29
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE UNIDADE ACADÊMICA DE SAÚDE DISCIPLINA:TECNOLOGIA DE COSMETICOS DOCENTE: RENNER LEITTE MONITORIZAÇÃO TERAPÊUTICA DE MEDICAMENTOS GRUPO: JÚLIA CRISTINA NUNES VANESSA DOMINGOS DE MORAIS YSABEL ARIANNE LOPES CUITÉ- PB

Monitiruzação Terapêutica

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Monitiruzação Terapêutica

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDECENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDEUNIDADE ACADÊMICA DE SAÚDE

DISCIPLINA:TECNOLOGIA DE COSMETICOSDOCENTE: RENNER LEITTE

MONITORIZAÇÃO TERAPÊUTICA DE MEDICAMENTOS

GRUPO:JÚLIA CRISTINA NUNESVANESSA DOMINGOS DE MORAISYSABEL ARIANNE LOPES

CUITÉ- PB

Page 2: Monitiruzação Terapêutica

MONITORIZAÇÃO TERAPÊUTICA

Fundamenta-se no fato de que a resposta terapêutica se correlaciona e depende da concentração do fármaco na corrente sanguínea do usuário, em lugar da dose administrada ao mesmo.

Page 3: Monitiruzação Terapêutica
Page 4: Monitiruzação Terapêutica

Faixa terapêutica

Faixa tóxica

Se apresenta frágil distanciamento torna-se necessária a monitorização terapêutica do fármaco na corrente sanguínea do paciente.

Page 5: Monitiruzação Terapêutica
Page 6: Monitiruzação Terapêutica

Vantagens:Possibilidade de ajustes nas doses do

medicamento, prevenindo a intoxicação.

Garante os efeitos farmacológicos do composto, evitando que a concentração fique abaixo da janela terapêutica.

Propicia segurança à terapêutica medicamentosa.

Page 7: Monitiruzação Terapêutica

OBJETIVOSOtimizar o emprego de fármacos, evitando

ou detectando precocemente a ocorrência de níveis tóxicos ou subterapêuticos.

Permitir a aderência do paciente ao tratamento.

Identificar interações medicamentosas imprevisíveis.

Page 8: Monitiruzação Terapêutica

MONITORIZAÇÃO TERAPÊUTICA

FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂNIMCA

Finalidade de ajuste de dose e

individualização da terapia farmacológica

• Absorção• Distribuição• Biotransformação• Excreção

• Ação farmacológica do fármaco

Page 9: Monitiruzação Terapêutica

Variabilidade individual:

Farmacocinética

Taxa e extensão da absorção Distribuição Ligação em tecidos e fluidos corporais Taxa de metabolismo e excreção Doenças Polimorfismo Genético Gestação Interação com outros fármacos

Farmacodinâmica

Page 10: Monitiruzação Terapêutica

Critérios para monitorização terapêutica:Apresentar correlação entre concentração do

fármaco e efeito terapêutico.

Estreita faixa terapêutica.

Grandes diferenças metabólicas entre indivíduos.

Efeitos farmacológicos não obtidos de forma fácil e rápida.

Page 11: Monitiruzação Terapêutica
Page 12: Monitiruzação Terapêutica

Toxicologia de medicamentos:Monitorização terapêutica de

Salicilatos

Page 13: Monitiruzação Terapêutica

SALICILATOS

USOSGrupo de fármacos que atuam devido ao seu conteúdo de ácido salicílico.

• Propriedades analgésicas, antipiréticos, antinflamatórias.

MECANISMOS DE AÇÃO

Admite-se que atuam na inibição da enzima cicloxigenase e deste modo inibem prostaglandinas e tromboxanos.

Page 14: Monitiruzação Terapêutica

SALICILATOS: TOXICOCINÉTICA

ABSORÇÃO Difusão passiva no estômago e intestino delgado alto Overdoses: retardo da absorção em até 24 h devido à formação

de concreções (pedras) gástricas Fatores limitantes: pH, alimentos e repleção gástrica

PICO PLASMÁTICO: após 30 minutos da ingestão (dose única)

MEIA-VIDA: 2-3 horas em doses baixas 15-30 horas em doses tóxicas

Page 15: Monitiruzação Terapêutica

SALICILATOS: TOXICOCINÉTICA DISTRIBUIÇÃO

Todos os tecidos e líquidos Associação com lipoproteínas: 50 a 90%

»Hipoalbuminemia – do fármaco livre e possível intoxicação VD: 0,15 a 0,2 L/kg

BIOTRANSFORMAÇÃO Hidrolisados a ácido salicílico por esterases plasmáticas e de outros

tecidos por enzimas do retículo endoplasmático hepático e mitocôndrias

Posteriormente, o ácido salicílico sofre conjugação, formando os 3 principais produtos:

»Com glicina ácido salicilúrico (75%)»Com ácido glicurônico salicilfenólico (10%) e acilglicurônico

(5%)

Page 16: Monitiruzação Terapêutica

SALICILATOS - TOXICOCINÉTICA

EXCREÇÃO

Dependente do pH e dose absorvida

» urina alcalina - pH 8,0 80% de salicilato livre

» urina ácida - pH 4,0 10% de salicilato livre

Dependente de associação com fármacos que se ligam à albumina fração livre

Page 17: Monitiruzação Terapêutica

SALICILATOS - TOXICODINÂMICA

Ocorre um estímulo determinado para ocasionar a resposta inflamatória, com a lesão das membranas celulares da região, cria-se um foco inflamatório, onde ocorre a liberação de citocinas que vai estimular a quebra de fosfolipídios da membrana por meio da enzima fosfolipase.

Page 18: Monitiruzação Terapêutica

Dose Ingerida (mg/Kg) Severidade estimada

> 150 Não são esperadas reações tóxicas

150 - 200 Intoxicação leve

200 - 300 Intoxicação moderada

300 - 500 Intoxicação grave

> 500 mg ou 20 a 30 g em adultos

Dose tóxica letal

SALICILATOS – DOSE / CLÍNICA

Page 19: Monitiruzação Terapêutica

SALICILATOS - EFEITOS CLÍNICOS

INTOXICAÇÃO AGUDACrianças de menos de 3 anos são especialmente suscetíveis aos salicilatos e a ingestão moderada requer hospitalização.

INTOXICAÇÃO CRÔNICA (salicilismo) Apresentação clínica inespecífica:

Confusão, desidratação e acidose metabólica podem ser atribuídos a septicemia, pneumonia ou gastrenterite;

Em idosos: febre, desorientação, diminuição da acuidade auditiva, queda, agitação, alucinação, alteração aguda do estado mental, letargia, déficit de memória, incapacidade de cuidar de si próprio.

Edema cerebral e pulmonar são mais comuns na intoxicação aguda

Page 20: Monitiruzação Terapêutica

Dosagem sérica de salicilatos após 6 h da ingestão: Nomograma de DONE;

Gasometria arterial e pH urinário;

Glicemia;

Uréia, creatinina e eletrólitos (Na+, K+, Ca2+, Mg2+ e Cl-);

Hemograma completo com dosagem de plaquetas;

Coagulograma completo.

SALICILATOS - DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Page 21: Monitiruzação Terapêutica

SALICILATOS - TRATAMENTO

MEDIDAS GERAIS DE DESCONTAMINAÇÃO Lavagem gástrica e/ou CA até 1 h da ingestão Ingestão maciça: CA em doses repetidas

TRATAMENTO DE SUPORTE Manter vias aéreas livres e assistência ventilatória Tratar coma, convulsões e hipertermia Tratar acidose metabólica com carbonato de cálcio IV,

mantendo o pH sangüíneo em 7,45 Repor fluidos/eletrólitos c/ cuidado: edema pulmonar Lesões gástricas bloqueadores H2

ANTÍDOTOS: não há antídoto específico

Page 22: Monitiruzação Terapêutica

SALICILATOS - TRATAMENTO DE SUPORTE

Monitorar pressão venosa central e função renal Pacientes hipocalêmicos: suplementação baseada no potássio e

creatinina séricos Acidose pode mascarar hipocalemia Salicemia: indica gravidade e conduta Tetania em geral é devida à hipocalemia Hipoglicorraquia pode ocorrer com glicemia normal Convulsões: sério prognóstico Síndrome de Reye: dosar amônia sérica

Page 23: Monitiruzação Terapêutica

SALICILATOS - REMOÇÃO EXTRACORPÓREA

Alcalinização urinária: tratamento obrigatório!

Hemodiálise é efetiva inclusive na correção de distúrbios do equilíbrio acido - básico e de fluidos

Carvão ativado em doses repetidas reduz a meia-vida plasmática do AAS, mas de forma não tão rápida quanto a hemodiálise

Page 24: Monitiruzação Terapêutica

SALICILATOS – Monitorização terapêutica

Artrite Reumatóide (variação da dose de AAS)

Crianças: 60 a 200 mg/kg.dia

Adultos: 2,4 a 8 g/kg.dia

Devido a está diferença não existe relação entre DOSE ADMINISTRADA x CONCENTRAÇÃO SÉRICA e sim CONCENTRAÇÃO SÉRICA x EFEITO ANTIINFLAMATÓRIO

Faixa terapêutica: 15-30mg%

Faixa tóxica: > 30mg%

Portanto é necessária individualização da dose com base nos valores de salicilemia e resposta clínica

Diferenças interindividuais

Estreita margem de segurança

Page 25: Monitiruzação Terapêutica

SALICILATOS – Método de análise

AMOSTRAGEM Plasma, soro e urina são os mais usados

PROCEDIMENTO ANALÍTICO

Transferir para 3 tubos de centrífuga: 1ml de soro ou plasma (amostra), 1ml do controle (plasma ou soro adicionado de AAS numa concentração de 20mg%, 1ml de branco de soro ou plasma (branco)

Adicionar 5ml de Trinder , agitar e centrifugar (2000rpm/5min)

Transferir o sobrenadante para outros 3 tubos

Ler a absorbância (540nm) do produto colorido contra o branco

Determinar a concentração por meio de curva de calibração

Page 26: Monitiruzação Terapêutica

Na atenção farmacêutica: Uma das formas práticas de monitorização terapêutica

é a revisão das prescrições que mostra ser uma forma eficaz de prevenir erros de medicação.

Outra é a presença do farmacêutico na enfermaria e na visita geral do serviço, pois aumenta a aceitação das alterações terapêuticas propostas.

No caso concreto da monitorização sérica de fármacos é fundamental a relação de confiança para que haja efeitos práticos, ou seja, boa aceitação das propostas efetuadas.

Page 27: Monitiruzação Terapêutica

CONCLUSÃO

A monitoração terapêutica proporciona uma série de benefícios para os pacientes. A resposta terapêutica – dependente das características genéticas do paciente – resulta em maior adesão ao tratamento devido à diminuição dos efeitos tóxicos.

Page 28: Monitiruzação Terapêutica

“Os médicos usam medicamentos que conhecem pouco para tratar doenças que conhecem menos em pessoas que não conhecem nada” (Autor desconhecido)

Page 29: Monitiruzação Terapêutica

Referências SANTOS, S. R. C. J. Monitorização Terapêutica. In: Regina Lúcia de

Moaes Moreau-Maria Elisa Pereira Bastos. (Org.). ´Toxicologia Analítica. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, v. 1, p. 91-99.

WILKINSON, G. R.Farmacocinética. Dinâmica da absorção, da distribuição e da eliminação dos fármacos. In: Goodman & Gilman. As base farmacológicas da terapêutica. 10 ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2005, p.3-23.

OGA, S. Fundamentos de Toxicologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003. 474 p.