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Escola Secundária de Sampaio Cursos EFA – NS Cultura, Língua e Comunicação Formadora Lurdes Melo Proposta de Trabalho nº4-Dr4 A internet ´º- Cultura Tipo I – Fernando pessoa foi um poeta português, que através do seu heterónimo Álvaro de campos enalteceu a civilização das máquinas tendo sido um excelente comunicador através da escrita Faça uma breve biografia deste escritor, apresentando os seus 3 heterónimos assim como alguns poemas destes heterónimos Biografia Núcleo Gerador – Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) Domínio de Referência – Estabilidade e Mudança: da Sociedade ao Universo (DR4) Tema – Redes e Tecnologia Competência – Perceber a importância da comunicação no texto literário através de um dos maiores poetas da

Módulo5 ficha de trabalho 4

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Page 1: Módulo5 ficha de trabalho 4

Escola Secundária de Sampaio

Cursos EFA – NSCultura, Língua e Comunicação

Formadora

Lurdes Melo

Proposta de Trabalho nº4-Dr4

A internet

´º-Cultura

Tipo I – Fernando pessoa foi um poeta português, que através do seu heterónimo Álvaro de campos enalteceu a civilização das máquinas tendo sido um excelente comunicador através da escrita

Faça uma breve biografia deste escritor, apresentando os seus 3 heterónimos assim como alguns poemas destes heterónimos

Biografia

Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa em 1888. Após a morte do pai, causada por tuberculose, a família foi obrigada a leiloar parte dos seus bens e depois

do segundo casamento da mãe, por procuração, com o comandante João Miguel Rosa, cônsul de Portugal em Durban, Fernando Pessoa partiu com a mãe e um tio avô para a

África do Sul (Durban). Em 1894 criou o seu primeiro heterónimo, Chevalier de Pas. Frequentou várias escolas, recebendo uma educação inglesa, passando por um colégio

de freiras irlandesas da West Street (1897), e pela Durban High School, onde criou o heterónimo Alexander Search (1899). A partir de 1901 escreveu os primeiros poemas

Núcleo Gerador – Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)Domínio de Referência – Estabilidade e Mudança: da Sociedade ao Universo (DR4)Tema – Redes e TecnologiaCompetência – Perceber a importância da comunicação no texto literário através de um dos maiores poetas da literatura portuguesa.

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em inglês. A familia retornou a Lisboa em 1902, mas Pessoa voltou sozinho para a África do Sul. Em 1903 submeteu se ao exame de admissão à Universidade do Cabo da

Boa Esperança. Não obteve uma boa classificação, mas tirou a melhor nota entre os 899 candidatos no ensaio de estilo inglês. Em 1904 terminou seus estudos na África do Sul. Regressou a Portugal em 1905 e fixou se em Lisboa, onde se matriculou no Curso Superior de Letras (que abandonou em 1907). Foi a partir desta data que começou a sua intensa actividade literária, continuando a escrever poemas em inglês. Em 1910, escreveu poesia e prosa em português, inglês e francês. Em 1912, Pessoa estreou se

como crítico literário, provocando polémicas junto à intelectualidade portuguesa. Em 1913 escreveu "O Marinheiro". Em 1914, devido à sua capacidade de "outrar se", criou

mais heterónimos (Alberto Caeiro (criado em 1914 e "morto" em 1915), Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Bernardo Soares, etc.), assinando as suas obras de acordo com a personalidade de cada heterónimo. Foi também neste ano que escreveu os poemas de "O Guardador de Rebanhos" e o "Livro do Desassossego". Simpatizante da Renascença

Portuguesa, no início, afastou se depois, e em 1915 com Mário de Sá Carneiro e Almada Negreiros entre outros, esforçou se por renovar a literatura portuguesa

através da criação da revista Orpheu (cujo primeiro número saiu em 1915), veículo de novas ideias e novas estéticas. Em 1916 suicidou se o seu grande amigo Mário de Sá Carneiro. Em 1918, Pessoa publicou poemas em inglês, resenhados com destaque no

"Times". Em 1921 fundou a editora Olisipo, onde publicou poemas em inglês.Em 1924 surgiu a revista "Atena", dirigida por Fernando Pessoa e Ruy Vaz. Em 1926,

Fernando Pessoa requereu patente de invenção de um Anuário Indicador Sintético, por Nomes e Outras Classificações, Consultável em Qualquer Língua e dirigiu, com o seu cunhado, a Revista de Comércio e Contabilidade. Em 1927 passou a colaborar com a

Revista "Presença". Em 1934 publicou "Mensagem", que ganhou no mesmo ano o concurso literário promovido pelo Secretariado de Propaganda Nacional, categoria B.

Em 29 de Novembro de 1935, foi internado com o diagnóstico de cólica hepática. A sua última frase, escrita em inglês, dizia: "I know not what tomorrow will bring". Morreu no dia 30, com 47 anos, deixando grande parte da sua obra ainda inédita. Fernando

Pessoa é considerado universalmente um dos maiores poetas de sempre.

Heterónimos

Alberto Caeiro

É uma poesia aparentemente simples, mas que na verdade esconde uma imensa complexidade filosófica, a qual aborda a questão da percepção do mundo e da

tendência do homem em transformar aquilo que vê em símbolos, sendo incapaz de compreender o seu verdadeiro significado.

A Criança

A criança que pensa em fadas e acredita nas fadasAge como um deus doente, mas como um deus.

Porque embora afirme que existe o que não existeSabe como é que as cousas existem, que é existindo,

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Sabe que existir existe e não se explica,Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,

Sabe que ser é estar em um pontoSó não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.

Ricardo Reis

O médico Ricardo Reis é o heterônimo “clássico” de Fernando Pessoa, pois observa-se em toda sua obra a influência dos clássicos gregos e latinos baseada na ideologia do “Carpe Diem”, diante da brevidade da vida e da necessidade de aproveitar o

momento.

Anjos ou Deuses

Anjos ou deuses, sempre nós tivemos,A visão perturbada de que acima

De nos e compelindo-nosAgem outras presenças.

Como acima dos gados que há nos camposO nosso esforço, que eles não compreendem,

Os coage e obrigaE eles não nos percebem,

Nossa vontade e o nosso pensamentoSão as mãos pelas quais outros nos guiam

Para onde eles querem E nós não desejamos.

Álvaro de Campos

Heterônimo futurista de Fernando Pessoa, também é conhecido pela expressão de uma angústia intensa, que sucedeu seu entusiasmo com as conquistas da

modernidade.Na fase amargurada, o poeta escreveu longos poemas em que revela um grande

desencanto existencial. Como podemos observar:

Tabacaria

Não sou nada.Nunca serei nada.

Não posso querer ser nada.À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é

(E se soubessem quem é, o que saberiam?),Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,

Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,

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Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada. (...).

Bom trabalho!