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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PROJETOS E OBRAS PÚBLICAS DE EDIFICAÇÕES PROGRAMA DE RESIDÊNCIA TÉCNICA 2013-2015

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSAPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃOEM PROJETOS E OBRAS PÚBLICAS DE EDIFICAÇÕES

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA TÉCNICA 2013-2015

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSAPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

TATIANE DE ALMEIDA FREITAS

AS ETAPAS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL: ESTUDO

DE CASO EM UMA GRANJA DE CORTE NO ESTADO DO

PARANÁ

PONTA GROSSA2015

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TATIANE DE ALMEIDA FREITAS

AS ETAPAS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL: ESTUDO

DE CASO EM UMA GRANJA DE CORTE NO ESTADO DO

PARANÁ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista em Projetos e Obras Públicas de Edificações, do Programa de Residência Técnica do Governo do Estado do Paraná, na Universidade Estadual de Ponta Grossa.Tutor: Prof. Dr. Sérgio Luiz Schulz

PONTA GROSSA2015

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Dedico este trabalho primeiramente a Deus que

abre as portas de novos caminhos e à minha mãe

Sandra e meu pai Oswaldo, por toda a força que

me dão para continuar a caminhada.

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AGRADECIMENTOS

A Deus que está comigo em todos os momentos de minha vida.

A minha mãe Sandra e meu pai Oswaldo que sempre me

acompanharam, dando total apoio durante a jornada do curso.

Ao meu namorado Shaun, por todo carinho e cumplicidade.

Aos meus familiares que me deram força durante toda a jornada

do curso.

Ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP pela credibilidade e

apoio a pesquisa,

A todos os colegas, professores, coordenadores e secretariado

que me ajudaram no acompanhamento e na conclusão deste

curso tão importante para mim.

Ao Professor Sérgio Luiz Schulz, pela orientação e ajuda

durante o curso.

A empresa de avicultura de corte por possibilitar o estudo no

local.

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Quando a alma está feliz, a prosperidade cresce, a

saúde melhora, as amizades aumentam, enfim, o

mundo fica de bem com você... O mundo exterior

reflete o universo interior.

Mahatma Gandhi

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RESUMO

A expansão da avicultura está ocorrendo devido à demanda no mercado nacional e

internacional, favorecendo os avicultores a construção de novos aviários, dessa forma o

licenciamento ambiental que engloba o deferimento da escolha do local, construção e

funcionamento do empreendimento, sendo um processo administrativo tem a função de

possibilitar que o desenvolvimento econômico caminhe junto com a proteção ambiental. O

objetivo deste trabalho foi avaliar as etapas de licenciamento ambiental de uma avicultura de

corte. A metodologia utilizada foi a de um estudo de caso, aplicado em um aviário de corte no

estado do Paraná. Através do estudo realizado identificaram-se todos os requisitos e

documentos para o requerimento das licenças ambientais, bem como o cumprimento pelo

proprietário da granja das condicionantes requeridas pelo órgão ambiental, além disso,

verificou-se que a produção avícola gera resíduos, que quando não manuseados de maneira

ambientalmente correta pode ocasionar poluição do ar, solo e água. Conclui-se que o

licenciamento ambiental é uma maneira de evitar problemas ao meio ambiente, além de ser

utilizado como ferramenta para conscientização dos produtores avícolas, através das

informações adquiridas ao cumprir a lei ambiental.

Palavras-chave: Avicultura de corte. Licenciamento ambiental. Resíduos gerados.

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ABSTRACT

The expansion of poultry is occurring due to the demand in the domestic and international

markets, favoring poultry farmers to build new aviaries, so the environmental licensing that

includes the approval of the siting, construction and operation of the project is an

administrative process has function enable economic development walk along with

environmental protection. The objective of this study was to evaluate the stages of

environmental licensing of a cutting poultry. The methodology used was a case study, applied

to a cutting poultry in the state of Paraná. Through the study were identified all requirements

and documents for the application of environmental permits and compliance by the owner of

the farm of the conditions required by the environmental agency, in addition, it was found that

poultry production generates waste, when not handled in an environmentally friendly way can

lead to pollution of air, soil and water. It is concluded that the environmental licensing is a

way to avoid problems to the environment, besides being used as a tool for awareness of

poultry producers through the information acquired to comply with environmental law.

Keywords: Cutting Poultry. Environmental licensing. Waste generated.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Fluxograma da cadeia produtiva de frangos de corte 27

Figura 2 Orientação do aviário em relação à trajetória do sol 28

Figura 3 Planta baixa de aviário 30

Figura 4 Fluxograma do processo produtivo 32

Figura 5 Casa de compostagem 34

Figura 6 Roto Acelerador de Compostagem (RAC) 35

Figura 7 Galpão de avicultura de corte 40

Figura 8 Casa de compostagem 51

Figura 9 Compostagem das aves mortas 52

Figura 10 Cama amontoada para fermentação 52

Figura 11 Placas evaporativas 53

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Produção de carne de frango no Brasil 12

Quadro 2 Tipo de licença com o porte do empreendimento 18

Quadro 3 Relação das dimensões do aviário em relação ao clima 29

Quadro 4 Questionário aplicado ao proprietário 39

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT

ART

CAR

CEMA

CONAMA

Associação Brasileira de Normas Técnicas

Anotação de Responsabilidade Técnica

Cadastro Ambiental Rural

Conselho Estadual do Meio Ambiente

Conselho Nacional do Meio Ambiente

DLAE

EMATER

IAP

INCRA

ITCF

LAS

LASR

LI

LP

LO

LOR

MDA

RLI

RLO

SEMA

SISLEG

Dispensa de licenciamento ambiental

Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural

Instituto Ambiental do Paraná

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

Instituto de Terras Cartografia e Florestas

Licença Ambiental Simplificada

Licença Ambiental Simplificada de Regularização

Licença de Instalação

Licença Prévia

Licença de operação

Licença de operação de regularização

Ministério do Desenvolvimento Agrário

Renovação de licença de instalação

Renovação de licença de operação

Secretária de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos

Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Legal e

Áreas de Preservação Permanente.

STR

SUREHMA

Sindicato dos Trabalhadores Rurais

Superintendência dos Recursos Hídricos e Meio Ambiente

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................131.1 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................141.2 OBJETIVOS...............................................................................................................14

1.2.1 Objetivo geral......................................................................................................141.2.2 Objetivos específicos..........................................................................................14

2 REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................................162.1 MEIO AMBIENTE....................................................................................................16

2.1.1 Impacto Ambiental................................................................................................162.1.2 Cadastro Ambiental Rural (CAR)...........................................................................172.1.3 Sistema Rural de Reposição florestal obrigátoria (SERFLOR)..................................172.1.4 Instituto Ambiental do Paraná (IAP).......................................................................18

2.2 LICENCIAMENTO AMBIENTAL..........................................................................192.2.1 Porte do empreendimento para cada tipo de licença...........................................192.2.2 Tipos de licenças ambientais..............................................................................20 2.2.2.1 Dispensa Licenciamento Ambiental (DLAE).....................................................20 2.2.2.2 Licenciamento Ambiental Simplificado (LAS)..................................................20 2.2.2.3 Renovação de Licença Ambiental Simplificado (RLAS)...................................21 2.2.2.4 Licença Ambiental Simplificada de Regularização (LASR)..............................22 2.2.2.5 Licença prévia (LP).............................................................................................23 2.2.2.6 Licença de instalação (LI)...................................................................................24 2.2.2.7 Renovação de Licença de instalação (RLI)........................................................25 2.2.2.8 Licença de operação (LO)...................................................................................25 2.2.2.9 Licença de operação de regularização (LOR).....................................................26

2.3 SEGMENTO PRODUTIVO DO ABATE DE FRANGOS.......................................272.3.1 Criadores de frangos de corte.............................................................................292.3.2 Ciclo das aves.....................................................................................................31 2.3.2.1 Fase inicial (1 a 21 ou 28 dias)...........................................................................31 2.3.2.2 Fase de crescimento (22 ou 29 dias)...................................................................32 2.3.2.2 Fase de acabamento (Últimos 7 a 15 dias antes do abate)..................................322.3.3 Caracterização do processo produtivo de uma granja.........................................32

2.4 TIPOS DE RESÍDUOS GERADOS NA AVICULTURA DE CORTE....................332.4.1 Destinação dos resíduos......................................................................................34 2.4.1.1 Destino dos animais mortos................................................................................34 2.4.1.2 Destino do esterco...............................................................................................37 2.4.1.3 Destinação de vasilhames e embalagens.............................................................37

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2.4.1.4 Redução dos odores............................................................................................383 MATERIAIS E MÉTODOS..............................................................................................39

3.1 METODOLOGIA DO TRABALHO.........................................................................394 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................................41

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA.....................................................................414.2 DEFINIÇÃO DO TIPO DE LICENÇA.....................................................................424.3 DOCUMENTOS APRESENTADOS PARA OBTENÇÃO DA LICENÇA............42

4.3.1 Documentos de requerimento de Licença Prévia (LP).......................................434.3.2 Documentos de requerimento de Licença de Instalação (LI).............................444.3.3 Documentos de requerimento de Licença de operação (LO)..............................45

4.4 CONDICIONANTES DAS LICENÇAS EMITIDAS PELO ÓRGÃO.....................464.4.1 Condicionantes da Licença Prévia (LP)..............................................................464.4.2 Condicionantes da Licença de Instalação (LI)....................................................504.4.3 Condicionantes da Licença de Operação (LO)...................................................51

4.5 RESÍDUOS GERADOS NA GRANJA.....................................................................514.6 DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS.........................................................52

4.6.1 Destino dos animais mortos................................................................................524.6.2 Destinação do esterco.........................................................................................534.6.3 Destinação de vasilhames e embalagens.............................................................544.6.4 Redução dos odores............................................................................................54

5 CONCLUSÃO...................................................................................................................50REFERÊNCIAS ......................................................................................................................56

ANEXOS .................................................................................................................................60

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1 INTRODUÇÃO

O Brasil tem uma das aviculturas comerciais mais desenvolvidas no mundo,

destacando-se como uma das principais atividades desenvolvidas em pequenas propriedades

sendo responsável também pela geração de aproximadamente 4 milhões de empregos diretos

no Brasil (Associação Brasileira de Proteína Animal, 2014).

O estado do Paraná foi o maior produtor de carne de frango, sendo responsável pela

produção de 26,30% do total produzido no país, em 2º lugar seguiu o estado de Santa

Catarina, representando 18,63%, o estado de São Paulo acompanhou em 3º lugar, produzindo

13,51%. O estado de Mato Grosso do Sul ocupou a 8ª posição, sendo responsável por 3,15%.

Os estados da Bahia, Pernambuco, Pará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraíba, Ceará, Piauí,

Alagoas e Sergipe juntos representaram apenas 5,57% da produção total de frango de corte,

conforme pode ser observado no Quadro 1 (IBGE, 2015).

Quadro 1: Produção de carne de frango no BrasilEstados Part. (%)Paraná 26,30Santa Catarina 18,63São Paulo 13,51Rio Grande do Sul 12,50Minas Gerais 7,06Goiás 6,16Mato Grosso 5,18Mato Grosso do Sul 3,15Outros Estados 7,51Total Geral 100,00

Fonte: (IBGE, 2015)

A avicultura gera uma grande quantidade de resíduos na forma de esterco, camas e

aves mortas. Os resíduos dos aviários podem ser tanto um recurso como um poluente. No

entanto o manejo adequado destes resíduos com altos conteúdos de nutrientes possibilita

impacto ambiental mínimo (RONDÓN, 2008).

O Processo de licenciamento ambiental deve ser obrigatoriamente utilizado em todo e

qualquer empreendimento que possa ser potencialmente causador de impacto ambiental

poluidor. Para melhor operacionalização e para atender os critérios estabelecidos pela

legislação ambiental, o licenciamento é dividido em etapas e cada uma delas tem como

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finalidade a emissão de licenças que permitirão a localização, instalação e operação do

empreendimento em uma determinada área (COSTA, 2012).

A forma de legalização das unidades de produção em relação às questões ambientais é

fundamental para que o agricultor possa continuar as atividades e ao mesmo tempo preserve

os recursos naturais e o meio ambiente, adotando medidas preventivas para evitar que no

futuro ocorra o desequilíbrio ambiental da região, essencial para a sustentabilidade e a vida

das espécies das futuras gerações (BUNGE, 2015).

1.1 JUSTIFICATIVA

O aparecimento de problemas de ordem ambiental fez com que autoridades elaborassem

políticas, leis, programas e planos com a conservação dos recursos naturais. Desta forma se

percebe a importância da reflexão a cerca do problema ambiental, sendo que através de uma

reflexão profunda do assunto podemos projetar um ambiente equilibrado e sustentável. O

licenciamento ambiental é uma exigência legal e uma ferramenta do poder público para o

controle ambiental. E, em muitos casos apresenta-se como um desafio para o setor

empresarial (COSTA, 2012).

Este trabalho busca responder sobre as dúvidas durante o processo de licenciamento

ambiental bem como as etapas que devem ser concluídas.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

O objetivo do trabalho é explicar as etapas do licenciamento ambiental de uma

avicultura de corte.

1.2.2 Objetivos específicos

Para se atingir o objetivo principal do trabalho será necessário atingir os objetivos

específicos que seguem abaixo:

a) Definir o tipo de licenciamento que deve ser requerido, conforme o porte do

empreendimento;

b) Definir os documentos que devem ser apresentados para cada tipo de licença;

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c) Identificar as condicionantes das licenças expedidas;

d) Definir os resíduos gerados na granja,

e) Identificar o destino final dos resíduos gerados.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Meio ambiente

De acordo com o CONAMA (2002), Meio Ambiente é o conjunto de condições, leis,

influências e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que

permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

Encontra-se na ABNT NBR 14001 (2004) a definição sobre meio ambiente que é a

circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo-se ar, água, solo, recursos

naturais, flora fauna, seres humanos e suas inter-relações. Uma organização é responsável

pelo meio ambiente que a cerca, devendo, portanto, respeitá-lo, agir como não poluente e

cumprir as legislações e normas pertinentes.

Na Constituição Federal (1988), consta que todos têm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida

impondo-se ao Poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os

presentes e futuras gerações.

2.1.1 Impacto ambiental

De acordo com o CONAMA (1997), impacto ambiental regional é todo e qualquer

impacto ambiental que afete diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em

parte, o território de dois ou mais Estados.

Impacto ambiental é dado pela norma ABNT (2004) como uma consequência de

“atividades ou serviços” de uma organização: ou seja, um processo industrial (atividade), um

agrotóxico (produto) ou o transporte de uma mercadoria.

Segundo Moreira (1999), o que caracteriza o impacto ambiental não é qualquer

alteração nas propriedades do ambiente, mas as alterações que provoquem o desequilíbrio das

relações constitutivas do ambiente e que excedam a capacidade de absorção do ambiente

considerado.

Segundo o CONAMA (1986), considera impacto ambiental qualquer alteração das

propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causado por qualquer forma de

matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a

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saúde, a segurança e o bem estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as

condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais.

2.1.2 Cadastro Ambiental Rural (CAR)

O Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Legal e Áreas de

Preservação Permanente (SISLEG) foi revogado instituindo assim, o Sistema de Cadastro

Ambiental Rural do Paraná (SICAR-PR), integrando-o ao mesmo Sistema de âmbito nacional

estipulado pelo novo Código Florestal brasileiro (CREA-PR, 2015).

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um instrumento fundamental para auxiliar no

processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais. Consiste no

levantamento de informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das Áreas de

Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL), remanescente de vegetação nativa, área

rural consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública, com o objetivo de traçar um

mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para diagnóstico ambiental

(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2015).

Segundo o Sistema Faep (2012) o Cadastro Ambiental Rural – CAR é um registro

eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar as

informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente - APP,

das áreas de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas

de Uso Restrito e das áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do país. O CAR se

constitui em base de dados estratégica para o controle, monitoramento e combate ao

desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil, bem como para

planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.

2.1.3 Instituto Ambiental do Paraná (IAP)

Em 1992, houve a fusão da Superintendência dos Recursos Hídricos e Meio Ambiente

- SUREHMA e do Instituto de Terras, Cartografia e Florestas – ITCF, dando origem ao atual

Instituto Ambiental do Paraná – IAP, hoje vinculado à Secretaria de Estado do Meio

Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMA.

O IAP é a autarquia executiva da administração indireta, tendo por finalidade o

licenciamento, monitoramento e fiscalização ambiental no Paraná. Também é o órgão

responsável pela gestão e funcionamento das Unidades de Conservação Estaduais. Tem como

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finalidade regularizar e garantir o cumprimento das normas e políticas ambientais, nacional e

estadual (INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ, 2015).

2.2 Licenciamento ambiental

Para Oliveira (2005), o licenciamento ambiental é o instrumento através do qual o

órgão ou entidade ambiental competente avalia os projetos a ele submetidos, considerando os

impactos positivos e negativos, para decidir se autoriza ou não a instalação, a ampliação ou o

funcionamento do mesmo e, em autorizando, se faz ou não exigências para minorar os

impactos ambientais negativos e maximizar os impactos ambientais positivos.

A Licença Ambiental é um documento emitido pelo órgão licenciador, com prazo de

validade definido, que autoriza o empreendedor a exercer a atividade e poderá ser cassada,

caso não haja o cumprimento das condicionantes (FARIAS, 2006). Para Sirvinskas (2008),

licença ambiental é a outorga concedida pelo Poder Público a quem pretende exercer uma

atividade potencialmente nociva ao meio ambiente.

A obtenção do Licenciamento Ambiental é obrigatória para a localização, instalação,

ampliação e operação de qualquer atividade objeto dos procedimentos de licenciamento

ambiental. Portanto, sua obtenção é um meio de controle preventivo, cujo principal sentido é a

prevenção do dano ambiental (GODOY, 2005).

Licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental

competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e

atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente

poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,

considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso

(CONAMA, 1997).

Segundo CEMA (2008), licenciamento ambiental é o ato administrativo pelo qual o

IAP (Instituto Ambiental do Paraná) estabelece as condições, restrições e medidas de controle

ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para

localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos

ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer

forma, possam causar degradação e/ou modificação ambiental.

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2.2.1 Porte do empreendimento para cada tipo de licença

O licenciamento ambiental da avicultura de corte deve ser solicitado conforme o porte

do empreendimento como pode ser visto no Quadro 2.

Quadro 2: Tipo de licença com o porte do empreendimentoPORTE DA EMPRESA

ÁREA DE CONFINAMENTO

TIPO DE LICENÇA

MICRO ATÉ 1.500 m2 DLAE-DISPENSA DE LICENÇA AMBIENTAL

MÍNIMO DE 1.501 A 2.500 m2 LAS-LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADARLAS- RENOVAÇÃO DA LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADALASR- LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA DE REGULARIZAÇÃO

PEQUENO,MÉDIOGRANDE E EXCEPCIONAL

DE 2501 A 5.000 m2

DE 5.001 A 10.000 m2

DE 10.000 A 40.000 m2

MAIOR QUE 40.000 m2

LP-LICENÇA PRÉVIALI-LICENÇA DE INSTALAÇÃORLI-RENOVAÇÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃOLO-LICENÇA DE OPERAÇÃORLO-RENOVAÇÃO DA LICENÇA DE OPERAÇÃOLOR- LICENÇA DE OPERAÇÃO DE REGULARIZAÇÃO

Fonte: Instituto Ambiental do Paraná, 2015

2.2.2 Tipos de licenças ambientais

Os tipos de licenciamentos ambientais são a Dispensa de Licenciamento Ambiental

(DLAE), Licença Ambiental Simplificada (LAS), Renovação da Licença Ambiental

Simplificada (RLAS), Licença Ambiental Simplificada de Regularização (LASR), Licença

Prévia (LP), Licença de Instalação (LI), Renovação de Licença de Instalação (RLI), Licença

de Operação (LO), Renovação da Licença de Operação (RLO) e Licença de Operação de

Regularização (LOR).

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2.2.2.1 Dispensa de Licenciamento Ambiental (DLAE)

A Dispensa de Licenciamento Ambiental é concedida para os empreendimentos cujo

licenciamento ambiental não compete ao órgão ambiental estadual, assim a dispensa do

licenciamento ambiental não exime o dispensado das exigências legais ambientais, com a

correta destinação de efluentes e resíduos (INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ, 2015).

Os empreendimentos de avicultura, com área construída de confinamento de no

máximo 1.500 m2 em área rural ficam passíveis de declaração de dispensa de licenciamento

ambiental. Os documentos que devem ser apresentados ao Instituto Ambiental do Paraná,

conforme Resolução SEMA nº 024, de 14 de julho de 2008 são:

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental, conforme modelo no ANEXO A; 

b) Cadastro de Empreendimentos de Avicultura - CEAV, detalhando ou anexando,

croqui de localização do empreendimento, contendo rios próximos, indicando as

áreas de preservação permanente, vias de acessos principais e pontos de

referências para chegar ao local, conforme modelo no ANEXO B;

c) Documento de propriedade ou justa posse rural, conforme o artigo 57 da

Resolução CEMA nº 065, de 01 de julho de 2008;

d) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação

Bancária) no valor de 0,2 UPF/PR.

2.2.2.2 Licenciamento Ambiental Simplificado (LAS)

O Licenciamento Ambiental Simplificado aprova a localização e a concepção do

empreendimento, atividade ou obra de pequeno porte e/ou que possua baixo potencial

poluidor/degradador, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e

condicionantes a serem atendidos bem como autoriza sua instalação e operação de acordo

com as especificações constantes dos requerimentos, planos, programas e/ou projetos

aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes determinadas

pelo IAP (INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ, 2015).

Ficam passíveis de Licença Ambiental Simplificada – LAS, os empreendimentos de

Avicultura classificados como de porte mínimo, ou seja, com área construída de confinamento

de 1.501 a 2.500 m2. Os documentos que devem ser apresentados ao Instituto Ambiental do

Paraná, conforme Resolução SEMA nº 024, de 14 de julho de 2008 são:

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a) Requerimento de Licenciamento Ambiental, conforme modelo no ANEXO A;

b) Cadastro de Empreendimentos de Avicultura, detalhando ou anexando, croqui de

localização do empreendimento, contendo distância dos corpos hídricos, indicando

as áreas de preservação permanente, vias de acesso principais e pontos de

referências para chegar ao local, conforme modelo no ANEXO B;

c) Documento de propriedade ou justa posse rural, conforme o artigo 57 da

Resolução CEMA nº 065, de 01 de julho de 2008;

d) Certidão do Município, quanto ao uso e ocupação do solo, conforme modelo

apresentado no ANEXO C;

e) Cópia do Ato Constitutivo ou do Contrato Social (com última alteração), quando

pessoa jurídica, ou fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de

Pessoa Física (CPF), se pessoa física;

f) Protocolo de solicitação de Dispensa de Outorga de Uso de Recursos Hídricos do

Instituto das Águas do Paraná para utilização de recursos hídricos, inclusive para o

lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, se for o caso;

g) Publicação de súmula do pedido de Licença Ambiental Simplificada - LAS em

jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo

apresentado no ANEXO D, aprovado pela Resolução CONAMA N.o 006/86 (as

publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos

jornais – originais, ou cópia obtida via internet); e

h) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação

Bancária), de 2 UPF’s, sendo dispensado o pagamento de taxa pelo Agricultor

Familiar, mediante a apresentação de declaração de aptidão emitida pelo STR

(Sindicato dos Trabalhadores Rurais), EMATER (Empresa Paranaense de

Assistência Técnica e Extensão Rural), INCRA( Instituto Nacional de Colonização

e Reforma Agrária) ou MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário).

i) Informação técnica sobre controle da poluição da propriedade.

2.2.2.3 Renovação da Licença Ambiental Simplificada (RLAS)

A Renovação da Licença Ambiental Simplificada (RLAS) da atividade deverá ser

requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de

validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a

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manifestação definitiva do órgão ambiental competente. Os documentos que devem ser

apresentados ao IAP, conforme Resolução SEMA nº 024, de 14 de julho de 2008 são:

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental, conforme modelo no ANEXO A;

b) Cadastro de Empreendimentos de Avicultura atualizado, detalhando ou anexando,

croqui de localização do empreendimento, contendo distância de corpos hídricos,

indicando as áreas de preservação permanente, vias de acesso principais e pontos

de referências para chegar ao local, conforme modelo no ANEXO B;

c) Publicação de súmula do pedido de renovação da Licença Ambiental Simplificada

- LAS em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme

modelo apresentado no ANEXO D aprovado pela Resolução CONAMA N.o

006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos

respectivos jornais – originais, ou cópia obtida via internet); e

d) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação

Bancária), de 2 UPF’s, sendo dispensado o pagamento de taxa pelo Agricultor

Familiar, mediante a apresentação de declaração de aptidão emitida pelo STR,

EMATER, INCRA ou MDA.

2.2.2.4 Licença Ambiental Simplificada de Regularização (LASR)

A Licença Ambiental Simplificada de Regularização aprova a localização e a

concepção do empreendimento, atividade ou obra de pequeno porte e/ou que possua baixo

potencial poluidor/degradador, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos

básicos e condicionantes a serem atendidos bem como autoriza sua instalação e operação de

acordo com as especificações constantes dos requerimentos, planos, programas e/ou projetos

aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes determinadas

pelo IAP. Esta modalidade de regularização serve para empresas que tenham sido instaladas

comprovadamente antes do ano de 1998 (INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ, 2015).

Os documentos que devem ser apresentados ao IAP, conforme Resolução SEMA nº

024, de 14 de julho de 2008 são os mesmos requeridos na Licença Ambiental Simplificada

(LAS).

Page 24: monografia definida restec.docx

24

2.2.2.5 Licença prévia

A Licença Prévia (LP) é concedida na fase preliminar do planejamento do

empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade

ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas

próximas fases de sua implementação. O prazo de validade da Licença Prévia (LP) será de 2

(dois) anos.  A Licença Prévia não é passível de renovação, assim quando a LP vencer o

requerente deverá entrar com nova documentação e reiniciar o processo (INSTITUTO

AMBIENTAL DO PARANÁ, 2015).

Os empreendimentos de avicultura com dimensões superiores aquelas definidas na

licença ambiental simplificada deverão requerer sucessivamente a licença prévia, de

instalação e de operação. Os documentos que devem ser apresentados ao Instituto Ambiental

do Paraná para requerer a licença prévia, conforme Resolução SEMA nº 024, de 14 de julho

de 2008 são:

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA, conforme modelo no ANEXO

A; 

b) Cadastro de Empreendimentos de Avicultura - CEAV, detalhando ou anexando,

croqui de localização do empreendimento, contendo rios próximos, indicando as

áreas de preservação permanente, vias de acessos principais e pontos de

referências para chegar ao local, conforme modelo no ANEXO B; 

c) Certidão do Município, quanto ao uso e ocupação do solo, conforme modelo

apresentado no ANEXO C; 

d) Cópia da Outorga Prévia do Instituto das Águas do Paraná para utilização de

recursos hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos

hídricos, se for o caso. Para os empreendimentos de porte pequeno e médio poderá

ser apresentado o protocolo de solicitação de dispensa de outorga;

e) Publicação de súmula do pedido de Licença Prévia em jornal de circulação

regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo apresentado no ANEXO

D, da Resolução CONAMA No 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas

através da apresentação dos respectivos jornais – originais); 

f) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação

Bancária) de acordo com Lei Estadual n. 10.233/92.

Page 25: monografia definida restec.docx

25

2.2.2.6 Licença de instalação (LI)

A Licença de Instalação (LI) autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de

acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados,

incluindo as medidas de controle ambientais e demais condicionantes, da qual constituem

motivos determinantes. O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) será de 2 (dois)

anos. A Licença de Instalação poderá ser renovada, a critério do IAP  (INSTITUTO

AMBIENTAL DO PARANÁ, 2015).

Os documentos que devem ser apresentados ao Instituto Ambiental do Paraná,

conforme Resolução SEMA nº 024, de 14 de julho de 2008 são:

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA, conforme modelo no ANEXO

A; 

b) Cópia do Ato Constitutivo ou do Contrato Social (com última alteração), quando

pessoa jurídica, ou fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de

Pessoa Física (CPF), se pessoa física;

c) Documento de propriedade ou justa posse rural, conforme o artigo 57 da

Resolução CEMA nº 065, de 01 de julho de 2008;

d) Plano de Controle Ambiental (PCA) exigido na concessão da Licença Prévia, em 2

vias, sendo que uma delas, após análise e aprovação, deverá ser carimbada pelo

técnico analista e devolvida ao interessado. O PCA deverá contemplar no mínimo:

Diagnóstico dos impactos ambientais decorrentes da implantação do

empreendimento, como por exemplo: obras de terraplenagem, corte de vegetação,

canalização de nascentes, entre outros, elaborado por técnico habilitado,

acompanhado de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica; e Projeto de

Controle de Poluição Ambiental, elaborado por técnico habilitado e apresentado

de acordo com as diretrizes específicas deste IAP apresentadas no ANEXO E;

e) Publicação de súmula da concessão de Licença Prévia em jornal de circulação

regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo apresentado no ANEXO

D, da Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas

através da apresentação dos respectivos jornais – originais); 

Page 26: monografia definida restec.docx

26

f) Publicação de súmula do pedido de Licença de Instalação em jornal de circulação

regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo apresentado no ANEXO

D, da Resolução CONAMA no 006/86 (a publicação poderá ser substituída pelo

protocolo ou, ainda pela cópia da publicação no DOE, obtida via internet). O IAP

também aceitará que, em uma mesma publicação, constem vários avicultores

integrados; e

g) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação

Bancária) de acordo com Lei Estadual n. 10.233/92.

2.2.2.7 Renovação de Licença de Instalação (RLI)

A Licença de Instalação - LI poderá ser renovada, a critério do IAP. Conforme

Resolução CEMA nº 065, de 01 de julho de 2008 a Renovação da Licença de Instalação deve

ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo

de validade fixado na respectiva licença ou autorização, ficando este prazo de validade

automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do IAP.

Os documentos que devem ser apresentados ao Instituto Ambiental do Paraná,

conforme Resolução SEMA nº 024, de 14 de julho de 2008 são:

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental, conforme modelo no ANEXO A ;

b) Publicação de súmula de concessão da Licença de Instalação em jornal de

circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo conforme

modelo apresentado no ANEXO D, da Resolução CONAMA no 006/86 (as

publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos

jornais-originais);

c) Publicação de súmula do pedido de Renovação de Licença de Instalação em jornal

de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme

modelo apresentado no ANEXO D, da Resolução CONAMA no 006/86 (a

publicação poderá ser substituída pelo protocolo ou, ainda pela cópia da

publicação no DOE, obtida via internet. O IAP também aceitará que, em uma

mesma publicação, constem vários avicultores integrados);

d) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação

Bancária) de acordo com Lei Estadual N. 10.233/92.

Page 27: monografia definida restec.docx

27

2.2.2.8 Licença de Operação (LO)

A Licença de Operação autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a

verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de

controle ambientais e condicionantes determinados para a operação (INSTITUTO

AMBIENTAL DO PARANÁ, 2015).

Os documentos que devem ser apresentados ao Instituto Ambiental do Paraná,

conforme Resolução SEMA nº 024, de 14 de julho de 2008 são:

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA, conforme modelo no ANEXO

A; 

b) Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos do Instituto das Águas do Paraná

para utilização de recursos hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes

líquidos em corpos hídricos, ou Dispensa de Outorga, se for o caso; 

c) Publicação de súmula de concessão de Licença de Instalação em jornal de

circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo  apresentado

no ANEXO D, da Resolução CONAMA nº 006/86 (a publicação poderá ser

substituída pelo protocolo ou, ainda pela cópia da publicação no DOE, obtida via

internet). O IAP também aceitará que, em uma mesma publicação, constem vários

avicultores integrados;

d) Publicação de súmula do pedido de Licença de Operação em jornal de circulação

regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo apresentado no ANEXO

D, da Resolução CONAMA nº 006/86 (a publicação poderá ser substituída pelo

protocolo ou, ainda pela cópia da publicação no DOE, obtida via internet). O IAP

também aceitará que, em uma mesma publicação, constem vários avicultores

integrados;

e) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação

Bancária) de acordo com Lei Estadual nº 10.233/92.

2.2.2.7 Licença de Operação de Regularização (LOR)

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28

A Licença de Operação de Regularização autoriza a operação da atividade ou

empreendimento, com as medidas de controle ambientais e condicionantes determinados para

a operação. Esta modalidade de regularização serve para empresas com as características

acima e que tenham sido instaladas comprovadamente antes do ano de 1998 (INSTITUTO

AMBIENTAL DO PARANÁ, 2015).

Os documentos que devem ser apresentados ao Instituto Ambiental do Paraná,

conforme Resolução SEMA nº 024, de 14 de julho de 2008 são:

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental, conforme modelo no ANEXO A;

b) Cadastro de Empreendimentos de Avicultura, conforme modelo no ANEXO B,

detalhando ou anexando, croqui de localização do empreendimento, contendo

distância de corpos hídricos, indicando as áreas de preservação permanente, vias

de acesso principal e pontos de referências para chegar ao local;

c) Documento de propriedade ou justa posse rural, conforme o artigo 57 da

Resolução CEMA nº 065, de 01 de julho de 2008;

d) Certidão do Município, quanto ao uso e ocupação do solo, conforme modelo

apresentado no ANEXO C;

e) Cópia do Ato Constitutivo ou do Contrato Social (com última alteração), quando

pessoa jurídica, ou fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de

Pessoa Física (CPF), se pessoa física;

f) Outorga de Direito ou Dispensa de Outorga de Uso de Recursos Hídricos do

Instituto de Águas do Paraná para utilização de recursos hídricos, inclusive para o

lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, se for o caso;

g) Projeto do Sistema de Controle de Poluição Ambiental, conforme diretrizes no

ANEXO E; e

h) Publicação de súmula do pedido de Licença de Operação em jornal de circulação

regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo apresentado no ANEXO

D, da Resolução CONAMA no 006/86 (a publicação poderá ser substituída pelo

protocolo ou, ainda pela cópia da publicação no DOE, obtida via internet). O IAP

também aceitará que, em uma mesma publicação, constem vários avicultores

integrados; e

i) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação

Bancária) de acordo com Lei Estadual n. 10.233/92.

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29

2.3 Segmento produtivo do abate de frango

Atualmente a avicultura brasileira está fortemente baseada no sistema de produção

integrada, no qual as atividades do produtor são regidas por contratos firmados com a

indústria. No entanto, as empresas determinam as relações contratuais que regulam os

sistemas integrados (RICHETTI; SANTOS, 2000). O aviário é um dos elos da cadeia

produtiva da avicultura e corresponde a uma etapa de produção que é terceirizada e

caracterizada pelos contratos de integração entre frigoríficos e proprietários rurais. É no

aviário que ocorre o crescimento e a engorda dos pintinhos, que ali chegam e ficam até a

época do abate.

Na Figura 1, apresenta-se um fluxograma na qual constam todos os agentes da cadeia

produtiva de frangos de corte. A cadeia inicia na criação de avós importada (material

genético), produção de matrizes, os incubatórios, as fábricas de ração, de equipamentos e de

insumos químicos e farmacêuticos. No abate, processamento e comercialização, estão os

abatedouros e os estabelecimentos de varejo.

Figura 1: Fluxograma da cadeia produtiva de frangos de corte

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30

Fonte: Mendes, 2004

A criação de frangos é feita, preponderantemente, por criadores integrados aos abatedouros de empresas integradoras ou cooperativas. Estas, geralmente, produzem seus próprios pintinhos em granjas próprias de matrizes ou terceirizadas, os quais nascem em incubatórios da própria empresa ou cooperativa. Algumas grandes integrações possuem granjas de avós, e todas elas fabricam a própria ração. Avozeiros são granjas que a partir

da importação de ovos das linhagens avós, produzem as avós que são cruzadas para produzir

as matrizes, que vão gerar os pintos comerciais, criados para o abate. A maioria delas adquire suplementos minerais e vitamínicos de empresas especializadas, geralmente a partir de fórmulas especialmente definidas pela integração (MENDES, 2004).

Segundo OSNI (1999), a integração é o sistema que estabelece um acordo de

colaboração mútua entre a empresa e o produtor. É feito um contrato entre o produtor e a

agroindústria, onde o produtor se compromete de providenciar as instalações e a mão de obra,

e a integradora fornecer os pintos, medicamentos e ração, bem como assistência técnica,

transporte para o abate e comercialização. A individualidade econômica é mantida e o sistema

é chamado vertical porque todos os processos ou operações da produção têm uma única

coordenação administrativa.

2.3.1 Criadouros de frango de corte

A evolução que a avicultura de corte ocorreu nos últimos anos exigiu um progresso no

que se refere a genótipo, alimentação, sanidade, instalações confortáveis, equipamentos e

manejos das aves, proporcionando potencial máximo e eficiência em produção (SANTOS et

al, 2009). No que se refere aos galpões de frango de corte, é importante ressaltar que o

dimensionamento do galpão para aves de corte, deverá ser de acordo com área disponível e o

número de aves que se pretende criar.

Segundo Abreu (2014), a escolha do local adequado para implantação do aviário visa

aperfeiçoar os processos construtivos, de conforto térmico e sanitário. O local deve ser

escolhido de tal modo que se aproveitem as vantagens da circulação natural do ar e se evite a

obstrução do ar por outras construções, barreira natural ou artificial, como pode ser observada

na Figura 2. O melhor é evitar o sol dentro dos aviários, se possível. O sol não é

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31

imprescindível à avicultura. Assim, devem ser construídos com o seu eixo longitudinal

orientado no sentido Leste-Oeste.

Figura 2: Orientação do aviário em relação à trajetória do sol

Fonte: Abreu, 2014

Segundo Ferreira (2014), a tendência mundial é de se construir galpões com 12 metros

de largura por 100 a 140 metros (em média 125 metros) de comprimento, visando à

otimização de equipamentos e mão de obra. O comprimento é determinado de acordo com as

possibilidades do terreno e praticidade no manejo. As larguras são de 8 a 10 metros (em

regiões de clima quente e úmido) ou de até 10 a 14 metros (em regiões de clima quente e

seco), como está resumido no Quadro 3.

Quadro 3: Relação das dimensões do aviário em relação ao clima

Fonte: Ferreira, 2014

Estando as aves mais distantes da superfície inferior do material de cobertura, estas

receberão menor quantidade de energia radiante. Desta forma, quanto maior o pé direito da

instalação menor é a carga térmica recebida pelas aves, pois o telhado recebe a radiação do sol

emitindo-a, tanto para cima como para o interior do aviário. O mais recomendável é escolher

para o telhado um material com grande resistência térmica, instalar cortinas nas laterais, pelo

lado de fora, para evitar penetração de sol, chuva e controlar a ventilação no interior do

aviário (ABREU, 2014).

Page 32: monografia definida restec.docx

32

Na Figura 3, pode ser vista a planta baixa de um aviário típico. Em geral, a área de um

galpão possui silos para abastecimento da ração aos comedouros, caixas d’águas para

abastecimento dos bebedouros e o forno para aquecimento. Além disso, em uma lateral ficam

os exaustores para retirada dos odores produzidos pelas aves e do lado oposto fica o

nebulizador para controlar a temperatura do ambiente, umedecendo o galpão quando

necessário.

Figura 3: Planta baixa de aviário

Fonte: o Autor

2.3.2 Ciclo das aves

O manejo das aves é realizado através de várias fases: manejo antes da chegada dos

pintinhos (começa antes mesmo da chegada dos pintinhos, onde há um preparo das

instalações e equipamentos para seu recebimento) e manejo da chegada dos pintinhos (fase

inicial, fase de crescimento e fase de acabamento). É possível dizer que qualquer interferência

presente em uma dessas fases, pode acarretar numa redução do desempenho da granja,

determinando pouca qualidade no lote por ela produzido (LANA, 2000).

2.3.2.1 Fase inicial (1 a 21 ou 28 dias)

Nos primeiros 21 dias de vida, os pintinhos não apresentam sistema termorregulador

ativo, ou seja, não produzem seu próprio calor através dos nutrientes ingeridos. É importante

nesta época, manter fontes de aquecimento (campânulas), observando a distribuição das aves,

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33

que deverá ser uniforme. O aquecimento deve ser disponível por toda noite ou dias mais frios,

até que ocorra a troca de penas, por volta de 21 dias de idade, nesse período deve ser

fornecido ração especial. Nesta fase, a ração inicial deverá conter grandes concentrações de

nutrientes para garantir um ótimo desenvolvimento dos animais. O uso de outras rações, como

crescimento e engorda, leva ao baixo crescimento das aves. Um dos fatores mais importantes

para garantir um ótimo consumo de ração é a disponibilidade e qualidade da água oferecida.

A água deve ser limpa e fresca, com bebedouros de fácil acesso (PRADO; BORGES NETO,

2014).

2.3.2.2 Fase de Crescimento (22 ou 29 dias)

             Segundo Borges e Prado Neto (2014), a partir dos 21 dias de idade, comedouros e

bebedouros devem ser regulados na altura do dorso da ave, o que evita desperdícios e

dificuldades de ingestão. Nesta fase, os frangos já sentem mais calor do que frio, portanto é

importante as instalações se manterem sombreadas e com ventilação adequada, além de água

com boa qualidade. Toda “cama” (material utilizado no piso, como serragem ou casca de

arroz), deve ser mantida sempre seca, quando molhada deverá ser trocada evitando

desenvolvimento de agentes patogênicos (fungos e bactérias).  

2.3.2.3 Fase de Acabamento (Últimos 7 a 15 dias antes do abate)

Neste período, a principal causa de mortalidade dos frangos é o calor, enquanto que na

fase inicial é o frio. Deve ter atenção especial para ventilação, água de bebida e sombra

(PRADO; BORGES NETO, 2014).

2.3.3 Caracterização do processo produtivo de uma granja

Antes da chegada dos pintinhos deve ser feita a preparação do local como queima das

penas, lavagem do aviário, tratamento da cama de frango, desinfecção do aviário para assim

ser iniciado a criação das aves.

As atividades que acontecem na criação das aves são aquecimento do aviário,

movimentação das aves, recolhimento das aves mortas e compostagem das aves mortas, todas

essas atividades acontecem diariamente. Após o crescimento das aves que em média acontece

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34

durante 45 dias, as aves vão para expedição, onde acontece à apanha, geralmente esse trabalho

é feito pelos responsáveis pelo abate dos frangos.

Os pintos devem ser adquiridos de incubatórios registrados no Ministério da

Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e ser saudáveis. Todos os pintos devem ser

vacinados ainda no incubatório contra as doenças (JAENISCH, 2014). Um resumo do

processo produtivo pode ser visto na Figura 4.

Figura 4: Fluxograma do processo produtivo

Fonte: o Autor

2.4 Tipos de resíduos gerados na avicultura de corte

A cadeia produtiva de avicultura gera resíduos que quando não são aproveitados

corretamente, podem prejudicar severamente o meio ambiente. Os resíduos podem aumentar

os nutrientes minerais, as substâncias orgânicas que demandam oxigênio, materiais em

suspensão e em algumas ocasiões microrganismos patogênicos (SEIFFERT, 2000).

Os tipos de resíduos gerados dentro dos aviários, segundo Palhares e Kunz (2015) são:

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35

a) Resíduos sólidos: Os resíduos sólidos gerados constituem-se de dejetos – esterco

de aves de corte, animais mortos, vasilhames (produtos de higiene, limpeza e

medicamentos) e embalagens envolvendo caixas de medicamentos.

b) Resíduos líquidos: não há geração de resíduos líquidos.

c) Resíduos gasosos: odores provenientes da criação das aves e da mortalidade de

animais.

2.4.1 Destinação dos resíduos

Os resíduos como animais mortos, esterco ou cama de frango, vasilhames e

embalagens devem ser destinados de maneira correta. Além dos odores gerados na granja que

devem ser amenizados.

2.4.1.1 Destino dos animais mortos

Os animais mortos podem ser encaminhados para uma composteira ou um roto

acelerador de compostagem.

a) Composteira: é destinada ao uso na mortalidade normal que ocorre em uma

criação, não servindo para casos catastróficos onde devem ser tomadas outras

medidas emergenciais definidas pelos órgãos competentes. A casa de

compostagem será construída com paredes externas de alvenaria, divisórias

internas e frente de tábuas de madeira encaixadas de forma que seja móvel o chão

do piso e coberto com telha. Para proteção contra predadores é importante à

colocação de tela para evitar o acesso de pequenos animais (SANTOS, 2014).

É fundamental que o fundo seja impermeabilizado, e que seja elevada acima do nível

do solo evitando assim a contaminação do lençol freático. Os produtos utilizados como

materiais aeradores é cama de aviário, maravalha de pinus, palhas de arroz e café. Quando se

usa a cama de aviário, tem-se a vantagem da ação de ácaros, cascudinho e outros organismos

existentes nesse material, que também atuam como decompositores (PEDROSO-DE-PAIVA,

2014).

No caso de uso de material aerador novo (cascas, palhas) é necessário proteger a

estrutura da casa dos animais carnívoros, pois eles podem ser atraídos pelo cheiro das

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36

carcaças. Caso seja usada cama de aviário esse inconveniente não ocorre (PEDROSO-DE-

PAIVA, 2014).

A água é adicionada em quantidade suficiente para manter o material úmido, pois a

mistura nunca deve ficar saturada de água. A quantidade de água recomendada deve

equivaler, em litros, à metade do peso das carcaças, ou mais, dependendo da umidade relativa

do ar de cada região. Sempre se devem proteger as pilhas de compostagem da entrada de água

da chuva que poderiam ser em excesso. Os materiais devem ser adicionados, na primeira

compostagem, de acordo com a seguinte escala, representada na figura 2 (PEDROSO-DE-

PAIVA, 2014).

Colocar 30 cm de cama de aviário ou esterco seco, no fundo da compostadeira.

Adicionar 15 cm de cama de aviário, palha de arroz ou café.

Adicionar uma camada de carcaças. Não amontoar as aves. Fazer uma camada de

carcaça deixando um espaço de 15 cm entre uma carcaça e outra e entre eles e as

paredes.

Contornar as carcaças com cama de aviário (ou esterco seco). Durante um único

dia, quando as aves estão maiores ou quando ocorre alta mortalidade.

Adicionar água para umedecer a superfície, em quantidade correspondente a 50%

do peso das carcaças (para cada quilo de carcaça acrescentar meio litro de água).

Cobrir com 15 cm de cama ou esterco seco sobre a parte umedecida.

Figura 5: Casa de compostagem

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37

Fonte: Pedroso-de-Paiva, 2014

b) Roto acelerador de compostagem – RAC: trata-se de uma tecnologia desenvolvida

para realizar o processo de compostagem da forma correta, ou seja, o sistema Roto

Acelerador Figura 6 permite tratar resíduos orgânicos de forma realmente aeróbia

e biológica, com possibilidade de correção de todas as variáveis. Para que ocorra a

compostagem são necessários, as carcaças dos animais mortos, a qual é rica em

nitrogênio e oxigênio que está presente no ar, umidade a qual é fornecida pela

água presente nas carcaças e um substrato rico em carbono, como por exemplo,

maravalha ou serragem de madeira que tem a função de fornecer alimento aos

microrganismos, absorver a umidade da carcaça e ao mesmo tempo manter ar

incorporado na massa em compostagem, para que os microrganismos benéficos se

mantenham vivos (O PRESENTE RURAL, 2015).

Figura 6: Roto Acelerador de Compostagem (RAC)

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38

O sistema é constituído por um triturador de resíduos e um transportador helicoidal

onde são descarregados os resíduos e o material fornecedor de carbono. Em seguida todo o

material descarregado no transportador vai sendo locado dentro de um compartimento

cilíndrico onde irá ocorrer a compostagem que é provido de um sistema mecânico que permite

movimentar toda massa com a finalidade de homogeneizar, proporcionando segurança

sanitária, permitindo a esterilização de sementes de infestantes e eliminando microrganismos

patogênicos (O PRESENTE RURAL, 2015).

Após 7 dias é possível descartar um composto já pronto abrindo espaço para que o

equipamento possa receber mais carcaças. No entanto, quanto mais tempo a massa

permanecer dentro do equipamento, mais nutrientes serão concentrados na composição. O

composto resultante do primeiro lote de criação, por ainda possuir maravalha não consumida,

poderá retornar ao RAC no segundo lote fazendo com a mistura seguinte seja mais rica ainda,

tornando-se um fertilizante com mais valor agregado, servindo como adubação para diversas

culturas (O PRESENTE RURAL, 2015).

2.4.1.2 Destinação do esterco

O destino do esterco é a aplicação em solo para adubação de lavouras, conforme as

exigências na Resolução SEMA nº 024, de 14 de julho de 2008, no artigo 12° diz que, para

uso agrícola dos resíduos, devem ser considerados os seguintes aspectos:

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39

I. A cama de aviário deverá sofrer processo de fermentação por no mínimo 10 (dez) dias. A

armazenagem deve ser realizada em local adequado, com adoção de medidas que evitem a

proliferação de vetores;

II. Taxa de aplicação no solo (quantidade/área) - deve ser calculada com base nas

características físico-químicas do resíduo, da interpretação da análise química do solo e da

necessidade da cultura, conforme recomendação agronômica;

III. Fica vedada a utilização de material para substrato de cama de aviário com presença de

resíduos de produtos químicos para tratamento de madeira.

Considera-se a disposição de resíduos no solo para uso agrícola quando o mesmo for

aplicado em solo para fins agrícolas e florestais, como condicionador ou fertilizante, de modo

a proporcionar efeitos benéficos para o solo e para as espécies nele cultivadas.

2.4.1.3 Destinação de vasilhames e embalagens

Segundo Alencar (2013), o manejo do aviário e a utilização de medicamentos e outros

insumos acabam gerando certa quantidade de embalagens, que mesmo pequena, deve ser

tratada de forma adequada. Deve-se evitar categoricamente sua queima a céu aberto ou em

sistemas sem controle de emissão de partículas e gases e jamais devem ser descartados em

meios bióticos e abióticos, como córregos, valas, poços, fossas, matas, lavouras, estradas.

A Lei 12.305/2010 rege o setor de resíduos sólidos e define a ordem de prioridade no

gerenciamento de resíduos sólidos da seguinte maneira:

1- Não geração.

2- Redução.

3- Reutilização. 

4- Reciclagem.

5- Tratamento dos resíduos sólidos e 

6- Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Assim, a destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a

compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas

pelos órgãos ambientais competentes, entre elas a disposição final, observando normas

operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a

minimizar os impactos ambientais adversos.

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40

2.4.1.4 Redução dos odores

Segundo Mukhtar et al. (2004), concluem que a intensidade e duração dos odores

emitidos pela cama de aviário irão depender das condições climáticas (temperatura, umidade,

velocidade e direção do vento e intensidade de radiação solar). Outros parâmetros como a

umidade da cama, as condições de armazenamento e transporte do resíduo, as condições do

solo que receberá o resíduo como fertilizante e a existência de barreiras físicas (vegetação) ao

redor da área adubada também contribuem na emissão de gases, odores e poeiras.

Os fatores que afetam a concentração de poeiras no interior dos galpões são: o tipo de

animal e o nível de atividade deste, o material de cama utilizado, o estado sanitário da

instalação, temperatura e umidade relativa, sistema de ventilação e seu uso, densidade animal

e o tipo de alimentação. Ações que podem ser utilizadas a fim de diminuir a emissão de

amônia são alterações no manejo nutricional, elevação da taxa de biodegradação dos resíduos,

utilização de oxidantes, compostagem, uso de condicionadores para redução da amônia e

redução da umidade dos resíduos (PALHARES; KUNZ, 2015).

3 MATERIAIS E MÉTODOS

De acordo com o objetivo do trabalho, do ponto de vista de sua natureza, a pesquisa

pode ser considerada aplicada, pois busca a solução de problemas em uma aplicação prática,

envolvendo verdades e interesses locais. Quanto à abordagem do problema, o trabalho é

qualitativo, na qual o ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é

o instrumento chave, esse método não requer técnicas e métodos estatísticos. Em relação aos

objetivos, a pesquisa é exploratória, pois envolve levantamento bibliográfico e entrevistas

com pessoas que tiveram experiências práticas. Por fim, quanto aos procedimentos técnicos, a

pesquisa é considerada estudo de caso, pois envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou

poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento (SILVA;

MENEZES, 2005).

3.1 Metodologia do trabalho

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41

A pesquisa que resultou neste trabalho foi realizada em um galpão de criação de

frango de corte no Estado do Paraná, a metodologia a ser utilizada incluiu duas vistorias no

local realizada pela autora deste trabalho, em que foi aplicado um roteiro de questionamentos

com o proprietário da granja para saber sobre o atendimento das condicionantes solicitadas

pelo IAP bem como os resíduos gerados, além de observação do processo produtivo e

fotografias. Os dados das condicionantes sobre as licenças ambientais emitidas a este

empreendedor foram consultadas no site do IAP.

Do mesmo modo fez-se entrevista com o proprietário da granja, buscando diagnosticar

as dificuldades enfrentadas para cumprimento da legislação e realização do procedimento de

licenciamento ambiental. Quanto aos locais de coleta de informações com o proprietário da

granja a coleta foi na propriedade rural do mesmo. Assim, este trabalho tem como etapas os

itens que seguem abaixo:

a) Definição do tipo de licença emitida segundo o porte do estabelecimento;

b) Documentos apresentados pelo empreendedor para o órgão ambiental para

solicitar a licença ambiental;

c) Consulta das licenças emitidas pelo órgão ambiental;

d) Duas vistorias, na granja, realizadas pela autora do projeto no dia 10 de junho de

2014 e 14 de setembro de 2014;

e) Observação do processo produtivo e registro de fotografias;

A entrevista com o granjeiro e o proprietário se estruturou de acordo com o modelo de

questionário disponível no Quadro 4.

Quadro 4: Questionário aplicado ao proprietário- Já era do seu conhecimento a obrigatoriedade do Licenciamento Ambiental da

Avicultura de corte?

- Quanto foi o tempo para a obtenção das licenças ambientais?

- Você cumpre as condicionantes da licença?

- Há comercialização dos resíduos?

- Quais os resíduos gerados?

- Qual a destinação dos resíduos gerados?

- Há quantos anos trabalha na atividade?

Fonte: o Autor

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42

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43

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para o estudo de caso foi escolhido um galpão de criação de frangos de corte, onde foi

feito a caracterização da empresa, a definição do tipo de licença emitida segundo o porte do

empreendimento, os documentos apresentados pelo empreendedor para o órgão ambiental

para solicitar a licença ambiental, as licenças emitidas pelo órgão ambiental, às vistorias

realizadas para verificar o cumprimento das condicionantes da licença e destinação dos

resíduos gerados, além das entrevistas realizadas com o granjeiro e o proprietário.

4.1 Caracterização da empresa

O trabalho foi realizado em um galpão de avicultura de corte Figura 7, que fica

localizado no Estado do Paraná.

Figura 7: Galpão de avicultura de corte

Esta unidade faz parte de um sistema de integração, em que o integrador é o único

responsável pelas decisões operacionais e este faz o pagamento pela engorda da fase de

pintainho ao frango adulto. O integrado executa os trabalhos, segundo o acordo estabelecido

entre ambos, e aceita todas as orientações técnicas repassadas pelo integrador. Por este

sistema, o integrador garante uma renda mínima para o integrado, de acordo com o

desempenho da criação. Os itens analisados para a remuneração do produtor são: o índice de

mortalidade, a taxa de conversão (conversão do consumo de ração em peso vivo), a

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44

ocorrência de doenças e a inspeção após o abate. Assim, a remuneração para o produtor, nesta

parceria, depende do bom manejo do aviário. Este integrado possui acordo com uma empresa

de abatedouro de aves instalada em Maringá-PR.

A empresa possui um funcionário, ele mora com a família no rancho, cerca de 2.500

metros da cidade. O horário de funcionamento do aviário é 24 horas, o trabalhador começa

cedo suas atividades de cuidado com as aves, e muitas vezes tem que levantar de madrugada

para aquecer o aviário quando as aves são menores. O estabelecimento funciona desde janeiro

de 2011.

4.2 Definição do tipo de licença

A área para criação é de 2580 m2, onde são alojados de 13 a 15 aves/ m2, podendo

variar para mais ou para menos de acordo com as condições do ambiente, ciclos de produção,

peculiaridades do mercado ou determinação sanitária, perfazendo uma capacidade máxima de

38.700 aves/criada por ciclo que dura em média 45 dias.

A propriedade rural possui área total de 335.000 m2, ficando com área livre de 332.420

m2 que é ocupada pela casa do funcionário que é responsável pelo aviário, benfeitorias,

pequena pastagem, cercas, carreadores, matas ciliares e destino dos resíduos gerados na

granja.

Cada lote alojado tem um período de criação de 60 dias somando-se os 45 dias de

criação mais 15 dias de vazio sanitário exigido para o tratamento da cama e controle de

vetores variando de acordo com o comportamento e exigências de mercado ou capacidade de

abate para aquele período. Dimensionado dessa forma a produção anual pode atingir o

patamar de até 232.200 cabeças de frangos em sistema de confinamento em criações

distribuídas em 6 lotes.

Conforme o dimensionamento da área de confinamento ser 2.580 m2 será necessária

licença prévia, licença de instalação e licença de operação para requerer o licenciamento

ambiental.

4.3 Documentos apresentados para obtenção das licenças

Segundo o proprietário, a busca por esse licenciamento deve-se a fatores importantes

como a exigência do mercado cada vez mais rigoroso quanto ao respeito para com o ambiente

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que é exigido pela empresa integradora. Outro fator importante está na condição imposta

pelos integradores, que realiza operações de financiamento ao integrado se estiverem

regulares do ponto de vista ambiental.

Toda a documentação apresentada ao órgão ambiental foi realizada por um técnico

contratado pela empresa integradora por meio de uma procuração do proprietário da granja,

assim o proprietário acompanhou o processo de licenciamento junto do técnico contratado

pela empresa integradora.

Para obtenção de cada tipo de licença: prévia, instalação e operação devem ser

apresentadas um conjunto de documentos que está determinado em Lei.

4.3.1 Documentos de requerimento de Licença Prévia (LP)

A Licença Prévia deve ser solicitada na fase preliminar de planejamento da

implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. O objetivo é aprovar a localização,

a concepção, a viabilidade ambiental e os requisitos para as próximas fases do licenciamento.

Na primeira fase do licenciamento ambiental quando o técnico da integradora fez o

requerimento ao órgão ambiental, o empreendimento já estava instalado há mais de um ano e

em operação, sendo considerado um erro cometido a implantação da atividade avícola sem o

licenciamento ambiental, dessa forma passível de multa pela fiscalização ambiental.

Os documentos preenchidos que foram apresentados ao IAP para o requerimento da

licença prévia são:

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA, conforme modelo no ANEXO

G, onde são identificados os dados do requerente, o objeto da solicitação, a

modalidade do licenciamento ambiental e a identificação do técnico responsável,

no caso o técnico da integradora. Além disso, o estabelecimento não possui débito

ambiental com o órgão ambiental;

g) Cadastro de Empreendimentos de Avicultura - CEAV, conforme modelo no

ANEXO H, onde é feito a identificação do requerente, as características do

empreendimento como número de aves, corpo receptor, produtos utilizados,

resíduos gerados e o destino final. Além disso, foi anexado o croqui de localização

do empreendimento, indicando as áreas de preservação permanente, nascentes

próximas, vias de acessos principais e pontos de referências para chegar ao local.

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46

Esse cadastro é de extrema importância para o órgão ambiental, pois se baseia nele

para emitir a licença.

h) Certidão do Município, quanto ao uso e ocupação do solo, conforme modelo

apresentado no ANEXO I, atestando que o local e o tipo de empreendimento ou

atividade estão em conformidade com a lei, que prevê as peculiaridades e

especificidades do município; 

i) Dispensa de Outorga de Águas do Instituto de Águas do Paraná, conforme

ANEXO J. Nesse caso a captação individual é igual ou menor que 1,8 m3/h,

lembrando que por intermédio da outorga é observado à quantidade e a qualidade

adequada aos usos atuais e futuros;

j) Publicação de súmula do pedido de Licença Prévia em jornal de circulação

regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo apresentado no ANEXO

K, lembrando que é de extrema relevância, assim como em qualquer procedimento

da Administração, o ato da publicidade, pois é garantia mínima para atuação

cidadã na proteção do bem coletivo e difuso que é o ambiente ecologicamente

equilibrado;

k) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação

Bancária), conforme ANEXO L, lembrando que a taxa é cobrada de acordo com o

porte do empreendimento.

4.3.2 Documentos de requerimento de Licença de Instalação

A Licença de Instalação deve ser solicitada na fase anterior à execução das obras

referentes ao empreendimento. Nesta fase são analisados os projetos, as medidas de controle

ambiental e as condicionantes da Licença Prévia e do projeto. Somente após a emissão deste

documento poderão ser iniciadas as obras do empreendimento, porém o estabelecimento já

estava em funcionamento há mais de um ano.

O proprietário da granja recebeu a Licença Prévia cerca de 6 meses depois da

solicitação, portanto o órgão ambiental respondeu dentro do prazo que é de até 6 meses. Os

documentos que foram apresentados ao Instituto Ambiental do Paraná para requerimento da

Licença de Instalação foram:

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA, conforme modelo no ANEXO

G que deve ser identificada a modalidade do licenciamento ambiental requerido; 

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b) O empreendedor é pessoa física, nesse caso deve ser apresentada fotocópia da

Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF);

c) Documento de propriedade ou justa posse rural, conforme ANEXO M, o

documento deve estar atualizado em até 180 dias para comprovação da posse do

imóvel, lembrando que é na matrícula que se verifica se o imóvel está cadastrado

no SICAR (Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural), nesse caso o

proprietário ainda não tinha se inscrito do SICAR, mas já possuía a reserva legal

averbada pelo SISLEG, que foi revogado, no entanto, segundo o Sistema FAEP

(2012), todos os proprietários e posseiros rurais são obrigados a fazer a inscrição

no CAR inclusive os que já possuam Reserva Legal averbada;

d) Plano de Controle Ambiental (PCA), conforme ANEXO N exigido na concessão

da Licença de Instalação, em 2 vias. O PCA contempla: características do

empreendimento, como manejo das aves, consumo de água, consumo de energia,

consumo de ração, sistema de tratamento de efluentes líquidos, controle de

vetores, informações sobre os resíduos gerados, bem como sua destinação final.

Lembrando que o projeto foi elaborado por técnico habilitado acompanhado de

ART – Anotação de Responsabilidade Técnica;

e) Publicação de súmula da concessão de Licença Prévia e súmula do pedido de

Licença de Instalação em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do

Estado, conforme modelo apresentado no ANEXO K, sendo uma forma da

participação pública em tal procedimento, possibilitando a sociedade o acesso à

informação; 

f) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação

Bancária), conforme ANEXO L, lembrando que a taxa é cobrada de acordo com o

porte do empreendimento e a análise do projeto apresentado.

4.3.3 Documentos de requerimento de Licença de Operação

A Licença de Operação deve ser solicitada quando do término das obras referentes ao

empreendimento. Somente após a emissão deste documento o empreendimento poderá iniciar

seu funcionamento, porém o estabelecimento já estava em funcionamento. Nesta fase são

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48

checados: o efetivo cumprimento do que consta nas licenças anteriores, incluindo as medidas

de controle ambiental, e os condicionantes determinados para a operação.

O proprietário da granja recebeu a Licença de Instalação cerca de 3 meses depois da

solicitação ao órgão ambiental, portanto o órgão ambiental respondeu dentro do prazo. Além

disso, a licença de operação foi expedida com prazo de 2 meses. Os documentos que foram

apresentados ao Instituto Ambiental do Paraná para requerimento da Licença de Instalação

foram:

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA, conforme modelo no ANEXO

G, onde foram identificados os dados do requerente e do contratante responsável,

além da modalidade do licenciamento requerido; 

b) Publicação de súmula de concessão de Licença de Instalação e súmula do pedido

de Licença de Operação em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do

Estado, conforme modelo  apresentado no ANEXO K, possibilitando a sociedade o

acesso à informação;

c) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação

Bancária), conforme ANEXO L, lembrando que a taxa é cobrada de acordo com o

porte do empreendimento.

4.4 Condicionantes das Licenças emitidas pelo órgão

A Licença Prévia, de Instalação e de Operação emitidas pelo órgão ambiental é regida

de condicionantes que devem ser cumpridas pelo empreendedor, nesse tópico será destacado

se essas condicionantes foram atendidas pelo empreendedor.

4.4.1 Condicionantes da Licença Prévia

Quanto ao cumprimento das condicionantes da licença ambiental seguem abaixo as

condicionantes que foram determinadas na licença prévia pelo IAP e o que foi cumprido pelo

empreendedor:

a) Este empreendimento e atividade, de acordo com suas características,

necessitarão de Licença de Instalação e Operação.

O empreendedor solicitou a licença de instalação e operação posteriormente dentro do

prazo de um ano.

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b) A Licença de Instalação estará condicionada apresentação em 02 (duas) vias, em

procedimento formal, segundo as diretrizes do IAP, para análise e aprovação,

com ART expedida por Técnico Responsável(s): Plano de Controle Ambiental,

conforme as diretrizes da Portaria-IAP nº 024/2008;

O empreendedor apresentou o Plano de Controle Ambiental conforme as diretrizes do

IAP, como pode ser observado no ANEXO N, quando solicitou o deferimento da licença de

instalação.

c) Deverá ser providenciado o cadastramento do estabelecimento avícola junto a

SEAB;

O empreendedor tem registro na Secretaria da Agricultura e Abastecimento, bem como

o registro da certidão de registro avícola comercial.

d) O imóvel objeto deste licenciamento deverá ser registrado no Sistema de Cadastro

Ambiental Rural - SICAR-PR, de acordo com artigo 1º do Decreto Estadual nº

8680-13 e parágrafo 3º do artigo 29 da Lei Federal nº 12.651-12 e Portaria IAP

nº 055/03/2014 e a Instrução Normativa MMA nº 02, de 06 de maio de 2014

A averbação da reserva legal da terra foi feita pelo sistema anterior SISLEG (Sistema

Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Florestal Legal e Áreas de

Preservação Permanente). Hoje o sistema que faz isso é o SICAR (Sistema Nacional de

Cadastro Ambiental Rural), assim o proprietário é obrigados a fazer a inscrição no CAR

mesmo já possuindo Reserva Legal averbada;

e) As áreas devem ser de uso rural e estar em conformidade com as diretrizes de

zoneamento do município;

O empreendimento está em conformidade com as diretrizes do município e pode ser

constatado por conta das vistorias realizadas e pela expedição da certidão do município que

consta no ANEXO I.

f) A área do empreendimento, incluindo armazenagem, tratamento e disposição final

de estercos, deve situar-se a uma distância mínima de corpos hídricos, de modo a

não atingir áreas de preservação permanente, conforme estabelecido no Código

Florestal;

A distância do aviário ao córrego mais próximo é de 330 m, estando dentro dos

parâmetros legais do Código Florestal.

g) A área do empreendimento, incluindo armazenagem, tratamento e destinação

final de estercos, deve situar-se a uma distância mínima conforme estabelecido no

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Código Sanitário do Estado, ou seja, toda e qualquer instalação destinada à

criação, manutenção e reprodução de animais e aves, nela incluída o sistema de

armazenagem, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos e líquidos, deve

ser construída, mantida e operada em condições sanitárias adequadas, de modo a

não causar incômodo à população, devendo ainda observar: Estarem localizados

em relação às frentes de estradas no mínimo, a uma distância de:

12 (doze) metros de estradas municipais,

15 (quinze) metros de estradas estaduais;

55 (cinqüenta e cinco) metros de estradas federais;

50 (cinqüenta) metros, em relação as frentes de estradas, exigida apenas em

relação às áreas de disposição final dos dejetos.

Estarem localizados no mínimo, a uma distância de 50 (cinqüenta) metros das

divisas de terrenos vizinhos, podendo esta distância ser inferior quando da

anuência legal dos vizinhos confrontantes;

Estarem localizados no mínimo, a uma distância de 50 (cinqüenta) metros em

relação a residências, desde que medidas técnicas sejam adotadas visando à

redução de odores e de vetores, para tanto se observando a predominância da

direção dos ventos na região; tais medidas serão propostas ao órgão ambiental e

implantadas após laudo emitido pelo referido órgão;

500 (quinhentos) metros do perímetro urbano.

A distância do córrego a estrada mais próxima é de 130 metros e a distância da casa

dos vizinhos mais próximos é cerca de 1.550 metros, além de o estabelecimento estar a 2.500

metros do perímetro urbano. O sistema de armazenagem, tratamento e disposição final dos

resíduos e sólidos é mantido e operado em condições sanitárias adequadas conforme vistoria

realizada, conforme análise do plano de controle ambiental e pela entrevista com o

proprietário do aviário.

h) Os esgotos sanitários deverão ser encaminhados para fossas e sumidouros;

Os esgotos sanitários são enviados para fossas e sumidouros, conforme consta no plano

de controle ambiental e informações do cadastro de empreendimentos de avicultura além da

vistoria realizada.

i) Não deverão ocorrer, em qualquer época, efluente líquido, com necessidade de

descarte no meio ambiente, uma vez que, tais efluentes, não foram previstos no

cadastro;

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51

Conforme informações do cadastro de empreendimentos de avicultura, plano de

controle ambiental e entrevista com o proprietário da granja foi reafirmado que não há

efluente líquido gerado no processo produtivo do aviário que seja descartado no meio

ambiente.

j) A cama de aviário deverá sofrer processo de fermentação por no mínimo 10 (dez)

dias. A armazenagem deve ser realizada em local adequado, com adoção de

medidas que evitem a proliferação de vetores;

Conforme entrevista com o proprietário foi constatado que durante aproximadamente

10 dias, é feita o tratamento da cama de frango para tirar a umidade (excreções das aves),

onde é aplicado o gesso agrícola. Assim nos dias posteriores, com o uso de um trator, a cama

é batida, para tirar a umidade e diminuir a amônia contida.

k) Taxa de aplicação no solo (quantidade/área) - deve ser calculada com base nas

características físico-químicas do resíduo, da interpretação da análise química do

solo e da necessidade da cultura, conforme recomendação agronômica;

Conforme indicação no Plano de Controle Ambiental e entrevista com o proprietário

da granja constatou-se que há retirada de cama de frango do aviário a cada 6 lotes, a mesma

sempre é vendida a algum agricultor, que no entanto se responsabiliza para contratar um

engenheiro agrônomo ou técnico responsável para calcular a taxa de aplicação para utilização

da cama de aviário como biofertilizante.

l) Os animais mortos deverão ser dispostos adequadamente, utilizando tecnologias

de disposição específicas. A queima a céu aberto dos animais mortos só é

permitida: em casos de epizootias, quando ocorra grande mortandade de animais

e/ou quando for determinado o sacrifício dos animais pelas autoridades sanitárias

competentes;

Caso ocorra uma mortandade muito grande das aves poderá ser feito a queima das

aves, mas segundo o proprietário da granja nunca houve nenhuma alta mortandade de aves,

além disso, a granja é sempre acompanhada por um veterinário que analisa a qualidade das

aves.

m) Caso haja necessidade, o IAP solicitará, a qualquer momento, outros documentos

e/ou informações complementares do requerente ou de outras instituições

envolvidas no licenciamento ambiental em questão, assim como, anotação ou

registro de responsabilidade técnica pela implantação e conclusão de eventuais

estudos ambientais;

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O proprietário disse saber dessa condicionante, mas nunca foi solicitado pelo IAP para

complementar informação.

n) O descumprimento das disposições desta Resolução, dos termos das Licenças

Ambientais sujeitará o infrator às penalidades previstas na Lei nº 9.605, de 12 de

fevereiro de 1998, regulamentada pelo Decreto 6.514/2008; e em outros

dispositivos normativos pertinentes, sem prejuízo do dever de recuperar os danos

ambientais causados, na forma do art. 225, Parágrafo 4º, da Constituição Federal

do Brasil, e do art. 14, Parágrafo 1o, da Lei n. 6.938, de 1981.

O proprietário disse saber dessa condicionante e afirma estar dentro da lei, bem como

fazer o destino correto dos resíduos gerados, além de tratar disso com seu funcionário da

granja.

o) A concessão desta licença não impedirá exigências futuras, decorrentes do

avanço tecnológico ou da modificação das condições ambientais, conforme

Decreto Estadual 857/79 - Artigo 7º, § 2º;

O proprietário disse que tem conhecimento dessa condicionante além do que pratica

uma atividade que causa impacto ao meio ambiente, sendo que deve sempre estar atualizado

quando há modificações das leis ambientais.

p) As ampliações ou alterações, ora licenciados, de conformidade com o

estabelecido pela Resolução CEMA nº 065/2008, de 01 de julho de 2008 em seu

Artigo 73º, ensejará novos licenciamentos, prévio e de instalação e operação,

para a parte ampliada ou alterada.

Segundo o proprietário não há previsão para ampliação do aviário, mas caso ocorra ele

está ciente que deve ser feito o procedimento novamente de licença prévia, de instalação e

operação.

q) Esta Licença foi concedida com base nas informações constantes do CEAV,

apresentado pelo requerente e não dispensa, tão pouco, substitui quaisquer outros

Alvarás e/ou Certidões de qualquer natureza a que, eventualmente, esteja sujeita,

exigidas pela legislação federal, estadual ou municipal.

Nesse item verifica-se a importância do preenchimento correto e dados verdadeiros do

CEAV, conforme ANEXO H, o proprietário disse que toda informação dada é verdadeira.

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4.4.2 Condicionantes da Licença de Instalação

Quanto ao cumprimento das condicionantes da licença ambiental seguem abaixo as

condicionantes que foram determinadas na licença de instalação pelo IAP e o que foi

cumprido pelo empreendedor:

a) Este empreendimento e atividade necessitam, para sua regularidade ambiental, da

LICENÇA DE OPERAÇÃO, devendo ser requerida ao IAP em procedimento

próprio;

O empreendedor solicitou a licença de operação posteriormente dentro do prazo de um

ano.

b) A LICENÇA DE OPERAÇÃO está condicionada a apresentação e atendimento

dos itens abaixo:

- Implementação do Plano de Controle Ambiental apresentado ao IAP;

Conforme vistoria realizada muito do que está informado no Plano de Controle

Ambiental é realizado pelo empreendedor no seu estabelecimento. Apesar de algumas vezes,

destinar incorretamente os resíduos das aves mortas fazendo queima e quando é feito a venda

do esterco das aves, alguns agricultores não fazem o cálculo da aplicação no solo.

- Destino das águas pluviais, originadas da área do empreendimento, à bacia de

contenção, para infiltração no solo;

As águas pluviais são destinadas a cisternas, conforme é informado no Plano de

Controle Ambiental e conforme pode-se constatar em vistoria realizada.

O restante das condicionantes são as mesmas da licença prévia, como já foram

consideradas anteriormente não será repetida a explicação.

4.4.3 Condicionantes da Licença de Operação

Quanto ao cumprimento das condicionantes da licença ambiental seguem abaixo as

condicionantes que foram determinadas na licença de operação pelo IAP e o que foi cumprido

pelo empreendedor:

a) Este empreendimento de acordo com suas características necessita da renovação

Licença de Operação.

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O prazo de vigência da licença é de 4 anos, sendo que quando for feito o procedimento

de renovação o mesmo deve ser requerido 120 dias antes do vencimento da licença em vigor.

O restante das condicionantes são as mesmas da licença prévia, como já foram

consideradas anteriormente não será repetida a explicação.

4.5 Resíduos gerados na granja

Conforme vistoria realizada no local e devido às informações no Plano de Controle

Ambiental, os tipos de resíduos gerados dentro do aviário são:

a) Resíduos sólidos: Os resíduos sólidos gerados constituem-se de dejetos – esterco

de aves de corte, animais mortos, vasilhames (produtos de higiene, limpeza e

medicamentos) e embalagens envolvendo caixas de medicamentos.

b) Resíduos líquidos: não há geração de resíduos líquidos.

c) Resíduos gasosos: odores provenientes da criação das aves e da mortalidade de

animais.

4.6 Destinação dos resíduos gerados

Devido à geração de resíduos no processo produtivo da avicultura de corte, esses

resíduos devem ter uma destinação correta, bem como medidas devem ser tomadas para

minimizar o problema.

4.6.1 Destino dos animais mortos

A verificação de existência de aves mortas é feita todo dia no período da manhã.

Assim, as aves mortas são recolhidas e enviadas para a casa de compostagem, conforme

Figura 8.

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55

Figura 8: Casa de compostagem

A casa de compostagem é composta de três câmaras. Diariamente, morrem aves no

aviário, assim é feita uma pilha de aparas de madeiras de aproximadamente 30 cm do

substrato novo e sobre essa camada são distribuídas cinco carcaças e cobertas com 20 cm de

cama de frango. As outras cinco aves são distribuídas em uma segunda camada com o mesmo

substrato. A água é adicionada em quantidade suficiente para manter o material úmido, pois a

mistura nunca deve ficar saturada de água. A quantidade de água recomendada deve

equivaler, em litros, à metade do peso das carcaças Figura 9. Posteriormente após a

compostagem, a mesma deve ser usava para adubação agrícola, mas algumas vezes o

trabalhador faz a queima do resíduo, o que é proibido.

Figura 9: Compostagem das aves mortas

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4.6.2 Destinação do esterco

A cama de aviário, antes de ser utilizada como fertilizantes nas lavouras, deve passar

pelo processo de fermentação. Esse processo deve ser feito com o uso de lona para que o

dejeto não fique ao ar livre nem em contato com o solo. Na figura 10, pode-se visualizar o

destino correto da cama após a mesma ser retirada do aviário.

Figura 10: Cama amontoada para fermentação

O trabalhador do aviário disse que quando há troca da cama de aviário sempre há um

comprador para a mesma, pois o dono do aviário não possui lavoura, sendo assim a cama de

aviário é comercializada, lembrando que esse resíduo tem um valor alto no mercado.

4.6.3 Destinação de vasilhames e embalagens

As embalagens são armazenadas em local fechado e posteriormente são enviadas para

a indústria de medicamentos, fazendo-se a logística reversa do ciclo produtivo.

4.6.4 Redução dos odores

Uma das ações que podem ser utilizadas a fim de diminuir a emissão de amônia é

redução da umidade da cama de frango, sendo assim o trabalhador faz o batimento da cama de

frango durante 10 dias no período do vazio sanitário. Além disso, o resfriamento evaporativo

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é bastante utilizado para melhorar as condições ambientais em instalações avícolas. A

incorporação de água ao ar ocorre ao fazer o ar atravessar uma parede porosa umedecida

(placas evaporativas), como pode ser observada na Figura 11, a principal vantagem do sistema

de placas evaporativas é que a umidade fique fora do galpão, produzindo maior resfriamento

com menor grau de umidade interna. Sendo assim, os galpões tendem a ficar mais limpos,

com menor incidência de ferrugem nos equipamentos e menores problemas elétricos nos

galpões, além de diminuir a umidade da cama de frango.

Figura 11: Placas evaporativas

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5 CONCLUSÃO

Este trabalho se propôs a relatar as etapas do licenciamento ambiental de uma

avicultura de corte, bem como citar os resíduos gerados, dessa maneira a análise da licença

prévia, da licença de instalação e da licença de operação foram feitas, bem como os resíduos

gerados e o destino dos mesmos. Assim, o trabalho alcançou seus objetivos, quando se propôs

a fazer a analisar o processo de licenciamento ambiental de uma avicultura de corte, pela

aplicação do questionário bem como as vistorias realizadas.

A avicultura de corte como atividade potencialmente poluidora, deve ser legalizada

perante os órgãos ambientais competentes a fim de que possa produzir alimento, neste caso, a

carne de frango, em conformidade com as necessidades de preservação ambiental, evitando

exposição de poluentes ao meio ambiente os quais podem comprometer a qualidade ambiental

e, consequentemente, o desenvolvimento do ecossistema local.

O licenciamento ambiental é um instrumento que age preventivamente sobre o meio

ambiente, bem como o tratamento dos resíduos gerados, que visa cuidar para que o exercício

de um direito não comprometa outro direito igualmente importante. O processo de

licenciamento conduzido em consonância com os preceitos legais propicia à população e ao

Instituto Ambiental a garantia de que não ocorrerão impactos ambientais em razão da

implantação da granja.

Os objetivos de não geração, minimização, reuso e reciclagens de resíduos sólidos

municipais necessitam da aplicabilidade e fiscalização do Estado de forma efetiva e com

respaldo jurídico. A educação ambiental é fundamental para conscientização da população

brasileira ao passo que a atitude voluntária do cidadão permitirá maior controle na geração

dos resíduos.

Os resultados alcançados são bons perante a empresa objeto de estudo, foi enfatizada

com o proprietário e o trabalhador da granja, a importância da conservação do meio ambiente,

bem como destinação correta dos resíduos gerados, além de manter atualizadas e em dia as

licenças ambientais com o órgão ambiental. Pode-se considerar também o atendimento de

muitas condicionantes e a destinação correta dos resíduos pelo proprietário devido à relação

da empresa integradora que possui um engenheiro químico responsável pelo processo do

licenciamento ambiental, bem como um veterinário que acompanha o desenvolvimento dos

pintainhos e segurança sanitária dos mesmos.

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59

REFERÊNCIAS

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Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução Conama Nº 306/2002: Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais. Brasília.

Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução Nº 237, de 19 de Dezembro de 1997: Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental. Brasília.

Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução Conama Nº 001, de 23 de Janeiro de 1986. Brasília, 17 fev. 1986. Brasília.

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60

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62

SISTEMA FAEP (Paraná). Novo Código Florestal. Curitiba: Hélio Teixeira, 2012.

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63

ANEXO A – RLA: Requerimento de Licenciamento Ambiental

REQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

DOCUMENTO DESTINADO À FORMALIZAÇÃO DO REQUERIMENTO PARA TODAS AS MODALIDADES DE LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES POLUIDORAS, DEGRADANTES E/OU MODIFICADORAS DO MEIO AMBIENTE

6 RLA

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

6.1 Instituto Ambiental do Paraná

Diretoria de Controle de Recursos Ambientais

01 – USO DO IAP01 PROTOCOLO SID

02 – IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE

02 RAZÃO SOCIAL (PESSOA JURÍDICA) OU NOME (PESSOA FÍSICA)

03 CNPJ OU CPF/MF 04 INSCRIÇÃO ESTADUAL PESSOA JURÍDICA OU RG PESSOA FÍSICA

05 ENDEREÇO COMPLETO 06 BAIRRO

07 MUNICÍPIO/UF 08 CEP09 TELEFONE PARA CONTATO

03 – IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO DA SOLICITAÇÃO

10 SOLICITAÇÃO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA (TIPO DE EMPREENDIMENTO)

04 – REQUERIMENTO

AO SENHOR

DIRETOR PRESIDENTE DO INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ

CURITIBA - PARANÁ

O REQUERENTE SUPRA CITADO, VEM MUI RESPEITOSAMENTE À PRESENÇA DE V.S., REQUERER EXPEDIÇÃO DE(A):

12 MODALIDADE DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

DISPENSA DE LICENÇA AMBIENTAL ESTADUAL – DLAE AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL - AA LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA – LAS LICENÇA PRÉVIA - LPLICENÇA DE INSTALAÇÃO – LI LICENÇA DE OPERAÇÃO - LO

RENOVAÇÃO DE: DLAE LAS LI LO REGULARIZAÇÃO DE LAS LO

CONFORME ELEMENTOS CONSTANTES DAS INFORMAÇÕES CADASTRADAS E DOCUMENTOS EM ANEXO.

DECLARA, OUTROSSIM, QUE CONHECE A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E DEMAIS NORMAS PERTINENTES AO LICENCIAMENTO REQUERIDO, COMPROMETENDO-SE A RESPEITÁ-LA.

NESTES TERMOSPEDE DEFERIMENTO

13 LOCAL E DATA

14 ASSINATURA DO REQUERENTE

05 – IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO (SE HOUVER)

15 NOME DO TÉCNICO RESPONSÁVEL 16 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

17 NO REGISTRO NO CREA 18 REGIÃO 19 POSSUI PENDÊNCIAS TÉCNICAS OU LEGAIS?SIM NÃO TIPO

06 – RECEPÇÃO DE DOCUMENTOS

20 POSSUI DÉBITOS AMBIENTAIS? SIM NÃO 21 FORMA DE ENTREGA DA LICENÇA22 ESCRITÓRIO REGIONAL DO IAP DE :23 DOCUMENTOS E TAXA AMBIENTAL CONFERIDOS POR: (NOME, CARIMBO E ASSINATURA) 24 DATA

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64

ANEXO B – CEAV: Cadastro de Empreendimentos de AviculturaCADASTRO DE EMPREENDIMENTOS DE AVICULTURA

DOCUMENTO DESTINADO AO CADASTRAMENTO DE EMPREENDIMENTOS AGROPECUÁRIOS PARA QUALQUER MODALIDADE DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

CEAV

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIOAMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

DIRETORIA DE CONTROLE DE RECURSOS AMBIENTAIS

01 USO DO IAP01 PROTOCOLO SID

02 IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE02 NOME (PESSOA FÍSICA)/RAZÃO SOCIAL (PESSOA JURÍDICA)/INTEGRADOR (SE APLICÁVEL) 03 CPF (PF) OU CNPJ (PJ)

04 RG (PESSOA FÍSICA)/INSCRIÇÃO ESTADUAL (PESSOA JURÍDICA)

05 TELEFONE (DDD - NÚMERO) 06 FAX (DDD - NÚMERO)

07 ENDEREÇO

08 BAIRRO 09 MUNICÍPIO/UF 10 CEP

11 NOME PARA CONTATO 12 CARGO 13 FONE PARA CONTATO

03 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO14 INTEGRADO (SE APLICÁVEL)

15 ATIVIDADE 16 Nº SERFLOR

17 ENDEREÇO

18 BAIRRO 19 MUNICÍPIO/UF 20 CEP

21 CORPO RECEPTOR 22 BACIA HIDROGRÁFICA

23 ÁREA PARA CRIAÇÃO 24 ÁREA LIVRE PREVISTA 25 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E/OU UTM

26 INVESTIMENTO TOTAL EM UPF/PR

SISTEMA DE PRODUÇÃO – AVICULTURA

27 INCUBATÓRIO POSTURA CORTE

NÚMERO DE AVES POR CATEGORIA - AVICULTURA

28 INCUBATÓRIO (NO AVES) 29 POSTURA (NO AVES) 30 CORTE (NO AVES)

PRODUTOS UTILIZADOS ÁGUA UTILIZADA

31 DESCRIÇÃO 32 QUANTIDADE 33 ORIGEM 34 PONTOS DE UTILIZAÇÃO 35 VAZÃO (m3/dia)

DESPEJOS

36 DESCRIÇÃO/ORIGEM 37 VAZÃO 38 TRATAMENTO 39 DESTINAÇÃO FINAL

RESÍDUOS SÓLIDOS DESTINAÇÃO DE AVES MORTAS

40 DESCRIÇÃO/ORIGEM 41 QUANTIDADE 42 TRATAMENTO E/OU DESTINAÇÃO FINAL 43 FORMA E TRATAMENTO

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4. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:

ANEXO C – Modelo de Certidão do Município Quanto ao Uso e

Ocupação do Solo

CERTIDÃO MUNICÍPIO DE – (NOME DO MUNICÍPIO)

Declaramos ao INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ – IAP/SEMA que o Empreendimento abaixo descrito, está localizado neste Município e que o Local, o Tipo de Empreendimento e Atividade estão em conformidade com a legislação municipal aplicável ao uso e ocupação do solo (nº do diploma legal pertinente) bem como atendem as demais exigências legais e administrativas perante o nosso Município.

EMPREENDEDOR

CPF/CNPJ

NOME DO EMPREENDIMENTO

ATIVIDADE

ENDEREÇO

BAIRRO

CEP

TELEFONE

Local e Data

Nome, assinatura e carimbo doPrefeito Municipal e/ou Secretário Municipal

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ANEXO D – Modelos de Súmulas para Publicação dos Pedidos de

Licenças Ambientais

Modelo para publicação de REQUERIMENTO de licença em Jornal Local e Diário Oficial(Nome da empresa - sigla) torna público que requereu ao IAP, a (tipo da Licença), para (atividade e local). Foi determinado estudo de impacto ambiental e/ou não foi determinado estudo de impacto ambiental.

Modelo para publicação do RECEBIMENTO de licença em Jornal Local e Diário Oficial.(Nome da empresa - sigla) torna público que recebeu do IAP, para (finalidade de Licença), com validade de (prazo de validade)para (atividade e local).

Modelo para publicação de REQUERIMENTO PARA RENOVAÇÃO de licença em Jornal Local e Diário Oficial(Nome da empresa - sigla) torna público que requereu ao IAP a renovação de sua Licença ( tipo de Licença) até a data x, para(atividade e local).

Modelo para publicação do RECEBIMENTO DE RENOVAÇÃO de licença em Jornal Local e Diário Oficial(Nome da empresa - sigla) torna público que recebeu do IAP a prorrogação da Licença ( tipo de licença) até a data x, para(atividade e local).

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ANEXO E – Diretrizes para elaboração e apresentação de

Projetos de Sistemas de Controle de Poluição Ambiental de

Agropecuários 1. INFORMAÇÕES CADASTRAIS 1.1 INFORMAÇÕES CADASTRAIS Razão Social, CNPJ, endereço. 1.2 FONTE ABASTECEDORA DE ÁGUA Relacionar todas as fontes de abastecimento de água utilizadas pelo empreendimento, tais como rios, lagoas, poços, rede pública, etc. 1.3 CORPO RECEPTOR Vazão e parâmetros (no caso de rios) e bacia hidrográfica a que pertence. 1.4 ÁREA EM HECTARES Área total, área construída e área livre. 1.5 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO • Descrição do regime e sistema de criação do empreendimento; • Quantificação do plantel por sistema de criação existente e a capacidade máxima instalada. • Indicação dos produtos usados para a alimentação dos animais, para a desinfecção e limpeza das instalações bem como medicamentos utilizados. • Apresentar a relação dos animais produzidos, por categoria, mensal e anualmente. Informar a empresa de integração, se for o caso. 2. SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS • Descrição do sistema de captação e disposição de águas pluviais. • Informações sobre a quantidade diária de esterco gerado. • Descrição do sistema de tratamento e destinação final (no caso de disposição no solo ver item x); • Dimensionamento das unidades que compõem o sistema; • Características prováveis dos efluentes líquidos tratados (pH, DBO, DQO, etc.). • Descrição do(s) sistema(s) de tratamento(s) adotado(s). No caso de disposição no solo, ver item 5; 3. CONTROLE DE VETORES Detalhar medidas adotadas visando minimizar o problema. 4. RESÍDUOS SÓLIDOS 4.1 INFORMAÇÕES SOBRE OS RESÍDUOS SÓLIDOS E DISPOSIÇÃO FINALEspecificar os resíduos sólidos gerados pelo empreendimento, discriminando a composição, (dejetos animais quando for na forma sólida, vasilhames, embalagens, animais mortos, etc.), quantidade e forma de coleta. No caso de cama de aviário: • comprovar a origem da matéria prima utilizada, com relação à presença de resíduos de produtos químicos. • quantificar a matéria prima utilizada 5. JUSTIFICATIVA DO SISTEMA PROPOSTO

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ANEXO F – DLAE: Declaração de Dispensa de Licenciamento

Ambiental Estadual

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ANEXO G – RLA: Requerimento de licenciamento ambiental

preenchidoREQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

DOCUMENTO DESTINADO À FORMALIZAÇÃO DO REQUERIMENTO PARA TODAS AS MODALIDADES DE LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES POLUIDORAS, DEGRADANTES E/OU MODIFICADORAS DO MEIO AMBIENTE

7 RLA

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

7.1 Instituto Ambiental do Paraná

Diretoria de Controle de Recursos Ambientais

01 – USO DO IAP01 PROTOCOLO SID

02 – IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE

02 RAZÃO SOCIAL (PESSOA JURÍDICA) OU NOME (PESSOA FÍSICA)XXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXX XXXXXXX

03 CNPJ OU CPF/MF 04 INSCRIÇÃO ESTADUAL PESSOA JURÍDICA OU RG PESSOA FÍSICA

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX-XXXX XXXXXXXXXXX-XXXX

05 ENDEREÇO COMPLETO 06 BAIRRO

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX XX XXXXX GLEBA XXXXX

07 MUNICÍPIO/UF 08 CEP09 TELEFONE PARA CONTATO

FLÓRIDA XXXXXX-XXX XXXXXX-XXXXX

03 – IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO DA SOLICITAÇÃO

10 SOLICITAÇÃO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA (TIPO DE EMPREENDIMENTO)Avicultura de corte – licença prévia

04 – REQUERIMENTO

AO SENHOR

DIRETOR PRESIDENTE DO INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ

CURITIBA - PARANÁ

O REQUERENTE SUPRA CITADO, VEM MUI RESPEITOSAMENTE À PRESENÇA DE V.S., REQUERER EXPEDIÇÃO DE(A):

12 MODALIDADE DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

DISPENSA DE LICENÇA AMBIENTAL ESTADUAL – DLAE AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL - AA LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA – LAS X LICENÇA PRÉVIA - LPLICENÇA DE INSTALAÇÃO – LI LICENÇA DE OPERAÇÃO - LO

RENOVAÇÃO DE: DLAE LAS LI LO REGULARIZAÇÃO DE LAS LO

CONFORME ELEMENTOS CONSTANTES DAS INFORMAÇÕES CADASTRADAS E DOCUMENTOS EM ANEXO.

DECLARA, OUTROSSIM, QUE CONHECE A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E DEMAIS NORMAS PERTINENTES AO LICENCIAMENTO REQUERIDO, COMPROMETENDO-SE A RESPEITÁ-LA.

NESTES TERMOSPEDE DEFERIMENTO

13 LOCAL E DATA

MARINGÁ, 29 DE ABRIL DE 201514 ASSINATURA DO REQUERENTE

05 – IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO (SE HOUVER)

15 NOME DO TÉCNICO RESPONSÁVEL 16 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

XXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXX

17 NO REGISTRO NO CREA 18 REGIÃO 19 POSSUI PENDÊNCIAS TÉCNICAS OU LEGAIS?XXXXXXX-XXXX SIM NÃO X TIPO

06 – RECEPÇÃO DE DOCUMENTOS

20 POSSUI DÉBITOS AMBIENTAIS? SIM NÃO X 21 FORMA DE ENTREGA DA LICENÇA22 ESCRITÓRIO REGIONAL DO IAP DE : MARINGÁ

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23 DOCUMENTOS E TAXA AMBIENTAL CONFERIDOS POR: (NOME, CARIMBO E ASSINATURA) 24 DATAxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 29/04/2015

ANEXO H – CEAV: Cadastro de empreendimentos de avicultura

preenchidoCADASTRO DE EMPREENDIMENTOS DE AVICULTURA

DOCUMENTO DESTINADO AO CADASTRAMENTO DE EMPREENDIMENTOS AGROPECUÁRIOS PARA QUALQUER MODALIDADE DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

CEAV

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIOAMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

DIRETORIA DE CONTROLE DE RECURSOS AMBIENTAIS

01 USO DO IAP01 PROTOCOLO SID

02 IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE02 NOME (PESSOA FÍSICA)/RAZÃO SOCIAL (PESSOA JURÍDICA)/INTEGRADOR (SE APLICÁVEL) 03 CPF (PF) OU CNPJ (PJ)XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXX

04 RG (PESSOA FÍSICA)/INSCRIÇÃO ESTADUAL (PESSOA JURÍDICA)

05 TELEFONE (DDD - NÚMERO) 06 FAX (DDD - NÚMERO)

XXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXX XXXXXXXXXXX

07 ENDEREÇOXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx08 BAIRRO 09 MUNICÍPIO/UF 10 CEP Xxxxxxxxxxx Maringá xxxxxxxxxxxxxx11 NOME PARA CONTATO 12 CARGO 13 FONE PARA CONTATOXxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxx

03 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO14 INTEGRADO (SE APLICÁVEL)

15 ATIVIDADE 16 Nº SERFLORAVICULTURA DE CORTE 120101XXXXXXXX

17 ENDEREÇO

XXXXXXXXXXX

18 BAIRRO 19 MUNICÍPIO/UF 20 CEP

GLEBA XXXXXXXXXXX FLÓRIDA XXXXXXXXXXX

21 CORPO RECEPTOR 22 BACIA HIDROGRÁFICARIO PIRAPÓ PIRAPÓ

23 ÁREA PARA CRIAÇÃO 24 ÁREA LIVRE PREVISTA 25 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E/OU UTM

26 INVESTIMENTO TOTAL EM UPF/PR

2580 m2 332.420 m2 039620E 7431426N 3.254SISTEMA DE PRODUÇÃO – AVICULTURA

27 INCUBATÓRIO POSTURA X CORTE

NÚMERO DE AVES POR CATEGORIA – AVICULTURA

28 INCUBATÓRIO (NO AVES) 29 POSTURA (NO AVES) 30 CORTE (NO AVES)232.200 aves/ano

PRODUTOS UTILIZADOS ÁGUA UTILIZADA

31 DESCRIÇÃO 32 QUANTIDADE 33 ORIGEM 34 PONTOS DE UTILIZAÇÃO 35 VAZÃO (m3/dia)RAÇÃO 950 ton /ano POÇO ARTESIANO AVES 7000 L LOTE/ DIA

DESPEJOS

36 DESCRIÇÃO/ORIGEM 37 VAZÃO 38 TRATAMENTO 39 DESTINAÇÃO FINAL

NÃO HÁ

RESÍDUOS SÓLIDOS DESTINAÇÃO DE AVES MORTAS

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40 DESCRIÇÃO/ORIGEM41 QUANTIDADE

42 TRATAMENTO E/OU DESTINAÇÃO FINAL 43 FORMA E TRATAMENTO

CAMA DE FRANGO 946 TON /ANO ADUBAÇÃO AGRÍCOLA FERMENTAÇÃO

4. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:CROQUI DE LOCALIZAÇÃO

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ANEXO I – Certidão do Município preenchido

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73

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ANEXO J – Declaração de Dispensa de Outorga do Instituto de

Águas do Paraná

DECLARAÇÃO Nº 1913/2011 - DRH

DISPENSA DE OUTORGA

Conforme informações constantes no CRH 52/2012, declaramos que se encontra cadastrado no Instituto de

Águas do Paraná como usuário de recursos hídricos e está dispensado de outorga para uso de água por tratar-se

de uso insignificante, de acordo com a Resolução Nº 039/2004 – SEMA.

Razão Social: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

CNPJ/CPF: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Endereço: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Bairro/Distrito: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Município: xxxxxx/PR

Atividade: Avicultura de corte

Bacia Hidrográfica: Pirapó

Manancial: Rio Pirapó

Finalidade do uso: Abastecimento do aviário e da família

Coordenadas UTM: 039620E 7431426N

Motivo da dispensa de outorga:

Art. 1°, item I

- Captação individual igual ou menor que 1,8 m3/h

Art. 2°, item II

- Poço de consumo familiar ou núcleo populacional inferior a 400 (quatrocentos) habitantes dispersos no meio

rural

O usuário deverá corrigir os parâmetros físico-químicos e bacteriológicos para o uso pretendido, quando couber,

por sua conta e risco, observando as normas e legislações específicas vigentes.

Este uso estará sujeito à fiscalização do Instituto de Águas do Paraná e poderá ser revisto a qualquer tempo

podendo, a critério do Instituto de Águas do Paraná, ser submetido ao processo de outorga. Esta declaração não

dispensa e nem substitui a obtenção de certidões, alvarás ou licenças de qualquer natureza, exigidos pela

legislação federal, estadual ou municipal, em especial a obtenção das licenças ambientais, quando couber.

Maringá, 23 de abril de 2012.

________________________

Chefe-regional

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75

ANEXO K – Súmulas para Publicação dos Pedidos de Licenças

Ambientais

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76

ANEXO L – Comprovante de pagamento da taxa ambiental

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77

ANEXO M – Matrícula do imóvel rural

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ANEXO N – Projeto de Sistemas de Controle de Poluição

Ambiental de Agropecuários 1. INFORMAÇÕES CADASTRAIS

1.1 INFORMAÇÕES CADASTRAIS

Razão Social xxxxxxxxxxxxxxxxCNPJ xxxxxxxxxxxxxxxxEndereço xxxxxxxxxxxxxxxxxxx

1.2 FONTE ABASTECEDORA DE ÁGUA

A água utilizada para o abastecimento dos aviários será provida por mina superficial

localizada dentro da propriedade. Fonte de abastecimento que possui dispensa de outorga

conforme Declaração nº1913/2011-DRH emitido pelo Instituto das Águas do Paraná. A água

será recalcada por bomba sudmersa elétrica até um reservatório de volume adequado, vedado

e sombreado, construído em fibra, concreto ou outro material que não altere suas

características físicas, químicas, biológicas e, distribuídas ao longo dos aviários de acordo

com a exigência das aves. O produtor poderá realizar a perfuração de um poço tubular para

garantir a demanda, passando pelo processo de licenciamento.

Além do uso para as casas da propriedade, a água será empregada para dessedentação

das aves, limpeza e desinfecção de instalações e equipamentos dos aviários, sistema de

nebulização interno e de resfriamento lateral-interno através de sistema de placa evaporativa

que objetiva manter a temperatura dos aviários adequada para o melhor desenvolvimento do

plantel. O consumo de água médio diário para o aviário pode chegar a um total de 7m³,

somando-se os consumos de dessedentação (água de bebida) e ambientação (resfriamento

interno).

1.3 CORPO RECEPTOR

O curso d’água de influência mais próximo é o Córrego Sabaúa afastado por volta de

330 m do local dos aviários. Ribeirão este que é afluente da bacia hidrográfica do Pirapó e

corta as glebas de sudoeste para nordeste e está bordeado por Mata ciliar nativa já formada

numa faixa de pelo menos 30 m de largura.

1.4 ÁREA EM HECTARES

A área para criação é de 2580 m2, onde são alojados de 13 a 15 aves/ m2, podendo

variar para mais ou para menos de acordo com as condições do ambiente, ciclos de produção,

peculiaridades do mercado ou determinação sanitária, perfazendo uma capacidade máxima de

38.700 aves/criada por ciclo que dura em média 45 dias.

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A propriedade rural possui área total de 335.000 m2, ficando com área livre de 332.420

m2 que é ocupada pela casa do funcionário que é responsável pelo aviário, benfeitorias,

pequena pastagem, cercas, carreadores, matas ciliares e destino dos resíduos gerados na

granja.

1.5 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO

Manejo das aves

O manejo são tarefas diárias executadas de acordo com a idade dos frangos e as condições

climáticas. Estas tarefas tem o objetivo de potencializar o desempenho das aves gerando

melhores resultados nos lotes. Abaixo estão descritas sucintamente as principais tarefas:

1-Alojamento: esse é o período de recebimento dos pintainhos no barracão. Por serem muito

sensíveis precisam de condições extremamente favoráveis nos primeiros sete dias. Toda

atenção do criador deve estar voltada para o seu bem-estar. O aquecimento é muito

importante, pois os pintainhos não possuem calor próprio.

2-Aquecimento: a temperatura ambiente varia de acordo com o crescimento das aves, sua

linhagem e época do ano. No recebimento dos pintainhos o sistema de aquecimento deve ser

ligado, pelo menos, duas horas antes para se evitar alterações bruscas de temperatura.

3- Cama: a saúde das aves depende da qualidade da cama. Esta não pode estar úmida nem

apresentar uma produção muito grande de amônia. A reutilização da cama pode favorecer a

proliferação de microrganismos os mais diversos, por isso um tratamento adequado é de suma

importância. Aconselha-se o não uso de serragem e pó de madeira como material, pois

provoca problemas respiratórios nos animais. Ajuste de bebedouros e alta densidade

populacional são outros fatores que comprometem a qualidade da cama.

4- Espaçamento e densidade: o espaçamento em excesso ou reduzido pode prejudicar muito o

resultado do lote. No início utiliza-se um espaço denominado pinteira e se cai aumentando-o

de acordo com o desenvolvimento das aves. Deve-se alojar 50 pintainhos/m2 e ir aumentando

20% o espaço todos os dias até os 7 dias, quando as aves deverão ocupar 65% do galpão.

5- Disposição dos equipamentos: o manejo dos equipamentos é vital para o pleno

desenvolvimento do plantel. O acesso facilitado aos bebedouros e comedouros se converterá

em ganho de peso. As bordas dos pratos precisam ficar na altura do peito das aves, mantendo

a ração à vontade sem desperdiçar e serem ajustados conforme elas crescem, estimulando o

consumo. Tabela especifica indicam a quantidade diária de ração que deve ser consumida.

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6- Água: o consumo de água tende a se reduzir quando sua temperatura supera 21 Graus

Celsius. Quando isto acontece a água presente na tubulação deve ser renovada com um

método chamado flushing. Em dias muito quentes é aconselhável o uso de gelo dentro da

caixa d’água para baixar a temperatua. Sombrear a caixa d’água é outra medida que pode ser

tomada. A água de bebida deve ser cloro, pois é um ambiente de fácil proliferação de

organismos nocivos às aves. Este tratamento deve ser realizado sob recomendação técnica.

Além disso, a higienização dos bebedouros é fator de auxilio demasiado no bem estar das

aves.

7- Iluminação: as temperaturas mais amenas do inverno favorecem o consumo de ração

durante o dia determinando que os programas de iluminação possam ter os periodos de luz

acesa diminuidos. Essa estratégia de manejo de luz pode ser alterada pelo técnico levando-se

em conta o peso das aves e as condições sanitárias.

8- Ventilação: a ventilação é um meio eficiente de redução da temperatura dentro das

instalações avícolas, por aumentar as trocas térmicas por convecção conduzindo a um

aumento da produção. Desvios das situações ideais de conforto caracterizam no surgimento de

desempenho baixo do lote, em consequência de estresses e necessita-se, portanto de artifícios

estruturais para manter o equilíbrio térmico entre a ave e o meio. A ventilação adequada se faz

necessária também, para eliminação do excesso de umidade do ambiente e da cama

proveniente da água liberada pela respiração das aves e da água contida nas fezes para

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permitir à renovação do ar regulando o nível de oxigênio necessário as aves, eliminando gás

carbônico e gases de fermentação.

9- Nebulização: tem o objetivo de resfriar o ar do galpão através de névoa de água formada

pelo equipamento. Este equipamento é constituído por bicos de pressão e uma bomba. É

muito importante atentar para a quantidade e localização correta dos bicos. As linhas devem

ser instaladas na entrada de ar e de forma transversal ao galpao: o excesso de nebulização

pode prejudicar a qualidade da cama, aumentando sua umidade.

10- Sobra de ração: as sobras de ração dos comedouros após a retirada dos frangos para o

abate devem ser peneiradas, ensacadas, pesadas e guardadas em local seco e arejado, pois

serão recolhidas pela integradora e reutilizadas em outras criações. As sobras jamais devem

ser descartadas ou utilizadas para a alimentação de outros animais.

11- Vazio: compreende o período de tempo em que não á alocação de aves e é utilizado para

desinfecção das instalações e tratamento da cama. É recomendado um vazio de pelo menos 15

dias para proporcionar condições para melhor ambiência possível ao lote a ser alocado.

Consumo de água

Consumo de água de bebida= 8.000 mL a 8.500 mL média/ave/lote

Refrigeração = 20% a 25% sobre a água de bebida (2000 mL aproximadamente)

Consumo total no ciclo de criação de 45 dias=10 Litros média/ave

Para efeito de cálculo podemos admitir um consumo total de 200 mL ave/dia

Consumo total médio: 200mL X 38.700=7.740L/dia

A tabela seguinte mostra o consumo de água por idade das aves:

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Consumo de energia

O manejo dos aviários e de seus equipamentos será suportado por energia elétrica trifásica

fornecida pela infraestrutura de redes da Companhia Paranaense de Energia- COPEL. Há

possibilidade de o proprietário instalar gerador de energia autônomo para suprir o aviário em

momentos de interrupção do fornecimento usual. O tamanho e capacidade deste equipamento

deverão ser indicados pelo fabricante de acordo com as instalações e transformadores já

instalados ou a serem instalados na propriedade. O sistema elétrico poderá ser monofásico,

bifásico ou trifásico, devendo os equipamentos ser compatíveis com rede elétrica existente.

Durante certas fases da criação das aves e certos períodos do ano, a atividade necessita manter

a temperatura ideal na ambiência dos aviários, para isso, utiliza um forno capaz de fornecer

até 80 Graus Celsius para o sistema de aquecimento, alimentando por material lenhoso obtido

de capões de eucaliptos plantados e cultivados para este fim. Esta biomassa pode ser fornecida

pela própria propriedade ou pela compra ou doação de terceiros que abastecem comumente

diversos aviários de integrados distintos, impedindo que matas nativas sejam degradadas para

servir como fonte de energia.

A demanda por lenha tem aumento significativo na época do inverno, onde as aves tem

exigência maior por calor. Com um consumo médio girando em torno de 12 m3/lote de

38.700aves/lote e densidade aproximada de 0,7, o volume de lenha anual será estimado em:

-Consumo médio/lote de 38.700= 12 m3 x 6 lotes=72 m3

-Consumo anual nos aviários=72 m3 X 0,7=50,4 toneladas de lenha

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A extração e transporte de espécies exóticas como eucalipto, grevíleas, cinamomo e pinus não

necessitam de autorização dos órgãos ambientais, conforme Portaria IAP n º 096 de 22 de

maio de 2007, salvo em APP’s e reservas legais.

Consumo de Ração

Para o desenvolvimento ideal das aves são ministradas diferentes tipos de ração de acordo

com o avanço da idade, tendo basicamente a seguinte formulação: milho, soja extrusada,

farelo de soja farinha de carne e ossos, óleo degomado, sal comum, bicarbonato d sódio,

calcário, aminoácidos, antioxidantes, adsorventes e premixes (suplementos vitamínicos e

minerais).

-Consumo aproximado de ração por ave: 4.500 gramas/lote

-Número aproximado de aves no aviário: 38.700 aves/lote

-Consumo de ração total/lote: 38.700 aves x 4.500 gramas=174.500 kg

-Consumo total aproximado/ano: 174.500 kg x 6 lotes=1.005 toneladas de ração.

Para assegurar a saúde otima das aves, livre de doencas e males diversos, são ministrados

alguns medicamentos que variam em quantidade e denominação de um lote para outro e de

aviário para aviário conforme as molestias venham a se manifestar. Existem muitos agentes

causadores de doenças que são combatidas com determinados medicamentos ministrados por

via oral na água de bebida. As principais doenças são:

-Doenças de Marek, Newcastle e Gumboro, Influenza, bouba, reovírus, adenovírua, cólera,

leucose, bronquite, hepatite, anemia, coccidiose, sinovite, pulorose, cabeça negra, etc.

Para desinfecção dos aviários e controle de pragas e vetores faz-se necessária a utilização de

agentes biocidas como bactericidas, inseticidas e raticidas que são indispensáveis durante o

manejo. Esses biocidas devem ser aplicados seguindo as recomendações dos técnicos de

campo e médicos veterinários, utilizando-se dos equipamentos de proteção individual-EPI,

mais adequados para a segurança do manipulador. É proibida a utilização de desinfetantes e

medicamentos que não são recomendados pela assistência técnica da integradora.Segue a

tabela dos principais remédios utilizados.

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2. SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Não há geração de efluentes líquidos na avicultura de corte durante o ciclo de criação de lotes.

Toda água é utilizada para dessedentação e nebulização para controle da temperatura

ambiente interna e acaba por evapora-se ou incorporar-se ao sistema sem gerar acúmulo.

No entanto devemos considerar os efluentes provenientes das instalações sanitárias presentes

nos aviários, usadas pelos funcionários, técnicos e ocasionais visitantes e da pia utilizada na

necropsia das aves. Tais efluentes devem sofrer determinado tratamento antes de serem

descartados no solo. Para o contexto dos aviários, sugerimos a utilização de fossa séptica para

tratamento anaeróbio ligado a um sumidouro para infiltração das águas residuais, dispensando

a caixa de gordura, já que esse sistema não servirá de coletor de despejos de cozinha.

Fossas sépticas

As fossas sépticas são instalações que atenuem a agressividade das águas servidas. Existem

vários tipos de fossas, alguns já patenteados. Fisicamente consistem em um tanque

impermeável enterrado, que recebe os esgotos (dejetos e água servidas), retém a parte sólida e

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iniciam o processo biológico de purificação da parte líquida (efluente). Mas é preciso que

esses efluentes sejam filtrados no solo para completar o processo biológico de purificação e

eliminar o risco de contaminação. São unidades de tratamento primário de esgoto doméstico

nas quais são feitas a separação e a transformação físico-química da matéria sólida contida no

esgoto. É uma maneira simples e barata de disposição dos esgotos indicada, sobretudo, para a

zona rural ou residências isoladas. Segue uma figura do modelo da fossa séptica.

Sumidouros

Após passarem pelo ataque bacteriológico na fossa séptica, as águas residuárias devem ser

enviadas a um sumidouro para sofrerem infiltração controlada no solo completando assim o

processo de tratamento.

O sumidouro é um poço sem laje de fundo que permite a infiltração do efluente da fossa

séptica no solo. O diâmetro e a profundidade dos sumidouros dependem da quantidade de

efluentes e do tipo de solo. Mas, não deve ter menos de 1m de diâmetro e mais de 3 m de

profundidade, para simplificar a construção.

A fossa séptica projetada e construída de acordo com recomendações pode ser observada na

figura abaixo.

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Águas pluviais

Várias são as formas de armazenamento das águas superficiais. A primeira delas são os

açudes e lagoas que não mantém o volume de água devido à infiltração e evaporação. Essas

formas de armazenamento não mantêm a potabilidade da água devido ao risco de introdução

de matéria orgânica e poeiras. A segunda delas são as caixas d’água, containers e cisternas

com paredes impermeabilizadas e cobertas. A vantagem dessas formas de armazenagem é a

eliminação da infiltração e evaporação e a manutenção da potabilidade da água, podendo

armazenar água tratada e própria para o consumo humano e animal.

As cisternas são benfeitorias usadas nas regiões onde o regime hídrico proporciona períodos

de seca. Servem para captar e armazenar as águas da chuva que escorrem de telhados ou de

áreas que podem ser usadas para captação. A melhor forma de armazenamento da água de

chuva é, como no caso da água potável, a cisterna subterrânea. Sem luz e calor, retarda-se a

ação das bactérias. As cisternas são formadas por um conjunto de estruturas composto pelo

sistema de captação, sistema de filtragem e um reservatório de armazenamento.

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Na construção das cisternas, deve-se observar a legislação vigente quanto o local e as

distâncias que ela deve situar-se das edificações existentes para minimizar os riscos de

contaminação. Em todos os projetos de cisternas deve-se prever um sistema de filtragem da

água, para garantir o mínimo de qualidade.

3. CONTROLE DE VETORES

Os produtores de frangos possuem um desafio a respeito dos problemas causados por pragas

como besouros e moscas, sem contar os roedores (camundongos e ratos) e pássaros. A cada

dia, mais e mais coisas a fazer rotineiramente e, o controle dessas pragas é uma delas.

A cama de aviario é um ambiente onde a microbiota se manifesta e em constante atividade se

prolifera, perpetuando-se lote a lote mesmo com a adoção de medidas de controle.

Esses microorganismos, de várias espécies utilizam outros seres como hospedeiros, a exemplo

dos ratos e cascudinhos ou como meio de transporte como cães, gatos e pessoas.

Objetivando manter condições sanitárias perfeitas para prevenir contaminações e

disseminação de doenças e consequentemente coneguir um produto de qualidade garantida,

algumas regras devem ser seguidas:

-Evitar o acesso de pessoas estranhas e veiculos nas instalações e pátio do aviário.

-A criação de quaisquer especies de aves (galinhas, patos, gansos perus e outros) é

expressamente proibida.

-Animais domésticos (cães, gatos, suínos, bovinos, equinos, caprinos e outros) devem

permanecer afastados do aviário pelo menos 20 metros.

Moscas

No esterco de cama de aviário criam-se principalmente as moscas domésticas além de

varejeiras, todas as moscas nocivas. Estas últimas criam-se principalmente no esterco bem

molhado pelo vazamento de bebedouros assim como em carcaças abandonadas a céu aberto

ou em composteira mal manejada.

Criam-se também espécies predadoras que fazem um controle biológico natural, como as

moscas de jardim, mosca soldado e a mosca do lixo que se alimentam de ovos e larvas das

outras moscas.

As moscas causam incômodo para os trabalhadores dos aviários e a possibilidade de se

tornarem praga na vizinhança, principalmente quando a cama é usada na lavoura, reforça a

importância de seu controle. Com o objetivo de proteger as aves do principal problema

ocasionado por essas pragas que é a transmissão de doenças, algumas medidas de controle

podem ser aplicadas.

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Diariamente deve-se verificar o esterco para identificar pontos de vazamento dos bebedouros,

encanamentos e, ainda, outras possibilidades de causas de umedecimento do esterco. As

medidas corretivas devem ser imediatas, evitando situações de criação de moscas que serão

mais difíceis de contornar.

- A vegetação ao redor dos galpões deve ser mantida baixa, pois facilita a ventilação.

- A cama dos frangos ao ser retirada do aviário deve ser mantida coberta por um período de

30 dias pelo menos.

- A conscientização dos empregados da granja, obtida pela transmissão de conhecimentos na

área de controle de insetos.

- No controle químico, o uso de produtos adulticidas (que matam moscas adultas) deve se

limitar a aplicações nos locais onde a presença de moscas é indesejável.

- Preserve sapos, lagartixas e outros predadores de moscas.

Cascudinhos

A criação de frangos sob confinamento possiblitou habitat adequado para a multiplicação

descontralada do besouro conhecido como cascudinho. Por encontrar no substrato das granjas

farta oferta de alimento e condições favoráveis para colonização dos espaços, este inseto

tornou-se uma praga de difícil controle afetando a saúde das aves em seus diversos estágios de

crescimento causando perdas sanitárias e econômicas. Seu controle é feito com a aplicação de

inseticida no momento de enleiramento da cama ou após a retirada desta de acordo com

recomendação dos médicos veterinários e técnicos de campo.

Um dos efeitos indiretos, da presença de cascudinhos em aviários, está ligado ao hábito

alimentar dessas aves que ingerem as larvas e os adultos prejudicando o ganho de peso e

consequentemente a conversão alimentar. Os cascudinhos ao serem ingeridos liberam

substâncias tóxicas como exemplo as quinonas que causam lesões hepáticas o que determina a

condenação desses órgãos lesionados nos abatedouros. As medidas que podem ser usadas para

minimizar o problema dos cascudinhos são:

-No inverno, na saída do lote, manter abertas as cortinas para matar as larvas pelo frio.

-O amontoamento da cama no primeiro dia após a saída do lote e a manutenção da cama

coberta com lona plástica durante todo vazio sanitário permite um aumento de temperatura e a

liberação de amônia. Esse procedimento auxilia no controle da coccidiose, além de diminuir a

população de cascudinhos.

-Após a saída das aves no final do lote, com retirada da cama aplicar o inseticida nos cantos

de paredes, pilares, vigas, travessas e tesouras, além de muretas. Mesmo sem realizar troca, e

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a cama nos pontos onde a lona de fermentação não cobre e pulverizar o piso com inseticida

onde estão os insetos.

-Para o controle deve-se tornar o ambiente impróprio para a infestação e proliferação destes

insetos. Para tanto é necessário limpar regularmente os silos de ração, retirar imediatamente

os cadáveres de aves e evitar o desperdício de ração nos comedouros, pois esta serve de

alimento para as larvas, aumentando a infestação. Deve-se sempre manter os arredores dos

galpões limpos e não utilizar cama sem fermentação para adubar plantas próximas aos

aviários.

4. RESÍDUOS SÓLIDOS

4.1 INFORMAÇÕES SOBRE OS RESÍDUOS SÓLIDOS E DISPOSIÇÃO FINAL

Embalagens

A avicultura de corte como sistema de produção com entrada e saída também gera seus

resíduos sólidos, tendo como principais: embalagens plásticas, papel e papelão lâmpadas, aves

mortas e cama de aviário.

O manejo do aviário e a utilização de medicamentos e outros insumos acabam gerando certa

quantidade de embalagens, que mesmo pequena, deve ser tratada de forma adequada. O risco

que oferecem a população e a vida animal é pequeno desde que tomados os cuidados

necessários. Deve-se evitar categoricamente sua queima a céu aberto ou em sistemas sem

controle de emissão de partículas e gases e jamais devem ser descartados em meios bióticos e

abióticos, como córregos, valas, poços, fossas matas, lavouras, estradas.

Os tipos e as quantidades de embalagens variam de acordo com o porte do empreendimento, a

espécie de ave criada e o tipo de manejo que foi utilizado. Como mostra a experiência, a

previsão de geração é da ordem de 10 kg de plástico e 10 kg de papel e papelão por lote.

Para a gestão correta de embalagens está sendo adotado o seguinte método:

-Coleta seletiva na propriedade no ato da geração.

-Acondicionamento provisório em local coberto na propriedade.

-Recolhimento praticado pela empresa durante as visitas técnicas ou pelo serviço de coleta da

prefeitura local.

-Destinação final de acordo com o tipo de resíduo gerado.

Lâmpadas

As lâmpadas fluorescentes para que funcionem possuem substancias químicas em estado

gasoso em seu interior, de natureza metálica como o mercúrio, que são prejudiciais a saúde

das pessoas e demais seres vivos ao serem liberadas no meio ambiente quando quebradas.

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Desse modo é vital que sejam contempladas na gestão dos resíduos da avicultura. A geração

de lâmpadas fluorescentes e incandescentes fica por volta de 5 unidades por mês em cada

aviário.

O método para destinar as lâmpadas é reunir as lâmpadas em feixes e amarrá-las com fita

adesiva ou barbante ou acondicioná-las em caixas de papelão ou sacos de ráfia. Guardas os

feixes, as caixas e os sacos em local seguro impedindo que as lâmpadas se quebrem. As

unidades queimadas serão recolhidas e entregues a empresa recicladora que dará destinação

segura aos resíduos tóxicos vidros e outros componentes.

Cama de aviário

A geração de cama para aviários fica em torno de 220 a 60 toneladas, quando realizada 1

substituição anual após criação de 6 lotes. Essa variação decorre da espessura, qualidade e

tipo de cama utilizada inicialmente, quantidade de aves criadas, tempo dos lotes e manejo

aplicado. Conforme dados colhidos em campo determinado empiricamente, tomaremos como

base cálculo a quantidade média de cama de 100kg kg/m2 retirada após 6 lotes.

Palha de arroz e maravalha: densidade de 100 g/dm2 ou 100 kg a cada m3

Volume de palha e maravalha nova espalhada: 9460 m2 x 0,1 m de espessura= 946 m3

Massa de palha e maravalha nova: 946 m3 x100 kg=94600 kg ou 10 kg/m2

Massa aproximada de cama após 6 lotes: 100 kg/m2 x 9.460 m2 =946 toneladas

Quantidade média mensal: 946 ton/12 meses=78.833 kg/mês

Quantidade média diária de esterco: 78.833 kg/30 dias=2.627 kg/dia

Quantidade total aproximada: 946 ton/ano.

A reutilização da mesma cama em vários lotes de criação dá-se pelo fato da elevação do custo

de produção na substituição da cama toda vez que se aloca um lote novo. Além do aumento

do custo, há a questão ambiental: de um lado a geração volumosa de resíduo da cama utilizada

e de outro a necessidade periódica de matéria-prima para o emprego de nova cama. A origem

da cama deve ser um dos itens que merecem maior atenção. O material escolhido deve ser

virgem, ou seja, desprovido de substâncias como produtos químicos, óleos e graxas, tintas ou

outro material que possa comprometer a saúde das aves e causar futuramente contaminação

do solo e das águas quando for empregado como fertilizante.

A cama é composta pela matéria original, penas, fezes, restos de ração e outros. Deve ter em

torno de 10 a 15 cm de espessura e pode ser utilizada a casca de arroz, casca de café,

serragem, maravalha de pinus e eucalipto ou outro material que não cause malefícios às aves

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durante a criação. O manejo para melhoria da qualidade e prolongamento do uso da cama é

feito através de sua fermentação por meio de enleiramento ou espalhada no aviário.

A destinação da cama usada deve ser exclusivamente para adubação do solo no fornecimento

de nutrientes para lavouras. Para adubação de pastagens deve-se ter o cuidado de remover o

gado do local de aplicação até que a cama de decomponha e se incorpore naturalmente ao

solo. Antes de ser retirada do barracão e ir para a lavoura a cama deve obrigatoriamente ser

fermentada por pelo menos 10 dias para reduzir a infestação de microrganismos nocivos. Os

volumes de cama que forem gerados e não utilizados imediatamente nas lavouras devem

permanecer cobertos com lona, bem vedados, protegidos das intempéries, impedindo que

possam ser arrastados para os corpos hídricos. Durante o transporte para outro meio local de

uso final, a cama deve ficar coberta com lona para evitar que se espalhe pelo meio ambiente.

Jamais se deve fornecer a cama de frango como alimentação para ruminantes como bovinos,

em função de risco sanitário, desenvolvimento e disseminação de doenças como

Encefalopatia Espongiforme Bovina e da observância de legislação especifica, conforme IN

n° 08 de 25 março de 2004 MAPA.

Balanço de nutrientes

O conceito de balanço de nutrientes considera que só deve ser aplicado ao solo as quantidades

de nutrientes a serem extraídas pela cultura subsequente, o excesso poderá causar danos

ambientais ao solo, água, e ar; mortalidade dos elementos da fauna, proliferação de insetos ,

vermes e roedores e possível deterioração da qualidade dos produtos agrícolas produzidos a

partir do solo que recebe o resíduo. Uma forma de diminuir os desequilíbrios é o correto

manejo nutricional do plantel.

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Para diminuir o impacto ambiental do aproveitamento devem-se tratar os resíduos, nesse caso

cama de aviário, para inativar os organismo patogênicos, limitar a quantidade de nutrientes à

capacidade de extração das plantas em cada solo após sua análise devidamente realizada,

acompanhar o desenvolvimento das plantas para detectar eventuais anomalias e utilizar

espécies de plantas com alta e seletiva capacidade de extração de nutrientes, para a remoção

daqueles já excedentes no solo.

Aves mortas

Carcaças de aves mortas são geradas ao longo de toda criação do lote de frangos de corte.

Podem morrer por doenças, calor, frio, fome, sede ou serem sacrificadas conforme estipula o

manejo para melhor conversão alimentar, qualidade das aves e viabilidade da criação. Este

resíduo orgânico se não sofrer tratamento adequado gera odores, produz vetores, dissemina

doenças, contamina o solo, o ar e os corpos d’água.

O tratamento de dejetos e resíduos sólidos através de sistemas seminaturais de engenharia e

resíduos sólidos através de sistemas seminaturais de engenharia (composteira, estrumeiras),

que favoreçam os processos biofísicos e bioquímicos que ocorrem quando do

desenvolvimento dos fenômenos de biodegradação, permitem um controle sanitário perfeito

de microrganismos considerados indesejáveis, sejam ele vírus, bactérias, fungos, clamídias,

micoplasmas, ovos, larvas.

O manejo das compostadeiras ocorre basicamente da seguinte maneira:

-Colocar uma camada de 25 a 30 cm de material aerador que pode ser palha de arroz, casca de

café resídua vegetal, serragem, ou maravalha nova.

-Sobre essa base colocar as aves mortas mantendo distancia de 15 cm entre elas, das paredes e

da porta do box para garantir a presença de ar. Aves grandes devem ser picadas em pedaços

menores para facilitar a decomposição.

-Cobrir com uma camada pouco espessa de material aerador e regar com uma quantidade de

água que corresponda a 20% do peso das aves ali dispostas. Em seguida cobrir completamente

todas as aves com uma camada de 15 cm de material aerador. Este processo deve prosseguir

até o box atingir 1,5 cm de altura.

-Deixar fermentar por 120 dias após o fechamento da célula ou até se constatar que toda

matéria foi decomposta.

-Ao fazer a limpeza da composteira deixá-la preparada para receber novas carcaças

destinando o resíduo para adubação de solo, evitando locais de cultivo de hortas.

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Considerando que cada mil aves mortas ocupem aproximadamente 2 m3 de volume, então

teremos o seguinte cenário:

-Número máximo de aves criadas o aviário: 38.700 aves/lote

-Mortandade máxima aceitável por lote (4%): 1578 aves

-Volume a ser ocupado: 1578x2 m3 =3096/1000 = 3,096 m3

O local escolhido para a construção das composteiras deve ser fácil acesso, pouco afastado do

local de produção dos resíduos, não alagadiço, plano, isolado de animais domésticos ou

silvestres, longe das habitações e fontes de água e fora da tomada de ar dos aviários para

evitar contaminação microbiológica.

Serão construídos ambientes cobertos para a compostagem das carcaças com

aproximadamente 28 m2 tendo 2,72 m de largura e 10,23 m de comprimento e boxes com 2,40

de largura e 1,5 m de largura. O espaço que pode ser utilizado é em torno de 22 m3, pois

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haverá assim, espaço para depósito de fonte de carbono e produto já compostado. A

construção deverá possuir telas ou cercas em seu entorno para impedir a entrada de animais

carniceiros e escavadores. Uma construção deste porte é suficiente para atender um aviário,

como pode ser visto na figura.

Observações de segurança quanto ao manejo da composteira:

-Manter animais afastados;

-Observar se há presença de moscas, larvas, chorume ou odor. Nestes casos há deficiência no

manejo da composteira;

-Utilizar luvas e máscara antipoeiras e antiodores durante o manejo;

-Os utensílios usados na composteira não devem ser usados para outra finalidade;

-Manter o entorno livre de ervas daninhas e entulho;

-Fazer a manutenção do piso, paredes e telhado;

-Limpar e desinfetar a composteira após a retirada do material produzido, utilizando produtos

recomendados pela equipe técnica;

-Utilizar o substrato apenas depois que a decomposição orgânica tenha sido completamente

realizada, evitando seu emprego para cultivo de vegetais com tempo de vida curto como

hortaliças, legumes e verdura.

Valas controladas

Em caso de alta mortalidade diária e pontual, em função de doenças, calor excessivo ou outro

motivo a utilização da compoteira não é suficiente para destinação das carcaças. Neste tipo de

situação deverá ser aberta uma vala com pelo menos 1,5 m de profundidade. A vala deve ser

revestida com lona plástica impermeável sobre a qual serão dispostas as carcaças. Após o

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acondicionamento das aves mortas, deve-se aplicar uma camada de cal hidratada. Em seguida

fecha-se a vala com as abas da lona e cobre-se com terra sem compactar. Durante este

envelopamento das carcaças é de suma importância que a lona não sofra rasgos ou

perfurações, pois durante o processo de decomposição, o chorume gerado poderia vazar e

percolar pelo solo contaminando o lençol freático.

Uma vala com 1,5 m de profundidade x 2 m de largura x 2 m de comprimento é suficiente

para 1500 aves de 2 kg. O local escolhido para a abertura da vala é determinado e aprovado

pela SEMA que deve ser obrigatoriamente informada quando a mortalidade um percentual de

10% do plantel.

Buscando uma destinação mais segura para um volume eventual de carcaças geradas em alta

mortalidade, o local escolhido para abertura de uma vala na propriedade deve ficar afastado

de corpos hídricos e habitações, respeitarem a direção montante-jusante dos lençóis freáticos

verificando-se a inclinação do terreno de maneira que poços, minas, nascentes e outros corpos

hídricos fiquem protegidos. Deve ficar também fora da área de Reserva legal e área de

preservação permanente.

5. JUSTIFICATIVA DO SISTEMA PROPOSTO

Seguindo criteriosamente os procedimentos e padronizações de manejo constantes neste Plano

de Controle Ambiental objetivamos mitigar os riscos de contaminações das instalações e

consequentemente aumentar o controle sanitário dos plánteis alocados, promovendo a

biossegurança na atividade avícola e resguardando dessa forma a saúde das aves, dos

trabalhadores e consumidores.

Com uma gestão de resíduos eficiente protegemos os recursos ambientais, a atmosfera, os

corpos hídricos e ecossistemas da área de influência do aviário, preservando a biota neles

presente e oferecendo condições para o perfeito equilíbrio dos ciclos biogeoquímicos.

O progresso da avicultura e da produção de alimentos não pode estar dissociados do

gerenciamento adequado dos recursos naturais visto ser totalmente dependente destes. Apenas

com o desenvolvimento sustentável, otimizando tais recursos, se conseguirá a perenidade da

atividade e seu fortalecimento dentro do setor agropecuário.

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ART – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA