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INTRODUO A EDUCAO DISTNCIA MDULO II CAS 2012 Uso das TICs na EAD, Planejamento e Organizao de Sistemas e Processo de Ensino e Aprendizagem em EAD . Capito PM David Monteiro TAJRA
PMPI - Polcia Militar do Piau. DEIP Diretoria de Ensino Instruo e Pesquisa. NEAD Ncleo de Educao Distncia
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No h desenvolvimento sem inovao tecnolgica, e no h inovao sem pesquisa, sem educao, sem escola.
Moacir Gadotti.
Visto por muitos tericos como uma forma de democratizao de
ensino, a EAD, hoje, deve envolver possibilidades de utilizao de todos
os meios tecnolgicos disponveis do meio impresso aos ambientes
interativos digitais sem discriminao.
Encontramo-nos hoje em meio a um processo bastante dinmico de
mudanas. A informao tem dominado o mundo e seus processos tornam-
se cada vez mais geis. E isso se d, em grande parte, pela digitalizao
crescente da informao e a evoluo de tecnologia especfica.
O fato que essa evoluo causa um forte impacto nos aspectos
econmicos, sociais e culturais. Com a Revoluo Industrial (final do sculo 18,
sculo 19 e incio do sculo 20) e sua expresso atualizada, a Revoluo
Tecnolgica, a Escola assumiu papel relevante e fundamental na vida em
sociedade.
O termo tecnologia refere-se ao conjunto de conhecimentos,
especialmente princpios cientficos, que se aplicam a um determinado
ramo de atividade; o vocabulrio peculiar de uma cincia. A base
etimolgica da palavra tecnologia que tem a mesma raiz da palavra tcnica,
significa: criar, conceber, produzir, porquanto transformar.
Para os gregos, techn tem um sentido amplo, pois defendiam que
no era somente um mero instrumento ou meio, mas algo que no
prescindia de um contexto social e tico. Diziam que era o conhecimento
prtico que visava a um fim concreto e, combinada com logos (palavra,
fala), diferenciava um simples fazer de um fazer com raciocnio, ou
melhor, tecnologia no um simples instrumento ou recurso tcnico, mas,
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sobretudo, um saber que se aprende (VARGAS, 1996).
Para compreendermos o que significa tecnologia, basta exemplificar
algum as delas que esto incorporados ao nosso cotidiano: canetas, lpis,
talheres, culos, termmetros etc.
O desenvolvimento tecnolgico uma das transformaes que
revolucionaram todas as reas no final de sculo XX, principalmente, as
que lidam com o conhecimento. Nossa sociedade utiliza as novas
tecnologias em larga escala, todas elas como ferramentas que auxiliam as
pessoas a viverem melhor dentro de um determinado contexto social e
espao temporal (ALVES e NOVA, 2003, p . 25), causando profundas
mudanas que proporcionam facilidades e progressos, especialmente, no
que se refere s tecnologias da informao e da comunicao. Dentre
elas podemos citar: correio eletrnico, chat, Internet, transmisso em banda
larga, videoconferncia, teleconferncia entre outras.
Litwin (2001, p. 17) referindo-se a esse assunto diz que: a tecnologia
posta disposio dos estudantes tem por objetivo desenvolver as
possibilidades individuais, tanto cognitivas como estticas, atravs
das mltiplas utilizaes que o docente pode realizar nos espaos de
interao grupal. Portanto, a utilizao das novas tecnologias na
educao deve estar fundamentada nas concepes de ensinar e
aprender, diferentes das propostas nos modelos curriculares notadamente
tradicionais e defasadas.
Como descrito no Livro Verde da Sociedade da Informao
(TAKAHASHI, 2005):
Pensar a educao na sociedade da informao exige considerar um leque de aspectos relativos s tecnologias de informao e comunicao, a comear pelo papel que elas desempenham na construo de uma sociedade que tenha a incluso e a justia social como uma das prioridades principais.
Surge ento no cenrio, principalmente educacional, a proliferao
das redes de comunicao digital, que traz inmeras possibilidades e
perspectivas de inovao tecnolgica. A chamada Revoluo Digital refere-
se criao de grandes sistemas de redes de comunicao integradas,
com suportes de armazenamento e transmisso de dados digitais. E isso,
base para transformaes substanciais para a economia, poltica, cultura,
medicina, lazer, cincia e educao. (ALVES e NOVA, 2003).
Para que voc entenda melhor sobre as tecnologias utilizadas na EAD,
convm fazer um histrico das geraes da Educao a Distncia para
que se perceba a evoluo da tecnologia enquanto possibilitadora de novas
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formas de comunicao.
Mas ateno! preciso ter clareza de que os meios utilizados numa
gerao de forma predominante no excluem os outros meios. O meio
no tem valor educativo em si mesmo: o significado pedaggico do meio
material impresso e/ou e-book ou videoconferncia s ser definido a partir
de uma determinada proposta pedaggica.
As tecnologias da informao e da comunicao se convertem em
tecnologias educativas na medida em que so utilizadas como estratgias
de ensino- aprendizagem, e no como meros recursos de demonstrao.
Portanto, os diversos meios no so, a priori, tecnologias educativas, mas
podem vir a ser qualificadas para tais funes.
A confuso terminolgica entre tecnologia educacional e outros
conceitos, da mesma rea, geram uma confuso no entendimento correto
sobre suas significaes, gerando mais equvocos.
Por exemplo! comum encontrarmos e ouvirmos as pessoas utilizando
e entendendo o termo teleducao como sinnimo de televiso educativa, o
que um equvoco. Na verdade, teleducao significa educao a distncia,
pois tele radical grego significa distncia, portanto palavras como: telefone
(som a distncia) e televiso (viso a distncia), dentre outros termos.
Na Educao a Distncia a tecnologia est sempre presente e exigindo
mais ateno de professores e alunos, nesse sentido ela deve ser
incorporada gradativamente, no intuito de no se promover a excluso no
acesso educao. Alguns tericos dizem que: tecnologia boa aquela
que est ao alcance do aluno. Portanto, o uso de tecnologias na EAD
est voltado para a questo do aproveitamento devido, dos alunos, nos
cursos oferecidos.
Isso se confirma no Livro Verde da Sociedade da Informao
(TAKAHASHI, 2000): As tecnologias de informao e comunicao devem
ser utilizadas para integrar a escola e a com unidade, com a sorte de
que a educao mobilize a sociedade.
As geraes da Educao a Distncia esto vinculadas diretamente
evoluo das tecnologias, especialmente as criadas para serem utilizadas
no mbito educacional. Estas geraes tambm esto estritamente
ligadas ao processo histrico de evoluo da EAD, e para essa
caracterizao foram utilizadas duas bases tericas: Keegan (1990) e J.
Taylor (2001).
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importante destacar que essas geraes so delimitadas no tempo
em uma concepo cronolgica, sobretudo de incio de utilizao dos
meios tecnolgicos; hoje a uma convergncia de todas as tecnologias
com a inteno de oportunizar ensino e promover aprendizagem.
1 GERAO meados de 1850 at 1960 Nessa poca a integrao
baseada no texto escrito com outras ajuda, o principal meio de
comunicao eram materiais impressos, geralmente um guia de
estudo, com tarefas ou outros exerccios enviados pelos Correios.
o estudo por correspondncia a forma mais antiga de EAD.
2 GERAO at meados de 1990 - Esta gerao possibilitou
contatar muitas pessoas em tempo real. Nesse tipo de EAD, a
teleducao (rdio, TV etc.), fitas de udio, fitas de vdeo, fax e papel
impresso, com interao por telefone, satlite e TV a cabo, so as
formas com que a instruo seja possvel. A comunicao
sincrnica e Sincrnica - ocorre a troca de informaes num tempo
definido. Tempo real. Assncrona, sem o uso do computador.
Surgem as primeiras Universidades Abertas, com design e
implementao sistematizada de cursos a distncia, utilizando
tambm o material impresso. Assncrnica - ocorre a troca de
informaes em tempos diferentes.
3 GERAO a partir de 1990. A possibilidade de contatar muitas
pessoas em tempo diferente, foi o diferencial nesta gerao. O
uso do fac-smile e do correio eletrnico, material impresso,
sesses de chat, mediante uso de computadores, Internet, CD,
videoconferncia e fax permitiram uma comunicao tanto assincrnica
quanto sincrnica. uma gerao baseada em redes de
conferncia por computador e estaes de trabalho multimdia.
4 GERAO De 1995 at os dias atuais. Uso da Internet e a
criao de Escolas/Universidades Virtuais que utilizam a World
Wide Web com o meio. A comunicao tambm feita tanto de
forma sincrnica quanto assincrnica, tendo destaque nessa
gerao a possibilidade de sincronicidade nas atividades com
os alunos (chamada de atividades em tempo real). Aprendizagem
flexvel.
Hoje j se fala em 5 gerao da EAD, que seria a reunio de tudo
o que a quarta gerao oferece mais a comunicao via computadores
com sistema de respostas automatizadas, alm de acesso via portal a
processos institucionais, determinada por aprendizagem flexvel inteligente:
Web 2.0.
Apesar do variado uso de meios tecnolgicos inovadores, o material
impresso ainda se configura como o principal recurso didtico nos cursos
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realizados a distncia. Isso, por levar em considerao as caractersticas
sociais e geogrficas do pas.
As TICs oferecem possibilidades inditas e imensurveis de interao
e interatividade meditatizada. Essas possibilidades apresentam grandes
vantagens em permitir a combinao da flexibilidade da interao humana com
a independncia no tempo e no espao.
Os avanos da informtica, dos computadores e outros recursos
tecnolgicos tm exercido efeito significativo nos processos desenvolvidos
nos sistemas educacionais. Na busca de benefcios esperados diante das
mudanas nos paradigmas educacionais (BEAUCLAIR, 2006; BRANDO,
2001; NEITZEL, 1999; OLIVEIRA, 2003) as modernas tecnologias servem
como alavanca de um modelo educacional mais eficiente, seno, como
alternativa para essa finalidade.
No Brasil, a manifestao das novas tecnologias deu-se a partir dos anos
70 e80, com a introduo da automao industrial, da utilizao de
equipamentos sofisticados e da incluso da informtica na educao
(KAWAMURA, 1990)
Na dcada de 90, surgem concepes de Tecnologia Educacional
que norteiam, na atualidade, o uso das novas tecnologias como
instrumentos para sistematizar os processos e a organizao educacional.
As novas tecnologias, segundo Pretto (1996 apud BRAGA e PINHO,
2001, p. 1), entram em cena para reanimar um a educao j cansada,
e que est fundamentada apenas no discurso oral e na escrita, centrada
em procedimentos dedutivos e lineares, praticamente desconhecendo o
universo audiovisual que domina o mundo contemporneo. Ao se enfatizar o
termo novo nesse contexto, a referncia dada, preferencialmente, ao uso
dos recursos telemticos para produzir, armazenar, processar, recuperar e
transmitir informaes.
A Telemtica , segundo Litwin (2001),na atualidade, a que est no
apogeu, e promove no apenas modificaes em todos os ramos da
economia como tambm poderamos dizer que inaugurou o quarto ramo
econmico, cuja matria-prima a informao (p. 92).
A insero, ento, desses novos meios em nosso cotidiano facilita os
projetos educacionais que se aproveitam desses mecanismos e abrangem
cada vez mais pessoas, em diferentes locais e com perspectivas
variadas, influenciando muitas vezes, na facilidade e prazer do indivduo em
aprender. Isso reforado por Moran (2000), ao dizer que: Na sociedade da
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informao todos estamos reaprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a
ensinar e a aprender; a integrar o humano e a tecnologia; a integrar o
individual, o grupal e o social.
Os recursos didticos utilizados na Educao a Distncia necessitam de
meios para se propagarem, e que estejam disponveis para os estudantes.
O termo tecnologia est sempre envolto de confuses sinonmicas;
caso comum achar que tecnologia e mdia significam a mesma coisa. Mdia
em linhas gerais significa meios. Proveniente do vocbulo latino media ou
medium, atualmente, uma terminologia usada como suporte de difuso
e veiculao da informao (rdio, televiso, jornal) e para gerar
informao (mquina fotogrfica e filmadora).
Moran et ali. (2007) diz que a mdia tambm organizada pela maneira
como uma informao transformada e disseminada (mdia impressa,
mdia eletrnica, mdia digital), alm do seu aparato fsico ou tecnolgico
empregado no registro de informaes (fitas de videocassete, CD-ROM,
DVDs).
O termo mdias, no plural, visa pr em relevo os traos diferenciais
de cada mdia, para caracterizar a cultura que nasce nos trnsitos,
intercmbios e misturas entre os diferentes meios de comunicao
(SANTAELLA, 1996).
Assim, a palavra mdias foi adotada e redimensionada nas sucessivas
dcadas do sculo XX, com o intuito de ampliar e tornar flexvel o conceito.
Dentre os principais recursos tecnolgicos e as mdias utilizadas nos
sistemas de Educao a Distncia, como forma de superar a distncia, so:
Material impresso - Os livros, enciclopdias, apostilas, folhas e
cadernos de atividades representam a tecnologia dominante da
maioria das aulas, ainda hoje. Muitas vezes, eles so os nicos
recursos disponveis nas mos dos alunos para que eles e seus
professores/tutores possam buscar, rever ou aprofundar os
contedos trabalhados. No podemos pensar em educao
sistematizada, seja presencial ou a distncia, sem associ-la ao uso de
material impresso.
Rdio - Foi no decorrer das duas guerras mundiais que o udio,
isto , o rdio, comeou a ganhar fora e surgiu como meio de
comunicao sistemtico. Sua evoluo sempre esteve associada a
interesses tanto comerciais quanto polticos. Ele foi o primeiro meio
de comunicao imediata, de forte apelo e penetrao popular. Seu
poder de falar com todos produziu um grande impacto na sociedade e
logo foi absorvido politicamente.
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Vdeo - A linguagem do homem sempre foi audiovisual, desde os
seus primrdios, quando ele se relacionava a partir de um sistema
de com unificao pessoal, utilizando expresso corporal, gestos e
expresso fisionmica. A associao imagem-palavra aparece nos
livros mais antigos, pois, desde o incio da imprensa, a gravura e o
texto multiplicaram-se juntos. As caractersticas da linguagem
audiovisual foram se transformando no decorrer do tempo devido
incorporao de novas tecnologias de captao e registro de imagens e
de sons.
Televiso - A presena da informao audiovisual, no dia-a-dia dos
indivduos, um dos traos culturais mais fortes do final do sculo XX.
Entre as mdias, a televiso , sem dvida, a mais poderosa, a mais
influente, multifacetada e at onipresente. Grande parte da
populao do pas no tem acesso regular a outras fontes de
informao, alm do rdio e da TV.
Computador hoje amplamente utilizado e, dentre suas
vantagens, enumeram - se, sobretudo, o fato de ser um sistema
que facilita o aprendizado indivi dual, em ritmo e condies
prprios e, ainda, o de permitir a incorporao de animaes,
grficos, de textos impressos, do udio e das diferentes formas de
comunicao. Entre suas limitaes ainda se conta o custo da
mquina, considerado por muitos como elevado.
Internet um a gigantesca rede mundial de computadores
interligados. Ela gera interao ente pessoas em todo o Planeta, que
podem ter acesso a uma incalculvel quantidade de dados e
informaes armazenadas e disponveis para consulta, a qualquer
tempo e em segundo, sobre os mais diferentes temas.
WWW (Word Wide Web) Tem informaes disponveis que se
ampliam a cada dia. um sistema que se distribui num complexo de
informaes conectadas entre si por m eio de uma palavra-chave. O
acesso ao sistema feito pelo prprio computador via Internet,
que contm arquivos de textos em geral, hipertextos, grficos e
base de dados. Conjunto interligado de documentos escritos em
linguagem HTML armazenados em servidores HTTP ao redor do mundo.
Teleconferncia uma emisso de televiso ao vivo, com
recepo por antena parablica ou cabo. Consiste na gerao, via
satlite, de palestras, apresentao de expositores ou aulas, com a
possibilidade de interao via fax, telefone ou Internet.
essencialmente uma via de vdeo e uma via de udio simultneas,
com a utilizao de uma via de udio ou fax como retorno para
perguntas ou opinies. Possibilita disseminar informaes a um
largo nmero de pontos geograficamente dispersos, j que o
acesso via satlite beneficia as comunicaes em longa distncia.
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Videoconferncia - uma tecnologia que permite que grupos
distantes, situados em dois ou mais lugares geograficamente
diferentes, comuniquem-se "face a face", atravs de sinais de udio e
vdeo, recriando, distncia, as condies de um encontro entre
pessoas. A transmisso pode acontecer tanto por satlite, como pelo
envio dos sinais comprimidos de udio e vdeo, atravs de linhas
telefnicas. A videoconferncia a que m ais se aproxima de uma
situao convencional da sala de aula, j que, ao contrrio da
teleconferncia, possibilita a conversa em duas vias, permitindo que o
processo de ensino/aprendizagem ocorra em tempo real (on-line) e
possa ser interativo, entre pessoas que podem se ver e ouvir
simultaneamente. um recurso tecnolgico muito utilizado atualmente
nos cursos a distncia.
AVA ( Ambiente Virtual de Aprendizagem) - um sistema
desenvolvido especialmente para o estudo pela Internet, onde so
organizados os recursos e ferramentas para o acesso aos cursos,
por meio da interao com os contedos, realizao de atividades
de aprendizagem, interao com o professor e colegas. Portanto,
no podem ser confundidos com simples pginas, bancos de
informaes na Internet. Nesta interface, voc tem acesso a contedos
das disciplinas do semestre, planos de ensino, calendrio de
avaliaes, participao no frum e mantm contato com outros
acadmicos da disciplina. Atravs do AVA voc participa do curso
utilizando outros recursos como: Chat, frum de discusso, FAQ
(perguntas frequentes), mural, portflio, wikis, blogs e outros.
Webcast Uma ferramenta simples e eficiente: com ela voc pode
transmitir ao vivo e em tempo real, para um grande nmero de pessoas
situadas em um local remoto (seja em um grande auditrio ou mesmo
em diversos lugares diferentes), palestras, conferncias, tendo a
internet como veculo prtico e econmico para as transmisses.
TV digital um sistema de transmisso digital para enviar vdeo,
udio e sinais de dados aos aparelhos compatveis com a
tecnologia, proporcionando assim transmisso e recepo de maior
quantidade de contedo por uma mesma freqncia, podendo
atingir o alvo de muito alta qualidade na imagem com alta
definio.
Wiki um software colaborativo que permite a edio coletiva dos
documentos, com uma linguagem de marcao muito simples e
eficaz, atravs da utilizao de um navegador web.
Blog ou Weblog Uma espcie de dirio pblico, disponibilizado
via Web, de registro cronolgico e, frequentemente atualizado de
opinies, emoes, fatos, imagens ou qualquer outro tipo de contedo.
Podcast - Programas ou arquivos gravados em qualquer formato
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digital: o formato de udio so os mais utilizados, e so
disponveis via Internet. A palavra "podcasting" surgiu da fuso do
iPod (marca do aparelho de midia digital da Apple de onde saram
os primeiros scripts de podcasting) e broadcast (transmisso via
rdio). A srie de arquivos publicados por Podcasting chamada de
Podcast.
Second Life um ambiente onde possvel simular a vida em tem po
real, mas de forma digital: um mundo virtual totalmente 3D. Surgiu em
2003, e significa segunda vida. Pode ser utilizado para jogos,
simular, comrcio virtual e ambiente de aprendizagem do E-learning.
A princpio foi criado para o entretenimento, mas hoje o setor
educacional investe bastante nesse ambiente, inclusive algumas
universidades brasileiras j o adotam como mais um recurso
pedaggico.
Os alunos gostam de se comunicar via Internet, usam com mais
frequncia que os professores todos esses recursos tecnolgicos disponveis.
Os docentes precisam conhecer e se familiarizar com a linguagem dos
meios telemticos, sem que se desviem do carter pedaggico da prtica
docente. premente essa relao, seno o domnio com os meios, para
que eles no tornem nosso conhecimento educacional e nossa prtica
pedaggica totalmente obsoleta.
O uso concomitante das tecnologias inovadoras para a EAD e o
aspecto pedaggico dos cursos nessa modalidade pretendem muita
discusso e acima de tudo um planejamento aprimorado, no sentido de
gerar e gerir cursos com qualidade. No tpico seguinte, disponibilizamos
algumas informaes sobre como se d o processo de planejamento na EAD,
pois esta tem uma estrutura complexa, e precisa de um enfoque especfico.
Apesar da insero de novas tecnologias no cenrio da EAD, o
material impresso ainda se configura como o mais preferido dentre os recursos
educacionais. O material impresso raramente utilizado, atualmente, como
um nico recurso de ensino-aprendizagem, ele est sempre convergindo com
outros recursos, em especial os AVAs que esto sendo muito utilizados.
Os ambientes virtuais, que so disponveis via internet, surgem no
cenrio educacional sob vrias denominaes, ficando a critrio da instituio
ou empresa utilizar o termo mais adequado sua realidade. Alguns chamam
de AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem o mais utilizado), AVEA
(Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem), Ambientes Colaborativos de
Aprendizagem, Ambiente de Ensino a Distncia e Ambiente de Aprendizagem
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Cooperativa, para citar alguns deles.
Independente do termo utilizado, o importante que esses ambientes
cumprem uma funo muito importante para a efetivao da Educao a
Distncia, pois tipicamente um sistema de gesto de aprendizagem
que possibilita formas diversas de produzir cursos e atividades didticas,
disponibilizar outros recursos hipermiditicos, bem como acompanhar a
participao do estudante podendo avaliar todo o seu percurso de estudo.
Portanto, so softwares que auxiliam na estruturao de cursos acessveis
pela Internet.
Conceituando um ambiente virtual, Santos (2003) diz que um espao
fecundo de significao, onde seres humanos e objetos tcnicos interagem
potencializando a construo de conhecimentos e isso gera aprendizagem,
podendo-se ento afirmar que um AV se presta para enfoques educativos no
sequenciais.
Os AVAs so considerados como uma sala de aula virtual com
mltiplas funcionalidades, e que surge como meio de promoo dos
processos criativos, do pensamento crtico e do trabalho colaborativo.
A noo do que virtual fundamental para que se compreenda a
funo do AVA como um recurso hipermiditico. Comumente entendido
como algo que est longe do real, ficando na instncia do impossvel,
do inexistente, Lvy (2001) esclarece que o virtual no se ope ao real, mas
sim ao atual.
Proveniente do latim medieval virtualis, virtual significa fora, potncia. Ou
seja, virtual o que existe em potncia e no em ato. Como exemplo clssico
para melhor entendimento da questo ele cita a rvore, que est
virtualmente presente na semente, que tem potncia para existir, m as
ainda no atual, pois nem toda semente se transformar em uma rvore.
Estes ambientes possibilitaram a criao de cursos de maneira mais
controlada, mesclando atividades sincrnicas com assncronas, e gerando
integrao com novas possibilidades de interao pela Internet, alm da
aproximao entre professores e alunos dentro do processo educativo.
O nmero de ferramentas disponveis para utilizao nesses ambientes
bem diversificada: so e-mails, fruns, conferncias, bate-papos, arquivos
de textos, wikis, blogs, dentre outros. Em todos estes ambientes, textos,
imagens e vdeos podem circular de maneira a integrar mdias e
potencializar o poder de educao atravs da comunicao.
Dentre os ambientes que mais se destacam no desenvolvimento de
atividades educacionais so: TelEduc, Moodle e E-Proinfo que fazem
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parte da cultura do softwares livres e abertos, sendo portanto
gratuitos e permitindo alterao em seu cdigo fonte. O Solar,
Scrates, Maestro, Blackboard, Aulanet, Rooda, LearnLoop, Amem,
WebCT, Quantum, Second Life, dentre outros, so ambientes
particulares que tem cdigo fechado: no so considerados softwares
livres.
O uso desses ambientes propiciou a implementao do E-learning
e da Educao online, temas que sero trabalhados logo a seguir.
A Educao, com a insero cada vez maior de recursos tecnolgicos
inovadores, e com as possibilidades infinitas de se chegar a qualquer
lugar e em qualquer tempo atravs da Internet, fez surgir uma modelo
educacional, com vnculos mais estreitos com a Educao a Distncia que
com a educao presencial.
Tendo como inteno inicial a formao corporativa, o E-learning
(traduzido por ensino eletrnico) baseado no sistema LMS (Learning
Mangement System) ou SGC (Sistema de Gerenciamento de Cursos) que
permite organizar e disponibilizar materiais didticos e recursos
hipermediticos para treinamentos de funcionrios e seleo de pessoal. Sua
maior incidncia percebida no mbito das empresas.
Estas empresas, por meio dos ambientes preparados especificamente
para esse fim, transmitem, atravs da Internet ou Intranet, informaes e
instrues aos alunos, com inteno de tratar de um assunto especfico.
Para isso, so utilizados diversos recursos como: o e-mail, textos e
imagens digitalizadas, chats, links para fontes externas de informaes,
vdeos e teleconferncias, entre outros.
Com inteno de romper as barreiras geogrficas e temporais, o E-
learning um modelo educacional que est ajustado s caractersticas de
nosso tempo, marcado pela agilidade, velocidade e gigantescos volumes
de informao a serem digeridos. No que se refere s empresas, o objetivo
no deve ser simplesmente substituir a forma de ensino tradicional pelo
e-learning, mas sim , utilizar essa ferramenta na medida adequada s suas
necessidades (FELIPINI, 2009).
Para que o E-learning seja possvel, e oferecido com qualidade para
os participantes, importante no s um bom software, mas principalmente
deve ter um eficiente sistema de gerenciamento e desenvolver contedos com
embasamento pedaggico e teoria especfica.
Porquanto, pode-se afirmar que os pilares desse formato de educar
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so: tecnologia, contedo e gesto, sem a convergncia desses elementos um
projeto de educao a distncia, exclusivamente por meio eletrnico,
tende a ser um projeto fadado ao fracasso. Observe na figura abaixo a
relao existente entre esses elementos:
Quadro 2: Elementos do E-learning. Fonte: http://portal.webaula.com.br/entenda_pilares.aspxsm=pilares
Saindo do mbito empresarial, o E-learning ganha outra significao,
passando a ser desenvolvido no ambiente educacional em especialmente
no meio universitrio, denominada de Educao online. Moran (2003, p. 39)
define a educao online como um conjunto de aes de ensino-
aprendizagem desenvolvidas por meio de meios telemticos, como a
Internet, a videoconferncia e a teleconferncia. Ela acontece desde a
educao infantil at a ps-graduao, vai depender do objetivo dado a
cada curso ou atividade didtica.
Por conta do avano da Telemtica e coma rapidez de comunicao via
redes, transmitindo informaes em tempos assncronos e sincrnicos, a
educao online ocupa um espao cada vez maior no meio educacional,
com uma tendncia de evoluo maior ainda nos prximos anos: um
caminho sem volta, a pretenso de melhoria e expanso cada vez maiores.
Obviamente que um processo muito mais complexo que a educao
presencial, pois exige uma logstica diferenciada e complexa, sobretudo pelo
uso de diversos recursos telemtico em um mesmo ambiente de ensino-
aprendizagem.
comum, hoje em dia, o uso da educao online na educao
presencial, quando algumas instituies integram aulas presenciais com
aulas e atividades virtuais. A gama de cursos oferecidos via ambientes
virtuais de aprendizagem muito variada, e contempla todo o tipo de
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pblico, ficando a critrio de cada um a melhor forma de se capacitar.
Convm destacar que todos esses cursos, independente do ambiente
e da tecnologia a ser utilizada, devem ser organizados estrategicamente,
no sentido de que o contedo esteja preparado de forma adequada ao
aprendizado a distncia. Para entendermos bem essa organizao, o mdulo
seguinte trata desse assunto.
Caminhamos para formas de gesto menos centralizadas, mais flexveis, integradas, para estruturas mais enxutas.
Manuel Moran
Planejar uma ao racional voltada para um fim especfico:
atividade fundamenta para dar transparncia ao pedaggica e aos
fins que se quer atingir.
O termo planejamento antigo. medida que as sociedades iam se
organizando, o planejamento passou a ser sinnimo de liderana e
administrao, passando ento a ser uma necessidade.
Se voc atentar, o planejamento est presente em todas as situaes
do seu cotidiano: em seu trabalho, na sua casa, nas lojas, nos supermercados
etc. Na educao, o planejamento um processo que se forma nas
relaes sociais e, simultaneamente, as transforma. Proporciona, assim, a
base para a ao efetiva que resulta da capacidade de prever e
preparar mudanas que afetem os objetivos educacionais.
Como todo planejamento visa orientar e organizar o trabalho de
pessoas envolvidas na execuo de um determinado objetivo, ele envolve
a previso de critrio de ao, cronogramas, acesso e recursos
indispensveis para se atingir os objetivos propostos, determinao das
responsabilidades de cada um e do tempo adequado para a realizao das
aes necessrias (ROESLER et ali, 2006).
A etapa de planejamento na EAD considerada a mais importante no
processo de instituio de um curso, uma vez que um dos sustentculos
para o sucesso de qualquer iniciativa nessa modalidade reside na sua
estruturao.
Peniche (apud ROESLER et ali, 2006) aponta um modelo simples
de planejamento em EAD. Os parmetros bsicos so: o acesso, o custo
e a qualidade.
Acesso preciso analisar o pblico-alvo a partir das demandas
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existentes. Mas antes se deve questionar: existe demanda? H
alunos interessados no curso? Essas questes vo nortear o
planejamento e oferta de um curso a distncia. Outra
questo a ser pensada com clareza quantos aos recursos
humanos e tecnolgicos necessrios e efetivos para a implantao
do curso.
Custo S faz sentido a implantao de um curso em EAD se
houver viabilidade econmica e faa sentido socialmente, e
isso est relacionado demanda. Os custos relativos
produo de material didtico e de apoio so considerveis, assim
como os gastos relativos s funes de apoio pedaggico
aos estudantes e de tutoria. A variao dos custos, no
sentido econmico, sentido medida que aumenta o nmero
de estudantes no curso, o que chamam de economia de escala.
Qualidade A questo da qualidade essencial como fator
de sucesso de um curso a distncia. O MEC instituiu alguns
fatores de qualidade para a modalidade, que so dez:
compromisso dos gestores; desenho do projeto; equipe
profissional multidisciplinar; comunicao/interao entre os
agentes; recursos educacionais; infraestrutura de apoio;
avaliao contnua e abrangente; convnios e parcerias;
transparncia nas informaes e sustentabilidade financeira.
Enfim, para construir um planejamento educacional em EAD
preciso estabelecer uma ligao entre teoria e prtica.
Pimentel (2006) orienta como bases para a implantao da EAD, os
seguintes elementos:
PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) o elemento
primordial para a implantao da EAD em uma instituio. Ele
define a misso, os objetivos, os princpios da instituio, as
diretrizes pedaggicas que orientam suas aes, a sua estrutura
organizacional e s atividades acadmicas que desenvolve ou que
pretende desenvolver.
PP (Projeto Pedaggico) identifica as necessidades do curso,
considerando: as definies dos objetivos a alcanar, seleo e
organizao dos contedos, elaborao dos materiais didticos,
definio do esquema operacional, sistemas de comunicao,
infraestrutura necessria e outros itens necessrios implantao de
um curso nessa modalidade.
A partir do planejamento e de definies de qual estrutura vai ser utilizada
para um melhor desenvolvimento de um curso a distncia, o primeiro
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passo ps- planejamento a construo de um modelo estrutural a partir
das necessidades do curso, dos agentes humanos e na seleo dos
recursos envolvidos. Isso envolve desde a produo at a implementao
destes cursos.
Para organizar um Centro ou Ncleo de Educao a Distncia, que pode
estar ligado a uma instituio presencial ou no, interessante contar com
um a organizao administrativa e que goze de autonomia administrativa e
financeira para poder implementar uma poltica de EAD e consolidar seus
projetos.
Preti (1996) elencou os seguintes elementos como constituidores de um
Centro ou Ncleo de Educao a Distncia: Coordenao Geral,
Administrativa e Pedaggica, Secretaria, Professores-Especialistas, Tutores.
Coordenao Geral responsvel por integrar as atividades externas e
internas, no sentido de definir operaes e tomadas de decises para
articular e viabilizar uma poltica institucional em EAD, com o intuito de
alcanar os objetivos dos cursos.
Coordenao Administrativa responsvel pelas atividades
estratgicas e operacionais dos cursos, alocando recursos humanos
e materiais. responsvel tambm pela impresso e/ou distribuio
do material didtico e todos os seus aspectos burocrticos. Alm
disso, acompanha o percurso acadmico dos alunos.
Equipe Pedaggica aqui esto includos os especialistas em
Educao a Distncia, Tecnologia Educacional, Multimdia e outros
necessrios a implementao de um curso a distncia. Em algumas
instituies so denominados tambm de equipe multidisciplinar. So os
responsveis pela concepo, produo, acompanhamento e avaliao
dos cursos, para auxiliar na retroalimentao dos mesmos. Em
outra ponta da equipe pedaggica, esto os professores especialistas
das disciplinas, que tero a responsabilidade de: escolha ou de
produo do material didtico, assessorar e acompanhar o trabalho
dos tutores, avaliando o processo ensino-aprendizagem dos alunos
em parceria como os tutores. Secretaria responsvel por
desempenhar funes relativas organizao e atualizao dos
arquivos relativos ao curso.
Esses elementos constituintes de um sistema de EAD so bsicos,
cada instituio organiza sua estrutura como lhe convm. Mas, praticamente,
quase todas as instituies que atuam com EAD tm em sua estrutura esses
elementos, sendo que uma ou outra acrescenta outros elementos, no sentido
de redistribuir melhor as funes e aes.
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O entendimento sobre sistema pode ser comparado ideia que se
tem de funcionamento do corpo humano: todas as partes do corpo tm
um papel a desempenhar para que o todo funcione eficazmente.
O sistema um conjunto de elementos em interao, com relao
entre os objetos e seus atributos, ou seja, um todo composto de muitas
partes que devem interagir conjuntamente para alcanar o objetivo
proposto em cada programa (ROESLER et ali, 2006).
Na Educao a Distncia, considerando-se o aspecto estrutural criado
para seu funcionamento e utilizando em comunho os componentes
essenciais para isso ocorrer, o sistema bem complexo e deve se
desenvolver em harmonia.
Um sistema de Educao a Distncia para Moore e Kearsley (2007)
formado por todos os componentes que operam quando ocorre o ensino e
o aprendizado a distncia: incluindo aprendizado, ensino, comunicao,
criao e gerenciamento
No podemos pensar o sistema da EAD como algo que funcione
com suas partes isoladas, ao contrrio, necessria uma intensa e
constante inter-relao entre seus componentes.
Os programas de EAD so sistemas organizacionais que exigem a
participao de gestores que comandem e liderem uma equipe de trabalho no
exerccio de suas tarefas, planejem os procedimentos administrativos,
pedaggicos, tecnolgicos, oramentrios e de pessoas.
Considerando-se que a gesto uma forma de organizar e
gerenciar os segmentos que compem uma estrutura, ela quem
determina a qualidade do ensino. Keegan (apud BELLONI, 2001) afirma que
na Educao a Distncia quem ensina uma Instituio, por conta disso a
gesto desse sistema deve assegurar o perfeito funcionamento de suas
partes.
Essa gesto, de acordo com Polak (2002), e didaticamente, de
forma bem simples, pode ser dividida em gesto pedaggica e gesto de
sistema. A primeira diz respeito a todo o processo de educao, desde a
elaborao dos projetos de curso at a sua avaliao, garantindo o
cumprimento de todas as etapas. J a gesto de sistema est voltada para
a administrao dos processos que garantem o funcionamento eficaz e
eficiente dos mesmos.
O modelo de estrutura e gesto de uma instituio depende da
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especificidade de cada uma delas. Pode ser isolada, trabalhar apenas
virtualmente( educao online); pode ser mista e atender a vrias clientelas
e atuar em todos os nveis de formao e pode ser altamente sofisticada,
centrada nas tecnologias da 5 gerao de EAD.
Ao se organizar um centro gerenciador de Educao a Distncia, deve-se
levar em considerao a formao de uma equipe multidisciplinar que inclua
professores conteudistas, tecnlogos educacionais especializados em EAD,
projetistas grficos, professores tutores, pessoal de apoio (digitadores,
diagramadores), pessoal da rea de administrao, consultores externos e
especialistas em informtica educacional.
Lobo Neto (1998) defende que na administrao de um sistema de
EAD fundamental que se definam claramente responsabilidades e
atribuies de todos garantindo os seguintes servios:
Desenvolvimento e produo tcnica dos cursos, distribuio dos
materiais didticos;
Apoio comunicao distncia entre alunos e tutores ou monitores;
Apoio aos momentos presenciais de elao didtica ou de atividades
prticas, registro/arquivo de dados/certificao;
Apoio realizao de testes, provas e exames quando exigidos.
Porquanto, o planejamento, a organizao e o funcionamento dos
sistemas de Educao a Distancia devem estar fundados nos princpios
da democracia, que propicia o dilogo, a participao, a troca de experincias
e de saberes, de modo a favorecer o desenvolvimento da aprendizagem
colaborativa e da construo coletiva do conhecimento (GOMES e LOPES,
2009).
Em meados dos anos 20 j se ofereciam diversos cursos a
distncia, sendo que eles tinham por objetivo principal a qualificao e
especializao e mo-de-obra emergentes diante da nascente industrializao.
A partir da, sua expanso se deu em diversos nveis. Se voc observar o
histrico da EAD pode perceber a forma como esta se desenvolveu.
Alonso (1996) pontua que desde a dcada dos anos 70 assistimos s
tentativas de organizao de experincias em EAD, sem que isto viesse a
se consolidar na criao de um sistema de ensino baseado nesta modalidade.
Grande parte das resistncias a esta modalidade de ensino esto
associadas ao regime ditatorial e a difuso dos chamados modelos
tecnolgicos to em voga nesta mesma poca. Alm do que, o sistema
educacional enfrentava graves problemas de estruturao: era monopolista,
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fechado e de excluso.
A partir da, e diante das fracassadas tentativas de ofertas de cursos
a distncia, muitas aes foram envidadas no sentido de tornar a EAD em
uma ao efetiva na educao brasileira.
Durante muito tempo, a Educao a Distncia foi considerada, para usar
as palavras do filsofo francs Pierre Lvy, uma espcie de "estepe" do
ensino, utilizada principalmente quando outras modalidades de educao
falhavam .
O desenvolvimento da EAD no Brasil teve um ritmo lento porque
existiam barreiras estabelecidas por polticas que amparavam um modelo de
educao mais antigo, baseado totalmente no sistema presencial, o que de
certa forma prejudicou os novos modelos adotados para a Educao a
Distncia. Moore e Kearsley (2007) afirmam que esses obstculos interpostos
por polticas podem ser detectados em todos os nveis: federal, estadual,
regional e institucional.
Polticas Pblicas tudo aquilo que o governo implementa para todos.
Estas polticas surgem atravs da unio da sociedade civil organizada com o
governo, que pensam e planejam juntos como os recursos do pas vo ser
utilizados, como ser a atuao governamental e da sociedade em reas
especficas, e como os servios sero prestados populao: enfim, so
aes e medidas adotadas pelo Estado para atender as demandas da
sociedade (MATIAS-PEREIRA, 2008).
No mbito de uma instituio, as polticas so um conjunto de
princpios em funo dos quais os administradores podem testar planos,
propostas ou ideias para aes especficas a serem desenvolvidas no
momento de gesto tanto institucional quanto dos cursos a serem
oferecidos.
Por conta da expanso da EAD, tomando como evidncia os
aspectos pedaggicos, a aplicao de tecnologias inovadoras e as
diretrizes polticas para viabilizar esta modalidade, as discusses no cenrio
brasileiro cresceram de forma significativa.
Tomando-se como base o texto da Constituio Federal de 1998 que
determina que a educao um direito de todos, somente a partir dos anos 90
que teve incio a intensificao do discurso e das propostas que visam
garantir educao para todos.
Art. 205. A educao, direito de todos e dever do Estado e da famlia, ser promovida e incentivada com a colaborao da sociedade, vis ando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exerccio da cidadania e sua qualificao para o trabalho (BRASIL, 1999, p. 95).
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As discusses giraram em torno de questes relacionadas s mudanas
nos conceitos e na forma de implantao das polticas educacionais que
vm sendo definidas para o pas. Destas discusses, o primeiro resultado
surgiu, para efetivar a EAD no bojo da educao brasileira, a partir das
resolues contidas no artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educao
Nacional (LDB), n 9.394/96, e da criao da Secretaria de Educao a
Distncia (SEED) do MEC, em 1995.
Art. 80. O Poder Pblico incentivar o desenvolvimento e a veiculao de programas de ensino a distncia, em todos os nveis e modalidades de ensino, e de educao continuada. 1 A educao a distncia, organizada com abertura e regime especiais, ser oferecida por instituies especificamente credenciadas pela Unio. 2 A Unio regulamentar os requisitos para a realizao de exames e registro de diploma relativos a cursos de educao a distncia. 3 As normas para produo, controle e avaliao de programas de educao a distncia e a autorizao para sua implementao, cabero aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperao e integrao entre os diferentes sistemas . (BRASIL, 1996)
O Ministrio da Educao (MEC) desenvolve programas que fomentam
a modalidade de Educao a Distncia, abaixo citamos alguns deles, que
podem ser utilizados tanto pelas instituies pblicas quanto pelas
privadas, dependendo da especificidade de cada um:
Domnio Pblico (biblioteca virtual) - Com um acervo de cerca
de 79 mil obras e um registro de 9,3 milhes de visitas, o Portal
Domnio Pblico a maior biblioteca virtual do Brasil (dados de
2008). Lanado em 2004, o portal oferece acesso de graa a
obras literrias, artsticas e cientficas (na forma de textos, sons,
imagens e vdeos), j em domnio pblico ou que tenham a sua
divulgao autorizada.
DVD Escola - O Projeto DVD Escola oferece a escolas pblicas
de Educao Bsica caixa com mdias DVD, contendo,
aproximadamente, 150 horas de programao produzida pela TV
Escola. A inteno assegurar o compromisso com a atualizao
tecnolgica e democratizao da TV Escola. Em 2008, foram
distribudas caixas com 50 mdias de contedo da TV Escola s 75 mil
escolas atendidas. At o final de 2009, sero enviadas caixas
compostas por 30 mdias DVD com novos contedos para a
atualizao das instituies participantes.
E-Proinfo - O Ambiente Colaborativo de Aprendizagem (e-Proinfo)
um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que permite a
concepo, administrao e desenvolvimento de diversos tipos de
aes, como cursos a distncia, complemento a cursos presenciais,
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projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas
de apoio a distncia e ao processo ensino-aprendizagem.
E-Tec Brasil - Lanado em 2007, o sistema Escola Tcnica Aberta do
Brasil (e-Tec) visa oferta de educao profissional e tecnolgica
a distncia e tem o propsito de ampliar e democratizar o acesso
a cursos tcnicos de nvel mdio, pblicos e gratuitos, em regime
de colaborao entre Unio, estados, Distrito Federal e municpios.
Os cursos sero ministrados por instituies pblicas. O MEC
responsvel pela assistncia financeira na elaborao dos cursos.
Aos estados, Distrito Federal e municpios cabem providenciar
estrutura, equipamentos, recursos humanos, manuteno das
atividades e demais itens necessrios para a instituio dos cursos. A
meta estruturar mil polos e atender 200 mil alunos at 2012.
Mdias na Educao - Mdias na Educao um programa de
educao a distncia, com estrutura modular, que visa proporcionar
formao continuada para o uso pedaggico das diferentes tecnologias
da informao e da comunicao TV e vdeo, informtica, rdio e
impresso. O pblico- alvo prioritrio so os professores da educao
bsica. H trs nveis de certificao, que constituem ciclos de
estudo: o bsico, de extenso, com 120 horas de durao; o
intermedirio, de aperfeioamento, com 180 horas; e o avanado, de
especializao, com 360 horas.
Proinfantil - um curso a distncia, de formao para o
Magistrio, em Nvel Mdio, na modalidade Normal, oferecido para
professores em exerccio nos sistemas municipais e estaduais de
educao. O curso conferir diploma para o exerccio da docncia na
Educao Infantil.
Proinfo (Programa Nacional de Tecnologia Educacional) - um
programa educacional com o objetivo de promover o uso pedaggico da
informtica na rede pblica de educao bsica. O programa leva s
escolas computadores, recursos digitais e contedos educacionais.
Em contrapartida, estados, Distrito Federal e municpios devem
garantir a estrutura adequada para receber os laboratrios e
capacitar os educadores para uso das mquinas e tecnologias.
Tv Escola - A TV Escola um canal de televiso do MEC que
capacita, aperfeioa e atualiza educadores da rede pblica desde
1996. Sua programao exibe, nas 24 horas dirias, sries e
documentrios estrangeiros e produes prprias. Alguns dos
programas exibidos pela TV Escola esto disponveis para download
gratuito no Portal Domnio Pblico.
UAB - Sistema Universidade Aberta do Brasil - Programa que
busca ampliar e interiorizar a oferta de cursos e programas de
educao superior, por meio da Educao a Distncia. A prioridade
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oferecer formao inicial a professores em efetivo exerccio na
educao bsica pblica, porm ainda sem graduao, alm de
formao continuada a aqueles j graduados. Tambm pretende
ofertar cursos a dirigentes, gestores e outros profissionais da educao
bsica da rede pblica.
Banco Internacional - O Banco Internacional de Objetos Educacionais
um portal para assessorar o professor. No banco, esto
disponveis recursos educacionais gratuitos em diversas mdias e
idiomas (udio, vdeo, animao/simulao, imagem, hipertexto,
softwares educacionais) que atendem desde a educao bsica at
a superior, nas diversas reas do conhecimento.
RIVED Programa da Secretaria de Educao a Distncia - SEED, que
tem por objetivo a produo de contedos pedaggicos digitais, na
forma de objetos de aprendizagem. Alm de promover a produo
e publicar na web os contedos digitais para acesso gratuito, o
RIVED realiza capacitaes sobre a metodologia para produzir e
utilizar os objetos de aprendizagem nas instituies de ensino
superior e na rede pblica de ensino.
PAPED - Programa desenvolvido pela SEED, em parceria com a
Fundao Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel
Superior - CAPES, para apoiar projetos que visem o desenvolvimento
da educao presencial e/ou a distncia. O PAPED incentiva a
pesquisa e a construo de novos conhecimentos que
proporcionem a melhoria da qualidade, equidade e eficincia dos
sistemas pblicos de ensino, pela incorporao didtica das novas
tecnologias de informao e comunicao.
mister referenciar que, apesar das polticas desenvolvidas pelos
gestores, h uma descontinuidade muito grande com referncias s aes
desenvolvidas. Ainda no h uma consonncia de aes voltadas para a
educao, seja ela presencial ou a distncia. Muitos cursos e/ou programas
desenvolvidas pelo governo federal e/ou estadual no tiveram xito justamente
por esta falta de continuidade de aes.
Por conta disso, cada vez mais a discusso em torno de polticas pblicas
para a EAD so consolidadas, gerando novas aes de fomento desta
modalidade, sobretudo porque as instituies privadas so responsveis por
mais de 77,11% dos servios de educao e formao profissional (PIRES,
2005).
Ao se falar de legislao educacional o ponto de partida so os
artigos 205 a 214 da Constituio Federal do Brasil. Alm do artigo 80, da Lei
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n 9.394 (LDB), os artigos 32, 47, 52, 62 e 87 citam a EAD como
alternativa educacional, dando -lhe feies especficas em cada nvel de
ensino.
Hoje o poder pblico se coloca favorvel a propostas de Educao a
Distncia, e diante dessa situao, a Universidade Aberta do Brasil, em
esforo conjunto com os Governos Estaduais e o Banco do Brasil, concebeu o
Curso de Administrao na modalidade a distncia, aceitando o desafio da
Educao a Distncia como alternativa de oferta de ensino superior que
possibilite a cada pessoa o desenvolvimento de suas capacidades
cognitivas, sociais, emocionais, profissionais e ticas, exercitando, assim, sua
cidadania plena.
Tambm ainda h uma grande lacuna com referncia regulamentao
dos cursos de ps-graduao stricu sensu no mbito da Educao a
Distncia. Apesar da nova regulamentao da EAD, atravs do Dec. n 5.622,
de 19 de dezembro de 2005, e de diversas aes desenvolvidas no sentido
de fomentar a EAD no Brasil, ainda temos muito a avanar no sentido de
polticas pblicas, especialmente na questo do financiamento dos cursos.
Os instrumentos legais que norteiam as aes de Educao a Distncia,
so:
Lei n 9.394 (LDB), de 20 de dezembro de 1996 em seu
artigo 80, nas Disposies Gerais, cita a Educao a Distncia:
O Poder Pblico incentivar o desenvolvimento e a veiculao
de programas de ensino a distncia, em todos os nveis e
modalidades de ensino, e de educao continuada.
Decreto n. 2.494, de 1998 - 1 Regulamentao do Art. 80 da LDB.
Decreto n 5.622, de 2005 - Alterao da Regulamentao do
Art. 80 da LDB.
Decreto N. 5.773, de 2006 - Dispe sobre o exerccio das
funes de regulao, superviso e avaliao de instituies de
educao superior e cursos superiores de graduao e sequenciais
no sistema federal de ensino.
Decreto N. 6.303, de 2007, altera dispositivos dos Decretos nos
5.622, de 19 de dezembro de 2005, que estabelece as diretrizes e
bases da educao nacional, e 5.773, de 9 de maio de 2006, que
dispe sobre o exerccio das funes de regulao, superviso e
avaliao de instituies de educao superior e cursos superiores
de graduao e sequenciais no sistema federal de ensino.
Portaria Ministerial n. 4.361, de 2004 - Normatiza os
procedimentos de credenciamento de instituies para oferta de
cursos de Graduao e Educao Profissional Tecnolgica a
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distncia.
Portaria Normativa N 1, de 2007 - Regulao e avaliao da
educao superior na modalidade a distncia, dando destaque
para a avaliao dos cursos e Instituies.
Portaria Normativa N 2, de 2007 - Regulao e avaliao da
educao superior na modalidade a distncia, tratando
especificamente do credenciamento das instituies para oferta de
EAD.
Portaria Normativa N 40, de 2007 - Institui o e-MEC, sistema
eletrnico de fluxo de trabalho e gerenciamento de informaes
relativas aos processos de regulao da educao superior no
sistema federal de educao.
Portaria n 4.059, de 2004 Determina que as instituies de
ensino superior podero introduzir, na organizao pedaggica e
curricular de seus cursos superiores reconhecidos, a oferta de
disciplinas integrantes do currculo que utilizem modalidade
semipresencial, podendo ser ofertadas as disciplinas, integral ou
parcialmente, desde que esta oferta no ultrapasse 20 % (vinte por
cento) da carga horria total do curso. Regulamenta assim o Artigo 81
da LDB.
Referenciais de Qualidade para a EAD, de 2007 So norteadores
para subsidiar atos legais do poder pblico no que se referem
aos processos especficos de regulao, superviso e avaliao da
modalidade citada. As orientaes contidas neste documento devem
ter funo indutora, no s em termos da prpria concepo terico-
metodolgica da educao a distncia, mas tambm da organizao
de sistemas de EAD no Brasil.
Consulte o site do MEC, na SEED (http://www.mec.gov.br/seed) e
leia com ateno a legislao que orienta a oferta da Educao a
Distncia, e outros documentos que versam sobre essa modalidade. Voc
tambm pode observar quais instituies tm credenciamento para oferecer
cursos a distncia, no nvel de graduao e ps-graduao.
A intensa produo de material didtico para a Educao a Distncia, o
uso de tecnologias simultneas e a diversidade de mdias em que esses
materiais so disponibilizados geraram uma intensa discusso a respeito de
direitos autorais.
O Direito Autoral utilizado para referenciar o rol de direitos
outorgados aos autores para a proteo de suas obras intelectuais
(literrias, artsticas ou cientficas), que a lei define como as criaes de
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esprito, tais como uma fotografia, a letra de uma msica, um quadro, um
livro etc. uma espcie de propriedade intelectual. A originalidade
requisito essencial para o direito autoral.
A Declarao Universal dos Direitos Humanos resguarda os direitos
autorais;
Todo o homem tem o direito proteo dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produo cientfica, artstica da qual seja autor (Art. 27).
A Constituio Federal do Brasil, de 1988, em seu artigo 5 prev que: Aos autores pertence o direito exclusivo de utilizao, publicao ou reproduo de suas obras, transmissvel aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.
A Lei de Direitos Autorais brasileira a Lei 9.619/98 que divide os
direitos do autor em direitos morais e patrimoniais, considerando para efeitos
legais os direitos autorais como bens mveis (Art. 3).
O E-learning, ou educao online, tornou o debate sobre os direitos
autorais e de propriedade intelectual mais acirrado, pois a cibercultura
transformou tudo que se produz em algo praticamente pblico, e transformou
esse debate bastante polmico e tenso.
Porquanto, toda pessoa que se dispe a produzir material didtico
para a modalidade de Educao a Distncia e as que contratam essas
pessoas tm de acatar as leis de direitos autorais. Isso necessrio por
causa das inmeras possibilidades que hoje em dia se tem para copiar
e colar produes de outras pessoas, ou ento public-las
indiscriminadamente.
Avaliar um Verbo forte, importante e complexo. Muito mais presente e constante na vida de todos ns do que muitos pensam. Constitui, em essncia, o verbo da informao para a tomada de decises.
Coelho Neto
O princpio orientador das aes da Educao a Distncia o fato
de o processo de ensino e aprendizagem estar centrado no estudante, e,
conforme (BELLONI, 2001)
...isto significa no apenas conhecer o melhor possvel suas caractersticas socioculturais, seus conhecimentos e experincias, e suas demandas e expectativas, como integr-las realmente na concepo de metodologias, estratgias e materiais de ensino, de modo a criar atravs deles as condies de autoaprendizagem.
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O contexto da EAD permite maior compreenso do planejamento de
estudos e contedos, induzindo o aluno a assumir a direo do processo
de construo do saber, tendo como opo escolher e usar adequadamente
o tempo e o espao no seu desenvolvimento profissional.
Assim tambm, buscar a to prenunciada autonomia, em que ele
tem sua independncia declarada na escolha do tempo e local de estudo,
buscando, quando necessitar, a ajuda da orientao da tutoria.
O processo de busca pela autonomia uma rdua estrada pela qual
o aluno tem que percorrer, haja vista o confronto com as tradies
pedaggicas vigentes em nossas escolas, onde se privilegia o saber bancrio
e no o saber adquirido.
Essa concepo bancria, defendida por Paulo Freire (1987), focada
no ditar do professor, que enche os estudantes de contedos, anula o poder
criador destes, pois no estimula sua veia crtica. A submisso do estudante a
tal processo acaba levando-o a ser obrigado a realizar tambm avaliaes
submissas, quando valorizam a decoreba ou o copiar -colar, transformando-
se em verdadeiros autnomos.
Para a consecuo desse princpio, cabe avaliao a funo
bsica de subsidiar tomadas de decises, com o intuito de fornecer definio
ou redefinio de percurso frente s decises tomadas e/ou planejadas,
permitindo assim as adequaes e correes necessrias ao
desenvolvimento de um curso atravs da modalidade de Educao a
Distncia.
Pretende-se, em vez de avaliar produtos finais (como uma prova),
acompanhar todo o processo construtivo do estudante, levando em
considerao tanto a produo individual quanto os trabalhos em grupo,
numa ao colaborativa de aprendizagem.
O processo avaliativo na EAD pressupe no s o trabalho relativo
a uma abordagem mais didtico-pedaggica, visando a elementos
estruturais e organizacionais do projeto de formao de professores, mas
tambm desenvolver a autonomia crtica do aluno, frente s situaes
concretas que lhes surgem, evitando assim a reproduo de ideias.
Porquanto, a avaliao na EAD, apesar de se sustentar nos
princpios da educao presencial, exige tratamento e consideraes
especiais. O ato de ensinar exige necessariamente o ato de avaliar.
sabido que a avaliao essencial docncia no seu sentido de constante
inquietao, de dvida(HOFFMAN, 2003). Mas infelizmente nossa avaliao
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ainda se configura em uma prtica de provas finais e atribuio de graus
classificatrios.
A ao avaliativa extremamente complexa, pois atravs dela que
podemos levantar indicadores que nos venham revelar se a aprendizagem foi
efetiva ou no. Por ser parte integrante do ato educativo, a avaliao
pressupe identificar, registrar e analisar as informaes significativas
observadas, pois so procedimentos essenciais ao processo de avaliao
(SMOLE, 1999).
O processo de aprendizagem alvo de distintas concepes: apesar
da maioria dos autores trabalharem com a teoria comportamentalista que
diz que a aprendizagem uma modificao do comportamento .
Para Maturana (1994) o conceito de aprendizagem uma modificao
estrutural no do comportamento, mas da convivncia , e defende que a
interao entre os sujeitos que efetiva a aprendizagem , mudando
assim a estrutura de convivncia de ambos. Isso tudo causa uma grande
transformao no processo educativo atual, principalmente quando se define
a educao como um processo de mudana estrutural da convivncia; ou
melhor, se no h convivncia no h aprendizagem.
Por seu carter diferenciado e pelo desafio que encontra, o processo
de avaliao da aprendizagem na Educao a Distncia requer cuidados
especiais, haja vista a distncia fsica entre professor e aluno. Com isso,
preciso que se desenvolva um mtodo especfico de trabalho que
possibilite analisar como se realiza no s o envolvimento do aluno com seu
cotidiano profissional, mas tambm como se realiza o surgimento de outras
formas de conhecimento, obtidas de sua prtica a partir dos referenciais
tericos trabalhados no Curso. Para tanto, deve-se estabelecer uma rotina de
observao e descrio contnua da produo do aluno, permitindo confrontar
o antes e o depois, apontando em que direo se deu o processo
educativo e como corrigir as distores no decorrer do percurso.
Tomando a acepo de PRETI (1996) sobre avaliao em EAD,
como referncia, os aspectos essenciais para uma maior significao de um
curso so:
A avaliao da aprendizagem processo contnuo, descritivo, que
possibilita a verificao da aprendizagem do aluno. Esse processo
desenvolvido por meios do material didtico, encontros presenciais, tutorias
e outras formas de aprendizado.
A avaliao do material didtico outro aspecto avaliado
continuamente. avaliado por todos os atores do processo: pelos alunos,
pelos tutores, pelo prprio autor e pela equipe organizacional do curso. Isso,
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no sentido de aprimorar o material didtico para uma melhoria da
aprendizagem do aluno, permitindo sempre uma boa qualidade no curso
oferecido.
A avaliao da tutoria esse aspecto perpassa desde a qualificao
do profissional at sua atuao junto ao aluno. Nesse caso, os alunos e
a coordenao do Curso so responsveis pela avaliao da tutoria.
A avaliao da modalidade de EAD - atravs da anlise do material
didtico, do acompanhamento e avaliaes do servio de tutoria e,
sobretudo, da anlise e avaliao do processo de aprendizagem possvel
avaliar, em parte, a eficcia e eficincia da modalidade de ensino a
distncia.
Essa acepo de Preti reforada nos Referenciais de Qualidade
da EAD que define que a avaliao deve contemplar duas dimenses: a
que diz respeito ao processo de aprendizagem; a que se refere ao projeto
pedaggico do curso.
Quaisquer desses aspectos avaliativos devem levar sempre em
considerao a qualidade do curso e a resposta dada pelo aluno atravs
de seu aprendizado. Diversos fatores devem ser enfatizados no processo
avaliativo, lembrando que nesse caso o aluno o responsvel por
avaliar todo o processo, pois tambm responsvel por avaliar os outros
componentes de um sistema em EAD.
Considere tambm que, nessa avaliao, h a possibilidade de todos se
auto avaliarem, e eles mesmos se ajustarem ao processo. Os instrumentos
avaliativos so gerados pela equipe multidisciplinar do curso, considerando-
se a dimenso didtico-pedaggica do percurso do aluno.
A Educao a Distncia se apropria da conceituada taxonomia de Bloom
para verificar o nvel e aprendizado do aluno, e viabilizar seu acompanhamento
integral e contnuo. Em sua classificao, a avaliao dividida em trs
modalidades:
A DIAGNSTICA a que se orienta para o conhecimento da situao
inicial do aluno, ou seja, o ponto de partida de seu processo de
aprendizagem. Diz Mediano (1996) que, no processo de Educao a
Distncia, essa funo pode-se realizar por meio da indicao ao aluno
dos pr-requisitos de aprendizagem , isto , pela apresentao a ele de
uma relao dos contedos que, previamente, antes de iniciado o curso, ter
ele que saber.
A FORMATIVA realiza-se, desde o incio do programa, estendendo-se,
at final, por todo o curso. Seu objetivo , principalmente, o de colher subsdios
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sobre o eventual impacto do programa sobre a aprendizagem do aluno, de
modo a possibilitar necessrios ajustes e modificaes no processo de
ensino. Mediano (1996) caracteriza essa funo como processual, contnua
e sucessiva, devendo ser utilizada com frequncia, de forma a possibilitar
a boa conduo do processo e o xito da tarefa de ensino.
A SOMATIVA a que ocorre ou na concluso do curso ou em
determinados momentos-chave. Para Mediano (1996), a avaliao somativa
deve ser completa, exaustiva e representativa do que de fato o aluno
aprendeu. Ela dever englobar a compreenso dos princpios e contedos
e ao mesmo tempo a aplicao desses princpios e contedos aos
problemas reais, com o intuito de resolv-los: visa atribuio de notas.
Avaliar na EAD pressupe permanentemente a presena do tutor
ou professor. Presena entre aspas no sentido de que ele deve participar
de todo o processo junto ao aluno, mesmo que para isso ele esteja
distante. Isso para que o aluno no se perca no caminho, pois estudar a
distncia um percurso laborioso, que prev apoio incondicional, do
professor, do tutor, do outro aluno, da equipe multidisciplinar, da
instituio e de si prprio.
Avaliar a aprendizagem na EAD fazer com que o aluno adulto perceba,
numa viso diagnstica, seus pontos fracos e fortes e que os primeiros
sejam corrigidos durante e aps um curso, para torn-los melhores
aprendizes e no simplesmente resultar em mera atribuio de notas.
Para Bruno e Morais(2006), a prtica educativa viva, dinmica,
processual, formativa, formadora e polivalente e assim tambm deve ser
a ao avaliativa, sobretudo porque ela parte integrante do processo
educacional. Isso certamente vai possibilitar a autonomia do aluno em
aprender, fazendo com que ele participe ativamente no processo de ensino
e aprendizagem.
Os Referenciais de Qualidade da EAD apontam para uma avaliao
que preveja mecanismos de recuperao de estudos e a avaliao
correspondente a essa recuperao, assim como a previso de mtodos
avaliativos para alunos que tm ritmo de aprendizagem diferenciado
(BRASIL, 2007). Mas destaca tambm a preponderncia da avaliao
presencial dos estudantes em relao s avaliaes feitas a distncia,
como definido no Decreto 5.622/05, que diz que:
Art. 4o A avaliao do desempenho do estudante para fins de promoo, concluso de estudos e obteno de diplomas ou certificados dar-se- no processo, mediante: I - cumprimento das atividades programadas; e II - realizao de exames presenciais. [...] 2o Os resultados dos exames citados no inciso II devero prevalecer sobre os demais resultados obtidos em quaisquer outras formas de avaliao a distncia.
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Com isso, observa-se que as polticas de sistematizao do processo
educacional a distncia esto profundamente enraizadas nas deliberaes
poltico- educacionais da educao presencial, o que precisa ser revisto,
considerando-se toda a especificidade da aprendizagem tanto na EAD quanto
na educao online.
Moran (2007) entende que toda avaliao, presencial ou virtual dever
ser continuada:
O que significa que devemos avaliar no apenas um questionrio de perguntas e respostas previamente elaboradas; devemos levas em conta tambm a participao do aluno, com dvidas, comentrios, criticas e atitudes em relao cs contedos abordados e em relao ao grupo e ao professor (p.124).
O assunto de avaliao em EAD no se esgota aqui. Hoje, muitas
pesquisas so realizadas sobre esse assunto, pautadas nas experincias
permanentes em Educao a Distncia. Para aumentar mais seu
conhecimento sobre esse tema, sugiro que voc leia alguns textos que
tratam desse assunto, e que so sugeridos nesse mdulo.
A Educao a Distncia difere completamente, em sua organizao e
desenvolvimento, do m esmo tipo de curso oferecido de forma presencial,
pois a tecnologia est sempre presente na EAD como forma de gerar
uma constante interlocuo entre o professor e o aluno, considerando-se
que este est distante fisicamente daquele.
H uma vasta discusso em relao ao papel do tutor na Educao
a Distncia, inclusive com referncia a essa denominao. Algumas
discusses inferem que o termo tutor pressupe o ato de guiar, proteger.
Portanto, no condizentes com a tarefa do docente na EAD. Outras
instituies j utilizam termos como: orientador da aprendizagem, orientador
acadmico, facilitador, mediador etc.
Arredondo (apud POLAK, 2002) define tutoria como:
Conjunto de apoios tcnicos, dirigido tanto aos alunos quanto aos agentes educativos. Seu objetivo obter o mximo ajuste entre as potencialidades individuais e as exigncias educativas, com o fim de conseguir uma maior formao dos alunos em seu desempenho pessoal e em sua aprendizagem
Em suma, o tutor respeitando a autonomia de aprendizagem de
cada aluno, estar gradualmente orientando, dirigindo e supervisionando
o processo de ensino- aprendizagem. Tem tambm um papel fundamental,
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pois atravs dele que se garante a inter-relao personalizada e contnua
do cursista no sistema e se viabiliza uma articulao entre os elementos do
processo, necessria consecuo dos objetivos propostos (PRETI, 1996) .
De fato, ainda no h uma definio precisa quanto s funes e as
atividades que o tutor deve desenvolver, mas a princpio podemos entender
que o papel principal dele o apoio docente de um professor. So diversas as
caractersticas que um tutor deve ter: suas funes e sua presena ou
no nos cursos so definidas a partir do Projeto Pedaggico do Curso.
O tutor um elemento tpico e usual na EAD, assumindo diferentes
formas dependendo da situao em que deve inserir -se, dos
objetivos que pretende cumprir, do pblico que se beneficiar dele
e das condies dadas para sua atuao: ele pode atuar
presencialmente ou "a distncia"; pode atender os alunos
diariamente ou em dias alternados, durante todo o dia ou em perodos
pr-fixados, por exemplo (GONALVES, 1999).
No h dvida que o professor que assumir essa funo deve,
incondicionalmente, preparar-se para novos desafios, diante da diversidade
de papis que ele assume. ele quem tem a relao direta com os alunos,
auxiliando-o no manuseio e na aproximao dos contedos, e mais,
administra situaes de conflito, situaes de euforia, desnimos, rotinas.
Niskier (2000) recomenda algumas condies essenciais para a definio
do perfil ideal do tutor, dentre elas:
Conhecimento e identificao com a filosofia da educao a
distncia;
Grau acadmico superior ou, excepcionalmente, equivalente ao
do curso onde vai exerce a tutoria;
Disponibilidade para participar de cursos de capacitao sobre
educao a distncia;
Facilidade de expresso oral; disponibilidade de tempo para
cumprir as tarefas pertinentes ao seu trabalho;
Humildade profissional;
Capacidade de solidariedade para com aqueles que desejam
superar as suas limitaes educacionais;
Capacidade de adaptao, dentre outras (p. 392).
Considerando-se as caractersticas da EAD, em muitas situaes a
relao professor-aluno ou tutor-aluno assume aspectos interessantes. O
aluno sempre sente a necessidade de troca de informaes, seja via
qualquer meio, e quanto a isso os sistemas de Educao a Distncia tm
dedicado especial ateno para que essa troca ocorra para que o aluno no se
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sinta desestimulado no processo.
Para uma atuao concreta e eficaz do tutor em cursos de EAD,
essencial que as instituies tenham algumas preocupaes como:
Oferecer permanentemente cursos preparatrios, para que eles
conheam o funcionamento da modalidade a distncia;
Proporcionar ao corpo docente capacitao sobre a metodologia
e as tcnicas utilizadas na EAD;
Realizar, nos momentos tutoriais, prticas para ampliar os tem as
de estudos, com o intuito de fazer com que eles no se limitem
a apenas responder s consultas e dvidas dos alunos.
Preti (1996) defende que o trabalho do tutor deve ser em constante
sintonia com o sistema de EAD, pois por ter um papel fundamental no
aprendizado do aluno, convm que ele participe intensivamente de todo o
processo de desenvolvimento de um curso: na fase de planejamento, na fase
de desenvolvimento do curso e na fase posterior ao desenvolvimento do curso.
Niskier (2000) defende a ideia que os tutores, tambm, tem uma
participao importantssima na avaliao de um curso, desenvolvendo as
seguintes atividades:
Detectando dificuldades didticas dos materiais instrucionais;
Observando os problemas de desempenho acadmico dos
estudantes;
Sugerindo formas alternativas de enfrentar os problemas
individuais que afetam os estudantes (p. 393).
Diz ainda que o tutor deve fornecer dados coletados no processo
de acompanhamento do aluno e entreg-los, continuamente, aos gestores
do curso e ao corpo docente, para validao dos materiais ou contribuindo
para que se faam modificaes ou correes nos cursos e materiais
didticos. importante que as instituies disponibilizem para o aluno
diferentes caminhos para realizar a tutoria, podendo ser presencial ou a
distncia.
Na tutoria a distncia: o cursista, individualmente, entrar em contato
com o tutor, atravs de meios de comunicao estabelecidos, nos
horrios definidos anteriormente; ou em pequenos grupos de estudo,
poder formular algumas questes ou dvidas e solicitar ao tutor que os
esclarea utilizando-se de um sistema interativo de comunicao;
Presencialmente: o cursista, individualmente ou em pequenos grupos,
se encontrar no Centro com o seu tutor muito mais para discutir e avaliar
seu processo de aprendizagem, apresentar os resultados de suas leituras,
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atividades e trabalhos propostos nos materiais didticos do que somente
para tirar dvidas (PRETI, 1999).
Indefinidas ainda as funes do tutor nessa modalidade, as concepes
em torno desse elemento vai-se ampliando e interligando-se com os
objetivos de professor e educador. Geralmente, o tutor apresenta um a
formao generalista vinculada rea do curso e no a uma determinada
disciplina, outras vezes o tutor selecionado por reas, vai depender do
desenho de cada curso.
Por se uma figura muito prxima dos alunos, o relacionamento entre
eles sempre estruturado em um grau de afetividade bastante considervel,
por isso o tutor deve ter: cordialidade, capacidade de aceitao, honradez,
empatia e capacidade de escutar.
Em algumas situaes, percebe-se que o papel do tutor mais importante
do que o material utilizado ou as plataformas de aprendizagem disponveis,
pois quando esses elementos no suprem as necessidades dos alunos tutor
pode e deve administrar a situao, buscando solues e garantir a
manuteno do aluno no curso.
Naturalmente, o aluno da Educao a Distncia tem caractersticas que
se sobressaem: ele adulto e traz consigo experincias anteriores e
sedimentadas, o que pode dificu