos de
com a identificação
do grau de dependência dos mais idosos no desempenho das suas atividades de vida diária;
a frequência e intensidade dos
al de financiamento
modalidades de combinação de cuidados (formais e informais);
organização da prestação de
4. Enquadramento institucional e respostas sociais aos
cuidados de idosos
Nesta última secção do relatório
que caracterizam o atual sistema
Esses mecanismos enquadram
organização da apresentação:
respostas sociais integradas em programas e planos de ação
desenvolvimento destas respostas sociais está intimamente associado
(re)configuração do Estado Providência
entendimento dominante na esfera política
do papel da família na prestação de cuidados
Estado Providência, destaca-
direito universal de acesso a um nível de vida e d
4.1. Benefícios monetários
Identificaram-se dois tipos de
a partir de pressupostos base
características associadas a um
indivíduo, enquanto trabalhador
de cariz assistencial, assentes no pressuposto de
exigindo uma avaliação da situação do indivíduo
recursos disponíveis.
O quadro 4 abaixo sintetiza as respostas
aos seus conteúdos e condições para a titularidade. Note
Ministério da Solidariedade e da Segurança Social
entidade responsável pela criação e a operacionalização dos benefícios.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Enquadramento institucional e respostas sociais aos
cuidados de idosos
a última secção do relatório apresentam-se os diferentes mecanismos de
sistema nacional português em matéria de apoio à população idosa.
enquadram-se em três grandes grupos, os quais acabam por dar mote
organização da apresentação: os benefícios monetários; os benefícios não monetários; e as
respostas sociais integradas em programas e planos de ação específicos
desenvolvimento destas respostas sociais está intimamente associado quer
(re)configuração do Estado Providência, quer ao princípio familista
na esfera política, sobretudo no que diz respeito
a prestação de cuidados. Enquadrado nos princípios ideológicos do
-se o reconhecimento do direito à proteção na velhice como um
direito universal de acesso a um nível de vida e de conforto mínimo.
Benefícios monetários
se dois tipos de benefícios monetários de proteção social à velhice
ressupostos base distintos: por um lado, os benefícios que apresentam
características associadas a uma lógica de seguro social, e por isso dependente
enquanto trabalhador, e da sua carreira contributiva; por outro lado, os benefícios
assentes no pressuposto de garantia das condições mínimas de vida
avaliação da situação do indivíduo, e seu agregado, relativamente aos seus
as respostas expressas em benefícios monetários no
e condições para a titularidade. Note-se que, para todas as situações
Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, e as suas estruturas descentralizadas,
entidade responsável pela criação e a operacionalização dos benefícios.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
41
Enquadramento institucional e respostas sociais aos
mecanismos de proteção social
à população idosa.
os quais acabam por dar mote à
não monetários; e as
ecíficos. O percurso do
quer aos processos de
que orienta o
ao protagonismo
Enquadrado nos princípios ideológicos do
se o reconhecimento do direito à proteção na velhice como um
social à velhice, estruturados
: por um lado, os benefícios que apresentam
e por isso dependentes do estatuto do
e da sua carreira contributiva; por outro lado, os benefícios
garantia das condições mínimas de vida,
relativamente aos seus
em benefícios monetários no que reporta
para todas as situações, o
e as suas estruturas descentralizadas, é a
Quadro 4 – Benefícios
Benefício social
Pensão de Velhice
- PrestaçãoSegurança Social, na situação de velhice, substituindo as remunerações de trabalho.- Montante da pensão de contribuições efetivas e o valor dos rendimentos de referência, podendo estes ser ponderados pelo índice de preços do consumidor (com exclusão da componente habitação)- Desde 2007 que os valorefator de sustentabilidade, relacionado com a esperança média de vida. - O valor mínimo da pensão de velhice é 30% dos rendimentos médios de referência, sendo o máximo igual a 92%. Os valores mínimos, pindexados ao valor do Indexante de Apoios Sociais (Para 2012, o valor mínimo garantido
Pensão de Sobrevivência
- Prestação mensal que se destina a compensar osperda de rendimentos resultante da morte deste.- Montante da pensão relacionado com o valor da pensão da pessoa falecida e variável de acordo com o grau de parentesco:- Cônjuge/parceiro sobrevivo: 60% da pensão de velhicefalecido ou a qu- Descendentes: 20% a 40%, de acord- Ascendentes: 30% a 80% de acordo com o número de ascendentes
Pensão Social de Velhice
- Prestação abrangidos pelo sistema contributivo ou, estando, cujas pensões de velhice, invalidez ou sobrevivência sejam de montante inferior ao da Pensão Social de Velhice- Para 2012, o valor fixad
Pensão social de viuvez
- Prestação mensal que se destina a compensar o cônjuge ou parceiro em união de facto do beneficiário de pensão social de velhice pela perda de rendimentos resultante da morte deste.- Para 2012 o valor fixado é de
Complemento
Extraordinário de Solidariedade (CES)
- Consiste num acréscimo ao montante das pensões sociais de invalidez e de velhice do regime não contributivo e regimes equiparados.- Para 2012 os montantes fixados são de:
Complemento Solidário
para Idosos (CSI)
- Apoio pecuniário mensal a idosos com mais de 65 recursos.- Contam para o cálculo do valor do CSI todos os rendimentos do idoso, do seu cônjuge ou parceiro e dos descendentes, mesmo que não vivam com o idoso. - Mensalmentevalor de referência do complemento (em 2012, €8.788,50/ano por casal).
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Benefícios sociais monetários e respetivos conteúdos
Conteúdo do benefício
Prestação mensal destinada a proteger os beneficiários do regime geral da Segurança Social, na situação de velhice, substituindo as remunerações de trabalho.
Montante da pensão calculado segundo fórmulas que envolvem de contribuições efetivas e o valor dos rendimentos de referência, podendo estes ser ponderados pelo índice de preços do consumidor (com exclusão da componente habitação).
Desde 2007 que os valores das pensões de velhice são calculados envolvendo um fator de sustentabilidade, relacionado com a esperança média de vida.
O valor mínimo da pensão de velhice é 30% dos rendimentos médios de referência, sendo o máximo igual a 92%. Os valores mínimos, porém, a partir de 2007, estão indexados ao valor do Indexante de Apoios Sociais (em 2012 o IAS Para 2012, o valor mínimo garantido da pensão era igual a €254,00.
Prestação mensal que se destina a compensar os familiares do beneficiário pela perda de rendimentos resultante da morte deste.
Montante da pensão relacionado com o valor da pensão da pessoa falecida e variável de acordo com o grau de parentesco:
Cônjuge/parceiro sobrevivo: 60% da pensão de velhice ou invalidez recebida pelo falecido ou a que teria direito à data da morte;
Descendentes: 20% a 40%, de acordo com o número de descendentes;Ascendentes: 30% a 80% de acordo com o número de ascendentes
Prestação mensal atribuída a indivíduos com 65 ou mais anos e que não estejam abrangidos pelo sistema contributivo ou, estando, cujas pensões de velhice, invalidez ou sobrevivência sejam de montante inferior ao da Pensão Social de Velhice
Para 2012, o valor fixado é de €195,40 por mês.
Prestação mensal que se destina a compensar o cônjuge ou parceiro em união de facto do beneficiário de pensão social de velhice pela perda de rendimentos resultante da morte deste.
Para 2012 o valor fixado é de €117,24.
Consiste num acréscimo ao montante das pensões sociais de invalidez e de velhice do regime não contributivo e regimes equiparados.
Para 2012 os montantes fixados são de: - €17,54 por mês para beneficiários com idade até 70 anos - €35,06 por mês para beneficiários com 70 ou mais anos.
Apoio pecuniário mensal a idosos com mais de 65 anos e que apresentam baixos recursos.
Contam para o cálculo do valor do CSI todos os rendimentos do idoso, do seu cônjuge ou parceiro e dos descendentes, mesmo que não vivam com o idoso.
Mensalmente, o idoso recebe 1/12 da diferença entre os seus recvalor de referência do complemento (em 2012, €5.022,00/ano para idoso só€8.788,50/ano por casal).
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
42
údos
destinada a proteger os beneficiários do regime geral da Segurança Social, na situação de velhice, substituindo as remunerações de trabalho.
segundo fórmulas que envolvem o número de anos de contribuições efetivas e o valor dos rendimentos de referência, podendo estes ser ponderados pelo índice de preços do consumidor (com exclusão da componente
s das pensões de velhice são calculados envolvendo um fator de sustentabilidade, relacionado com a esperança média de vida.
O valor mínimo da pensão de velhice é 30% dos rendimentos médios de referência, orém, a partir de 2007, estão
o IAS era de €419,22). €254,00.
familiares do beneficiário pela
Montante da pensão relacionado com o valor da pensão da pessoa falecida e
ou invalidez recebida pelo
o com o número de descendentes; Ascendentes: 30% a 80% de acordo com o número de ascendentes.
a indivíduos com 65 ou mais anos e que não estejam abrangidos pelo sistema contributivo ou, estando, cujas pensões de velhice, invalidez ou sobrevivência sejam de montante inferior ao da Pensão Social de Velhice.
Prestação mensal que se destina a compensar o cônjuge ou parceiro em união de facto do beneficiário de pensão social de velhice pela perda de rendimentos
Consiste num acréscimo ao montante das pensões sociais de invalidez e de velhice
ês para beneficiários com idade até 70 anos ês para beneficiários com 70 ou mais anos.
anos e que apresentam baixos
Contam para o cálculo do valor do CSI todos os rendimentos do idoso, do seu cônjuge ou parceiro e dos descendentes, mesmo que não vivam com o idoso.
o idoso recebe 1/12 da diferença entre os seus recursos anuais e o /ano para idoso só e
Quadro 4 – Benefícios sociais
Benefício social
Complemento Solidário para Idosos - Benefícios
Adicionais de Saúde
- Apoios que reduzem as despesas de saúde no âmbito de dois programas específicos: A. No âmbito do Programa têm direito a benefícios a efetuar por reembolso, nomeadamente:
- Participação financeira de 50% da parcela do preço dos medicamentos não comparticipada pelo Estado (só para medicamentos comparticipados)- Participação financeirao limite de 100 euros, por cada período de dois anos.- Participação financeira de 75% da despesa na aquisição e reparação de próteses dentárias removíveis, até ao limite de 250
B. No âmbito do Programa de Promoção da Saúde Oraldireito aomédico de famíliacheque é feita nos prestadores aderentes ao Plano Nacional de Promoção de Saúde Oral. A cada beneficiário pode ser atribuído, de acordo com as suas necessidades, dois cheques
Complemento por
Dependência
- Prestação em dinheiro atribuída aos cidadãos que se encontrem em situação de dependência e que precisam da ajuda de outra pessoa para satisfazer as necessidades básicas - Os montantes variam de acordo com:
- Para 2012 os montantes fixados são de:
O modelo institucional português alinha de forma mais ou menos clara com os princípios
estruturantes de outros modelos de proteção social que se encontram em diversos países
europeus de influência bismarkiana
um instrumento central de substituição de rendimento p
Pensão de Velhice – ou por instrumentos complementares de
face a situações de carência e/ou vulnerabilidade.
proteção social assenta num sistema de
de substituição do rendimento do trabalho nos mecanismos de proteção socia
em alguns casos até agudiza, na reforma
sujeitos, verificadas enquanto ainda se encontravam inseridos no mercado de trabalho.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Benefícios sociais monetários e respetivos conteúdos (continuação)
Conteúdo do benefício
Apoios que reduzem as despesas de saúde no âmbito de dois programas específicos:
No âmbito do Programa Benefícios Adicionais de Saúde, os idosos a receber o CSI têm direito a benefícios a efetuar por reembolso, nomeadamente:
Participação financeira de 50% da parcela do preço dos medicamentos não comparticipada pelo Estado (só para medicamentos comparticipados)
Participação financeira de 75% da despesa na aquisição de óculos e lentes até ao limite de 100 euros, por cada período de dois anos.
Participação financeira de 75% da despesa na aquisição e reparação de próteses dentárias removíveis, até ao limite de 250 €, por cada período d
No âmbito do Programa de Promoção da Saúde Oral, os idosos a receber o CSI têm direito ao acesso às consultas de medicina dentária, efetuadasmédico de família, através de um cheque-dentista individualizado. A utilização deste cheque é feita nos prestadores aderentes ao Plano Nacional de Promoção de Saúde Oral. A cada beneficiário pode ser atribuído, de acordo com as suas necessidades, dois cheques-dentista por ano, não podendo o valor anual ultrapassar os
Prestação em dinheiro atribuída aos cidadãos que se encontrem em situação de dependência e que precisam da ajuda de outra pessoa para satisfazer as necessidades básicas da vida quotidiana
Os montantes variam de acordo com: - o grau de dependência do beneficiário: 1º grau diz respeito a dependência nas atividades quotidianas essenciais à vida; 2º grau, acresce ao primeiro a situação de acamado ou apresentem quadro clínicde demência grave. - o regime de segurança social em que se enquadra o beneficiário (regime contributivo ou regime não-contributivo).
Para 2012 os montantes fixados são de: Regime contributivo
1º grau: 97,70€/mês 2º grau: €175,86/mês
Regime não contributivo 1º grau: €87,93 2º grau: €166,09
O modelo institucional português alinha de forma mais ou menos clara com os princípios
estruturantes de outros modelos de proteção social que se encontram em diversos países
bismarkiana. A proteção social à velhice passa, maioritariamente, por
e substituição de rendimento por saída do mercado de trabalho
ou por instrumentos complementares de atribuição de fundos para fazer
face a situações de carência e/ou vulnerabilidade. Na medida em que o elemento dorsal da
num sistema de natureza contributiva e diferenciada,
de substituição do rendimento do trabalho nos mecanismos de proteção socia
até agudiza, na reforma, as desigualdades e vulnerabilidades sociais dos
verificadas enquanto ainda se encontravam inseridos no mercado de trabalho.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
43
(continuação)
Apoios que reduzem as despesas de saúde no âmbito de dois programas específicos:
os idosos a receber o CSI têm direito a benefícios a efetuar por reembolso, nomeadamente:
Participação financeira de 50% da parcela do preço dos medicamentos não comparticipada pelo Estado (só para medicamentos comparticipados).
a de 75% da despesa na aquisição de óculos e lentes até
Participação financeira de 75% da despesa na aquisição e reparação de próteses €, por cada período de três anos.
idosos a receber o CSI têm s de medicina dentária, efetuadas por indicação do
dentista individualizado. A utilização deste cheque é feita nos prestadores aderentes ao Plano Nacional de Promoção de Saúde Oral. A cada beneficiário pode ser atribuído, de acordo com as suas necessidades,
no, não podendo o valor anual ultrapassar os 80 €.
Prestação em dinheiro atribuída aos cidadãos que se encontrem em situação de dependência e que precisam da ajuda de outra pessoa para satisfazer as
o grau de dependência do beneficiário: 1º grau diz respeito a dependência nas atividades quotidianas essenciais à vida; 2º grau,
ou apresentem quadro clínico
o regime de segurança social em que se enquadra o beneficiário (regime
O modelo institucional português alinha de forma mais ou menos clara com os princípios
estruturantes de outros modelos de proteção social que se encontram em diversos países
. A proteção social à velhice passa, maioritariamente, por
or saída do mercado de trabalho - a
atribuição de fundos para fazer
o elemento dorsal da
, numa perspetiva
de substituição do rendimento do trabalho nos mecanismos de proteção social, reproduz, e
e vulnerabilidades sociais dos
verificadas enquanto ainda se encontravam inseridos no mercado de trabalho.
Como medida corretiva em relação ao sistema de segurança social an
democrática de 1974, foi introduzida
a Pensão Social de Velhice. Foi o mecanismo desenvolvido para
casos excluídos do regime geral
Paralelamente, os instrumentos como o Complemento Extraordinário de Solidariedade ou o
Complemento Solidário para Idosos assumem um caráter de proteção relativamente aos
idosos que apresentem menores recursos e
vulnerabilidade a situações de pobreza e exclusão social. Por último, importa referir o
Complemento por Dependência
financeiro a pessoas idosas em situação d
de um cuidador.
Apesar de, formalmente, ser possível argumentar que Portugal segue, de forma muito
aproximada, aquilo que se pode encontrar na maioria dos modelos institucionais europeus no
campo da proteção social à
finais dos vários benefícios de tipo assistencial
observados noutros países como Espanha e Itália,
e justificar alguma atenção à dimensão dos arranjos financeiros que são desenvolvidos para
fazer face à necessidade de cuidados sociais durante a velhice
4.2. Benefícios não monetários
Os instrumentos de proteção social de caráter não monetário assentam num
assistencial, e têm sido operacionalizados
natureza quase para-governamental
não lucrativas, assumem particular relevância
as Misericórdias, que se apresentam com um percurso de protagonismo no apoio institucional
à população idosa, assim como
paroquiais. Não obstante as mais
traço estruturante da proteção social à velhice em Portugal tem sido a
na vertente de intervenção direta
mais marcantes do sistema nacional de prote
assumem na estrutura de despesas
provisão de serviços. Essa
orientado por uma lógica de substituição do rendimento. O Estado assume
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
em relação ao sistema de segurança social anterior à revolução
foi introduzida na moldura institucional da Segurança Social portuguesa
. Foi o mecanismo desenvolvido para contornar o grande volume de
casos excluídos do regime geral, por apresentarem um débil percurso contributivo
, os instrumentos como o Complemento Extraordinário de Solidariedade ou o
Complemento Solidário para Idosos assumem um caráter de proteção relativamente aos
m menores recursos e que, por isso, se enquadram num grupo de maior
vulnerabilidade a situações de pobreza e exclusão social. Por último, importa referir o
Complemento por Dependência, introduzido em 1999, e que se assume como um suplemento
financeiro a pessoas idosas em situação de dependência com necessidade de recurso ao
Apesar de, formalmente, ser possível argumentar que Portugal segue, de forma muito
aproximada, aquilo que se pode encontrar na maioria dos modelos institucionais europeus no
ampo da proteção social à velhice, é a falta de generosidade que caracteriza
s de tipo assistencial, e que contrasta drasticamente com os valores
observados noutros países como Espanha e Itália, que deve motivar alguma reflexão adicional
stificar alguma atenção à dimensão dos arranjos financeiros que são desenvolvidos para
fazer face à necessidade de cuidados sociais durante a velhice.
Benefícios não monetários
Os instrumentos de proteção social de caráter não monetário assentam num
operacionalizados essencialmente pelo setor privado não lucrativo
governamental, embora financiados pelo Estado. Entre
particular relevância as associadas à Igreja Católica
apresentam com um percurso de protagonismo no apoio institucional
assim como organizações de base comunitária ligadas a centros sociais
ão obstante as mais recentes alterações, de que daremos conta mais adiante
traço estruturante da proteção social à velhice em Portugal tem sido a demarcação do Estado
na vertente de intervenção direta na provisão de cuidados aos idosos. De facto, u
es do sistema nacional de proteção social a idosos é o forte peso que as pensões
assumem na estrutura de despesas, por contraposição aos limitados esforços no
evidência reflete o viés monetarista do modelo institucio
orientado por uma lógica de substituição do rendimento. O Estado assume
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
44
terior à revolução
na moldura institucional da Segurança Social portuguesa
contornar o grande volume de
débil percurso contributivo.
, os instrumentos como o Complemento Extraordinário de Solidariedade ou o
Complemento Solidário para Idosos assumem um caráter de proteção relativamente aos
e enquadram num grupo de maior
vulnerabilidade a situações de pobreza e exclusão social. Por último, importa referir o
que se assume como um suplemento
ia com necessidade de recurso ao apoio
Apesar de, formalmente, ser possível argumentar que Portugal segue, de forma muito
aproximada, aquilo que se pode encontrar na maioria dos modelos institucionais europeus no
a falta de generosidade que caracteriza os montantes
, e que contrasta drasticamente com os valores
que deve motivar alguma reflexão adicional
stificar alguma atenção à dimensão dos arranjos financeiros que são desenvolvidos para
Os instrumentos de proteção social de caráter não monetário assentam num princípio de cariz
tor privado não lucrativo, de
Entre essas instituições
associadas à Igreja Católica, nomeadamente,
apresentam com um percurso de protagonismo no apoio institucional
organizações de base comunitária ligadas a centros sociais
que daremos conta mais adiante, um
demarcação do Estado
De facto, um dos traços
ção social a idosos é o forte peso que as pensões
por contraposição aos limitados esforços no domínio da
te o viés monetarista do modelo institucional,
orientado por uma lógica de substituição do rendimento. O Estado assume, assim,
preferencialmente, um papel regulador e financiador
e no setor privado não lucrativo, a função de organização e pres
idosos.
Nas últimas três décadas, e co
envelhecimento e do risco da dependência
políticos direcionados para dar resposta às
expansão dos serviços de cuidados segue uma linha orientadora centrada na manutenção do
idoso na sua esfera familiar, assente
quer pelos seus impactos psicológicos e socia
percebida dos serviços prestados em contexto institucional.
discurso público oficial o princípio fami
responsabilização na provisão de
com recurso ao trabalho feminino não remunerado
família como elemento central no cuidado ao idoso não é acompanhado de mecanismos de
política social que permitam reconhecer
sendo este objeto de qualquer
monetários, promoção da conciliação entre o trabalho e as
outros.
No que concerne aos mecanismos de
conjunto de respostas sociais
promover mecanismos de apoio à família
ainda importante referir que visam a integração do idoso na comunidade numa lógica de
prevenção do isolamento social.
dia, centros de convívio, centros de noite, lares de idosos,
férias e de lazer e acolhimento familiar para pessoas idosas,
com maior detalhe.
Serviço de Apoio Domiciliário
Caracteriza-se por uma prestação
quando, por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento,
temporária ou permanentemente, a s
vida diária. Os serviços fornecidos no âmbito d
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
um papel regulador e financiador, delegando noutros, sobretudo
tor privado não lucrativo, a função de organização e prestação efetiva de cuidados a
Nas últimas três décadas, e como resultado de uma maior projeção da temática do
e do risco da dependência, foi implementado um conjunto de
dar resposta às necessidades de apoio a idosos dependentes
expansão dos serviços de cuidados segue uma linha orientadora centrada na manutenção do
idoso na sua esfera familiar, assente numa perceção negativa da institucionalização do idoso
impactos psicológicos e sociais na vida do sujeito, quer pela fraca qualidade
serviços prestados em contexto institucional. Paralelamente, subsiste
princípio familista, com o reforço do papel da família e sua
responsabilização na provisão de cuidados aos seus membros, e que se concretiza
trabalho feminino não remunerado. Contudo, esse discurso que coloca a
família como elemento central no cuidado ao idoso não é acompanhado de mecanismos de
política social que permitam reconhecer oficialmente o papel do prestador
e qualquer resposta social no que concerne, por exemplo
monetários, promoção da conciliação entre o trabalho e as responsabilidades familiares
aos mecanismos de proteção social não monetários, identificam
conjunto de respostas sociais, desenvolvidas em equipamento, cujo pressuposto base é o
mecanismos de apoio à família, embora numa lógica de subsidiariedade,
ainda importante referir que visam a integração do idoso na comunidade numa lógica de
prevenção do isolamento social. Incluem-se aqui os serviços de apoio domiciliário, centros de
, centros de noite, lares de idosos, residências assistida
colhimento familiar para pessoas idosas, que de seguida se apresentam
Serviço de Apoio Domiciliário
ma prestação de cuidados individualizados no domicílio a indivíduos
quando, por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento, estes não possam
temporária ou permanentemente, a satisfação das necessidades básicas e/ou as atividades da
Os serviços fornecidos no âmbito do apoio domiciliário são contratualizados entre
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
45
outros, sobretudo na família
tiva de cuidados a
ção da temática do
nto de instrumentos
poio a idosos dependentes. A
expansão dos serviços de cuidados segue uma linha orientadora centrada na manutenção do
institucionalização do idoso,
quer pela fraca qualidade
Paralelamente, subsiste no
com o reforço do papel da família e sua
cretiza, sobretudo,
discurso que coloca a
família como elemento central no cuidado ao idoso não é acompanhado de mecanismos de
o papel do prestador informal, não
por exemplo, a benefícios
responsabilidades familiares, entre
identificam-se um
cujo pressuposto base é o de
embora numa lógica de subsidiariedade, sendo
ainda importante referir que visam a integração do idoso na comunidade numa lógica de
serviços de apoio domiciliário, centros de
residências assistidas, centro de
que de seguida se apresentam
de cuidados individualizados no domicílio a indivíduos
não possam garantir
atisfação das necessidades básicas e/ou as atividades da
são contratualizados entre
o beneficiário ou seus familiares e
necessidades básicas no que concerne à alimentação, higiene pessoal e habitacional, e
tratamento de roupas. Esse apoio é assegurado
que prestam os cuidados numa ló
sentido de abranger o apoio a um maior número de idosos
é assegurado. Esta resposta de cuidados aos idosos apresentou um forte cre
alargando a sua abrangência a nível nacional,
Programa de Apoio Integrado a
de debilidades e que passam pelo facto quer dos serviços disponibilizados estarem
circunscritos à dimensão social, sem ligação à vertente de saúde e rea
funcionamento concentrado essencialmente
assegurando a assistência total em dias de fim
necessidade de alargar o acesso do apoio domiciliário, numa lóg
apenas dirigida para colmatar as necessidades de populações mais desfavorecidas.
O setor privado lucrativo disponibiliza
uma resposta mais próxima das necessidades
mais alargada, quer pela intensidade da duração dos serviços prestados
discrepância entre os custos elevados des
maioria dos idosos em Portugal
resposta às necessidades de cuidados
Centro de Dia
Direcionado para idosos com níveis baixos ou médios de dependência
constituem um equipamento social
manutenção das pessoas idosas no seu meio
evitar, a sua institucionalização
estabelecimentos é assegurado por e
alguns centros de dia assegurados pelo sector privado com fins lucrativos.
2 O PAII é um programa criado em 1994, numa parceria entre o
Emprego e da Segurança Social, com o objetivo de promover respostas sociais seus cuidadores orientadas, sobretudo, para a manutenção do idoso na sua esfera doméstica. Este programa é apresentado com maior detalhe na secção relativa às políticas e programas integrados.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
familiares e a entidade prestadora e reportam-se
icas no que concerne à alimentação, higiene pessoal e habitacional, e
e apoio é assegurado, essencialmente, por entidades não lucrativas
numa lógica de duração do serviço o mais reduzido poss
io a um maior número de idosos, pelo que o apoio permanente não
resposta de cuidados aos idosos apresentou um forte cre
a sua abrangência a nível nacional, em particular com a operacion
ntegrado a Idosos (PAII)2. No entanto, continua a apresentar um conjunto
de debilidades e que passam pelo facto quer dos serviços disponibilizados estarem
social, sem ligação à vertente de saúde e reabilitação, quer a um
funcionamento concentrado essencialmente em regime diurno, nos dias úteis, não
assegurando a assistência total em dias de fim-de-semana e feriados. É igualmente apontada a
necessidade de alargar o acesso do apoio domiciliário, numa lógica de universalidade, e não
apenas dirigida para colmatar as necessidades de populações mais desfavorecidas.
tor privado lucrativo disponibiliza, igualmente, apoio domiciliário, assumindo
uma resposta mais próxima das necessidades da população idosa, quer pela oferta de serviços
quer pela intensidade da duração dos serviços prestados
custos elevados desses serviços e o limitado orçamento disponível pela
maioria dos idosos em Portugal, implica que esta não seja uma alternativa exequível de
resposta às necessidades de cuidados de forma generalizada.
cionado para idosos com níveis baixos ou médios de dependência, os centros de dia
constituem um equipamento social que presta um conjunto de serviços, com o obje
manutenção das pessoas idosas no seu meio sociofamiliar, de forma a retardar
a sua institucionalização. Na generalidade das situações, o funcionamento destes
estabelecimentos é assegurado por entidades não lucrativas. Com reduzida expressão, existem
centros de dia assegurados pelo sector privado com fins lucrativos.
criado em 1994, numa parceria entre o Ministério da Saúde e Ministério do
Emprego e da Segurança Social, com o objetivo de promover respostas sociais de apoio aos idosos e orientadas, sobretudo, para a manutenção do idoso na sua esfera doméstica. Este
programa é apresentado com maior detalhe na secção relativa às políticas e programas integrados.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
46
se à satisfação de
icas no que concerne à alimentação, higiene pessoal e habitacional, e
por entidades não lucrativas
gica de duração do serviço o mais reduzido possível no
o apoio permanente não
resposta de cuidados aos idosos apresentou um forte crescimento,
a operacionalização do
continua a apresentar um conjunto
de debilidades e que passam pelo facto quer dos serviços disponibilizados estarem
bilitação, quer a um
nos dias úteis, não
. É igualmente apontada a
ica de universalidade, e não
apenas dirigida para colmatar as necessidades de populações mais desfavorecidas.
assumindo-se como
quer pela oferta de serviços
quer pela intensidade da duração dos serviços prestados. No entanto, a
es serviços e o limitado orçamento disponível pela
que esta não seja uma alternativa exequível de
os centros de dia
, com o objetivo de
de forma a retardar, ou até mesmo
uncionamento destes
Com reduzida expressão, existem
Ministério da Saúde e Ministério do de apoio aos idosos e
orientadas, sobretudo, para a manutenção do idoso na sua esfera doméstica. Este programa é apresentado com maior detalhe na secção relativa às políticas e programas integrados.
Centros de convívio
Esta é uma resposta social traduzida no
organizadas e dinamizadas com
sendo assegurados por entidades não lucrativas
Centro de Noite
Os centros de noite foram criados com o propósito de disponibilizar estruturas de
noturno a pessoas idosas com autonomia que, por vivenciarem situações de solidão,
isolamento ou insegurança, necessitam de suporte de acompanhamento durante a noite.
assegurados por entidades não lucrativas
Lares de idosos
Os lares constituem uma resposta social
de utilização temporária ou permanente,
serviços que passam pelos cuidados de saú
maioria dos lares em funcionamento pertence a entidades
longas listas de espera. Não obstante, os lares constituem
proporção de oferta por parte do sector privado lucrativo
existentes, uma parcela que se
Residências assistidas
Este é um equipamento de reduzida expressão, constituído
com espaços e serviços de utiliza
parcial. A oferta de residência assistida está enquadrada
lucrativo, implicando custos avultados para os
direcionada especificamente para grupos de idosos
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Esta é uma resposta social traduzida no apoio a atividades sócio-recreativas
organizadas e dinamizadas com a participação ativa das pessoas idosas de uma comunidade
ntidades não lucrativas.
foram criados com o propósito de disponibilizar estruturas de
pessoas idosas com autonomia que, por vivenciarem situações de solidão,
necessitam de suporte de acompanhamento durante a noite.
ssegurados por entidades não lucrativas.
esposta social destinada ao alojamento coletivo de
de utilização temporária ou permanente, ao qual está associado a oferta de um conjunto de
serviços que passam pelos cuidados de saúde e higiene, refeições e atividades de lazer.
ria dos lares em funcionamento pertence a entidades privadas não lucrativas
longas listas de espera. Não obstante, os lares constituem o equipamento que
proporção de oferta por parte do sector privado lucrativo, cerca de 30% do to
existentes, uma parcela que se manteve constante entre 1998 e 2004.
Este é um equipamento de reduzida expressão, constituído por um conjunto de apartamen
serviços de utilização comum, para pessoas idosas com autonomia total ou
A oferta de residência assistida está enquadrada, exclusivamente, no sector privado
lucrativo, implicando custos avultados para os utilizadores, pelo que é uma resposta
cionada especificamente para grupos de idosos com elevados rendimentos.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
47
recreativas e culturais,
essoas idosas de uma comunidade,
foram criados com o propósito de disponibilizar estruturas de acolhimento
pessoas idosas com autonomia que, por vivenciarem situações de solidão,
necessitam de suporte de acompanhamento durante a noite. São
de pessoas idosas,
de um conjunto de
tividades de lazer. A
não lucrativas e apresenta
que reúne a maior
, cerca de 30% do total de lares
por um conjunto de apartamentos,
com autonomia total ou
no sector privado
pelo que é uma resposta
elevados rendimentos.
Centro de férias e de lazer
Esta é uma resposta social dirigida a todos os grupos etários e alargado a todos os membros da
família, visando a satisfação de necessidades
sociais que a quebra de rotina proporciona.
Acolhimento Familiar para Pessoas Idosas
Consiste em integrar, temporária ou permanentemente, em famílias consideradas idóneas,
pessoas idosas quando, por ausência de
sociais, não possam permanecer no seu domicílio.
de parentesco entre a família de acolhimento
Segurança Social, e o idoso, a partir do 3º grau da linha colateral.
serviços e equipamentos sociais disponíveis da
capacidade de resposta continua inferior às necessidades
longas listas de espera.
4.3. Políticas e programas integrados
No panorama dos mecanismos de proteção social
paralelamente aos benefícios sociais monetários e não monetários
anteriores, incluem-se ainda respostas
planos ou programas, com um pendor de tipo mais estratégico e integrador
Programa de Apoio Integrado a Idosos (PAII), criado em 1994, o Programa de Alargamento
Rede de Equipamentos Sociais (PARES), criado em 2006, o Programa Conforto Habitacional
para Pessoas Idosas (PCHPI), lançado em 2008
Equipamentos Sociais (PARES), com início em 2006,
Continuados Integrados (RNCCI), implementada a partir de 2008, com base em legislação de
2006. Esses programas visam, a partir de uma abordagem mais integrada, dar resposta aos
desafios do acentuado envelhecimento da população portuguesa nas últimas
orientados por uma política de valorização da manutenção do idoso no seu ambiente familiar
disponibilizando, para tal, serviços e equipamentos de apoio
idosas a cargo. Uma vez mais
tendencialmente assume no campo
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Esta é uma resposta social dirigida a todos os grupos etários e alargado a todos os membros da
o a satisfação de necessidades de lazer numa lógica dos benefício
quebra de rotina proporciona.
Acolhimento Familiar para Pessoas Idosas
onsiste em integrar, temporária ou permanentemente, em famílias consideradas idóneas,
s quando, por ausência de condições familiares ou insuficiência de respostas
sociais, não possam permanecer no seu domicílio. A título excecional, poderão existir relações
de parentesco entre a família de acolhimento, que aufere um valor pecuniário atribuído pela
a partir do 3º grau da linha colateral. Não obstante o aumento de
serviços e equipamentos sociais disponíveis da responsabilidade do terceiro se
capacidade de resposta continua inferior às necessidades, o que se expressa na persistência de
rogramas integrados
mecanismos de proteção social direcionados à população idosa, e
aralelamente aos benefícios sociais monetários e não monetários referidos
se ainda respostas e ações sociais que assumem a forma institucional de
com um pendor de tipo mais estratégico e integrador
Programa de Apoio Integrado a Idosos (PAII), criado em 1994, o Programa de Alargamento
Rede de Equipamentos Sociais (PARES), criado em 2006, o Programa Conforto Habitacional
para Pessoas Idosas (PCHPI), lançado em 2008, o Programa de Alargamento da Rede de
Equipamentos Sociais (PARES), com início em 2006, e, ainda, a Rede Nacional de Cui
Continuados Integrados (RNCCI), implementada a partir de 2008, com base em legislação de
programas visam, a partir de uma abordagem mais integrada, dar resposta aos
desafios do acentuado envelhecimento da população portuguesa nas últimas
orientados por uma política de valorização da manutenção do idoso no seu ambiente familiar
disponibilizando, para tal, serviços e equipamentos de apoio a idosos e famílias com pessoas
Uma vez mais, esses programas reforçam o papel regulador que o Estado
tendencialmente assume no campo dos cuidados, com uma intervenção centrada
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
48
Esta é uma resposta social dirigida a todos os grupos etários e alargado a todos os membros da
uma lógica dos benefícios psicológicos e
onsiste em integrar, temporária ou permanentemente, em famílias consideradas idóneas,
ndições familiares ou insuficiência de respostas
, poderão existir relações
que aufere um valor pecuniário atribuído pela
Não obstante o aumento de
responsabilidade do terceiro setor, a
expressa na persistência de
s à população idosa, e
referidos nos pontos
e ações sociais que assumem a forma institucional de
com um pendor de tipo mais estratégico e integrador, destacando-se o
Programa de Apoio Integrado a Idosos (PAII), criado em 1994, o Programa de Alargamento da
Rede de Equipamentos Sociais (PARES), criado em 2006, o Programa Conforto Habitacional
de Alargamento da Rede de
e, ainda, a Rede Nacional de Cuidados
Continuados Integrados (RNCCI), implementada a partir de 2008, com base em legislação de
programas visam, a partir de uma abordagem mais integrada, dar resposta aos
desafios do acentuado envelhecimento da população portuguesa nas últimas décadas,
orientados por uma política de valorização da manutenção do idoso no seu ambiente familiar,
famílias com pessoas
regulador que o Estado
com uma intervenção centrada na definição
do enquadramento legal das respostas sociais de apoio no que reporta ao financiamento,
critérios de elegibilidade, contratualização, entre outro
O Programa de Apoio Integrado a Idosos (PAII), criado
Ministério da Saúde e Ministério do
criação de um conjunto de medidas
domicílio e no seu meio habitual de vida
envolvimento central e local
alargamento da cobertura existen
horas, a melhoria da qualidade dos serviços prestados e a adequação do ambiente domiciliário
às necessidades das pessoas idosas;
desenvolver ou reforçar competências
e informais; projetos orientado
pessoas com 65 e mais anos nos transportes das zonas urbanas
Porto; serviço de telealarme, com a instalação de um equipamento telefónico que est
uma central de atendimento de emergência
Cruz Vermelha e as Misericórdias
foram suspensas em 2006, mantendo
promoção ainda em curso assim como a agilização dos projetos de promoção central.
No caso do Programa Conforto Habitacional Para Pessoas Idosas (PCHI)
protocolo entre o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e
em 2007, a intervenção é dire
desfavoráveis na população idosa
habitacional. Propõe-se, assim,
de infraestruturas (como por exemplo
caixilharia de portas e janelas; criação ou adaptação
melhoramento de espaços já existentes, por exemplo, colocando lavatórios, sanitas, banheiras
e bases de duche; adaptações que facilitem o acesso à habitação, nomeadamente a
construção de rampas), quer ao nível de equ
Contudo, esta resposta social apresenta uma
envelhecidas e com baixo poder de compra concelhio, além de que se aplica exclusivamente a
situações em que o idoso é o prop
arrendamento. Paralelamente, para ser beneficiário desta medida é exigido que o idoso utilize
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
o enquadramento legal das respostas sociais de apoio no que reporta ao financiamento,
critérios de elegibilidade, contratualização, entre outros aspetos.
Programa de Apoio Integrado a Idosos (PAII), criado a partir de uma
Ministério do Emprego e da Segurança Social em 1994
medidas de apoio aos idosos e seus cuidadores, prioritariamente no
e no seu meio habitual de vida, desenvolvendo-se através de projetos de
local, nomeadamente: serviços de apoio domiciliário
alargamento da cobertura existente e a extensão do apoio à totalidade das vinte e quatro
horas, a melhoria da qualidade dos serviços prestados e a adequação do ambiente domiciliário
às necessidades das pessoas idosas; formação de recursos humanos, com o obje
mpetências de prestação de cuidados, junto de cuidadores formais
orientados para lazer e turismo; eliminação das restrições horárias para
pessoas com 65 e mais anos nos transportes das zonas urbanas e suburbanas de Lisboa e
, com a instalação de um equipamento telefónico que est
uma central de atendimento de emergência, promovido por diferentes instituições como a
rdias. No entanto, as candidaturas ao projetos de promoção
foram suspensas em 2006, mantendo-se a continuidade dos processos dos projetos de
promoção ainda em curso assim como a agilização dos projetos de promoção central.
Programa Conforto Habitacional Para Pessoas Idosas (PCHI), que resulta de um
protocolo entre o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e alguns municípios,
a intervenção é direcionada especificamente para um dos indicadores mais
desfavoráveis na população idosa, e que se reporta às características do seu esp
assim, melhorar as condições habitacionais dos idosos
como por exemplo, melhoramentos na cobertura, nas paredes e na
caixilharia de portas e janelas; criação ou adaptação de espaços como cozinha, casa de banho;
melhoramento de espaços já existentes, por exemplo, colocando lavatórios, sanitas, banheiras
e bases de duche; adaptações que facilitem o acesso à habitação, nomeadamente a
quer ao nível de equipamentos (mobiliário e eletrodomésticos).
Contudo, esta resposta social apresenta uma abrangência circunscrita a áreas geográficas
aixo poder de compra concelhio, além de que se aplica exclusivamente a
situações em que o idoso é o proprietário do imóvel, excluindo por isso
Paralelamente, para ser beneficiário desta medida é exigido que o idoso utilize
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
49
o enquadramento legal das respostas sociais de apoio no que reporta ao financiamento,
parceria entre o
Emprego e da Segurança Social em 1994, promove a
prioritariamente no
se através de projetos de
omiciliário, com o
a extensão do apoio à totalidade das vinte e quatro
horas, a melhoria da qualidade dos serviços prestados e a adequação do ambiente domiciliário
, com o objetivo de
junto de cuidadores formais
liminação das restrições horárias para
e suburbanas de Lisboa e
, com a instalação de um equipamento telefónico que está ligado a
promovido por diferentes instituições como a
No entanto, as candidaturas ao projetos de promoção local
se a continuidade dos processos dos projetos de
promoção ainda em curso assim como a agilização dos projetos de promoção central.
, que resulta de um
municípios, criado
cionada especificamente para um dos indicadores mais
terísticas do seu espaço
habitacionais dos idosos, quer ao nível
melhoramentos na cobertura, nas paredes e na
de espaços como cozinha, casa de banho;
melhoramento de espaços já existentes, por exemplo, colocando lavatórios, sanitas, banheiras
e bases de duche; adaptações que facilitem o acesso à habitação, nomeadamente a
mobiliário e eletrodomésticos).
abrangência circunscrita a áreas geográficas
aixo poder de compra concelhio, além de que se aplica exclusivamente a
por isso os casos de
Paralelamente, para ser beneficiário desta medida é exigido que o idoso utilize
o Serviço de Apoio Domiciliário ou frequente um Centro de Dia ou cuja prestação destes
serviços esteja dependente das intervenções de melhoria habitacional.
No âmbito do programa PARES, o objetivo central é o de ampliar a rede de equipamentos
sociais no território continental,
para, entre outros públicos,
assim como aquisição de equipamento móvel. Mais concretamente, este é um programa
orientado para o reforço dos serviços de apoio domiciliário e dos centros de dia, e aument
número de lugares em lares de idosos.
encerradas.
A Rede Nacional de Cuidados
Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e
em particular, à questão da dependência
incurável em estado avançado e em fase final de vida.
sistema de coordenação nacional, de funcionamento descentralizado, i
de instituições públicas e privadas,
locais da Segurança Social, as autarquias locais
prestação de cuidados continuados de saúde e
maior grupo utilizador das respostas que integram
uma diversidade de respostas de cuidados continuados de acordo com os níveis de
dependência, as necessidades de
diferentes tipos de estruturas, nomeadamente:
Unidades de Convalescença, Unidade
Duração e Manutenção, Unidade
de Dia e de Promoção da Autonomia); Equipas de gestão hospitalares (Equipa de Gestão de
Altas e Equipas Intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos) e Equipas domiciliárias
(Equipas de cuidados continuados integrados).
que traduz um esforço de alteração d
cuidados, expresso num envolvimento
apoio social, a maior parte dos serviços desta red
Misericórdias e outras IPSS
dependência, com necessidades de cuidados de saúde e de apoio social, era garantido pelas
respostas de Apoio Domiciliário Integrado (ADI) e pelos Serviços de Apoio Domiciliário, ambos
enquadrados no âmbito do PAII.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
o Serviço de Apoio Domiciliário ou frequente um Centro de Dia ou cuja prestação destes
te das intervenções de melhoria habitacional.
No âmbito do programa PARES, o objetivo central é o de ampliar a rede de equipamentos
sociais no território continental, alargando assim a oferta nas respostas sociais direcionadas
para, entre outros públicos, os idosos, financiando a construção ou ampliação de instalações
assim como aquisição de equipamento móvel. Mais concretamente, este é um programa
orientado para o reforço dos serviços de apoio domiciliário e dos centros de dia, e aument
es em lares de idosos. Atualmente as candidaturas ao programa encontram
uidados Continuados Integrados (RNCCI) resulta de uma p
Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e o Ministério da Saúde, e
à questão da dependência funcional temporária ou prolongada,
incurável em estado avançado e em fase final de vida. Trata-se da implementação de um
sistema de coordenação nacional, de funcionamento descentralizado, integrando
stituições públicas e privadas, tais como hospitais, centros de saúde, serviços distritais e
as autarquias locais e a Rede Solidária, que procura garantir a
prestação de cuidados continuados de saúde e de apoio social aos cidadãos,
utilizador das respostas que integram os cuidados continuados.
uma diversidade de respostas de cuidados continuados de acordo com os níveis de
necessidades de internamento e de cuidados médicos,
diferentes tipos de estruturas, nomeadamente: Unidades de Internamento
de Convalescença, Unidades de Média Duração e Reabilitação, Unidade
Duração e Manutenção, Unidades de Cuidados Paliativos); Unidades de Ambulatório (Unidade
Dia e de Promoção da Autonomia); Equipas de gestão hospitalares (Equipa de Gestão de
hospitalares de suporte em cuidados paliativos) e Equipas domiciliárias
os continuados integrados). A RNCCI assume-se como um
alteração do papel do setor público nas questões de prestação de
um envolvimento mais direto e ativo. No entanto, e no que concerne ao
parte dos serviços desta rede continua a ser assegurado pelas
Misericórdias e outras IPSS. Até a Rede ser criada, o apoio a pessoas em situação de
dependência, com necessidades de cuidados de saúde e de apoio social, era garantido pelas
spostas de Apoio Domiciliário Integrado (ADI) e pelos Serviços de Apoio Domiciliário, ambos
enquadrados no âmbito do PAII.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
50
o Serviço de Apoio Domiciliário ou frequente um Centro de Dia ou cuja prestação destes
No âmbito do programa PARES, o objetivo central é o de ampliar a rede de equipamentos
nas respostas sociais direcionadas
os idosos, financiando a construção ou ampliação de instalações
assim como aquisição de equipamento móvel. Mais concretamente, este é um programa
orientado para o reforço dos serviços de apoio domiciliário e dos centros de dia, e aumento do
Atualmente as candidaturas ao programa encontram-se
resulta de uma parceria entre o
e visa dar resposta,
temporária ou prolongada, doença
se da implementação de um
ntegrando um conjunto
serviços distritais e
, que procura garantir a
sendo os idosos o
A Rede apresenta
uma diversidade de respostas de cuidados continuados de acordo com os níveis de
, asseguradas por
Unidades de Internamento (que incluem
de Média Duração e Reabilitação, Unidades de Longa
de Ambulatório (Unidade
Dia e de Promoção da Autonomia); Equipas de gestão hospitalares (Equipa de Gestão de
hospitalares de suporte em cuidados paliativos) e Equipas domiciliárias
um projeto político
tor público nas questões de prestação de
e no que concerne ao
e continua a ser assegurado pelas
Até a Rede ser criada, o apoio a pessoas em situação de
dependência, com necessidades de cuidados de saúde e de apoio social, era garantido pelas
spostas de Apoio Domiciliário Integrado (ADI) e pelos Serviços de Apoio Domiciliário, ambos
Por último, destacam-se outros serviços de apoio
questões de segurança dos idosos
implementado pela Guarda N
prevê o reforço de policiamento dos locais públicos mais frequentados por idosos, a instalação
de telefones nas residências das pesso
colaboração entre a GNR e outras entidades que prestam apoio
que pretende abranger, sobretudo
populacionais mais densos.
telefónica denominada Linha do Cidadão Idoso
que pretende esclarecer, junto das pessoas idosas
informação relativa aos seus
habitação, obrigações familiares, ação social, equipamentos
questões.
4.4. Mecanismos de acesso à prote
Importa, agora, analisar os mecanismos de
financiamento dos benefícios apresentados no ponto anterior.
Relativamente aos benefícios
financiamento provém, para a
beneficiários ativos com capitais
Pensão Mínima de Velhice e a de
transferências do Orçamento Geral de Estado,
social de tipo assistencial.
A carreira contributiva do indivíduo constitui
quer para o cálculo dos respe
do regime geral contributivo
Complemento Extraordinário de
por transferências do Orçame
acesso e os mecanismos de avaliação da elegibilidade do acesso
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
se outros serviços de apoio que resultam de uma preocupação com as
dos idosos. O Programa Apoio 65 – Idosos em Segurança
Nacional Republicana (GNR) – Ministério da Administração Interna,
o reforço de policiamento dos locais públicos mais frequentados por idosos, a instalação
de telefones nas residências das pessoas que vivem mais isoladas e o incremento da
outras entidades que prestam apoio aos idosos
sobretudo, os idosos que vivem afastados ou isolados dos centros
. Por sua vez, a Provedoria da Justiça desenvolveu uma linha
Linha do Cidadão Idoso, gratuita e em funcionamento
junto das pessoas idosas que entrem em contato com o serviço,
seus direitos e benefícios na área da saúde, segurança social,
habitação, obrigações familiares, ação social, equipamentos e serviços, lazer, entre outra
ecanismos de acesso à proteção social e modalidades de financiament
analisar os mecanismos de acesso à proteção social e modalidades de
financiamento dos benefícios apresentados no ponto anterior.
benefícios de natureza monetária enquadrados no sistema contributivo
para a maioria, de um sistema misto que articula as contribuições dos
beneficiários ativos com capitais do Fundo de Pensões da Segurança Social
elhice e a de Sobrevivência, ambas parcialmente financiadas através de
do Orçamento Geral de Estado, já que assentam num princípio de
indivíduo constitui o fator central quer para o acesso aos
cálculo dos respetivos montantes. No sentido de cobrir as situações de exclusão
do regime geral contributivo e de garantir as condições mínimas de vida, foram
xtraordinário de Solidariedade e a Pensão Social de Velhice, ambos
por transferências do Orçamento Geral do Estado. O quadro seguinte sintetiza os critérios de
acesso e os mecanismos de avaliação da elegibilidade do acesso a cada um dos
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
51
que resultam de uma preocupação com as
Idosos em Segurança,
Ministério da Administração Interna,
o reforço de policiamento dos locais públicos mais frequentados por idosos, a instalação
o incremento da
aos idosos. É um programa
os idosos que vivem afastados ou isolados dos centros
ez, a Provedoria da Justiça desenvolveu uma linha
, gratuita e em funcionamento nos dias úteis,
que entrem em contato com o serviço,
direitos e benefícios na área da saúde, segurança social,
e serviços, lazer, entre outras
ção social e modalidades de financiamento
acesso à proteção social e modalidades de
enquadrados no sistema contributivo, o
sto que articula as contribuições dos
do Fundo de Pensões da Segurança Social. A exceção é a
parcialmente financiadas através de
princípio de solidariedade
acesso aos benefícios,
cobrir as situações de exclusão
foram instituídos o
ambos financiados
O quadro seguinte sintetiza os critérios de
cada um dos benefícios.
Quadro 5 – Condições para a titularidade de benefícios sociais monetários
Benefício Social
Pensão de Velhice
Pensão de Sobrevivência
Pensão Social de Velhice
Pensão Social de Viuvez
Complemento Extraordinário de
Solidariedade (CES)
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Condições para a titularidade de benefícios sociais monetários
Condições para a titularidade
- Destina-se a trabalhadores por conta de outrem, trabalhadores independentes, membros de órgãos estatutários, trabalhadores do serviço doméstico, beneficiários do seguro social voluntário. - Os beneficiários têm de ter completado 65 anos (idade legal para reforma para ambos os sexos). A reforma antecipada é possível em algumas condições, embora suspensas desde 2012 com a vigência do programa de ajustamento económico e financeiro, com exregimes especiais de antecipação da idade de acesso que se mantêmReforma aos 65 anos não é obrigatória. - Cumprimento do prazo de garantia exigido: Mínimo de 15 anos de contribuições efetivas, com uma contribuição mínimcom registo de remunerações por ano. Ou 144 meses com registo de remunerações para beneficiários abrangidos pelo seguro social volunt- Pensão completa aos 40 anos de contribuições efetivas.
- Cônjuge ou parceiro em união de fato sobrevivo, com idade anos ou ex-cônjuge sobrevivo, se com direito a pensão de alimentos. - Descendentes até aos 18 anos (25 ou 27 no caso de educação universitária). - Ascendentes dependentes do falecido, desde que não exista cônjuge ou outros dependentes. - Contribuições efetivas no mínimo por 36 meses. - Seguro social obrigatório para a população ativa (empregados e trabalhadores por conta própria).
- O beneficiário tem de ter completado 65 anos de idade. - Não ser titular de nenhuma pensão do regime contributivo. - Sendo pensionistas de invalidez, velhice ou sobrevivência tenham direito a pensão de montante inferior ao da Pensão Social - Apresentar rendimentos mensais ilíquidos iguais ou inferiores a 40% do valor do Indexante dos Apoios Sociais – IAS, ou a 60% casal.
- O beneficiário tem de ter completado 65 anos de idade. - Não ser titular de nenhuma pensão do regime contributivoa condição de recursos da pensão social – rendimentos mensais ilíquidos não superiores a 40% do valor do indexante dos apoios sociais (IAS).
xtraordinário de - Ser titular de Pensão Social de Velhice.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
52
Condições para a titularidade de benefícios sociais monetários
se a trabalhadores por conta de outrem, trabalhadores independentes, membros de órgãos estatutários, trabalhadores do serviço
de ter completado 65 anos (idade legal para eforma antecipada é possível em
, embora suspensas desde 2012 com a vigência do programa de ajustamento económico e financeiro, com exceção dos
de antecipação da idade de acesso que se mantêm.
Mínimo de 15 anos de , com uma contribuição mínima anual de 120 dias
Ou 144 meses com registo de ra beneficiários abrangidos pelo seguro social voluntário.
nos de contribuições efetivas.
to sobrevivo, com idade superior a 35 se com direito a pensão de alimentos.
Descendentes até aos 18 anos (25 ou 27 no caso de educação
Ascendentes dependentes do falecido, desde que não exista cônjuge ou
Seguro social obrigatório para a população ativa (empregados e
65 anos de idade. Não ser titular de nenhuma pensão do regime contributivo. Sendo pensionistas de invalidez, velhice ou sobrevivência tenham direito
endimentos mensais ilíquidos iguais ou inferiores a 40% do IAS, ou a 60% caso se trate de um
65 anos de idade. pensão do regime contributivo, e preencher
rendimentos mensais ilíquidos iores a 40% do valor do indexante dos apoios sociais (IAS).
Quadro 5 – Condições para a titularidade de benefícios sociais monetários
Benefício Social
Complemento Solidário para Idosos
(CSI)
Complemento Solidário para Idosos - Benefícios Adicionais de Saúde
Complemento por Dependência
No que toca às respostas sociais não monetárias,
instituições privadas não lucrativas
serviços de cuidados a idosos
beneficiários, tendo por base
instituições, e que passam
enquadramento familiar do idoso,
isolamento social e com fracas redes sociais de suporte
maior vulnerabilidade económica.
O processo de financiamento das resposta
da Segurança Social às IPSS, definida nos Protocolos de Cooperação
entre o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e
IPSS. Nessas negociações,
Segurança Social às entidades privadas não lucrativas
cuidados, sendo definido um valor
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Condições para a titularidade de benefícios sociais monetários
Condições para a titularidade
Idosos - Ser beneficiário de Pensão de Velhice, de Sobrevivência ou equiparada. - Não ter tido acesso à Pensão Social por ter rendimentos acima do valor limite de € 167,69, se for uma pessoa ou de € 251,53, se for um casal (valores para 2012). - Ter rendimentos inferiores ao limite máximo do CSI (pessoa que requere o CSI; se for casado ou a viver em união de fato há mais de 2 anos os recursos do casal têm de ser inferiores a
Complemento Solidário para Idosos - Ser beneficiário do CSI. - Pedir o reembolso da despesa no Centro de Saúde onde está inscrito no prazo de 180 dias (6 meses) a contar da data que consta- O médico de família, com base em critérios clínicos, encaminha o beneficiário do CSI para as consultas de prestação de cuidados de saúde oral e a emissão de cheques-dentista.
- Sem limite de idade. - Beneficiários de qualquer dos regimes de segurança socialde dependência que, não podendo praticar com autonomia os atos indispensáveis à satisfação das necessidades básicas da vida quotidianaprecisam da assistência de outrem. - Grau de dependência avaliado por juntas médicas que operam no quadro da Segurança Social. O grau de dependência é avaliado utilizando metodologias internacionalmente reconhecidas: VARTHEL, KATZ, CIF e RUG. É certificado pelo Sistema de Verificação de Incapacidades (SVI
- Condição específica para atribuição do Complemento por Dependência de 1º grau: o valor da pensão não pode ser superior a 600
No que toca às respostas sociais não monetárias, e tal como referido anteriormente,
privadas não lucrativas o papel central no campo da organização
cuidados a idosos. Essas instituições possuem autonomia na seleção dos idosos
tendo por base critérios de prioridade previamente definidos pelas próprias
e que passam, sobretudo, pela proximidade da área de residência
mento familiar do idoso, privilegiando os que se encontram numa situação de maior
isolamento social e com fracas redes sociais de suporte, assim como os que apresentam uma
económica.
O processo de financiamento das respostas sociais não monetárias passa pela
da Segurança Social às IPSS, definida nos Protocolos de Cooperação celebrados anualmente
entre o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e as associações representantes das
são fixados os montantes de comparticipação financeira
Segurança Social às entidades privadas não lucrativas, relativamente ao custo da prestação de
definido um valor base de comparticipação por utente/mês.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
53
Condições para a titularidade de benefícios sociais monetários (continuação)
obrevivência ou equiparada. ocial por ter rendimentos acima do valor
€ 167,69, se for uma pessoa ou de € 251,53, se for um casal
SI (€5.022/ano para a pessoa que requere o CSI; se for casado ou a viver em união de fato há mais de 2 anos os recursos do casal têm de ser inferiores a €8.788/ano)
Pedir o reembolso da despesa no Centro de Saúde onde está inscrito no consta nos recibos.
O médico de família, com base em critérios clínicos, encaminha o ara as consultas de prestação de cuidados de saúde
de qualquer dos regimes de segurança social, em situação não podendo praticar com autonomia os atos
indispensáveis à satisfação das necessidades básicas da vida quotidiana,
Grau de dependência avaliado por juntas médicas que operam no quadro dependência é avaliado utilizando
metodologias internacionalmente reconhecidas: VARTHEL, KATZ, CIF e certificado pelo Sistema de Verificação de Incapacidades (SVI).
Condição específica para atribuição do Complemento por Dependência não pode ser superior a 600€.
al como referido anteriormente, cabe às
papel central no campo da organização e provisão de
seleção dos idosos
previamente definidos pelas próprias
ea de residência,
privilegiando os que se encontram numa situação de maior
assim como os que apresentam uma
passa pela comparticipação
celebrados anualmente
s associações representantes das
são fixados os montantes de comparticipação financeira da
, relativamente ao custo da prestação de
de comparticipação por utente/mês.
Simultaneamente, a prestação
copagamento. O copagamento
serviços de prestação de cuidados, cujos montantes
de acordo com o rendimento do idoso ou seu agregado familiar. A comparticipação do utente
aumenta significativamente para casos de prestação de outros serviços
definidos como básicos, ou cuja prestação se reporte a um período fora dos dias úteis
semanais.
O quadro seguinte sintetiza as fontes de financiamento
assim como os critérios de acesso aos mesmos.
Quadro 6 – Mecanismos de financi
Benefícios sociais não monetários
Serviço de Apoio Domiciliário
Centro de convívio
Centro de Dia
Centro de Noite
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Simultaneamente, a prestação de cuidados é financiada pelo utente, através do
O copagamento consiste na comparticipação dos utentes no pagamento dos
serviços de prestação de cuidados, cujos montantes, pagos diretamente às IPSS
ndimento do idoso ou seu agregado familiar. A comparticipação do utente
aumenta significativamente para casos de prestação de outros serviços
ou cuja prestação se reporte a um período fora dos dias úteis
as fontes de financiamento dos benefícios sociais não monetários
assim como os critérios de acesso aos mesmos.
de financiamento e critérios de acesso a benefícios sociais não
monetários
Financiamento Critérios de acesso
Orçamento Geral do Estado Cofinanciado pelo próprio beneficiário, com valores calculados de acordo com os seus rendimentos ou do agregado familiar.
O processo de beneficiários instituições prestadoras de cuidadosde acordo com um conjunto de critérios previamente definidos.
Orçamento Geral do Estado. Cofinanciado pelo próprio beneficiário, com valores calculados de acordo com os seus rendimentos ou do agregado familiar.
O processo de seleção dos beneficiários instituições prestadoras de cuidadosde acordo com um conjunto de critérios previamente definidos.
Orçamento Geral do Estado. Cofinanciado pelo próprio beneficiário, com valores calculados de acordo com os seus rendimentos ou do agregado familiar.
O processo de seleção dos beneficiários instituições prestadoras de cuidadosde acordo com um conjunto de critérios previamente definidos.
Orçamento Geral do Estado. Cofinanciado pelo próprio beneficiário, com valores calculados de acordo com os seus rendimentos ou do agregado familiar.
O processo de seleção beneficiários instituições prestadoras de cuidadosde acordo com um conjunto de critérios previamente definidos.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
54
utente, através do sistema de
comparticipação dos utentes no pagamento dos
às IPSS, são calculados
ndimento do idoso ou seu agregado familiar. A comparticipação do utente
aumenta significativamente para casos de prestação de outros serviços, para além dos
ou cuja prestação se reporte a um período fora dos dias úteis
benefícios sociais não monetários
benefícios sociais não
Critérios de acesso aos benefícios
O processo de seleção dos beneficiários é realizado pelas instituições prestadoras de cuidados, de acordo com um conjunto de critérios previamente definidos.
O processo de seleção dos beneficiários é realizado pelas instituições prestadoras de cuidados, de acordo com um conjunto de critérios previamente definidos.
O processo de seleção dos beneficiários é realizado pelas instituições prestadoras de cuidados, de acordo com um conjunto de critérios previamente definidos.
O processo de seleção dos beneficiários é realizado pelas instituições prestadoras de cuidados, de acordo com um conjunto de critérios previamente definidos.
Quadro 6 – Mecanismos de financi
Benefícios sociais não monetários
Acolhimento Familiar para
Pessoas Idosas
Residência Assistida
No caso das respostas que integram os
diversidade de fontes de financiamento.
financiamento é assegurado
Misericórdia de Lisboa, através de
da Segurança Social que, por sua vez, assegura
candidatas aos programas. A utilização das respostas sociais geradas pelos programas PAII e
PARES exige um copagamento por parte dos beneficiários
calculados de acordo com o rendimento do idoso ou seu agregado familiar.
RNCCI apresenta um modelo de financiamento mais complexo
diversificação de fontes de financiamento de acordo com o tipo de cuidados prestados. Assim,
uma das vias de financiamento
Estado, cuja execução financeira está a cargo
cuidados se reportarem à vertente da saúde, quer do
Social, nos cuidados de apoio
prestados nas unidades de internamento e ambulatório da rede,
são periodicamente revistos. Atualmente
Portaria n.º 220/2011, de 1 de Junho.
Duração e Reabilitação e Longa Duração e Manutenção e das Unidades de Dia e de Promoção
3 As Unidades de Convalescença e de Paliativos, as Equipas de Gestão de Altas
Suporte em Cuidados Paliativos e as Equipas Domiciliárias de Suporte em Cuidados Paliativos são integralmente da responsabilidade do Ministério da Saúde. Por sua vez, As Unidades de Média Duração e Reabilitação e de Longa DuraçãoCuidados Continuados Integrados são da responsabilidade dos dois setores Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, em função da natureza dos cuidados prestados.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
de financiamento e critérios de acesso a benefícios sociais não
monetários (continuação)
Financiamento Critérios de acesso
Orçamento Geral do Estado
- A título excecional, poderão existir relações de parentesco entre a família de acolhimento e o partir do 3º grau da linha colateral.- Inexistência ou insuficrespostas sociais que permitam a manutenção do idoso no seu domicílio.
Financiado pelo próprio beneficiário
que integram os planos e programas de apoio, apresentam uma
diversidade de fontes de financiamento. Assim, para os programas PAII, PARES e PCHI, o
assegurado por receitas de jogos sociais explorados pela Santa Casa de
através de verbas que são entregues ao Instituto de Gestão Financeira
Segurança Social que, por sua vez, assegura a distribuição dessas verbas
A utilização das respostas sociais geradas pelos programas PAII e
um copagamento por parte dos beneficiários utilizadores, cujos montantes são
calculados de acordo com o rendimento do idoso ou seu agregado familiar.
senta um modelo de financiamento mais complexo, assente no princípio da
diversificação de fontes de financiamento de acordo com o tipo de cuidados prestados. Assim,
uma das vias de financiamento das unidades e equipas da rede é o Orçamento Geral do
cuja execução financeira está a cargo quer do Ministério da Saúde, no caso da provisão
cuidados se reportarem à vertente da saúde, quer do Ministério do Trabalho e Solidariedade
nos cuidados de apoio social3. Os preços dos cuidados de saúde e de a
nas unidades de internamento e ambulatório da rede, por utente
são periodicamente revistos. Atualmente estão em vigor os valores aprovados pela Portaria de
Portaria n.º 220/2011, de 1 de Junho. Os utilizadores das Unidades de Internamento de Média
Duração e Reabilitação e Longa Duração e Manutenção e das Unidades de Dia e de Promoção
Unidades de Convalescença e de Paliativos, as Equipas de Gestão de Altas e as Intra
Suporte em Cuidados Paliativos e as Equipas Domiciliárias de Suporte em Cuidados Paliativos são integralmente da responsabilidade do Ministério da Saúde. Por sua vez, As Unidades de Média Duração e Reabilitação e de Longa Duração e Manutenção, as Unidades de Dia e as Equipas Prestadoras de Cuidados Continuados Integrados são da responsabilidade dos dois setores - Ministério da Saúde e Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, em função da natureza dos cuidados prestados.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
55
benefícios sociais não
Critérios de acesso aos benefícios
A título excecional, poderão existir relações de parentesco entre a família de acolhimento e o idoso, a partir do 3º grau da linha colateral.
Inexistência ou insuficiência de respostas sociais que permitam a manutenção do idoso no seu
-
programas de apoio, apresentam uma
PAII, PARES e PCHI, o
por receitas de jogos sociais explorados pela Santa Casa de
entregues ao Instituto de Gestão Financeira
dessas verbas pelas entidades
A utilização das respostas sociais geradas pelos programas PAII e
cujos montantes são
calculados de acordo com o rendimento do idoso ou seu agregado familiar. Por seu turno, a
assente no princípio da
diversificação de fontes de financiamento de acordo com o tipo de cuidados prestados. Assim,
rçamento Geral do
, no caso da provisão
Ministério do Trabalho e Solidariedade
Os preços dos cuidados de saúde e de apoio social
por utente, estão fixados e
em vigor os valores aprovados pela Portaria de
dades de Internamento de Média
Duração e Reabilitação e Longa Duração e Manutenção e das Unidades de Dia e de Promoção
e as Intra-hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos e as Equipas Domiciliárias de Suporte em Cuidados Paliativos são integralmente da responsabilidade do Ministério da Saúde. Por sua vez, As Unidades de Média Duração
e Manutenção, as Unidades de Dia e as Equipas Prestadoras de Ministério da Saúde e
Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, em função da natureza dos cuidados prestados.
da Autonomia e Equipas de Cuidados Continuados da Rede
copagamento dos cuidados recebidos, cujos montantes são c
do idoso ou do seu agregado familiar.
O acesso às respostas de proteção social no âmbito do programa PAII
dependente de um processo de seleção realizado pelas instituições prestadoras de cuidados
de acordo com um conjunto de critérios previamente definidos. No âmbito do programa PCHI
o acesso aos benefícios é muito restrito
a alguns poucos concelhos, quer em relação ao próprio parque habitacional, na m
que se aplica apenas nas situações em que o idoso é proprietário do imóvel a intervencionar.
Para aceder a uma unidade da RNCCI o indiví
seguintes situações: dependência funcional transitória por
funcional prolongada decorrente de fase avançada ou terminal de doença. O ingresso na rede
de cuidados é decidida pela Equipa de Gestão de Altas, no caso do idoso se encontrar
hospitalizado, ou caso esteja em casa
assistentes sociais e enfermeiros
O quadro seguinte resume as fontes de financiamento dos programas e benefícios sociais não
monetários assim como os critérios de a
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
da Autonomia e Equipas de Cuidados Continuados da Rede comparticipam mediante o
copagamento dos cuidados recebidos, cujos montantes são calculados a partir do rendimento
eu agregado familiar.
acesso às respostas de proteção social no âmbito do programa PAII
dependente de um processo de seleção realizado pelas instituições prestadoras de cuidados
com um conjunto de critérios previamente definidos. No âmbito do programa PCHI
o acesso aos benefícios é muito restrito, quer ao nível de abrangência geográfica, limitando
a alguns poucos concelhos, quer em relação ao próprio parque habitacional, na m
que se aplica apenas nas situações em que o idoso é proprietário do imóvel a intervencionar.
a uma unidade da RNCCI o indivíduo tem de apresentar pelo menos uma das
seguintes situações: dependência funcional transitória por convalescença,
funcional prolongada decorrente de fase avançada ou terminal de doença. O ingresso na rede
de cuidados é decidida pela Equipa de Gestão de Altas, no caso do idoso se encontrar
hospitalizado, ou caso esteja em casa, por profissionais de cuidados primários, como
enfermeiros do Centro de Saúde onde o idoso está inscrito
O quadro seguinte resume as fontes de financiamento dos programas e benefícios sociais não
monetários assim como os critérios de acesso aos mesmos.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
56
comparticipam mediante o
alculados a partir do rendimento
acesso às respostas de proteção social no âmbito do programa PAII e do PARES está
dependente de um processo de seleção realizado pelas instituições prestadoras de cuidados,
com um conjunto de critérios previamente definidos. No âmbito do programa PCHI,
quer ao nível de abrangência geográfica, limitando-se
a alguns poucos concelhos, quer em relação ao próprio parque habitacional, na medida em
que se aplica apenas nas situações em que o idoso é proprietário do imóvel a intervencionar.
duo tem de apresentar pelo menos uma das
, ou dependência
funcional prolongada decorrente de fase avançada ou terminal de doença. O ingresso na rede
de cuidados é decidida pela Equipa de Gestão de Altas, no caso do idoso se encontrar
ionais de cuidados primários, como médicos,
do Centro de Saúde onde o idoso está inscrito.
O quadro seguinte resume as fontes de financiamento dos programas e benefícios sociais não
Quadro 7 – Mecanismos de financi
Programas
Programa de Apoio Integrado a
Idosos (PAII)
(Suspenso desde 2006)
Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais
(PARES)
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Mecanismos de financiamento e critérios de acesso a programas
Financiamento Critérios de acesso
Exclusivamente financiado com verbas provenientes dos resultados líquidos da exploração dos jogos sociais, atribuídos ao Ministério da Solidariedade e da Solidariedade Social e transferidos para o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social. Financiado, nos termos do disposto na alínea g) do número 5 do artigo 3º do Decreto-Lei n.º 56/2006, de 15 de março, por resultados líquidos dos jogos sociais explorados pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em que é definido que 1,7% dos resultados líquidos dos jogos sociais são para projetos e ações de auxílio à população idosa carenciada.
O processo de seleção dos beneficiários instituições prestadoras de cuidadosde acordo com um conjunto de critérios previamente definidos.
Exclusivamente financiado com verbas provenientes dos resultados líquidos da exploração dos jogos sociais, atribuídos ao Ministério da Solidariedade e da Solidariedade Social e transferidos para o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, enquadrado na alínea a) do n.º 5 do artigo 3º do Decreto-Lei n.º 56/2006, de 15 de março, que define que 13% das verbas globais dos jogos sociais destinam-se, entre outros, ao desenvolvimento de programas, medidas, projetos, ações, equipamentos e serviços que visem elevar o nível de vida das pessoas idosas, melhorar as condições de vida e de acompanhamento das pessoas com deficiência e promover o apoio a crianças e jovens, à família e à comunidade em geral, nomeadamente através do desenvolvimento de modelos de financiamento que visem o alargamento ou a melhoria da qualidade da rede de equipamentos e serviços.
- As entidades que se podem candidatar ao programa são IPSS ou entidades equiparadas. - São priorizadas as candidaturas que garantam aumento de capacidade em territórios com baixa taxa de cobertura, com forte discriminação positiva dos projetos que apresentem um maior montante de financiamento próprio.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
57
programas
Critérios de acesso aos programas
O processo de seleção dos beneficiários é realizado pelas nstituições prestadoras de cuidados,
de acordo com um conjunto de critérios previamente definidos.
As entidades que se podem candidatar ao programa são IPSS ou entidades equiparadas.
São priorizadas as candidaturas que garantam aumento de capacidade em territórios com baixa taxa de cobertura, com forte discriminação
dos projetos que apresentem um maior montante de financiamento próprio.
Quadro 7 – Mecanismos de financi
Programas
Programa Conforto Habitacional
Para Pessoas Idosas (PCHI)
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Mecanismos de financiamento e critérios de acesso a programas (continuação)
Financiamento Critérios de acesso
Exclusivamente financiado com verbas provenientes dos resultados líquidos da exploração dos jogos sociais, atribuídos ao Ministério da Solidariedade e da Solidariedade Social e transferidos para o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social.
- O financiamento é atribuído a cada município, de acordo com o número de melhorias habitacionais a realizar, tendo como limite mínimo a intervenção cinco habitações por município. O programa tem abrangência territorial definida. - A sinalização de pessoas com necessidades de qualificação habitacional pode ser efetuada através do: Município; Junta de Freguesia; Centro Distrital do ISS, I.P.; IPSS ou equiparadas com utentes de Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário. - O beneficiário tem de tmais anos cujo rendimento mensal per capita seja igual ou inferior ao valor do indexante dos apoios sociais, desde que reúnam, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) Vivam em habitação própria ou residam numa habitação há pelo menos 15 anos de forma permanente e que a mesma se encontre inscrita na matriz predial em seu nome, ou, que habitem por igual período de tempo, a título não oneroso, um prédio não descrito no registo predial em nome de terceiro, que careça de qualificação em função da situação e necessidade em que se encontram;b) Estejam a usufruir de serviços de apoio domiciliário, frequentem a resposta Centro de Dia, ou cuja prestação destes serviços esteja dependente da qualificação habitacional; c) Residam sozinhas ou em coabitação com outras(s) pessoa(s) idosa(s), familiar(es) com dmenores, ou maiores desde que estudantes e sem rendimentos do trabalho ou prestações substitutivas destes. d) A título excecionalfundamentado, programa pessoas que não estejam a usufruir de apoio domiciliário, mediante despacho favorável do diretor do centro distrital de segurança social da área de residência.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
58
programas (continuação)
Critérios de acesso aos programas
inanciamento é atribuído a cada município, de acordo com o número de melhorias habitacionais a realizar, tendo como limite mínimo a
cinco habitações por O programa tem
abrangência territorial definida.
A sinalização de pessoas com necessidades de qualificação habitacional pode ser efetuada através do: Município; Junta de Freguesia; Centro Distrital do ISS, I.P.; IPSS ou equiparadas com utentes de Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário.
ciário tem de ter 65 ou mais anos cujo rendimento mensal
seja igual ou inferior ao valor do indexante dos apoios sociais, desde que reúnam, cumulativamente, os seguintes
Vivam em habitação própria ou residam numa habitação há pelo menos 15 anos de forma permanente e que a mesma se encontre inscrita na matriz predial em seu nome, ou, que habitem por igual período de tempo, a título não oneroso, um prédio não descrito no
gisto predial em nome de terceiro, que careça de qualificação em função da situação e necessidade em que se encontram;
a usufruir de serviços de apoio domiciliário, frequentem a resposta Centro de Dia, ou cuja prestação destes serviços esteja dependente da qualificação
Residam sozinhas ou em coabitação com outras(s) pessoa(s) idosa(s), familiar(es) com deficiência, menores, ou maiores desde que estudantes e sem rendimentos do trabalho ou prestações substitutivas
título excecional e , podem beneficiar do
pessoas que não estejam a usufruir de apoio domiciliário,
espacho favorável do diretor do centro distrital de segurança social da área de
Quadro 7 – Mecanismos de financi
Programas
Rede Nacional de Cuidados
Continuados Integrados (RNCCI)
Como referido anteriormente
conjunto de respostas de cuidados, com particular destaque para os serviços de apoio
domiciliário, lares e residências assistidas, mas que são financiados
e/ou seus familiares. Consequentemente, os elevados custos associados a e
privados implica que estes não constituam
prestação de cuidados, tendo em conta o baixo perfil económico dos idosos portugueses.
setor privado de cuidados é, porém,
permite avançar com uma sua
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Mecanismos de financiamento e critérios de acesso a programas (continuação)
Financiamento Critérios de acesso
Orçamento Geral do Estado: - Os cuidados de saúde são financiados pelo Ministério da Saúde. - Os cuidados sociais são financiados pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Cofinanciado pelo próprio beneficiário, com valores calculados de acordo com os seus rendimentos ou do agregado familiar para a componente de apoio social.
Para aceder a esta Rede é necessário apresentar uma proposta pelas seguintes vias: - se o candidato estiver internado numa unidade hospitalar no hospital tem de ser a Equipa de Gestão de Altas a fazer a referenciação para a RNCCI. A proposta é apresentada Equipa Coordenadora Local (ECL); - se estiver em casa são os profissionais do Centro de Saúde que apresentam a propEquipa Coordenadora Local.
Como referido anteriormente, existem instituições privadas lucrativas que disponibilizam um
conjunto de respostas de cuidados, com particular destaque para os serviços de apoio
domiciliário, lares e residências assistidas, mas que são financiados na sua maioria
familiares. Consequentemente, os elevados custos associados a e
privados implica que estes não constituam, frequentemente, uma alternativa
tendo em conta o baixo perfil económico dos idosos portugueses.
, porém, complexo e a escassez de estudos sobre
sua caracterização mais detalhada.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
59
programas (continuação)
Critérios de acesso aos programas
Para aceder a esta Rede é necessário apresentar uma proposta pelas
se o candidato estiver internado numa unidade hospitalar no hospital tem de ser a Equipa de Gestão de Altas a fazer a referenciação para a
NCCI. A proposta é apresentada Equipa Coordenadora Local (ECL);
se estiver em casa são os profissionais do Centro de Saúde que apresentam a proposta de ingresso à Equipa Coordenadora Local.
existem instituições privadas lucrativas que disponibilizam um
conjunto de respostas de cuidados, com particular destaque para os serviços de apoio
na sua maioria pelos idosos
familiares. Consequentemente, os elevados custos associados a estes serviços
uma alternativa concreta de
tendo em conta o baixo perfil económico dos idosos portugueses. O
estudos sobre o mesmo não
5. Conclusões e implicações para o Módulo 65+
A estrutura do módulo de questões que será desenvolvido está já
medida em que a sua produção envolve um processo de tradução e adaptação de um
instrumento já existente. Apesar disso, e articulando com essa estrutura
algumas dimensões importantes a acautelar que decorrem do enquadr
institucional e estatístico que foi apresentado nas secções deste relatório.
sistematizam-se as grandes áreas que se consideram em défice no domínio da produção de
conhecimento sobre cuidados sociais a idosos em Portugal e a forma co
procurará dar-lhes resposta.
Necessidades de apoio social e avaliação da satisfação de necessidades
Uma das primeiras limitações
ausência de dados detalhados sobre as necessidades
experienciam e sobre a intensidade/gravidade dessas necessidades. Formulações que
decorrem da avaliação subjetiva do estado de saúde geral e da existência de limitações nas
atividades diárias, de forma geral também, podem
a dimensão da população idosa que vive com algum tipo de necessidade de apoio social
(embora para uma estimação que se apresenta sempre em potencial).
Uma segunda limitação decorre da ausência de sequenciação entr
de necessidades e indicadores de utilização de serviços de apoio social (formais e informais). O
mapeamento detalhado das necessidades de apoio social não permite desenvolver bases
seguras para o domínio da decisão política se nã
igualmente detalhado dos níveis de satisfação e das modalidades desenvolvidas para
satisfação dessas necessidades. Ou seja, um dos objetivos principais no desenvolvimento de
instrumentos de monitorização estatística n
com poder discriminante elevado para identificação de necessidades não satisfeitas e de
indivíduos e grupos em situação de vulnerabilidade.
Módulo 65+ incluirá questões detalhadas sobre necessidades em ADL’s
operacionalizando-as segundo uma tripla perspetiva:
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Conclusões e implicações para o Módulo 65+
A estrutura do módulo de questões que será desenvolvido está já previamente definida, na
medida em que a sua produção envolve um processo de tradução e adaptação de um
Apesar disso, e articulando com essa estrutura
algumas dimensões importantes a acautelar que decorrem do enquadr
institucional e estatístico que foi apresentado nas secções deste relatório.
se as grandes áreas que se consideram em défice no domínio da produção de
conhecimento sobre cuidados sociais a idosos em Portugal e a forma como o Módulo 65+
Necessidades de apoio social e avaliação da satisfação de necessidades
Uma das primeiras limitações detetadas na informação estatística disponível decorre da
ausência de dados detalhados sobre as necessidades de apoio social que os indivíduos
experienciam e sobre a intensidade/gravidade dessas necessidades. Formulações que
decorrem da avaliação subjetiva do estado de saúde geral e da existência de limitações nas
atividades diárias, de forma geral também, podem apenas funcionar como proxies
da população idosa que vive com algum tipo de necessidade de apoio social
(embora para uma estimação que se apresenta sempre em potencial).
Uma segunda limitação decorre da ausência de sequenciação entre indicadores de avaliação
de necessidades e indicadores de utilização de serviços de apoio social (formais e informais). O
mapeamento detalhado das necessidades de apoio social não permite desenvolver bases
seguras para o domínio da decisão política se não se fizer acompanhar de um mapeamento
igualmente detalhado dos níveis de satisfação e das modalidades desenvolvidas para
satisfação dessas necessidades. Ou seja, um dos objetivos principais no desenvolvimento de
instrumentos de monitorização estatística nestes domínios deve ser o apuramento de medidas
com poder discriminante elevado para identificação de necessidades não satisfeitas e de
indivíduos e grupos em situação de vulnerabilidade.
incluirá questões detalhadas sobre necessidades em ADL’s
as segundo uma tripla perspetiva: identificação de limitações nas atividades
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
60
previamente definida, na
medida em que a sua produção envolve um processo de tradução e adaptação de um
Apesar disso, e articulando com essa estrutura-base, existem
algumas dimensões importantes a acautelar que decorrem do enquadramento teórico,
institucional e estatístico que foi apresentado nas secções deste relatório. Abaixo
se as grandes áreas que se consideram em défice no domínio da produção de
mo o Módulo 65+
Necessidades de apoio social e avaliação da satisfação de necessidades
na informação estatística disponível decorre da
de apoio social que os indivíduos
experienciam e sobre a intensidade/gravidade dessas necessidades. Formulações que
decorrem da avaliação subjetiva do estado de saúde geral e da existência de limitações nas
proxies para avaliar
da população idosa que vive com algum tipo de necessidade de apoio social
e indicadores de avaliação
de necessidades e indicadores de utilização de serviços de apoio social (formais e informais). O
mapeamento detalhado das necessidades de apoio social não permite desenvolver bases
o se fizer acompanhar de um mapeamento
igualmente detalhado dos níveis de satisfação e das modalidades desenvolvidas para
satisfação dessas necessidades. Ou seja, um dos objetivos principais no desenvolvimento de
estes domínios deve ser o apuramento de medidas
com poder discriminante elevado para identificação de necessidades não satisfeitas e de
incluirá questões detalhadas sobre necessidades em ADL’s e IADL’s,
identificação de limitações nas atividades
da vida diária, por intensidade; identificação de necessidades de apoio; identificação dos
apoios recebidos, por tipo de apoio e por tipo de cuidador (
Multidimensionalidade dos cuidados sociais em sistemas familistas
Toda a literatura consultada, frequentemente sustentada em evidência empírica
sua abrangência, aponta para a complexidade, diversidade e multidimensionalida
arranjos familiares no domínio do desenvolvimento de soluções para a prestação de cuidados
sociais aos idosos, continuando a afirmar
esquema geral de provisão de bem
Por outro lado, e largas vezes também, se encontram referências, na literatura, a modalidades
diversas de erosão das dinâmicas familiares no domínio do apoio aos idosos, que colocarão em
causa alguns dos mecanismos tradicionais de resposta a necessidades de apoio soc
emergentes com a idade avançada.
Ora, nem um nem outro postulado se sustentam em evidência empírica de base alargada e,
nomeadamente, em informação de tipo longitudinal que permita, com segurança, testar um e
outro. O Módulo 65+ deverá
complexa e multidimensional de indicadores que permitam mapear, detalhadamente, as redes
e os recursos, humanos e materiais, monetários e não monetários, com potencial de
mobilização e com mobilização concretiza
de apoio social aos idosos.
Os apoios formais e seus utilizadores
Os diferentes mecanismos de apoio social em serviços, em Portugal, partem frequentemente
da associação da necessidade de apoio a situações
determina, largamente, a própria orientação quer de decisores políticos, quer de técnicos no
terreno. Tal postulado, porém,
Na realidade, é urgente perceber os próprios proc
sociais) na sua relação com a rede de apoios formais. Só assim se poderão estabelecer algumas
bases mais ou menos sustentadas para desenvolver modelos de estimação de tendências no
campo da procura de serviços.
de análise.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
da vida diária, por intensidade; identificação de necessidades de apoio; identificação dos
apoios recebidos, por tipo de apoio e por tipo de cuidador (formal e informal).
Multidimensionalidade dos cuidados sociais em sistemas familistas
Toda a literatura consultada, frequentemente sustentada em evidência empírica
, aponta para a complexidade, diversidade e multidimensionalida
arranjos familiares no domínio do desenvolvimento de soluções para a prestação de cuidados
sociais aos idosos, continuando a afirmar-se que são as famílias os atores principais no
esquema geral de provisão de bem-estar à população idosa.
ado, e largas vezes também, se encontram referências, na literatura, a modalidades
diversas de erosão das dinâmicas familiares no domínio do apoio aos idosos, que colocarão em
causa alguns dos mecanismos tradicionais de resposta a necessidades de apoio soc
emergentes com a idade avançada.
nem um nem outro postulado se sustentam em evidência empírica de base alargada e,
nomeadamente, em informação de tipo longitudinal que permita, com segurança, testar um e
deverá ser capaz de produzir esses dados, através de uma bateria
complexa e multidimensional de indicadores que permitam mapear, detalhadamente, as redes
e os recursos, humanos e materiais, monetários e não monetários, com potencial de
mobilização e com mobilização concretizada no desenvolvimento de mecanismos de prestação
Os apoios formais e seus utilizadores
Os diferentes mecanismos de apoio social em serviços, em Portugal, partem frequentemente
da associação da necessidade de apoio a situações de vulnerabilidade socioeconómica, o que
determina, largamente, a própria orientação quer de decisores políticos, quer de técnicos no
. Tal postulado, porém, sustenta-se em frágil evidência empírica.
Na realidade, é urgente perceber os próprios processos de decisão dos indivíduos (e suas redes
sociais) na sua relação com a rede de apoios formais. Só assim se poderão estabelecer algumas
bases mais ou menos sustentadas para desenvolver modelos de estimação de tendências no
campo da procura de serviços. Módulo 65+ procurará produzir dados que sustentem esse tipo
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
61
da vida diária, por intensidade; identificação de necessidades de apoio; identificação dos
formal e informal).
Toda a literatura consultada, frequentemente sustentada em evidência empírica limitada na
, aponta para a complexidade, diversidade e multidimensionalidade dos
arranjos familiares no domínio do desenvolvimento de soluções para a prestação de cuidados
se que são as famílias os atores principais no
ado, e largas vezes também, se encontram referências, na literatura, a modalidades
diversas de erosão das dinâmicas familiares no domínio do apoio aos idosos, que colocarão em
causa alguns dos mecanismos tradicionais de resposta a necessidades de apoio social
nem um nem outro postulado se sustentam em evidência empírica de base alargada e,
nomeadamente, em informação de tipo longitudinal que permita, com segurança, testar um e
produzir esses dados, através de uma bateria
complexa e multidimensional de indicadores que permitam mapear, detalhadamente, as redes
e os recursos, humanos e materiais, monetários e não monetários, com potencial de
da no desenvolvimento de mecanismos de prestação
Os diferentes mecanismos de apoio social em serviços, em Portugal, partem frequentemente
de vulnerabilidade socioeconómica, o que
determina, largamente, a própria orientação quer de decisores políticos, quer de técnicos no
essos de decisão dos indivíduos (e suas redes
sociais) na sua relação com a rede de apoios formais. Só assim se poderão estabelecer algumas
bases mais ou menos sustentadas para desenvolver modelos de estimação de tendências no
sustentem esse tipo
Financiamentos
Num contexto de limitações claras à capacidade de expansão dos mecanismos de
financiamento público de cuidados, é necessário produzir informação detalhada sobre as
estratégias que indivíduos, e suas famílias, desenvolvem para financiar cuidados sociais a
idosos. Os instrumentos de monitorização estatística disponíveis não permitem detalhar os
processos de alocação de recursos especificamente para obtenção de cuidados
Adicionalmente, permanece sobre a questão dos mecanismos de financiamento de cuidados
uma névoa relativamente densa em relação ao que se passa dentro da família (ou do agregado
familiar). Como é que as famílias se organizam para suprir,
de apoio dos seus idosos é um domínio de grande centralidade para o processo de tomada de
decisão política e que se procurará detalhar finamente com o
Cuidadores informais
Se é verdade que a dimensão informal
central no sistema português, quer por quem se dedica ao estudo destas matérias, quer por
quem toma decisões sobre os mecanismos de disponibilização de apoios formais, também é
verdade que permanecem des
cuidadores informais.
Logo em primeiro lugar, há dificuldade em estimar contingentes de cuidadores informais. Os
indicadores disponíveis tendem a partir de uma formulação geral do envolvimento na
prestação de cuidados, o que previsivelmente distorce a própria medição do fenómeno. Ora, é
importante conhecer, com rigor, a capacidade instalada de cuidado informal (quantos
cuidadores, de quem cuidam, e com que intensidade cuidam).
Por outro lado, é crucial perceber as dinâmicas de envolvimento em prestação d
informais, na perspetiva do cuidador, nomeadamente para mapear os motivos, os incentivos e
os custos desse envolvimento. Só assim se conseguirão definir bases mais ou menos sólidas
para poder estimar tendências de evolução futura no campo da disponibilidade de cuidados
informais.
Módulo 65+ contemplará questões detalhadas sobre o envolvimento de indivíduos adultos na
prestação de cuidados de apoio social a idosos, incluindo a medição da in
envolvimento, da articulação com outros (agentes formais e informais) na prestação de
cuidados, das contrapartidas (monetárias e não monetárias) pela prestação dos cuidados, das
consequências da prestação de cuidados na saúde física e emoci
familiar.
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
Num contexto de limitações claras à capacidade de expansão dos mecanismos de
financiamento público de cuidados, é necessário produzir informação detalhada sobre as
estratégias que indivíduos, e suas famílias, desenvolvem para financiar cuidados sociais a
Os instrumentos de monitorização estatística disponíveis não permitem detalhar os
processos de alocação de recursos especificamente para obtenção de cuidados
Adicionalmente, permanece sobre a questão dos mecanismos de financiamento de cuidados
uma névoa relativamente densa em relação ao que se passa dentro da família (ou do agregado
familiar). Como é que as famílias se organizam para suprir, financeiramente, as necessidades
de apoio dos seus idosos é um domínio de grande centralidade para o processo de tomada de
decisão política e que se procurará detalhar finamente com o Módulo 65+.
Cuidadores informais
Se é verdade que a dimensão informal da provisão de cuidados continua a ser assumida como
central no sistema português, quer por quem se dedica ao estudo destas matérias, quer por
quem toma decisões sobre os mecanismos de disponibilização de apoios formais, também é
verdade que permanecem desconhecidos um conjunto grande de aspetos relacionados com os
Logo em primeiro lugar, há dificuldade em estimar contingentes de cuidadores informais. Os
indicadores disponíveis tendem a partir de uma formulação geral do envolvimento na
prestação de cuidados, o que previsivelmente distorce a própria medição do fenómeno. Ora, é
importante conhecer, com rigor, a capacidade instalada de cuidado informal (quantos
cuidadores, de quem cuidam, e com que intensidade cuidam).
ucial perceber as dinâmicas de envolvimento em prestação d
tiva do cuidador, nomeadamente para mapear os motivos, os incentivos e
os custos desse envolvimento. Só assim se conseguirão definir bases mais ou menos sólidas
oder estimar tendências de evolução futura no campo da disponibilidade de cuidados
contemplará questões detalhadas sobre o envolvimento de indivíduos adultos na
prestação de cuidados de apoio social a idosos, incluindo a medição da in
envolvimento, da articulação com outros (agentes formais e informais) na prestação de
cuidados, das contrapartidas (monetárias e não monetárias) pela prestação dos cuidados, das
consequências da prestação de cuidados na saúde física e emocional, na situação financeira e
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
62
Num contexto de limitações claras à capacidade de expansão dos mecanismos de
financiamento público de cuidados, é necessário produzir informação detalhada sobre as
estratégias que indivíduos, e suas famílias, desenvolvem para financiar cuidados sociais a
Os instrumentos de monitorização estatística disponíveis não permitem detalhar os
processos de alocação de recursos especificamente para obtenção de cuidados de apoio social.
Adicionalmente, permanece sobre a questão dos mecanismos de financiamento de cuidados
uma névoa relativamente densa em relação ao que se passa dentro da família (ou do agregado
financeiramente, as necessidades
de apoio dos seus idosos é um domínio de grande centralidade para o processo de tomada de
da provisão de cuidados continua a ser assumida como
central no sistema português, quer por quem se dedica ao estudo destas matérias, quer por
quem toma decisões sobre os mecanismos de disponibilização de apoios formais, também é
tos relacionados com os
Logo em primeiro lugar, há dificuldade em estimar contingentes de cuidadores informais. Os
indicadores disponíveis tendem a partir de uma formulação geral do envolvimento na
prestação de cuidados, o que previsivelmente distorce a própria medição do fenómeno. Ora, é
importante conhecer, com rigor, a capacidade instalada de cuidado informal (quantos
ucial perceber as dinâmicas de envolvimento em prestação de cuidados
tiva do cuidador, nomeadamente para mapear os motivos, os incentivos e
os custos desse envolvimento. Só assim se conseguirão definir bases mais ou menos sólidas
oder estimar tendências de evolução futura no campo da disponibilidade de cuidados
contemplará questões detalhadas sobre o envolvimento de indivíduos adultos na
prestação de cuidados de apoio social a idosos, incluindo a medição da intensidade desse
envolvimento, da articulação com outros (agentes formais e informais) na prestação de
cuidados, das contrapartidas (monetárias e não monetárias) pela prestação dos cuidados, das
onal, na situação financeira e
O trabalho exploratório que deu origem a este relatório confirmou a necessidade de produzir,
em Portugal, dados robustos sobre o número e as características das pessoas que recebem e
que prestam cuidados, sobre as p
informação detalhada sobre as suas circunstâncias soc
contributos para o financiamento dos cuidados. O trabalho confirmou, ainda, que existe algum
espaço para melhorar a qualidade das análises que são desenvolvidas ao tema dos cuidados de
apoio social a idosos pela inclusão de abordagens que privilegiem uma matriz
custo-eficiência, sendo para isso necessária a produção de dados adequados ao efeito
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
O trabalho exploratório que deu origem a este relatório confirmou a necessidade de produzir,
em Portugal, dados robustos sobre o número e as características das pessoas que recebem e
que prestam cuidados, sobre as pessoas que utilizam serviços de apoio formal, incluindo
informação detalhada sobre as suas circunstâncias sociais e económicas e sobre os seu
contributos para o financiamento dos cuidados. O trabalho confirmou, ainda, que existe algum
a qualidade das análises que são desenvolvidas ao tema dos cuidados de
apoio social a idosos pela inclusão de abordagens que privilegiem uma matriz
eficiência, sendo para isso necessária a produção de dados adequados ao efeito
Porto e FLUP, 15 de março de 2013
MÓDULO DE QUESTÕES PARA CUIDADOS AOS IDOSOS
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O trabalho exploratório que deu origem a este relatório confirmou a necessidade de produzir,
em Portugal, dados robustos sobre o número e as características das pessoas que recebem e
essoas que utilizam serviços de apoio formal, incluindo
iais e económicas e sobre os seus
contributos para o financiamento dos cuidados. O trabalho confirmou, ainda, que existe algum
a qualidade das análises que são desenvolvidas ao tema dos cuidados de
apoio social a idosos pela inclusão de abordagens que privilegiem uma matriz de avaliação de
eficiência, sendo para isso necessária a produção de dados adequados ao efeito.
Porto e FLUP, 15 de março de 2013