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Módulo II – Aspectos constitucionais e históricos do Legislativo brasileiro MÓDULO II – Aspectos constitucionais e históricos do Legislativo brasileiro Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB Curso: O Poder Legislativo - Turma 03 Livro: Módulo II – Aspectos constitucionais e históricos do Legislativo brasileiro Impresso por: Claudio Cunha de Oliveira Data: terça, 10 fevereiro 2015, 12:12 Página 1 de 45 Módulo II Aspectos constitucionais e históricos do Legislativo brasileiro 10/02/2015 http://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=18465

Módulo II

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Módulo II – Aspectosconstitucionais e históricos

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MÓDULO II – Aspectos constitucionais e históricos do Legislativo brasileiro

Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB

Curso: O Poder Legislativo - Turma 03

Livro: Módulo II – Aspectos constitucionais e históricos do Legislativo brasileiro

Impresso por: Claudio Cunha de Oliveira

Data: terça, 10 fevereiro 2015, 12:12

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Sumário

Módulo II – Aspectos constitucionais e históricos do Legislativo brasileiro

Unidade 1 – O Legislativo no ImpérioPág. 2 - Voto CensitárioPág. 3 - ConflitosPág. 4 - Constituição de 1824Pág. 5 - Poder LegislativoPág. 6 - EleiçõesPág. 7 - Quem poderia ser eleito Deputado ou SenadorPág. 8 - Domicílio EleitoralPág. 9 - CuriosidadePág. 10 - Da Câmara dos Deputados e do Senado no ImpérioPág. 11 - CuriosidadePág. 12 - AtençãoPág. 13 - Para refletir

Unidade 2 – O Legislativo na RepúblicaPág. 2 - CoronelismoPág. 3 - Congresso NacionalPág. 4 - CuriosidadePág. 5 - Para refletirPág. 6 - O Legislativo à luz da Constituição de 1934Pág. 7 - Representação ClassistaPág. 8 - CuriosidadePág. 9 - Para refletirPág. 10 - O Poder Legislativo à luz da Constituição de 1937Pág. 11 - Parlamento NacionalPág. 12 - Preenchimento de vagas no ParlamentoPág. 13 - Da Câmara dos DeputadosPág. 14 - Do Conselho FederalPág. 15 - Iniciativa das LeisPág. 16 - CuriosidadePág. 17 - Para refletirPág. 18 - O Poder Legislativo à luz da Constituição de 1946Pág. 19 - Decoro ParlamentarPág. 20 - Condições de elegibilidade para o Congresso NacionalPág. 21 - CuriosidadePág. 22 - Para refletirPág. 23 - O Poder Legislativo à luz da Constituição de 1967Pág. 24 - Reuniões e Condições de elegibilidadePágina 25 - Reunião ConjuntaPág. 26 - Da Câmara dos Deputados e do Senado FederalPág. 27 - CuriosidadePág. 28 - Para refletir

Exercícios de Fixação - Módulo II

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Unidade 1 – O Legislativo no Império

Em 1823, O Imperador D. Pedro I convoca a Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa do Império do Brasil, que se instala na cidade do Rio de Janeiro.

Octaciano Nogueira, em seu livro O Poder Legislativo no Brasil (1821-1930), observou o seguinte sobre o processo eleitoral daquela época:

“As freguesias ou povoações indicavam compromissários que, reunidos nas 81 cabeças de Distrito em que foi dividido o Brasil (incluindo a Cisplatina), elegiam osDeputados mediante o voto exarado em cédula escrita.”

Continua o autor:

“Os Deputados para a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Reino do Brasil não podem por ora ser menos de 100.”

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Pág. 2 - Voto Censitário

Frisa-se que as províncias de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, juntas, foram responsáveis pela eleição de quase a metade dos Deputados naquele pleito: exatos 46 parlamentares.

À época, para se ter direito ao voto exigia-se das pessoas uma determinada renda mínima, era o que se chamava de voto censitário,que caracterizava as eleições em toda a Europa, com a exceção da Suíça, que adotara o voto universal já em 1830.Como reflexo do voto censitário, são oportunos os comentários do professor VamirehChacon:

“Com o resultado de, em 1881, próximo da proclamação da República, o Brasil só ter cento e cinquenta mil eleitores numa população de doze milhões de habitantes. Acontece que esta regra [do voto censitário] se originava em inspiração europeia: a Grã-Bretanha praticou o critério censitário nada menos que até 1918”. (grifo nosso). (Fonte: História do Legislativo Brasileiro – Congresso Nacional. Volume IV. Brasília. 2008).

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Pág. 3 - Conflitos

À época, são notórios os conflitos entre o monarca e a Assembleia Constituinte, como se observa do próprio Projeto de Constituição engendrado pelo Parlamento, que não previa a existência nem do Poder Moderador, nem tampouco do direito de dissolver a Câmara dos Deputados, prerrogativas vislumbradas pelo Imperador.

Em 12 de novembro de 1823, a Assembleia Constituinte foi dissolvida por Decreto doImperador, e, em seu lugar, cria-se um Conselho de Estado com o objetivo de elaborar novo Projeto de Constituição.

Alguns meses depois, em 25 de março de 1824, D. Pedro I outorga à Nação a primeiraConstituição brasileira.

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Pág. 4 - Constituição de 1824

A Constituição de 1824 reconhecia, em seu art. 10, a existência, no Brasil, de quatro poderes: o Legislativo, o Moderador, o Executivo e o Judicial.

O Poder Moderador, exercido diretamente pelo Imperador, situava-se acima dos demais Poderes previstos na clássica tripartição de Montesquieu, permitindo ao monarca interferir nos assuntos do Executivo e do Legislativo.

Na verdade, a estrutura de Poder existente naquela época estava fundamentada naconcentração do poder nas mãos do Imperador. E isso se refletia, sobremaneira, no perfil do Poder Legislativo que iria marcar todo o período de nossa história Imperial.

Organograma da Constituição de 1824

O imperador reinava absoluto sobre os outros poderes do império

Organização dos poderes segundo a Constituição de 1824

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Pág. 5 - Poder Legislativo

Em relação ao Poder Legislativo, temos que ele sempre foi, no Brasil, em nível nacional, bicameral, isto é, constituído por duas Casas de Leis.

Prova disso é a previsão, estabelecida já na Constituição de 1824, de que o PoderLegislativo seria delegado à Assembleia Geral, constituída pela Câmara de Deputados e Câmara de Senadores (Senado), com a sanção do Imperador.

Temos então:

Poder Legislativo

Assembleia Geral

Câmara de Deputados Câmara de Senadores (ou Senado)

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Pág. 6 - Eleições

Como funcionavam as eleições?

Os cidadãos ativos reuniam-se nas Assembleias Paroquiais para elegerem os eleitores de

Província, e estes, por sua vez, elegiam os Deputados e Senadores.

E quem eram esses cidadãos ativos?

Nas eleições primárias votavam: os cidadãos brasileiros no gozo de seus direitos políticos e os estrangeiros naturalizados que tivessem a renda líquida anual de 100 mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego.

Eram excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais:

· os menores de 25 anos (salvo os casados; os oficiais militares maiores de 21 anos; os bacharéis formados e clérigos de Ordens Sacras);· os filhos de famílias que estivessem na companhia de seus pais (salvo se servissem ofícios públicos);· os criados de servir (em cuja classe não entram os guarda-livros e primeiros-caixeiros das casas de comércio, os criados da Casa Imperial que não fossem de galão branco, e os administradores das fazendas rurais e fábricas);· os religiosos e quaisquer que vivessem em comunidade claustral.

E quem eram os eleitores de província?

Todos aqueles que podiam votar nas Assembleias Paroquiais, estavam aptos a eleger osdeputados e senadores do Império, exceto:· os que não tivessem de renda líquida anual 200 mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego;· os libertos; · os criminosos pronunciados em querela ou devassa.

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Pág. 7 - Quem poderia ser eleito Deputado ou Senador

E quem poderia ser eleito Deputado ou Senador?

Podia ser eleito Deputado todo e qualquer eleitor de província, exceto:· os que não tivessem 400 mil réis de renda líquida anual;· os estrangeiros naturalizados;· os que não professassem a religião do Estado.

Podia ser eleito Senador todo e qualquer eleitor de província que:· fosse cidadão brasileiro no gozo dos direitos políticos;· tivesse a idade mínima de 40 anos;· fosse pessoa de saber, capacidade e virtudes, com preferência os que tivessem prestado serviços à Pátria;· tivesse rendimento anual, por bens, indústria, comércio ou emprego, de 800 mil réis.

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Pág. 8 - Domicílio Eleitoral

Domicílio EleitoralNo Império, os cidadãos eram elegíveis em cada distrito eleitoral para o cargo de Deputado ou de Senador mesmo que ali não tivessem nascido ou fossem residentes ou domiciliados. O princípio do domicílio eleitoral é regra que, no Brasil, só surge com a República, quando a lei passa a impor, como condição de elegibilidade, um número determinado de anos de residência no Estado por onde o candidato deseja ser eleito.

A questão da EscravidãoSe hoje em dia, o voto é universal, exercido por cerca de 140 milhões de cidadãos, não podemos esquecer que durante o Império (até 1888, com a Abolição da Escravatura) uma imensa parcela da população brasileira estava alijada do processo eleitoral: os escravos.E, sem dúvida, o Parlamento Imperial foi palco de inúmeros debates entre os abolicionistas e os defensores do sistema escravocrata.

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Pág. 9 - Curiosidade

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Pág. 10 - Da Câmara dos Deputados e do Senado no Império

Da Câmara dos Deputados no ImpérioÀ Câmara Dos Deputados, eletiva e temporária, cabia a iniciativa privativa sobre impostos, reforma da Constituição, discussão das propostas feitas pelo Poder Executivo e escolha da nova Dinastia no caso de extinção da existente.

Além disso, cabia a ela apresentar acusação contra ministros e conselheiros de Estado.

Do Senado no Império

Conforme a Constituição, cada província tinha tantos Senadores, todos vitalícios, quantos fossem a metade de seus respectivos deputados.Sobre essa questão da vitaliciedade senatorial, oportuno o seguinte comentário:

“A vitaliciedade do Senado foi sempre, desde 1831, objeto de ampla e permanentecontestação dos liberais, tendo permanecido, no entanto, como preceito constitucional até a proclamação da República.” (Constituições Brasileiras – 1824. Volume I. Octaciano Nogueira).

Se o número de Deputados da Província fosse impar, o número de Senadores se restringiria à metade do número imediatamente menor. Como exemplo, uma província que tivesse 11 Deputados, elegeria 5 Senadores.

A província que elegesse apena um Deputado tinha garantida a eleição de um Senador, independentemente da regra acima.

As eleições eram feitas da mesma maneira que as eleições para Deputados, mas em listas tríplices, com o Imperador escolhendo o terço na totalidade da lista.

Diferentemente de hoje em dia, em que cada Senador é eleito com 2 suplentes, quando se vagava o cargo de Senador realizava-se nova eleição, isto é, não havia a figura do Suplentede Senador.

Hoje

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Pág. 11 - Curiosidade

Algumas atribuições exclusivas do Senado durante o Império:

· Conhecer dos delitos individuais cometidos pelos membros da Família Imperial, Ministros de Estado, Conselheiros de Estado e Senadores, e dos delitos dos Deputados durante o período da Legislatura.· Convocar a Assembleia Geral no caso de morte do Imperador para a eleição daRegência.No Império, o Poder Legislativo exerceu – além da típica função legislativa – um papel político fundamental, adaptando-se às especificidades de cada um de seus períodos, seja durante o primeiro reinado, na fase da regência ou mesmo no decorrer do longo reinado de Dom Pedro II.

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Pág. 12 - Atenção

Nesse sentido, oportuno o comentário do historiador Boris Fausto, em sua obra História doBrasil:

“Afora a abolição da escravatura, uma das medidas mais importantes do Império na década de 1880 foi a aprovação de uma reforma eleitoral conhecida como Lei Saraiva, em janeiro de 1881. (...) A reforma eleitoral estabeleceu o voto direto para as eleições legislativas,acabando assim com a distinção restritiva entre votantes e eleitores. Todos, isto é, as pessoas em condições de votar, eram agora eleitores. Manteve-se a exigência de um nível mínimo de renda – o censo econômico – e introduziu-se claramente, a partir de 1882, o censo literário, isto é, daquele ano em diante só poderiam votar as pessoas que soubessem ler e escrever. O direito de voto foi estendido aos não-católicos, aos brasileiros naturalizados e aos libertos.”

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Pág. 13 - Para refletir

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Unidade 2 – O Legislativo na República

O Parlamento à luz da Constituição de 1891

Com a Proclamação da República, o Brasil ganha, em 1891, uma nova Constituição.Já não fazia sentido a existência de um Poder Moderador, marca registrada da nossa fase Imperial, sobreposto aos demais Poderes do Estado.

O sistema eleitoral sofre modificações substanciais, haja vista a lógica republicana ter como fundamento a ideia de que o poder tem como legítimo titular o povo, que, direta ou

indiretamente, escolhe os seus representantes.

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Pág. 2 - Coronelismo

Evidentemente, precisamos relativizar a perspectiva desse poder popular. As primeiras décadas de nossa República caracterizaram-se pela concentração do poder nas mãos de umaelite que comandava e orientava o voto da grande massa da população brasileira. Foi o período do fenômeno do “coronelismo” e do “voto de cabresto”.

O conceito de “coronelismo” foi construído pelo saudoso professor Victor Nunes Leal:“...concebemos o coronelismo como resultado da superposição de formas desenvolvidas do regime representativo a uma estrutura econômica e social inadequada. (...) o coronelismo é sobretudo um compromisso, uma troca de proveitos entre o poder público, progressivamente fortalecido, e a decadente influência social dos chefes locais, notadamente, dos senhores de terras.” (retirado da obra de Victor Nunes Leal. Coronelismo,

Enxada e Voto – o Município e o Regime Representativo no Brasil).

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Pág. 3 - Congresso Nacional

Agrega-se, ainda, a questão de que o nosso colégio eleitoral era extremamente reduzido (não votavam as mulheres e os analfabetos, por exemplo).A Constituição de 1891 estabelecia que o Poder Legislativo fosse exercido pelo Congresso Nacional, este composto de dois ramos: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.

Foi com a República que se consagrou a expressão Congresso Nacional para denominar a reunião conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

A mudança de regime político não alterou o formato bicameral de nosso Parlamento.De fato, o princípio do bicameralismo é marca registrada de nossa história política seja na fase Imperial, seja na Republicana.

O Congresso Nacional se reunia, independentemente de convocação, em 3 de maio de cada ano, funcionando por 4 meses, podendo esse prazo prorrogado, adiado ou haver convocação extraordinária, se necessário.

Uma peculiaridade interessante nessa questão é de que a faculdade de prorrogar as sessões legislativas era algo facultado apenas ao próprio Parlamento, diferentemente da fase Imperial, em que essa prerrogativa era exclusividade do Poder Executivo.

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Pág. 4 - Curiosidade

Condições de elegibilidade para o Congresso Nacional- Estar na posse dos direitos de cidadão brasileiro e ser alistado como eleitor.- Para a Câmara, ser cidadão brasileiro há mais de 4 anos e para o Senado Federal há mais de 6 anos.- Para o Senado Federal era necessário ter mais de 35 anos de idade.

Da Câmara dos DeputadosA Câmara dos Deputados era composta de representantes do povo eleitos pelos Estados e pelo Distrito Federal, mediante o sufrágio direto, garantindo-se a representação da minoria.O número de Deputados era fixado por lei em proporção que não excedia de um por 70 mil habitantes, não devendo esse número ser inferior a 4 por Estado.

Do Senado FederalA Constituição de 1891 estabeleceu em 3 o número de Senadores por Estado e pelo Distrito Federal, todos eleitos pelo mesmo processo da eleição dos Deputados. O mandato dosSenadores eleitos durava 9 anos e a renovação do Senado ocorria pelo terço trienalmente.Naquela época, o Vice-Presidente da República ocupava o cargo de Presidente do Senado.Entretanto, a ele só era dado o direito de voto de qualidade (desempate).

Algumas das atribuições privativas do Congresso Nacional segundo a Constituição de 1891

� Autorizar o Poder Executivo a contrair empréstimos e a fazer operações de crédito.� Orçar a receita, fixar a despesa federal anualmente e tomar as contas da receita e

despesa de cada exercício financeiro.� Autorizar o governo a declarar guerra, se não tiver lugar ou malograr-se o recurso do

arbitramento, e a fazer a paz.� Mudar a capital da União.� Criar e suprimir empregos públicos federais, fixar-lhes as atribuições, estipular-lhes os

vencimentos.

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Pág. 5 - Para refletir

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Pág. 6 - O Legislativo à luz da Constituição de 1934

O Legislativo à luz da Constituição de 1934

Com a Revolução de 1930 e o fim da República Velha, chega ao Poder Getúlio Vargas, representante de novos atores políticos. A estrutura legal herdada da República Velha já não mais correspondia aos anseios do povo e, principalmente, das novas elites políticas.Esse período da história parlamentar brasileira restringe o papel exercido pela Casa Alta – O Senado Federal – ao determinar, conforme a CF/1934, que o Poder Legislativo fosse exercido pela Câmara dos Deputados com a colaboração do Senado Federal.

A Lei Maior previa, ainda, que a Câmara dos Deputados fosse composta de representantes do povo, eleitos mediante o sistema proporcional e sufrágio universal, igual e direto, e de representantes eleitos pelas organizações profissionais na forma que a lei indicasse.

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Pág. 7 - Representação Classista

De fato, essa é a grande novidade em nosso Legislativo: a existência da representação classista, isto é, indivíduos eleitos por sindicatos de empregados e de empregadores.

O número total de Deputados era calculado da seguinte maneira: o de deputados representantes do povo era calculado proporcionalmente à população de cada Estado e do Distrito Federal, não podendo exceder de um por 150 mil habitantes até o máximo de vinte, e deste limite para cima, de um por 250 mil habitantes. Os representantes das profissões, em total equivalente a um quinto da representação popular.

Frisa-se que os Deputados representantes das profissões eram eleitos, na forma de lei ordinária, por sufrágio indireto de associações profissionais que representassem as seguintes divisões: 1 – lavoura e pecuária; 2 – indústria; 3 – comércio e transportes; e 4 – profissões liberais e funcionários públicos.

Essa representação profissional deveria garantir a representação igual, para as três primeiras categorias, de empregados e de empregadores.

Condições de elegibilidade

Eram elegíveis para a Câmara dos Deputados os brasileiros natos, alistados eleitores e maiores de 25 anos, sendo que os representantes das profissões deveriam, ainda, pertencer a uma associação compreendida na classe e grupo que os elegessem.

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Pág. 8 - Curiosidade

Atribuições privativas do Poder Legislativo

· Votar anualmente o orçamento da receita e da despesa.·Criar e extinguir empregos públicos federais, fixar-lhes e alterar-lhes os vencim entos

sempre

por lei especial.· Legislar sobre todas as matérias de competência da União.Extensão do direito do voto às mulheres

Com o Código Eleitoral de 1932, as mulheres brasileiras obtiveram o direito ao voto. A inclusão dessa grande parcela da população representou a eliminação dos obstáculos existentes à universalização do voto. A grande barreira que persistiu foi a proibição do voto aos analfabetos, que conquistaram esse direito com a Constituição de 1988.O direito ao voto feminino em alguns países do mundo:- Estados Unidos (1920);- Grã-Bretanha (1928);- Portugal (1931);- França (1945); e- Suíça (1971).

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Pág. 9 - Para refletir

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Pág. 10 - O Poder Legislativo à luz da Constituição de 1937

O Poder Legislativo à luz da Constituição de 1937

Em 1937, Getúlio Vargas rompe com os princípios democráticos e instaura o períodoconhecido na história como Estado Novo.

A Constituição de 1937 estabelecia, em seu art. 38, que o Poder Legislativo seria exercido pelo Parlamento Nacional com a colaboração do Conselho da Economia Nacional e do Presidente da República. O Parlamento Nacional

colaboraria com pareceres nas matérias da sua competência consultiva, e o Presidente da República colaboraria com a iniciativa e sanção dos projetos de lei e promulgação dos decretos-leis autorizados pela própria Constituição.

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Pág. 11 - Parlamento Nacional

Por sua vez, o Parlamento Nacional seria composto por duas câmaras: a Câmara dos Deputados e o Conselho Federal.

Anualmente, o Parlamento Nacional se reuniria na Capital Federal na data de 3 de maio efuncionaria por 4 meses. Qualquer prorrogação, adiamento ou convocação extraordinária somente se daria por iniciativa do Presidente da República. Cada Legislatura duraria 4 anos.

De fato, infelizmente, esse período de nossa história parlamentar, na prática, transferiu todo o Poder Legislativo ao então Presidente da República, Getúlio Vargas, que o exercia por meio de Decretos-Lei.Mas os mais jovens poderiam pensar que essa “história” de Decreto-Lei é algo do passado, da década de 1930, algo que não nos afeta mais, não é?

Não é assim, e a sobrevivência de legislações antigas confirma isso.

Vivemos em um “mundo jurídico” em que algumas imposições legais (isto é, leis que nãoforam devidamente elaboradas, debatidas e votadas pelo órgão mais democrático de uma sociedade moderna: o Legislativo) são frutos de uma vontade não democrática. Exemplo:

Código Penal: Decreto-Lei nº 2.848/1940.

Consolidação das Leis do Trabalho – CLT:

Decreto-Lei nº. 5.452/1943.

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Pág. 12 - Preenchimento de vagas no Parlamento

As vagas que surgissem seriam preenchidas por eleição suplementar (no caso da Câmara dos Deputados) e por eleição ou nomeação, conforme o caso (em se tratando do ConselhoFederal).

A Constituição de 1937 previa, ainda, que em caso de manifestação contrária à existência ou independência da Nação ou incitamento à subversão violenta da ordem pública ou social, poderia qualquer das duas Casas, por maioria de votos, declarar vago o lugar do Deputado ou membro do Conselho Federal, autor da manifestação ou incitamento.

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Pág. 13 - Da Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados seria composta de representantes do povo, eleitos mediantesufrágio indireto. Os eleitores eram os vereadores das Câmaras Municipais, e, em cada município, 10 cidadãos eleitos por sufrágio direto no mesmo ato da eleição da Câmara Municipal.Essa Constituição estabelecia, ainda, que o número de Deputados por Estado deveria ser proporcional à população e fixado por lei, não podendo ser superior a 10 nem inferior a 3 por Estado.

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Pág. 14 - Do Conselho Federal

O Conselho Federal era composto de representantes, com mandatos de 6 anos, dos Estados e de 10 membros nomeados pelo Presidente da República.

Cada Estado elegeria seu representante por meio de sua Assembleia Legislativa. Entretanto, o Governador do Estado poderia vetar o nome escolhido e, neste caso, só seria definitivamente eleito se confirmada sua eleição por dois terços de votos da totalidade dos membros da Assembleia.

Para ser eleito representante dos Estados era necessário ser brasileiro nato maior de 35 anos, alistado eleitor e que houvesse exercido, por espaço nunca menor de 4 anos, cargo de governo na União ou nos Estados.

Frisa-se, ainda, que o Conselho Federal era presidido por um Ministro de Estado, designado pelo Presidente da República.

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Pág. 15 - Iniciativa das Leis

A Constituição de 1937 previa em seu art. 64 que a iniciativa dos projetos de lei cabia, emprincípio, ao Governo. Além disso, em todo caso, não seriam admitidos como objeto de deliberação projetos ou emendas de iniciativa de qualquer das Câmaras que versassem sobre matéria tributária ou que resultassem aumento de despesa.

Ademais, a nenhum membro de qualquer das Câmaras caberia a iniciativa de projetos de lei. Essa iniciativa só poderia ser tomada por um terço de Deputados ou de membros do Conselho Federal.

Qualquer projeto iniciado em uma das Câmaras teria suspenso o seu andamento se o Governo comunicasse o seu propósito de apresentar projeto que regulasse o mesmoassunto.

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Pág. 16 - Curiosidade

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Pág. 17 - Para refletir

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Pág. 18 - O Poder Legislativo à luz da Constituição de 1946

O Poder Legislativo à luz da Constituição de 1946

Com a queda de Getúlio Vargas e o processo de redemocratização do país, torna-se necessária a elaboração de uma Constituição que refletisse esse novo período: cria-se, assim, a Constituição de1946.

Essa Constituição devolveu as prerrogativas inerentes ao Poder Legislativo, ao estabelecer, em seu artigo 37, que esse Poder fosse exercido pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Sobre essa Constituição, o historiador Boris Fausto, na obra História do Brasil, comenta que:

“No capítulo referente à cidadania, o direito e a obrigação de votar foram conferidos aos brasileiros alfabetizados, maiores de dezoito anos, de ambos os sexos. Completou-se assim, no plano dos direitos políticos, a igualdade entre homens e mulheres. A Constituição de 1934determinava a obrigatoriedade do voto apenas para as mulheres que exercessem função pública remunerada.”

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Pág. 19 - Decoro Parlamentar

Em relação ao Poder Legislativo, frisa-se que até então as constituições brasileiras não previam a punição dos parlamentares indisciplinados ou de procedimento incompatível com as suas funções. A Constituição de 1946 previa que perderia o mandato, por 2/3 dos votos, o Deputado ou Senador cujo procedimento fosse reputado incompatível com o decoro parlamentar.

Aliomar Baleeiro e Barbosa Lima Sobrinho apontam, na obra Constituições Brasileiras – 1946, que já na primeira Legislatura desse período de redemocratização esse comando constitucional foi aplicado:

“Essa pena extrema foi aplicada, logo na primeira legislatura, ao Deputado E. Barreto Pinto, que permitia a jornais e revistas fotografá-lo de casaca e cuecas com uma garrafa de champanhe sob o chuveiro, além de criar repetidos incidentes no curso dos debates.”

Para você se aprofundar nas relações entre participação e representação políticas, especificamente considerando os aspectos éticos, sugerimos a leitura do texto 'Para um modelo das relações entre eticidade universalista e sociedade política democrática no Brasil', do Professor Eurico Gonzales Cursino dos Santos, disponível na Biblioteca deste curso, em 'Textos complementares'.

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Pág. 20 - Condições de elegibilidade para o Congresso Nacional

·Ser brasileiro.· Estar no exercício dos direitos políticos.·Ser maior de 21 anos (para a Câmara dos Deputados).·Ser maior de 35 anos (para o Senado Federal).

Inicia-se uma nova fase para o Parlamento, com o Congresso Nacional reunindo-se por umperíodo maior de tempo no decorrer do ano: de 15 de março até 15 de dezembro de cada ano.

Nessa fase surgem os primeiros partidos políticos nacionais, com programas ideológicosdefinidos que expressavam as diversas correntes de opinião existentes naquela época. Embora no período 1945/1964 tenha existindo mais de uma dúzia de partidos políticos, 3 deles dominaram o cenário político: o Partido Social Democrático (PSD), a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Sobre esse período, o cientista político Gláucio Ary Dillon Soares, em sua paradigmática obra Sociedade e Política no Brasil, expõe que:

“A evolução do sistema político baseado na extensão da cidadania pode ser aquilatada a partir do crescimento da própria participação eleitoral. Esta evolução apersentou um grande salto quantitativo do período 1910 (quando tivemos a primeira eleição presidencial competitiva) para as eleições de 33-34 quando, pela primeira vez, a relação votantes/população supera os 5% e outro grande salto em 1945, quando votam mais de 6 milhões de eleitores, um aumento de 400% sobre 1933-1934.”

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Pág. 21 - Curiosidade

Poder Legislativo

A CF/1946 determinava, em seu art. 37, que o Poder Legislativo fosse exercido peloCongresso Nacional, composto da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Câmara dos DeputadosEra composta de representantes do povo eleitos segundo o sistema de representaçãoproporcional pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Territórios.O número de Deputados seria fixado por lei, em proporção que não excedesse um para cada 150 mil habitantes até 20 Deputados, e, além desse limite, um para cada 250 mil habitantes.O número mínimo de Deputados por Estado e pelo Distrito Federal era de 7 parlamentares.

Senado FederalO Senado Federal era composto de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.Cada Estado e o Distrito Federal elegiam 3 Senadores para mandato de 8 anos.A representação de cada Estado e a do Distrito Federal renovar-se-ia de 4 em 4 anos, alternadamente, por um e por dois terços.O Senador seria substituído ou sucedido pelo suplente com ele eleito.O Vice-Presidente da República exercia a função de Presidente do Senado Federal, onde só teria voto de qualidade.

Iniciativa das LeisO artigo 67 da Constituição de 1946 estabelecia que a iniciativa das leis, ressalvados os casos de competência exclusiva, caberia ao Presidente da República e a qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

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Pág. 22 - Para refletir

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Pág. 23 - O Poder Legislativo à luz da Constituição de 1967

O Poder Legislativo à luz da Constituição de 1967

Com o Golpe militar de 1964, tivemos um refluxo em nossa história democrática. Nesse período de exceção, os militares outorgam ao povo brasileiro a Constituição de 1967, feita sem a aprovação de uma assembleia constituinte. Essa Constituição foi substancialmente modificada em 1969 por meio de um decreto-lei baixado pela junta militar que governou durante o impedimento, por motivo de saúde, do então presidente General Costa e Silva.

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Pág. 24 - Reuniões e Condições de elegibilidade

CF/67 determinava que o Poder Legislativo fosse exercido pelo Congresso Nacional,composto da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

As reuniões do Congresso Nacional eram marcadas para ocorrerem, anualmente, na Capital da União, de 1º de março a 30 de junho e de 1º agosto a 30 de novembro. No caso das reuniões extraordinárias, a convocação poderia ser feita por um terço dos membros de qualquer de suas Câmaras ou pelo Presidente da República.

Condições de elegibilidade· Ser brasileiro nato.· Estar no exercício dos direitos políticos.· Ser maior de 21 anos para a Câmara dos Deputados e 35 anos para o Senado.

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Página 25 - Reunião Conjunta

A CF/1964 previa que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal se reunissem em sessão conjunta para:· inaugurar a sessão legislativa;· elaborar o Regimento Comum;· receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;· deliberar sobre veto;· atender aos demais casos previstos naquela Constituição.

O art. 33 da CF/64 estabelecia que, salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Câmara serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria de seus membros.

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Pág. 26 - Da Câmara dos Deputados e do Senado Federal

Da Câmara dos DeputadosA Câmara dos Deputados era composta por representantes do povo, eleitos por voto direto e secreto, em cada Estado e Território.

Cabia privativamente à Câmara dos Deputados declarar, por 2/3 dos seus membros, aprocedência de acusação contra o Presidente da República e os Ministros de Estado.

Do Senado FederalO Senado Federal era composto de representantes dos Estados, eleitos pelo voto direto e secreto, segundo o princípio majoritário. Cada Estado elegia 3 Senadores, com mandato de 8 anos, renovando-se a representação de 4 em 4 anos, alternadamente, por um e por dois terços.

Competia privativamente ao Senado Federal julgar o Presidente da República e os Ministrosde Estado, havendo conexão, nos crimes de responsabilidade.

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Pág. 27 - Curiosidade

O Legislativo no âmbito da ditadura militar

Esse período da história nacional foi marcado pela existência de duas agremiações políticas que atuavam no Parlamento: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), de base governista, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que agrupava as correntes de oposição - diga-se de passagem, uma “oposição consentida”.

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Pág. 28 - Para refletir

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Page 45: Módulo II

Exercícios de Fixação - Módulo II

Parabéns! Você chegou ao final do Módulo II do curso O Poder Legislativo.

Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a correção imediata das suas respostas!

Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.

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