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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA
MONITORAMETO DE ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE DE SÃO SIMÃO, RIO PARANAÍBA,
BACIA DO PARANÁ
RELATÓRIO ANUAL OUTUBRO / 2006
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RESPONSABILIDADE TÉCNICA
TECNEVES Ltda.
Profissional responsável:
Eng. Augusto Luis Ruegger Almeida Neves CREA/MG: 53/719/D
EQUIPE DE TRABALHO E APOIO: Bernardo Pereira Moreira – Aluno do curso de Ciências Biológicas (UFV) David Pereira Neves – Médico Veterinário, PhD Juliane Fagundes Fernandes– Aluna do curso de Ciências Biológicas (UFV) Tuane Santos de Oliveira – Aluna do curso de Ciências Biológicas (UFV) Viviana Carla Nunes Duarte – Apoio Administrativo Tiago Leão Pereira – Consultoria externa (Biólogo, M.S. Genética) Jorge Abdala Dergam – Consultoria externa (prof. UFV) REGISTRO CONTRATO CREA – ART N. 50122671 de 22/março/2006 CONTRATO N. 4570009454. – REGISTRADO- MS/AS CEMIG
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2. OBJETIVOS 6 3. ÁREA DE ESTUDOS 7 4. METODOLOGIA 9 4.1 – Amostragem e processamento material coletado 9 4.2 – Análise de diversidade de espécies 10 4.3 – Analise de similaridade e agrupamento 10 4.4 – Analise de captura por unidade de esforço (CPUE) em número e biomassa 11 4.5 – Análise da atividade reprodutiva 12 4.6 – Avaliação da atividade profissional e artesanal de pesca no reservatório 13 5. RESULTADOS 14 5.1 – Composição ictiofaunística 14 5.1.1 – Ocorrência das espécies exóticas 16 5.1.2 – Ocorrência de Espécies Ameaçadas 17 5.2 – Padrão de Distribuição de Espécies 17 5.3– Riqueza e Diversidade 18 5.4 – Análise da Similaridade Ictiofaunística 19 5.5 – Dados biométricos e CPUEs 21 5.5.1 – Analise da captura por unidade de esforço em número e biomassa (CPUE) 23 5.6 – Analise da Atividade Reprodutiva 24 5.7 – Diagnóstico da atividade profissional e artesanal de pesca no reservatório 27 5.7.1– Entrevista com os Pescadores 28
6 – CONCLUSÕES 31
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 31
8 – ANEXOS 34
Anexo 01 – Fotos de espécies coletadas na área de influência da UHE 34 Anexo 02 – Lista das espécies da bacia 35 Anexo 03 - Modelo de questionário aplicado a pescadores ribeirinhos 38
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APRESENTAÇÃO
O presente relatório é parte do contrato celebrado entre a Cemig Geração e Transmissão
S.A., através da Gerência de Ações e Programas Ambientais, e a TECNEVES Ltda. O contrato
foi registrado na MS/AS - Gerência de Aquisição de Serviços sob o nº 4570009454.
O objeto de pesquisa do contrato é o monitoramento da ictiofauna e pesca profissional na
área do reservatório e a jusante da Usina Hidrelétrica de São Simão, seguindo as especificações
do documento nº 11.158-RE-M90-037 – Manuais de operação de Meio ambiente, capítulo 6 –
Monitoramento da Ictiofauna e Cuidados na operação.
1- INTRODUÇÃO
O atual monitoramento visa o atendimento às necessidades de conhecimento técnico e a
formação de um banco de dados sobre a ictiofauna e pesca profissional no rio Paranaíba, a
montante e a jusante da usina de São Simão, bem como o atendimento aos programas e projetos
estabelecidos no Sistema de Gestão Ambiental, conforme especificação técnica
GA/PA_UAT_001/2006.
A partir da década de 1980, a legislação brasileira inseriu a exigência da elaboração de
estudos ambientais como condicionamento para o licenciamento de atividades modificadoras do
meio ambiente, conforme previstas nas Resoluções 001/86, 011/86 do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (CONAMA).
A legislação federal acima citada, corroborada por instrumentos legais dos Estados,
prevê o monitoramento dos empreendimentos potencialmente impactantes e o licenciamento
ambiental corretivo dos mesmos, ao término do prazo concedido para exploração de bens
públicos, como a água dos rios para geração de energia elétrica (Alves, 2006).
1.1- Ictiofauna do rio Paranaíba: estado do conhecimento
O Rio Paranaíba, com uma área de drenagem de 22.711 km2, é uma das principais bacias
de drenagem de Minas Gerais, formando com o rio Grande a parte alta da Bacia do Paraná, a
segunda maior bacia hidrográfica da América do Sul. Estudos sobre a ictiofauna da bacia são
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relativamente recentes, iniciados no final da década de 1970 e início da década de 1980.
Entretanto, apesar do escasso conhecimento da fauna de peixes (característico para a maioria
das bacias Neotropicais), a bacia do Rio Paranaíba é a segunda maior em riqueza de espécies no
estado, apesar da baixa taxa de endemismo (Godinho e Vieira; in Costa et al., 1998). Ainda
segundo Godinho e Vieira (1998) esta bacia apresenta cerca de 112 espécies de peixes, sendo as
porções dos rios Quebra Anzol, Araguari, Tijuco e alto Paranaíba indicadas como de extrema
importância biológica para conservação da ictiofauna no estado de Minas Gerais, consideradas
como áreas de recrutamento para espécies migratórias e ocorrência de espécies diádromas, e
agrupadas como “remanescentes lóticos do rio Paranaíba”. Entretanto, o intenso processo de
represamento na região tem modificado a estrutura da paisagem e criado potenciais riscos á
ictiofauna, e segundo Drumond et al. (2005). a área do baixo rio Araguari já não figura entre as
áreas prioritárias para conservação, tendo em vista a transformação do trecho pela instalação das
usinas de Capim Branco I e II.
Com a necessidade de estudos de levantamento da ictiofauna ligados aos processos de
licenciamento de grandes empreendimentos e a necessidade de Planos Diretores para as bacias
hidrográficas brasileiras, um maior volume de informações tem sido gerado sobre esta
comunidade de peixes.
Godinho et al. (1991), em estudo sobre a eficiência de mecanismo de transposição para
peixes no rio Tijuco, afluente da margem esquerda do Paranaíba, em Minas Gerais,
apresentaram uma lista com 41 espécies. No mesmo ano, Bazzoli et al. (1991) apresentaram
uma lista para o trecho superior do rio Paranaíba, onde estava projetada a UHE Bocaina (a
montante da atual Emborcação), e em 1997 a Cemig realizou levantamento no trecho do
reservatório a jusante da UHE Emborcação (Alves e Santos, 1997). Em 1999 foi concluído o
Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paranaíba (PDBHRP), a cargo da
Universidade Federal de Viçosa (UFV) (Dergam et al., 1999) e, no mesmo ano em estudo dos
reservatórios de Furnas, Santos (1999) apresenta dados inéditos da área da UHE Itumbiara. Três
anos depois, Vono (2002) conclui amplo levantamento de dados do rio Paranaíba, no estado de
Minas Gerais e em 2005 Alves procedeu um levantamento em áreas de influência das UHE São
Simão e Emborcação, como parte de um projeto de monitoramento da influência destes
reservatórios sobre a ictiofauna local. Os trabalhos acima citados são de especial importância
pois abrangem áreas proximamente relacionadas ao presente estudo, além de servirem como
base para determinação de pontos amostrais deste.
O presente trabalho teve como objetivo dar continuidade ao processo de monitoramento
da ictiofauna sob influência dos processos de represamento na UHE São Simão.
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2- OBJETIVOS
O trabalho desenvolvido teve por objetivos:
• Determinar a ocorrência e distribuição das espécies de peixes na área de influência da
UHE São Simão, através de amostragens quantitativas e qualitativas;
• Caracterizar a riqueza e a diversidade de espécies nas estações de coleta;
• Determinar a similaridade da composição da fauna presente nas estações de coleta, com
base na presença e ausência de espécies;
• Analisar a abundância das espécies através da Captura por Unidade de Esforço (CPUE)
• Analisar parâmetros da atividade reprodutiva de espécies selecionadas
• Monitorar a pesca profissional na área de estudo.
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3- ÁREA DE ESTUDO
A UHE São Simão situada no município de São Simão (GO), dista cerca de 280
quilômetros de Uberlândia, com reservatório abrangendo os municípios de Bom Jesus de Goiás,
Cachoeira Dourada, Gouvelândia, Inaciolândia, Paranaiguara e Quirinópolis (GO) e Cachoeira
Dourada, Capinópolis, Gurinhatã, Ipiaçu, Ituiutaba e Santa Vitória (MG).
A pesca experimental foi realizada em 4 pontos na área de influência da UHE São
Simão, assim distribuídos:
• SSI-01 – No rio Paranaíba, no terço final do reservatório, representando o trecho de
montante, próximo à barragem de Cachoeira Dourada, no município de mesmo nome.
Coordenadas: 18º28’38’’S e 49º30’16’’W; altitude aproximada: 399,8 m (Figura 1);
• SSI-02 – No corpo do reservatório, em seu terço médio, no braço formado pelo rio
Tijuco, próximo à travessia de balsa entre os municípios de Ipiaçu e Santa Vitória.
Coordenadas: 18º46’44’’S e 49º58’57’’W; altitude aproximada: 395,4 m (Figura 2);
• SSI-03 – No corpo do reservatório próximo à barragem, no município de São Simão.
Coordenadas: 19º00’59’’S e 50º29’01’’W; altitude aproximada: 395,5 m (Figuras 3a e
3b);
• SSI-04 – No rio Paranaíba, imediatamente a jusante da barragem, no município de São
Simão. Coordenadas: 19º01’09’’S e 50º29’49’’W; altitude aproximada: 320,2 m
(Figuras 4a e 4b).
Os pontos amostrais foram determinados a partir de relatórios anteriores (ver Alves,
2006) para permitir resultados comparativos quanto a riqueza e diversidade das espécies de
peixes. Pequenos desvios nas coordenadas devem-se às condições de seca da barragem (na
época da coleta o reservatório apresentava apenas 40% de suas capacidade) resultando em que
pontos amostrados anteriormente estivessem fora da lâmina d’água no período da presente
coleta.
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Figura 1 – ponto SSI – 01. Figura 2 – ponto SSI – 02.
Figura 3 – ponto SSI - 01, trecho de montante, próximo a cachoeira Dourada.
Figura 4 – ponto SSI – 04, a jusante da UHE São Simão.
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4- METODOLOGIA
A coleta descrita neste relatório foi realizada no período de 25 a 27 de setembro de 2006.
Foram amostrados 2 pontos em cada dia totalizando os 4 pontos determinados pela CEMIG.
4.1– Amostragens e processamento do material coletado
Na coleta de campo utilizou-se redes de espera com malhas variando de 2 a 16 cm,
medidos entre nós opostos, com 30 m de comprimento e altura aproximadamente de 1,30 m
para as amostragens quantitativas. As redes foram amarradas a tarde e retiradas na manhã
seguinte, permanecendo opostas na coluna d’água por aproximadamente 14 horas. O esforço de
pesca empregado é apresentado na tabela 1. Foram colocadas 12 redes por ponto, totalizando
um esforço de pesca de 1872 m². Todos os exemplares coletados foram separados por ponto de
coleta e tamanho de malha, etiquetados e fixados em formalina a 10%. Os peixes coletados
foram fotografados em campo, para caracterização das espécies com sua coloração natural. No
anexo 1 serão apresentadas fotografias das espécies mencionadas no texto e registradas em
campo.
Tabela 1 - Esforço de pesca empregado no rio Paranaíba, na área de influência da UHE São Simão, em setembro/2006 (em m²).
Locais de Amostragem Malha (cm) SSI-01 SSI-02 SSI-03 SSI-04
Total
2 78 78 78 78 312
3 78 78 78 78 312
4 39 39 39 39 156
5 39 39 39 39 156
6 39 39 39 39 156
7 39 39 39 39 156
10 39 39 39 39 156
12 39 39 39 39 156
14 39 39 39 39 156
16 39 39 39 39 156
Total 468 468 468 468 1872
Para as coletas qualitativas, cujos objetivos são o de complementar o levantamento
através da captura de espécies de pequeno porte e de capturar jovens de espécies maiores
(comprovação de recrutamento), utilizou-se redes de arrasto de tela mosqueteira (2 mm) nas
margens rasas dos reservatórios, peneiras e tarrafas. As tarrafas foram utilizadas nas margens da
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represa e as peneiras junto à vegetação das margens do rio ou macrófitas flutuantes dos
reservatórios.
Todos os peixes coletados foram levados para laboratório para determinação
taxonômica. Estes foram contados, pesados e medidos, e posteriormente transferidos para álcool
70º GL. Todo o material coletado será mantido no Museu João Moojen de Oliveira da
Universidade Federal de Viçosa.
A lista das espécies está atualizada de acordo com Reis et al (2003): Checklist of the
Frewshwater Fishes of South and Central América. A identificação foi realizada de acordo com
a bibliografia disponível, tendo sido consultados os seguintes trabalhos científicos: Britski
(1970), Britski et al. (1988), Britski et al.(1999), Burgess (1989), Castro (1990), Garavello
(1979), Garutti & Britski (2000), Gosline (1947), Gosse (1975), Kullander (1983), Pavanelli
(1999) e página da internet http://www.fishbase.org/search.cfm.
4.2– Análise da diversidade de espécies
Para o cálculo da diversidade de espécies foram empregados os dados quantitativos
obtidos através das capturas com redes de emalhar, levando-se em conta a riqueza absoluta de
espécies e suas abundâncias relativas. Para tal, utilizou-se o índice de diversidade de Shannon-
Weaver (ver Magurran, 2004), descrito pela equação:
S = número total de espécies na amostra;
pi = proporção do número de indivíduos da espécie i na amostra.
4.3 – Análise de similaridade e agrupamento
Para o cálculo da similaridade entre os pontos de amostragem, foi feita uma análise de
agrupamento para uma matriz binária de dados baseada na presença e ausência das espécies,
distribuídas através dos pontos amostrados. A matriz de dissimilaridade entre os pontos foi
calculada como o complemento ao índice de similaridade de Jaccard (1-Sii`). O coeficiente de
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Jaccard reconhece como similaridade apenas a presença compartilhada de espécies, ao contrário
da distância euclidiana que consideraria também a ausência da espécie. A matriz de
dissimilaridade, então, apresenta um índice que compara cada par de pontos amostrados, sendo
utilizada para montagem do dendrograma. Para o agrupamento utilizou-se o método do vizinho
mais distante (ligação completa).
O índice de Jaccard apresenta três medidas, sendo: a, número de espécies compartilhadas
entre dois pontos a serem comparados; b, número de espécies ocorrentes no primeiro e ausentes
no segundo ponto comparado; c, número de espécies ocorrentes no segundo e ausentes no
primeiro ponto da comparação (Magurran, 2004).
Sii` = a/ a + b + c
O Índice de Similaridade de Sorensen foi utilizado para comparação, ponto a ponto,
entre o atual trabalho e os dados obtidos por Alves (2006):
IS = 2j/ (a + b)
Onde:
IS = índice de similaridade
J = número de espécies em comum
a + b = número de espécies em dois pontos
4.4– Análise de captura por unidade de Esforço (CPUE) em número e biomassa
Os dados quantitativos da ictiofauna foram analisados através da Captura por Unidade
de Esforço (CPUE), em número e biomassa, com base nos dados obtidos através das redes de
espera. São apresentadas comparações entre os valores das CPUE’s em número e biomassa e de
diversidade das espécies por locais. Os dados foram comparados com a campanha realizada por
Alves (2006).
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O cálculo da CPUE foi estimado usando as seguintes equações.
Onde:
CPUE(n) = captura em número por unidade de esforço;
CPUE(b) = captura em biomassa (peso corporal) por unidade de esforço;
Nm = número de peixes total capturado na malha m;
Bm = biomassa total capturada na malha m;
EPm = esforço de pesca, que representa a área em m² das redes de malha m;
m = tamanho da malha (2, 3, 4, 5, 6, 7, 10, 12, 14 e 16 cm).
4.5 - Avaliação da atividade Reprodutiva
Para a avaliação da idade reprodutiva, os peixes foram submetidos à incisão ventral para
determinação do sexo e do diagnóstico macroscópico de maturação gonodal. Esta análise
baseou-se principalmente no volume relativo da gônada na cavidade abdominal, integridade da
rede sanguínea (machos e fêmeas), presença e tamanho dos diversos tipos de ovócitos (ovócitos
I, II e III) e integridade das lamelas ovarianas (fêmeas). Foram considerados os seguintes
estágios de maturação, seguindo as características propostas por Vono et al. (2002).
1) Repouso – 1: ovários delgados e íntegros, translúcidos, sem ovócitos visíveis a olho
nu; testículos delgados e íntegros, predominantemente hialinos.
2) Maturação Intermediária – 2: ovários com maior aumento de volume, grande número
de ovócitos evidentes, porém ainda com áreas a serem preenchidas, testículos com maior
aumento de volume, leitosos.
3) Maturação avançada – 3: ovários com aumento máximo de volume, ovócitos
vitelogênicos distribuídos uniformemente, testículos também com aumentos máximos de
volume, túrgidos, leitosos.
4) Esgotado (desovado ou espermiado) – 4: ovários flácidos e sanguinolentos, com
número de ovócitos vitelogênicos remanescentes: testículos flácidos e sanguinolentos.
100 x )/( )(16
3EPmNmnCPUE
m=Σ=
100 x )/( )(16
3EPmBmbCPUE
m=Σ=
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4.6 Avaliação da existência de pesca artesanal e profissional no reservatório
Foram realizadas inspeções no reservatório e em seu entorno, visando a identificação de
atividade de pesca profissional como a presença de embarcações, concentração de pescadores e
locais de comercialização de pescados. Obtiveram-se ainda informações sobre esta atividade
junto ao Destacamento da Policia Ambiental do município de Grupiara. Além disso, alguns
pescadores artesanais foram entrevistados informalmente para avaliação da pesca de
subsistência amadora no reservatório da UHE de Emborcação e proximidades.
Foram realizadas quatro entrevistas utilizando-se questionários padrões (anexo 3) com
pescadores profissionais e quatro com pescadores amadores. As informações foram prestadas de
maneira espontânea sem nenhuma interferência de quem estava aplicando o questionário. Para
caracterização da pesca comercial, exercida por pescadores profissionais, cujo objetivo é obter
dados sobre a pesca nos reservatórios, foram aplicados questionários em colônias de pescadores,
mercados e peixarias que são abastecidos com pescado proveniente do reservatório, além de
obtenção de dados secundários desta atividade junto à pescadores da cidade de São Simão-Go e
Chaveslandia-MG
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5 - RESULTADOS
5.1 - Composição Ictiofaunística
Foram registradas 18 espécies de peixes, distribuídas em 3 ordens e 8 famílias, na
amostragem realizada em setembro de 2006 na área de influência da UHE São Simão (Tabela
2). A baixa amostragem pode ser um reflexo do período de coleta que antecedeu a entrada das
chuvas. Pontos de amostragem, determinados por GPS em relatórios anteriores, tiveram que ser
deslocados devido a esta seca, tendo a equipe que caminhar por vários metros até a lâmina
d’água. Neste período a represa de São Simão apresentava-se com apenas 40% de sua
capacidade.
Um reflexo do período de seca foi a não obtenção de espécimes na coleta qualitativa. No
caso, o baixo volume de água expôs um grande volume de troncos, impedindo um bom
manuseio de tarrafas e redes de arrasto. Além disso, as porções rasas, de acesso para coletas
com peneiras, eram lodosas e sem “ilhas vegetacionais”, dificultando o deslocamento dos
coletores além de não apresentar microhabitats onde se costumam agrupar cardumes de espécies
pequenas e filhotes. Tais condições devem responder a ausência de algumas espécies como
Apareiodon spp. e Characidium spp., comumente encontrados em vegetações de borda, ou
mesmo de espécies maiores como Brycon spp. e Prochilodus spp. que devem se afastar das
bordas eutrofizadas da represa. Em Alves (2006) a amostra qualitativa revelou várias espécies
não acessadas na coleta quantitativa, como, por exemplo o jeju Erythrinus erythrinus.
Segundo Agostinho & Júlio Jr. (1999) a ictiofauna da porção brasileira da bacia do
Paraná é composta de mais 250 espécies, entretanto os levantamentos de ictiofauna na bacia do
rio Paraná (a qual pertence o rio Paranaíba) são incompletos, assim como nas outras grandes
bacias hidrográficas brasileiras. Os dados compilados no anexo 2 revelam a ocorrência de pelo
menos 129 espécies de peixes para a bacia do rio Paranaíba, número que pode ser considerado
representativo para o que se conhece sobre a fauna de peixes do Paraná Superior, mesmo
considerando que não há informações sobre todos os ambientes e tributários do trecho entre a
nascente e o encontro com o Rio Grande.
O conhecimento da ictiofauna esbarra na amostragem deficitária e na pequena
compreensão das relações taxonômicas entre vários grupos (Vari e Malabarba, 1998), no
entanto, várias espécies continuam sendo descritas, mesmo para a bacia do rio Paranaíba, como
Creagrutus varii em Ribeiro et al. (2004), e o crescente estudo tem resultado em mudanças
taxonômicas sobre grupos antes reconhecidos como de ampla distribuição. Um reflexo disto é
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apresentado em Drummond et al. (2005), com diminuição no número de espécies em cinco das
sete maiores bacias hidrográficas de Minas Gerais. No caso, a própria bacia do Paranaíba, citada
por Godinho e Vieira (1998) como provedora de 112 espécies, teve sua riqueza reduzida à 103,
como um provável reflexo da resolução taxonômica de alguns grupos. Nota-se que o anexo 2
apresenta 129 espécies, incluindo daí algumas espécies exóticas (não nativas da bacia) e outras
que provavelmente se enquadrem neste contexto de imprecisão taxonômica.
Tabela 2 - Lista das espécies coletadas nas amostragens qualitativas e quantitativas na área de influência da UHE São Simão, em setembro de 2006, com respectivos nomes populares.
Ordem / Família / Espécies Nome Popular
Ordem CHARACIFORMES
Família Anostomidae
Leporinus sp. Timburé
Leporinus friderici Piau-três-pintas
Família Characidae
Astyanax altiparanae Lambari
Charax cf. leticiae Lambari-cachorro
Galeocharax knerii Cigarra, Peixe-cadela
Oligosarcus paranensis Peixe-cachorro
Serrasalmus spilopleura Pirambeba
Família Cynodontidae
Raphiodon vulpinus Cachorra
Família Erythrinidae
Hoplias malabaricus Traíra
Ordem SILURIFORMES
Família Pimelodidae
Pimelodus maculatus Mandi amarelo, mandi chorão
Pimelodus fur Mandi-prata
Pirinampus pirinampu Barbado
Família Loricariidae
Hypostomus spp Cascudo
Megalancistrus parananus Cascudo-abacaxi
Ordem PERCIFORMES
Família Cichlidae
Cichla sp* Tucunaré
Geophagus surinamensis* Acará, cará
Satanoperca pappaterra* Zoiúdo
Família Sciaenidae
Plagioscion squamosissimus* Curvina
* = Espécies consideradas exóticas à bacia do rio Paranaíba
Para não incorrer em erros de nomenclatura, aplicou-se uma padronização dos dados
obtidos na literatura, tendo em vista atualizações sistemáticas e espécies identificadas
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precariamente ao nível de gênero: Astyanax bimaculatus = Astyanax altiparanae; Cichla
ocellaris e Cichla monoculus = Cichla sp.; Satanoperca jurupari = Satanoperca pappaterra;
Geophagus sp. = Geophagus surinamensis. Divergências moleculares e citogenéticas sugerem,
também, a existência de vários grupos reconhecidos popularmente como traíras (Bertollo et al.,
2000; Pereira, 2005), no entanto, para o presente trabalho estas ainda são reconhecidas como
único táxon Hoplias malabaricus para o continente.
5.1.1 - Ocorrência de espécies exóticas
Foram encontradas 4 espécies dadas como exóticas na bacia do rio Paranaíba: o tucunaré
(Cichla sp.), o acará (Geophagus surinamensis), o zoiúdo (Satanoperca pappaterra) e a corvina
(Plagioscion squamosissimus). A ausência do apaiari (Astronotus ocellatus) e do pacu
(Metynnis maculatus) podem ser um indício de que estes exóticos, coletados no último relatório
de acompanhamento da ictiofauna na UHE São Simão (Alves, 2006), não estejam bem
estabelecidos. De fato, esse deve ser o caso de A. ocellatus, registrado para bacia unicamente no
relatório supracitado (anexo 2), entretanto a não amostragem de M. maculatus deve estar
correlacionado, na verdade, ao período de estiagem e/ ou eventos estocásticos, o que também
responde pela ausência de muitas espécies nativas no presente estudo.
A incidência de espécies exóticas em represamentos artificiais é comum, chegando a ser
uma “doença crônica” que ameaça a biodiversidade aquática neotropical. Estes eventos de
introdução são muitas vezes motivados pela ilusão de ganho comercial, pesca desportiva,
acidentalmente ou até mesmo pela falsa idéia de “contribuir com a biodiversidade e com a
beleza natural”, introduzindo espécies de interesse para aquarismo como o apaiari (A. ocellatus).
Entretanto, quando estabelecidas, estas espécies são muitas vezes danosas aos peixes nativos,
atuando como predadoras e competidoras e levando muitas vezes a extinção de várias espécies
locais (Godinho e Formagio, 1992; Latini e Petrere., 2003).
A presença constante de Cichla sp. e G. surinamensis nos últimos inventários feitos na
bacia, sugerem que tais espécies estejam bem estabelecidas, e seu evento introdutório deve ter
sido motivado por algum dos eventos acima relatados. Já S. pappaterra e P. squamosissimus,
além de bem estabelecidas, devem configurar numa outra classe de introdução: a dispersão
natural de espécies historicamente limitadas por obstáculos naturais (como cachoeiras) que
deixaram de existir no processo de represamento.
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5.1.2 - Ocorrência de Espécies Ameaçadas
Das 18 espécies registradas, nenhuma está ameaçada de extinção, com base na Lista
Nacional das Espécies de Invertebrados Aquáticos e Peixes Ameaçados de Extinção (MMA,
2004), Lista Oficial da Fauna Ameaçada de Extinção de Minas Gerais (Lins et al., 1997) e Livro
Vermelho das Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna de Minas Gerais (Machado et al.,
1998).
Essas listas mencionam algumas espécies cuja ocorrência é possível na bacia do rio
Paranaíba, como a pirapitinga Brycon natterei, piracanjuba Brycon orbignyanus, pacu-prata
Myleus tiete, surubim Steindachneridion scripta, Stemarchorhynchus britski, Crenicichla
jupiaiensis e ainda o jaú Zungaro jahu, sendo Brycon orbignyanus presente em Alves (2006).
Como já fora relatado, a ausência de algumas espécies pode dever-se a fatores como a estação
de coleta ou a eventos estocásticos, mas uma atenção especial deve ser dada para espécies que
necessitam se deslocar rio acima no processo reprodutivo, podendo ter sua fase de reprodução
comprometida pelo processo de barramento. Dentre estas espécies destaca-se alguns Brycon que
devem ser considerados como de grande importância em programas de manejos para a
ictiofauna da bacia.
5.2 – Padrão de distribuição das espécies
A distribuição das espécies coletadas nos 4 pontos de amostragem é apresentada na
tabela 3.
Os pontos com maior número de registro foram SSI-04, representativo do trecho lótico
da jusante da UHE São Simão, e SSI-02, localizado na porção média do reservatório. O ponto
do reservatório próximo à barragem, SSI-03 apresentou o menor número de espécies, sendo o
ponto mais afetado devido a baixa capacidade da represa.
A única espécie que ocorreu nos quatro pontos foi o acará (Geophagus surinamensis),
sendo este exótico na bacia do rio Paranaíba. Apenas 5 espécies (29%) ocorreram em apenas um
dos locais. É esperado que, com a intensificação das amostragens, os registros aumentem e que
as espécies apresentem uma distribuição mais ampla pelos pontos.
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Tabela 3 - Distribuição e abundância das espécies nos pontos de amostragem na área de influência da UHE São Simão, em setembro de 2005.
Espécie SSI-01 SSI-02 SSI-03 SSI-04
1 Astyanax altiparanae 8 1 5
2 Charax cf. leticiae 3
3 Cichla sp. 5 1 1
4 Galeocharax knerii 3
5 Geophagus surinamensis 5 12 1 3
6 Hoplias malabaricus 4 7
7 Hypostomus spp. 1
8 Leporinus friderici 6 4 4
9 Leporinus sp 1 10 Megalancistrus parananus 1
11 Oligosarcus paranensis 2 1
12 Pimelodus fur 4
13 Pimelodus maculatus 2 2 1
14 Pirinampus pirinampu 1 1
15 Raphiodon vulpinus 1
16 Satanoperca pappaterra 8
17 Plagioscion squamosissimus 7 33 12
18 Serrasalmus spilopleura 2 2
Total de Espécies 9 13 2 11
5.3- Riqueza e diversidade
A figura 5 apresenta os resultados de riqueza e diversidade de espécies de peixes nos
quatro pontos de amostragem. Como as coletas qualitativas não obtiveram resultados, os dados
se referem apenas às coletas quantitativas.
Apesar do maior número de espécies (riqueza), o ponto SS-02 apresentou diversidade
menor (H’= 1,8619) que SS-01 (H’= 2,1270) e SS-04 (H’= 2,0853) devido a alta freqüência de
curvina (Plagioscion squamosissimus), ou seja, baixa equitabilidade, com 33 espécimes entre os
76 coletados no ponto. O índice de diversidade em SS-03 (H’= 0,6365) é um reflexo da baixa
riqueza e pode se aproximar dos demais pontos se amostrado em outros períodos do ano.
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UHE São Simão – Rio Paranaíba (Setembro/2006)
0
2
4
6
8
10
12
14
Riqueza e Diversidade H`
SS-01 SS-02 SS-03 SS-04
Figura 5 - Riqueza (azul) e diversidade (vermelho) verificados nos pontos
amostrais na área de influência da UHE São Simão, em setembro de 2006.
5.4 – Análise da Similaridade Ictiofaunística
A figura 6 apresenta a comparação entre Alves (2006) e o presente trabalho em relação
às composições das espécies dos diferentes pontos de amostragem enquanto a figura 7 apresenta
a comparação entre os pontos de amostragem do presente trabalho.
UHE São Simão – Rio Paranaíba (Setembro/2006)
Índice de Similaridade
0,275
0,5
0,235
0,695
0
0,2
0,4
0,6
0,8
SSI-01 SSI-02 SSI-03 SSI-04
Pontos UHE São Simão
Índice
Figura 6 - Comparação da composição de espécies pelo Índice de Similaridade de
Sorensen por diferentes pontos de amostragem entre o presente trabalho e Alves
(2006) na área de influência da UHE São Simão.
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A pequena similaridade entre as coletas deve-se a baixa amostragem do presente
trabalho, evidenciado pelos pontos com menos espécies. O ponto SS-04, único ponto a jusante
da UHE, foi o que apresentou menos espécies em Alves (2006) (n = 12), enquanto aqui foram
registradas 11 espécies, sendo provavelmente o menos afetado pela baixa da barragem e,
conseqüentemente, o que atingiu maior similaridade.
UHE São Simão – Rio Paranaíba (Setembro/2006)
Figura 7 - Dendrograma de similaridade ictiofaunística entre os pontos de
amostragem na área de influência da UHE São Simão, em setembro de 2006.
Pode-se observar uma dissimilaridade entre SSI – 03 e os demais pontos superior a 0,8,
provavelmente como reflexo da baixa amostragem. Segundo Alves (2006) SSI – 03 e SSI – 04
apresentam as comunidades mais semelhantes entre si, o que é esperado devido a proximidade
geográfica. Entretanto, SSI – 04 é o único ponto a jusante da barragem, podendo apresentar uma
ictiofauna característica, impedida de migrar a montante da UHE devido a falta de mecanismos
de transposição. No presente trabalho as duas espécies de cascudos foram as únicas que
ocorreram somente no ponto SSI – 04, não corroborando a hipótese de barreira para migração.
Aqui, SSI – 01 encontra-se numa posição intermediária, mas, por tratar-se de um trecho
lótico, com condições diferentes daquelas impostas pelo represamento, é plausível apresentar
SSI - 03
SSI - 01
SSI - 04
SSI - 02
1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0
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uma composição diferenciada, como apresentado por Alves (2006). Mais uma vez essa condição
deve ter sido viesada (estatisticamente tendenciosa) pela baixa amostragem em SSI – 03.
Um índice adicional que poderia medir a conectividade entre os pontos amostrados seria
uma análise molecular. Utilizando-se de marcadores moleculares com baixos custos (RAPD,
ISSR) poder-se-ia estimar a similaridade genética de uma espécie entre os pontos de
amostragem. As espécies de Astyanax são sempre abundantes neste tipo de estudo e, para
execução de uma análise genética paralela seria necessário apenas um esforço de pesca extra
(obtenção de cerca de 20 indivíduos por ponto), voltado para esta espécie.
Além do agrupamento entre as populações, um acompanhamento anual da diversidade
genética poderia revelar reflexos de mudanças bióticas e abióticas na área de influência das
UHEs, não perceptíveis apenas nas amostragens por comunidades. Essa filosofia reflete o
conceito de biodiversidade, que pode ser entendida como a variação em níveis de ecossistemas,
diversidade específica e diversidade genética.
5.5 – Dados biométricos e CPUEs
Tabela 4 - Número de indivíduos, amplitudes de comprimento padrão (CP, em centímetros) e peso corporal (PC, em gramas) e biomassa total por espécie capturada na área de influência da UHE São Simão, em setembro de 2006.
Espécies N CP Min
CP Máx PC Min PC Máx
Biomassa Total
Astyanax altiparanae 14 8 9,5 5 10 117,00
Charax cf. leticiae 3 10 13 10 15 38,00
Cichla sp. 7 15 21 27 117 547,00
Galeocharax knerii 3 13 17 60 110 250,00
Geophagus surinamensis 22 7,5 20,5 5 108 958,00
Hoplias malabaricus 11 12 44 30 900 2869,00
Hypostomus spp. 1 10,5 10,5 22 22,00 22,00
Leporinus friderici 14 15 27 50 412 2341,00
Leporinus sp 1 12 12 21 21 21,00
Megalancistrus parananus 1 38 38 1475 1475 1475,00
Oligosarcus paranensis 3 17 18,5 50 130 280,00
Pimelodus fur 4 17 22,5 70 287 569,00
Pimelodus maculatus 5 12 41,5 10 1410 1830,00
Pirinampus pirinampu 2 17,5 38,5 32 850 882,00
Raphiodon vulpinus 1 37 37 273 273 273,00
Satanoperca pappaterra 8 11 16,5 17 121 616,50
Plagioscion squamosissimus 52 11 32 10 575 7307,00
Serrasalmus spilopleura 4 7 10,5 5 30 63,00
Total 156 - - - - 20.458,50
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UHE São Simão – Rio Paranaíba (Setembro/2006)
0
10
20
30
40
50
60
A. altipa
rana
e
C.le
ticiae
Cichla s
p.
G. k
nerii
G. s
urin
amen
sis
H. m
alab
aricus
Hyp
osto
mus
spp
.
L. fr
ider
ici
Lepo
rinus
sp
M. p
aranan
us
O. p
aran
ensis
P. fur
P. mac
ulat
us
P. pirina
mpu
R. v
ulpi
nus
S. pap
pate
rra
P. squ
amos
issim
us
S. spi
lopl
eura
Número de indivíduos
Figura 8 - Número de indivíduos por espécie, na área da UHE São Simão, em setembro de 2006.
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
A. altipa
rana
e
C.letic
iae
Cich
la sp
.
G. kne
rii
G. surinam
ensis
H. m
alab
aricus
Hypostomus sp
p.
L. friderici
Lepo
rinus sp
M. p
aran
anus
O. p
aran
ensis
P. fu
r
P. mac
ulatus
P. pirina
mpu
R. vu
lpinus
S. pap
pater
ra
P. sq
uamosiss
imus
S. sp
ilopleura
Biomassa (em g)
Figura 9 - Biomassa por espécie (g), na área da UHE São Simão, em setembro de 2006.
As espécies mais abundantes em número foram a curvina (Plagioscion squamosissimus)
e o acará (Geophagus surinamensis). Em biomassa, as 3 espécies mais representativas foram a
curvina (Plagioscion squamosissimus), a traíra (Hoplias malabaricus), e o piau-três-pintas
(Leporinus friderici). Os maiores indivíduos foram um cascudo-abacaxi (Megalancistrus
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parananus) e um mandi-amarelo (Pimelodus maculatus). Os dados são apresentados na tabela 4
e figuras 8 e 9.
5.5.1 - Análise de Captura por Unidade de Esforço (CPUE) em número e biomassa:
A análise da Captura por Unidade de Esforço (CPUE) em número e biomassa por local
de amostragem é apresentada nas figuras 10 e 11, respectivamente.
UHE São Simão – Rio Paranaíba (Setembro/2006)
CPUE(n) (ind/100m²)
9,62
16,24
0,64
5,13
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
SSI-01 SSI-02 SSI-03 SSI-04
Pontos UHE São Simão
Valor CPUE(n)
Figura 10 - Captura por Unidade de Esforço (CPUE), em número, por local
de amostragem na área da UHE São Simão, em setembro de 2006.
Na área da UHE São Simão os pontos do reservatório SSI- 01 e SSI 02 foram os que
mais se destacaram na capturas em número, além de também terem expressiva captura em
biomassa. Já no ponto SSI-04, há concentração de espécies de maior porte, destacadamente
piscívoros, ou seja, mesmo com uma relativamente baixa CPUEn o ponto se mostrou
suficientemente alto em produção de biomassa.
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UHE São Simão – Rio Paranaíba (Setembro/2006)
CPUE(b) (kg/100m²)
1,26
1,75
0,355
1,02
0
0,5
1
1,5
2
SSI-01 SSI-02 SSI-03 SSI-04
Pontos UHE São Simão
Valor CPUE(b)
Figura 11 - Captura por Unidade de Esforço (CPUE), em biomassa,
por local de amostragem na área da UHE São Simão, em setembro de
2006.
5.6- Análise da Atividade reprodutiva
Inicialmente, é importante ressaltar que as análises a serem apresentadas refletem as
condições reprodutivas das espécies na época da amostragem setembro é um mês caracterizado
pelo início do período chuvoso e aumento das temperaturas, com mais disponibilidade de
alimentos através do incremento de nutrientes que ocorre nas épocas de cheias, determinante
para o ritmo reprodutivo dos peixes. A duração e a época da desova são afetadas por essa
disponibilidade alimentar, além de fatores bióticos como a predação e a competição inter e
intra-especifica. Em geral, o período reprodutivo é de novembro a fevereiro. Em outubro os
peixes se encontram em processo de maturação gonadal, para que a desova ocorra alguns meses
adiante.
Foram analisadas 94% dos indivíduos capturados nas amostragens quantitativas. Essa
parcela dos exemplares coletados foi diagnosticada quanto a parâmetros reprodutivos. Em
campo, o levantamento foi macroscópico e nos casos duvidosos esse diagnóstico foi confirmado
em laboratório. Escalas disponíveis na literatura (Godinho,1984; Vazzoler, 1996) foram
adaptadas para determinação dos estádios de maturação gonadal (EMG) das espécies de
interesse: as mais freqüentes e aquelas migradoras ou reofílicas, de maior importância para o
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presente estudo. Dessa forma, foram considerados os seguintes estádios: (1) repouso
reprodutivo, (2) maturação inicial, (3) maturação avançada, e (4) desovado/esgotado.
Os indivíduos em estádio de repouso representaram cerca de 54,48% do total, 55,29%
machos e 44,71% fêmeas, e entre eles estão os jovens, exemplares de pequeno porte que ainda
não entraram em processo de maturação. Houve um pequeno aumento desse estádio em relação
ao levantamento anterior, o que pode refletir a época (setembro) de coleta, devido à algumas
espécies ainda não entrarem em seu processo de maturação gonadal. Vale atentar, que alguns
grupos de peixes são extremamente sensíveis a mudanças ambientais, reagindo negativamente
de forma brusca e sendo assim, podem estar passando sob uma forte pressão seletiva. Dentre
eles podemos destacar algumas espécies de caráter econômico como os Brycon natterei,
(piracanjuba), Brycon orbignyanus (pacu-prata), Prochilodus lineatus (curimatá) e o Leporinus
elongatus (piau verdadeiro) no qual nenhuma destas espécies foram amostradas na presente
coleta, mas apresentam o registro de ocorrência para o rio Paranaiba. Dados na literatura
(Lamas, 1993), constatam que estas espécies sofrem com problemas de barramentos e podem
não estar se adaptando as novas condições ambientais impostas, sendo assim, não completando
o seu ciclo reprodutivo, o que pode indicar perda da sua diversidade. Tais resultados não foram
comprovados neste estudo, mas novos estudos mais específicos poderiam ser realizados nesse
sentido.
Vale lembrar que isso não se aplica a todos os grupos, já que em alguns, a migração e a
desova estão associadas a uma época restrita do ano, desovando uma única vez, em uma grande
quantidade de ovos, que eclodem rapidamente e não são assistidos pelos pais.
No outro oposto, verificou-se que cerca de 45% dos espécimes capturados (dos quais
36,6% são machos e 63,4% são fêmeas) apresentaram-se nos estádios de maturação
intermediária e avançada. Isto pode se dever, ao fato de que as condições e pressões ambientais
impostas, até agora, não influenciaram severamente no período reprodutivo de alguns grupos,
sendo diferenciados pela sua capacidade de resistir a mudanças ambientais. Em se tratando
especificamente do estádio 4 esgotado podemos inferir que algumas espécies têm vários ciclos
reprodutivos durante grande parte do ano (reprodução múltipla) o que poderia indicar que
alguns indivíduos estariam então no final de um dos seus ciclos.
Em geral, vale ressaltar, que o período reprodutivo é de novembro a fevereiro o que pode
está refletindo a alta incidência do estagio de repouso já que a maturidade reprodutiva poderia
ser iniciada no mês seguinte (outubro).
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As figuras 12 e 13 representam a freqüência dos Estádios de Maturação Gonadal (EMG)
em machos e fêmeas, respectivamente, das espécies de peixes registradas na área de influência
da UHE São Simão.
UHE São Simão – Rio Paranaíba (Setembro/2006)
Atividade Reprodutiva (Machos)
64,38
27,39
8,36
0
0
10
20
30
40
50
60
70
1 2 3 4
Estádios de Maturação Gonadal
Frequência (%)
Figura 12 - Freqüência relativa dos Estádios de Maturação Gonadal, das
espécies (machos) capturadas na área de influência da UHE São Simão, em
setembro de 2006.
UHE São Simão – Rio Paranaíba (Setembro/2006)
Atividade Reprodutiva (Fêmeas)
45,79
31,33
19,28
3,6
0
10
20
30
40
50
1 2 3 4
Estádios de Maturação Gonadal
Frequência (%)
Figura 13 - Freqüência relativa dos Estádios de Maturação Gonadal, das
espécies (fêmeas) capturadas na área de influência da UHE São Simão, em
setembro de 2006.
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5.7 – Diagnóstico da atividade profissional e artesanal de pesca no reservatório
Os dados apresentados nesse item foram coletados através de entrevistas com pescadores
profissionais ao longo do Rio Paranaíba, nas áreas de influência da usina de São Simão e
complementados por relatório do Instituto Estadual de Florestas (IEF, 2003). A pesca é uma
atividade típica da região estudada. Tanto a pesca esportiva quanto a comercial são atividades
disseminadas por toda a bacia e alguns afluentes principais. Sinais de declínio da pesca podem
ser observados pela queda do numero de pescadores, segundo entrevistas, e pelo maior controle
e fiscalização por parte dos órgãos responsáveis (IEF, IBAMA e Polícia Ambiental). Também é
de conhecimento geral que o estado de Goiás possui um aparato mais rígido nesse quesito.
Espécies de maior porte, geralmente migradoras, e as que ocorrem em maior abundância são
aquelas que apresentam maior importância comercial.
Outra informação relevante se refere à pesca esportiva. Essa atividade foi incrementada
após a introdução e estabelecimento do tucunaré (Cichla sp.), principalmente na área de São
Simão. O tucunaré foi uma das espécies mais introduzidas nas usinas hidrelétricas brasileiras
tanto para pesca de caráter econômico já que este possui um valor comercial relevante, como
para repovoamento de estoques pesqueiros. Esta espécie introduzida é ictiófaga, proveniente da
bacia do rio Amazonas e vem causando o declínio de espécies nativas, predando-as ou
competindo com outras de mesmo habito alimentar (Latini e Petrere., 2003). Os dados da pesca
profissional atestam esse fato.
Essa situação também se repete na área de outros reservatórios da bacia do rio Paranaíba,
caso do Itumbiara. Na região estão localizadas duas colônias de pesca: Cachoeira Dourada -
GO (Z-07) e Chaveslândia – MG (Z-08). Segundo o IEF, a primeira possui 403 pescadores e a
segunda 600 pescadores cadastrados. O levantamento do IEF aponta ainda dados quantitativos
de desembarque pesqueiro no ano de 2003 na região do rio Paranaíba, por espécie e município
(Tabela 5). As espécies mais importantes são o mandi, curimba, traíra, piau, cascudos (acaris),
barbado e tucunaré. As quatro primeiras são nativas da bacia. O barbado, cuja colonização na
região parece ser recente, apesar de ocorrer naturalmente em trechos do baixo Paranaíba e no rio
Paraná, e o tucunaré que é uma espécie exótica (proveniente da bacia amazônica) merecem
destaque. Os peixes de maior valor comercial, surubim (pintado) e dourado, possuem pouca
relevância no total desembarcado. Pescadores mais antigos relatam que eram mais abundantes
no passado, Alves (2006).
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Tabela 5 - Desembarque pesqueiro, por espécie e município, na região do rio Paranaíba (em kg), no ano de 2003.
Espécie Cachoeira Dourada
Ipiaçú Santa Vitória Grupiara TOTAL
Mandi 28.800 5.520 123.420 154.740 Curimatá 40.800 10.100 69.428 30.210 150.538 Traíra 800 250 89.140 7.000 97.190 Piau 11.000 6.200 64.457 81.657 Acari 1.080 300 72.857 74.237 Barbado 15.440 5.000
32.550 52.990
Tucunaré 41.142 5.250 46.392 Surubim 3.200 1.100 9.428 18.678 Corvina 2.340 1.600 8.297 395 12.237 Jaú 1.800 280 3.428 2.560 50903 Pacu-caranha 2.000 750 3.650 5.310 Piranha 2.034 3.650 Dourado 1.200 2.034 Tambaqui 1.150 1.200 Piracanjuba 1.150
104.260 31.100 514.147 58.399 707.906 5.7.1 - Entrevista com os Pescadores
Foram entrevistados alguns pescadores profissionais na Colônia de Pescadores de
Chaveslândia como Kelven Aparecido de Almeida e José Ferreira de Oliveira. Todos vivem da
pesca, e também usam esse pescado como complemento alimentar. A pesca é realizada
diariamente, e é praticada com petrechos como vara de bambu, vara com molinete, espinhel,
linhada de mão, rede de emalhar (8-24 cm) e tarrafa. As iscas utilizadas são minhoca, carne,
milho, peixe, massinha, fígado e iscas artificiais. Os locais do rio Paranaíba de maior
preferência variam de acordo com a época do ano. Na época de seca, por exemplo, a represa de
São Simão é o local preferido.
Segundo os pescadores, os peixes têm diminuído muito nos últimos anos, com
desaparecimento de algumas espécies como dourado, pintado, juripoca e o surubim. Essa
situação leva os pescadores a se deslocarem o dia todo com os barcos e não pescarem nada, ou
somente um peixe. Por outro lado, algumas espécies que antes não eram comuns nessa região,
apareceram nos últimos anos, tais como tilápia, cará, tucunaré, curvina, piranha, cachara e
barbado.
Algumas sugestões foram dadas para a melhoria da pesca e proteção do rio Paranaíba,
como proibição da pesca na época reprodutiva e construção de escadas em usinas, para que os
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peixes possam subir na época da piracema. Porém, segundo os pescadores, não basta proibir a
pesca durante a piracema se eles não receberem nenhum incentivo, pois se essa prática é
realizada para a sua subsistência, eles não terão renda durante tal período.
A implementação de um programa de criação de espécies nativas de interesse comercial
pode ser uma consideração para melhoria nas condições de subsistências para comunidades
ribeirinhas. Uma sugestão é a criação de lambaris, já que são encontrados em grandes
quantidades. Estes servem tanto como iscas para predadores, alimentos para mesas de bar
(petiscos) e possui facilidade para cultivo. Reproduzem-se com facilidade, se adaptam bem as
condições adversas e não são precisos muitos cuidados para produzir lambaris de qualidade.
Não é preciso de tanques grandes, desde que sejam afunilados e redondos para movimentação e
oxigenação da água. Sabemos que a criação desses peixes está relacionada às condições de
temperatura e águas boas circulantes e quentes. Estes se alimentam de uma a vasta variedade de
alimentos ajudando na diminuição do custo.
Sabemos que só com a conscientização e apoio das comunidades locais pode-se chegar a
resultados mais positivos e encorajadores para a recuperação não só das espécies importantes
comercialmente como também das espécies nativas, um patrimônio que será vital pra futuras
gerações.
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6 - CONCLUSÕES
Este trabalho junto com os anteriores vem permitindo levantar o conhecimento acerca da
ictiofauna sob a influência da UHE São Simão. Aqui, foram registradas apenas 18 espécies,
cerca de 14 % do total conhecido para toda a bacia do rio Paranaíba, o que parece ser reflexo do
baixo nível da barragem, apenas 40 % de sua capacidade, que prejudicou a obtenção de
espécimes na coleta qualitativa. O ponto próximo à barragem foi o mais afetado pelo baixo nível
da represa, com apenas duas espécies amostradas e baixa similaridade com a coleta do ano
anterior. O ponto SSI – 02, no terço médio do reservatório, foi o que apresentou maior número
de espécies, mas não foi o trecho de maior diversidade, devido a um desproporcional número de
Plagioscion squamosissimus. Esforços de amostragem em outras estações do ano e em outros
tipos de ambientes, como lagoas marginais e afluentes, podem trazer mais informações
biológicas, ampliar a lista atual e minimizar erros de sazonalidade da coleta.
O presente trabalho é bastante relevante, podendo encorajar e estimular projetos de
pesquisa futuros como, por exemplo, estratégias de manejo e medidas de adoção para a
conservação e uso do recurso pesqueiro, tendo também como vista certos conhecimentos sobre
as variáveis ecológicas, fisiológicas e comportamentais importantes para definir como uma
população sobrevive e se reproduz. Pesquisas futuras com outras ferramentas poderão ser
realizadas em parceria com universidades, dentre elas o estudo sobre a genética de populações
de peixes, que pode fornecer uma melhor elucidação sobre a estruturação de populações
selvagens ou cultivadas para se saber sua origem e características peculiares tais com sucesso
reprodutivo, taxa de divergências genéticas entre populações, migração seleção natural e seus
eventos históricos.
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7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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8- ANEXOS Anexo 1 – Fotos de peixes amostrados na área de influência da UHE São Simão
Figura 14 – Geophagus surinamensis Figura 15 – Satonoperca pappaterra
Figura 16 - Leporinus friderici Figura 17- Charax cf. leticiae
Figura 18- Pimelodus fur Figura 19 – Cichla sp.; Astyanax altiparanae;
e Serrasalmus spilopleura
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Anexo 2 - Lista atualizada das espécies de peixes do rio Paranaíba, com base nos dados atuais da literatura disponível
Espécie Godinho
et al., 1991
Bazzoli et al., 1991
Alves & Santos,
1997
Dergam et al., 1999
Calha
Dergam et al., 1999
Total
Santos, 1999
Vono, 2002
Alves, C.B.M, 2005
Neves 2006
1 Acestrorhyncus lacustris X X X X X X
2 Ageneiosus valenciennesi X X X
3 Apareiodon affinis X X X X
4 Apareiodon ibitiensis X X
5 Apareiodon piracicabae X X X X X
6 Aphyocarax cf. anisitsi X X X
7 Apteronotus brasiliensis X X X
8 Astronotus ocellatus
9 Astyanax altiparanae X X X X X X X X X
10 Astyanax eigenmaniorum X
11 Astyanax fasciatus X X X X X X X X X
12 Astyanax scabripinnis X X
13 Astyanax schubartii X
14 Astyanax sp. X
15 Brycon nattereri X X
16 Brycon orbignyanus X X X
17 Bryconamericus stramineus X X X
18 Cetopsorhamdia iheringi X
19 Characidium aff. Zebra X X
20 Characidium fasciatum X X
21 Characidium sp. X
22 Charax cf. leticiae X X
23 Cichla sp. X X X X X X X
24 Cichlasoma facetum X
25 Cichlasoma paranaense X X X
26 Corydoras sp. X
27 Crenicichla haroldoi X X
28 Crenicichla jaguarensis X
29 Crenicichla sp. X
30 Ctenopharyngodno idella X
31 Cyphocharax gillii X
32 Cyphocharax modestus X X X
33 Cyphocarax nagelii X X X X
34 Cyprinus carpio X
35 Eigenmannia virescens X X X X
36 Erythrinus erythrinus
37 Galeocharax knerii X X X X X X X X
38 Geophagus brasiliensis X X
39 Geophagus surinamensis X X X X X
40 Gymnotus carapo X X X X
41 Hemigrammus marginatus X X X
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42 Hemisorubim platyrhynchos X X
43 Heptapterus sp. 1 X
44 Heptapterus sp. 2 X
45 Hoplerithryinus unitaeniatus X X
46 Hoplias lacerdae X X X X X X
47 Hoplias malabaricus X X X X X X X X X
48 Hoplosternum littorale X X X X
49 Hyphessobrycon eques X
50 Hyphessobrycon sp. X
51 Hypostomus albopuctatus X
52 Hypostomus ancistroides X
53 Hypostomus cf. margaritifer X
54 Hypostomus cf. strigaticeps X
55 Hypostomus variipidus X
56 Hypostomus ssp. X X X X X X X X X
57 Iheringichthys labrosus X X X X X X
58 Leporellus vittatus X X X X X
59 Leporinus amblyrhynchus X X X
60 Leporinus elongatus X X X X X X X
61 Leporinus friderici X X X X X X X X X
62 Leporinus lacustris X X X
63 Leporinus macrocephalus X
64 Leporinus microphthalmus X
65 Leporinus obtusidens X
66 Leporinus octofasciatus X X X X X X X X
67 Leporinus paranensis X
68 Leporinus sp. X X X X X X
69 Leporinus striatus X X
70 Liposarcus cf. anisitsi
71 Loricaria cf.carinata X
72 Loricariichthys sp. X
73 Megalancistrus parananus X X X X X X
74 Megalonema platanus X
75 Metynnis maculatus X X X X X
76 Microlepidogaster sp. X
77 Micropterus salmoides X
78 Moenkhausia intermedia X X X X X
79 Myleus tiete X X X X X
80 Nannorhamdia schubarti X
81 Neoplecostomus paranensis X X
82 Odontostilbe microcephala X X X
83 Oligosarcus paranensis X X
84 Oligosarcus pintoi X
85 Oreochromis sp. X
86 Parauchenipterus galeatus X
87 Paradon tortuosus X X X
88 Phalloceros caudimaculatus X
89 Piabina argentea X X X
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90 Piaractus mesopotamicus X
91 Pimelodella sp. X X X X X
92 Pimelodus cf.blochii X
93 Pimelodus fur X X X X X X X X
94 Pimelodus maculatus X X X X X X X X X
95 Pimelodus paranaensis X X X X
96 Pirinampus pirinampu X X X X
97 Plagioscion squamosissimus X X X X
98 Planaltina myersi X
99 Poecillia reticulata X
100 Prochilodus lineatus X X X X X X X X
101 Pseudauchenipterus nodosus X
102 Pseudocetopsis gobioides X
103 Pseudopimelodus mangurus X X X X
104 Pseudoplatystoma corruscans X X X X X
105 Rhamdia quelen X X X X X
106 Rhaphiodon vulpinus X X X X
107 Rhinodoras dorbignyi X X X X X X X
108 Rineloricaria latirostris X X
109 Salminus hilarii X X X X X X X X
110 Salminus maxillosus X X X X
111 Satanoperca pappaterra X X X X X X
112 Schizodon altoparanae X
113 Schizodon borellii X X X
114 Schizodon nasutus X X X X X X X X X
115 Serrapinnus heterodon X X
116 Serrapinnus notomelas X X X
117 Serrasalmus spilopleura X X X X X X X X
118 Steindachneridion scripta X
119 Steindachnerina corumbae X
120 Steindachnerina insculpta X X X X X
121 Sternopygus macrurus X
122 Synbranchus marmotatus X
123 Tatia aulopygia X
124 Tatia neivai X
125 Tilapia rendalli X X X X
126 Trichomycterus sp.1 X
127 Trichomycterus sp.2 X
128 Triportheus cf. angulatus X
129 Zungaro jahu X X
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Anexo 3 – Modelo de questionário aplicado a pescadores ribeirinhos ao reservatório UHE São Simão.
1. Estação:
Entrevistado:
2. Sexo e idade:
2.1 Feminino adulto ( )
2.2 Masculino adulto ( )
2.3 Feminino jovem ( )
2.4 Masculino jovem ( )
3. Condição social, renda:
3.1 Desempregado ( )
3.2 Menos de 1 salário mínimo ( )
3.3 1 salário mínimo ( )
3.4 de 1 até 2 salários mínimos ( )
3.5 de 2 a 3 salários mínimos ( )
3.6 de 3 até 4 salários mínimos ( )
3.7 mais de 4 salários mínimos ( )
4. Escolaridade:
4.1 Analfabeto ( )
4.2 1º grau incompleto ( )
4.3 1º grau completo ( )
4.4 2º grau incompleto ( )
4.5 2º grau completo ( )
4.6 Superior ( )
Caracterização da Pesca e do pescador do Rio Paranaíba, Reservatório da UHE São Simão Data: Período: ( ) Dia da Semana: Nº questionário : Entrevistador:
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5. Petrecho de pesca:
5.1 vara de bambu ( )
5.2 vara com molinete ( )
5.3 Espinhel ( )
5.4 Linhada de mão ( )
5.5 rede de emalhar ( )
5.6 tarrafa ( )
5.6 peneira ( )
5.8 outros ( ) qual?
6. Tipo de isca:
6.1 Minhoca ( ) motivo:
6.2 Carne ( ) motivo:
6.3 Milho ( ) motivo:
6.4 Peixe ( ) motivo:
6.5 Massinha ( ) motivo:
6.6 Artificial ( ) motivo:
6.7 Outro ( ) qual?
7. Tipo de pesca praticada:
7.1 Esportiva ( ) 7.2 Subsistência ( ) 7.3 Profissional ( )
8. Utiliza o pescado como complemento alimentar?
8.1 Sempre ( ) 8.2 às vezes ( ) 8.3 Nunca ( )
9. Com que freqüência você costuma vir ao Rio Paranaíba?
9.1 Diariamente ( ) 9.2 Semanalmente ( ) 9.3 Mensalmente ( ) 9.4 Raramente ( )
10. Quais os lugares do Rio Paranaíba você mais gosta de pescar?
.
11. Na sua opinião, nos últimos anos, a quantidade de peixes deste rio tem:
11.1 Aumentado ( ) 11.2 Diminuído ( ) 11.3 Continua igual ( )
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12. Tem algum tipo de peixe que era freqüente e desapareceu? Qual?
13. Apareceram novas espécies? Quais?
14. Sugestões para a melhoria da pesca e proteção do Rio Paranaíba.