Monog.Automedicação e Diabete-hipertensao

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UNIVERSIDADE GERALDO DE BIASE ESPECIALIZAO EM ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA

EDNIL GALCIO

AUTOMEDICAO COMO FATOR DE RISCO RENAL A PACIENTES HIPERTENSOS E DIABETICOS ACOMPANHADOS PELO CENTRO DE SAUDE DE CURUAI

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Santarm 2009

EDNIL GALCIO

AUTOMEDICAO COMO FATOR DE RISCO RENAL A PACIENTES HIPERTENSOS E DIABETICOS ACOMPANHADOS PELO CENTRO DE SAUDE DE CURUAI

Trabalho de Concluso de Curso apresentado como requisito parcial para obteno do grau de Especialista em Enfermagem em Nefrologia, Universidade Geraldo de Biase. Orientador: Prof.

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Santarm 2009

EDNIL GALCIO

AUTOMEDICAO COMO FATOR DE RISCO RENAL A PACIENTES HIPERTENSOS E DIABETICOS ACOMPANHADOS PELO CENTRO DE SAUDE DE CURUAI

Trabalho de Concluso de Curso apresentado como requisito parcial para obteno do grau de Especialista em Enfermagem em Nefrologia, Universidade Geraldo de Biase. Orientador: Prof.

Data de aprovao:_______/ ________/ ________

_____________________________________________ Prof. Orientador

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Dedico aos meus familiares pelo apoio, amor e compreenso nesta nossa fase de crescimento, proporcionando-me momentos de tranqilidade e segurana para continuar a luta e cumprir meu objetivo profissional.

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AGRADECIMENTOS

Agradeo a Deus pelo seu imenso amor e pelo presente oferecido ao permitir que pudesse terminar este curso to importante para minha carreira profissional. Ao meu orientador, pela dedicao, estmulo constante e fonte de conhecimentos que me disponibilizou durante todo o trabalho. Agradeo aos meus pais, pela minha persistncia e pela educao que me proporcionaram, que sempre sero lembrados com carinho. Aos amigos, pelo apoio e incentivo no estudo acadmico. E a todos que colaboraram direta ou indiretamente na realizao deste trabalho.

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Completou-se uma jornada. Chegar cair na inrcia de um ponto final. Na euforia da chegada, porm, h um convite irrecusvel para uma nova partida. Helena Kolody

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RESUMO

O uso de medicamentos disponveis sem receita mdica hoje geralmente aceito como parte integrante do sistema de sade. Vai ao encontro do desejo crescente de cada indivduo de assumir a responsabilidade pela sua prpria sade. Quando praticada corretamente, a automedicao pode tambm contribuir para aliviar financeiramente os sistemas de sade pblica. Porm, com o incentivo a indstria da automedicao, o que ocorre o uso indiscriminado dos medicamentos. Objetivou-se com esta pesquisa avaliar sobre o uso de medicamento sem prescrio mdica pelos pacientes diabticos e hipertensos em Santarm Par. Utilizou-se como metodologia, a pesquisa bibliogrfica, e de campo, atravs de aplicao de questionrios a vinte pacientes do Centro de Sade de Curuai, zona rural, municipio de Sanatarm. Verificou-se que grande parte dos pacientes so do sexo feminino, com formao escolar do Ensino Fundamental. Sendo que a maioria sofre de hipertenso arterial sistmica. Quanto automedicao, verificou-se que a maioria compram remdios por conta prpria, comprando remdios para dor e febre simples, alm de inflamaes simples, como garganta e ouvido, buscando remdios conhecidos, que j teriam utilizado antes para o problema apresentado, e tendo sido curado pelo mesmo. Relataram tambm manter estoque de medicamentos em casa. Esses pacientes costumam ler a bula do remdio, para verificar se o medicamento pode ter conseqncias adversas devido a doena. E na consulta, alertam o mdico ou enfermeiro sobre o medicamento que est utilizando. Palavras-Chave: Automedicao. Diabtico. Hipertenso.

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ABSTRACT

The use of medicines available without prescription is now generally accepted as an integral part of the health system. Meets the growing desire of individuals to take responsibility for their own health. When practiced correctly, the medication may also help relieve the financial systems of public health. However, with the encouragement of industry self-medication, what happens is the indiscriminate use of drugs. The objective of this research on evaluating the use of medicines without medical prescription for diabetic and hypertensive patients in Santarm - Par was used as a methodology, literature, and field, through questionnaires to twenty patients in Hospital Municipal de Santarm. It was found that most patients are female, with school education of elementary school. While most suffer from hypertension. Regarding self-medication, it was found that the majority buy their own drugs, buying drugs for pain and fever, simple, and simple inflammation, such as throat and ear, looking for known drugs, which were already used before for the presenting problem, and taking been cured by it. Reported also keep stock of medicines at home. These patients tend to read the label of the drug to see if the drug can have adverse consequences due to illness. And in the query, alert the doctor or nurse about the medicine you are using.

Keywords: Self-medication. Diabetic. Hypertension.

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SUMRIO

INTRODUO...................................................................................... ........ 09

1 AUTOMEDICAO NO DIABETE MELLITUS E HIPERTENSO ARTERIAL: PREJUZO OU AUXLIO? 11 1.1 GENERALIDADES SOBRE HIPERTENSO ARTERIAL 11 1.2 CONSIDERAES SOBRE DIABETES MELLITUS 14 1.3 PRIORIDADES DA ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM .......................... 21 1.4 ATENDIMENTO NO SETOR DE NEFROLOGIA 24 1.5 AUTOMEDICAO: UM RISCO AO PACIENTE DIABTICO E/OU HIPERTENSO ...................................................................................... 27 2 METODOLOGIA ........................................................................................ 29 3 ANLISE DOS RESULTADOS 30 ..................................... ............................... ......................... .........................................................

..................................................................

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3.1 DADOS SOBRE AUTOMEDICAO ENTRE DIABTICOS E HIPERTENSOS EM VILA DE CURUAI 30 CONCLUSO ....................................................................................... ......... REFERNCIAS 39 BIBLIOGRFICAS ............................................................... 41 ..................................................................

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INTRODUO

As alteraes aceleradas dos padres comportamentais, urbanos e econmicos esto relacionadas ao crescente aumento no nmero de Diabticos e Hipertensos. Em relao a esse crescimento, duas preocupaes tm relevncia: o estilo de vida dos portadores da diabetes e hipertenso arterial e o controle correto das terapias administradas. Segundo Camargo (2007), na hipertenso, temos elevao da presso arterial, com presses diastlicas acima de 90 mm Hg e/ou sistlicas acima de 140 mmH. Calcula-se que 25% da populao adulta seja hipertensa. De acordo com Silva (1988), o diabetes caracterizada pelo aumento da glicose no sangue Hiperglicemia. A Glicose a fonte de energia utilizada pelas clulas advinda dos alimentos, porm para que possa ser aproveitada pelas clulas, existe a necessidade do metabolismo da Insulina produzida pelo pncreas. A Insulina seria a chave especifica que abre para a glicose entrar e fazer seu trabalho celular, sem a devida passagem a Glicose fica no sangue. As medicaes existentes conseguem suprir as necessidades do organismo de Insulina, bem como ajudar no metabolismo adequado do acar no sangue, associado a dietas e exerccios fsicos adequados. Essa mesma regra aplica-se tambm ao hipertensos, nos quais o equilbrio entre a medicao-exerccio e dieta favorece a normalidade no quadro patolgico do paciente. No tratamento da Hipertenso Arterial e do diabetes, existe o NoFarmacolgico e o Farmacolgico. Os tratamentos tm eficincia de acordo com administrao correta. Porm, o que se observa que os pacientes, principalmente

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na Regio Norte, tem o costume de se automedicar, o que prejudica o tratamento, pois na maioria das vezes, no verificam o medicamento pode ser prejudicial ao seu quadro clnico.

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1 AUTOMEDICAO NO DIABETE MELLITUS E HIPERTENSO ARTERIAL: PREJUZO OU AUXLIO?

1.1 GENERALIDADES SOBRE HIPERTENSO ARTERIAL Segundo Silva e Oliveira (2009), a hipertenso arterial sistmica (HS) a mais freqente das doenas cardiovasculares. tambm o principal fator de risco para as complicaes mais comuns, como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocrdio, alm de doena renal crnica terminal.No Brasil so cerca de 17 milhes de portadores de hipertenso arterial, 35% da populao de 40 anos ou mais. Esse nmero crescente, seu aparecimento est cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das crianas e adolescentes tambm sejam portadores. A carga de doenas representada pela morbimortalidade devido HS muito alta e, por tudo isso, a hipertenso arterial um problema grave de sade pblica no Brasil e no mundo. (BRASIL, 2006, p. 21)

Segundo Musfeldt et al. (apud SILVA; OLIVEIRA, 2009, p. 129), a clientela hipertensa atendida em um hospital universitrio da cidade do Rio de Janeiro caracteriza-se por ser predominantemente feminina (65%), opondo-se ao

acometimento historicamente masculino desta doena. Silva e Oliveira (2009), ainda ressaltam que diversos autores comentam que esse quadro foi gerado pela insero das mulheres no mercado de trabalho, pela maior adoo de hbitos agressivos sade (tabagismo, etilismo e drogas ilcitas) e pelo acmulo da segunda e terceira jornadas, relativas casa, aos filhos e organizao do cotidiano domstico e familiar. Segundo Silva e Oliveira (2009), a idade mdia do referido estudo ficou em 64 anos, com desvio padro de 11,6 anos. Este dado refora o que foi dito anteriormente com relao tendncia ao envelhecimento dos pacientes internados

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na clnica mdica. No se pode negar o fato de que os enfermeiros encontraro muitos jovens internados na unidade de clnica mdica, alguns em situao de gravidade considervel, mas cabe somente destacar a necessidade de a enfermagem se preparar para lidar com as caractersticas da populao idosa neste ambiente.Dentre os fatores de risco mais encontrados, os pesquisadores ressaltaram a dislipidemia (49,2%) e o diabetes (29,8%), configurando o que se denomina sndrome plurimetablica. Como era de se esperar, o rgo mais atingido neste processo foi o corao (46,1%) e quase trs quartos dos pacientes foram classificados como de alto risco vascular (70%). Quadro dramtico tambm se apresenta quando se tratou do processo de adeso ao tratamento institudo. Esses autores descobriram que cerca de 20% dos pacientes eram submetidos a tratamento com trs ou mais drogas, enquanto o controle da presso de forma regular foi baixo (27%). (SILVA; OLIVEIRA, 2009, p. 130)

Segundo Jardim et al. (1996), a hipertenso definida pela elevao intermitente ou persistente da presso arterial, do considerados, para os padres atuais, os parmetros de presso arterial sistlica maior ou igual a 140 mmHg e presso arterial diastlica maior ou igual a 90 mmHg. Segundo o Ministrio da Sade (BRASIL, 2006), uma nica aferio de presso arterial alterada no pode caracterizar um diagnstico de hipertenso. E importante saber a presso arterial de base do indivduo e realizar aferies seriadas em dias e momentos diferentes. A maioria dos casos de hipertenso no sem causa aparente e considerada hipertenso essencial. Entretanto, alguns casos de hipertenso tm causas bem definidas, que podem ser identificadas e tratadas, podendo-se, assim, controlar ou curar a hipertenso. Estes so chamados de hipertenso secundria. O Ministrio da Sade (BRASIL, 2006), ressalta que a hipertenso secundria est relacionada a doena renal, renovascular, endcrina, neurolgica,

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estresse agudo (por exemplo, hipoglicemia, cirurgia, queimadura), fatores exgenos (por exemplo, abuso de lcool, nicotina, uso de drogas imunossupressoras), coarctao da aorta, hipertenso gestacional, entre outras. De acordo com Jardim et al. (1996), a hipertenso essencial no tem cura e necessita ser controlada, por meio do uso de frmacos; modificaes na dieta e no estilo de vida so aes que tambm contribuem para o controle da doena, se respeitadas com rigor. A assistncia de enfermagem deve estar centrada na verificao criteriosa da presso arterial, na manuteno do uso dos medicamentos prescritos, no controle da dieta e nas orientaes para alta, capacitando os indivduos a ter uma vida normal com os cuidados de uma doena crnica. O Quadro 1 apresenta as orientaes bsicas sugeridas pelo Ministrio da Sade para a medida da presso arterial, que devem ser ensinadas ao paciente para a automonitorizao. Quadro 01 Orientaes para a medida da presso arterial 1. Condies indicadas para a verificao da PA: repouso prvio de 5 a 10 minutos, bexiga vazia, abstinncia de fumo, bebidas alcolicas e caf por no mnimo 15 minutos, pernas descruzadas. 2. O manguito dever ser de tamanho adequado ao brao do paciente e estar posicionado cerca de 2 a 3 cm acima da fossa cubital. 3. Manter o brao do paciente na altura do corao, livre de roupas, com a palma da mo voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido. 4. Palpar o pulso radial e inflar o manguito at o seu desaparecimento para estimar o valor da presso sistlica. Desinflar rapidamente. Aguardar um minuto antes de inflar novamente. 5. Posicionar a campnula do estetoscpio sobre a artria braquial. No exercer compresso no local. 6. Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, at ultrapassar de 20 a 30 mmHg o valor estimado da presso sistlica. Proceder a deflao com velocidade constante de 2 a 4 mmHg. Aps a identificao do som que determinou a presso sistlica, aumentar a velocidade de deflao para evitar a congesto venosa e reduzir o desconforto para o paciente. 7. Determinar a presso diastlica no desaparecimento do som.Fonte: BRASIL, 2006, p. 37.

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Segundo Felten (2005), o enfermeiro da unidade de clnica mdica deve enfatizar algumas orientaes para que o cliente hipertenso mantenha o tratamento e as recomendaes mdicas. Seguem as orientaes especficas para tal clientela: Administrar os anti-hipertensivos e diurticos prescritos, observando se seu uso mantm a presso arterial em nveis aceitveis. Estimular a mudana dos hbitos dietticos. Caso o paciente seja obeso, solicitar o auxlio de uma nutricionista para a reeducao alimentar. Digalhes, especialmente, para no ingerir alimentos ricos em sdio, colesterol e gorduras saturadas. Informar a necessidade de diminuir as condies estressantes na sua vida, pois a hipertenso est intimamente relacionada ao estresse. Orientar quanto necessidade de um programa de exerccios para melhorar a funo cardaca, reduzir a obesidade e os nveis de colesterol srico. Explicar que a interrupo sbita do tratamento pode ser extremamente perigosa, principalmente para os pacientes que so assintomticos. Evitar o uso de medicaes sem prescrio mdica, j que muitas so nocivas a esses pacientes. Recomendar a absteno do fumo e do lcool, informando os efeitos danosos de ambos. Aos fumantes a diminuio progressiva pode ser uma opo com apoio de programas especficos e o uso do lcool pode ser limitado a 30 ml diariamente. (FELTEN, 2005, p. 91)

De acordo com Dias da Costa (2002 apud SILVA; OLIVEIRA, 2009), estudos de base populacional sobre o consumo de anti-hipertensivos so escassos em nosso meio. Um estudo realizado em Pelotas-RS sobre custo-efetividade do tratamento farmacolgico da hipertenso concluiu que o custo do cuidado ambulatorial com a hipertenso foi dependente principalmente do tratamento antihipertensivo.

1.2 CONSIDERAES SOBRE DIABETES MELLITUS De acordo com Carvalho (2004), no Brasil, estima-se que existam de 5 a 8 milhes de pessoas com diabetes. Esses dados demonstram a importncia da instrumentalizao dos profissionais da rea da sade e da conscientizao da populao em geral, para lidar com a doena, incorporando mudanas nos hbitos

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de vida para reduzir o nmero de casos novos e de possveis complicaes crnicas. Para Monteiro et al. (2006), o tratamento do diabetes exige uma abordagem complexa e seu sucesso depende de motivao e ajustes continuados, tanto dos pacientes quanto da famlia e da equipe. Deve haver mudana nos hbitos de vida e incorporao de novas rotinas referentes prtica de atividade fsica, dieta balanceada e cuidados com o corpo. O uso de medicamentos e de insulina exgena necessrio na maioria dos casos.Estudo realizado em uma cidade mineira demonstrou que, entre os idosos, quase 15% apresentam diabetes e um pouco mais de 13% glicemia alterada em jejum. No que tange aos adultos, esses nmeros foram, respectivamente, 2,33 e 5,64%. Pode-se observar um crculo de perversidade, pois aqueles que so mais vulnerveis fsica e socialmente terminam por suportar um perfil de morbidade mais agressivo, possivelmente com sucessivas internaes e constantes exposies a infeces hospitalares. Entre os adultos, o diabetes foi mais relacionado ao aumento da relao cintura/quadril e ao aumento do colesterol total, enquanto entre os idosos, ao ndice de massa corporal acima de 25 kg/m2 e trigliceridemia acima de 200 mg/dl. Por sua vez, a alterao da glicemia em jejum relaciona-se, nos adultos, a idade compreendida entre 40 e 59 anos, inatividade fsica e aumento da relao cintura/quadril. Os pesquisadores acharam, ainda, uma associao negativa com o sexo masculino, o que chama a ateno. Nos idosos, ressaltaram a associao positiva com o uso de bebidas alcolicas, sobrepeso, obesidade e trigliceridemia acima de 200 mg/dl. (PASSOS et al., 2005, p. 69)

Por definio, segundo o Ministrio da Sade (2006), o diabetes mellitus um grupo de doenas metablicas caracterizado por hiperglicemia. Pode ser causado por deficincia na produo ou resistncia insulina. A insulina um hormnio produzido pelo pncreas que controla o nvel de glicose no sangue, regulando a produo e o armazenamento da glicose. O diabetes est associado a complicaes, disfunes e insuficincia de vrios rgos, principalmente olhos, rins, nervos, crebro, corao e vasos sanguneos. Segundo Felten (2005), observando a etiologia, o diabetes pode ser classificado em trs tipos I, II e gestacional. O tipo I ou insuiino-dependente

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acomete principalmente adolescentes e adultos jovens (10% do total dos casos). No diabetes do tipo I as clulas do pncreas que produzem insulina geralmente so destrudas por um processo auto-imune, por isso h necessidade de utilizar insulina exgena. O Ministrio da Sade (BRASIL, 2006), relata que o tipo II ou no-insulinodependente ocorre mais em adultos e idosos (90% do total dos casos). No diabetes do tipo II existe menor sensibilidade insulina ou produo diminuda pelo pncreas. Neste caso, o tratamento inicial com dieta e exerccios. Caso no seja obtido o controle, associam-se os hipoglicemiantes orais, e a insulinoterapia em

hiperglicemias mais resistentes. A elevao da glicose pode causar complicaes metablicas agudas, como cetoacido-se diabtica (CAD) e sndrome hiperosmolar no-cettica. A CAD um tipo de acidose acompanhada pelo acmulo de cetonas no corpo resultante de um defeito no metabolismo dos carboidratos.Os sinais e sintomas mais caractersticos so hlito cetnico, cefalia, respirao de Kussmaul, anorexia, nusea, vmito, poliria e polidipsia. A cetoacidose diabtica caracteriza-se por hiperglicemia grave, podendo ser letal. Em geral acomete os indivduos com diabetes do tipo I, mas pode ocorrer em alguns pacientes com diabetes do tipo II. Tem como fatores precipitantes infeco, falta de aplicao da insulina, abuso alimentar, uso e medicaes hiperglicemiantes e outros quadros graves como acidente vascular cerebral, trauma e infarto agudo do miocrdio. A sndrome hiperosmolar no-cettica apresenta-se em um estado de hipergliceia grave (glicemia acima de 800 mg/dl) associada a hiperosmolaridade e desidratao profunda, devido diurese osmtica, comumente encontrada no diabtico idoso tipo II). (BRUNNER; SUDDARTH, 2005, p. 131)

Segundo Felten (2005), os fatores que propiciam esse quadro so doenas agudas como infarto agudo do miocrdio, acidente vascular cerebral e pneumonias, uso de glicocorticides ou diurticos, cirurgias ou elevadas doses de glicose. Essas situaes requerem uma ao imediata e precisa em cooperao com a equipe mdica, de forma a reequilibrar as funes orgnicas e evitar a morte.

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Felten (2005), ressalta que outra complicao freqente entre os diabticos a hipoglicemia. Ela se constitui a diminuio dos nveis glicmicos com valores abaixo de 60 a 70 mg/dl. O paciente geralmente apresenta como sintomas pele plida, mida e fria, taquicardia, diaforese, tremores, irritabilidade, descoordenao e sonolncia. Cabe equipe de enfermagem ser rigorosa com os horrios dos hipoglicemiantes orais, da insulina e das refeies, alm de orientar os pacientes quanto necessidade de no variar demais as dietas e o cuidado com dose dos hipoglicemiantes e da insulina. Vale lembrar que o uso excessivo de lcool e exerccios fsicos vigorosos tambm podem causar hipoglicemia. A atuao rpida e eficiente ser fundamental para evitar o agravamento do quadro de hipoglicemia. O oferecimento de carboidratos simples de absoro rpida poder solucionar o problema. Balas, acar e refrigerantes seriam alguns exemplos. De acordo com o Ministrio da Sade (BRASIL, 2006), a hipoglicemia grave requer a administrao de glucagon por via subcutnea ou intramuscular. Outra opo seria a glicose a 50% por via venosa e a manuteno de acesso venoso com glicose a 10%. A assistncia de enfermagem clientela diabtica est aqui apresentada com base na convivncia com os melhores nveis de glicemia. Considerando tratar-se de urna doena crnica, a melhor convivncia com a mesma representa qualidade de vida, reduo das complicaes e de internaes hospitalares. O Ministrio da Sade (BRASIL, 2006), ressalta que a teraputica medicamentosa do diabtico apresenta duas grandes vertentes: os hipoglicemiantes orais e a insulina.

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O enfermeiro da unidade de clnica mdica deve estar atento a alguns detalhes como o tempo decorrido entre a medicao fornecida e a oferta da dieta. desaconselhvel o jejum prolongado, porque favorece a hipoglicemia. Da mesma forma, os grandes intervalos entre as refeies e o atraso nos horrios previstos para as dietas favorecem essa intercorrncia. (SILVA; OLIVEIRA, 2006, p. 133)

A administrao de insulina pelo prprio paciente requer, do enfermeiro, a identificao das suas potencialidades para tal, incluindo a acuidade visual, bem como a compreenso dos riscos e efeitos adversos relativos a tal medicamento. O Quadro 2 apresenta as orientaes indicadas para o diabtico com relao autoaplicao da insulina. Quadro 2 Orientaes para a administrao de insulina 1. A administrao requer higiene e cuidados especiais. Lave as mos antes de iniciar a tarefa. 2. Frascos de insulina nunca devem ser congelados. Mantenha-os na porta ou parte inferior da geladeira. Nas viagens, busque alternativas para o transporte da droga, como bolsas trmicas. 3. As insulinas de ao rpida so transparentes. As de ao lenta tm aparncia leitosa. 4. O horrio de administrao da insulina dever ser respeitado, bem como o das refeies. 5. Os ajustes da dosagem da insulina devero ser feitos em consulta com o mdico assistente. 6. As seringas descartveis podero ser reutilizadas por at 8 aplicaes, de acordo com o Ministrio da Sade. 7. Os locais para aplicao devem ser aqueles com boa quantidade de tecido subcutneo e ser de fcil acesso para o executor da tarefa. Eles incluem: glteo, coxas, braos e regio abdominal. O rodzio entre os locais de aplicao est indicado. 8. Limpar a tampa do frasco de insulina com algodo e lcool. Favorecer a homogeneizao do frasco de insulina, rolando-o entre as mos. No agit-lo. 9. Introduzir, com o auxlio da seringa, ar na mesma quantidade que ser aspirada a droga. 10. Realizar a anti-sepsia da pele com lcool. Fazer uma prega na pele. Administrar a insulina. O ngulo de administrao deve ser de 90. 11. Procurar o mdico responsvel no caso de ferimentos, intumescimentos ou leses nos locais de administrao que no cicatrizam.Fonte: BRASIL, 2006, p. 93.

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Normalmente os clientes diabticos so internados na unidade de clnica mdica pelo descontrole glicmico ou complicaes decorrentes da doena. Segundo Monteiro et al. (2006), o enfermeiro, enquanto lder de uma equipe de profissionais de enfermagem, ao cuidar de pacientes com doenas crnicas, planejar a assistncia clientela, considerando as diferentes fases da doena: aguda ou crnica, cujo cotidiano implica a ateno no dia-a-dia e com muitos cuidados. As orientaes devero ser discutidas com os pacientes e seus familiares durante o perodo de internao. De acordo com Silva e Oliveira (2009), durante o perodo de internao ser importante controlar e registrar sinais vitais, peso, ingesto hdrica, dbito urinrio e ingesto calrica. A monitorao da glicemia capilar se constituir em parmetro vital para tais pacientes. O enfermeiro poder instruir os prprios pacientes ou familiares quanto aferio, de acordo com cada aparelho ou com aquele adquirido pelo paciente. Os clientes diabticos normalmente rejeitam as aferies freqentes da glicemia pela puno digital que o procedimento requer. A valorizao deste cuidado e a sua importncia na preveno de complicaes do diabetes sero argumentos muito fortes. Segundo o Felten (2005), durante a internao e pensando no planejamento para a alta hospitalar, outra srie de cuidados e orientaes devem estar presentes: A neuropatia diabtica poder se manifestar de formas diversas: ateno para as dormncias, formigamentos e dores nas mos e nos ps; diarreia e constipao freqentes. Esses sinais e sintomas devero ser comunicados equipe de sade com rapidez, para antecipar o tratamento. Prurido, e ardncia ao urinar podero ser sugestivos de infeco urinria ou candidase e devem ser tratados de imediatos. O cliente diabtico precisa cuidar precocemente de tais quadros infecciosos, pois repercutem diretamente nos nveis glicmicos.

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A pele do paciente precisa ser inspecionada diariamente, seja pela equipe de enfermagem, pelo prprio paciente ou por quem cuida dele. As pernas e ps exigem uma superviso ainda mais atenta. Pequenas leses, cortes e bolhas devem se tratados imediatamente. Vale o alerta quanto necessidade do uso de sapatos confortveis e meias, preferencialmente de algodo. Os ps devem ser secos aps o banho, especialmente os espaos interdigitais. Os hidratantes impedem a formao de fissuras e possveis leses. Ressaltar a importncia, especialmente para os idosos, de fazer visita anual ao oftalmologista para detectar precocemente a retinopatia diabtica. Estimular o paciente a verbalizar suas dvidas e anseios, na tentativa de poder orient-lo melhor. (FELTEN, 2005, p. 95)

Segundo o Ministrio da Sade (BRASIL, 2006), os pacientes diabticos, como j pontuado, apresentam suscetibilidade aumentada no desenvolvimento de feridas e maior dificuldade na cicatrizao. Os profissionais de enfermagem devem empreender maior cuidado nos procedimentos com os clientes, evitando dobraduras nos lenis ou arrast-los no colcho para impedir o processo de cisaIhamento da pele e o uso de produtos irritantes e qualquer ao/situao que gere leses em membros inferiores. Ao mesmo tempo, deve-se trabalhar em conjunto com o servio de nutrio, oferecendo um perfil de alimentao que favorea a regenerao da pele e a cicatrizao das leses. Duas observaes importantes devem ser realizadas pela equipe de enfermagem durante a internao dos clientes diabticos e hipertensos: a relacionada ao sentido da viso e as questes da sexualidade. De acordo com Silva e Oliveira (2009), as agresses ao sentido da viso podem ser conseqncia da hipertenso e do diabetes. necessrio dar especial ateno a queixas de embaamento, manchas, pontos escurecidos e perda (sbita ou progressiva) da acuidade visual. O enfermeiro, nesse contexto, necessita realizar um acurado exame fsico e trabalhar com a equipe multiprofissional, visando a reduzir os agravos e elevar a qualidade de vida do paciente.

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A hipertenso e o diabetes ou os seus respectivos tratamentos podem alterar a libido nos dois sexos, bem como a capacidade ertil entre os homens. Este fato precisa ser aprofundado com cada paciente, de modo que se compreenda o que est acontecendo e que medidas podem ser usadas para contornar o problema. Nesse sentido, um trabalho interdisciplinar com a participao do psiclogo deve ser realizado, oferecendo um suporte adequado s necessidades da(o) paciente e sua(seu) companheira(o).

1.3 PRIORIDADES DA ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM De acordo com Silva e Oliveira (2009), a hipertenso arterial e o diabetes mellitus apresentam algumas prioridades em comum, mesmo reconhecendo a existncia de suas respectivas especificidades. Assim, as prioridades esto apresentadas em conjunto. a) Monitorar continuamente os nveis tensricos e de glicemia Segundo Jardim et al. (1996), as unidades hospitalares possuem suas rotinas para verificao dos sinais vitais, normalmente s 10h e s 22h. Mas em situaes em que um paciente apresente alteraes significativas nesses parmetros, outros padres devem ser adotados como, por exemplo, de seis em seis horas ou de oito em oito horas. Destaca-se, contudo, que no necessrio verificar todos os sinais vitais com a mesma freqncia: verifica-se a presso arterial mais amide com a freqncia que o quadro do paciente requer e os demais segundo as normas da instituio. Sugere-se que o enfermeiro realize um trabalho de orientao sua equipe, pois os auxiliares e tcnicos de enfermagem nem sempre percebem a razo para uma verificao mais seriada de algum sinal vital.

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A verificao da glicemia pode ser realizada em horrios predeterminados, s vezes de seis em seis horas, ou antes, das principais refeies (almoo e jantar). Esta rotina poder ser traada junto com a equipe mdica, procurando atender s necessidades especficas de cada paciente. Destaca-se a autonomia do enfermeiro em realizar a glicemia capilar, a partir da observao de sinais e sintomas apresentados pelo paciente: sonolncia, agitao, mal-estar, j alteraes no campo visual, odor cetnico, entre outros. (SILVA; OLIVEIRA, 2009, p. 136)

Para os diabticos internados h muito tempo, sugere-se o rodzio entre os locais de verificao da glicemia, prevenindo a ocorrncia de eventos adversos como a necrose das pontas dos dedos. b) Observar e registrar evidncias de isquemia e necrose dos tecidos, especialmente membros Segundo Jardim et al. (1996), tanto a hipertenso quanto o diabetes podem causar processos de morte tecidual em membros, especialmente os inferiores. Os aumentos crnicos da presso hipertrofiam a musculatura lisa vascular e aumentam a concentrao de colgeno, reduzindo o lmen do vaso, alterando a sua forma e o cicloespasmo de suas clulas. No que tange ao diabetes, a agresso aos vasos constitui uma complicao crnica, devendo ter permanentemente investigada. c) Favorecer a prtica do autocuidado e/ou da participao de familiares no tratamento do paciente Como se tratam de doenas crnicas, a boa convivncia com as mesmas favorece a recuperao do paciente, reduz a ocorrncia de complicaes e de reinternaes hospitalares. De acordo com o Ministrio da Sade (BRASIL, 2004), o paciente e seu ncleo familiar e de convvio devem receber orientaes claras, que respeitem suas caractersticas individuais e que sejam exequveis. d) Estimular a prtica da deambulao precoce

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Segundo Martins Jnior et al. (1998), a deambulao, desde que possvel, favorece a recuperao do cliente como um todo, prevenindo complicaes decorrentes da imobilizao, como as lceras por presso. O paciente estaria iniciando passo a passo a prtica de exerccios regulares, to recomendada para diabticos e hipertensos. e) Supervisionar a aceitao da dieta Segundo Silva e Oliveira (2009), o enfermeiro deve orientar e supervisionar sua equipe de forma a promover ambiente estimulante para todo tipo de refeio, livre de odores e da presena de itens como comadres, patinhes e cubas. Os procedimentos, mesmo nos pacientes mais graves, devem ser evitados nos horrios das refeies sempre que possvel. Observar se a dieta oferecida agradvel ao paciente, porque ele deve manter a dieta, mas esta precisa pelo menos conter alimentos aprazveis ao mesmo. f) Orientar o paciente e sua famlia sobre as prticas de higiene e cuidados com a pele De acordo com Carvalho (2004), estas orientaes estariam dirigidas especialmente clientela diabtica. Destaca-se o cuidado especfico com os ps, o que requer ateno diria. Pequenas leses podem evoluir abruptamente e transformar-se em outras enormes. O cuidado preventivo e precoce sempre ir contribuir para uma evoluo favorvel. g) Estimular modificaes no estilo de vida Carvalho (2004), ressalta que estas modificaes devem incluir, pelo menos, reduzir o peso a 10% a menos daquele considerado ideal, eliminar ou limitar a ingesto diria de lcool, engajar-se em exerccios aerbicos regulares e semanais,

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reduzir a ingesto de cloreto de sdio, parar de fumar, reduzir as gorduras saturadas e o colesterol, controlar a ingesto de carboidratos e garantir a quantidade diria de clcio, potssio e magnsio na dieta. As modificaes no estilo de vida so um dos objetivos mais difceis de serem atingidos na medida em que implicam uma "reprogramao" dos indivduos a uma nova cultura e a um novo saber/fazer. De um modo geral, essas mudanas acabam ocorrendo dentro de situaes ameaadoras para o paciente, como o risco de um acidente vascular cerebral ou a possibilidade de amputao de um membro, mas quando a sua vida retorna ao cotidiano e "normalidade", a lembrana dessa situao vai se apagando e os antigos hbitos vo reaparecendo l tomando o seu lugar (de centralidade, diga-se de passagem). Mesmo que o ser humano reaja assim ao medo e sensao de fiinitude e logo depois volte atrs, no se deve adotar um processo educativo ou de convencimento baseado nesse sentimento, pois certamente no ser eficaz e reduzir, substancialmente, a qualidade de vida dos indivduos que esto sob o.s cuidados da equipe de enfermagem.

1.4 ATENDIMENTO NO SETOR DE NEFROLOGIA O homem, atravs dos tempos, persegue o objetivo de aumentar a longevidade, com qualidade de vida. Mesmo no caso dos portadores de doenas renais, cujas limitaes social e pessoal so altssimas, existem mecanismos educacionais e tcnicos-assistenciais que visam a impedir a progresso da leso renal ou postergar ao mximo o ingresso do cliente em uma terapia de substituio da funo renal.

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Segundo Silva e Oliveira (2009), os grandes responsveis pela mortalidade precoce dos clientes com insuficincia renal so a hipertenso arterial e o diabetes mellitus tipo II, no diagnosticados ou insuficientemente tratados, seguidos do aumento da relao LDL/HDL-colesterol, obesidade, tabagismo e etilismo, acompanhados de vida sedentria. O enfermeiro que atua em campanhas educacionais e/ou programas de sade pblica que abordam os temas citados anteriormente atua em nefrologia, mesmo que no se d conta, ajudando a diminuir a incidncia da doena renal que requer teraputica substitutiva. Segundo Carvalho (2004), o enfermeiro nefrologista est presente em todas as etapas do acometimento da doena renal crnica, que gera no cliente desde limitaes leves at as mais graves, e que necessita de procedimentos de alta complexidade para substituio da funo renal (dilise e transplante renal). A presena do enfermeiro relevante no aspecto cientfico da especialidade, ajudando a descobrir o perfil epidemiolgico da insuficincia renal em nossa populao e atuando no crescimento da pesquisa experimental da profisso. De acordo com Silva e Oliveira (2009), o atendimento ao cliente portador de doena renal realizado em vrios setores diferenciados, que formam um servio de nefrologia. Estes incluem o ambulatrio de tratamento conservador; o ambulatrio pr e ps-transplante (Tx); a dilise peritoneal ambulatorial contnua (DPAC); a hemodilise; a unidade de transplante renal e de renais crnicos.O ambulatrio de tratamento conservador uma unidade que rene pacientes ou clientes com doena renal crnica, que ainda no necessitam de tratamento dialtico. A faixa etria dos pacientes variada, porm, h prevalncia de indivduos idosos. As principais doenas crnicodegenerativas associadas doena renal crnica neste ambulatrio so diabetes mellitus, seguida de hipertenso arterial, doena renal policstica e glomerulopatias crnicas. (SILVA; OLIVEIRA, 2009, p. 284)

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Segundo Carvalhho (2004), o ambulatrio pr-transplante renal constitui a unidade onde o cliente preparado para se submeter a um transplante renal de doador vivo ou cadver. Os clientes que chegar a este ambulatrio podem ter sido encaminhados pelo ambulatrio de tratamento conservador, isto , ainda no experimentaram nenhuma modalidade de terapia renal substitutiva. Podem ser transplantados renais que perderam o enxerto (rim transplantado) e doentes renais crnicos que ainda no foram transplantados e esto em programa dialtico.O ambulatrio ps-transplante renal o setor onde se realiza o acompanhamento ao paciente aps o transplante renal. Esse acompanhamento realizado enquanto durar a sobrevida do enxerto. O setor de dilise peritoneal ambulatorial contnua (DPAC) um ambulatrio onde se seleciona, orienta e acompanha o cliente e seus familiares no processo da dilise peritoneal (DP) realizado no domiclio do paciente. (CARVALHO, 2004, p. 201)

Segundo Silva e Oliveira (2009), o setor de transplante renal ir receber o paciente durante a sua fase de internao nos perodos pr e ps-operatrio do transplante renal. Esses dois perodos corresponde a fases distintas que, embora diretamente relacionadas, exigem assistncia prpria. O servio de hemodilise um setor onde a funo renal substituda por meio do uso de equipamentos como rim artificial e dialisadores capilares. Nele os clientes so submetidos a sesses programadas de filtrao do sangue, onde se busca a remoo de substncias txicas, escrias metablicas e excesso de lquidos, de forma a favorecer o controle da presso sangunea. Carvalho (2004), relata que a unidade de nefrologia, guarda peculiaridades, bem como a clientela ali atendida. Esses setores representam as opes de tratamento oferecidas ao doente renal crnico. Cada um requer, no entanto, uma equipe de enfermagem com conhecimento e habilidades prprias, liderada por um especialista em nefrologia.

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1.5

AUTOMEDICAO:

UM

RISCO

AO

PACIENTE

DIABTICO

E/OU

HIPERTENSO A Organizao Mundial da Sade (OMS) (apud BRASIL, 2006) e a Federao Internacional dos Farmacuticos (FIP)) definem a automedicao como a prtica pela qual os indivduos selecionam e usam medicamentos para tratar sintomas ou pequenos problemas de sade assim reconhecidos pelos mesmos. A automedicao feita de forma correta pode trazer benefcios para a sade e segundo a OMS sendo a mesma entendida como parte das aes de auto-cuidadO. Segundo a Agencia Nacional de Vigilncia Sanitria-ANVISA (2007), os medicamentos ocupam o primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicaes em seres humanos e o segundo lugar nos registros de mortes por intoxicao. A cada 20 segundos, um paciente d entrada nos hospitais brasileiros com quadro de intoxicao provocado pelo uso incorreto de medicamento.A automedicao o uso de medicamentos sem a prescrio, orientao e/ou acompanhamento do prescritor. Quando o paciente procura uma orientao farmacutica, a prtica recebe o nome de automedicao responsvel. Esta denominao torna-se contraditria, uma vez que o profissional de farmcia tem habilidade e formao que lhe permitem praticar a ateno farmacutica. Esta entendida como o a proviso responsvel da farmacoterapia com o objetivo de alcanar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes (BRASIL, 2001, p. 27).

Segundo Nascimento (2003), uma vez que a automedicao encontra-se amplamente inserida enquanto prtica exercida pelos brasileiros, tanto pela dificuldade de acesso aos servios de sade como pelas classes mais privilegiadas na busca de solues rpidas para seus problemas de sade a fim de evitar que suas atividades dirias fiquem impedidas, cabe ao profissional de sade a iniciativa de incentivar e promover a reflexo e a discusso acerca do assunto envolvendo profissionais de sade, gestores, polticos e a populao. No contexto atual, o

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profissional habilitado deve orientar a populao sobre o medicamento visando diminuio de risco e a maior eficcia possvel.A publicidade e a propaganda de medicamentos causam grande motivao no uso irracional e prejudicial de medicamentos. Os dados do Projeto de Monitorao de Propaganda da ANVISA apontam que cerca de 90% dos comerciais de medicamentos apresentam algum tipo de irregularidade. A situao mais alarmante na publicidade direcionada a mdicos e farmacuticos. Quinze por cento de 1,5 mil propagandas de medicamentos de venda sob prescrio analisadas pela ANVISA no apresentavam cuidados e advertncias, 14% no alertavam sobre as contra-indicaes e mais de 10% continham afirmaes sem comprovao de estudos cientficos (ANVISA, 2006, p. 31).

De acordo com Lopes (2001), qualquer prtica de automedicao, como qualquer outra prtica que diz respeito sade, tem resultados incertos. Quando se fala de risco, quanto menor a pericialidade de quem decide a interveno, maior ele . Ento, se a automedicao genericamente reconhecida como uma prtica que comporta risco, necessrio compreender como se constri e diversifica a percepo social do mesmo. A automedicao uma prtica que tem a partilha social e o sentido de imunidade subjetiva sendo reforados mutuamente. Ela deve ser encarada como uma prtica na qual vrios riscos esto associados: risco de tomar um remdio que no resolva, risco de efeitos indesejveis, o agravamento do problema, a melhora do problema e o surgimento de outro, entre outros.

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2 METODOLOGIA

Todos os resultados da presente pesquisa foram estudados segundo os preceitos de declaraes de Helsinque e do Cdigo de Nurenberg, respeitadas as normas de pesquisa, envolvendo seres humanos (Res CNS 196/96) do Conselho Nacional de Sade aps aprovao do anteprojeto pelo Ncleo de Pesquisa e Extenso de Medicina, autorizado pela SESMA Secretaria Municipal de Sade. Essa pesquisa se realizou, de incio, a partir de um estudo terico, atravs de pesquisa bibliogrfica visando fundamentar o processo de pesquisa. Silva e Menezes (2001, p. 105) afirmam que "a pesquisa pode ser classificada de forma ampla como exploratria. As pesquisas podem ser classificadas com base nos meios ou tcnicas utilizadas tais como experimento, observao ou levantamento, ou com base nos fins a serem alcanados: exploratria, descritiva ou causal. Foi utilizada a pesquisa exploratria, posto que, a pesquisa exploratria tipicamente a primeira aproximao de um tema e visa criar maior familiaridade em relao a um fato. O objetivo descrever, de forma quantitativa, os aspectos investigados sobre o fenmeno em estudo. A pesquisa de campo foi realizada no Hospital Municipal de Santarm, com os pacientes que sofrem hipertenso arterial sistmica, e diabetes. Os dados foram analisados de forma quantitativa, utilizando-se o mtodo analtico-descritivo para tabulao dos mesmos. Teixeira (2002) fiz que o mtodo quantitativo faz uma captura de imagens dos fatos e tem sua base nos princpios do positivismo.

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3 ANLISE DOS RESULTADOS

3.1 DADOS SOBRE AUTOMEDICAO ENTRE DIABTICOS E HIPERTENSOS EM VILA DE CURUAI Aplicou-se questionrios a vinte pacientes com diabetes e hipertenso arterial sistmica inscritos no Hospital Municipal de Santarm, na faixa etria entre 30 a 65 anos, no perodo de 01 a 30 de julho de 2009, visando obter dados que comprovem os objetivos propostos para este trabalho monogrfico. Quanto ao gnero, observou-se que 75% dos participantes da pesquisa so do gnero feminino; e 25% do gnero masculino. A freqncia maior do sexo feminino reflete a maior procura desta populao aos servios de sade e disponibilidade para participar de suas atividades. O mesmo foi verificado por Machado et al. (2004) na implantao de Servio de Ateno Farmacutica na Farmcia na Universidade Federal de Minas Gerais. Grfico 01 Gnero dos participantes da pesquisa75%80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

Masc 25% Fem

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Quanto sua condio clnica dos participantes da pesquisa, observou-se que 60% dos participantes desenvolveram hipertenso arterial sistmica; e 40%, diabetes. Segundo o Consenso Brasileiro de Diabetes (SBD, 2002), o Diabetes melitus como diagnstico primrio de internao hospitalar aparece como a sexta causa mais freqente e contribui de forma significativa (30% a 50%) para outras causas de internao, como cardiopatia isqumica, insuficincia cardaca, acidente vascular cerebral e hipertenso arterial. Grfico 02 Condio clnica dos participantes60%60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

40% Diabetes Hipertenso

Quanto formao escolar, verificou-se que 57% dos participantes da pesquisa tem o Ensino Fundamental. 32%, so analfabetos. E 11% tem o Ensino Mdio. A caracterstica de baixa escolaridade reflete o discutido por Pacheco et al. (2004) sobre atendimento em unidades de PSF, os quais tiveram predominncia das condies de no saber ler nem escrever e de relativamente pouco tempo de escolarizao. A baixa escolaridade refora a necessidade de ateno especial s necessidades de compreenso do tratamento medicamentoso, alm de ter reflexo direto sobre a renda familiar desses idosos.

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Grfico 03 Formao Escolar dos participantes60% 50%

57%

Analfabeto40% 30% 20%

32%

Ensino Fundamental Ensino Mdio Ensino Superior 11% Ps-Graduado 0% 0%

10% 0%

Indagados sobre a forma que compram remdios, verificou-se que 60% dos participantes compram remdios por conta prpria. 30%, em alguns casos, pedem auxlio ao farmacutico. E 10%, somente com receitas mdicas. Grfico 04 Compra de medicamentos60%60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

Somente com receitas mdicas 30% Em alguns casos, pede auxlio ao farmacutico Compra por conta prpria

10%

Segundo Uchoa (2002), automedicao acrescenta aos riscos relacionados ao consumo de medicamentos prescritos a possibilidade de se mascarar ou retardar

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o diagnstico de condies mais srias, dificultando a atuao do mdico, pois nem sempre o paciente menciona essa prtica durante a consulta mdica. Desse modo, impe-se um duplo nus aos servios de sade: alm dos gastos com a ateno farmacutica, superiores queles decorrentes de consultas mdicas, novas despesas originam-se do atendimento a enfermidades relacionadas ao uso inadequado de frmacos. Indagou-se se quando o paciente se automedica, que tipo de situao leva-o a comprar esses remdios, observou-se que 50% dos participantes compra remdios para dor e febre simples. 30%, para inflamaes simples, como garganta e ouvido. 15% para problemas estomacais, como diarria, dor de estmago. E 5%, compram remdios para gripe. Arrais et al. (1997) descreveram que entre os medicamentos mais consumidos, para indivduos com idade acima de 55 anos, so administrados para problemas circulatrios, dores msculo-esquelticas e dor de cabea. Grfico 05 Tipo de situao em que compra remdio sem prescrio50%50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0%

Para dor e febre simples Para problemas estomacais (diarrias, dor de estomgo, etc.) Para inflamaes simples, como garganta, ouvido Gripe 5% 0% Outras

30%

15%

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Indagou-se se mantm estoque de medicamentos em casa, verificando-se que 55% dos participantes relataram manter um estoque desses remdios em casa. E 45%, relataram no ter estoque de remdios. Esta situao gera uma preocupao, pois, segundo Morais (2003), haveria a possibilidade de uma automedicao futura, talvez at com uma sobra de medicamentos em condies imprprias para uso, o que consequentemente, leva a uma maior dificuldade de assistncia mdica adequada, alm disso esse uso imprudente alm de ser um risco para a sade do prprio paciente por causa da possibilidade de reaes adversas, mascaramento de sintomas e desenvolvimento de doenas crnicas, tambm deve ser considerada a emergncia e espalhamento da resistncia microbiana. Grfico 06 Mantm estoque de remdios55%60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

45%

Sim No

Sobre quem lhe indicou os medicamentos, observou-se que 45% dos participantes compram remdios por conta prpria. 30% buscam a orientao do mdico. 10%, do farmacutico. Outros 10%, de parentes, amigos ou vizinhos. E 5%, compram remdio seguindo orientao das propagandas. Segundo Souza (2006), a indicao da utilizao da receita mdica anterior a mais pronunciada entre os

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pacientes que compram medicamentos sem prescrio. Apesar de detectar em seu estudo que muitos pacientes relatam comprar medicamentos por conta prpria, mas que foram indicados por vizinhos, parentes ou amigos, ou mesmo, pela propaganda na mdia. Grfico 07- Indicao dos medicamentos

45%45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0%

Mdico Farmacutico 30% Balconista Parente, amigo, vizinho 10% 0% 10% 5% Conta prpria Propaganda (rdio, TV, revista)

A respeito do motivo para ter comprado o medicamento sem prescrio, verificou-se que 60% dos participantes relataram que compram o remdio que j o curou antes. 25%, relatam que o mdico sempre prescreve os mesmos. 10%, segue o conselho de algum. E 5%, tm profissional de sade na famlia. Segundo estudos de Souza (2006), que encontrou os mesmos resultados deste estudo, observou que os pacientes buscam remdios j utilizados anteriormente pois confiam no medicamento, j que foi indicado pelo mdico anteriormente, relatando que no consideram necessrio uma nova consulta para descrever sintomas semelhantes da consulta anterior.

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Grfico 08 Motivo da compra de medicamentosAcha que no precisa de prescrio No perder tempo Dinheiro J foi curado por ele antes O mdico sempre prescreve os mesmos Segue conselho de algum Tem profissional de sade na famlia Outros motivos

60%

60%

50% 40%

30%

25%

20%

10% 0%

10% 5% 0% 0% 0% 0%

Indagados se lem a bula para verificar se o medicamento pode ter conseqncias adversas devido a doena, observou-se que 75% dos participantes da pesquisa tem o costume de ler a bula. E 25%, no costumam fazer essa leitura. Com base na promoo de uso racional de medicamentos, Freitas et al (2002), esclarece que especial nfase dever ser dada, tambm, ao processo educativo dos usurios ou consumidores acerca dos riscos da automedicao, da interrupo e da troca da medicao prescrita, bem como quanto necessidade da receita mdica, no tocante dispensao de medicamentos tarjados. Mas, principalmente, alertar para o fato do paciente fazer a leitura da bula do medicamento, mesmo que este tenha sido indicado pelo mdico.

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Grfico 09 Leitura da bula para verificar as conseqncias do medicamento

75%80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

Sim 25% No

Quando indagados se na consulta, alertam o mdico ou enfermeiro sobre o medicamento que est utilizando, verificou-se que 75% dos participantes da pesquisa tem o costume de alertar o profissional de sade sobre o medicamento. E 25%, no fazem esse alerta. Grfico 10 Alerta sobre o medicamento utilizado

75%80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

Sim 25% No

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Segundo Carvalho (2004), o alerta ao profissional de sade sobre os medicamentos que esto sendo utilizados pelo paciente, auxilia no diagnstico dos problemas apresentados por este, no momento da consulta.

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CONCLUSO

O uso de medicamentos disponveis sem receita mdica hoje geralmente aceito como parte integrante do sistema de sade. Vai ao encontro do desejo crescente de cada indivduo de assumir a responsabilidade pela sua prpria sade. Quando praticada corretamente, a automedicao pode tambm contribuir para aliviar financeiramente os sistemas de sade pblica. Porm, com o incentivo a indstria da automedicao, o que ocorre o uso indiscriminado dos medicamentos. Com isso ocorrem resultados indesejveis, tais como: aumento da resistncia bacteriana aos antibiticos pelo uso incorreto e at mesmo uma hemorragia cerebral devido combinao de um anticoagulante com um simples analgsico. Na pesquisa, observou-se que grande parte dos pacientes so do sexo feminino, com formao escolar do Ensino Fundamental. Sendo que a maioria sofre de hipertenso arterial sistmica. Quanto automedicao, verificou-se que a maioria compram remdios por conta prpria, comprando remdios para dor e febre simples, alm de inflamaes simples, como garganta e ouvido, buscando remdios conhecidos, que j teriam utilizado antes para o problema apresentado, e tendo sido curado pelo mesmo. Relataram tambm manter estoque de medicamentos em casa. Esses pacientes costumam ler a bula do remdio, para verificar se o medicamento pode ter conseqncias adversas devido a doena. E na consulta, alertam o mdico ou enfermeiro sobre o medicamento que est utilizando. Nesse cenrio, a automedicao entendida como prtica perigosa para a sade e representa uma ameaa sade pblica, devido aos gastos decorrentes

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por atendimentos, internaes e bitos, resultantes do uso incorreto e irracional de medicamentos. Contudo, a automedicao uma prtica que envolve questes mais amplas, como a escolaridade, o poder aquisitivo, o acesso informao e questes culturais, como a partilha social de bens. Desta forma, o consumo de medicamentos sem aconselhamento do prescritor uma realidade que deve ser estudada social e antropologicamente a fim de que se entenda melhor o porqu dos brasileiros consumirem medicamentos por conta prpria. Dessa forma torna-se necessria a realizao de projetos governamentais com a finalidade de orientar a populao para uma medicao responsvel. Alm, claro, da intensificao de rigorosa fiscalizao por parte da Agncia de Nacional de Vigilncia Sanitria e demais rgos responsveis e com isso diminuir o uso indiscriminado de medicamentos pela populao.

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