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INSTÂNCIAS COLEGIADAS, PLANEJAMENTO E GESTÃO DO SUS Conferências de Saúde: Reúnem representantes dos usuários, do governo, dos profissionais de saúde, dos prestadores de serviços e parlamentares para avaliar a situação da saúde e propor diretrizes para formulação da Política de saúde nos municípios, Estados e no País. Conselhos de Saúde: São órgãos de controle do SUS pela sociedade nas esferas municipal, estadual e federal. Têm caráter permanente e deliberativo, sendo compostos por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. Comissão Intergestores Tripartite (CIT) : É integrada por cinco representantes do Ministério da Saúde, cinco do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e cinco do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). O coordenador é indicado pelo Ministério da Saúde. Funciona desde 1994. MÓDULO II 21

Módulo II

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Page 1: Módulo II

INSTÂNCIAS COLEGIADAS,PLANEJAMENTO E GESTÃO DO SUSConferências de Saúde: Reúnem representantes dos usuários, do

governo, dos profissionais de saúde, dos prestadores de serviços e

parlamentares para avaliar a situação da saúde e propor diretrizes para

formulação da Política de saúde nos municípios, Estados e no País.

Conselhos de Saúde: São órgãos de controle do SUS pela sociedade nas

esferas municipal, estadual e federal. Têm caráter permanente e

deliberativo, sendo compostos por representantes do governo,

prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. Atuam na

formulação de estratégias e no controle da execução da política de

saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e

financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder

legalmente constituído em cada esfera do governo.

Comissão Intergestores Tripartite (CIT): É integrada por cinco

representantes do Ministério da Saúde, cinco do Conselho Nacional de

Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e cinco do Conselho Nacional

de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). O coordenador é

indicado pelo Ministério da Saúde. Funciona desde 1994.

MÓDULO II

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Page 2: Módulo II

Comissão Intergestores Bipartite (CIB): Tem composição também

paritária. É integrado por representação da Secretaria de Estado de

Saúde (SES) e do Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde

(Cosems) ou órgão equivalente. O Secretário de Saúde da capital é

membro nato. Funciona com comissões regionais.

É na que se definem as políticas do SUS/ MG e a aplicação dos CIB

recursos do Fundo Estadual de Saúde. É muito importante a presença do

gestor em suas reuniões que acontecem ordinariamente, uma vez por

mês.

Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems):

Órgão colegiado de representação dos Secretários Municipais de Saúde

em âmbito nacional. Congrega todos os municípios brasileiros. Sua

finalidade é atuar em defesa do SUS.

O CONASEMS REPRESENTA TODAS AS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE

NA CIT. É IMPORTANTE O GESTOR SE CADASTRAR NO SITE PARA RECEBER

INFORMAÇÕES SOBRE O QUE SE PASSA PELO SUS EM NÍVEL NACIONAL. UM

A VEZ POR ANO O CONASEMS REALIZA O SEU CONGRESSO, QUE SE

TORNOU O MAIOR EVENTO DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL.

O planejamento é uma das principais ferramentas de sucesso em

qualquer tipo de administração. E não é diferente em uma Secretaria de

Saúde. Para isso, são utilizados instrumentos de planejamento da gestão

do SUS. Os principais são:

Os instrumentos de planejamento e gestão do SUS

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Page 3: Módulo II

Instrumento Periodicidade Observações

Plano Municipal de

Saúde (PMS) e Plano

D i r e t o r d e

Regionalização (PDR)

A cada 4 anos

Deve ser elaborado no primeiro ano de gestão em curso, executado a partir do segundo ano de gestão até o primeiro ano da gestão seguinte.

Plano Plurianual de Gestão (PPAG)

A cada 4 anos

Deve ser elaborado no primeiro ano de gestão em curso, observando os p r a z o s p r e v i s t o s n a legis lação v igente e executado a partir do segundo ano de gestão até o primeiro ano da gestão seguinte.

L e i d e D i r e t r i z e s Orçamentárias (LDO)

Anual

Deve ser encaminhado ao legislativo conforme os p r a z o s p r e v i s t o s n a legislação vigente.

Le i O rçamentá r ia Anual (LOA)

Anual

Deve ser encaminhado ao legislativo conforme os p r a z o s p r e v i s t o s n a legislação vigente.

Programação Anual de Saúde (PAS)

Anual

Deve ser elaborado no vigente ano para ser e x e c u t a d o n o a n o seguinte.

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Page 4: Módulo II

Instrumento Periodicidade Observações

Relatório Anual de Gestão (RAG)

Anual

D e v e s e r e n v i a d a a

resolução de aprovação do

Relatório Anual de Gestão

Municipal, relativo ao ano

anterior à CIB, pelo Conselho

Municipal de Saúde, até dia

31 de maio do ano em curso.

D e v e s e r e n v i a d a a

resolução de aprovação do

Relatório Anual de Gestão

Estadual, relativo ao ano

anterior à CIT, pelo Conselho

Estadual de Saúde, até dia

31 de maio do ano em curso.

D e v e s e r e n v i a d a a

resolução de aprovação do

Relatório Anual de Gestão

Federal, relativo ao ano

anterior à CIT, pelo Conselho

Nacional de Saúde, até dia

31 de maio do ano em curso.

T e r m o d e C o m p r o m i s s o d e Gestão (TCG)

A cada 4 anos

Deve ser elaborado no primeiro ano de gestão em curso, executado a partir do segundo ano de gestão até o primeiro ano da gestão seguinte.

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Page 5: Módulo II

Plano Municipal de Saúde (PMS): É o instrumento que apresenta

as intenções e os resultados a serem buscados no período de

quatro anos, os quais são expressos em objetivos, diretrizes e

metas. É a definição das políticas de saúde numa determinada

e s f e r a d e g e s t ã o . É a b a s e p a r a a e x e c u ç ã o , o

acompanhamento, a avaliação e a gestão do sistema de saúde.

Plano Diretor de Regionalização (PDR): O Plano Diretor de

Regionalização (PDR) da saúde tem como propósito constituir um

dos pilares para a estruturação e descentralização dos sistemas

de co-gestão e organização dos serviços de saúde em redes,

tendo em vista possibilitar o direcionamento equitativo da

implementação das políticas públicas. O PDR é, portanto, um

instrumento de planejamento em saúde ao estabelecer uma

base territorial populacional para cálculo das necessidades, da

priorização para alocação dos recursos, da descentralização

programática e gerencial.

Plano Plurianual de Gestão (PPAG): É o instrumento que explicita,

de forma detalhada, a programação da gestão, comprometida

com a geração de resultados e com o alcance do equilíbrio

fiscal.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): É o instrumento por meio do

qual o governo estabelece as principais diretrizes e metas da

Administração Pública para o prazo de um exercício. Ela

estabelece um elo entre o Plano Plurianual de Ação

Governamental e a Lei Orçamentária Anual, uma vez que

reforça quais programas relacionados no PPAG terão prioridade

na programação e execução orçamentária.

Lei Orçamentária Anual (LOA): É a lei que estima os valores da

receita e fixa os valores da despesa para determinado exercício.

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Page 6: Módulo II

Programação Anual de Saúde (PAS): É o instrumento que

operacionaliza as intenções expressas no Plano Municipal de

Saúde. Nela são detalhadas as ações, as metas e os recursos

financeiros que operacionalizam o respectivo Plano, assim como

apresentados os indicadores para a avaliação (a partir dos

objetivos, das diretrizes e das metas do Plano de Saúde).

As ações e metas contidas no Plano Municipal de Saúde e na

Programação Anual deverão ser inseridas no Plano Plurianual

(PPA), na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei

Orçamentária Anual (LOA).

Relatório Anual de Gestão (RAG): É o instrumento que apresenta

os resultados alcançados, apurados com base no conjunto de

indicadores, que foram indicados na Programação para

acompanhar o cumprimento das metas nela fixadas.

O RAG constitui a prestação de contas do Fundo Municipal de

Saúde, e deverá ser preenchido anualmente no SARGSUS.

Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão do SUS, até 31 de maio

de ano seguinte. Toda Secretaria tem sua senha, bem como o

presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS). O

preenchimento do Sistema é obrigatório.

Termo de Compromisso de Gestão (TCG): É o instrumento que

contém as responsabilidades sanitárias do gestor, os objetivos e

metas do Pacto pela Vida, os indicadores de monitoramento e

avaliação dos Pactos.

Contrato Organizativo de Ação Pública (COAP): Instituído pelo

Decreto presidencial 7508/ 2011 é um acordo de colaboração

firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar,

integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e

hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores

e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho,

recursos financeiros que serão disponibilizados, forma de controle

e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários

à implementação integrada das ações e serviços de saúde

Todos os municípios deverão assinar o COAP. Os gestores estarão

assumindo responsabilidades, contudo, as cláusulas devem ser

bem estudadas e verificada a oferta de serviços do município e

de sua Região de Saúde.

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