Monetária - primeira prova

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Slide 1 ECONOMIA MONETRIA 1) A Economia Monetria, segundo McCallum(1989) estuda os efeitos das instituies e das aes de poltica econmica sobre tais como: preos, salrios, taxas de juro, emprego, consumo e produo. O objeto da matria abrange, entre outros pontos, a origem, as funes e o valor da moeda, a poltica monetria, as instituies e os mercados monetrio e financeiro. Resumo: Mercado: interao entre a demanda e oferta, pode ser tratada por abstrato Mercado Financeiro: resulta da evoluo da economia Pode existir Mercado Monetrio em Mercado Financeiro, ao contrrio impossvel. Os activos financeiros aparecem s depois da evoluo da moeda. 2) Segundo Mankiw(2003), Estuda os mecanismos atravs dos quais a poltica monetria opera e os efeitos das diferentes abordagens de implementao da poltica monetria, alm de examinar os efeitos da poltica monetria sobre preos, produto, taxas de cmbio e salrios. Resumo:O BC s pode influenciar a renda demandada 3) Para Walsh(2003), o estudo das relaes entre as variveis reais em nvel agregado, tais como produto, juro, emprego e taxa de cmbio e as variveis nominais: inflao, taxa de juro, taxa de cmbio e oferta de moeda. Slide 2 DEFINIES DE ECONOMIA MONETRIA 1. Uma economia onde se usa moeda 2. Estudo das relaes entre a moeda e as demais variveis da economia; a implementao e a conduo da poltica monetria Slide 3 DEFINIES DE ECONOMIA MONETRIA A economia monetria investiga a relao entre as variveis econmicas do setor real, em nvel agregado (produto, juro, emprego e taxa de cmbio) e as variveis nominais (taxa de inflao, de juro e de cambio e oferta de moeda) No centro dessa definio, a quebra da famosa dicotomia clssica entre os setores monetrio e real da economia. H uma extensa interface entre economia monetria e macroeconomia. Afinal de contas a dicotomia clssica foi quebrada no contexto da macroeconomia. A economia monetria compartilha com a macroeconomia os instrumentos de anlise associados com as abordagens dinmica e estocstica para modelagem da economia em nvel agregado. Ao se identificar o foco da economia monetria que ela se distingue da macroeconomia: Foco de monetria determinao do nvel de preos, da inflao e estudo do papel da poltica monetria. Resumo A expresso economia monetria, assim como a prpria expresso "economia", tem dois sentidos: -um concerne cincia econmica, que trata do estudo da moeda, e o -outro sentido concerne ao sistema econmico, um sistema econmico que usa moeda, esse sistema uma economia monetria. Economia Monetria: o estudo das relaes da moeda com as demais variveis da economia bem como sua implementao e conduo da poltica monetria.

Economia Monetria: investiga a relao entre as variveis econmicas do setor real, em nvel agregado, e as variveis nominais. No centro desta definio, est o famoso fenmeno da quebra da dicotomia clssica. Partir da definio de que um estudo do efeito das variveis nominais sobre as reais, ento isso quebra de sada a chamada dicotomia clssica. A Dicotomia Clssica: tem uma repercusso muito importante sobre a questo do estudo da moeda, ela diz o seguinte: as variveis do setor nominal da economia so determinadas no setor nominal da economia. As reais so determinadas no setor real da economia e no h comunicao entre o setor monetrio da economia e o setor real da economia. Varivel real: medida em quantidade a preos constantes Varivel nominal: medida a preos correntes, ou seja, em moeda. Real: a preos constantes Nominais: a preos correntes. H tambm uma extensa interface entre economia monetria e macroeconomia: Afinal de contas, a dicotomia clssica foi quebrada no contexto da macroeconomia. Ou seja, a possibilidade de se ligar variveis nominais a variveis reais, que a quebra da dicotomia clssica, aconteceu no contexto da macroeconomia no livro de Keynes, quando ele percebeu e explicou que a taxa de juros, embora sendo uma varivel nominal, influenciava o investimento, que influenciava a demanda agregada, que se tivesse desemprego influenciava o mercado de trabalho e, portanto o emprego e o mercado de trabalho. Foi nesse contexto que a dicotomia clssica foi derrubada. Nesse sentido, a economia monetria compartilha vrios instrumentos de anlise com a macroeconomia, sobretudo aqueles relacionados a abordagens dinmica e estocstica para a abordagem da economia em nvel agregado. Mas macroeconomia e economia monetria no so a mesma coisa.

Slide 5 Primeira Parte: Origem da MoedaSlide 6 A Origem da Moeda (Modelo de Alocao dos Recursos) 1. OS ECONOMISTAS SEMPRE TIVERAM DIFICULDADES EM DEFINIR MOEDA E ECONOMIA MONETRIA; 2. UMA ALTERNATIVA DE ABORDAGEM PARA ESSA QUESTO PARTIR DE UMA SITUAO EM QUE ESSES ENTES NO EXISTEM; 3. EVOLUIR A PARTIR DE UMA ECONOMIA DE TROCA. Resumo: 1 TEORIA MONETRIA E ECONOMIA MONETRIA O foco da economia monetria no foi sempre uma coisa fixa ao longo do tempo, ela tem variado desde o seu comeo at os dias atuais. No tempo dos clssicos, a economia monetria se restringia, por assim dizer, a teoria monetria. A teoria monetria a relao entre a moeda e as demais variveis da economia, ou seja, ela constitui a traduo do comportamento dos agentes econmicos em relao a moeda. Sabemos, por exemplo, que o BC tem medo de baixar a taxa de juros por causa da volta da inflao, ou seja, o BC conhece o comportamento dos agentes econmicos que leva a uma relao entre taxa de juros e inflao. A relao taxa de juros-inflao uma traduo do comportamento dos agentes econmicos em relao a mudanas na taxa de juros. A poltica monetria vem precedida da teoria que fornece os instrumentos para a poltica. Para no haver loucuras, a teoria econmica fornece todo o arcabouo, todo o instrumental terico para a aplicao de polticas econmicas.

2.1 MONETARISMO NOS CLSSICOS Uma vez conhecida a teoria, o foco da economia monetria variou ao longo do tempo. Na era dos clssicos, o foco da economia monetria era a teoria monetria. Os clssicos queriam determinar o valor da moeda, bem como no setor real. O que eles queriam era determinar os valores dos bens, dos preos dos bens. Por uma questo de costume cientfico, os clssicos criaram um modelo para explicar os preos dos bens que foi a teoria do valor. O Valor da moeda era estudado e explicado atravs da teoria monetria. S que o valor da moeda, os elementos que determinavam o valor da moeda eram diferentes dos elementos que determinavam o valor de um bem qualquer. O valor de um bem qualquer era determinado pelas preferncias e tecnologia. As preferncias esto do lado da demanda e a tecnologia do lado da oferta. Da tecnologia chegamos a oferta, das preferncias chegamos a demanda, da conseguimos o valor. Porm, do ponto de vista filosfico, os determinantes do valor da moeda so diferentes dos determinantes do valor de um bem do setor real da economia que so as preferncias e tecnologia. 2.2 VALOR DA MOEDA SEGUNDO OS CLSSICOS/TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA O valor da moeda: o poder de compra Mas o que define esse poder de compra? o preo, ou seja, o valor da moeda o inverso do nvel geral de preos. Os clssicos determinavam o preo no mercado real e olharam para moeda e determinaram o valor da moeda, por ser o inverso do valor do nvel geral de preos. Portanto, a teoria quantitativa da moeda tinha a finalidade de determinar o valor da moeda, portanto a finalidade de determinar o nvel geral de preos. Os instrumentos continuavam sendo os mesmos, oferta e demanda. S que, o que estava por trs da oferta de moeda era diferente da de um bem qualquer, bem como o que estava por trs da demanda por moeda, era diferente da de um bem qualquer. Do ponto de vista da moeda, a oferta era diferente porque era um fenmeno institucional, o BC. Do ponto de vista demanda, a diferena reside no fato dela no ser determinada pelas preferncias. As preferncias so um fenmeno real. Se eu ofereo ao indivduo uma canoa ou um iate, o indivduo vai escolher um iate, pois ele est manifestando sua preferncia. um fenmeno, portanto, real, no h valor. Como a demanda por moeda um fenmeno nominal, no pode ter preferncia na demanda da moeda. O que que estaria por trs da demanda por moeda? No modelo clssico, vemos o que est por trs do motivo transao. A funo do que est por trs da funo da demanda de moeda garantir a estabilidade dessa demanda. E isso garantido pela constncia da velocidade de circulao. A demanda por moeda ou a quantidade demandada proporcional a renda nominal. E qual o coeficiente de proporcionalidade? Esse coeficiente 1/V e um 1/V que ns chamamos de K, o coeficiente angular da funo de moeda dos clssicos. Para o K ser estvel preciso que V seja constante. Os hbitos de pagamento e recebimento e o maior ou menor grau de verticalizao da economia so os fatores que garantem a estabilidade da moeda. Entendemos por verticalizao como quanto mais extensas so as cadeias produtivas, mais horizontal a economia. Numa economia mais vertical h menos pagamentos e recebimentos. As pessoas estabelecem os prazos em que eles pagam e recebem o seu pagamento. Na nossa economia, o mais comum que recebemos pagamentos mensais e que paguemos mensalmente tambm. Desse modo, sabemos o que est por trs da demanda de moeda dos clssicos.

O que poderamos dizer agora sobre a forma dessa demanda por moeda? A quantidade demandada de moeda uma proporo da renda nominal, essa proporo da renda nominal uma proporo menor do que 1, o individuo no precisa da renda nominal toda na forma de moeda, ento um coeficiente positivo menor do que 1, uma funo positivamente inclinada, crescente com a renda. Se ns olharmos para grfico da funo de moeda no modelo clssico, no eixo vertical temos renda nominal, no eixo horizontal temos quantidade demandada de moeda, a quantidade demandada de moeda vai crescer com a renda nominal. Por outro lado, a oferta de moeda dada, vertical. Ento, quando a curva de demanda por moeda, encontrar a curva de oferta de moeda, encontraremos o nvel geral de preos. Observemos o seguinte, no modelo clssico, o foco da economia monetria a teoria monetria. Por sua vez a teoria monetria no modelo clssico objetiva estudar o valor da moeda, e para encontrar o valor da moeda preciso encontrar o nvel geral de preos. Pois o valor da moeda o inverso do nvel de preo. 2.4 A ECONOMIA MONETRIA E UMA VISO DIFERENTE No contexto da economia monetria clssica, o obejtivo estudar o valor da moeda, portanto, o objetivo era determinar o nvel geral de preos. Ento, o foco da economia monetria variou ao longo do tempo. O foco no foi sempre o mesmo, no momento clssico, o foco era o nvel geral de preos. Depois, a economia monetria como cincia, assumiu um nvel mais elevado de sofisticao, e incluiu, no seu foco, alm do nvel geral de preos, o emprego. A economia monetria passou a se preocupar tambm com o emprego quando os economistas descobriram a chamada Curva de Phillips. Ela uma relao entre emprego e inflao. Ela trouxe uma mensagem nova relativamente ao perodo clssico. Phillips trouxe a seguinte mensagem, existe uma relao inversa entre a taxa de inflao e taxa de desemprego. Em outras palavras, essa afirmao informava que quem fosse capaz de fazer inflao, tambm era capaz de fazer emprego. E quem capaz de fazer inflao na economia? A autoridade monetria, o BC. A curva de Phillips dava ao BC uma competncia extraordinria. Se do BC a funo de administrador da moeda e seu valor, o BC podia alterar o valor da moeda, j que o valor da moeda determinado pela demanda e oferta e ele tinha controle da oferta, ento ele podia determinar o valor da moeda. E essa alterao se traduzia em emprego ou pleno emprego. Essa competncia que a Curva de Phillips confere ao BC significou um novo captulo do pensamento econmico, bem como a sua utilidade para economia. No momento em que os economistas descobriram a Curva de Phillips, o estudo da economia monetria no pode mais se restringir a determinao do valor da moeda, pois havia mais coisa em jogo, que era o emprego. E o emprego como est intimamente relacionado ao produto, estava, ento, em jogo o produto. O BC de acordo com a teoria da Curva de Phillips, era capaz de aumentar o emprego e portanto o produto. Se o produto um dos determinantes do bem-estar da sociedade, ento isso tinha consequncias enormes para a economia e para a administrao da poltica econmica. Portanto, no era s o governo atravs de seus gastos que podia influenciar o emprego, a poltica monetria poderia influenciar o emprego atravs da mudana do valor da moeda pois existia uma relao entre o valor e a taxa de desemprego. Nesse perodo, no apenas os economistas perceberam que havia uma oportunidade, ou um conjunto de oportunidades muito maior para a ao da poltica econmica, como tambm a economia monetria aumentou a abrangncia do seu foco. E depois, nos tempos mais recentes, na atualidade, o foco da economia monetria voltou a se restringir agora a questo da inflao e a questo da conduta da poltica monetria.

Desse modo, saiu do cenrio a capacidade da poltica monetria influenciar o emprego. E entrou no cenrio a importncia da conduta da poltica monetria. A forma com que ela conduzida importante para avaliar os seus efeitos. Nos tempos de Phillips, no havia uma preocupao com a conduta da poltica monetria, havia s a preocupao com a forma que ela deveria ser implementada - restritiva ou expansionista. Essa a trajetria da economia monetria como cincia, desde os clssicos at agora. Slide 7: A Origem da Moeda (Modelo de Alocao dos Recursos) CARACTERISTICAS DE UMA ECONOMIA DE TROCA:1. NO H ARRANJOS INSTITUCIONAIS PARA O COMRCIO ORGANIZADO; 2. MAS OS INDIVIDUOS SO IMPELIDOS S TROCAS; 3. CADA INDIVIDUO TEM QUE DISPENDER MUITO ESFORO (QUE IMPLICA CUSTOS):

REQUISITOS: ENCONTRANDO PARCEIROS; ESTABELECENDO A DUPLA COINCIDNCIA; PROMOVENDO A BARGANHA Resumo: 3.1 ORIGEM DA (INTRODUO)

MOEDA

SEGUNDO

A

ALOCAO

DE

RECURSOS

Para os economistas, importante saber como a moeda surge na economia. A moeda no pode ser algo que caiu de paraquedas. A moeda h de ter relaes orgnicas com a economia, e o papel da economia monetria nessa parte de estudar a origem da moeda, exatamente identificar essas relaes e como elas se apresentam para a economia. Mas os economistas tiveram dificuldade em definir moeda e economia monetria. Se algum pergunta o que uma economia monetria, podemos responder que uma economia que tem moeda. Mas o que moeda? E a a questo volta ao zero. Ento, essa questo de definir o que moeda e o que economia monetria, a questo primeira de preocupao da economia monetria como cincia. Queremos saber o que uma economia monetria no sistema econmico. 3.2 AS CONDIES INICIAIS PARA A ORIGEM DA MOEDA Existe uma tcnica em matemtica de demonstrao que a tcnica do contraditrio. Robert Clower explica a origem da moeda, e de sua tese que estamos nos ocupando agora, na economia via tcnica do contraditrio. Para tal, ele parte de uma situao em que moeda e economia monetria no existem. Ou seja, h economia de troca. Nesse tipo de economia no h preocupao com moeda pois no h moeda. Com isso tiramos toda a preocupao com o problema de definir que moeda. Clower logo impe algumas condies nessa economia de troca: 1) No h arranjos institucionais para o comrcio organizado 2) Indivduos so impelidos a troca. Em (2), estamos dizendo que impossvel que os indivduos dessa economia no realizem comrcio de mercadorias, porm, no h arranjos instituicionais para o comrcio organizado(2). Devemos nos perguntar por que os indivduos so impelidos a trocas? Quais foras atuam para que os indivduos realizem comrcio de mercadorias? Por que o indivduo iria procurar mais bens que o que ele produz? Pelo fato de que os indivduos sentem o efeito do aumento da utilidade. Mesmo que eles no compreendam o que utilidade, eles sentem seu aumento. E eles aprendem que o aumento da utilidade diretamente relacionado ao aumento da quantidade de bens na cesta dele. A principal fora que impele o indivduo realizao da troca, a percepo dele de que isso ir

conduzi-lo uma quantidade maior de bens na sua cesta. Isso eleva a utilidade. Ento eles so impulsionados pelo desejo de elevar o nvel de utilidade. E ao fazer isso, eles so beneficiados com outro fator que a diversidade do consumo. Quando ele tem o bem que ele produz mais o bem que ele conseguiu da troca, ele est pulando de curva de preferncia, se deslocando sobre as curva de indiferena. Ento o indivduo, por assim dizer, se encontra diante de uma encruzilhada pois ele impelido a troca mas ele est numa economia primitiva, e isso implica em esforo, em custos. Quais so os elementos que determinam esse esforo? Quais so os custos? Slide 8: A Origem da Moeda (Modelo de Alocao dos Recursos) VANTAGENS E DESVANTAGENS DA INATIVIDADE. 1. REPOUSO X AUTO-CONSUMO 2. ESTOQUES X PERECIBILIDADE PERODO DE TRANSAO (MEDIA PONDERADA DOS ESTOQUES = ). 3. CUSTOS DE TRANSAO, CT = f () 4. ESTRUTURA DE CT = (BUSCA E BARGANHA; MOBILIZAO DAS QUANTIDADES COMERCIALIZADAS) Resumo: 3.3 OS CUSTOS DE TRANSAO, ESTOCAGEM (ESPERA) E O TOTAL O primeiro custo encontrar um parceiro de comrcio, ou seja, o primeiro custo encontrar algum que tenha a mercadoria que ele deseja mas que ao mesmo tempo e aceite a mercadoria que o nosso agente queira trocar. O indivduo tem que encontrar o parceiro de comrcio, e depois disso, estabelecer a dupla coincidncia de vontades ou desejos, e depois que ele encontrar o parceiro de comrcio e a dupla coincidncia estiver estabelecida, ele tem que decidir quanto do bem dele vai ser trocado pelo outro bem desejado. Ou seja, estabelecer os termos de trocas entre os bens, promover a barganha. Ento, estamos diante de dois fenmenos importantssimos de uma economia de troca. O primeiro que os indivduos so inevitavelmente levados a fazer troca de mercadorias. E no seguinte que, embarcados nesse processo, os indivduos incorrem em custos. Se o indivduo tem que realizar trocas, e a realizao dessas trocas implica em custos, se o indivduo agir racionalmente, ele tentar reduzir os custos. O indivduo poderia ficar na inatividade, consumindo apenas o que ele produz e no entrar no sacrifcio de realizar trocas. Entretanto, ele tambm no atinge um nvel de utilidade maior. Alm do mais, numa economia primitiva, as mercadorias so perecveis, ou seja, existe outra dificuldade. Se ele deixar a mercadoria estocada, a mercadoria vai perecer. Agora nosso indivduos est diante de vrias dificuldades. Ele impulsionado para realizar transao. Porm no somente sair para realizar transaes seno para estabelecer um perodo para realizar transaes. Isso um problema deve-se resolver pois ele tem o problema da perecibilidade das mercadorias. Se ele vai trocar mercadorias, ento por definio, a produo dele gera um excedente sobre o seu consumo, e esse excedente, se no for comercializado, dever ser estocado. E como mercadoria perecvel, a estocagem pode dar prejuzo. Ento o indivduo no s impelido para realizar transaes, no s levado a incorrer em custos para realizar transaes, como tambm levado a definir um perodo otimo de transaes para a perda ou ganho de mercadorias dele, tendo em vista a perecibilidade de produtos que ele produz e que ele vai adquirir. Desse modo, na hora que ele percebe que tem que estabelecer um perodo de transao, passamos a ter um motivo a mais para raciocinar. Ou seja, de quanto em quanto tempo ele ir sair para realizar uma troca de mercadorias?

E isso uma coisa que tem implicaes intuitivas. Por exemplo, qual seria a melhor opo: se levantar e se sentar 10 vezes ou se levantar uma vez e se sentar e depois de algum tempo levantar e sentar novamente? O esforo menor espaar mais o seu sacrifcio. O indivduo incorrer em viagens desconhecidas com mercadorias em seus ombros, buscar pessoas que ele no sabe onde esto, identificar parceiros cujos desejos ele no conhece... Neste sentido, fazer uma coisa to difcil nos induz a inferir que melhor fazer em tempos mais espaados do que em tempos menos espaados. Esse raciocnio leva imediatamente a concluso de que o custo de transao uma funo do perodo de transao. Os indivduos de dentro dessa economia se deparam com um custo de trasano. Ento, no custo de transacao, possvel definir uma funo de custo de transaco, funo esta que depende do perodo de transao, perodo este que ele tem que definir em funo do sacrifcio que para realizar essas trocas. O que que est no perfil desse custo de transao? A busca e a barganha, que implicam mobilizao das quantidades de mercadorias que so levadas a trocar e das que so trocadas de volta para a casa do individuo. Slide 9: E ai a curva de custo de transao, tem uma forma desse tipo Grfico: CT

CT ()

Resumo: Quanto maior o perodo de transao, menor o custo que o individuo incorre nesse custo de barganha e etc. Se tudo dependesse da curva de custo de transao, qual seria o ponto otimo? O otimo seria o custo de transacao 0, ou seja, quando a curva cruzasse o eixo das abcissas. O que impede o indivduo de fazer isso? O fato de que a estrutura de custo dele no dado s por essa curva. Falamos que os bens que o individuo tem so perecveis. Ento, se ele estabelece um perodo de transao muito grande, dentro desse perodo, os bens que ele estocou podem perecer. Isso impede o indivduo de minimizar seu custo de transao tendendo a 0. Logo, temos que entender a natureza do custo de espera. Slide 10: O custo de espera tem uma forma inversa do custo de transao. Grfico: CW CW ()

Resumo: Ele aumenta com o perodo de transao. Ou seja, o que estamos observando que o nosso agente econmico cheio de conflitos. Sempre ele deve tomar decises baseadas em fenmenos contraditrios. Entretanto, sabendo as funes de custo desse agente econmico, conseguiremos resolver esse conflito. Definidas as funes de custo, precisamos agora observar se h algo em comum entre essas funes de custos (transao e espera). Slide 11: O fato de que ambas dependerem do perodo de transao torna essas funes possveis de combinarem num grfico. Grfico: CT CT;CW CW ()

Slide 12: CT() + CW () = Custo total dCT 0 d CMg T = - CMg W CMg T = CMg W Resumo: Feita essa juno grfico, podemos minimizar o custo total do nosso agente. O custo total do nosso agente a soma vertical dos dois custos. Desse modo, podemos inferir que a curva de custo total tem um formato de "U". A explicao intuitive de que do lado esquerdo o custo de transao est caindo e est acima do custo de espera que est subindo, e assim inversamente do lado direito. E definida essa curva de custo total, devemos encontrar o seu mnimo. Esse grfico a representao geomtrica dos agentes econmicos. 3.4 DESCENDO NOSSA CURVA DE CUSTO TOTAL A origem da moeda tem duas verses, uma do pensamento clssico e a outra da teoria da demanda efetiva. Estamos desenvolvendo um raciocnio coerente com o contexto clssico, o que desemboca num processo de optimizao na alocao dos recursos. Um processo de optimizao na alocao dos recursos normalmente desemboca ou numa maximizao de benefcios ou minimizao de custos. Analisamos o comportamento do agente econmico tpico de uma economia de troca, e formalizamos esse comportamento. Formalizamos atravs da identificao do modelo de custos que esse agente se encontra. Partimos da ideia que a relao de trocas numa economia de trocas um processo que implica custos. Acontece que felizmente, os custos que explicamos podem ser representados atravs de funes. Da derivamos duas funes de custos. Uma a funo do custo de espera, que uma funo crescente, e a outra a

funo de custo de transao, que graficamente uma curva decrescente. Esse modelo implica um dilema para o agente econmico. Sob a curva de custo de transao, ele se comportaria no sentido de aumentar ao mximo o perodo de transao para o menor custo de transao. Mas a o indivduo incorre num dilema que o seguinte, quanto mais ele amplia o perodo de transao para reduzir o custo de transao, mais ele vai incorrer no custo de espera. Temos, ento, um dilema. Se ele tem um dilema dessa natureza, ele deve encontrar um ponto de conciliao que o ponto de mnimo da curva de custo total que a soma vertical do custo de espera e do custo de transao. H foras na economia que impelem o individuo para a realizao das trocas, ou seja, algo que o individuo no pode fugir, ele no pode fugir dos custos que decorrem do fato que ele inevitavelmente impelido para a realizao de trocas. Se ele no tem como fugir desses custos, a melhor forma de agir minimizar os custos. Isto um problema em que o individuo tenta resolver ao conciliar um custo que desce e um custo que sobe atravs da racionalizao do custo, da minimizao do custo. Essa formalizao, a possibilidade de representar dessa forma o comportamento do agente econmico algo que facilita muito a compreenso do que ele faz e do que ele deve fazer. A compreenso do que ele faz est claramente expressa na forma ou nas formas das curvas de custo. Essas curvas de custo transmite para nos a mensagem sobre como as restries o nosso agente esta sujeito, de como ele se comporta. Essa formalizao transmite para ns uma mensagem de como ele deve se comportar. Como ele se comporta isso que ns estamos vendo. Como ele deve se comportar uma questo que deve ser estudada daqui para frente. Na verdade, estamos diante de um resultado que decorre do comportamento racional do agente econmico. Se essas so as restries a que ele est submetido, ento, racionalmente, o que ele tem que fazer encontrar o custo mnimo. Mas, como que ele deve se comportar? Daqui para frente, nessa situao, ele para por a ou ele deve continuar lutando por minimizao de custo? Na verdade, se os agentes econmicos so to racionais a ponto de terem chegado ao processo de minimizao de custo, ento, eles sero to racionais quanto para continuarem minimizar mais o custo. O custo mnimo na verdade aquele no qual quando os agentes econmicos chegarem, no vislumbraro mais nenhum fator que possa continuar para a reduo desses custos. Enquanto eles no exaurirem as possibilidades de minimizaes desses custos, ele no cessar. Slide 13: Ento, quais fatores iro contribuir para reduzir a curva de custo total? Quais sero as causas mais proximas de uma reduo do custo mnimo total a partir dessa primeira curva de custo total? Grfico: CTo CT1 CT; CW CWo ()

CTo () 1 o

Resumo: As causas mais prximas so os causadores dos deslocamentos dessa curva para baixo. A causa mais imediata seria deslocar as duas curvas e com isso a custo total desce. Tecnologia poderia ser um fator e transporte poderia ser outro. O que faz existir o custo de espera a deteriorao dos bens perecveis e para isso a tecnologia poderia agir. O transporte poderia agir para reduzir os custos de transao, por exemplo, usar um animal para carregar as mercadorias (burro de carga, por exemplo). E se ao contrrio de andar pelas matas, ele poderia andar por estradas, o que leva ao raciocino na qual a infra-estrutura poderia deslocar a curva de transao. Se essas duas curvas se deslocarem para baixo, a curva de custo total tambm vai abaixo, pois a curva de custo total a soma das duas curvas de custo mais primitivas. Outra coisa que pode contribuir para descer a curva de custo total um ponto comum para trocar mercadorias. O fato de vrios indivduos nessa sociedade se ajustarem num acordo para escolher um lugar de encontro torna o custo de transao menor. Embora isso no implica necessariamente que haveria uma influncia na barganha, mas haveria na busca. Talvez a existncia de um local de troca no influencie na barganha, mas no trabalho da busca reduz. E ento isso implica em deslocar a curva de custo de transao para baixo e reduzir ainda mais a curva de custo total. Esse processo se realiza de tal modo que agora temos consequncias sobre a espera, ou seja, se mais fcil o indivduo encontrar seus parceiros de comrcio, logo no h motivos para restabelecer grandes perodos de transaes, agora ele pode reduzir esses perodos pois ele j sabe que h um ponto de troca. Podemos chamar esse ponto de feiras. Se os indivduos construrem um ponto de encontro desse, de fato, eles tero feito duas coisas: a primeira um pacto social, um acordo. A segunda que est embutido a um fenmeno institucional, por que a feira uma instituio. Recapitulando, se os indivduos tiverem transporte, eles deslocam para baixo a curva de custo de transao, se tiverem melhor infra-estrutura, eles deslocam para baixa a curva de transao, se eles instituem a feira, eles diminuem a curva de custo de transao. Slide 13: Cada vez que as curvas se deslocam para baixo, elas geram uma nova curva de custo de total. A primeira a curva total cheia, depois vai caindo para a pontilhada. A cada deslocamento da curva de custo total, encontraremos um mnimo que mais baixo que o anterior, o que configura diminuio do custo total mnimo. Os parmetros das curvas esto mudando para baixo, o custo total tambm ir para baixo. O mnimo da curva de custo total, a sua localizao, s tem uma restrio: que a primeira derivada seja 0, onde o custo marginal de transao seja igual ao custo marginal de espera. Ento, onde essas duas inclinaes forem iguais, estar o mnimo da curva de custo total. O fato dele estar a esquerda, no significa que ser na esquerda ou direita. Do ponto de vista intuitivo, de se esperar que o mnimo da curva de custo total, v sempre se deslocando para a esquerda, pois a dificuldade de realizar trocas est diminuindo, consequentemente o perodo de transao. O aumento das facilidades ao longo do tempo vai contribuir para que o mnimo da curva de custo total v se deslocando para a esquerda ao longo do tempo. Ento, os indivduos, o desenvolvimento das relaes de troca e etc vo acabar produzindo um encontro tipo feira. Mas quando esse encontro acontecer ainda tem dois problemas: o da barganha e da dupla coincidncia. Nesse caso, o simples fato de haver uma feira, no significa que haja dupla coincidncia de vontades. No que tange a barganha, muito menos, pois os indivduos chegam com as mercadorias da mesma forma que antes, e quando eles resolverem o problema da dupla coincidncia, ainda vai restar o problema das quantidades a serem trocadas entre o seu bem e o do parceiro. Logo, a feira no resolve do ponto de vista da facilidade de barganha e dupla coincidncia. Como as dificuldades que permanecem da dupla coincidncia e da barganha, podemos, primeiramente, encontrar uma soluo para a dupla coincidncia de modo que os indivduos podem acordar para o fato de que se eles encontrarem uma mercadoria que todos aceitem, o problema da dupla coincidncia estar resolvido. Quando acontecer isso, os

indivduos tero includo mais um fenmeno institucional no processo, que um meio de troca. Nesse caso, ao instituir um meio de troca, o problema da barganha ainda no ser resolvido pois at hoje temos o problema da barganha. Mas ao longo do processo, os termos de troca, quando voc tem um meio de troca definido, os termos de troca entre esse meio de troca e as mercadorias vo ficando mais claros, e isso tambm vai aliviando o problema da barganha. 3.5 O PROBLEMA DA MOEDA NO PODE SER MERCADORIA E O VALOR SOCIAL Ento temos fatores de transporte, tecnolgico, sociais, institucionais por trs dessas curvas de custo. Os indivduos tero chegado uma situao bastante cmoda, ou seja, ter um lugar onde realizar as trocas e um meio de troca para facilitar esses processos. Mas eles estaro diante de uma dificuldade grande, que : se um bem foi escolhido para ser meio de troca, ento esse bem no pode ser consumido e nem ser usado para matria-prima de produo. Pois ele tem que ficar em estoque para servir de meio de troca. Por exemplo, se o meio de troca for abacaxi, haver de ter um estoque de abacaxi que funcionar como meio de troca das outras mercadorias. Isso uma questo importante. No poder ser consumido significa que reduz a quantidade de bens na cesta da comunidade. Potencialmente, a cesta da comunidade poderia ter uma quantidade muito maior de bens, no tem pois no tem como um deles serem consumidos. Se a cesta est com uma quantidade de bens que menor do que aquela que potencialmente poderia ter, isso significa que a curva de possibilidade de utilidade da sociedade est a esquerda do que poderia estar. Isso uma situao ineficiente. Pois numa situao de eficincia, a comunidade sempre estar sob a sua curva de possibilidade de utilidade mais a direita possvel. Por outro lado, se esse bem no pode ser usado na produo, ento a curva de possibilidade de produo estar esquerda do que ela potencialmente poderia estar. Ento, a existncia de um meio de troca traduzido na forma de uma mercadoria, reduz a eficincia da economia. Portanto, estamos nos deparando com um problema grave, quando os indivduos instituem um meio de troca, eles tm a garantia que esto trocando valor por valor. Ou seja, as mercadorias se contemplam na sua essncia comum que o valor. No contexto clssico, o valor representado pela quantidade de trabalho incorporada na produo de troca. Se ns eliminamos a mercadoria como meio de troca, ento vamos entrar numa situao muito difcil, pois vamos trocar valor por uma coisa que no valor, isso no possvel. Como tambm no possvel uma mercadoria como meio de troca pois induz uma ineficincia econmica. Para resolver esse problema, acontece um fenmeno interessante. As economias menos sofisticadas s conhecem uma forma de valor, que a quantidade de trabalho que se incorpora na economia. Mas h outra forma de valor que o contedo social que voc atribui uma coisa qualquer. Ou seja, no h uma nica fonte de valor. O fenmeno social tambm uma fonte de valor poderosa. Na verdade, o fenmeno social pode se tornar em determinada circunstancia uma fonte de valor mais poderosa que o trabalho, pois a representa a vontade definitiva dos agentes e a forma como os agentes sabem expressar essa vontade. Para isso, preciso que a sociedade atinja um grau de densidade das relaes sociais, de reciprocidade, de confiana e at do curso forado - como no caso de comerciantes no aceitarem um elemento cujo valor tem contedo social, se ele no aceitar, a fora social que elemento contm pode mandar comerciantes a cadeia ou receberem punies. Ou seja, para eliminar todos os elementos de ineficincia da troca, os indivduos tem que chegar numa situao que o meio de troca no pode ser mercadoria cujo valor venha do trabalho. Tem que ser algo cujo valor tenha origem social. E a esse ser o maior pacto social que os indivduos vo realizar, esse o pacto social que d origem a algo que pode ser chamado de moeda nesse contexto aqui.

3.6 O QUE EST DENTRO DA MOEDA Se ns pudssemos olhar, no fim das contas, e pudssemos olhar o processo de construo da moeda, veramos todos os fatores, todas as etapas que a moeda precisou ser, podemos assim dizer, finalizada como etapa final de um processo de minimizao dos mnimos do nosso custo total de produo. A moeda um fenmeno extremamente complexo, uma nota de 100 reais no tem contedo vazio. Esse conjunto de etapas que so "ferrados" dentro da moeda, que do a ela a capacidade de ser meio de troca na sua forma mais primitiva. Ser meio de troca a funo mais simples da moeda. Mas j uma situao extremamente mais sofisticada do que a que no h meio de troca. Por que agora temos uma economia onde moeda compra mercadoria, mercadoria compra moeda mas mercadoria no compra mercadoria. Ao eliminar todas as ineficincias da economia, levamos a uma situao em que mercadoria no compra mercadoria. Agora poderamos definir o que que uma economia monetria: aquela onde h um ente - moeda - que compra mercadoria e comprado por mercadoria, mas mercadoria no compra mercadoria. Isso seria uma economia monetria. Esse raciocnio nos permite responder o que que uma economia monetria. Encontramos a primeira resposta para essa pergunta. E o que que moeda? Moeda o ente representativo de todo esse complexo de fatores que leva ao atingimento mnimo da curva total de produo. Ento essa a viso da alocao eficiente de recursos para explicar a origem da moeda. A moeda no algo vazio, algo que nasce das prprias entranhas da economia. Nada mais filho da economia como a moeda. Por isso que boliviano moeda da Bolvia. Real do Brasil, dlar dos EUA e etc. Cada moeda a manifestao do que h de mais profundo na realizao do exerccio econmico. A percebemos por que h moedas mais fortes e mais fracas. Se ela um fenmeno que nasce das entranhas da economia, economias mais fortes do surgimento a moedas mais fortes. Moeda tem a cara da sociedade e da economia. Quando a moeda se origina do processo de alocao eficiente de recursos, a moeda sai das prprias entranhas da economia, a moeda tem a cara da economia, a moeda guarda as caractersticas da economia onde ela se originou. Cada moeda seria tpica da economia que ela se originou, de onde ela veio. Mas, nos tambm chegamos a concluso de que a moeda no seu estagio final, quando ela passa por todos os aperfeioamentos, que chega no fim de tudo, com aquela caracterstica de no ter mais o valor determinado, pela quantidade de trabalho, ento, a moeda um fenmeno complexo, que reflecte toda aquela gama de fatores, como causas do deslocamento das curvas de custos de transao e de custo de espera, ento a moeda seria a manifestao de todos aqueles fatores - institucionais, tecnolgicos, arranjos sociais. E aqueles fatores todos que no fim das contas compem a moeda, eles tem a caracterstica fundamental de implicarem a eficincia do sistema, ou seja, quando o sistema econmico chega naquele nvel de conhecimento, as fronteiras de possibilidade de produo e de utilidade, tero sidas deslocadas para a direita no seu mximo, a caracterstica de eficincia. A moeda um meio de troca, mas no mais uma moeda mercadoria e sim institucional, tem fora social. uma moeda que reflecte a vontade das pessoas, dos indivduos que compem a sociedade. Nessa circunstancia, quando a moeda no fim das contas aparece como instituio, ela resultado de uma escolha e simultaneamente de um resultado social. A partir de ento comeam as evolues que vo dar as conotaes posteriores a qualificao da moeda, as suas caractersticas. E, no fim das contas, nos chegamos a um resultado do que a economia monetria, segundo a verso da alocao eficiente dos recursos.

Slide 14 No equilbrio de longo prazo as condies marginais so atendidas: 1. Razes de trocas uniformes p/ todos os agentes; 2. Rend.Mg dos ativos so iguais; 3. TMgS = pi/pj; surge desse conjunto de combinaes timas; Reduo de ao longo do processo de organizao

Slide 15 INOVAES; ARRANJOS INSTITUCIONAIS; ARRANJOS SOCIAIS; IMPLICAES PARA A EFICIENCIA DO SISTEMA.(AS FRONTEIRAS). MOEDA MERCADORIA (MEIO DE TROCA) A INSTITUIO MOEDA ( ESCOLHA X ACORDO SOCIAL) MERCADOS E LIQUIDEZ; EVOLUO E REGRAS; ECONOMIA MONETRIA. ARRANJO INSTITUCIONAL X EFICIENCIA ECONOMICA. Slide 16: A Origem da Moeda (O Modelo de Demanda Efectiva - DE) 1. UM FATO CARACTERSTICO QUE DIFERENTES BENS TM DIFERENTES TAXAS DE JUROS. 2. A TAXA DE JURO MAIS IMPORTANTE NA ECONOMIA, A QUE ESTABELECE O PISO EFICINCIA MARGINAL DO CAPITAL. 3. A TDE MOSTRA QUE ESSA TAXA DE JURO A DA MOEDA. 4. TUDO EST ASSOCIADO RELAO ENTRE TAXA DE JURO E EMgK. A QUESTO CENTRAL, ENTO, PROVAR QUE O BEM QUE DESEMPENHA O PAPEL DE MOEDA AQUELE QUE APRESENTA A MAIS ELEVADA TAXA DE JURO DA ECONOMIA. Resumo: Na verdade, se nos olharmos a histria do desenvolvimento da economia, h dois eixos fundamentais na evoluo econmica. O clssico, com diversos contribuintes. Juntos a obra deles em conjunto formam a economia clssica. O outro eixo fundamental a teoria da demanda efetiva. Tudo mais que apareceu e desenvolveu recentemente, baseado em uma das duas. Os mais recentes desenvolvimentos na economia, so devidos a uma corrente de economistas, que se chamam novos clssicos e novos keynesianos. Ento, nos temos um estudo da origem da moeda, dos clssicos - alocao do recurso - e segunda a viso da demanada efetiva, que vamos estudar agora. O mais importante perceber que os economistas tiveram a preocupao de identificar como q a moeda surge, antes de se lanarem aos estudos dos efeitos da moeda porque sem saber o que a moeda seria estudar uma coisa que a gente no sabe de onde vem. Esse o aspecto importante do estudo da origem da moeda. Conhecer melhor suas caractersticas para depois estudar seus efeitos. No devemos entrar no estudo da teoria monetria sem antes saber de onde veio a moeda, como ela surge e suas caractersticas para nos compreendermos seus efeitos. Um aspecto relevante dos estudos que fizermos anteriormente que nos no falamos no emprego, no falamos em emprego em nenhum momento. Por uma razo simples, nos estvamos raciocinando no contexto da economia clssica, na qual o emprego dado. E mais do que isso, o emprego sempre PLENO. A economia est sempre com todos os seus fatores plenamente

empregados, na verdade aquele estudo nos ensinou como que a moeda surge num ambiente em que h pleno emprego. Uma nota importante sobre essa observao que se a moeda desde que ela no existia ate quando ela passou a existir, ou seja, no processo de todas as transformaes que a economia sofreu na trajetoria entre a economia de troca e a economia monetria, no se falou em emprego, ento certamente porque a moeda e o emprego no contexto da viso clssica so coisas independentes, voc pode dar um tratamento a moeda sem a preocupao de como esse tratamento vai influenciar ou no no emprego. Segundo os clssicos, emprego um fenmeno do setor real, moeda um fenmeno que parte. do setor nominal e eles no se comunicam. Apesar dos dois setores no se comunicarem, foi possvel partimos do setor real e passar por todas as fases ate chegar a moeda sem qualquer agresso ao emprego, isso muito importante. J no contexto da DEMANDA EFETIVA, as coisas so diferentes, so opostas por assim dizer, por que o pensamento da demanada efetiva se desenvolveu no contexto de uma economia com desemprego ao se desenvolver no contexto de uma economia com desemprego o estudo da origem da moeda reflectir uma economia com desemprego e h de se identifica quais so as relaes da moeda no seu processo de aparecimento e o desemprego da economia quando voc tem desemprego quando no tem alocao eficiente de recursos. Quando h alocao eficiente, voc tem pleno emprego, ou seja, o estudo anterior no contexto de uma economia com alocao eficiente de recursos e este numa economia com desemprego. Keynes, para teoria da demanda efetiva, um dos culpados para o desemprego a moeda, ento no contexto da demeanda efeitva, o emprego no imune a moeda. Ento, o estudo da origem da moeda, nesse contexto tem que trilhar um caminho que acabe destacando a relao entre a moeda e o desemprego. Uma outra coisa para se chamar teno, que todo o estudo que fizemos anteriormente nos no nos referimos as caracterstica dos bens, falamos de suas existncia, de suas trocas e etc. mas no sobre as caractersticas dos bens e aqui no estudo da origem da moeda, no contexto da demanada efeitva, tudo comea com um olhar sobre os bens, os bens e suas caractersticas so importantes na compreenso na origem de moeda nessa viso keynesiana. Ento, keynes comea dizendo no capitulo 17 que um fato caracterstico das mercadorias e que diferentes bens tem diferentes taxas de juros. No estudo anterior no fizemos isso. Mas a ideia inicial que todos os bens tem taxas de juros, e mais que, a diferena entre os bens determinam as diferenas entre a suas taxas de juros. Essa ideia de que os bens tem taxas de juros ela permita a gente comear o raciocnio olhando para os bens na perspectiva que os bens tem rendimento, que eles proporcionam retorno. Na verdade, que nos no estamos no contexto neo-clssico da demanda por bens, as pessoas demandam bens por que elas querem atingir nveis de utilidade cada vez mais alto, essa a razo no contexto neo-clssico. Aqui a ideia que a demanda de bens ela responde aos retornos dos bens, a ideia no ligar a demanda a utilidade e sim aos seus retornos, na verdade como os bens se igualassem aos ativos em geral, sobretudo ativos financeiros. Uma outra ideia importante desse contexto que a taxa de juros mais importante da economia a que estabelece o piso a eficincia marginal do capital, essa ideia importante por que a eficincia marginal do capital, esta no centro da determinao do investimento na economia e o investimento por sua vez o principal determinante da demanda agregada. E na teoria da demanda efetiva, a demanda que determina a oferta, ento a eficincia marginal do capital tem tudo a ver com a determinao da quantidade ofertada na economia, se algo na economia estabelece um piso a eficincia marginal do capital esse algo certamente influencia o emprego e a produo na busca de entender de origem da moeda, a teoria da DE nos mostra que a taxa de juros mais importante da economia a taxa de juros da moeda. A questo , como chegamos na moeda? Mas vamos logo perceber que tudo est associado a relao entre a taxa de juros e a eficincia marginal do capital, todos os bens tem taxa de juros, a primeira afirmao. Os bens que so diferentes tm taxa de juros diferentes entre si. A relao entre estas taxas de juros e a eficincia marginal do capital.

A questo central do estudo nesse contexto, provar que o bem que desempenha o papel de moeda aquele apresenta a mais elevada taxa de juros na economia. Comeamos nosso trabalho, procurando identificar qual bem que a taxa de juros mais elevada da economia. Outra coisa que nos precisamos aprender, o seguinte, q as taxas de juro dos bens elas podem ser medidas em termos dos prprios bens e em termos de moeda. O cobre tem uma taxa de juro que pode ser medida em cobre ou em moeda. O trigo tem uma taxa de juro que pode ser medida em trigo ou em moeda. Nos precisamos para continuar nosso raciocnio, parar um pouco e olhar para essa questo, da taxa de juros se medida no prprio bem ou em moeda. Para tanto, vamos olhar para esse exemplo: Slide 17: RELAES ENTRE TAXAS DE JUROS DOS BENS E DA MOEDA

PREO PRESENTE TRIGO 100 QUARTAS

MOEDA 100

PREO FUTURO ( 1 ANO) TRIGO 100 QUARTAS MOEDA MOEDA 107 MOEDA

100 105 TAXA DE JURO DA MOEDA = (105/100 -1) = 5% TAXA DE JURO DO TRIGO MEDIDA EM MOEDA = (105/107 -1) = 1,869% Resumo: Suponhamos que temos trigo e moeda nos ainda no temos moeda na nossa economia, mas nos precisamos partir coma ideia de que a taxa de juros de qualquer bem pode ser medida nele mesmo ou de outro bem qualquer. Vamos adiantar a ideia que pode ser medida em termo de moeda. Vamos imaginar que a transao feita no presente e que feita no futuro. Posso comprar uma certa quantidade de trigo para receber logo ou para receber no futuro. Daqui a um ano por exemplo. Assim com posso comprar moeda para receber agora ou no futuro. Vamos pensar o seguinte, se eu vou comprar agora para receber agora, ento 100 quartas de trigos custam 100 libras. Se eu vou comprar no futuro, ai a e coisa diferente, se eu transferir moeda para o futuro, daqui h um ano por exemplo, ento, o que 100 libras hoje devera valer mais do que 100 libras daqui h um ano. Se eu tenho as opes de receber hoje ou de receber daqui h um ano, ou eu recebo hoje, ou eu recebo mais do que 100 libra daqui h um ano. O que que vai ser acrescido nas 100 libras quando eu receber daqui a um ano? Vamos supor que a economia vive num estado pleno de estabilidade monetria, no tem inflao, se a economia no tem inflao e eu vou receber 100 libras daqui a um ano, o que eu receber a mais a recompensa por eu ter diferido para um ano o recebimento da moeda, a taxa de juros. Se eu concordo em receber 100 libra daqui a um ano por 105, a taxa de juros 5%, se eu vou receber daqui h um ano 100 quartas de trigo, ai poderia receber 100 quartas de trigo hoje ou 105 libras daqui h um ano cada libra uma quarta. O que significaria se eu recebesse 100 quartas hoje ou 100 libras no futuro sabendo que cada quarta uma libra? Significaria que as taxas de juros seriam iguais. Mas nos partimos

com a afirmao de que bens diferentes tem taxas de juros diferentes, ento se bens diferentes tem taxa de juros diferentes, certamente que a taxa de juros do trigo medido em moeda seria diferente da moeda em termo de moeda. Ento, o que que a faz a gente saber se essa taxa de juros que nos vamos receber medido em moeda do trigo daqui h um ano maior ou menos do que a taxa de juro da moeda? Diferente pode ser maior ou menor... O QUE que nos diz se essa taxa de juros vai ser maior ou menor? Se o trigo no fosse perecvel, certamente no teria por que eu no receber as 100 quartas ou mais, mas o trigo perecvel. Se eu receber o equivalente do trigo em moeda, eu tenho que receber o suficiente para comprar mais do que 100 quartas de trigo, porque vai ter uma perda do trigo durante o ano. Ento para fins do nosso exemplo, vamos supor que essa quantidade de libras que a gente precisa para comprar 100 quartas de trigo e receber daqui h um ano so 107 libras ao invs de 105. Ento a taxa de juros da moeda 5 e a do trigo de -2% em termo de moeda. A ideia o seguinte, quando for daqui h um ano, eu no posso comprar 100 quartas de trigo com o mesmo dinheiro que o compraria 100 unidade de moeda. Porque a moeda passa o tempo todinho e no se desgasta. No nosso exemplo, o trigo perecvel e a moeda no porque no h inflao. A taxa de juros de trigo mais alto do que a taxa de juros pelo fato de trigo ter perecibilidade e a moeda no tem. A taxa de juros no s so diferentes, como a taxa de trigo medido em moeda negativa. Ento, esse fato de o trigo ser um bem e a moeda ser outro bem nos levaria necessariamente a concluso que as taxas de juros so diferentes, o fato de o trigo ter algo o corroendo e a moeda no, nos leva a concluso que o trigo tem uma taxa de juros diferente da moeda. Nos vamos olhar mais uma vez para os bens. Ento, um outro aspecto dos bens que a teoria da demanda efetiva ressalta, que os bens tem atributos e os atributos dos bens so importantes para o estudo da origem da moeda e a teoria da DE reconhece trs atributos em qualquer bem. (Slide 18) Slide 18 Os atributos dos bens em geral (q-c+l). Taxa de juro e atributos. O direcionamento da demanda dos possuidores de riquezas EMgK e produo. H um bem cujo rendimento caia mais Resumo: Os bens tm um atributo Q que a gente chama de rendimento, tem um atributo C que chamamos de custo de armazenagem, e um atributo L que chamamos de liquidez. Os bens tm 3 atributos. Suponhamos uma casa, qual seria o rendimento da casa? O valor real dela. O que seria o C da casa? O IPTU por exemplo, o que poderia ser a liquidez da casa? A facilidade com que voc pode vender a casa, transformar a casa em alguma coisa mais liquida do que ela. Os bens tem graus diferentes de liquidez, uma barra de ouro se vende com mais facilidade que uma geladeira. Ento, os bens tm diferentes graus de liquidez. A gente pode aproximar essa ideia do grau de liquidez, em termos da dificuldade que temos para trocar por algo mais lquido. A soma algbrica desses trs atributos ser denominado por nos de taxa de juros, quando nos dizemos diferentes bens tem diferentes taxas de juros, a origem estaria no fato de que diferente bens tem diferentes atributos. Resumo: Para a teoria da demanda efetiva, o estudo da origem da moeda no independente da compreenso das caractersticas dos bens, as caractersticas dos bens so relevantes para o estudo da origem da moeda. Na verdade a ideia olhar todos os bens como se no houvesse moeda na

retornos relativos

economia, porem, destacando as diferentes caracterstica de diferentes bens. Destacamos estas diferentes caractersticas dos diferentes bens fazendo duas afirmaes: (1) que diferentes bens tm diferentes taxas de juros. (2) Os bens em geral tm trs atributos: um a rentabilidade, representado por (q), outro o custo de estocagem, representado por (c) e o outro a liquidez representado pr (l). A taxa de juros tem a ver com os atributos dos bens onde cada bem tem seu atributo. Podemos raciocinar com a taxa de juro de cada bem como sendo a soma algbrica dos atributos dos bens (q-c+l). A rentabilidade e a liquidez so sinais positivos e o custo de armazenagem de sinal negativo. Por exemplo, o custo de armazenagem ultrapassa a liquidez e a rentabilidade representam taxa de juros negativa, por exemplo: o trigo. H bens cuja soma de rentabilidade e liquidez ultrapassa o custo de armazenagem. H bens cuja soma ou a liquidez zero ou perto de zero e a soma de rentabilidade mais custo de armazenagem positiva, por exemplo, a casa. A soma rentabilidade + custo de armazenagem + liquidez da casa, positivo, ou seja, a taxa de juro de casa seria positiva. Fica claro o seguinte, toda a vez que a soma algbrica desses trs atributos for positiva, a taxa de juros positiva. No devemos confundir esses conceitos (rendimento, taxa de juros e etc.), taxa de juros para nos vai ser sempre a soma desses trs atributos. O conceito de taxa de juros diferente do conceito de rendimento. Ns podemos tambm pensar na taxa de juros, como a soma desses atributos dos bens em geral como uma espcie de retorno do bem, pode ser positivo, negativo ou zero. Ns sabemos que no caso da teoria neoclssica, o que est por trs da demanda so as preferncias, os agentes econmicos quando manifestam uma certa demanda por qualquer bem, atrs dessa demanda esto as preferncias. A demanda reflecte sempre as preferncias. Nesse caso aqui, a demanda ela governada no pelas preferncias, mas pelos retornos dos bens. As preferncias so dadas, h um conjunto de preferncias na comunidade, mas no esto mudando para determinar a demanda do bem, a demanda determinada pelo retorno. Nesse contexto, quem que demanda estes bens? Quem demanda estes bens so os possuidores de riqueza. Estes se comportam de forma a responderem a mudanas de retornos, por que a riqueza ela um estoque, os indivduos que possuem riqueza, o objetivo deles obterem renda com essa riqueza. A riqueza uma varivel de estoque e a renda uma varivel de fluxo, toda renda igual a taxa de retorno da riqueza vezes um, e a temos riqueza material e a riqueza humana, onde a primeira so os bens materiais e a segunda esto nos indivduos. A riqueza do indivduo pode referir uma diversidade de habilidades, pode ser por exemplo manifestada na forma de que ele um grande cirurgio cardaco, ento o estoque de riqueza esta incorporada nesse individuo. Ou seja, ele tem uma renda, que outra coisa no se no o produto que a riqueza esta incorporado nele. O indivduo pode ser tambm um grande tino empresarial, ento o individuo tambm ganha dinheiro por causa da sua habilidade de saber ganhar dinheiro. So diversas as formas de riqueza pode estar incorporada nos indivduos. A riqueza tambm composta de bens materiais, de modo que podemos dizer os bens em geral que so produzidos na economia fazem parte da riqueza dos indivduos, ou, que os indivduos que so possuidores de riqueza ja no inicio, eles adquirem bens para aumentar o estoque de riqueza deles. E obviamente quando eles adquirem bens para aumentar o estoque de riquezas deles, eles esto interessados na rentabilidade, na renda que essa riqueza pode criar. De modo que o direcionamento da demanda dos possuidores de riqueza s orienta pelos retornos relativos dos bens. Se o objetivo dos possuidores de riqueza gerar renda com suas riquezas, gerara um tanto maior quanto mais a riqueza for composta por bens de alto retorno. Aqueles bens que tm maior retorno relativo, atrai mais os possuidores de riqueza. E a os bens vo sendo demandados e vo sendo produzidos, uma hiptese que o retorno de um bem cai com a sua quantidade ofertada quando maior a quantidade ofertada de um bem, menor o seu retorno, at que no limite teramos os bens livres que no tem retorno, qualquer um pode ter acesso, onde no precisa ter riqueza para adquiri-los, mas tambm n interessam aos possuidores de riqueza porque n tem retorno. Ento, os possuidores de riqueza direcionam as suas demandas para os diversos bens de acordo com os

retornos relativos desses bens, quanto mais eles direcionam as demandas deles para determinar os bens, mais esses bens so produzidos, por que a produo dos bens responde a demanda, e a os bens vo sendo produzidos, a quantidade dos bens vo sendo aumentada e os retornos do bens vo caindo. A ideia a seguinte, que essa constelao de bens que h na economia, cada um com seu retorno, cada um com seu nvel de aumento na produo, esses bens tem retornos que caem com o aumento das quantidades, mas que caem em velocidades diferentes. H bens cujos retornos caem mais rapidamente, e a h bens cujos retornos caem mais devagar. Mas todos eles caem na medida que suas produes vo sendo aumentadas. Para sua vez, os demandantes de riqueza ficam olhando para a constelao de bens e observando as queda dos retornos desses bens e obviamente que nas diferentes velocidades de queda dos retornos, alguns retornos vo ficando mais altos e o outros mais baixos. Se os possuidores de riqueza olham essa constelao de bens e seus retornos - os movimentos do seus retornos - e observam que uns caem mais rapidamente e outros caem mais lentamente de modo que h em certo momento num dado instante h diferentes posies dos retornos dos bens, quais seriam os bens que nos esperaramos que os possuidores de riqueza mais desejariam? Aqueles cujos retornos caem mais lentamente, de modo que isso tem uma implicao importantssima, se eles direcionam suas demandas para os bens cujos retornos caem menos rapidamente, o que que acontecem com aqueles que tm o retorno caindo mais rapidamente? So excludos das cestas deles, principalmente deixam de ser produzidos, so excludos da produo. Quer dizer, o fato de os bens terem caractersticas diferentes, caractersticas essas que se refletem nas diferentes velocidades de queda de retorno, implica que alguns bens da economia em certos momentos deixam de ser produzidos. Isso nunca aconteceria na teoria clssica da origem da moeda. Ento possuidores de riqeuza que compram bens para aumentar a riqueza so diferentes de possuidores de riqueza que compram bens para o consumo. H dois tipos de demandantes, h os possuidores de riqueza, que demandam bens em funo dos retornos cada vez mais altos relativamente que eles apresentam, e h possuidores de riqueza que demandam para bens de consumo, no esto preocupados com retorno. Tanto assim que os possuidores de renda, dificilmente voltam suas demandas para cobre, para ferro. Mas os possuidores de riqueza demandam, sim, suas demandas para cobre, para ferro. Ento diferente o indivduo como acumulador de riqueza e o individuo como consumidor. importante diferenciar e dizer que aqui estamos analisando o comportamento dos possuidores de riqueza. Os possuidores no comprar ativos de retornos negativos. A riqueza deve ser voltada para aqueles bens cujos rendimentos relativos so mais altos. Quanto mais abundante um bem, menor a sua liquidez. Se a liquidez cai quando a quantidade do bem aumenta, h uma alterao no retorno do bem. Acontece que quanto maior a quantidade do bem, maior o custo de armazenagem, mais barato guardar 10 kg de batata ou 10000 kg? Portanto, como o custo de armazenagem negativo, pode tornar at o bem com retornos negativos. Quando os bens so deixados de produzir na economia, as pessoas que estavam empregadas produzindo estes bens ficaro desempregadas. A teoria da DE a teoria da explicao do desemprego. Os bens por suas caractersticas, podem ser fonte de desemprego. Quantos bens no deixam de ser produzidos por que seus retornos so relativamente mais baixo que outros? Quando isso acontece, h desemprego na economia. Estamos percebendo o seguinte, o fato dos bens terem esses atributos j tornam os bens fontes de desemprego. O processo contnua, os bens so produzidos, as quantidades so aumentadas, os retornos vo caindo, os possuidores de riqueza vo direcionando as demandas segundo o critrio que ns discutimos na aula interior, preferindo aqueles ativos, aqueles bens, cujos retornos caem em menor velocidade. Agora, isso tudo um mundo, um cenrio de hiptese. O que h de fato que a gente sabe que quando enquanto a produo dos bens aumentam, o retorno dos bens caem. E que nesse processo de quebra desses retornos como a velocidade de queda so diferentes, pode acontecer circunstncias em que bens deixaro de ser produzidos. Para que isso acontea, basta que a gente tenha alguns bens cujos retornos tenha quedas mais demoradas. Agora como os bens tm caractersticas diferente e atributos diferentes, ento muito fcil que isso acontea. Bens existam na economia, cujas taxas de retorno caiam menos rapidamente que a dos outros.

O que que faria um bem qualquer na economia assumir a caracterstica de que, a sua taxa de retorno caia menos rapidamente que a dos outros bens? Slide 19 Slide 19 Caractersticas essenciais da moeda; Elasticidade produo zero. Elasticidade substituio zero. Inefetividade da baixa da unidade de salrio: rigidez, incerteza e armadilha da liquidez. A importncia da taxa de juro monetria est atrelada a essas trs caractersticas. Resumo: As caractersticas de um bem desse, deveriam ser essas: elasticidade de produo zero, elasticidade substituio zero e um bem deveria ser imune a baixa da unidade de salrio, ou seja, a queda da unidade de salrio medida em torno desse bem deveria ser inefetiva no que diz respeito as suas implicaes sobre o emprego. Um bem que tem elasticidade de produo zero, aquele bem que mesmo quando a demanda por ele aumenta, no possvel aumentar o emprego para produzi-lo. Um exemplo extremo disso, a terra, se aumenta a demanda de terra, no h como aumentar o emprego para produzir mais terra. O tamanho da terra dado, um bem cujas elasticidades deproduo so zero. Uma outra caracterstica que esse bem deve ter, esse bem cuja taxa de retorno caia mais lentamente, uma outra caracterstica q ele tem que ter a de elasticidade de substituio igual a zero, se a elasticidade de produo for zero, ento no possvel aumentar o emprego para produzir esse bem mesmo quando a demanda por ele aumenta. Porem, se esse bem tiver um substituto, o que acontecer nessa circunstancia? Vai aumentar a produo do substituto. Ou seja, as pessoas substituiro o que se pode produzir pelo que no se pode produzir. Ento se o bem tiver elasticidade de substituio zero, ele no ter um substituto que possa ser produzida no lugar dele quando ele no pode ser produzido em resposta ao aumento da demanda desse bem. Essas caractersticas, essas duas caractersticas de um bem qualquer, fazem com que a taxa de retorno seja a taxa de retorno mais lenta a cair na economia, em certas circunstancias, a taxa de retorno desse bem pode nem sequer cair. Ento, se a taxa de retorno desse bem em certas circunstancias pode nem mesmo cair, o que que podemos esperar com relao aos possuidores de riqueza em relao a esse bem? Eles dirigiro todas as demandas para esse bem. No momento em que esse bem aparece, os outros bens deixam de ser produzidos, este bem capaz de estabelecer um piso a eficincia marginal de capital, capaz de estabelecer um piso a produo. Os bens sero produzidos no mximo at aquele ponto em que seus retornos igualem o retorno desse bem. Se eventualmente a economia n tiver chegado ao pleno emprego at esse momento, ele ter desemprego. Esse bem impe o desemprego na circunstncia em que no nvel que o retorno pra, a economia no esteja em pleno emprego. Essa foi uma questo muito embaraosa por que o pensamento econmico dessa poca, predominante, era de que no havia nenhum bem na economia que estabelecesse piso a produo, no nosso estudo anterior da origem da moeda no contexto da alocao de recursos, nada se fala a respeito da capacidade de qualquer bem intervir na produo de outros bens. Na verdade nem se leva em conta essa histria de retorno dos bens. No momento em que voc coloca o retorno desses bens como sendo o sinalizador de demanda, ento esse problema ocorre ou pode ocorrer. Ento, isso foi embaraoso por que nessa circunstancia a economia ficaria com desemprego sem remdio, pq se o remdio seria aumentar a produo desse bem e a elasticidade de produo e a elasticidade de substituio so zero, ento no pode aumentar o emprego. Se o retorno dele pudesse baixar, ento mais bens poderiam ser produzidos na medida em que os respectivos retornos a queda dos outros bens. Mas se o retorno no baixa, ali mesmo ficar parada a produo. Se esse bem pudesse ser usado para pagar os salrios, ento uma soluo para o desemprego, uma possvel soluo para o desemprego que ele causa seria reduzir o salrio em termos desse bem, por que imagine que voc tem cem unidades desse bem e cem empregados dessa economia, cada um ganhando uma unidade do bem, se voc baixar a unidade do salrio para a metade, ento voc pode empregar

200 trabalhadores, ento seria uma eventual soluo para esse problema do desemprego que se baixasse a unidade de salrio medido em termos desse bem. Porem, esse raciocnio esse estudo sobre a origem da moeda, ele descreve o comportamento dos agentes econmicos num ambiente de incerteza, ou seja, se baixar a unidade de salrio agora, o que acontecera amanha? S saberia se estiver trabalhando no mundo com certeza, com incerteza eu no saberia. Uma possibilidade que amanha a taxa de salrio caia mais ainda, ou seja, se eu n tenho certeza no esta excludo a possibilidade de amanha a taxa de cair o salrio mais ainda e cair depois e depois... Se essa possibilidade estiver presente, o que que podemos esperar ao comportamento dos empresrios? Se no houvesse incerteza, um queda na unidade do salrio certamente aumentaria o emprego, e ai eu no teria limite ao emprego, s era baixando a unidade de salrio e aumentado o emprego, AT CHEGARMOS NO PLENO EMPREGO. Mas se nos estamos na incerteza, h a possibilidade da taxa de salrio baixar mais ainda, e a qual a atitude de quem empregador? Se ele esta desconfiado que vai baixar mais ainda, ele vai produzir o bem com a taxa de salrio de agora, e o outro vai produzir os bens com a taxa de salrio amanha, ele vai ficar no competitivo. Todo dia os empresrios estaro na perspectiva que os salrios baixem mais. Numa situao de incerteza, a baixa da unidade de salrio inefetiva, ento se tivermos um bem na economia com aquelas caractersticas, mesmo que voc baixa a unidade de salrio medida em termos dele, no contribui para o emprego. Mas suponha que esse bem seja a moeda e que a moda administrada pelo banco central e que portanto pode ser aumentada a sua quantidade j que o BC tem poder isso, isso implicaria automaticamente na unidade de emprego? Necessariamente, no. Se os agentes econmicas achassem que a taxa de retorno desse bem continua sendo a mais rgida da economia, ento os agente prefeririam esse bem, no caso a moeda. No trocariam esse bem por outros ativos, se eles no trocariam esses bens por outros ativos, ento a taxa de juros no cairia, taxa de juros no caindo, no estimularia o investimento e consequentemente o emprego quer dizer, uma economia que tem um bem com essas caractersticas uma barra para o emprego. No caso que esse bem uma moeda, essa a situao que chamaramos de armadilha da liquidez, ou seja, o bem que tem essas caractersticas, ele tem a capacidade de colocar a economia na armadilha da liquidez. Ento, se ns chamarmos esse bem de moeda, a importncia da taxa de juros monetria passa a estar atrelada a essas 3 caractersticas, ou seja, elasticidade de produo zero, elasticidade de substituio zero e armadilha da liquidez. A armadilha da liquidez, ela aparece em qualquer que seja o nvel da taxa de juros, desde que o as gentes econmicos achem que no vai baixar mais ainda, mas isso a uma questo que no solta, que no isolado. Slide 20 taxa de juro mais importante salrios e as dvidas so estipulados nessa mercadoria. fixao de salrios em moeda, eleva o prmio de liquidez desta. estabilidade de custos elasticidade produo zero e baixo custo de conservao. Slide 21 Rigidez de salrio em termos de moeda.

Prmio de liquidez maior do que o custo de armazenagem.

Resumo: Se os agentes econmicos em certo momento, eles acham que a taxa de juros no vai baixar mais qualquer que seja o nvel que ela esteja, isso tem que ter um referencial, tem que ter uma

referncia em torno da qual os agentes econmicos comparem o comportamento da taxa de juros monetria. Aquele bem cuja taxa de juros a mais importante que tem o poder de ter a taxa de juros mais importante por causa daquelas caractersticas que nos discutimos na transparncia anterior, ento esse bem passar a ser um bem de destaque na economia e os salrios e as dividas passam a ser estipulados nesse bem, por que se a gente estipula o salrio em termos de um bem que no muda ao longo do tempo, ento o custo de produo constante e isso muito importante porque existe um lapso de tempo entre o momento que o empresrio decide produzir e o momento em que a produo acontece, se nesse perodo ele recebe um pedido para entregar daqui h um mes, se ele tiver a certeza que seus custos de produo vo ficar constantes nesse perodo de um mes, ele pode dizer com muita segurana qual o preo que ele vai cobrar pelo bem. Mas se ele no tiver essa certeza, ele no pode nem vender o bem, h no seja que ele esteja sob contrato de risco. Mas temos um bem na economia sob essas caractersticas, ento o salrio sendo estipulado dele, os salrios ficam fixos ao longo do tempo, o salrio no baixa por que suprfluo eu baixar, no vai ter emprego adicional se eu baixar, o salrio no sobe porque para ele subir precisava ter uma quantidade maior daquele bem mas o bem no produzido, ento isso torno o salrio rgido. O salrio rgido torna o custo de produo constante ao longo do tempo, ento esse bem ganha uma caracterstica muito especial que a de ser capaz de ligar o presente ao futuro. E numa economia em que existe incerteza, muito importante ligar o presente ao futuro, por que o que dificulta a previso quanto ao futuro a incerteza. E a deciso de produzir e empregar como uma deciso que necessariamente esta sujeita a o poder do tempo, ento essa deciso fica mais difcil de tomar numa economia de incerteza. Ao mesmo tempo que essa mercadoria que tem todas essas caractersticas uma praga para o emprego, uma bno para a incerteza. uma bno para que as pessoas, principalmente os empresrios, se protejam contra a incerteza. Ento quando essa mercadoria descoberta, ou seja, todas as pessoas descobrem que h na economia um bem que tenha essas caractersticas de dotar o salrio rgido e os custos constante ao longo do tempo, ento os salrios e as dvidas passam a ser estipulados nessa mercadoria. As dvidas tambm porque? Porque muito difcil, voc contrair dvidas sem saber o que vai acontecer ao longo do perodo de dvidas. No Brasil, as vezes acontece isso, temos uma moeda que sempre referenciada a moeda internacional. A moeda internacional o dlar, o dlar, ele tem durante certos intervalos de tempo, o valor dele fica constante em termos de moeda nacional, a os empresrios comeam a contrair dinheiro l fora, com dvidas denominadas em dlar. Na expectativa que a moeda nacional mantenha aquele patamar com o dlar constante. De repente h a desvalorizao do cmbio, a as empresas quebram. Ento, o risco de voc estabelecer uma divida, portanto algo que liga o presente ao futuro, numa circunstncia de incerteza sem ter nada que garanta a constncia dessa divida ao longo do tempo muito perigoso. Ento, os indivduos imediatamente vo denominar as dividas em termos dessa mercadoria, porque essa mercadoria tem a capacidade de segurar o valor da divida ao longo do tempo. Assim como no caso, dos custos de produo, o endividamento importante que seja previsto, porque se tomarmos um financiamento para fazer um investimento, tudo planejado, o retorno do investimento e etc., de repente o custo de financiamento se descola do rendimento do investimento, ai voc n paga. importante que os indivduos atrelem as dvidas a esse bem que tem essas caractersticas e portanto com a propriedade de ligar com estabilidade o presente ao futuro. Mas acontece o seguinte, que quando esta mercadoria ganha estas caractersticas, em que os salrios so fixados em termos dela, ento o premio de liquidez dessa mercadoria aumenta. Ela se torna to desejada por todos, que onde voc quiser trocar essa mercadoria, voc no ter probabilidade, o grau de liquidez da sua mercadoria se mede pela facilidade com que ela trocada por outras mercadorias no mercado, ento essa mercadoria tem seu premio de liquidez elevado. Quando ela eleva o premio de liquidez, ai de novo ela se torna mais preferido das mercadorias. Por que, se ela aumenta de liquidez, ela a mercadoria mais fcil de conduzir na economia. E as coisas vo acontecendo, vo se auto alimentando de tal forma que a partir de certo momento a liquidez passa a ser o atributo predominante desse bem. O bem tem trs atributos, ento a liquidez vai crescendo de tal forma que os outros atributos vo ficando irrelevantes. Assim que a gente concorda em pegar moeda e

botar na conta corrente sem receber algum rendimento. Porque a liquidez que a moeda oferece sobrepuja em algumas circunstncias a importncia do rendimento, quando voc tem muita moeda sobrando, voc pe uma parte em conta corrente e outra em aplicao, mas, para a questo de voc ter segurana com relao ao uso adequado da moeda, a liquidez se torna to grande relativamente aos outros atributos que os indivduos passam a olhar somente para os atributos dessa mercadoria. Ento, a fixao dos salrios de moeda eleva o premio de liquidez dela, nesse momento quando ele adquire todas essas caractersticas, ele j um bem com jeito de moeda. Obviamente que nos estamos chegando aqui a algo que se transforma em moeda por um caminho diferente por aquele da alocao de recursos. E a a rigidez de salrio em termo de moeda aumento o premio de liquidez e acaba tornando o premio de liquidez mais elevado que o custo de armazenamento. Ai a moeda passa a ser aquele bem cujo premio de liquidez sobrepuja o de armazenagem. De modo que numa economia que se define no contexto da DE, se agente fosse definir a moeda, ns diramos que moeda aquele bem que por causa de todas as suas caractersticas, chegou a circunstncia que seu prmio de liquidez muito superior ao seu custo de armazenagem. Tanto assim que a hoje em dia no sacrifcio para ningum armazenar dinheiro. Desde que dinheiro dinheiro, as pessoas armazenam dinheiro at nos colches. Ento, para diferenciar essa viso da origem da moeda da viso anterior, s olharmos as duas definies, no caso anterior, moeda, ou uma economia de moeda, quando ela tem um bem que compra mercadoria e trocado por mercadoria. Ou seja uma economia monetria aquela em que moeda compra mercadoria, mercadoria compra moeda mas mercadoria no compra mercadoria. Por que que mercadoria no compra mercadoria? Por que se voc reservar uma mercadoria para servir como meio de troca, voc reduz a eficincia da economia. Essas duas definies do origem da moeda so mais ou menos equivalente, voc reduzir a eficincia da economia e impedir que mercadoria compre mercadoria so mais ou menos a mesma coisa. Ou seja, nos poderamos ate dizer assim, mercadoria no compra mercadoria por que isso reduziria a eficincia da economia, ou seja, se a eficincia da economia, se a eficincia com que se alocam os recursos na economia a mxima, ento mercadoria n compra mercadoria. O raciocnio equivalente, numa direo ou outra. No nosso caso presente, tem nada a ver essa coisa de comprar ou no mercadoria. O que h de mais forte aqui nesse raciocnio que fizemos que h um bem que liga o presente ao futuro, se nos no estivssemos num contexto de incerteza, isso no teria nenhuma importncia como no teve no raciocnio anterior, mas todo o argumento que discutimos nessa noite, a moeda tem a caracterstica de ligar o bem ao futuro, isso que faz que tudo se denomine em termo dele. Porque o ser humano no gosta de incerteza. E isso faz com que os agentes econmicos, adoptem qualquer coisa que possa ligar o presente ao futuro, e a moeda faz isso. Esse o argumento mais forte. O fato da moeda ser eventualmente trocado por mercadorias no relevante nesse modelo por que se tem a maior liquidez todo mundo quer trocar pe ela. Ela um meio de troca natural. No h o que mexer, s o fato que liga o presente ao futuro d a ela o maior premio de liquidez. E isso implica que ela o bem mais trocvel da economia, portanto o melhor meio de troca que existe. NO H necessidade de dizer que a moeda um meio de troca. A fora do outro raciocnio de que mercadoria no compra mercadoria. Portanto, o bem no modelo presente, ele devera ter outras caractersticas que so de muito mais importncia do que meio de troca, ento ser meio de troca algo que ele automaticamente, pelo prprio nascimento dele na economia. Podemos concluir esse estudo, ele faz a moeda tambm nascer das entranhas da economia, mas a posio dos agentes econmicos em relao a economia, ou o papel dos agentes econmicos exercem no contexto da economia para aparecer a moeda aqui, diferente do papel que os agentes econmicos exercem no contexto daquela outra economia para poder aparecer a moeda, isso vai ser questo de prova. A moeda nos dois casos nascem das entranhas da economia, as entranhas da economia so aquele lugar em que os agentes econmicos esto em alterao, mas o papel que os agentes econmicos exercem dentro da economia daquela moeda anterior diferente do papel que os agentes exercem para o aparecimento da moeda aqui.

Slide 22: Segunda Parte: TEORIA MONETRIAResumo:Teoria Monetria: Vem antes da Poltica Monetria. A teoria monetria se iniciou no pensamento clssico, alias tudo na economia se iniciou no pensamento clssico depois foi se desenvolvendo ganhando mais complexidade, criando novos instrumentos de anlise. Os economistas clssicos carregam consigo o mrito de terem desenvolvido a teoria do valor. A Teoria do Valor: a explicao dos preos dos bens e servios, atravs do estudo dos mercados, pois para estudar o valor de um bem nos temos que apelar para a teoria dos mercados, que se baseia no estudo da oferta e demanda de bens e servios para poder explicar o preo. Quando os economistas clssicos se depararam que a moeda, observaram que ela era algo diferente de outros bens, porque a moeda no incorporava o valor da mesma maneira que os bens, o valor da moeda tinha uma origem diferente do valor das mercadorias. O valor das mercadorias: fundamentava se na existncia do valor trabalho, mas a moeda no tinha o valor dela originaria da quantidade de trabalho necessrio para a sua produo. Para os clssicos, neoclssicos e Keynes explicar o valor da moeda era complicado, de tal forma que os economistas preferiram separar o mercado em dois blocos: o sector real da economia e o sector monetrio sem comunicao entre eles, para que o lado monetrio no contaminasse a boa anlise que explicava o sector real da economia.

Slide 23: O Valor da Moeda PARA OS CLSSICOS O VALOR DA MOEDA DEPENDIA DOS CUSTOS DE PRODUO DOS METAIS. METAIS USADOS DIRETAMENTE. METAIS USADOS COMO LASTRO PAPEL MOEDA SEM LASTRO EXCLUIDO DO ESTUDO.EVOLUO VALOR DA MOEDA COMO TAXA DE TROCA ENTRE MOEDA E MERCADORIA. Pm = CMg - VALOR DA MOEDA; P = NIVEL DE PREOS. Pm = 1/P = CMg (LONGO PRAZO). SE pm > CMg, ENTO P SOBE, REDUZINDO O VALOR DA MOEDA. Resumo: (meu) O estudo dos economistas naquela poca: Os metais preciosos enquanto eram usados directamente como moeda (ex: moedas de ouro, de prata, de cobre etc.), no havia problema de estudar o valor da moeda porque ou os metais preciosos so usados directamente como moeda como meio de troca ou os metais preciosos so usados como o lastro (garantia da moeda papel, que acabou em 1971 quando os EUA se declararam que no trocariam mais dlar por ouro). As referncias da moeda eram ouro, um US$ valia 35 onas. Quando o papel-moeda no tinha lastro os clssicos excluam do estudo, porque sem lastro a origem do valor j no era mais aquela que eles estavam acostumados, portanto impunha dificuldades no estudo do valor da moeda. Os clssicos partindo do estudo do valor da moeda enquanto metal precioso, eles inseriram que havia uma possibilidade de estudar o valor da moeda em outra forma. Como eles chegaram a esta concluso? Eles perceberam que a moeda actuava em duas esferas: na esfera da produo, ou seja, l no local onde ela era produzida na mina explorada, ela era extrada com uso de tecnologia, do trabalho, do capital, etc. Mas quando ela saia da mina e ia funcionar como moeda,

na verdade ela funcionava na esfera da troca. Quando os clssicos perceberam que a moeda na esfera da produo era diferente da moeda na esfera da troca do ponto de vista do valor, isso facilitou o estudo dos clssicos. Do ponto de vista da esfera de produo: o equilbrio da produo de moeda acontecia sempre que o preo da moeda era igual ao CMg de onde era extrada a moeda. Teoria do valor: no longo prazo, o preo de qualquer mercadoria tende para o seu CMg. No ponto em que preo=CMg, a produo de qualquer mercadoria atinge a sua maior eficincia, portanto esse o ponto de equilbrio de longo prazo. Mas se colocarmos no meio do estudo o ponto de vista da esfera de troca, nos temos o longo prazo e curto prazo. Quando o preo da moeda for igual ao CMg, esta a condio de equilbrio de longo prazo, portanto este valor da moeda igual na produo e na troca. Mas no curto prazo pode acontecer que o CMg seja diferente do preo (ex: descobertas de minas, de terras no sculo XVI, criaram a oportunidade de descoberta de outras novas minas, foi um evento que fez a CMg se deslocar para a direita, de modo que a curva de CMg se deslocou para a direita, porem qualquer inovao tecnolgica tambm faria a curva de CMg se deslocar para a direita. Slide 24 Pm, CMg CMg o CMg 1

pm

Mo Resumo: (meu)

M1

M

Portanto na primeira curva de CMg nos teramos o equilbrio com a produo de M(0)=0 (CMg = Preo), mas se h a descoberta de novas minas ou uma inovao tecnolgica, ento a cuvra de CMg se desloca para a direita, o que origina o volume da moeda M(1)=1, logo M(1)>M(0). Assim, para que o valor da moeda na troca volta a ser igual ao valor da moeda na produo, preciso que o nvel geral de preos suba, porque o CMg ficou diferente do Preo, no caso: CMg Preo, compensa para o produtor diminuir a produo, de modo que as foras que haja neste sistema deslocam a produo para a esquerda quando CMg> Preo. Grfico: Do ponto de vista da esfera de produo de moeda o CMg estava abaixo do preo, significa que a quantidade produzida de moeda est em crescimento, enquanto CMg< Preo de um bem, h um incentivo para aumentar a produo, porque no ponto de eficincia mxima da produo o lucro=0. Preo da moeda maior do que o custo marginal (Preo> CMg), quantidade de moeda (M) aumenta, trajectria crescente da produo, mas os bens no. Os bens e servios continuam a mesma coisa, porque os factores que determinam a produo dos bens e servios, so outros factores diferentes daqueles que determinam a produo de moeda. Do ponto de vista de outros bens: temos uma tecnologia e uma dotao de factores voltadas para os bens. O facto de termos descoberto mais minas, no aumenta nem diminui em nada, no melhora nem piora a tecnologia usada na produo dos outros bens, nem do volume de emprego empregado e utilizado na produo de outros bens. De modo que, quando as minas foram descobertas, a quantidade de moeda aumentou e a quantidade de bens no aumentou, ento o valor da moeda cai. O preo continua dado, porque do lado da produo concorrncia perfeita, eficincia mxima, o preo continua dado, para qualquer produtor, e ele vai se esforar para igualar esse preo ao CMg da produo. Isso necessariamente far com que a moeda aumente em quantidade e quando comparada com as quantidades dos outros bens, ela fica em abundncia e assim o valor da moeda cai. O valor da moeda cair, significa que o nvel geral de preos est aumentando. Esta descoberta mostrou que o preo na esfera da troca tem alguma relao com a quantidade de moeda, e foi atravs desta perspectiva que os Clssicos sugeriram a equao quantitativa, que mais tarde veio a ser a expresso da teoria quantitativa de moeda (no grfico esta do lado esquerdo, da cor branca). Slide 25 EQUAO QUANTITATIVA E O VALOR DA MOEDA. MV = Py Eq.branca

MD

Eq. preta

1 Y V

FATORES QUE DETERMINAM V e FATORES QUE DETERMINAM y Py MS MS 1/P MS MD P1 y Po y 1/Po 1/P1

MS

MD MD, MS MD, MS

FOCANDO NA FUNO DE TROCA

Resumo: (meu) Equao quantitativa: foi sugerida com a pretenso que ela pudesse traduzir o pensamento Clssico sobre o valor da moeda na esfera da troca. O valor da moeda na esfera da produo continua a viso tradicional de CMg e Preo, mas na esfera da troca, o valor da moeda completamente diferente a perspectiva e a explicao dele, atravs da equao quantitativa. Nesta equao quantitativa M significa a oferta de moeda, V significa a velocidade da circulao da moeda, P o nvel geral do preo e y (minsculo, ou seja, pequeno) o produto real da economia, que para os Clssicos sempre dado. Neste sentido a equao quantitativa traduz perfeitamente a compreenso Clssica de que moeda uma coisa, o produto outra coisa. A explicao do valor da moeda na esfera da troca passaria pela explicao ou pela compreenso de quais so os factores que determinam o P e quais so os factores que determinam o y (pequeno), porque M no caso que nos estamos estudando, M ( seria uma recta vertical, s que agora situada a direita da primeira, ou seja, da antiga) aumentaria toda vez que novas minas fossem descobertas, se as novas minas no fossem descobertas ento M no aumentaria e M (seria uma recta vertical). Quais so os factores que determinam o y (pequeno)? A tecnologia e a dotao de factores, porque todos os factores esto empregados ento, dada a funo da produo, a tecnologia e a dotao de factores que vo determinar o volume de produto, porque os factores estaro sempre totalmente empregados. Ento y (pequeno) determinado por estes factores, cuja caracterstica de funcionamento do sistema econmico determinam que y no muda. A oferta real da economia (M) uma recta vertical. Quais so os factores que determinam o P? Os Clssicos perceberam que no precisava, para transaccionar uma determinada quantidade de mercadoria, no precisava da mesma quantidade de moeda Exemplo: se eu tenho 3 bens, cada um valendo 1 real, no precisa 3 reais para transaccionar estes bens, s precisariam de 3 reais para transaccionar estes bens, se a moeda no circulasse, se a moeda circulasse eu podia comprar as 3 mercadorias com menos valor em reais). Exemplo: Se a velocidade de circulao de moeda fosse 2 (V=2), com M=1,5, transaccionvamos 3 reais de bens. Se V=2, com M=1,5, transaccionvamos 6 reais de bens. Esta percepo dos Economistas Clssicos, colocaram a velocidade de circulao de moeda (V), como um factor importante na determinao do nvel geral do preo (P), assim era preciso que se compreendesse os factores que determinam V. Quando a moeda passa de uma mo para outra, porque ou aconteceu um recebimento de algum ou um pagamento de algum. Quem transfere a moeda deve estar pagando e aquele para quem foi transferida deve estar recebendo. Ento, as transaces consistem em pagamentos e recebimentos e isso exactamente o fenmeno da circulao da moeda, logo se a moeda circula como consequncia de recebimentos e pagamentos, a circulao da moeda tem a ver com os hbitos de recebimentos e pagamentos. Exemplos: Se nos temos um hbito de pagar e receber salrios a cada 30 dias, ento a cada 30 dias a moeda d um giro para pagar salrios. Se nos fazemos compras no supermercado a cada 15 dias, ento a cada 15 dias a moeda d um giro para transaccionar compras de supermercado. Se os produtores tm um perodo de produo de 3 meses, ento a cada 3 meses a moeda circula para comprar insumo, comprar bens e circula para receber pagamentos por insumos de bens. Ento, a velocidade de circulao de moeda (V) tem a ver com o acto de recebimentos de pagamentos. Cada economia dever ter uma velocidade de circulao de moeda, porque se a cultura implica o acto de recebimento e pagamento diferentes entre pases, entre economias, ento cada economia tenha uma velocidade de circulao de moeda. Um ponto importante na V que ela est ligada aos actos de

recebimentos e pagamentos. Um outro ponto importante que a V esta ligada ao grau de verticalizao ou de horizontalizao da economia. O grau de verticalizao ou horizontalizao uma caracterstica estrutural da economia. Economia mais horizontal: Maior o nmero de pagamentos e de recebimentos, portanto maior a velocidade de circulao de moeda (V). Economia mais verticalizada: Menor o nmero de pagamentos e recebimentos, portanto menor o V. uma economia em que as empresas produzem bens de um primeiro insumo ate ao primeiro produto. Exemplo: Um produtor de sapato que produz o solo, o coro, a linha. Se ele produz tudo isso diferente se ele compra tudo isso a diferentes empresas, pois se ele compra tudo isso a diferentes empresas o nmero de pagamentos muito maior. Os hbitos de recebimentos e pagamentos uma caracterstica estrutural da economia, porque os hbitos no mudam no curto prazo e a estrutura da economia tambm no muda no curto prazo. Ento, com esta anlise os lastros facilitaram muito a vida para estudar o valor da moeda na economia na esfera da troca, porque nos dois parmetros que so estveis: y (pequeno) a produo da economia e V velocidade de circulao da moeda. Com estes dois parmetros dados, constantes, todo movimento na M oferta da moeda se reflecte necessariamente sobre P o nvel geral do preo. Exemplo: imagina que dobre aqui do lado esquerdo a quantidade de moeda, com V e y constantes, o P (preo) dobra, e vice-versa, se reduzir para metade a M (oferta de moeda) do lado esquerdo, ento o P ser tambm reduzido a metade. Esta equao quantitativa, estabelece uma relao directa entre a M (oferta de moeda) e P (nvel geral de preos), ou seja, o P directamente proporcional ao M. Esta relao foi percebida a 200 anos atrs e a mais moderna teoria monetria diz que a nica coisa que a moeda realmente faz no longo prazo afectar o P (nvel geral do preo), ou seja, como a teoria Clssica era sempre uma viso do longo prazo, ento a oferta de moeda tudo que ela faz ao longo prazo afectar o P (nvel geral do preo). Como o lado da produo real da economia tambm estudado na sua perspectiv