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Monografia efeitos Ades
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AdeS® ORIGINAL LIGHT MELHORA PERFIL LIPÍDICO E REDUZ A PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA EM PACIENTES COM HIPERCOLESTROLEMIA PRIMÁRIA EM COMPARAÇÃO
AO LEITE DE VACA DESNATADO
Bricarello LP*, Fonseca FAH*, Bertolami MC**, Nakamura Y** , Relvas WG*, Faludi AA**, Izar
MC*, Ihara SSM*; Colovati M*; Pinto LES*, Kasinski N*
*Setor de Lípides Aterosclerose e Biologia Vascular - UNIFESP/EPM
**Seção de Dislipidemias - Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
SÃO PAULO/2002
RESUMO
Introdução: Estudos internacionais de intervenção nutricional têm demonstrado
melhora global de perfil lipídico com uso da proteína de soja, um alimento
funcional, que acrescenta propriedades adicionais à dieta tradicional com restrição
de gorduras saturadas e colesterol no controle das dislipidemias. Objetivos:
Examinar as modificações no perfil lipídico e peroxidação lipídica pelo emprego do
AdeS® Original Light em pacientes com hipercolesterolemia primária. Métodos e
Resultados: Após orientação nutricional com base na dieta fase I da American
Heart Association (AHA) por seis semanas, 60 pacientes (idade de 56 ± 9 anos; 15
homens e 45 mulheres) foram randomizados para tratamento em desenho duplo-
cego e cruzado com AdeS® Original Light por seis semanas ou leite de vaca
desnatado por igual período. Após a randomização o AdeS® Original Light não
modificou os níveis séricos para o colesterol total (-0,7 ± 1,7% vs 0,6 ± 1,7%); mas
reduziu os valores de LDL-colesterol (-3,5 ± 2,6 % vs. 1,9 ± 2,4%, p<0,02);
aumentou os níveis séricos de HDL-colesterol (9,9 ± 3,0% vs –0,1 ± 2,2%, p<
0,0001) e não modificou os valores dos triglicérides (4,4± 4,1% vs. 3,0 ± 4,0%). O
tratamento com o AdeS® Original Light ainda reduziu os valores do TBARS após a
orientação nutricional (p < 0.05 vs. dieta e leite de vaca desnatado). Conclusão: O
tratamento com AdeS® Original Light modificou favoravelmente o perfil lipídico e
reduziu a peroxidação lipídica em pacientes com hipercolesterolemia primária, em
comparação com o leite de vaca desnatado.
2
INTRODUÇÃO
A doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de morte na
maioria dos países desenvolvidos e de alguns em desenvolvimento. Na maioria
das vezes ela é devida à aterosclerose que, segundo alguns estudos, tem sua
origem na infância 1, 2, 3, 4.
A idade, o sexo e os antecedentes pessoais e familiares de doença
cardiovascular são fatores de risco não modificáveis para DAC. A
hipercolesterolemia, a hipertensão arterial, o tabagismo, o diabetes melito, a
obesidade e a falta de atividade física são fatores de risco considerados
modificáveis 5, 6. A proteção inadequada das lipoproteínas contra a oxidação está
atualmente em investigação como outro possível marcador de risco 7.
O tratamento inicial das dislipidemias, segundo evidências epidemiológicas 8, 9, experimentais e clínicas 10 inclui dieta, atividade física e mudanças no estilo de
vida. Além disso, podem ser incluídos os chamados alimentos funcionais, como
coadjuvantes à dieta no auxilio da prevenção e/ou tratamento das dislipidemias.
Em 1995, Anderson e col 11 relataram uma metanálise dos efeitos da
proteína de soja sobre os níveis de lípides sangüíneos. Esta metanálise avaliou 38
estudos com a proteína da soja, que demonstraram reduções significativas nos
níveis plasmáticos de colesterol total e LDL-c. Em 34 dos 38 estudos avaliados, as
concentrações plasmáticas de colesterol reduziram em 9,3% com a ingestão
média de 47 gramas de proteína da soja por dia. Subseqüentemente, a proteína
de soja foi considerada um alimento com propriedades funcionais, capaz de
reduzir o colesterol de acordo com o Food and Drug Administration (FDA), que
recomenda 25g/dia da proteína de soja, como componente de uma dieta pobre em
gordura saturada e colesterol, para a redução do risco cardiovascular 12, 13.
Os efeitos da soja no metabolismo lipídico são ainda pouco conhecidos,
mas alguns estudos têm propiciado melhor compreensão de sua ação 14,15,
destacando-se: redução da absorção e aumento da excreção de colesterol,
aumento da formação e excreção de sais biliares, levando a maior expressão de
receptores de LDL e conseqüente redução do colesterol plasmático.
3
Outro aspecto de grande relevância para a prevenção da aterosclerose e
eventos coronarianos seria uma redução no estresse oxidativo, sobretudo no grau
de lipoperoxidação das lipoproteínas plasmáticas. A elevação de LDL-colesterol e
a redução de HDL-c constituem-se em aspectos estreitamente relacionados com a
aterosclerose. Todavia o grau de alterações estruturais das lipoproteínas,
sobretudo na íntima arterial, representa um mecanismo aceito para a formação
das células espumosas, etapa crucial na formação dos ateromas. Estas
modificações decorrem principalmente da maior presença de espécies reativas de
oxigênio, e têm sido descritas em associação com os principais fatores de risco da
aterosclerose, como diabetes melito, o fumo, a hipertensão arterial ou a
hipercolesterolemia. Estas alterações permitem explicar como pacientes com
níveis de colesterol superponíveis aos de população sadia podem desenvolver
placas, a despeito de um nível de colesterol normal ou limítrofe. A possibilidade de
intervenção no estresse oxidativo, possibilitando uma redução da aterogênese
representa um outro interessante aspecto na prevenção da aterosclerose.
A formação de hidroperóxidos lipídicos no plasma ocorre assim que são
consumidos os antioxidantes hidrossolúveis e lipossolúveis contidos nas
lipoproteínas, ocorrendo a oxidação dos ácidos graxos insaturados
exponencialmente. O radical superóxido é importante para a iniciação da
modificação oxidativa da LDL, mas a propagação e amplificação do processo
envolve outros radicais livres, provavelmente radicais peroxila derivados da
oxidação de ácidos graxos poliinsaturados 16.
Alguns estudos mostraram que a soja pode ter um papel na redução da
peroxidação lipídica e, conseqüentemente, na progressão da aterosclerose e
doenças cardiovasculares tanto em animais 17, como em humanos18, 19,20,21
OBJETIVOS
4
O presente estudo examinou os efeitos no perfil lipídico e na peroxidação
lipídica decorrentes do uso de AdeS Original Light em adultos portadores de
hipercolesterolemia primária em comparação ao leite de vaca desnatado.
MÉTODOS
O protocolo do estudo foi aprovado pelos Comitês de Ética em pesquisa da
UNIFESP-EPM e do IDPC. Todos os pacientes assinaram termo de
consentimento para realização do estudo.
Casuística
Foram selecionados 60 pacientes portadores de hipercolesterolemia primária,
29 pacientes do Ambulatório da Seção Médica de Dislipidemias do Instituto Dante
Pazzanese de Cardiologia e 31 pacientes do Setor de Lípides, Aterosclerose e
Biologia Vascular da Disciplina de Cardiologia da UNIFESP-EPM. Estes pacientes
foram predominantemente constituídos por mulheres (n=45) com média de idade
de 56 9,21 anos, sendo o peso médio de 64 10 kg e o IMC 25,1 2,6 kg/m2.
Critérios de inclusão
Adultos de ambos os sexos, com idade entre 20 e 70 anos, com
hipercolesterolemia primária e níveis séricos de colesterol total entre 200 e 350
mg/dL e de LDL-colesterol entre 130 e 220 mg/dL. Todos os pacientes estavam
em prevenção primária da doença coronariana, sem manifestações clínicas
prévias da aterosclerose. Os pacientes foram aceitos no estudo após lerem e
assinarem a carta de informações e o termo de consentimento.
Critérios de exclusão
Colesterol total abaixo de 200mg/dL ou acima de 350 mg/dL, LDL-c < 130 mg/dl
ou LDL-c > 220 mg/dl, triglicérides acima de 400 mg/dL; hipercolesterolemia
5
secundária (diabetes melito, hipotiroidismo não controlado, insuficiência renal
(creatinina 2mg/dL), síndrome nefrótica, obesidade - Índice de massa corporal
acima de 30 kg/m2); etilismo ou uso regular de bebidas alcoólicas (acima de 7
doses/semana); dificuldade de entendimento das condições do estudo ou em
cumprir a utilização do produto diariamente; dificuldade em seguir a dieta
proposta; uso de medicamentos hipolipemiantes nas oito semanas anteriores ao
início do estudo. Uso de medicamentos capazes de influir sobre os níveis séricos
de colesterol, como: antifúgicos sistêmicos ou imunisupressores. Medicamentos
anti-hipertensivos como diuréticos e beta-bloqueadores não foram considerados
como fator excludente, desde que se mantivessem inalteradas as doses durante
todo o estudo; necessidade de uso de medicação hipolipemiante; qualquer outra
condição ou terapia que, na opinião dos investigadores, pudesse influir nos
resultados do estudo.
Desenho do estudo
Estudo randomizado, duplo-cego, controlado (leite de vaca desnatado) e cruzado.
AdeS® Original Light, contém 25 gramas de proteína de soja (em 1 litro,
quantidade proposta por dia). O leite de vaca desnatado foi elaborado seguindo a
mesma quantidade de calorias e diferindo na quantidade de gorduras,
carboidratos e tipo de proteína (soja e caseína).
Os pacientes selecionados para o estudo foram submetidos à consulta nutricional
para iniciação ou manutenção da dieta fase I da American Heart Association
(anexo 1), para avaliação antropométrica que incluiu: peso, estatura e
circunferência da cintura. A avaliação do consumo alimentar foi obtida pelo
inquérito de 24 horas e freqüência alimentar; os pacientes foram acompanhados
pelos médicos envolvidos no estudo para avaliação clínica e realizaram coleta de
sangue para exames bioquímicos.
Sendo elegíveis para o estudo, os pacientes foram sorteados para receber AdeS®
Original Light ou leite de vaca desnatado durante seis semanas, 34 pacientes
iniciaram o estudo utilizando o alimento codificado por EMB (AdeS® Original Light)
e 26 pacientes, o alimento OKR (leite de vaca desnatado). Após 6 semanas houve
6
inversão de EMB para OKR e de OKR para EMB, respectivamente, sem wash out
intermediário.
V1 V2 V3 V4 V5
AdeS® Original AdeS® Original
Light Light
DIETA
Leite de Vaca Leite de Vaca
Desnatado Desnatado
-6 -3 0 + 6 + 12 Semanas
Visita 1 (semana – 6): Consulta nutricional (Orientação nutricional para iniciação
da dieta fase I) + Consulta Médica + Coleta de sangue (hemograma completo,
creatinina, glicemia de jejum, ácido úrico, urina tipo I, TSH, GGT, AST, ALT, TG,
CT e frações);
Visita 2 (semana – 3): Consulta nutricional + consulta médica;
Visita 3 (semana 0): Consulta nutricional + Consulta médica + Coleta de sangue
(TBARS, TG, CT e frações) Randomização;
Visita 4 (semana + 6): Consulta nutricional + consulta médica + coleta de sangue
(TBARS, TG, CT e frações). Troca do tipo de alimento;
Visita 5 (semana + 12): Consulta nutricional + consulta médica + coleta de sangue
(CT e frações, TG e TBARS).
7
Métodos de obtenção de informação dietética
Para a avaliação dietética foi utilizado o recordatório de 24 horas, no qual o
indivíduo responde a um nutricionista questionário sobre o que ingeriu nas últimas
24 horas22.
Outro método utilizado foi o questionário de freqüência alimentar que trouxe
informações sobre o consumo de alimentos em particular, ou grupo de alimentos
que o indivíduo ingere diária, semanal ou mensalmente. Esta informação auxiliou
na verificação da veracidade das respostas do registro de 24 horas e esclareceu o
padrão alimentar real do indivíduo23.
Variáveis bioquímicas e lipídicas
Todas as coletas de sangue foram realizadas com os pacientes em jejum
de 12 horas. Foi realizada a determinação do hemograma completo, creatinina,
ácido úrico, TSH, GGT, AST, ALT, colesterol total (CT), HDL-c, LDL-c, VLDL-c,
triglicérides (TG). Todas as determinações foram realizadas no mesmo
Laboratório da Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP) da
UNIFESP-EPM.
As análises de peroxidação lipídica foram realizadas no laboratório do Setor
de Lípides, Aterosclerose e Biologia Vascular da Disciplina de Cardiologia da
UNIFESP-EPM.
Métodos empregados nas dosagens
Para o exame do perfil lipídico foi empregado o método colorimétrico automatizado
em aparelho Opera (Bayer), estimando-se o LDL-c pela fórmula de
FRIEDEWALD24: LDL-c = colesterol total - (HDL-c + triglicérides)/5.
Medida da Lipoperoxidação em Plasma (LPO): para a medida da peroxidação de
lipídeos em plasma foi utilizada a técnica de Ohkawa e cols25, que é baseada na
formação de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARs),
predominantemente o malondialdeído, que ocorre após a lipoperoxidação das
membranas celulares. Estas substâncias produzem uma coloração característica
8
(rosa), que é medida espectrofotometricamente a 535nm. Com esta técnica é
avaliada a degradação oxidativa de ácidos graxos plasmáticos.
Os resultados são expressos em moles de MDA por ml de plasma (moles/ml).
Análises Estatísticas
Os resultados foram obtidos segundo testes estatísticos adequados (ANOVA,
comparação com pós-teste de Newman Keuls, com significância de P<0,05).
RESULTADOS
A Figura 1 mostra o perfil lipídico observado ao longo do estudo. Ambos os
grupos receberam orientação nutricional com base nas recomendações da
American Heart Association fase I, por seis semanas. Após este período o grupo 1
(G1) passou a receber o AdeS® Original Light por seis semanas e a seguir o leite
de vaca desnatado por igual período. O grupo 2 (G2) recebeu o leite de vaca
desnatado após a dieta e ao final o AdeS® Original Light. Durante todo o estudo os
pacientes mantiveram-se sob recomendações nutricionais da AHA.
Colesterol Total
O G1 após o tratamento com AdeS® Original Light apresentou menores
valores para o colesterol total quando comparado ao período basal. Além disso,
diferenças entre os grupos G1 e G2 só foram observadas após o período de dieta,
comparando-se a intervenção com AdeS® Original Light e o leite de vaca
desnatado (valores mais baixos para o AdeS® Original Light).
LDL-colesterol
O grupo 1, após o período de tratamento com o AdeS® Original Light,
apresentou menores valores de LDL-colesterol quando comparado ao período
basal, pós dieta e após receber o leite de vaca desnatado. Quando comparados
os grupos G1 e G2 somente se diferenciaram após o tratamento com o AdeS®
Original Light ou leite de vaca desnatado (menores valores para o primeiro).
9
HDL-colesterol
O tratamento pelo AdeS® Original Light no grupo 1 promoveu significantes
diferenças (elevação do HDL-c) quando comparados com o período basal, pós
dieta e após o leite de vaca desnatado. Quando comparados os dois tratamentos
novamente no G1 foram observados maiores valores para o HDL-colesterol.
Triglicérides
Não foram observadas modificações para esta variável pelo tratamento
instituído.
Peroxidação lipídica
O tratamento com AdeS® Original Light reduziu os valores dos TBARs em
comparação ao leite de vaca desnatado.
Figura 1. Perfil lipídico ao longo do estudo
10
220
225
230
235
240
245
250
255
G1 n=34
G2 n=26
COLESTEROL TOTAL
Cole
stero
l Tota
l (m
g/d
L)
Basal Dieta Intervenção
Leite de VacaDesnatado
vaca
AdeS
Original Light
soja* †
* p<0.05 vs. G1 basal † p<0.05 vs. G2 leite de vaca desnatado
130
135
140
145
150
155
160
165
170
G1 n=34
G2 n=26
LDL-colesterol
LDL-
Cole
stero
l (m
g/d
L )
BasalDieta Intervenção
*†‡ *†‡
p<0.001 vs G1 basal
p<0.05 vs G1 dieta e G1 leite de vaca desnatado
p<0.05 vs G2 leite de vaca desnatado
Leite de VacaDesnatado
AdeS
Original Light
Leite de VacaDesnatado
AdeS
Original Light
48
50
52
54
56
58
60
62
64
66
G1 n=34
G2 n= 26
HDL-colesterol
HD
L-C
ole
stero
l (m
g/d
L)
Basal Dieta Intervenção
†
*‡
‡
†
* P<0.001 vs. G1 dieta, G1 basal e G1 leite de vaca desnatado
P<0.01 vs.G2 dieta
P<0.02 vs.G2 leite de vaca desnatado
Leite de VacaDesnatado
AdeS
Original Light
Leite de VacaDesnatado
AdeS
Original Light
TRIGLICÉRIDES
Tri
glic
éri
des
(mg/d
L)
100
110
120
130
140
150
160
G1 n=34
G2 n=26
Basal Dieta Intervenção
Leite de VacaDesnatado AdeS
Original Light
Leite de VacaDesnatado
AdeS
Original Light
A figura 2 mostra o comportamento das variáveis lipídicas vistas em
conjunto (todos os pacientes foram analisados em um só grupo, independente do
período do tratamento). Com relação aos triglicérides, não foram observadas
diferenças significantes.
Figura 2. Valores obtidos para o colesterol total, LDL-colesterol e HDL-
colesterol (mg/dL)
11
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
G1 n=34
G2 n=26
PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA (TBARS)TB
AR
S (
nm
ol/
ml)
Dieta Intervenção
*†
*†
P<0.05 vs. G1 dieta e G1 leite de vaca desnatado
P<0.02 vs. G2 leite de vaca desnatado vaca
Leite de Vaca
Desnatado
AdeS
Original Light
Leite de Vaca
Desnatado
AdeS
Original Light
248 241 237 240
0
50
100
150
200
250
300
BASAL DIETA Ades OriginalLight
Leite de VacaDesnatado
1 Berenson GS, Wattigney WA, Tracy RE, et al. Atherosclerosis of the aorta and coronary arteries
and cardiovascular risk factors in persons aged 6 to 30 years and studied at necropsy (The
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density lipoprotein cholesterol during puberty. The Dietary Intervention Study in Children (DISC).
Circulation. 1997;96:2526-33.
12
163 157147
157
0
50
100
150
200
BASAL DIETA Ades OriginalLight
Leite de VacaDesnatado
56 5862
56
0
10
20
30
40
50
60
70
BASAL DIETA Ades OriginalLight
Leite de VacaDesnatado
Figura 3. Valores obtidos para o TBARS, no período pós dieta AHA, pós
AdeS® Original Light e leite de vaca desnatado (nmoles/mL)
11 Anderson JW, Johnstone BM, Cook-Newell ME. Meta-analysis of the effects of soy protein intake
on serum lipids. N Engl J Med. 1995;333:276-282.
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13 Erdman JW. Soy Protein and Cardiovascular Disease: A Statement for Healthcare Professionals
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markers of oxidative stress in men and women. Cancer Lett 2001; 172(1):1-6.
13
1,8
1,5
1,9
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
DIETA Ades Original Light Leite de VacaDesnatado
Relação CT/HDL-c e LDL-c/HDL e risco cardiovascular
Pesquisas recentes têm demonstrado que a inclusão dos níveis de HDL-c
na avaliação do risco coronariano, além dos valores de colesterol total, aumenta,
em muito, o poder preditivo para eventos coronarianos, quando comparado com o
colesterol total de forma isolada. Uma constatação importante é que, para
qualquer nível de colesterol total (CT), mesmo aqueles considerados normais, o
risco de evento coronariano é maior para quem apresenta níveis mais baixos de
HDL-c. O índice de Castelli I que determina a razão existente entre o CT/HDL-c,
inicialmente descrito como um indicador do risco coronariano no estudo de
FRAMINGHAM foi também avaliado no grande estudo alemão PROCAM26, onde
foi visto que o mesmo apresenta curva exponencial na determinação do risco
cardiovascular, sendo seu valor ótimo menor que 5. Outro índice proposto por
Castelli (LDL-c/HDL-c, índice de Castelli II) também avalia o risco coronariano,
sendo seu valor de referência ideal < 4,3. Foram avaliados ambos os índices de
Castelli (I e II) com o intuito de classificar nossos pacientes que participaram do
estudo segundo o risco coronariano (figura 4).
14
Figura 4. Valores obtidos para os Índices de Castelli I e II, no período basal,
pós dieta AHA, pós AdeS® Original Light e leite de vaca desnatado
15
Tratamento
ÍNDICE DE Castelli I4,74,4
44,5
0
1
2
3
4
5
6
BASAL DIETA Ades OriginalLight
Leite de VacaDesnatado
Os valores reduziram de forma significante e correspondem a um menor
risco cardiovascular com o uso de AdeS® Original Light para ambos os índices,
conforme verificado na figura 4.
DISCUSSÃO
O emprego da dieta com redução de colesterol e gordura saturada na
prevenção da doença aterosclerótica está bem estabelecido. Mais recentemente,
o maior aporte de gordura monoinsaturada e de fibras passaram a fazer parte das
recomendações do National Cholesterol Education Program (NCEP) dos EUA. A
possibilidade de modificação do perfil lipídico e redução da peroxidação lipídica
com a recomendação da ingestão da soja amplia o potencial da dieta na
prevenção das doenças cardiovasculares. Nosso estudo confirma o impacto
favorável no perfil lipídico pelo AdeS® Original Light e ainda a atenuação dos
níveis de TBARS no plasma de pacientes com hipercolesterolemia primária. O
estudo mostra que o consumo diário de um litro de AdeS® Original Light é superior
ao consumo de leite de vaca desnatado, uma vez que pode interferir
favoravelmente no perfil lipídico. Além disso, o estudo foi duplo-cego e cruzado,
16
Tratamento
ÍNDICE DE Castelli II3,12,9
2,62,9
0
1
2
3
4
BASAL DIETA Ades OriginalLight
Leite de VacaDesnatado
com o efeito do AdeS® Original Light sendo confirmado em todas as etapas do
estudo, e num prazo de apenas seis semanas.
Os mecanismos desta resposta favorável parecem ser primariamente
motivados por maior excreção de ácidos biliares, determinando maior expressão
de receptores para a lipoproteína de baixa densidade, com conseqüente redução
do colesterol plasmático contido principalmente nesta partícula. O aumento
expressivo no HDL-c ao lado da redução dos TBARS, sugere que possa haver
maior atenuação do estresse oxidativo pela maior presença desta partícula, que
via paraoxonase reduz a peroxidação lipídica da LDL. Além disso, níveis séricos
maiores de HDL-c e menores de LDL-c propiciam melhor função endotelial e
redução dos mecanismos associados à aterogênese, incluindo-se menor
concentração de espécies reativas de oxigênio na íntima vascular.
CONCLUSÃO
Sumarizando, uma dieta incluindo AdeS® Original Light propiciou em indivíduos
com hipercolesterolemia primária, melhora no perfil lipídico e redução da
peroxidação lipídica quando comparados à intervenção à base de leite de vaca
desnatado.
17
ANEXO 1
Características da Dieta Fase I da American Heart Association (AHA) 22.
Nutriente Fase I
Gordura total Menos que 30% das calorias totais
Ácidos graxos saturados Menos que 10% das calorias totais
Ácidos graxos poliinsaturados Até 10% das calorias totais
Ácidos graxos monoinsaturados 10% a 15% das calorias totais
Carboidratos 50% a 60% das calorias totais
Proteínas 1g/Kg de peso ideal
Colesterol < 300 mg/dia
Calorias totais Para atingir ou manter o peso desejável
2222 Karvetti RL and Knuts JR: Validity of the 24-hour dietary recall. J Am Diet Assoc 1985; 85:1437.
23 Karkeck JM: Improving the use of dietary survey methodology. J Am Diet Assoc 87:869, 1987.24 Friedewald WT, Levy RI, Fredrickson DS. Estimation of the concentration of low-density
lipoprotein cholesterol in plasma without use of the preparative ultracentrifuge. Clin Chem 1972;
18:499-50225 Ohkawa H, Ohishi N, Yagi K. Assay for lipid peroxides in animal tissues by thiobarbituric acid
reaction. Anal. Biochem. 1979;95:351-358.26 ASSMAN, SCHULT H. Results conclusions of the Prospective Cardiovascular Münster
(PROCAM) Study. In: ASSMAN G, ed. Lipid Metabolism disorders and coronary heart disease. 2nd
ed. München: MMV Medizin Verlag, 1993, 19-68.27 Sociedade Brasileira de Cardiologia. II Consenso Brasileiro sobre Dislipidemias. Detecção,
Avaliação e Tratamento. Arq Brasil Cardiol 1996; 67:1-16.
18
ANEXO 2
Características dos produtos utilizados no estudo.
AdeS Original Light
200 ml
Leite de vaca Desnatado
200 ml
Valor Calórico 60 kcal 56,4 kcal
Carboidratos 1 g 8,6 g
Proteínas 5 g 5,5 g
Gorduras Totais 3,5 g < 0,01 g
Gorduras Saturadas 0,5 g
Gorduras Monoinsaturadas 0,5 g
Gorduras Poliinsaturadas 2 g
Colesterol 0 mg < 1,0 mg
Fibra Alimentar 0 g < 0,01 g
Isoflavonas
genisteína 49.8 ppm
daidzína 33,4 ppm
glicitina 4.7 ppm
Fonte: Análises fornecidas pela empresa
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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