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de transição Momento Momento IBGE vive desafios e também oportunidades em 2014 de transição IBGE vive desafios e também oportunidades em 2014 Os dois anos da Fala, IBGE De Portas Abertas reuniu professores e estudantes Lembranças de Elson dos Santos Mattos nº 7 | out / nov / dez 2013

Momento de transição - IBGE · Fotogra˜ as/Imagens Acervo da Memória Institucional do IBGE; Álvaro Vasconcellos; Isabela Mateus; ... Maria Vilma Salles Garcia,

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de transiçãoMomentoMomento

IBGE vive desafios e também oportunidades em 2014

de transiçãoIBGE vive desafios e também oportunidades em 2014

Os dois anos da Fala, IBGE

De Portas Abertas reuniu professores e estudantes

Lembranças de Elson dos Santos Mattos

nº 7 | out / nov/ dez 2013

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2 anos da Fala, IBGE Essa revista é nossa porque essa revista é sua!

Parabéns! Nossas páginas

Nosso espaço

Nossas sugestões

Nossas cartas

Nossas artes

Nossos trabalhos

Nossas vidas

Foto

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nº 7 | out/ nov/ dez 2013

Publicação do Instituto Brasileiro de Geogra� a e Estatística - IBGE, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Governo Federal.

Centro de Documentação e Disseminação de Informações - CDDI

Coordenação de MarketingRua General Canabarro, 706 - 3º andarMaracanã - Rio de Janeiro - RJ - 20271-205Tel.: (21) 2142-0123 ramais 3597 / 3547

Coordenação de MarketingDanielle Macedo

Editora-executivaAgláia Tavares (MTB. Nº 18 033)

EdiçãoMarcelo Benedicto e Mario Grabois

Edição de ImagensLicia Rubinstein e Helga Szpiz

Projeto Grá� coAlexandre Facuri

NESTA EDIÇÃO:ReportagemAgláia Tavares, Marcelo Benedicto, Marco Santos, Mario Grabois e Pedro Girão (estagiário)

Editoração EletrônicaAlexandre Facuri, Eduardo Sidney Araújo e Helga Szpiz

CapaAlexandre Facuri (arte) e Mario Grabois (título)

Fotogra� as da capaÁlvaro Vasconcellos e Pedro Girão (estagiário)

Fotogra� as/ImagensAcervo da Memória Institucional do IBGE; Álvaro Vasconcellos; Isabela Mateus; Licia Rubinstein; Manoel Oliveira Castro Junior; morgue� le.com; Pedro Girão (estagiário); e photos.com

Tratamento de ImagensHelga Szpiz e Licia Rubinstein

Ilustração/ArteAlexandre Facuri, Carlos Estevão (reprodução) e Eduardo Sidney Araújo

Infogra� aMarcos Balster (designer )

Criação PublicitáriaAniversário Fala,IBGE: Helga Szpiz (designer ) e Renata Corrêa (publicitária);PNAD Contínua: Luiz Agner (designer ) e Isabela Mateus (publicitária)

ColaboradoresEquipe da Memória Institucional do IBGE, Marco Santos e Unidades Estaduais do IBGE (MS, RR, SC, TO)

Revisão de TextosGerência de Editoração: Katia Vaz CavalcantiCopidesque e Revisão: Anna Maria dos Santos, Cristina R. C. de Carvalho e Kátia Domingos VieiraProdução Grá� ca: Evilmerodac Domingos da Silva

Impressão Ediouro Grá� ca e Editora Ltda.Circulação IBGETiragem 20.000 exemplares

Permitida a reprodução das matérias e das ilustrações desta edição, desde que citada a fonte.

facebook.com/ibgeo� cial

twitter.com/ibgecomunica

A proximidade do � m de um ano e a perspectiva do começo de um novo período sempre nos trazem a oportunidade de re� etir e avaliar. É o momento de pensar nos obstáculos que foram vencidos, nos pontos que devemos aprimorar dali pra frente, nos erros, nos acertos, nas lições aprendidas, sempre tendo como horizonte o crescimento, seja ele pessoal ou pro� ssional, e a melhor forma de atingir os objetivos traçados.

Nesse espírito, o IBGE inicia o ano de 2014 pronto para dar impulso às atividades da Contagem da População e do Censo Agropecuário, receber os novos servidores que em breve virão somar forças e talentos ao nosso quadro atual de ibgeanos, dar continuidade ao desenvolvimento e uso de novas tecnologias da informação para apoiar e incrementar os trabalhos da instituição, continuar retratando o território nacional através de cartas e mapas e demais atividades de geociências e oferecer aos usuários as informações necessárias para o conhecimento da realidade brasileira nos mais variados recortes e formatos.

O IBGE também está pronto para seguir em frente com seu Planejamento Estratégico, com a Política de Comunicação Integrada, com a PNAD Contínua e com todas as suas atividades regulares, seja nas áreas da sede ou nas Unidades Estaduais e suas Agências.

Aproveito este espaço na Fala,IBGE que com esta edição completa dois anos e que vem sendo um dos canais onde posso me comunicar com os servidores desta casa, sejam eles ativos ou inativos, para desejar que 2014 seja um ano de trabalho, diálogo, troca de experiências e, sobretudo, mais um ano de sucesso para o IBGE.

A todos, ibgeanos e ibgeanas, um feliz 2014!

Wasmália BivarPresidenta do IBGE

Carta da Presidenta

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6 Notas

9 Espaço do Leitor

10 Aniversário Fala,IBGE completa dois anos.

13 Na Internet O novo portal de mapas do IBGE.

14 Censo agropecuário Os preparativos para a coleta em 2016.

16 LAGF DGC é destaque.

17 Rodada dos Censos 2010 Países latino-americanos discutem dados sobre juventude.

18 Capa Preparativos para 2014.

23 Aqui tem IBGE A agência do centro do Brasil.

24 Educação Estudantes e professores participam de atividades no CDDI.

28 Homenagem 70 anos de casa.

30 Contas nacionais e ambientais Sistemas de contas em pauta.

32 Nossa história A "crise do IBGE".

34 Fotolegenda

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Sumário

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A Fala,IBGE foi criada para ser um veículo de comunicação interna, um canal de comunicação cujo objetivo é não só informar o servidor, mas procurar fazer dele, de suas iniciativas e do seu trabalho, que é o próprio trabalho do IBGE, a matéria-prima da revista.

Nesses dois anos de existência, as páginas da revista registraram ações, pesquisas, encontros, seminários, congressos, novidades, história, memória, en� m, a ampla diversidade da vida ibgeana. Se muito foi feito, sabemos que muito mais há por fazer.

É o nosso permanente desa� o e vamos tentar superá-lo, porque queremos que a Fala, IBGE seja lida, reconhecida e respeitada, cada vez mais, por toda a comunidade do instituto.

Nesta edição de dois anos, trazemos na matéria de capa o Encontro das Unidades Estaduais e a cobertura de importantes eventos como o LAGF (Fórum Geoespacial da América Latina), o IARIW (Renda, riqueza e bem-estar), o SNA (Contas Nacionais) e o SEEA (Contas Econômicas Ambientais), além do IBGE de Portas Abertas para a escola, que reuniu educadores e estudantes em um evento no Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI).

Fizemos também reportagens sobre o Censo Agropecuário, entrevistamos os novos chefes de Unidades Estaduais e acompanhamos o Encontro que os reuniu no � nal do ano, no Rio de Janeiro. Registramos o II Seminário de Metodologia, a visita da delegação de Angola ao IBGE e os 40 anos da Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais (CREN) da Diretoria de Geociêncais. Como sempre, seguimos com as seções � xas Aqui tem IBGE, Nossa História, Fotolegenda e Infográ� co.

Mais uma vez, boa leitura. E lembramos que os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos. A� nal, a revista é de todos nós.

Equipe de redação

out/nov/dez 2013 •

Carta da Redação

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IBGE recebe técnicos de Moçambique em missão no Brasil“Queríamos beber o lanho (coco) da fonte. O lanho, nesse caso, é o PDA (computador de mão) e a fonte, o IBGE, onde está a tecnologia de se utilizar esse dispositivo numa coleta de dados como o Censo”. Com essa frase, os membros do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Moçambique resumiram a vinda deles ao Rio de Janeiro em missão para conhecer o trabalho realizado pelo IBGE no Censo 2010.

No âmbito da preparação para o IV Recenseamento Geral da População e Habitação de Moçambique, a realizar-se em 2017, sete técnicos do INE, incluindo o presidente, João Dias Loureiro, visitaram o IBGE de 21 a 25 de outubro com o objetivo de colher experiências e adquirir uma visão geral sobre as tecnologias e metodologias empregadas no Censo 2010.

Ao longo da semana, eles ouviram apresentações de técnicos acerca do trabalho realizado nas diretorias, coordenações e gerências do IBGE na operação censitária. No último dia, João Dias salientou que a visita foi além do esperado, na medida em que todas as solicitações de esclarecimentos foram atendidas. E acrescentou a� rmando que o IBGE fez o inesperado: “vocês apresentaram perspectivas para a Contagem de 2015, o que se pretende que aconteça lá, e falar antecipadamente não é comum de se ver”. O presidente do INE elogiou a recepção dada pelo IBGE ao grupo e garantiu que a avaliação da primeira visita da missão foi bem positiva e esclarecedora. Maria Vilma Salles Garcia, coordenadora Operacional dos Censos, encerrou a visita agradecendo o instituto por terem escolhido o Brasil e, principalmente, o IBGE como consultores, e o colocou à disposição para próximas visitas da missão.

O IBGE também recebeu missões técnicas de outros países ao longo de 2013, são eles: China, Holanda, Cuba, Cabo Verde, Peru e Etiópia, além da visita de técnicos do Banco Mundial para conhecer experiências e métodos em estimativas para pequenas áreas.

Evento discute metodologiaMal terminou o 2º Seminário de Metodologia do IBGE (SMI 2013), que aconteceu de 25 a 29 de novembro, no Centro de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE (CDDI), e os organizadores já alertaram que em breve vão começar as discussões para a escolha do tema do SMI 2014. Então, os interessados devem � car de olho nas chamadas no portal do IBGE na Internet.

O tema principal do evento desse ano foi “Agre-gando valor aos dados: combinação, modelagem e análise de informações estatísticas”. A proposta levou em conta o aumento e diversi� cação da produção de informações e estatísticas públicas, em paralelo a restrições orçamentárias dos órgãos produtores - tendências que levam à necessidade de aumentar a produtividade dos processos de produção, análise e disseminação de informações. Um dos focos dos debates foi a ampliação dos usos das informações já coletadas, a combinação de dados de diferentes fontes e modelagem e análise das informações existentes para permitir respostas a perguntas não contempladas nas análises iniciais dessas informações.

Segundo Wasmália Bivar, presidenta do IBGE, o SMI funciona como um instrumento de coordenação, pois aponta questões a serem discutidas pela casa: “É um evento motivador porque descobrimos trabalhos que são feitos pelo IBGE e que não percebemos no dia a dia. Ter uma visão global sobre o que a instituição está fazendo é motivador”. Os materiais e apresentações do SMI 2013 podem ser acessados na página http://eventos.ibge.gov.br/smi2013/downloads .

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Notas

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Ibgeano ganha Jabuti 2013O Prêmio Jabuti 2013, na categoria Educação, foi entregue ao ibgeano Bruno Taranto Malheiros, pedagogo da Coordenação de Treinamento e Aperfeiçoamento (CTA) da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE), pelo livro “Didática Geral”, obra que apresenta os conceitos básicos de educação, das etapas de estruturação de uma aula e dos métodos de ensino. “É um livro direcionado aos alunos de graduação em pedagogia e demais licenciaturas e pro� ssionais de todas as áreas que, de alguma forma, precisam estruturar eventos de aprendizagem”, explica Bruno.

O título faz parte da Série Educação, projeto da Editora Livro Técnico e Cientí� co (LTC) que discute as principais vertentes da educação em livros especí� cos. “Fui convidado a escrever este livro em 2011 pela organizadora da série, principalmente por eu trabalhar há muitos anos com formação de professores”, lembra o autor.

O Prêmio Jabuti é organizado pela Câmara Brasileira do Livro e é um dos mais importantes do setor editorial do país. Os ganhadores recebem um troféu e um valor em dinheiro.

Bruno foi o primeiro colocado da categoria Educação do Prêmio Jabuti 2013.

Brasil em números vai à universidadeCom o objetivo de mostrar como as pesquisas do IBGE podem ajudar na sua formação, o 21º volume da publicação “Brasil em números” foi apresentado para alunos de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, em 17 de outubro de 2013.

Com lançamento anual, o livro abrange 23 temas, como história do Brasil, território, população, habitação, saúde e educação, além de energia, transportes e comunicação. Cada edição é ilustrada com obras do acervo de um museu brasileiro. Segundo David Montero Dias, gerente de Relações Institucionais (GERI) do Centro de Documentação e Disseminação de Informações e do projeto, essa variedade de temas é “condensada numa publicação analítica, orientada para um público que quer pensar a realidade do nosso país”.

David também explica como é feita a montagem da publicação. “A gente fecha o trabalho de aquisição dos dados na virada do ano, então a partir do último dado que chega, em março, os autores já foram escolhidos, o museu, que terá suas obras escolhidas, também já � rmou a parceria. Aí a gente começa a elaborar esses artigos e depois tem a tradução, editoração, impressão e lançamento”.

Esse último lançamento, aliás, não foi apresentado apenas na UFF, mas também na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O foco, no entanto, foi diferente. “Na Uerj, a gente fez no modelo mesa-redonda. A gente convidou três professores, sendo dois colaboradores diretos do

Brasil em números, Oswaldo Munteal e João Feres, e o historiador da Memória Institucional do IBGE, Luigi Bonafé. Foi muito interessante porque criou-se um ambiente dinâmico, de perguntas e respostas”, explicou David, ressaltando ainda que o objetivo é se aproximar do meio acadêmico para poder disseminar os dados do IBGE a � m de fomentar a utilização desses dados em grupos especí� cos, como universitários.

David Montero Dias, gerente de Relações Institucionais do Centro de Documentação e Disseminação de Informações (GERI/CDDI) e Valéria Oliveira Henrique de Araujo (foto acima) na apresentação realizada na Universidade Federal Fluminense (UFF).

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Música para os ouvidosFinal de tarde chuvoso, anunciando a chegada de mais uma frente fria, mas com boa música para aquecer e alegrar a todos os presentes. Foi assim o VIII Encontro de Corais no IBGE, realizado no dia 22 de novembro, no CDDI, que contou com a participação dos corais do Observatório Nacional e Museu de Astronomia e Ciências A� ns (foto 1), da Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Pena (foto 2) e o an� trião IBGE (foto 3), todos do Rio de Janeiro.

No evento, Márcio Carvalho, regente dos três coros, informou que em 2013 a direção do instituto aprovou a resolução que amplia para todas as Unidades Estaduais a possibilidade de criação de grupos vocais. A medida já deu resultado: Goiás, Mato Grosso e Sergipe já formaram seus coros, seguindo os passos do Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro, que já haviam formado. Assim, em breve, nossas vozes poderão ser ouvidas em todos os cantos do Brasil, mostrando nossa diversidade musical, sem desa� nar, como fazemos ao construir cada retrato do país.

No encontro, o Coral do IBGE interpretou músicas já tradicionais em seu repertório, como “Inigualável paixão” e “Pecado Capital”, e ao � nal, os três coros cantaram juntos duas canções, sendo “Syahamba” (da suíte Sul-africana), de Henry Leck, em homenagem ao dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro.

Temas na ordem do diaA questão do combate à pobreza, da promoção da inclusão produtiva e da redução da desigualdade têm sido eixos importantes nas políticas públicas praticadas no Brasil e em toda a América Latina e Caribe.

A Conferência Internacional “Renda, riqueza e bem-estar na América Latina”, realizada em conjunto pelo IBGE e a International Association for Research in Income and Wealth (IARIW), em setembro, reuniu especialistas e estudiosos do Brasil e do continente que debateram e apresentaram inúmeros trabalhos sobre esses assuntos.

Os técnicos do IBGE tiveram uma participação muito quali� cada. Eles apresentaram trabalhos e pesquisas a partir de variados aspectos da temática de renda e riqueza.

Leonardo Santos de Oliveira, pesquisador da Coordenação de Trabalho e Rendimento (COREN) da Diretoria de Pesquisas, considera que “o estudo da pobreza, da desigualdade, a vulnerabilidade e o estudo das oportunidades ganharam uma importância e se começou a produzir uma quantidade massiva de trabalhos nessas áreas”.

Para o coordenador da COREN, Cimar Azeredo Pereira, eventos como o IARIW têm como ponto estratégico o intercâmbio de experiências que se dão por intermédio de especialistas das mais diversas instituições, incluindo acadêmicos e pesquisadores de instituições públicas e privadas de diferentes países.

Primeiro teste para a Contagem da PopulaçãoFoi realizada em Teresópolis, entre novembro e dezembro, a 1ª Prova-Piloto, que é uma espécie de primeiro passo prático para a Contagem da População que será feita em 2015.

A Prova-Piloto serve para testar e avaliar o conteúdo do questionário que será utilizado no ano de 2015, os equipamentos, o tempo médio de cada entrevista, o aplicativo da coleta e outros, o que a torna fundamental para de� nir a execução da contagem populacional.

O treinamento aconteceu entre os dias 25 e 27 de novembro, enquanto a coleta foi feita de 28 de novembro a 06 de dezembro, onde os entrevistadores percorreram quatro setores urbanos e dois rurais.

Foram testados equipamentos de diferentes marcas, com diferentes tamanhos de telas, nas 150 entrevistas, que tiveram um tempo médio de 10 minutos cada. Além disso, também foi analisada a ordem das perguntas do questionário.

A 2ª Prova-Piloto da Contagem da População já está prevista para começar em abril de 2014.

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Notas

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A vida é contato! Caro(a)s Ibgeano(a)s que fazem a interlocutora revista Fala,IBGE ,

De há muito, urge dizer, lhes devo este AGRADECIMENTO.Primeiro, pelo melhor dos seus esforços na elaboração, decerto com muito carinho também, desse informativo e memorialista veículo de comunicação sobre o mundo do IBGE e para os ibgeanos de ontem e de agora; segundo, porque, em assim fazendo, garante-se uma melhor e sempre viva interlocução entre todos nós; e, terceiro, por me enviarem seus sempre bem-vindos e falantes exemplares.

Isso é muito bom, porque, como leciona pe. Zezinho na edi� cante re� exão A Graça de Envelhecer (CD, Paulinas): "Quem esquece o que � cou para trás não sabe lidar com o que vem pela frente."

Por tudo isso, agradeço-lhes pela "fala", agora, com nossa interlocutora Fala, IBGE.

Cordialmente,Pedro GuedelhaAposentado - MA

Degustar A mercearia Chamone e Filhos abastecia a comunidade do Pindura Saia fazendo valer o crédito através do débito anotado em caderneta. O velho Chamone gozava de boa acolhida no Pindura, de modos que a inadimplência andava bem perto de zero e tudo ia muito bem para os negócios da família Chamone, que seguia cobrindo de imediato as necessidades básicas dos moradores da comunidade cobrando a prazo.

O inusitado, porém, fez com que os Chamone adotassem medida preventiva: sacos de amendoim, biscoitos, doces e a� ns deram de aparecer arrombados. Não obstante o prejuízo, o recinto, que era mantido absurdamente limpo, que os Chamone faziam muita questão da limpeza, passou a apresentar sinais de sujeira: cacos, farelos e restos de alimento espalhados pelos corredores, entre as gôndolas, nas prateleiras e até no balcão. Irritado com aquilo, o velho decidiu escancarar reclame: Proibido Degustar no Interior da loja.

Como leitura contumaz e vocabulário mais apurado não eram aperitivos comuns à comunidade, logo surgiram as primeiras observações, as queixas e o indignar de fregueses mais exaltados. Foi tudo uma questão de entendimento, ou melhor, de um não entendimento. Dona Bezinha, por exemplo, ao dar com os olhos no reclame foi ter com o velho Chamone, momento em que não mediou palavras para expor-lhe sua contrariedade: – Escuta aqui, seu Chamone, eu sou uma mulher de respeito, muito limpa. Ouviu? E com outra, tenho banheiro em casa. Saiba o senhor que eu jamais faria uma coisa assim no interior da sua loja, ouviu? Degustam em qualquer lugar os mais porcos, não a mamãe aqui, � que certo disso! E, tenha um bom dia, sim?

Já Deinha de seu Juca, moçoila que nutria paixão pouco secreta por Tiaguinho, filho caçula do velho Chamone, optou por externar um comentário que, de alguma forma, deixasse clara sua preocupação com a saúde financeira da Chamone e Filhos Ltda. – Guinho, eu vi umas mocinhas aqui da favela degustando lá no Supermercado Para Todos. Sabe como elas fazem? Metem as coisas no porta-seios, nas fraldas dos bebês que conduzem, nos braços e até na calcinha, acredita? Safadas! Fica bobo não, viu, fofo?

Para Neco Valente, porém, caipira macho e ignorante para mais de légua, o entendimento do que viria a ser degustar esbarrou nas barras de seu impecável pudor: – Tem cabra safado garrando mulher no meio da rua, ao sol ardente do meio-dia, um trem de doido, seu! Em nome da moral e da razão, meto é chumbo! Se seu Chamone precisar, no caso d’argum abestado insistir em degustar lebres de pudores poucos aqui dentro da loja, basta me chamar. Minha cartucheira de dois canos serve é pra isso mesmo! Meto chumbo no rabo e nos cornos do primeiro que se atrever a degustar quem quer que seja aqui dentro! Falei e tô falado.

Diante das interpretações, seu Chamone não teve outra alternativa: mudou o escrevinhado deixando o degustar de uma banda. Ficou assim: Mió num arrombar os pacote e nem beliscar os produto, ocê tá seno � lmado!

César SampaioUE-MG

Entre em contato através do e-mail [email protected] ou nosso endereço: Coordenação de Marketing / CDDI / IBGERua General Canabarro, 706 - Sala 320 - Cep: 20271-205 - Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2142-0123 - Ramais 4789 / 3597 / 3547

Todo o material enviado será analisado e selecionado pela equipe da revista, podendo ou não ser publicado. O material obedecerá a critérios editoriais que excluem todo o tipo de material impróprio. Informamos que as cartas não necessariamente são publicadas na íntegra por questão de espaço na seção. Outras comunicações para a redação podem ser enviadas para [email protected] .

Participe! Este espaço é seu.

9out/nov/dez 2013 •

Espaço do Leitor

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Marcelo Benedicto

Há dois anos a primeira Fala,IBGE chegava às mãos de todos os ibgeanos ativos e aposentados. Hoje, a coleção já soma oito edições, cujos conteúdos foram

elaborados graças às inúmeras entrevistas concedidas à nossa equipe, às poses para as fotogra� as e às sugestões que renderam boas pautas. Também foi fundamental cada contribuição enviada para o Espaço do Leitor, tanto as cartas, com críticas e elogios, quanto a arte ibgeana, com fotogra� as, pinturas, poesias e crônicas feitas pelos artistas da casa.

Porém, a revista ainda tem um longo caminho pela frente, pois, como todo trabalho de comunicação, precisa permanentemente buscar o envolvimento do público, identi� cando os assuntos que possam ser de seu interesse. Nesse ponto, o leitor pode ajudar participando sempre, como fez na escolha do nome da revista. Na época, cada ibgeano foi convidado a sugerir um nome, dos quais um comitê selecionou cinco � nalistas para serem submetidos a uma nova votação geral. E, ao � nal, Fala,IBGE foi o nome escolhido de forma democrática.

Gente contando genteNesses dois anos, várias páginas foram reservadas para falar do servidor em pessoa. Pudemos conhecer alguns talentos ibgeanos, como os premiados por projetos desenvolvidos na instituição e por teses elaboradas em programas de pós-graduação;

Nossa revista faz

aniversário

As equipes da Fala, IBGE e da Coordenação de Marketing (COMAR).

Isabela Mateus10 • out/nov/dez 2013

Aniversário

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De 1962 a 1963. Informações sobre as atividades de processamento de dados após a aquisição do

computador Univac 1105.

Boletim do Centro de Processamento de Dados

De 1982 a 1983. Boletim sobre a implantação do Sistema de Informações sobre Recursos Naturais.

Abelha Boletim Informativo

De 1985 a 1986. Com reportagens diversas, surge com a missão de tornar

o IBGE conhecido dos ibgeanos.

Revista Nova Imagem

De 1943 a 1978. Notícias e informações divulgadas pelo Conselho Nacional

de Geogra� a.

Boletim Geográfico

De 1987 a 1990. Notícias e reportagens sobre a instituição,

servidores e assuntos a� ns.

Jornal do IBGE

De 1968 a 1976 e de 1993 a 1994. Informes gerais

sobre o instituto e resumos de resultados de pesquisas.

Boletim Informativo

Impressos ibgeanosA Revista Fala,IBGE é o capítulo atual de um trabalho de comunicação que vem sendo construído há muito tempo na instituição. Na página da biblioteca do IBGE, estão disponíveis para download arquivos de diversas publicações que tinham como objetivo informar os servidores da casa (con� ra abaixo). Algumas delas com conteúdo mais abrangente, outras restritas a notícias de setores ou projetos especí� cos, mas de um modo geral todas estavam preocupadas com a comunicação interna. Além dessas, também há outras publicações que ainda não foram digitalizadas, mas podem ser consultadas no acervo.

autores de livros; os que soltam a voz no Coral do IBGE; e aqueles para os quais viajar é uma pro� ssão: craques em planejar verdadeiras expedições pelo Brasil e mundo afora, deixando qualquer um com água na boca. Também foram destaque as mulheres ibgeanas, inclusive com depoimentos de algumas delas e dados sobre a presença feminina na instituição.

Outro grupo que marcou presença foi o de aposentados, que se revelaram leitores assíduos e colaboradores da revista. Além da participação na seção de cartas, ganharam uma matéria especial, na qual falaram sobre os laços que ainda mantêm com o IBGE e sua história de lutas pela manutenção de direitos trabalhistas. Os novos servidores, inclusive os novos chefes de Unidades Estaduais escolhidos através de processo seletivo, também foram tema de matérias.

Quem leu a reportagem especial sobre os 60 anos da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) viu que quem contou a história da escola foram ex-alunos e funcionários. O mesmo aconteceu com as matérias sobre os diversos projetos da casa, nelas sempre foram os próprios técnicos que mostraram como foi realizado o trabalho.

Fala, ibgeano!Segundo Regina Dias, da Unidade Estadual do Ceará, a revista deve mostrar os trabalhos que estão sendo desenvolvidos na casa: “Gostei muito de ver a revista dando visibilidade ao Sistema Nacional de Pesquisas Agropecuárias (SNPA). Pesquisas e métodos muito interessantes estão sendo realizados e as pessoas que não estão envolvidas pouco sabem”. Já Helio Nabuco Reis, aposentado, espera ver nos próximos anos mais matérias sobre os aposentados do IBGE.

Para Denise Britz, coordenadora-geral da ENCE, a revista é um importante canal de comunicação e de divulgação do trabalho, das equipes e da história do instituto. “Ela informa sobre nosso desenvolvimento, sobre nossos projetos e celebra nossas conquistas, revitalizando em cada um de nós o orgulho de fazer parte desta instituição”. Segundo Silvia Maia Fonseca, coordenadora de Comunicação Social, a iniciativa

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Publicado em 1991. Informações sobre

atividades e projetos da área de Geociências.

Informativo de Geociências

Publicado em 1991 e em 1996. Cobertura

geral sobre as operações censitárias de 1991 e 1996.

Jornal do Censo

De 1995 a 1998. Notícias gerais sobre a

instituição.

Boletim do IBGE

De 2000 a 2003 e de 2009 a 2011.

Cobertura das operações censitárias realizadas em

2000 e em 2010.

Revista Vou te Contar

De 1990 a 1991. Informações e orientações

sobre informática elaboradas pela Divisão

de Informação.

Informativo DIINF

De 1990 a 1992. Informações sobre

atividades e projetos de disseminação.

Informativo CDDI de se criar uma revista interna é de extrema importância. “A Fala,IBGE veio num momento muito propício no qual os servidores precisam realmente de um canal onde eles se identi� quem com a instituição, onde mostrem o seu trabalho e possam usar esse espaço”, ressalta. Ainda de acordo com Silvia, a revista tem que estar se reformulando o tempo todo: “Ela não pode � car estática. Hoje vivemos um momento onde, de certa forma, todo mundo é jornalista, todo mundo quer informar o que está acontecendo”.

Sempre em pautaNos inúmeros eventos realizados na instituição, a equipe de reportagem da revista sempre tem passe livre. As coberturas desses encontros são uma forma de apresentar aos funcionários projetos em andamento, planejamentos de operações que envolvem UEs e agências, além de mostrar a presença internacional do IBGE em debates com representantes de Institutos de Estatística de outros países e organismos internacionais. Isso sem falar das celebrações de aniversário da instituição, realizadas no Rio de Janeiro e nos demais estados, momentos em que a revista publicou muitas imagens das festas ibgeanas pelo país.

O pitoresco também esteve em pauta nesses dois anos. Você sabe o que é um marégrafo? Pois é, ele foi tema de uma matéria que surpreendeu muita gente. Outras curiosidades foram reveladas na seção “Aqui tem IBGE”, que apresenta um retrato das agências de vários recantos de nosso imenso Brasil. E para quem quis conhecer mais a fundo a casa, um bom começo foi a leitura da seção “Nossa história”.

Aspectos mais gerenciais que envolvem a casa e os servidores não foram esquecidos. Ganharam destaque os projetos para o IBGE nos próximos anos em uma matéria que ouviu os gestores, para que todos pudessem conhecer o que está sendo pensado a curto e médio prazo para a instituição. O mesmo objetivo teve matérias sobre gestão de pessoas e outros temas da área de recursos humanos, mostrando, inclusive, di� culdades a serem enfrentadas no que se refere a práticas gerenciais.

A Fala,IBGE representa mais uma etapa do esforço em possibilitar que a informação sobre o IBGE possa ser compartilhada por todos os servidores espalhados pelo país. Como se vê na imagem ao lado, ao longo do tempo outros veículos contribuíram para essa empreitada.

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Aniversário

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Agláia Tavares

Mapas: um novo olhar

Visualizar um mapa disponível, salvar mapas para pesquisa, fazer downloads dos mapas

selecionados e criar mapas através de mapas interativos disponíveis. Assim é o novo portal de mapas do IBGE na Internet, disponível no endereço http://portaldemapas.ibge.gov.br .

Criado pela Coordenação de Projetos Especiais (COPES) do Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI) e testado por uma equipe formada por voluntários da Coordenação de Atendimento Integrado (COATI/CDDI) e das Supervisões de Documentação e Disseminação de Informações (SDIs) das Unidades Estaduais (UEs), o portal foi desenvolvido em seis meses, incluindo concepção, desenvolvimento e testes. Desde novembro no ar, suas funcionalidades chamam atenção desde o usuário comum até o usuário mais especializado. Segundo Taissa Abdalla Filgueiras de Sousa, técnica da COPES, “é possível escolher a melhor forma de exibir a informação, salvar os mapas relevantes para sua pesquisa, e até mesmo compartilhá-los”.

O portal substitui o canal de mapas que já existia na página do IBGE na Internet e chega com novidades. Segundo Taissa, “substituímos o canal de mapas pelo portal para incluir novas funcionalidades para o usuário, sendo uma interface totalmente nova. Também disponibilizamos todo o conteúdo disponível no antigo canal de mapas e incrementamos com novas publicações impressas e novos mapas interativos”.

Dentre as novidades do portal, uma delas é permitir visão geral do conteúdo de mapas do IBGE pelo usuário e fornecer diferentes opções de organização de conteúdo, como, por exemplo, por publicação, classi� cação temática, tipo de arquivo ou serviço ou por título. “Nosso principal desa� o foi desenvolver soluções para organizar o conteúdo e facilitar a busca de mapas pelos usuários”, salienta Taissa.

Como nova funcionalidade, ressalta ainda a inclusão de um sistema de recomendação: “o usuário que demonstrar interesse em determinado mapa receberá recomendações de mapas similares contidos em outras publicações, em outros formatos ou com conteúdo complementar.” Para Taissa, o diferencial em relação ao canal anterior é a possibilidade de conhecer o usuário. “Através do uso e do feedback que ele nos der, poderemos oferecer futuramente novas formas de recomendação e melhorar a interface do portal e dos mapas interativos com ferramentas úteis para a análise de dados espaciais”.

Outra melhoria foi a inclusão de visualizações para todos os mapas. O usuário pode realizar sua busca de forma visual com a exibição de miniaturas, o que permite a ele encontrar facilmente mapas cujos padrões são conhecidos. E pode ver as imagens antes mesmo de baixá-las. O portal também permite a visualização de qualquer mapa sem sair da sua interface, já que ele cria uma unidade grá� ca, incluindo navegação “entre” e “intra” publicações. Assim, mapas temáticos, político-administrativos, físicos, escolares e interativos podem ser visualizados e baixados sem sair do portal.

13out/nov/dez 2013 •

Na Internet

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A hora e a vez de ouvir

os produtores agropecuários

Desde setembro, o Comitê do Censo Agropecuário vem se reunindo regularmente para preparar a operação que, em abril de 2016, vai envolver

todos os estabelecimentos agropecuários do país. Apesar de parecer uma data ainda distante, em uma operação censitária o relógio parece sempre correr contra o tempo diante das inúmeras decisões que precisam ser tomadas e das etapas de planejamento que têm que ser cumpridas com precisão. Por isso, a elaboração do questionário, escolha de equipamentos para a coleta, softwares e a contratação de pessoal são alguns dos tópicos que estão sendo discutidos a todo vapor para garantir o sucesso da pesquisa.

“O Censo Agropecuário e o Censo Demográ� co são as duas pesquisas mais importantes, em termos de tamanho, da casa. O Censo Agropecuário serve de base para subsidiar políticas públicas”, explica Antonio Carlos Simões Florido, gerente Técnico do Censo Agropecuário. Segundo ele, a partir de dados coletados em edições anteriores da pesquisa foram tabuladas informações que serviram de base para a criação da legislação sobre agricultura familiar. “E o Censo 2006 mostrou quem é essa população com base na lei. Então, você vê que o Censo serve para gerar políticas de modo que venha atender a um grupo, a um universo de pessoas que dependem dessa política”, ressalta.

Marcelo Benedicto

14 • out/nov/dez 2013

Censo agropecuário

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Em 2016, junto com o Censo Agropecuário será realizada a Pesquisa Cadastro Estrutural (PCADE), a primeira do Sistema Nacional de Pesquisas Agropecuárias por Amostragem de Estabelecimentos Agropecuários (SNPA). Ela vai atualizar o cadastro de estabelecimentos agropecuários, caracterizando e identi� cando os produtores que vão compor a amostra para a realização da Pesquisa Nacional da Atividade Agropecuária (PNAG), pesquisa que também faz parte do SNPA e será implementada em 2017. Na edição nº4 da Fala,IBGE foi publicada uma reportagem sobre o SNPA, a qual explica como vai funcionar o sistema e sua importância no levantamento de informações agropecuárias.

A construção do questionárioNo Censo Agropecuário realizado em 2007 foram visitados cerca de 5,2 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o país, cujo cadastro será atualizado para ser a base da coleta de dados em 2016. Em cada um desses estabelecimentos país afora, os recenseadores vão aplicar um questionário que, no momento, é o foco das atenções dos membros do Comitê. Para de� nirem as perguntas, estão avaliando, por exemplo, o que foi levantado na última edição da pesquisa e quais informações precisam ser incorporadas para atender às pesquisas da casa.

“Em relação ao último Censo Agropecuário, havia algumas variáveis que foram mais aprofundadas, em termos de uso de agrotóxicos, de adubação, para atender as questões de emissão de gases de efeito estufa, mas para o próximo Censo nós estamos tirando o detalhamento. Por outro lado, há a demanda para que se incluam quesitos sobre o uso da água: de onde vem a água utilizada, se é de fontes super� ciais, rios, lagos, de fontes subterrâneas. Então, já há uma preocupação maior em relação ao uso da água”, destaca Florido.

O pesquisador lembra que, após essa etapa, o conteúdo do questionário de� nido pelo Comitê será avaliado pela Comissão Consultiva do Censo Agropecuário, a ser formada por pessoas externas ao IBGE. Depois, serão feitas reuniões com usuários externos, que também vão avaliar e sugerir alterações no questionário. Ao � nal, Comitê e Comissão Consultiva concluirão o trabalho.

Acertando os ponteirosA base territorial do Censo, o equipamento a ser utilizado na coleta e o programa de críticas para rodar durante a entrada de dados também estão na pauta das reuniões. Mas um item que exige atenção é a liberação de recursos orçamentários e � nanceiros: “Nesse tipo de pesquisa, o principal desa� o é ter condições de fazer tudo no tempo certo. E uma condição para se fazer é ter recursos para que os processos ocorram no tempo exato”, conclui Florido.

Os Censos Agropecuários vistos de fora e de dentroEssa é a proposta do livro que tem lançamento previsto para 2014. Com textos elaborados por pesquisadores de universidades e instituições diversas e de pro� ssionais do IBGE, a publicação vai trazer análises sobre as temáticas abordadas nas edições do Censo Agropecuário; um histórico da pesquisa antes do IBGE, remontando ao período do Império e ao início da República; um texto elaborado a partir de depoimentos coletados em 30 horas de entrevistas; além de um capítulo sobre as campanhas publicitárias.

“A proposta é ter um olhar de fora, de quem usa os dados vendo criticamente a qualidade e a su� ciência, e um olhar de dentro, que revela as di� culdades de se fazer um Censo, como isso foi evoluindo num progresso crescente, de questionário em papel a questionário na máquina”, explica Nelson Senra, organizador do livro. Segundo ele, outro conteúdo inovador será um conjunto de tabelas e diagramas que vão mostrar as variações nas abordagens de temas e conceitos a cada Censo Agropecuário, inclusive modi� cações em uma mesma edição. O livro também virá acompanhado de um DVD com materiais extras.

Imagens: Acervo da Memória Institucional do IBGE

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Foi deste modo que, pelo terceiro ano consecutivo, o IBGE caracterizou a sua participação no Latin

America Geospatial Forum (LAGF), 3ª Conferência e Exposição Internacional sobre Tecnologias Geoespaciais e Aplicações, evento que reúne organizações públicas, privadas e empresas dos setores de geotecnologia e geoinformação, do mundo inteiro. O tema 2013 do LAGF foi a sustentabilidade como o caminho para o desenvolvimento. A conferência foi realizada nos dias 11, 12 e 13 de setembro, no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro. O IBGE tradicionalmente é um dos co-organizadores desse importante evento que reúne os países da América Latina.

O LAGF é uma oportunidade, também, de os técnicos do IBGE fazerem apresentações e divulgarem os seus trabalhos e pesquisas relativos às muitas atividades desenvolvidas pelas coordenações da Diretoria de Geociências, além de participar e também promover cursos sobre temas de interesse do setor.

OportunidadesO diretor de Geociências do IBGE, Wadih João Scandar Neto, explica que é importante assegurar a atualização e a difusão dos novos conhecimentos entre os técnicos da instituição nas inovações em tecnologia geoespacial, e que, além disso, a participação em eventos como o LAGF é uma oportunidade para

desenvolvimentos técnicos e pro� ssionais. O diretor comentou sobre a ampla presença do pessoal do IBGE, que participou de praticamente todas as mesas de apresentações de trabalhos.

“Na maioria das sessões havia, pelo menos, um representante do IBGE expondo alguma coisa. E a gente pode mostrar para o setor e para outros países o quanto nós já estamos avançando no emprego das novas tecnologias, tanto para as atividades principais de geociências, de mapeamento, e na operação do IBGE como um todo, como na área de pesquisa, de censo e também na disseminação”, disse Wadih, realçando ainda a importância da disseminação que é realizada através de mapas e de informações localizadas espacialmente.

A presidenta do IBGE, Wasmália Bivar, uma das convidadas da solenidade de abertura do evento, assinalou a importância das novas tecnologias no campo de geociências e a capacidade do IBGE de incorporar essas novas tecnologias nas suas atividades.

Para o diretor substituto da DGC, João Bosco de Azevedo, o LAGF é uma oportunidade para que “a gente consiga através dessas discussões e dessas apresentações identi� car grandes oportunidades de soluções e novos negócios no que diz respeito à geoinformação e na utilização dessas geotecnologias”.

Mario Grabois

Presença expressiva, marcante e representativa

Servidores da Diretoria de Geociências (DGC) no estande do IBGE no setor de exposição do LAGF.

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LAGF

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A juventude está presente na agenda de discussões sobre os censos demográ� cos na América

Latina. Foi o que demonstrou o II Seminário de Análise Temática dos Resultados da Rodada dos Censos 2010, realizado de 4 a 6 de dezembro, no Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI). O evento contou com a participação de representantes de dez países latino-americanos, inclusive do Brasil. Nos três dias foram debatidos os temas fecundidade, mortalidade, migração e educação, com enfoque na população jovem.

Por que é importante um país se preocupar com seus jovens? Para Taís Santos, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), uma motivação é o fato de hoje o Brasil contar com o maior contingente de população jovem de sua história. Segundo Wasmália Bivar, presidenta do IBGE, é importante porque o país perde muito com a morte de jovens que poderiam ter um futuro promissor. Já para Ricardo Paes de Barros, da Comissão Nacional de População e Desenvolvimento (CNPD), não se pode perder de vista que é nessa faixa etária que são tomadas decisões que podem in� uenciar toda a vida, por isso os jovens precisam estar bem-informados – em especial aqueles que nem estudam e nem trabalham, dos quais, segundo Helena Abramo, da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), 70% são mulheres de baixa renda e em grande parte com � lhos.

Fecundidade das jovensNo Brasil, as mulheres de 15 a 29 anos de idade contribuem com 66% da fecundidade, mas há diferenças quando se considera a cor ou raça e a escolaridade. Segundo Adriana Miranda, da Fundação João Pinheiro, enquanto as mulheres brancas têm 1,6 � lho em média, as negras têm 2,1; e as com maior escolaridade tendem a ter famílias menores. Suzana Cavenaghi, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE), alertou que o aumento no nível de escolaridade sem a entrada no mercado de trabalho pode não resultar em diminuição da fecundidade feminina.

Mortalidade violentaPara Fernando Carvalho e Albuquerque, da Diretoria de Pesquisas do IBGE (DPE), os óbitos por causa violenta diminuíram entre as mulheres e aumentaram entre os homens. Ainda segundo ele, para poder pensar o tema mortalidade foi importante a inclusão do quesito óbito no questionário do universo do Censo 2010 - o que possibilitou relacioná-lo às características do domicílio. Em termos de política pública, Efraim Neto, da SNJ, apresentou o plano de prevenção à violência contra a juventude negra, especialmente nos casos de homicídios contra homens negros.

Migração e deslocamentoO contexto de migração no Brasil está relacionado com a precarização do trabalho, explicou Antônio Tadeu Ribeiro de Oliveira, da DPE. Já José Irineu Rigotti, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), mostrou que de 1980 a 2010 a redução de migrantes foi maior entre adultos que entre jovens. Para conhecer mais essa fatia da população, Herton Araújo, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), apresentou a proposta de um indicador de autonomia, a ser aplicado aos migrantes jovens de 15 a 29 anos, para veri� car quais estão mais aptos para entrar na vida adulta.

EducaçãoSobre o tema, Betina Fresneda, da DPE, mostrou que o capital cultural herdado da família in� uencia a trajetória dos estudantes em um primeiro momento, mas depois passa a ser mais decisivo na formação a estrutura de cultura e benefícios aos quais as famílias têm acesso. É nesse ponto que, segundo ela, a estrutura de desigualdade social do país é determinante. No � nal do evento, foi anunciado que estão em curso negociações sobre uma parceria entre o IBGE e a Secretaria Nacional de Juventude.

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Marcelo Benedicto

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Rodada dos Censos 2010

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Unidades Estaduais debatem presente e futuro

Os chefes e substitutos das 27 Unidades Estaduais do IBGE se reuniram com os integrantes do Conselho-Diretor, diretores adjuntos e coordenadores da

Diretoria de Pesquisas (DPE), Diretoria de Geociências (DGC), Diretoria-Executiva (DE), Diretoria de Informática (DI), Coordenação Operacional dos Censos (COC), Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI) e Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE), entre os dias 9 e 13 de dezembro, no auditório Teixeira de Freitas, no Complexo Canabarro.

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Mario Grabois

Álvaro VasconcellosÁlvaro Vasconcellos

Álvaro VasconcellosÁlvaro Vasconcellos

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Esse Encontro das Unidades Estaduais foi o segundo evento do tipo realizado em 2103 e, dessa vez, contou com a novidade da participação dos chefes substitutos.

O evento teve como objetivos fazer um balanço do andamento atual das várias pesquisas e atividades, re� etir sobre o Plano de Trabalho para 2014, em particular a organização das operações censitárias dos anos seguintes (Contagem da População e Censo Agropecuário), conhecer novas propostas apresentadas pela DGC, pelo CDDI, por outros setores e, acima de tudo, trocar experiências, debater e preparar os próximos passos da instituição.

novos temposnovos tempos

Fotos 1 a 4 - Dias intensos de debates, discussões e apresentações de projetos foram a marca do encontro em um momento em que o IBGE se prepara para os muitos desafios e ações que se apresentam para os próximos anos.

Foto 5 - No encerramento do encontro, ao lado do chefe da UE/MT, Delvaldo Benedito de Souza (com o microfone), a presidenta Wasmália Bivar fala do processo de sucessão nas unidades estaduais e das mudanças no IBGE. Delvaldo vai deixar a chefia em 2014, mas vai acompanhar e estar junto em todo o processo sucessório. “Delvaldo é uma memória viva do estado e da história do IBGE”, declarou a presidenta.

Foto 6 - No último dia do encontro, 13 de dezembro, os chefes das Unidades Estaduais, substitutos, diretores e servidores participaram do Ato Ecumênico realizado no CDDI, com a presença do Coral do IBGE do Rio de Janeiro.

Pedro Girão

Pedro Girão

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Novos chefes falam de projetos e desafiosNa edição anterior da Fala,IBGE, publicamos uma matéria sobre a importância e o papel do Processo Seletivo Interno para escolha de chefes de Unidades Estaduais (UEs).

Agora, já após a posse de cada um deles em seus estados e no clima do Encontro das Unidades Estaduais, apresentamos os novos chefes para os leitores da revista. Fizemos entrevistas com eles e, por questão de espaço, selecionamos as partes e os aspectos mais representativos e importantes do que cada um falou para a nossa reportagem.

Contamos ainda com o apoio dos supervisores de disseminação de informações (SDIs) das respectivas UEs (Paulo Ricardo da Silva Amaral

Jesus/TO; Sueni Juraci de Mello dos Santos/SC; Paula Kelly Gomes Maia/RR e Isabel de Paula Costa/MS).

Essas foram as perguntas que � zemos aos novos chefes:

1) Quais os principais desa� os que estão colocados para o seu novo trabalho como chefe de Unidade Estadual?

2) De acordo com a sua trajetória no IBGE, como você avalia essa nova etapa?

3) Como você avalia a importância do Processo Seletivo Interno para a escolha dos chefes de Unidades Estaduais?

O IBGE está atravessando um importante momento de transição que se manifesta em inúmeras dimensões, como: a implantação de novas pesquisas e projetos; mudanças de che� as; realização de concursos públicos; transmissão de experiências e vivências pro� ssionais entre os que chegam e os que estão se aposentando, entre diversas outras ações e trabalhos.

Troca de experiênciasPara Maria Vilma Salles Garcia, coordenadora da COC, a troca de experiências é sempre muito boa, não só dos chefes com o Conselho-Diretor, mas, também, entre as próprias unidades. “Isso é muito rico, sempre surgem ideias criativas, sempre surgem situações que um tem conhecimento e que podem futuramente aparecer na sua área. Então essa troca é muito frutífera, muito produtiva.”, comentou Maria Vilma.

São muitos os desa� os que se apresentam para o IBGE nos próximos anos, mas, ao mesmo tempo, abre-se uma janela de oportunidades e

possibilidades. De acordo com Maria Antonia Esteves da Silva, chefe da Unidade Estadual de Minas Gerais (UE/MG), o evento tem grande importância porque permite a interação entre unidade estadual e direção do IBGE, além de ser um momento de discutir as ações estratégicas. Maria Antonia considera que são muitos os desa� os de 2014, mas considera que o “ibgeano não pode desanimar nunca, a gente tem que superar, buscar o caminho que a gente vai fazer”.

Um importante aspecto a ser destacado é que um encontro com esse per� l permite que se discutam não só as questões diretamente vinculadas ao dia a dia de trabalho, mas também que analisem questões a partir de uma visão de longo curso. É o que explica o diretor-executivo, Fernando José de Araújo Abrantes: “Um evento desse tipo é sempre uma oportunidade muito grande da gente sair um pouco das discussões de curto prazo, e abrir espaço para uma re� exão estratégica maior sobre os rumos da organização. Essa é uma dimensão crucial desse encontro”.

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Mário Alexandre de Pinna Frazeto (UE/MS)

1) Na minha opinião, os dois principais desa� os são contribuir para que as diretrizes da Instituição sejam mantidas diante das novas mudanças que vêm surgindo no Brasil e resgatar e orientar os funcionários para a nova visão de gestão, principalmente a gestão compartilhada, buscando sempre aproveitar as boas práticas.

2) Minha trajetória pro� ssional dentro da Instituição é importantíssima, pois atuei em diversas áreas no IBGE/MS. O sentimento de expectativa e até de insegurança, como o que tive no início da carreira pro� ssional no IBGE, quando tudo ainda era novidade para mim, criava uma sensação de lidar com o desconhecido e aumentava a sede por realizar as tarefas que me eram demandadas. A busca constante por uma trajetória nova e empolgante frente a “novos desa� os” e novos fatores, como atuação da liderança e melhor local para se trabalhar, mantendo o bem-estar emocional dos trabalhadores, é mais importante do que nunca nos dias atuais.

3) A utilização de um processo seletivo para preencher a vaga de Chefe da Unidade Estadual dá legitimidade e con� ança aos servidores, pois a antiga prática da indicação sem critérios técnicos gerava revoltas e insatisfação dos servidores. O processo seletivo criado para a escolha da Che� a da Unidade Estadual utilizou situações do cotidiano nas UEs, para que os candidatos à che� a buscassem soluções para possíveis problemas, dando respaldo para as ações e decisões internas.

Roberto Maykot Kuerten (UE/RR)

1) Os principais desa� os à frente da Unidade Estadual de Roraima serão a Contagem da População e o Censo Agropecuário. Além disto, é preciso adequar as Unidades Estaduais do IBGE a uma demanda crescente por informações estatísticas e geocientí� cas e a limitação dos recursos disponíveis. Acredito que esta adequação passa necessariamente pela capacitação e valorização do quadro de pessoal e a implementação de novas tecnologias e metodologias de coleta.

2) Para mim, que sempre atuei na área técnica, mais especi� camente na área de geociências e nas estatísticas agropecuárias, será um grande desa� o. Além do mais estou saindo da Região Sul, onde sempre trabalhei, para encarar uma realidade completamente diferente.

3) O IBGE está iniciando uma fase de grandes mudanças, uma fase de renovação no quadro de pessoal e nas suas lideranças. Acho que os colegas que estão iniciando as suas carreiras no IBGE terão muitas oportunidades para se desenvolverem pro� ssionalmente. O processo seletivo interno foi realmente uma experiência fantástica para mim. O processo é democrático porque permite que todos os servidores possam participar da seleção em igualdade de condições e segundo regras claras e previamente estabelecidas no edital.

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Édis Evandro Teixeira de Carvalho (UE/TO)

1) Como chefe da Unidade Estadual do IBGE no Tocantins, o maior desa� o será a gestão de pessoas. Lidar com pessoas nem sempre é tarefa fácil e estar como chefe, receber críticas construtivas, mas na sua maioria críticas vazias é um obstáculo a uma boa gestão, por isso, penso que lidar com pessoas está e continuará sendo o maior desa� o.

2) Avalio de maneira positiva e construtiva. É um momento que me permite pensar que � z as coisas certas, pelo menos até agora, visto que sempre procurei atuar de maneira transparente, objetiva e prática, respeitando os códigos colocados pela instituição e pensando de maneira coletiva. Pensar de maneira individual e fechada não nos leva a lugar nenhum.

3) O Processo Seletivo Interno é um avanço para legitimar os aspectos democráticos que reforçam o IBGE como uma Instituição séria, isenta e transparente. Processos como este permitem a qualquer um, desde que atenda aos critérios mínimos, chegar ao cargo de che� a de uma Unidade Estadual, que, nos estados fora da Sede, é o cargo/função mais elevado. Participar do processo também foi bom porque permitiu conhecer novas maneiras de pensar e possibilitou um outro olhar sobre assuntos que muitas vezes julgamos saber.

Alceu José Vanzella (UE/SC)

1) Os desa� os são muitos, mas o primeiro deles, sem dúvidas, é manter a Unidade Estadual de Santa Catarina no patamar em que se encontra. O trabalho desenvolvido pelo Maurício foi de excelência e transformou a Unidade, especialmente as agências, que possuem hoje uma excelente estrutura. O segundo desa� o é preparar a Contagem em 2015 e o Censo Agro em 2016 com um quadro bastante reduzido e com vários servidores altamente quali� cados e experientes com tempo de aposentadoria.

2) A che� a da Unidade Estadual se diferencia pela complexidade e pela multiplicidade das atividades. Penso que a minha trajetória possa contribuir, especialmente porque tive a oportunidade de atuar nos dois extremos, tanto em agência quanto na Sede no RJ. Acredito que conhecer e entender as necessidades e di� culdades tanto de uma ponta quanto da outra pode me ajudar muito nesta nova função.

3) Acredito ser uma maneira democrática de oportunizar a todos a participação. No nosso PSI existiam servidores de todas as áreas, formações e experiências, e percebemos que o objetivo maior era identi� car as potencialidades e o per� l necessário para a função. Percebemos também a seriedade e a lisura com que o processo seletivo foi conduzido, e certamente ser o escolhido é um motivo de alegria e orgulho muito grande.

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No lugar mais

do Brasilcentral

Já falamos das agências localizadas nos quatro cantos mais extremos do

país. Primeiro foi Cruzeiro do Sul, no Acre. Depois, agência Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Em terceiro, João Pessoa, na Paraíba e a quarta agência Soure, no Pará.

Agora chegou a vez de falarmos da agência localizada na cidade mais central do Brasil. O nome dela é Porto Nacional e está localizada no município que leva o mesmo nome. Seu chefe é Manoel Oliveira Castro Júnior, à frente de lá há 1 ano e 8 meses.

A agência realiza a coleta das pesquisas: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) anual e contínua; Pesquisa Agrícola Municipal (PAM); Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS); Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI); Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do Leite e do Couro; Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA); Registro Civil; Pesquisa de Estoques; Pesquisa Industrial Anual (PIA); e Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), além dos censos decenais.

E tem responsabilidade sobre 17 municípios (Aparecida do Rio Negro, Brejinho de Nazaré, Fátima, Ipueiras, Lagoa do Tocantins, Mateiros, Monte do Carmo, Novo Acordo, Oliveira de Fátima, Ponte Alta do Tocantins, Pindorama do Tocantins, Porto Nacional, Santa Rita do Tocantins, Santa Rosa do Tocantins, Santa

Tereza do Tocantins, São Félix do Tocantins e Silvanópolis). “Antes eram 22, mas cinco foram transferidos para a agência Paraíso de Tocantins. Então, hoje, cuidamos de 17”. Destes, Manoel comenta que sete estão na conhecida região turística do Jalapão. “O Jalapão tem belas paisagens e também grandes desa� os, os quais venho desbravando há sete anos aqui. Por exemplo, para chegarmos em Mateiros, temos que enfrentar em média 300 km, dos quais 170 são de estradas de terra, e mais 80 km até São Félix do Tocantins, e estas mesmas � cam quase intransitáveis em parte do ano. Temos que torcer para não quebrarmos o carro, pois mecânicos especializados quase nunca se consegue”.

Agláia Tavares

Agência do IBGE no município de Porto Nacional.

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Aqui tem IBGE

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De Portas abertas

para a educação

De 22 a 25 de outubro, o Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI) recebeu ilustres visitantes de um setor

estratégico para o desenvolvimento de qualquer país: a educação. Alunos, professores e pesquisadores da área vieram participar de o� cinas, de uma exposição de cartogra� a infantil e de um seminário - eventos que ajudaram a mostrar que o IBGE pode e deve continuar ampliando sua presença nas salas de aula Brasil afora. Publicações como o Atlas Geográ� co Escolar; os sites 7 a 12, IBGETeen e Vamos Contar; bem como atividades em escolas e universidades realizadas pelas Unidades Estaduais, que também recebem visitas de estudantes, são iniciativas da instituição para formar usuários de informações geocientí� cas e estatísticas. Usuários esses que, nessa semana de eventos, a� rmaram que podem e querem estreitar vínculos com o instituto no esforço de conhecer o país.

Marcelo Benedicto

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Educação

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Professoras e alunos do Colégio Pedro II (unidade Tijuca) visitam a exposição de desenhos do Concurso de Cartografia para Crianças, no CDDI, coordenada por Nei Erling (na foto à direita).

“Foi uma semana muito importante porque pudemos ter contato com duas faces da escola. Nas visitas das crianças foi importante ver como elas lidavam com a informação produzida pelo IBGE, as perguntas que faziam, além da própria energia de ter criança aqui falando do que elas sabem e expondo suas dúvidas sobre nossas informações”, avalia Renata Correa, coordenadora do projeto Vamos Contar, cuja equipe foi a idealizadora dos eventos da semana de educação.

Renata acha importante o contato presencial com os professores, apesar das di� culdades em concretizá-lo em um país com as dimensões do Brasil: “Não vamos poder visitar todas as escolas e nem receber todas elas, mas acreditamos no efeito multiplicador. Cada vez que temos um

contato com uma escola ou uma criança isso institucionalmente é muito forte”.

A semana de educação também foi uma forma de celebrar o primeiro ano do site do Vamos Contar que toda semana disponibiliza atividades para os professores baseadas em informações divulgadas pela instituição, mas o projeto busca outras formas de estar em sala de aula. “É uma escolha do professor encaixar o Vamos Contar em seu programa. Então, vimos que temos que conscientizá-los para que eles vejam que vale a pena trabalhar com as informações que disponibilizamos no site”, explica Tatiana Barboza Miranda, pedagoga do projeto”.

O Vamos Contar foi à escolaA ideia de trazer estudantes para participarem da semana da educação no CDDI surgiu depois que a equipe do Vamos Contar realizou a o� cina Crianças do Brasil em uma turma do Colégio Pedro II – unidade Tijuca. Na ocasião, a turma assistiu a uma apresentação com dados do Censo 2010 sobre crianças de 0 a 12 anos no país. Depois da apresentação, os alunos � zeram um desenho sobre o tema o que é ser criança. Também participaram de uma rápida entrevista com perguntas sobre o mesmo tema. Todo o material produzido foi disponibilizado no site 7 a 12 no dia das crianças (http://7a12.ibge.gov.br).

A pedagoga Tatiana Miranda e a jornalista Camila Pinto (ao fundo), ambas do CDDI, em oficina no Colégio Pedro II.

Fotos: Pedro Girão 25

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Ouvir e falar diretamente com o público-alvo do Vamos Contar foi um dos méritos do seminário segundo a equipe do site: “Ter professores da área acadêmica que estão pensando a educação e professores que estão em sala de aula foi interessante por serem vários olhares mostrando como podíamos divulgar o nosso trabalho”, comemora Renata. “Também foi interessante porque todos trouxeram as discussões para a parte prática da sala de aula, o que era nossa intenção”, lembra Tatiana. Além de palestrantes da área de educação, o evento também contou a presença ilustre da geógrafa Tomoko Iyda Paganelli. Especialista em educação cartográ� ca e com livros publicados sobre o assunto, disse que sua trajetória se deve ao fato de ter tido uma boa professora e um bom livro didático.

Seminário IBGE de porta abertas para a escola

“Estudantes precisam saber que dados expressam decisões de governos e famílias”A imprensa é um meio de divulgar a informação estatística, mas os professores precisam dar outra qualidade aos dados. Em relação ao ensino da geogra� a, a questão é a construção e a aplicabilidade dos currículos. Os parâmetros preconizados pelo governo precisam apostar na autonomia intelectual do professor para pensar conteúdos de acordo com a realidade da escola e dos alunos.

Enio Serra, coordenador do curso de licenciatura em geogra� a da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Turmas de 3°e 4° ano do ensino fundamental do Colégio Pedro II participam de oficinaLogo na chegada, as carinhas sorridentes e os olhares curiosos das crianças, todas na faixa de 8 e 9 anos de idade, se voltavam para os mapas expostos no corredor de entrada do CDDI, mostrando que eles não eram apenas quadros enfeitando paredes, mas também fontes de conhecimento. Cientes disso, as professoras aproveitavam o momento para conversar com os pupilos sobre o que estavam vendo e sobre os conteúdos de alguns desses mapas.

Com a curiosidade já aguçada, entravam na sala anexa ao auditório, local onde eram convidadas a participar de uma o� cina, cuja atividade era desenhar um mapa que mostrasse o caminho de casa até a escola. O exercício foi inspirado na publicação do IBGE Meu primeiro Atlas, que algumas crianças já conheciam, e mostrou que para os estudantes os mapas exercem um certo fascínio.

“A gente vê como um certo desa� o porque a cartogra� a, de certo modo, envolve abstração e isso para eles é um pouco mais complicado. Entretanto, eles têm uma curiosidade imensa em trabalhar com mapas”, explica Luciene Moraes, coordenadora de Estudos Sociais do Colégio Pedro II – unidade Tijuca, do Rio de Janeiro (RJ). Ainda

Conhecer o espaço a partir de práticas educativasO projeto “Geografando Seropédica (RJ)” tem por objetivo formar cidadãos com consciência espacial, entender onde está para valorizar o entorno. É difícil trabalhar o espaço vivido quando o livro didático não o traz, daí a importância de o projeto ajudar os alunos a mapear o entorno.

Regina Cohen Barros, coordenadora do curso de graduação em geogra� a da Universidade

Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Estudantes participam de atividade, no CDDI, com Renata Correa e Ubiratã Oliveira da Coordenação de Marketing (COMAR).

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Educação

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Seminário IBGE de porta abertas para a escolaTrabalhando com informações de maneira interdisciplinarO projeto “Qual é a graça?” envolveu conteúdos de história, geogra� a, biologia. Primeiro, buscou entender a origem dos apelidos pejorativos atribuídos aos negros hoje, o que levou os alunos a pesquisar sobre a escravidão. Depois de catalogar os 360 apelidos encontrados, resolveram criar um muro com os nomes dos escravos que participaram de uma revolta na região de Vassouras e um jardim com plantas de origem africana, em homenagem à � lha do líder da revolta Manoel Congo, que foi condenado à forca. Partes do jardim e os animais que lá introduziram ganharam nomes de regiões e acidentes geográ� cos do continente africano.

Luiz Henrique Rosa, professor de biologia da Escola Municipal Herbert Moses, Rio de Janeiro (RJ)

segundo ela, a visita ao IBGE é um passo importante no aprendizado dos alunos: “As crianças precisam ter um contato mais apurado com as instituições que são produtoras de conhecimento, das quais utilizamos materiais. Quando elas conhecem o espaço da instituição, aumentam o interesse e a curiosidade delas”.

Estudantes votaram nos melhores desenhos em exposição de cartografia infantilApós produzirem seus próprios mapas, os estudantes foram convidados a conhecer desenhos feitos por crianças de outras escolas do país e, ao � nal, votarem naqueles que mais gostassem. A exposição foi uma etapa do Concurso de Cartogra� a para Crianças, promovido pela Sociedade Brasileira de Cartogra� a, cujo tema desse ano é “Brasil, um país além do futebol”.

“Nossas crianças não são geógrafos ou cartógrafos. Então, a gente faz um exercício para que elas aprendam, tomem gosto pela leitura e interpretação de mapas. Nos desenhos é preciso que a criança represente o tema e insira elementos da cartogra� a, como um mapa ou o planisfério”, explica Nei Erling, engenheiro cartógrafo e coordenador do projeto.

O que sabem os alunos dos anos iniciais sobre estatística?Pesquisas apontam que no Brasil inteiro os alunos têm di� culdades para compreender e construir grá� cos e tabelas, pois apenas aprendem a lê-los. A importância de a estatística ser ensinada nos anos iniciais é para criança já ir aprendendo a organizar dados e a levantar hipóteses, não apenas ler grá� cos e tabelas. “É importante que o professor também saiba fazer e não apenas reproduzir o que alguém fez. Daí a importância de o IBGE ter sistemas de busca que possam facilitar o encontro de informações em seu site. Poucos dados são su� cientes para crianças pequenas trabalharem, então é difícil trabalhar com as crianças usando aquelas tabelas enormes”.

Gilda Lisbôa Guimarães, coordenadora do Núcleo de Educação Matemática da Pós-graduação em Educação Matemática e Tecnológica da

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Exercício de democracia: estudantes votam nos desenhos que mais gostaram.

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Elson dos Santos Mattos

(1925-2013)

Marco Santos

Ele era mais conhecido como o “homem do cofre” dos censos, mas na verdade, sua carreira no IBGE e até fora dele foi in� nitamente maior e

mais importante que a sua atuação como responsável pelos orçamentos das operações censitárias realizadas pelo Instituto.

Elson dos Santos Mattos nasceu no Rio de Janeiro, em 15 de dezembro de 1925. Era � lho de Henrique da Silva Mattos e Jacy dos Santos Mattos. Fez seus primeiros estudos na Escola Equador, no bairro carioca de Vila Isabel. Depois foi para o Colégio Independência e posteriormente entrou para a Escola Técnica Visconde de Mauá, onde fez o curso pro� ssionalizante.

Começou a trabalhar aos 16 anos como vendedor de títulos em uma empresa de transportes, mas logo deixou este emprego para entrar para o IBGE, em 1942, trabalhando como mensageiro no Serviço Nacional de Recenseamento. A partir daí, foi gradativamente galgando postos e funções: operador de máquina Holerith, assistente de che� a de seção, chefe de seção, trabalhando com toda a

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Homenagem

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chamada “Velha Guarda” da instituição – Teixeira de Freitas, Macedo Soares, Heitor Bracet...

De 1950 a 1963, ainda no Serviço Nacional de Recenseamento, ocupou vários cargos de che� a e cargos de con� ança. Em 1961, foi indicado como representante do IBGE junto a órgãos do Ministério da Fazenda com o objetivo de solucionar questões burocráticas referentes ao computador UNIVAC adquirido pelo Instituto ao tempo da administração Jurandyr Pires da Costa.

O seu desempenho administrativo no caso do computador do IBGE fez com que fosse indicado para a área de automação da Comissão de Reforma do Ministério da Fazenda, presidida por Luiz Simões Lopes. Esta comissão originaria o Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO, criado por lei em dezembro de 1964 e instalado no ano seguinte, sendo ligado ao Ministério da Fazenda. Uma vez criado este órgão, Elson Mattos foi o seu primeiro diretor-presidente, tendo a incumbência de criar e instalar toda a estrutura para fazer o SERPRO existir. Este talvez tenha sido o seu maior trabalho em sua carreira pro� ssional: receber um papel com uma nomeação e criar do ponto zero uma instituição que hoje é uma potência em todo o território nacional.

No SERPRO, ele � cou até 1967, quando retornou ao IBGE. Dois anos depois, foi escolhido para dirigir a Superintendência

do Centro de Processamento de Dados do IBGE, o correspondente atual da Diretoria de Informática, lá permanecendo até 1971. Em seguida che� ou as áreas de Material e Pessoal até ser nomeado superintendente de Recursos Humanos, cargo que desempenhou até 1985, quando foi designado como assessor da presidência do IBGE.

Embora tenha se aposentado em 1987, não interrompeu a sua ligação com a Casa. A partir daquele momento, ele passaria a cuidar da área orçamentária e � nanceira dos recenseamentos realizados pelo Instituto. Tornou-se conhecido como “o homem do cofre” das operações censitárias, administrando com extrema competência as verbas dotadas para os censos.

Seu derradeiro trabalho para o IBGE foi o assessoramento � nanceiro do Censo Demográ� co de 2010, na Coordenação Operacional dos Censos - COC, como já o tinha feito nas últimas operações censitárias da Casa. Da sua entrada como mensageiro na instituição até a � nalização do Censo 2010, quando � nalmente deixou a COC, em 2012, lá se vão 70 anos de trabalho, quase todos dedicados ao IBGE. Até onde se sabe, nenhum outro funcionário trabalhou tanto tempo no Instituto.

Elson Mattos faleceu no dia 13 de julho de 2013, e foi sepultado, no Cemitério de São Francisco Xavier, no Caju.

Elson Mattos (no círculo em destaque), em almoço

de confraternização de funcionários do Serviço

Nacional de Recenseamento, no início dos anos 50.

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Mario Grabois

Na semana de 16 a 20 de setembro, o IBGE sediou, no Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI), quatro importantes

eventos, dois em nível nacional e dois em nível internacional, estes reunindo países da América Latina e do Caribe, para debater questões nas áreas de contas nacionais e de contas econômicas ambientais.

Seminário do Sistema de Contas Nacionais(The 2008 SNA - System of National Accounts)O objetivo do seminário foi o debate sobre o processo de implementação do novo manual de contas nacionais da Divisão de Estatísticas das Nações Unidas, o SNA 2008. No primeiro dia, o seminário teve um caráter nacional reunindo, além do IBGE, diversos órgãos brasileiros vinculados, de um modo ou de outro, à produção e utilização de estatísticas econômicas.

A diretora de Pesquisas do IBGE, Márcia Quintslr, explica que este processo está ligado ao conceito de estatísticas integradas econômicas e que é importante entender que o IBGE não é o único produtor de estatísticas econômicas no país. “Existem outros produtores importantes como o Banco Central, Secretaria do Tesouro Nacional, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, a Receita Federal, entre outros”, ela explica. A diretora esclarece que o IBGE, como

Seminários debateram

Contas Econômicas Ambientais

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Contas nacionais e ambientais

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coordenador do Sistema Estatístico Nacional, levou essa questão para esses órgãos e que o momento é de construção de uma parceria entre todos.

Roberto Luís Olinto Ramos, coordenador de Contas Nacionais (CONAC), esclarece que o IBGE já coordena um comitê de estatísticas sociais e está sendo discutida com o Governo a constituição de um comitê de estatísticas econômicas. “Esse é um comitê onde se deve discutir, não só entre os diversos produtores, o que eles fazem, mas a necessidade de integração das estatísticas”, disse Roberto.

Em relação ao seminário internacional, o coordenador avaliou que os debates foram muito consistentes e que países como o Brasil, Colômbia e México cumprem um importante papel nesse processo. “É uma ideia das Nações Unidas que alguns países apoiem os demais”, comenta o coordenador.

Para Lourdes Erro, gerente de estatísticas econômicas do Banco Central do Uruguai, encontros desse tipo são fundamentais para a discussão de estratégias não apenas para os países em particular, mas também para a região em geral.

“É muito importante o papel que o Brasil cumpre por seu tamanho e prestígio. Essa é também uma ocasião de se discutir em nível internacional, com a presença das Nações Unidas e da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal). São oportunidades muito importantes e é interessante destacar pontos em que é preciso avançar a respeito das estatísticas básicas e também das contas nacionais”, completou a representante uruguaia.

Seminário do Sistema de Contas Econômicas Ambientais(SEEA - System of Environmental Economic Accounting)A sistematização do Sistema de Contas Econômicas Ambientais é um tema que vem sendo trabalhado pela Divisão de Estatísticas das Nações Unidas (ONU) desde o início dos anos 2000 e o seminário realizado no IBGE foi um importante marco desse processo.

O primeiro dia do encontro tratou do tema em nível nacional, reunindo órgãos e instituições brasileiras vinculadas à área ambiental, como a Agência Nacional de Águas (ANA).

De acordo com José Antonio Sena do Nascimento, assessor da Diretoria de Geociências do IBGE, o seminário foi um importante instrumento para clarear os caminhos do setor. Ele explica que, no decorrer do tempo, o IBGE tem trabalhado com as agências ambientais, os órgãos institucionais do Brasil e que há um avanço mais signi� cativo nas contas das águas. “As contas econômicas ambientais da água, dos recursos hídricos está mais avançada que as outras, porque nós já temos uma institucionalidade que para os outros setores ainda não existe e que é preciso buscar”, explica José Antonio Sena do Nascimento.

O assessor da DGC avalia ainda que foi estabelecido no seminário, de forma muito clara, a ligação das contas econômicas ambientais aos objetivos do desenvolvimento sustentável e que foram muito marcantes, também, os debates sobre indicadores de sustentabilidade. José Antonio observa que esses indicadores vão servir para medir como está o atingimento das metas do desenvolvimento sustentável, da universalização de serviços e da formação de um ambiente saudável para a sociedade e o mundo.

O IBGE tem um programa de trabalho na área de contas econômicas ambientais que envolve as diretorias de Pesquisas e de Geociências. Esse trabalho, que teve início a partir das contas ambientais da água, tem como desdobramentos outros projetos, como, por exemplo, a conta de patrimônio das mudanças de uso da terra.

O diretor de Geociências do IBGE, Wadih João Scandar Neto, aponta a relevância do seminário para que se possa conhecer quais são os desenvolvimentos que estão acontecendo em outros países da região e também como que os organismos multilaterais estão apoiando essas iniciativas.

O coordenador de Contas Nacionais da Diretoria de Pesquisas (DPE) do IBGE, Roberto Luís Olinto Ramos.

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Marco Santos

1951/52:A Crise de

quando “a terra tremeu” no IBGE(1a Parte)

A manhã do dia 21 de dezembro de 1951 transcorria como uma sexta-feira absolutamente normal. Dia claro, sol a pino, as

pessoas transitando pela Avenida Franklin Roosevelt eventualmente paravam diante da banca de jornais ali nas proximidades do edifício sede do IBGE, aspirando o aroma de café fresco exalado pelo

botequim defronte. Eram tempos de Guerra Fria, de forma geral, os jornais exibidos traziam manchetes envolvendo questões entre soviéticos e países aliados aos EUA.

O então presidente do IBGE, general Djalma Polli Coelho, empossado em maio daquele ano, chegava à sede sempre cedo,

andando em passos � rmes na direção dos elevadores. Os funcionários da portaria não demoraram a perceber a diferença

General Djalma Polli Coelho em sua posse no IBGE. Depois fez acusações graves aos trabalhos da Casa.

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Nossa história

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entre o atual presidente e seu antecessor, o diplomata de hábitos aristocráticos José Carlos de Macedo Soares, sempre tão solícito e atencioso com todos.

O general, como de hábito, chegou cedo naquela sexta. Tudo fazia crer que seria um dia como outro qualquer. Ninguém poderia prever o que estava por vir.

Em seu gabinete, o presidente Polli Coelho deitou os olhos na página 4 do matutino “Correio da Manhã”. Ali, no alto da página, uma pequena nota solta intitulada “Um relógio atrasado” atraiu-lhe a atenção. Eram apenas 28 linhas na coluna central. O articulista, que depois se soube ser o editor-redator do jornal, o jornalista austríaco naturalizado brasileiro Otto Maria Carpeaux, de modo sarcástico reclamava que, embora fossem gastos “milhões em aparelhamentos”, com “cardumes de funcionários nomeados”, os números do Anuário Estatístico publicado pelo IBGE em 1951 se referiam a 1948.

Uma nota de� nitivamente maldosa e mal-informada. O IBGE já apresentara dados de 1950 e até de 1951. Mas, o que fazer diante de todo aquele sarcasmo? O presidente Polli tinha três opções: ignorar a nota, responder esclarecendo o equívoco ou dar um tiro no pé. Ele optou pela terceira. Sem consultar nenhum de seus assessores, especialmente o secretário-geral nomeado por ele, o jornalista Waldemar Lopes, enviou carta ao “Correio da Manhã” concordando com as críticas, se eximindo da responsabilidade pelo atraso dos dados e reconhecendo “de público que as estatísticas do IBGE eram atrasadas, caras, e pior que tudo isso, de duvidosa precisão”. A resposta de Polli ao jornal foi publicada na edição de 25 de dezembro, sob o título “O atrazo (sic) das estatísticas”. Sem dúvida, ele jogou fel e bílis sobre as rabanadas da ceia de Natal dos funcionários do IBGE. A partir daquela malfadada carta, outros jornais divulgaram o que o presidente do Instituto pensava da Casa e do trabalho de seus funcionários. Começava pelas folhas da Imprensa uma polêmica que recebeu o título genérico de “A crise do IBGE”. Por tudo o que foi escrito, dito, proferido entre dentes renhidos, o IBGE passaria por seu momento mais crítico desde quando o então presidente Vargas assinou a criação do Instituto Nacional de Estatística em 6 de julho de 1934.

A resposta dos funcionários veio rápida. E de alguém com quem Polli Coelho dividia os poderes na Casa. Waldemar Lopes, secretário-geral do IBGE e do CNE,

batucou nas teclas de sua máquina de escrever o contragolpe, divulgado sem autoria no “Diário de Notícias” (onde tinha excelente relacionamento) em que rebatia a acusação, assegurando que no Brasil era “comum a todo administrador novo condenar o passado e pretender inaugurar uma nova era”. E ainda lamentava que o próprio presidente da Casa atacasse a reputação do órgão “considerada boa” sem levar em consideração os bons serviços prestados ao país pelo IBGE.

Se tivesse bom-senso e juízo, Polli Coelho baixaria as armas e conciliaria. Entretanto, ele voltou a escrever com fel para o “Correio da Manhã” (publicado em 30/12/1951), disparando a metralhadora giratória, garantindo que encontrou no IBGE uma situação caótica e que estava “tratando de corrigir com toda rapidez”, atribuindo-se o mérito de consertar o que estava errado. Clamava o general presidente: “basta de mentiras e fantasias!”

O contra-ataque não tardou. No 31 de dezembro, Waldemar Lopes falou para os funcionários da sede, repudiando as opiniões do presidente, sendo vivamente aplaudido. Para demonstrar repulsa às palavras de Polli, Ruben Gueiros, inspetor-geral das agências, pediu demissão do IBGE. Outros cem funcionários em cargos de che� a – a nata da capacidade técnica da Casa – entregaram os seus cargos. E ainda viriam mais raios e trovoadas: Teixeira de Freitas entraria no circuito para defender a sua criação.

Waldemar Lopes fala aos funcionários do IBGE, no auditório da sede: resposta ao presidente Polli.

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(Continua na próxima edição)

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Em uma das antigas instalações do IBGE, no Rio de Janeiro, desativada nos anos 1990, agora vive o Centro Cultural Cartola. A� nal, não tem mesmo como separar a história do IBGE da Mangueira. E se o IBGE é quem melhor retrata o nosso país, o sambista e compositor Cartola será sempre a cara da Mangueira, aqui retratado em um belo painel no centro cultural.

A carado Brasil

Texto Mario Grabois | Foto Pedro Girão

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Fotolegenda

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Aspectos demográ�cos

Padrão de vida e distribuição de renda

Educação

Trabalho

Saúde

Famílias e domicílios

Para saber mais, acesse: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2013/default.shtm

60 anos ou mais

30 a 59 anos

15 a 29 anos

0 a 14 anos2060

33,7%

38,0%

15,3%

13,0%2020

13,8%

41,3%

24,0%

20,9%

Distribuição da população projetada por grupos de idadeBrasil - 2020/2060

Crescimento da proporção depessoas que moram sozinhasBrasil - 1992-2012

Número de empregos formais (em milhões)Brasil - 2003-2012

02002 2012

7,39,3

1992

13,2

02006 2009 2012

29,535,2

41,2

2003

47,5

Crescimento de Crescimento de 60,6%60,6%

Brasil - 1990/2010Óbitos maternos

Metas para atenderaos Objetivos deDesenvolvimentodo Milênio - ODMÓbitos de menor de 5 anos

1990

53,7143,2

2010

18,668,2

2015

17,935,0

Mortalidade materna (por 100.000 bebês nascidos vivos)e Mortalidade na infância (por 1.000 nascidos vivos)

Taxa de frequência bruta a estabelecimento de ensino Brasil - 2002/2012

0 a 3 anos2002

11,7%56,7%

2012

21,2%78,2%4 a 5 anos

2016 2020

50,0%100,0% 100,0%

Meta 1 do Plano Nacional de Educação - PNE

Crescimento no acesso à educação infantil

Redução de óbitos de mães e crianças

índice de GiniIndicador que mede a desigualdade na distribuição de rendimentos.Varia de 0 a 1, sendo:0 = perfeita igualdade1 = máxima desigualdade

Condições de vida da população brasileira

Fonte: Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. (Estudos e pesquisas. Informação demográ�ca e socioeconômica, n. 32). Disponível em <ftp://ftp.ibge.gov.br/Indicadores_Sociais/Sintese_de_Indicadores_Sociais_2013/SIS_2013.pdf> Acesso em: dez. 2013

Marcos Balster

A Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2013 apresenta dados atualizados que permitem um conhecimento amplo da realidade social do Brasil. Con�ra abaixo algumas das informações trazidas pelo estudo, conforme os temas investigados.

Tendência de envelhecimento populacionalDe acordo com a projeção da população de 2013, a proporção de indivíduos mais jovens diminuirá e haverá uma concentração mais acentuada na faixa etária de 60 anos ou mais de idade.

Apropriação da renda permanece muito desigual...Em 2012, enquanto os 10% da população com maiores rendimentos detinham 41,9% da renda total, os 40% com menores rendimentos se apropriaram de 13,3%.

Mas a desigualdade já foi maiorO índice de Gini caiu sistematicamente a partir dos anos 2000, alcançando seu menor patamar em 2011 (que foi mantido para 2012): 0,507.

Evolução da média de anos de estudoA escolaridade média da população de 25 anos ou mais de idade aumentou de 2002 a 2012, passando de 6,1 anos para 7,6 anos de estudo completos.

Aumento da formalização do mercado de trabalhoNa década de 2000, houve um aumento signi�cativo da

proporção de trabalhadores em trabalhos formais, que passou de 44,6%, em 2002, para 56,9%, em 2012.

Casos de infecção pelo HIV mantêm-se estáveisA taxa de incidência de AIDS mostrou relativa

estabilidade, variando de 17,1, em 1997, para 17,9 casos por 100 mil habitantes, em 2010.

Redução no peso relativo da família “tradicional” Os arranjos familiares do tipo “tradicional”, ou seja, aqueles constituídos por

casal com �lhos, passaram de 52,7%, em 2002, para 45,0%, em 2012. Já os casais sem �lhos aumentaram de 14,0%, em 2002, para 19,0%, em 2012.

out/nov/dez 2013 •

Infográ� co

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Informações sobre o mercado de trabalho

brasileiro em curto prazoPesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios Contínua