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FACULDADE DE TECNOLOGIA – CENACAP CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA E RADIOLOGIA Autora: Maria das Graças Tavares Freire HISTEROSSALPINGOGRAFIA

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FACULDADE DE TECNOLOGIA – CENACAP

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA E RADIOLOGIA

Autora: Maria das Graças Tavares Freire

HISTEROSSALPINGOGRAFIA

Orientadora: Profa. Mestra Maria Menina Leite Lopes

Brasília

2007

FACULDADE DE TECNOLOGIA – CENACAP

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA E RADIOLOGIA

Autora: Maria das Graças Tavares Freire

HISTEROSSALPINGOGRAFIA

Trabalho de conclusão de curso

apresentado ao Curso de Tecnologia em

Radiologia da Faculdade CENACAP como

exigência final para sua conclusão.

Orientadora: Profª. Mestra Maria Menina Leite Lopes

Brasília

2007

ii

ESTE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO FOI CLASSIFICADO DE:

_____________________________

HISTEROSSALPINGOGRAFIA

MARIA DAS GRAÇAS TAVARES FREIRE

BANCA EXAMINADORA

Professora Doutora Regina Célia Rebouças Dalston

Presidente

Professor Especialista Aristensir Gil Portela

Convidado

Professor Especialista Jeová Rodrigues Silva

Convidado

Professora Mestra Maria Menina Leite Lopes

Orientadora

Brasília

iii

2007

iv

DEDICATÓRIA

A todos que sempre estiveram ao meu lado nesta

caminhada e muito têm incentivado na construção dos

meus sonhos e ideais.

iv

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por sua Infinita misericórdia por

permitir que eu possa trabalhar em prol do próximo. Agradeço as

orientações da professora Mestra Maria Menina Leite Lopes no

acompanhamento deste trabalho, pelo apoio incentivo e

compreensão, sem os quais não teria realizado.

Aos professores e funcionários da CENACAP que de diversas

formas contribuíram positivamente durante este percurso.

Agradeço aos meus amigos que não são tantos porque sem eles

eu nada seria.

“As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar”¨.

v

Leonardo da Vinci

DEFICIÊNCIAS

“Deficiente” é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando

as imposições de outras pessoas ou da sociedade e que vive sem ter

consciência de que é dono do seu destino.

“Louco” é quem não procura ser feliz com o que tem.

“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de

miséria, e só têm olhos para seus míseros problemas e pequenas

dores.

“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um

amigo, ou um apelo de um irmão.

“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por

trás da mascara da hipocrisia.

“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que

precisam de sua ajuda.

“Diabético” é quem não consegue ser doce.

"Anão" é o que não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior

das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis" são todos os que não conseguem falar com Deus.

Mário Quintana

vi

FREIRE, Maria das Graças Tavares. HISTEROSSALPINGOGRAFIA Brasília,

2007. 67p. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso Superior de Tecnologia em

Radiologia. Faculdade CENACAP.

RESUMO

As alterações da morfologia e função das tubas estão entre o fator

patogênico mais prevalente no estudo da causas da infertilidade feminina. Vários são

os métodos para o diagnóstico dessas alterações tubárias. Apesar de todo arsenal

propedêutico especializado para evidenciar as alterações tubárias causadoras de

infertilidade, disponível na atualidade, a história clínica ainda é de fundamental

importância para nortear a realização desses exames. Tradicionalmente a

investigação da permeabilidade tubária tem sido realizada, utilizando-se dois métodos:

A histerossalpingografia (hsg) e a cromo tubagem via laparoscopia. A hsg, embora

seja um método antigo, continua sendo largamente utilizado para o estudo das tubas

uterinas. Os dois principais inconvenientes são: A irradiação e o contraste iodado, que

implicam em alguns riscos, já a cromo tubagem via laparoscopia é um método que

permite a visualização direta da passagem de contraste (azul de metileno) para a

cavidade abdominal após sua injeção através do colo uterino. A paciente com

infertilidade primária é em torno de 80%, a infertilidade secundária é de 20%. As

pacientes com infertilidade primária apresentaram maior índice de má formação

uterina, enquanto as pacientes com infertilidade secundária apresentaram obstrução

tubária como alterações mais freqüentes. Várias vezes ao injetar o contraste

conseguimos desobstruir as tubas uterinas. O trabalho permite afirmar que este exame

é muito útil na pesquisa de infertilidade, diagnostica importantes alterações, sendo

como citado, um exame barato e de raras complicações.

Palavras-Chave: Histerossalpingografia, Tubas uterinas, Infertilidade, Permeabilidade

tubária

vii

FREIRE, Maria da Graça Tavares. Histerossalpingografia Brasília, 2007. 67p.

Course conclusion work.Technology course in Radiology College CENACAP.

ABSTRACT

The alterations of the morphology and function of the tubes are between

the factors pathogenic prebraver in the study of the causes of the feminine infertility,

much are the methods for the diagnosis of these alterations tubes. In spite of any

arsenal introduce when he specialized to show the alterations up tubes which caused

infertility available in the present, the history he has a practice still is of basic importance

to orientate the realization of these examination traditionally the investigation of the

permeability tubes has been carried out, when two methods are used: The

Histerossalpingografia (hsg) and to chrome tubagem was seeing laparoscopies. The

hsg, though it is an ancient method, keeps on being widely used for the study of the

uterine tubes. Two principal drawbacks are: The radiation and the iodized contrast,

which risks implicate in someone, already to chrome tubagem road laparoscopies is a

method that allows the straight visualization of the passage of contrast (blue of

methylene) for the abdominal cavity after his injection through the uterine lap. Patients

with primary infertility it is around 80 %, the infertility would support 20 %. Patients with

primary infertility presented bigger rate of badly uterine formations, while patients with

secondary infertility presented obstruction tube like more frequent, different alterations

times it took place already that while injecting the contrast we managed to unblock the

tubes uterine. It allows the work to affirm that this examination is much usefulness in the

inquiry of infertility, diagnoses important alterations, being quoted how, the cheap

examination and of rare complications.

Keys - Word: Histerossalpingografia, uterine tubas, infertility, Permeability Tubária.

viii

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................................14

CAPITULO II - REVISÃO DE LITERATURA..................................................................15

2.1. HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS MÉDICAS................................................................15

2.2. ABIOGÊNESE..................................................................................................................15

2.3. BIOGÊNESE....................................................................................................................16

2.4. EVOLUÇÃO DA RADIOLOGIA NO CONTEXTO DAS CIÊNCIAS MÉDICAS......18

2.5. AÇÃO EFETIVA DAS CIÊNCIAS MÉDICAS EM FAVOR DA POPULAÇÃO.......19

2.6. INFERTILIDADE..............................................................................................................20

2.7. DIFERENÇA ENTRE INFERTILIDADE E ESTERILIDADE.....................................21

2.7.1. Causas da infertilidade feminina..............................................................................21

2.7.2. Fator tubário...................................................................................................................22

2.7.3. Fator cervical..................................................................................................................22

2.7.4. Fator uterino...................................................................................................................23

2.7.5. Fator ovariano................................................................................................................23

2.7.6. Fator psicológico...........................................................................................................23

2.7.7. Infertilidade sem causa aparente.............................................................................24

CAPITULO III - METODOLOGIA....................................................................................25

3.1. AVALIAÇÕES DIAGNÓSTICAS COMPLEMENTARES...........................................25

3.2. INVESTIGAÇÕES DE FATOR OVULATÓRIO...........................................................26

3.3. INVESTIGAÇÃO FATOR CERVICAL..........................................................................26

ix

3.4. INVESTIGAÇÃO DE FATORES PERITONIAIS...................................................26

3.5. INVESTIGAÇÃO DOS FATORES TUBARIANOS...............................................27

3.6. INVESTIGAÇÃO DOS FATORES UTERINOS..........................................................27

3.7. FATOR MASCULINO.....................................................................................................27

3.8. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO.................................................................28

3.9. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA.......................................................................................34

3.10. EXAMES COMPLEMENTARES:.................................................................................34

3.10.1. Ultra-sonografia............................................................................................................35

3.10.2. Histerossonografia.....................................................................................................35

3.10.3. Histeroscopia...............................................................................................................36

3.10.4. Estudo com radionuclideos (Tc99m )....................................................................36

3.10.5. Histerossalpingografia..............................................................................................37

3.11. MEIOS DE CONTRASTES..........................................................................................37

3.11.1. Tanto os agentes iônicos quanto os agentes não iônicos tem iodo...........37

3.11.2. Monômerosiônicos.............................................................................................40

3.11.3. Dimerosionicos............................................................................................................41

3. 11.4. Monômero não-iônico...............................................................................................41

3.11.5. Dímeros não-iônico...................................................................................................41

3.12. CONTRASTE IODADO......................................................................................46

3.12.1. Outras condições em que tem influencia na qualidade da imagem............47

3.13. PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS ADICIONAIS..............................................48

3.13.1. Anatomia.......................................................................................................................48

3.13.2. Definição e objetivo....................................................................................................48

x

3.13.3. Indicações clinicas....................................................................................................49

3.13.4. Contra-indicações.......................................................................................................50

3.13.5. Preparo do paciente...................................................................................................50

3.13.6. Equipamento principal...............................................................................................51

3.13.7. Equipamentos e acessórios.....................................................................................52

3.13.8 Escolha do meio de contraste.................................................................................53

3.14. ROTINA DE POSICIONAMENTO OU ROTINAS RADIOGRÁFICAS................55

3.14.1. Fluoroscopia spot ou fluoroscopia digital...........................................................56

3.15. RADIOGRAFIA CONVENCIONAL............................................................................57

3.15.1. Critérios radiográficos..............................................................................................58

3.15.2. Preparo da paciente para o exame........................................................................58

3.16. PROCEDIMENTOS EM HISTEROSSALPINGOGRAFIA.....................................59

3.17. INDICAÇÕES................................................................................................................59

3.18. CONTRA - INDICAÇÕES...........................................................................................60

3.19. TÉCNICA.......................................................................................................................60

3.20. ACHADOS RADIOLÓGICOS.....................................................................................61

CAPITULO IV - APRESENTAÇÕES DE RESULTADOS E DISCUSSÕES..................62

CAPITULO V - CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................65

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................67

xi

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1 - Vagina........................................................................................................28

FIGURA 2 - Grandes e pequenos lábios............................................................ .........30

FIGURA 3 - Trompas............................................................................................ .........30

FIGURA 4 - Corte transversal de ovário............................................................ .........32

FIGURA 5 - Corte transversal de ovário............................................................. ........32

FIGURA 6 - Aparelho reprodutor........................................................................ .........34

FIGURA 7 - Estrutura básica do meio de contraste..........................................

.........39

FIGURA 8 - Foto da Bandeja para Histero........................................................ .........51

FIGURA 9 - Foto do frasco de contraste Telebrix Histero.............................. .........53

FIGURA 10 - Foto da imagem piloto................................................................. ..........55

FIGURA 11 - Imagem Contrastada..................................................................... .........56

FIGURA 12 - Imagem Contrastada Foto.................................................................... 57

xii

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1 - Meios de contraste convencionais extracelulares .............................40

TABELA 2 - Osmolalidade dos diversos meios de contraste...................................43

TABELA 3 - Contrastes iodados.................................................................................44

xiii

INTRODUÇÃO

O decréscimo da fertilidade com o passar do tempo é um fator

biológico. A diminuição das chances de engravidar ocorre em conseqüência das

mudanças normais que acompanham o envelhecimento. As mulheres nascem com

um número limitado de óvulos e, como não há formação de óvulos novos durante a

vida, esse estoque cai progressivamente com o tempo. Nos seus primeiros anos de

maturidade reprodutiva, uma mulher tem até 400 mil óvulos, à medida que as

mulheres envelhecem, a qualidade de seus óvulos piora e eles passam a ter menor

capacidade de fecundação. A causa direta da infertilidade feminina encontra-se em

quatro categorias:

1) Desordens Hormonais

2) Desordens Anatômicas

3) Desordem Cromossômica

4) Outras causas /inexplicáveis (idiotias).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de

15% dos casais em idade de procriação procuram ajuda médica por infertilidade,

usualmente, após dois anos sem conseguir conceber. Um fato pouco conhecido é

que os humanos estão entre as criaturas menos férteis sobre a face da terra, há

apenas um tempo bem curto dentro do ciclo menstrual durante o qual a concepção é

possível, o que faz com que as chances sejam de apenas 20% a cada mês. Estima-

se que 10% dos casais normalmente férteis não conseguem conceber no seu

primeiro ano de tentativa, e 5% após dois anos. Entre 2 a 10% dos casais em todo o

mundo, são incapazes de conceber, e mais 10 a 25% apresentam infertilidade

secundária, em outras palavras, eles são incapazes de conceber uma segunda

gravidez ou outra subseqüente. A OMS acredita que há cerca de 60-80 milhões de

casais inférteis no mundo.

14

CAPITULO II - REVISÃO DE LITERATURA

2.1. HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS MÉDICAS.

É importante que a humanidade jamais esqueça o trabalho incansável

de nossos antepassados que fixaram as bases para o desenvolvimento do

conhecimento científico atual. Muitos deles sacrificaram a própria vida ao longo

desse caminho.

2.2. ABIOGÊNESE

Há mais de 2000 anos a.C. Aristóteles acreditava que a vida se

originava espontaneamente da matéria bruta. Ele admitia existir um princípio ativo

dentro de certas porções da matéria, o qual poderia produzir um ser vivo se

houvesse condições favoráveis. Essa crença perdurou por muitos anos após a morte

de Aristóteles.

No início do século Xlll, acreditava-se que os gansos pudessem se

originar de certas árvores que cresciam à beira mar. Viajantes do oriente relatavam

que certas árvores possuíam frutos semelhantes ao melão, dentro dos quais havia

carneiros perfeitamente formados. Três séculos após, o célebre médico Paracelso

descreveu uma série de observações a respeito de geração espontânea de

pequenos animais, como: sapos, enguias, ratos e tartarugas, que teriam sua origem

a partir de água, do ar, de palha e madeira podre etc.

No século XVll, Jean Baptista Van Helmut, um médico belga que, mais

tarde, realizou experiências excelentes em fisiologia vegetal, chegou ao cúmulo de

escrever uma receita para produzir camundongos em 21 dias, a partir de uma

15

camisa suja colocada em contato com germes de trigo. Nesta receita o “princípio

ativo” era considerado o suor humano. – daí a necessidade da camisa ser suja. Esta

crença permaneceu até por volta de 1860.

2.3. BIOGÊNESE

A crença de que um “Ser Vivo” só poderia ser gerado por outro “Ser

Vivo”, a “biogênese”, foi duramente criticada em seu primórdio, visto o empirismo

adverso estar profundamente arraigado na concepção da humanidade no período

pré-ciência. (ANTON LEEUWEENHOEC,...) aperfeiçoou o microscópio e examinou

uma grande variedade de substâncias, descobrindo nelas minúsculos organismos

(bactérias) cuja existência era, até então, ignorada. Seria um bom argumento para a

biogênese, mas ninguém acreditou em uma reprodução sexuada na criação de

seres tão minúsculos, associando o fato à geração espontânea.

Luis Pasteur, biólogo francês, por volta de 1860, por meio de sua

célebre e incontestável experiência conseguiu provar a existência dos micro-

organismos e sua capacidade de reprodução, derrubando definitivamente a Teoria

da Geração Espontânea, ou, a abiogênese.

Após a Revolução Francesa, 1789, o mundo passou por uma

transformação sócio-econômica radical. (Lenta em alguns paises, imediata em

outros) com o significativo avanço no campo da inteligência e do pensamento. Mas a

medicina empírica, ou seja, sem fundamentos científicos, baseada em especulações

de ordem filosófica e metafísica, perdurou até o início do século passado. “Haja vista

que em 1836 era divulgado “os três remédios capitais da medicina,” quem soubesse

utilizá-los corretamente seria um “Mestre” (CRISTOPHES WILHELM HUFELAND,

16

1986). Os procedimentos terapêuticos eram: A sangria, o ópio e os vomitórios.

Salienta-se, no entanto, a resistência de vários pensadores ao pensamento

empírico, como (JOHANNES MUELLER, 1801-1858), fundador da filosofia científica,

que havia dito: “A medicina só poderá fazer verdadeiro progresso quando a física, a

química e todas as ciências naturais forem aplicadas em toda a sua inteireza...”. Em

1858, ano da morte de Mueller, Rudolf Wirchow chamou atenção para a célula

como elemento morfológico básico - na vida, na doença e na morte - tendo

publicado um trabalho sobre Patologia Celular de importantíssima contribuição à

medicina, que, lutando por vencer o empirismo e as idéias filosóficas dominantes,

tentava fundamentar a imprescindível base científica”.

De acordo com a história das ciências médicas, a partir de 1850, a

humanidade obteve notáveis avanços em todas as áreas do conhecimento. Porém a

indústria Farmacêutica só iria experimentar avanços significativos por volta de

1899/1900, logo após os avanços da anatomia patológica, fisiologia, bacteriologia,

cirurgia, anestesia, sorologia, higiene etc.

Em 1860, LOUIS PASTEUR e ROBERT KOCH, trouxeram grande

contribuição à compreensão das doenças infecciosas e inflamatórias. Nessa época

Koch fazia a sua predição: “No futuro não será difícil identificar o que é a

tuberculose. A batalha contra essa terrível praga da humanidade não será contra

algo não identificável, mas contra um agente conhecido...” (1860.). Em 1882, Robert

Koch identifica o agente etiológico da tuberculose, o Mycrobacterium Tuberculosis,

que em sua homenagem foi chamado de Bacilo de Koch.

A Revolução Industrial foi o passo seguinte na evolução da ciência e

da tecnologia.

17

2.4. EVOLUÇÃO DA RADIOLOGIA NO CONTEXTO DAS CIÊNCIAS MÉDICAS

A história da Radiologia teve início em 1895 com a descoberta

experimental dos Raios-X pelo físico Alemão Wilhelm Conrad Röentgen. Na ocasião,

as aplicações médicas desta descoberta revolucionaram a medicina, pois tornaram

possível a visão de estruturas no interior do paciente. Com o passar dos anos este

método evoluiu e assumiu uma abrangência universal na pesquisa diagnóstica.

A primeira radiografia foi realizada no dia 22 de dezembro de 1895.

Nesse dia, Röentgen expôs a mão esquerda de sua esposa Anna Bertha Röentgen,

em um filme fotográfico, fazendo incidir a radiação X oriunda do tubo, por

aproximadamente 15 minutos. Ao ser revelado o filme, lá estavam, para confirmação

de suas observações, a figura da mão de sua esposa e seus ossos destacando-se

nas partes moles menos densas.

A Radiologia brasileira e latino-americana iniciou-se em 1897, logo

após a descoberta dos Raios-X, com o médico mineiro José Carlos Ferreira Pires,

que trouxe para Formiga - MG, o primeiro equipamento de Raios-X da América do

Sul. O Dr. Manoel de Abreu, brasileiro, inventou um aparelho para atendimento

seriado de várias pessoas no estudo do tórax, conhecidas como abreugrafias, que,

durante muitos anos, foi utilizada mundialmente como “screening” de doenças

ocupacionais e da tuberculose, estabeleceu também um grande marco na

Radiologia Nacional. Desde então, a Radiologia vem obtendo grandes avanços

devido ao advento da informatização dos equipamentos médicos, incrementando

assim, novos métodos diagnósticos tais como a Ultra-Sonografia, Mamografia de

alta-resolução, Densitometria Óssea, Tomografia Computadorizada, Ressonância

Magnética e Radiologia Digital, fazendo manifestar-se uma “nova” especialidade - a

Imagenologia.

18

O especialista em Imagenologia – o médico radiologista deve orientar

e/ou sugerir ao médico clínico, o método mais adequado a ser utilizado para a

pesquisa de determinado processo patológico. Por isso, muitos o consideram um

patologista “in vivo”. As funções do radiologista consistem em realizar exames de

forma cuidadosa e eficiente (interação paciente-médico-máquina) e auxiliar no

diagnóstico, dessa forma promove-se o bem-estar dos pacientes. A Radiologia

Digital veio contribuir ainda mais na promoção desse bem-estar, pois possibilita

interconsultas em nível nacional e internacional, por meio da transmissão de

imagens diagnósticas para qualquer ponto no mundo.

2.5. AÇÃO EFETIVA DAS CIÊNCIAS MÉDICAS EM FAVOR DA POPULAÇÃO

É inerente ao ser humano, seja como partícipe de uma coletividade ou

como simples indivíduo, a busca pela melhor qualidade de vida que sua situação

(social ou cultural) lhe permita, embora, esse desejo intrínseco, nem sempre esteja

pautado para desenvolvimento de uma vida mais saudável.

As ciências médicas procuram conceder ao indivíduo, além do

aumento na expectativa de vida, que ela seja acompanhada de uma melhor

qualidade, tanto física como psíquica ou social. Fatores conseguidos em virtude da

modernização do Estado e da adoção de políticas sociais e de saúde em todo o

mundo.

Além desse instinto de preservação que nos é inerente, igual

importância é dada ao instinto de perpetuação da espécie que também acompanha

a humanidade por meio dos tempos. Dessa forma, cada vez mais, a humanidade

busca o assessoramento das ciências médicas.

19

2.6. INFERTILIDADE

É a incapacidade de um casal engravidar, sendo caracterizada pela

não ocorrência de gestação espontânea após um período de pelo menos um ano,

quando o casal apresenta atividade sexual regular, sem uso de método

contraceptivo.

Vários princípios naturais, sociais e religiosos determinam que a

felicidade completa de um casal tenha que, necessariamente, passar por uma

concepção, caso esse objetivo não seja alcançado tem-se um projeto de vida

incompleto.

Para que uma gestação ocorra é necessário uma série de fatores que

se dão, quase que simultaneamente para o sucesso da fecundação, o homem deve

ter espermatozóide em quantidade e mobilidade suficientes para fecundar. A mulher

por sua vez, deve oferecer um meio receptivo para os espermatozóides, além de

ovular, encontrarem nas tubas a fecundação e o deslocamento do embrião até o

útero, onde este deve implantar-se.

Um ponto importante a ser considerado é que não se pode protelar

muito o tratamento realizando baterias de exames, especialmente em grupos de

mulheres em que a idade representa um fator limitante do resultado ou da exigência

de um fator de infertilidade bem determinado já indica o que deve ser instituído.

Torna-se necessário aperfeiçoar a avaliação do paciente (cliente) infértil realizando

exames que realmente contribuam para o diagnóstico e o tratamento de cada caso

em particular sem generalização em exames.

20

2.7. DIFERENÇA ENTRE INFERTILIDADE E ESTERILIDADE

A esterilidade representa uma condição em que os recursos

terapêuticos atuais não proporcionam cura. Na prática, podemos considerar a

infertilidade e a esterilidade como palavras sinônimas, embora alguns autores não

concordem. A infertilidade é definida como a dificuldade em se alcançar a gravidez,

alguns a consideram como a incapacidade de levar a gravidez até ao termo, ou seja,

a uma idade viável para o nascimento e sobrevida do recém-nascido. Para a

maioria, este quadro seria chamado abortamento de repetição a esterilidade, na

maioria das vezes, significa a incapacidade definitiva de engravidar, entretanto com

as técnicas disponíveis, incluindo aquelas que envolvem uma 3º pessoa (doação de

óvulos e espermatozóides e útero de substituição fertilização in vitro), não se pode

afirmar que um determinado casal não tenha a possibilidade de tratamento. Além da

infertilidade e esterilidade existem outras indicações específicas para investigação

da cavidade uterina: qualquer tipo de sangramento uterino anormal1, dor pélvica,

antecedente de doenças inflamatórias pélvicas e alterações no muco cervical.

2.7.1. Causas da infertilidade feminina

As causas mais comuns da infertilidade são:

a) Defeitos na ovulação;

b) Anomalia nas tubas;

c) Defeitos uterinos;

d) Endometriose;

1 Desvio para menos ou para mais do volume de perda sanguínea do intervalo entre os ciclos.

21

e) Meio adequado aos espermatozóides (anticorpos);

f) Infecções por clamídia e mico plasmas

2.7.2. Fator tubário

O tubo uterino tem importância no processo reprodutivo, basta

perceber que as tubas captam o óvulo, recebem o espermatozóide, permite à

fertilização e o desenvolvimento do embrião por cinco dias até seu transporte a

cavidade uterina.

As tubas são facilmente acometidas por injeção cervicais ou

sangüíneas que podem levar um comprometimento de suas funções.

2.7.3. Fator cervical

O colo uterino é a porta de entrada para os espermatozóides e deve,

portanto, ter um ambiente favorável que permita o fácil deslocamento dos gametas

masculino para dentro do útero. Porém, nem sempre o processo se desenrola dessa

forma e muitas vezes esse ambiente é hostil aos espermatozóides devido a

anticorpos em infecções. O modo de se avaliar o fator cervical é pelo teste após o

coito controverso e em desuso, onde algumas horas após ter relação o casal vai ao

consultório para coleta de matéria cervical e análise em microscópio, para visualizar

quantidade e mobilidade do espermatozóide na amostra.

22

2.7.4. Fator uterino

É menos freqüente no que se refere à infertilidade, estando mais

relacionado com aborto de repetição em casos de defeitos Müllerrianos. Existem

seqüelas endometriais ou formas de sinerquias.

2.7.5. Fator ovariano

Os ovários além de produzirem o óvulo a ser fecundado, são

fundamentais na produção de hormônio que irão preparar o organismo para a

gestação. As mulheres que não possuem ovários só poderão engravidar via doação

de óvulo por outra mulher.

2.7.6. Fator psicológico

Muitas vezes negligenciados, diversos trabalhos mostraram a

importante interferência do fator psicológico no processo reprodutivo, que gera na

ordem de 5% dos casos de infertilidade. As pacientes que se encaixam nessa

categoria, geralmente, apresentam um perfil de personalidade infantil ou fobias,

caracterizando mulheres que não se sentam capazes de uma gravidez, ou temem

não conseguir cuidar de uma criança. Deve perceber ainda que a dificuldade em

engravidar seja um tópico de difícil aceitação para o casal que leva a inevitáveis

problemas psicológicos, como diminuição da auto-estima, raiva, agressividade,

estresse e diminuição da auto feminilidade ou masculinidade. Componentes estes

que, embora transitórios, podem influir negativamente sobre a psicologia reprodutiva

23

do casal fazendo-se então, necessário, que o médico construa um vínculo forte de

confiança e respeito com o casal.

2.7.7. Infertilidade sem causa aparente

Ocorre em cerca de 10% dos casos nos quais os exames solicitados

ao casal são normais, ou seja, não há causa aparente quando o resultado dos

exames laboratoriais e o exame clínico das pacientes não indicam nenhuma causa

para a infertilidade. Atualmente, com o advento da tecnologia, a maioria desses

casos é resolvida com a técnica de fertilização “in-vitro” (inseminação artificial).

24

CAPITULO III - METODOLOGIA

Este trabalho baseia-se em pesquisa bibliográfica, científica e acessos

a site de busca da web. A pesquisa científica tem por base comparar os dados que

comprovam as evidências alvo. (Cervo, 2002). “A pesquisa científica é o

conhecimento racional, sistemático, exato, verificável e objetivo”. Demonstra-se

neste trabalho como se realiza o processo de exame de histerossalpingografia e

seus efeitos adversos. Esse exame é solicitado quando uma paciente procura

assistência médica por suspeita de infertilidade, realiza-se em clínicas radiológicas

especializadas, pelo médico radiologista, auxiliado por uma técnica de enfermagem

e o técnico em radiologia. Neste procedimento pode ocorrer a desobstrução das

trompas obstruídas, mas, como se trata de apenas um procedimento para

constatação de uma patologia, esta ocorrência é puramente casual. A paciente

também se submete aos outros métodos diagnósticos para elucidar a sua patologia

e que de igual maneira podem desobstruir as tubas. Caso isso não aconteça, a

paciente pode chegar a uma fertilização “in vitro”, contudo, esse é um dos últimos

procedimentos a serem indicados.

3.1. AVALIAÇÕES DIAGNÓSTICAS COMPLEMENTARES

O diagnóstico da infertilidade, seja masculina ou feminina, necessita

invariavelmente da assessoria de exames complementares. Este serão direcionado

de acordo com a necessidade investigatória demonstrada na história clínica e no

exame físico, levando-se em conta os custos, o tipo e epidemiologia da infertilidade.

25

3.2 INVESTIGAÇÕES DE FATOR OVULATÓRIO

Cerca de 40% das mulheres inférteis apresentam alguma disfunção

ovulatória. A ausência do ciclo menstrual ou a inexistência de sinais clínicos que

supõem ovulação como fluidez do muco cervical, e das do meio do ciclo são

indicativos de anovulação. Porém, devemos considerar que a simples presença do

ciclo menstrual não significa que esteja na fase ovulatória, da mesma forma que a

ocorrência de uma séries de eventos indicativos de ovulação citados anteriormente a

maioria das mulheres não percebe o período ideal, de forma que às vezes, a curva

de temperatura da mulher demonstra que os níveis séricos de progesterona estejam

abaixo de 3.0 mg/ml.

3.3. INVESTIGAÇÃO FATOR CERVICAL

Nesta investigação pode-se identificar quadro de cervicite econômico,

que seja possível de tratamento. O teste pós-coito tem sua indicação discutida por

não apresentar boa relação custo beneficio, além do fato de que o fator cervical ser

tratado como esterilidade sem causa aparente. (pesquisa web, 2007).

3.4. INVESTIGAÇÃO DE FATORES PERITONIAIS

A endometriose e aderências tubo-ovariano podem causar ou

contribuir para infertilidade. A história clínica e o exame físico são de grande valia.

26

3.5. INVESTIGAÇÃO DOS FATORES TUBARIANOS

A oclusão tubária é uma importante causa da infertilidade feminina. Já

houve diversos casos em que a oclusão das tubas foi comprovada por meio de

vários exames complementares.

3.6. INVESTIGAÇÃO DOS FATORES UTERINOS

Apesar de não ser causa comum de infertilidade a presença de fatores

uterinos como posição do útero, má formação müllenianas, e a presença de pólipos,

miomas ou sinerquias2.

3.7. FATOR MASCULINO

O homem é responsável por quase metade dos casos de infertilidades.

As principais causas são: Pré-Testicular; Testicular e Pós Testicular.

As causas Pré-Testiculares podem estar envolvidas em diversos

fatores hormonais como hipogonadropismo3, hiperestrogenismo4, hiperprolactinemia5

e excesso de glicocorticóide6.

2 Ação simultânea de diversos órgãos ou músculos, na realização de uma função.3 Redução na secreção dos hormônios sexuais4 Produção excessiva de estrogênio 5 Aumento do nível de prolactina6 Hormônio esteroide que se ligam ao receptor cortisol

27

Nas causas testiculares estão envolvidos distúrbios genéticos,

síndrome de klinefelter7, varicocele8, orquite9, criptorquia10, oligopernia11,

obesidade12, anemia falciforme13 e drogas14.

Já nas pós-testiculares envolvem distúrbios no transporte e função dos

espermatozóides, (Oligoastenozoospermia)15 No caso, a investigação passará por

um espermograma16, onde é colhido via masturbação, que nos dará noção de

quantidade e mobilidade dos espermatozóides nos permitindo trocar um prognóstico

e indicar o melhor método para este caso.

3.8. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas

tubas uterinas (trompas de falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está

localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte

que realiza má função protetora.

FIGURA 1 - Vagina

7 Doença que acomete o sexo masculino pela adição de um cromossomo X (47, XXY) causando estatura elevada, hipogonadismo (testículo pouco desenvolvido) e tecido mamário8 Dilatação venosa do cordão espermático 9 Inflamação do testículo10 Não há migração dos testículos (um ou ambos) para a bolsa escrotal (processo congênito)11 Redução da quantidade de espermatozóide 12 Excesso de tecido adiposo (gordura)13 Deformidade das hemaciais (em forma de foice)14 Produtos químicos desenvolvidos para interagirem fisiologicamente com organismo15 Baixa produção quantitativa e qualitativa dos espermatozóides 16 Exame realizado para contagem de esperma por volume

28

Fonte: (Atlas de Anatomia, 2005)

A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes

elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de

sua abertura, porém internamente duas glândulas denominadas de glândula de

Bartholin que secretam um muco fluidificante.

A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o

hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre

perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se

rompe nas primeiras relações sexuais. 

A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na

relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão

da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.

A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas

cutâneo-mucosas intensamente irrigadas e inervadas que são os grandes lábios.

Na mulher, reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos por pêlos

pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da

vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na

vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao

pênis do homem. 

29

FIGURA 2 - Grandes e pequenos lábios

Fonte: Atlas de Anatomia humana/2005

Ovários: são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e

progesterona, hormônios sexuais os que serão vistos mais adiante.

FIGURA 3 - Trompas

30

Fonte: Atlas de Anatomia 2005

No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem

todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas

células - os  ovócitos primários -  encontram-se dentro de estruturas denominadas

folículos de Graaf  ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação

hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a se desenvolver. Os

folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente,

apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, 

rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gameta feminino): fenômeno

conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante

transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios

progesterona e estrógeno.  Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em

corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer

no ovário. 

O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é

recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias. 

Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos

que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formado por células

ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das

tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero. 

31

FIGURA 4 - Corte transversal de ovário.

Fonte: Atlas de Anatomia 2005

FIGURA 5 - Corte transversal de ovário

32

Fonte: Atlas de Anatomia 2005

Tubas uterinas:

As tubas uterinas (de Falópio) se comunicam com a cavidade uterina

de um aspecto súpero - Iateral entre o corpo e o fundo. Essa região do útero é

chamada de corno. As tubas uterinas têm aproximadamente 10 a 12 cm de

comprimento e 1 a 4 mm de diâmetro.

Elas são subdivididas em quatro segmentos. A porção proximal da

tuba é o segmento intersticial, que se comunica com a cavidade uterina. O istmo é a

porção contraída da tuba, onde ela se alarga para o interior do segmento central

denominado ampola, que se arqueia por sobre os ovários, bilaterais. A extremidade

mais distal, o infundíbulo, contém extensões semelhantes a dedos chamadas de

fímbrias, uma das quais é fixada a cada ovário. O óvulo passa através dessas

fímbrias ovarianas para o interior da tuba uterina, onde é fertilizado. Ele passa então

para o útero, para implantação e desenvolvimento.

A porção infundibular distal das tubas uterinas contendo as fímbrias se

abre para dentro da cavidade peritoneal.

Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga

e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato

de pêra invertida.  É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em

glândulas - o endométrio. 

33

FIGURA 6 - Aparelho reprodutor

Fonte Atlas de Anatomia 2005

3.9. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

A história passada da paciente principalmente em relação a indicativos

de hiperestrogenismo relativo anovulação crônica usa de contraceptivos hormonais

e complicações obstétricas prévias podem ser de grande auxilio na avaliação

diagnóstica.

34

3.10. EXAMES COMPLEMENTARES:

a)Ultra-sonografia;

b)Histerossonografia (HSS);

c)Histeroscopia;

d)Estudos com Radionuclideos (Tc 99m);

e)Histerossalpingografia;

3.10.1. Ultra-sonografia

A ultra-sonografia tem o papel estabelecido na avaliação da

infertilidade, em particular na monitorização da ovulação, porém para avaliação

direta do fator corporal, seu papel está menos definido. Tem havido avanços no que

diz respeito à difusão da ultra-sonografia transvaginal, e sua melhor definição das

alterações uterina, ou mesmo associada à histerossonografia, é muito especifico

para o diagnóstico, contudo apresenta baixa sensibilidade.

3.10.2. Histerossonografia

Utilizando-se a histerossonografia como meio de distensão em

particular da solução salina, é outro avanço, também, utiliza-se solução de 32% de

dextran 70. Esta metodologia tem flagrado alterações que foram confirmadas por

Histeroscopia.

A histerossalpingossonografia com “Collor Doppler” avalia a cavidade

uterina, o lúmen e a permeabilidade tubária sem, todavia localizar obstruções com

precisão em permitir estudo adequado da morfologia tubária normal.

35

Além de detectar lesões no útero (mioma, cistos), no endométrio

(espessamentos, pólipos) nas trompas (dilatações, tumores, cistos) e nos ovários

(cistos e tumores).

3.10.3. Histeroscopia

É um método de investigação e tratamento da cavidade uterino trata-se

de uma endoscopia do útero que utiliza um sistema óptico ligado a cabo de fibra

óptica que leva iluminação para o interior da cavidade endometrial, que por sua vez

é distendida por ser uma cavidade virtual, que seja por gás (na histeroscopia

diagnóstica) ou por líquido (na histeroscopia cirúrgica). A imagem obtida é filmada

por uma micro câmera que transpõe pelo monitor.

A histeroscopia diagnóstica é realizada ambulatorialmente podendo ser

com sedação ou não. Com o advento de ópticas de pequenos calibres, não há

necessidade na maioria das vezes de sedação.

3.10.4. Estudo com radionuclideos (Tc99m )

O estudo das tubas com radionuclideos como o Tecnécio – 99m (Tc

99M) é recomendado para a confirmação diagnóstica de Dip17. E para monitorizar a

resposta ao tratamento com antibióticos. (Sharma et. al, 2001). A cintilografia

leucocitária com Tc-99m e Hexametilpropileno-amino oxina (IMPAO) pode ser usado

no diagnóstico precoce dos abscessos tubo ovarianos com sensibilidade de 100%

especificidade de 95% e acurácia total de 95%. É um método seguro, fisiológico e

acurado.

17 Doenças inflamatórias pélvica

36

Este exame poderia evitar procedimentos cirúrgicos e mesmo as

laparoscopias. (RACHINSKY et. al, 2000).

3.10.5. Histerossalpingografia

É um procedimento semelhante ao da histerossonografia, mas o

líquido utilizado é um contraste à base de iodo e as imagens são feitas por raios x. É

possível examinar o colo, a cavidade uterina, trompas, (tubas) detectando eventuais

alterações que impeçam a gravidez.

Seu objetivo é avaliar a anatomia uterina e a permeabilidade tubária

por meio de contraste iodado e imagens radiográficas. É o único exame de imagens

que demonstra patologias tubárias.

Serão citados, para melhor elucidação do exame que vai ser descrito abaixo, os

Meios de Contraste.

3.11. MEIOS DE CONTRASTES

Os meios de contraste iodados são substâncias rádio densas (que

apresentam capacidade) e são capazes de melhorar a definição das imagens

obtidas em exames radiológicos.

O agente de contraste “ideal” não deve produzir qualquer tipo de

reação adversa, mas – infelizmente – essa substância ainda não existe.

Por esse motivo, é fundamental que os médicos estejam atentos

quanto à indicação desses agentes, saibam optar entre os meios disponíveis no

37

sentido de reduzir os riscos de reações adversas e, se essas ocorrerem, estejam

aptos a minimizar seus efeitos colaterais.

Os objetivos deste texto são:

1. Conhecer as características dos meios de contraste mais utilizados;

2. Avaliar as diferenças entre os agentes iônicos e não-iônicos e reconhecer as

reações adversas por eles causadas;

3. Identificar quais são os pacientes com maior risco para desenvolverem

reações adversas e avaliar as indicações dessas substâncias para cada um

deles;

4. Discutir medidas profiláticas, particularmente a pré-medicação;

5. Apresentar proposta para tratamento das reações adversas.

A estrutura básica dos meios de contraste iodados é formada por um

anel benzênico, ao qual foram agregados átomos de iodo e grupamentos

complementares, onde estão ácidos e substitutos orgânicos, que influenciam

diretamente na toxicidade e excreção.

Na molécula, o grupo ácido (H +) é substituído por um cátion (Na+ ou

meglumina), dando origem aos meios de contraste ditos “iônicos”, ou por aminas

portadores. Figura 7 as de grupos hidroxila (R = radical orgânico), denominando-se,

nesse caso, “não-iônicos”.

Podem apresentar apenas um anel benzênico, formado “monômero”,

ou têm dois anéis benzênicos, denominando-se “dímeros”.

38

Fonte: Jacobs – In: Manual of University of lowa Hospitals and Clinics

FIGURA 7 - Estrutura básica do meio de contraste

Assistência a Vida em Radiologia

3.11.1. Tanto os agentes iônicos quanto os agentes não iônicos tem iodo

Todos os meios de contraste iodatos utilizados regularmente são muito

hidrofílicos, têm baixa lipossolubilidade, peso molecular inferior a 2mil e pouca

afinidade de ligação com proteínas e receptores de membranas. Distribuem-se no

espaço extracelular, sem ação farmacológica significativa.

39

R1R2 R1

R2

COO- H + COO- H +

MONÔMERO DÍMERO

3 átomos de IODO 6 átomos de IODO

R3

A partir dessas características, os meios de contraste podem ser

agrupados em quatro classes (tabela1).

TABELA 1 - Meios de contraste convencionais extracelulares

Átomos de

iodo por

molécula

Partículas em

SoluçãoRelação

Peso

Molecular

Conteúdo de

iodo para

300osm/kgH2

0

Osmolalidade

para 300mgl/ml

(miliosm/kgH20)

Iônico

monomérico

3 2 1,5 600-800 =70 1500-1700

Não-iônico

monomérico

3 1 3 600-800 =150 600-700

Iônico

dimérico

6 2 3 1269 =150 560

Não-iônico

dimérico

6 1 6 1550-1626 =300 =300

Osmolalidade Viscosidade densidade osmolalidade

Fonte: adaptado de Korolkovas Assistência a Vida em Radiologia.

3.11.2. Monômeros iônicos

* em solução, dissociam-se em duas partículas: um ânion radiopaco e um cátion

(sódio ou meglumina) não radiopaco;

* em solução, há, portanto, três átomos de iodo para duas “partículas” (relação =1,5),

fazendo com que apresentem a maior osmolalidade entre todos os meios de

contraste;

40

* são isotônicos (capacidade de apresentar a mesma osmolalidade dos fluidos

corpóreos) a aproximadamente 70mg de iodo/ml.

3.11.3 . Dimerosionicos

E, em solução, dissociam-se em duas partículas: um ânion radiopaco

(ioxaglato) e um cátion (sólido ou meglumina) não radiopaco;

Em solução, liberam seis átomos de iodo para duas “partículas” (relação =3);

Dímeros monoácidos iônicos têm aproximadamente a mesma osmolalidade

dos monômeros não-iônicos;

São isotônicos a aproximadamente 150mg de iodo/ml.

3. 11.4. Monômero não-iônico

Não se dissociam em solução;

Fornecem três átomos de iodo para uma “partícula” (relação = 3);

São isotônicos a aproximadamente 150mg de iodo/ml.

3.11.5. Dímeros não-iônico

Não se dissociam em solução;

Fornecem seis átomos de iodo para apenas uma “partícula” (relação = 6),

apresentando a menor osmolalidade dentre os meios de contraste;

São isotônicos a aproximadamente 300mg/ml;

41

Apresentam, no entanto, o maior peso molecular, o que é responsável pela

sua grande viscosidade.

Uma solução pode ter natureza iônica ou não-iônica conforme sua

estrutura química, mas todas apresentam algumas propriedades que estão

relacionadas à concentração do soluto.

Essas propriedades, também presentes nos meios de contraste, estão

relacionadas a eficácia e segurança, e incluem:

a) Densidade (g/ml):

Número de átomos de iodo por mililitro de solução.

b) Viscosidade:

Na prática, significa qual será a “força” necessária para injetar a

substância através de um cateter;

Aumenta geometricamente com a concentração da solução e com o

peso molecular;

Não-iônicos deméritos têm maior viscosidade que não-iônicos

monoméricos;

A viscosidade é menor quanto maior for a temperatura (por isso é que

se deve aquecer gradativamente os meios de contraste não-iônicos até

atingir níveis de temperatura corporal antes de sua administração).

c) Osmolalidade

42

É uma função definida pelo número de partículas de uma solução

(independente de sua carga elétrica ou massa) por unidade de volume

mosm/kg de água;

Representa o poder osmótico que a solução exerce sobre as moléculas da

água;

É geralmente influenciado pela concentração, peso molecular, efeitos de

associação/dissociação e hidratação da substância química utilizada,

conforme mostrado na tabela2

TABELA 2 - Osmolalidade dos diversos meios de contraste

Iotrolan << ioxaglato < iopromide < iopamidol < ioversol < iopentol << diatrizoato

Iotrolan << ioxaglato < iopromide < iopamidol < ioversol < iopentol << diatrizoato

Fonte: adaptado de Korolkovas Assistência a Vida em Radiologia.

Contrastes iônicos têm maior osmolalidade que os não-iônicos (tabela 2),

porque dissociam cátions e ânions na solução;

Quanto maior a osmolalidade, maior a vaso dilatação causada pelo agente

(VD reduz a PA agudamente > ativa baroceptores, aumenta a contratilidade

cardíaca determina menor fluxo coronariano > menor oferta de oxigênio para

o coração).

Outro fator importante a ser considerado na osmolalidade é a

preparação do meio de contraste. A comparação entre duas formulações comerciais

do iopamidol, ambos, portanto, não-iônicos monoméricos e apresentando

43

concentrações idênticas, mostrou que diferem estatisticamente em sua

osmolalidade, muito embora essa diferença naturalmente diminua após sua diluição

no plasma. Esse achado foi atribuído a diferentes constituintes nas duas

preparações.

Quanto maior a densidade e a viscosidade, mais dificuldade terá a

solução para se misturar ao plasma e aos fluidos corporais.

Diversos meios de contraste iodatos iônicos e não-iônicos são

comercializados no Brasil, como exemplificado na tabela 3.

TABELA 3 - Contrastes iodados

Iônico monoméricos de alta

osmolalidade

(princípio ativo)

Vias de introdução Marcas Registradas

Acetrizoato de meglumina Via tópica:

histerossalpingografia e

uretrografia

Vasurix Polividrona® - Guebert

Amidotrizoato de meglumina Via tópica: cistouretrografia

retrógrada, pielografia

Retrógrada,

histerossalpingografia;

Via oral / retal .

Via intravascular

Hypaque – M 60%® - Sanofi-

Synthelabo, Reliev 60%® -

Justesa Imagem

Amidotrizoato sódico Via tópica: pielografia

retrógrada,

histerossalpingografia;

Via oral / retal;

Hypaque – 50%® - Sanofi-

Synthelabo

44

Via intravascular;

Via intra-sonovial;

Via intradiscal

Ioxitalamato de meglumina Via intravascular Telebrix 30 Meglumina® -

Guerbet

Iodamida Via tópica: amniografia e

histeossalpingografia;

Via intraductal: colangiografia

intra-operatória;

Via intravascular

Uromiron® - Schering do Brasil

Urominon-Infusão® - Schering

do Brasil

Iônicos diméricos de alta

osmolalidade

Amidotrizoato de meglumina

e sódio

Via tópica: histerossalpingografia;

Via oral / retal;

Via intravascular;

Via intradiscal

Hypaque M-75%® e M-76%® - Sanofi-Synthelabo

Pielograf 70%® e 76%® - Justesa Imagem

Trazograf 60%® - Justesa Imagem

Urografina 292® e 370® - Schering do Brasil

Amidotrizoato de cálcio,

meglumina e sódio

Via tópica: cistografia e

urografia retrógrada;

Via intravascular

Plenigraf 30%® - Justesa

Imagem

Ioxitalamato de meglumina e

etanolamina

Arteriografia Vasobrix 32® - Guerbet

Ioxitalamato de meglumina e

sódio

Via tópica:

histerossalpingografia;

Via intravascular

Telebrix Coronar® - Guerbet

Telebrix 38® - Guerbet

45

Iônico dimérico de baixa

osmolalidade

Ioxaglato de meglumina e

sódio

Via Intravascular, via intra-

sinovial

Hexabrix 320® - Guerbet

Não-iônicos monoméricos de

baixa osmolalidade

Iohexol Via intratecal: mielografia;

Via intravascular;

Via intraductal;

Via intra-sinovial;

Via oral;

Via tópica: cistouretrografia

retrógada e

histerossalpingografia

Omnipaque 180®, 240®, 300®

e 350® - Sanofi-Synthelabo

Iopamidol Via intratecal: mielo e

cisternografia;

Via intravascular;

Via intradcutal;

Via intra-sinoval

Iopamiron 200®, 300®, e 370®

Schering do Brasil

Ioversol Via intravascular;

Arteriografia

Optiray 160®, 240®, 300®,

320® e 350® Mallinckrodt

Medical

Iobitridol Via intravascular;

Arteriografia

Henetix 300®, 350®

Fonte: adaptado de Korolkovas Assistência a Vida em Radiologia.

3.12. CONTRASTE IODADO

46

Existe um grande esforço para a criação de novas moléculas por meio

da modificação combinada de suas propriedades. Segundo (KRAUSER, apud

OLIVEIRA, 2000):

“A experiência tem demonstrado que osmolalidade, viscosidade, hidrofilicidade e solubilidade não podem ser otimizadas simultaneamente em uma só classe de composto, como os iônicos monoméricos ou os não-iônicos diméricos. Apenas dois parâmetros podem ser mudados ao mesmo tempo, sem uma influência negativa nos outros dois. Como a osmolalidade tem sido identificada como a característica mais significativa em um meio de contraste a ser otimizado, como, por exemplo, o ajuste da osmolalidade ao sangue, apenas outro parâmetro –viscosidade- pode ser ajustado de modo favorável. Se a hidrofilicidade for maximizada, isso automaticamente significa que a viscosidade e a osmolalidade serão também maiores. O melhor exemplo disso é o ioversol. Esse contraste exibe a menor lipofilicidade e a maior hidrofilicidade dentre os monoméricos, mas –como esperado- apresenta simultaneamente à maior osmolalidade, muito embora o seu coeficiente osmótico não exceda o de outros monômeros.” (p.22.).

3.12.1. Outras condições em que tem influencia na qualidade da imagem

1. Via de administração determina, em partes, a quantidade de substância que

chegará ao órgão estudado;

2. Dose de contraste,

3. Velocidade de injeção.

4. Calibre do cateter: em função da viscosidade da solução utilizada;

5. Temperatura da substância: principalmente no uso de contrastes não-iônicos

(interfere na sua viscosidade).

6. Retardo e tempo de scan: maximizar o estudo da fase arterial, venosa, outras.

47

3.13. PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS ADICIONAIS

A histerossalpingografia (HSG) mostra primariamente o útero e as

tubas uterinas (de Falópio) do sistema reprodutivo feminino. Os órgãos pélvicos

femininos e as suas relações com a cavidade peritoneal abdominal. A anatomia mais

detalhada do útero e das tubas uterinas, que é demonstrada pela

histerossalpingografia e deve ser compreendida por técnicos, é descrita na

discussão que se segue.

3.13.1. Anatomia

As considerações anatômicas para a histerossalpingografia incluem os

órgãos principais do sistema reprodutivo feminino, incluindo a vagina, o útero, as

tubas uterinas e os ovários. Ênfase é colocada no útero e nas tubas uterinas.

Considerações anatômicas adicionais incluem as subdivisões, as camadas e as

estruturas de suporte dos órgãos femininos. Os órgãos reprodutivos femininos estão

localizados dentro da pelve verdadeira. A diferenciação entre a pelve verdadeira e a

falsa é definida por um plano através do anel pélvico ou da entrada da pelve.

3.13.2. Definição e objetivo

A histerossalpingografia (HSG) é a demonstração radiográfica do trato

reprodutivo feminino com um contraste. O procedimento radiográfico mostra melhor

48

a cavidade uterina e a permeabilidade (grau de abertura) das tubas uterinas. A

cavidade uterina é delineada pela injeção de um contraste através da cérvice. A

forma e o contorno da cavidade uterina são avaliados para detectar qualquer

processo patológico uterino. O agente de contraste preenche a cavidade uterina e a

permeabilidade das tubas uterinas pode ser demonstrada à medida que o contraste

flui através das tubas para a cavidade peritoneal.

3.13.3. Indicações clinicas

Avaliação de infertilidade: Uma das indicações mais comuns para a

HSG é a avaliação da infertilidade feminina. O procedimento é realizado para

diagnosticar quaisquer defeitos funcionais ou estruturais. Um bloqueio de uma ou de

ambas as tubas uterinas pode inibir a ocorrência de fertilização.

Em alguns casos, a HSG pode ser uma ferramenta terapêutica. A

injeção de contraste pode distender uma tuba uterina estreitada, tortuosa ou ocluída.

Demonstração de patologia intra-uterina: Embora a ultra-sonografia seja geralmente

a modalidade de escolha, a HSG também pode ser realizada quando os sintomas da

paciente indicam a presença de processos patológicos intra-uterinos. Sangramento

uterino anormal, dor pélvica e plenitude pélvica são sintomas típicos exibidos pelas

pacientes. As lesões demonstradas podem incluir pólipos endometriais, fibróides

uterinose sinéquias uterinas. A HSG também é utilizada para diagnosticar massas

pélvicas, fístulas, abortamentos espontâneos habituais e defeitos congênitos.

Uma terceira indicação é a avaliação da tuba uterina após ligação

tubária, ou cirurgia reconstrutiva.

49

3.13.4. Contra-indicações

A histerossalpingografia é contra-indicada na gravidez. Para evitar a

possibilidade de que a paciente possa estar grávida, o exame é realizado

tipicamente de 7 a 10 dias após o início da menstruação, conta o 1º dia como o dia

em que veio a menstruação. Outras contra-indicações incluem doença inflamatória

pélvica (DIP) aguda e sangramento uterino ativo.

3.13.5. Preparo do paciente

O protocolo do departamento deve determinar as exigências para o

preparo da paciente. Esses procedimentos incluem preparos intestinais apropriados

para assegurar visualização adequada do trato reprodutivo sem obstrução por gás

intestinal e/ou fezes. O preparo pode incluir um laxativo suave, supositórios e/ou um

enema (enteroclise), antes do procedimento. Além disso, a paciente é orientada a

tomar, um analgésico suave antes do exame, para aliviar um pouco do desconforto

associado às cólicas. Para evitar o deslocamento do útero e das tubas uterinas, a

paciente deve ser orientada a esvaziar a bexiga imediatamente antes do exame. O

procedimento e possíveis complicações devem ser explicados para a paciente e

deve ser obtido consentimento. Em algumas circunstâncias, o médico pode realizar

também um exame pélvico manual antes do procedimento radiográfico.

50

3.13.6. Equipamento principal

O equipamento principal para uma histerossalpingografia é uma sala

fluoroscópica radiográfica. Os mais modernos podem incluir equipamentos para

fluoroscopia digital. Idealmente, a mesa deve ter a capacidade de inclinar a paciente

para uma posição de Trendelenburg, se necessário. Se disponíveis estribos

ginecológicos devem ser fixados à mesa para auxiliar a paciente na posição de

litotomia.

FIGURA 8 - Foto da Bandeja para Histero

51

Fonte: Autora do Trabalho

3.13.7. Equipamentos e acessórios

Legenda:

01-Cuba redonda

02. Pinça para assepsia (pean);

03. Especulo (três tamanhos P, M, G);

04. Histerômetro (para medir a profundidade do útero);

05. Pinça pozzy (para pinçar o colo uterino);

06. Cânula injetora com suporte;

07. Ogivas;

08. Seringa de 20 ml;

09. Campo fenestrado;

10. Luva cirúrgica;

Uma bandeja de histerossalpingografia estéril e descartável é utilizada

como rotina (Fig. 8). Os conteúdos gerais da bandeja incluem um especulo vaginal,

bacia e bolas de algodão, cuba para medicamentos, gaze estéril, campos estéreis,

pinça para compressa, seringas de 10 ml, agulhas de calibres 16 e 18, tubo de

extensão e geléia lubrificante. Além da bandeja de HSG, luvas estéreis, uma solução

anti-séptica, uma cânula ou cateter de balão e meios de contraste também são

necessários. Um instrumento adicional que pode ser solicitado pelo medico é um

tenáculo.

52

Figura 9 - foto do frasco de contraste Telebrix Histero

Fonte: Autora do Trabalho

3.13.8 Escolha do meio de contraste

Duas categorias de meios de contraste radiopaco (positivo) iodado são

utilizadas na HSG. É utilizado um contraste não-iônico em base oleosa ou

hidrossolúvel, de acordo com a preferência do médico. O mais comumente preferido

atualmente é o contraste hidrossolúvel. Ele é facilmente absorvido pela paciente,

não deixa resíduo no trato reprodutivo e fornece visualização adequada. No entanto,

ele causa dor quando injetado na cavidade uterina e pode persistir por várias horas

após o procedimento. Por outro lado, o meio em base oleosa pode ser bem tolerado

53

pela paciente e é extremamente opaco, permitindo visualização máxima das

estruturas uterinas. Entretanto, tem uma taxa de absorção muito lenta, e pode

permanecer nas cavidades corporais por um extenso período de tempo.

O volume de contraste introduzido no trato reprodutivo recomendado

pelo fabricante é variável, dependendo da categoria do contraste escolhido. Na

média, aproximadamente 5 ml são necessários para preencher a cavidade uterina e

5 ml adicionais para mostrar a permeabilidade das tubas uterinas.

3.13.9. Colocação da cânula/cateter processo de injeção

Para iniciar o procedimento, a paciente se deita em decúbito dorsal na

mesa, na posição de litotomia. Se não estiverem disponíveis estribos ginecológicos,

a paciente dobra os joelhos e coloca os pés no final da mesa. A paciente é coberta

com campos estéreis, e com técnica estéreis um especulo vaginal é inserido na

vagina. As paredes vaginais e o colo uterino são lavados com uma solução anti-

séptica. Uma cânula ou um cateter de balão é então inserido no canal cervical. A

dilatação com um cateter de balão ajuda a ocluir18 o colo uterino, evitando o

extravasamento de contraste da cavidade uterina durante a fase de injeção. Um

tenáculo19 pode ser necessário para auxiliar na inserção e fixação da cânula ou

cateter.

18 Fechar, cerrar.19 Instrumento em forma de agulha curva.

54

FIGURA 10 - Foto da imagem piloto

Fonte: Autora do Trabalho

Assim que for colocada a cânula ou o cateter no colo uterino, o médico

pode remover o especulo e colocar a paciente em uma discreta posição de

Trendelenburg. Essa posição facilita o fluxo de contraste para a cavidade uterina.

Uma seringa cheia de contraste é fixada à cânula ou ao cateter de balão. Usando a

fluoroscopia, o médico injeta lentamente o contraste na cavidade uterina. Se as

tubas uterinas estiverem pérvias (abertas), o contraste irá fluir das extremidades

distais das tubas para o interior da cavidade peritoneal.

3.14. ROTINA DE POSICIONAMENTO OU ROTINAS RADIOGRÁFICAS

55

O posicionamento de rotina para a histerossalpingografia varia de

acordo com o método de exame. Fluoroscopia, radiografia convencional ou uma

combinação de ambas podem ser utilizadas.

FIGURA 11 - Imagem Contrastada

Fonte: Autora do Trabalho

3.14.1. Fluoroscopia spot ou fluoroscopia digital

A obtenção de imagens do trato reprodutivo é mais comumente

adquirida com o uso de fluoroscopia com spots filmes, ou, mais recentemente, por

fluoroscopia digital. Tipicamente, uma imagem simples colimada é obtida com

fluoroscopia. Durante a injeção do contraste, uma série de imagens colimadas

pode ser obtida enquanto a cavidade uterina e as tubas uterinas estão sendo

preenchidas (Fig. 10). Após a injeção do contraste, uma imagem adicional pode

56

ser obtida para documentar o extravasamento do contraste para o peritônio (Fig.

11). A paciente mais comumente permanece na posição de decúbito dorsal

durante a obtenção de imagens, mas imagens adicionais podem ser obtidas com a

paciente em uma posição OPE ou OPD para visualizar adequadamente a

anatomia pertinente.

FIGURA 12 - Imagem Contrastada Foto

Fonte: Autora do Trabalho

3.15. RADIOGRAFIA CONVENCIONAL

Uma imagem piloto em AP pode ser obtida em um filme de 24 x 30 cm

(10 x 12 polegadas). O raio central e o filme são centrados em um ponto 5 cm (2

polegadas) superior à sínfise pubiana. Se a fluoroscopia não estiver disponível, a

injeção fracionária do contraste é implementada com uma radiografia realizada após

cada fração, para documentar o enchimento da cavidade uterina, as tubas uterinas e

57

o contraste no interior do peritônio. Imagens adicionais conforme determinado pelo

radiologista podem incluir posições OPE ou OPD.

3.15.1. Critérios radiográficos

O anel pélvico conforme visto em uma incidência AP deve estar

centrado dentro do campo de colimação.

A cânula ou o cateter de balão devem ser demonstrados dentro da cérvice.

A cavidade uterina e as tubas opacificadas são demonstradas centradas no filme.

O contraste é visto dentro do peritônio se uma ou ambas as tubas estiverem pérvias.

Densidade apropriada e contraste de pequena escala demonstram a anatomia e o

meio de contraste.

A marca de ID da paciente deve ser clara, e o marcador de D ou E

deve ser visualizado sem anatomia sobreposta.

3.15.2. Preparo da paciente para o exame

O exame deverá ser realizado do oitavo ao décimo dia do ciclo

menstrual, a contar a partir do 1º dia.

No dia do exame a paciente deve:

1) Tomar 1 comprimido de TAGAMET 400mg e 1 comprimido de CLARITIN

10mg e colocar 1 supositório de glicerina 3 horas antes do exame.

2) Tomar 01 comprimido de BUSCOPAM ou 50 gotas 02 horas antes do

exame.

58

3) Trazer 1 absorvente higiênico.

Exame Marcado Dia: ____/_____/______ Horário: ____:____

OBS.; Chegar 15 minutos antes do horário marcado para admissão de ficha na

recepção.

3.16. PROCEDIMENTOS EM HISTEROSSALPINGOGRAFIA

O exame consiste da opacificação do útero e das tubas uterinas

(trompas de Falópio), por meio de um material de contraste opaco injetado no útero.

Para tanto, aplica-se uma pressão suficiente para encher o útero e as tubas

(trompas de Falópio) com vazamento do meio de contraste para dentro da cavidade

abdominal. Há uma grande diferença de opinião quanto ao melhor meio de contraste

disponível. A maioria dos investigadores prefere os meios hidrossolúveis ao óleo

iodetado. Nós empregamos a Sinografina que combina o diatrizoato de

metiglucamina (40 por cento) e a iodipamida metiglucamina (20 por cento).

Esse meio é hidrossolúvel e contém aproximadamente 38 por cento de

iodo firmemente combinado. Ele é absorvido dentro de uma hora, a menos que haja

obstrução e dilatação das tubas uterinas (trompas de Falópio), ocasião em que a

absorção completa pode exigir até 24 horas. O Salpix é outro meio hidrossolúvel

satisfatório atualmente em uso, contém acetrizoato de sódio e polivinilpirrolidona.

3.17. INDICAÇÕES

59

Esse exame foi amplamente usado durante numerosos anos no estudo

do problema da esterilidade na mulher. O material opaco delineia o útero e as tubas.

Indicando a presença ou ausência de permeabilidade tubária. As outras indicações,

além dos estudos de infertilidade, não são tão amplamente aceitas, mas em

algumas áreas, ele está sendo usado para apurar causas de hemorragia uterina

anormal; delinear anomalias e como auxiliar na identificação de massas pélvicas e

tumores intra-uterinos.

3.18. CONTRA - INDICAÇÕES

A infecção ativa do aparelho genital, o sangramento uterino recente ou

ativo, a suspeita de gravidez, a tuberculose genital e graves doenças sistêmicas que

comprometem o sistema cardiorrespiratório são contra-indicações a esses métodos.

Os riscos são mínimos quando se empregam os meios hidrossolúveis.

60

3.19. TÉCNICA

O exame é, em geral, realizado juntamente pelo ginecologista e

radiologista. Emprega-se um tipo especial de cânula que oclui o orifício externo do

canal cervical e impede o escapamento de material para a vagina. Existem diversos

tipos desses instrumentos. A cânula é inserida e mantida firmemente no local.

Injetam-se depois 6 a 12cm3 do material de contraste, sob controle radioscópico,

utilizando-se intensificador de imagem. O útero e as tubas podem ser visualizados

durante a injeção. As radiografias são feitas, conforme indicação, durante e depois

da injeção. Quando há qualquer dúvida a respeito do “derrame” de material de

contraste para dentro da cavidade abdominal, através de uma ou de ambas as tubas

(trompas de Falópio), podem-se fazer radiografias retardadas, que é chamada de

prova de Cotte.

3.20. ACHADOS RADIOLÓGICOS

Quando as trompas estão permeáveis, observa-se material opaco na

porção pélvica da cavidade peritoneal. O volume e a forma da cavidade uterina são

facilmente delimitados e as anomalias presentes também são facilmente

visualizadas. Quando as tubas uterinas (trompas de Falópio) estão ocluída, elas

podem ser parcialmente visualizadas. Pode ou não haver uma dilatação indicando

hidrossalpinge. Quando uma ou ambas as tubas estão permeáveis, o material na

cavidade peritoneal pélvica é facilmente reconhecido pelo fato de que delineia o

peritônio pélvico e freqüentemente as alças intestinais dentro da pélvis.

61

CAPITULO IV - APRESENTAÇÕES DE RESULTADOS E DISCUSSÕES

O exame de histerossalpingografia é feito em mulheres portadoras de

infertilidade, que depois de vários exames laboratoriais e complementares, partem

para esse procedimento que é bastante doloroso e que, por ser menos oneroso, a

maioria das mulheres se submete para tentar descobrir o motivo de sua infertilidade.

Rara mas não impossível são as vezes que conseguem desobstruir as tubas na

execução do exame.

Sabe-se que o tabagismo, abuso de álcool, drogas, aumento de peso,

estresse e a prática sexual sem o uso de preservativos também e apontado pelo

médico Dr. Joji Ueno como um dos fatores que podem levar a infertilidade devido as

62

doenças sexualmente transmissíveis. Dietas e práticas de exercícios exagerados

também provocam a redução na produção de espermatozóides e ausência de

ovulação na mulher. O uso de anabolizante e também prejudicial ao funcionamentos

dos testículos, resultando em uma produção de espermatozóide com baixa

capacidade de fecundação.

Nos anos 70 a taxa de fertilidade no Brasil era três vezes maior que a

atual afirma o médico Joji Ueno. Segundo o IBGE, o censo de 1970 constatou uma

média de 5,8 filhos para cada mulher, esse número diminuiu para 2,2 filhos por cada

mulher, atualmente. Segundo os dados do IBGE, até 2050 a taxa de fertilidade no

Brasil cairá para 1,8 segundo o JOJI UENO Doutor em Medicina pela Faculdade de

Medicina da USP.

A Europa assiste à diminuição de sua população. A situação é

particularmente grave em países como Itália, Espanha, Alemanha e Suíça; todos

com crescimento populacional próximo a zero. Diante das perpesctivas de diminuir,

esses países passaram a implantar programas de estímulos á natalidade que

incluem desde abatimento no imposto de renda a licença remunerada de ate um ano

aos futuros pais. A Itália que junto com a Espanha têm a menor taxa de natalidade

da Europa (1,2 filho por casal) o problema ganhou proporção tão dramática que a

Igreja resolveu interferir: “Italianos façam filhos” foi o slogan da campanha lançada

há dois anos. Projeções indicam que tanto a Itália quanto a Suíça estão prestes a ter

crescimento populacional negativo, ou seja, encolherão de fato. Por essa razão, a

Alemanha e a Itália já afrouxaram as exigências para a entrada de imigrantes

dispostos a trabalhar, a única maneira de manter a economia funcionando nos níveis

atuais.

63

Na década de 70, a expectativa de vida no Brasil subiu dos 69 para

81anos. A tendência de envelhecimento da população brasileira começou no mesmo

período, quando o censo registrava uma fertilidade média de 5,8. Posteriormente, a

taxa de fecundidade no Brasil caiu para 2,2 filhos por mãe, e, em 2002, abaixo da

média mundial de 2,8, explica um especialista em reprodução humana.

Além do envelhecimento, a baixa de fecundidade também pode levar a

diminuição da população brasileira, como ocorre no Japão. Nesse processo

irreversível de envelhecimento e menor taxa de fertilidade da população estão os

fatores sociais que comprometem a fertilidade dos brasileiros. O desenvolvimento

econômico e a evolução política, social e cultural – destacando-se as novas luzes

que a medicina, a psicologia e a antropologia (acompanhadas pela pedagogia e

informação) lançaram sobre as sociedades a partir dos séculos XIX e XX – refletiram

na atual conduta sexual do homem. É verdade que a herança cultural e social da

virilidade, ainda é dominante, mas ocorreram mudanças importantes, não apenas

por serem qualitativas, e sim por terem eclodido em um período bastante curto. As

mudanças não alcançaram todos os homens e mulheres, em todas as regiões do

planeta, mas onde chegaram, eles se preocuparam em partilhar o prazer com a

parceira, mantendo um diálogo aberto sobre sexo, ao associar o desempenho

sexual não tanto a manifestação da virilidade, mas ao desejo de propiciar uma

experiência sexual bastante agradável.

Em lugar da relação de dominância do homem sobra a mulher têm-se

hoje uma relação de cumplicidade, baseada no afeto, na compreensão e satisfação

sexual mútua, o que proporcionará aos parceiros maior equilíbrio e harmonia em

seus papéis sexuais.

64

CAPITULO V - CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de urbanização foi um dos fatores que contribuíram para

refrear o aumento populacional no Brasil. Ao trocarem o campo pela cidade, as

pessoas passaram a ter acesso a serviços públicos como a saúde e a educação. A

universalização da previdência também influenciou na redução do nascimento,

sobretudo, porque fez arrefecer a crença, até hoje persistente em áreas rurais, de

que a única fonte de renda na velhice viria do trabalho dos filhos. O benefício fez

diminuir o temor dos brasileiros de chegar à velhice sem nenhum tostão.

Vários estudos na década de 70 chegaram à curiosa conclusão de que

as telenovelas foram outro fator a ajudar no encolhimento dos lares. Como a maioria

65

delas exibia famílias de dois filhos, o padrão acabou influenciando os casais, diz

Elza Berquó, do núcleo de estudos da população da Unicamp, que participou da

pesquisa.

Como sabemos é um equívoco creditar ao simples aumento da

fecundidade o crescimento da pobreza e da desigualdade se fosse assim, ao

contrário também deveria ser verdadeiro, uma vez que o Brasil atingiu uma média

geral quase idêntica aos Estados Unidos (2,0 filhos por mulher) levaria por si só a

um futuro próximo, que sua economia se tornasse tão reluzente quanto a de um país

desenvolvido.

De acordo com a pesquisa bibliográfica e web, feitas durante a

elaboração deste trabalho para conclusão de curso, pôde-se constatar que o estudo

da Histerossalpingografia, é de essencial valor para comprovação de possíveis

processos patológicos ou outras limitações físicas interligadas à eficácia dos

métodos conceptivos normais, ou seja, a fertilização natural. Há de se ver que este

procedimento não seja descartado na pesquisa diagnóstica da infertilidade, visto ser

um exame de baixo custo, possibilitando que qualquer pessoa possa ser submetida

a esse tipo de pesquisa para buscar seu objetivo, a gravidez.

Várias vezes já ocorreu que uma cliente, ao realizar o exame,

consegue ter suas tubas uterinas desobstruídas (trompa de falópio), com isso

engravidando, é um processo difícil de ocorrer, mas de vez em quando esse

fenômeno acontece .

Com esse trabalho espera-se que ele seja útil na continuação da

pesquisa e realização de um bom trabalho de campo. Há de convir que a medicina

vai a passos largos em busca de desenvolvimento em vários campos da pesquisa

66

que ajudem a chegarmos a determinados objetivos favorecendo nossas

expectativas, sejam elas a fertilização artificial ou a natural.

Como sugestão para continuidade desta pesquisa, propõe-se o

desenvolvimento de projetos que busquem formas de incentivo á capacitação

continua e atualizações constante procurando a melhoria dos procedimentos a

serem realizada, melhoria no atendimento as clientes, com informação concisa com

relação ao exame, e ao preparo necessário a realização do exame. Sabendo-se que

o procedimento acima é muito dolorido, mas as mulheres na maioria das vezes

enfrentam este tipo de procedimento por achar que é sua a incapacidade de

engravidar , quando na verdade os homens é que são verdadeiros os vilãos, mas

por medo, não informa sua verdadeira situação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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68