Upload
edgard-goncalves-cardoso
View
34
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Este trabalho tem por objetivo geral analisar um projeto de implantação de um sistema de Gestão de Manutenção nos Laboratórios Didáticos Secos da Universidade Federal do ABC.Objetivos Específicos:a) Propor um organograma para uma equipe de manutenção corretiva e preventiva;b) Realizar mapeamento dos equipamentos que apresentam avarias;c) Apresentar resultados das intervenções de manutenção realizadas durante o período de implementação do projeto.
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
CURSO DE ESPECIALIZAO EM GESTO PBLICA
EDGARD GONALVES CARDOSO
IMPLEMENTAO DE UM PROJETO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA
MANUTENO:
Um estudo de caso nos Laboratrios Didticos Secos da Universidade Federal
do ABC
Santo Andr - SP
2015
CURSO DE ESPECIALIZAO EM GESTO PBLICA
Monografia
EDGARD GONALVES CARDOSO
IMPLEMENTAO DE UM PROJETO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA
MANUTENO:
Um estudo de caso nos Laboratrios Didticos Secos da Universidade Federal
do ABC
Monografia apresentada ao curso de Especializao em Gesto Pblica da Universidade Federal do ABC como parte dos requisitos para a obteno do ttulo de Especialista em Gesto Pblica. Orientador: Profa. Ma. Rita Ap. Ponchio
Santo Andr - SP
2015
I
II
AGRADECIMENTOS
Agradeo a todos os professores e colegas de classe do programa de
especializao em Gesto Pblica que, durante esses meses, proporcionaram-me
conhecimento suficiente para elaborar este trabalho.
Tambm a todos os funcionrios desta instituio de ensino pela ateno e
auxlio nos momentos necessrios, especialmente aos servidores Livia Pereira de
Castro e Alessandro Alberto dos Santos.
Universidade Federal do ABC UFABC que, alm de acolher-me muito
bem como parte do quadro de servidores tcnico administrativo, tambm me acolhe
como aluno.
Aos meus pais, Francisco e Aparecida, que desde o princpio sacrificaram
seus confortos para que eu pudesse seguir minha trajetria acadmica e
profissional.
Aos meus irmos Carlos, Aline e Eduardo que durante todo esse tempo
souberam entender minhas dificuldades a ajudarem-me a superar meus limites.
Aos meus familiares pelo apoio e confiana.
Aos meus avs e padrinhos, hoje ao lado de Deus, que sempre acreditaram
em meu potencial e sempre depositaram grandes expectativas em mim.
Aos meus irmos de Igreja, que com suas oraes e conselhos ajudaram-me
a trilhar um caminho de batalhas difceis, porm repleto de vitrias.
Acima de tudo e de todos agradeo a Deus por tudo que me proporcionou at
hoje e h de proporcionar daqui para frente.
III
RESUMO
Manter o rendimento de mquinas, equipamentos, dispositivos e ferramentas
tornou-se com o passar do tempo um fator indispensvel para a eficcia, eficincia e
efetividade na produo de bens e no oferecimento de servios.
Por ser uma Universidade recente, a Universidade Federal do ABC conta com
um parque de mquinas e equipamentos repletos de recursos tecnolgicos.
Entretanto, este parque tecnolgico j sofre com o processo de degradao,
inerente a qualquer sistema em funo do tempo, independentemente de ser
utilizado ou no.
Contando com verbas consideradas altas, visto que ainda est em perodo de
implantao, na Universidade Federal do ABC impera uma cultura de compra de
novas mquinas e equipamentos sem antes estabelecer procedimentos que
mantenham o bom funcionamentos dos recursos existentes, onerando o errio
pblico e gerando estoques de mquinas e equipamentos quebrados.
Com base nesse contexto, este trabalho apresentar um estudo realizado
sobre um projeto de implantao de um sistema de Gesto de Manuteno nos
Laboratrios Didticos Secos da Universidade Federal do ABC.
Palavras-chave: Gesto da manuteno, Manuteno, Universidade Federal do
ABC.
IV
ABSTRACT
Maintain the machinery, equipment, devices and tools efficiency has become
nowadays an indispensable factor for the effectiveness, efficiency and effectiveness
in production of goods and servicing.
The Universidade Federal do ABC has a full of technological resources fleet of
machinery and equipment. However, these machineries and equipments also suffers
the degradation process.
The Universidade Federal do ABC is still being built and therefore receives
high Federal Government investments. This comfortable situation establish a culture
that prioritizes the purchase of new machinery and equipment without establishing
maintain procedures about the existing resources first, squandering public funds and
generating broken machinery and equipment stocks.
Within this context, this paper presents a study about the project to establish a
Maintenance Management System on Dry Teaching Laboratories at the
Universidade Federal do ABC.
Keywords: Management maintenance, maintenance, Universidade Federal do ABC.
V
LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1 - Organograma da PROGRAD ................................................................................................. 5
Figura 2 - Estrutura do grupo de manuteno ........................................................................................ 7
Figura 3 - Exemplo de Brainstorming .................................................................................................... 10
Figura 4 - Diagrama de Ishikawa .......................................................................................................... 12
Figura 5 SWOT................................................................................................................................... 14
Figura 6 - Manuteno corretiva em uma fresadora universal ............................................................. 16
Figura 7 - Limpeza peridica do rotmetro de um sistema hidrulico .................................................. 17
Figura 8 - Anlise de vibraes em uma bomba centrfuga ................................................................. 18
Figura 9 Sequncia para solicitao de servios de Manuteno junto PU da UFABC................. 21
Figura 10 - Chapa aquecedora com falha ............................................................................................. 26
Figura 11 - Identificao do causador da falha na chapa aquecedora ................................................. 26
Figura 12 Soluo da falha na chapa aquecedora ............................................................................ 26
Figura 13 - Identificao do causador da falha no agitador .................................................................. 27
Figura 14 Soluo da falha no agitador ............................................................................................. 27
Figura 15 - Manuteno corretiva em mquina de fazer gelo .............................................................. 28
Figura 16 - Desmontagem de um motor hidrulico para substituio de retentor ................................ 28
Figura 17 - Limpeza de filtro .................................................................................................................. 29
Figura 18 - Capacitor para Bomba de Vcuo Prismatec Mod. 131 ...................................................... 30
Figura 19 Variador de tenso (Variac) ............................................................................................... 31
Figura 20 Variador de tenso (Variac) desmontado .......................................................................... 31
Figura 21 Escova eltrica variador de tenso (Variac) ...................................................................... 31
Figura 22 Escova eltrica variador de tenso (Variac) projetada ...................................................... 32
Figura 23 Escova eltrica variador de tenso (Variac) projetada ...................................................... 32
Figura 24 - Exemplo de stio eletrnico pesquisado ............................................................................. 33
Figura 25 Substituio de bateria para rob manipulador ................................................................. 38
Figura 26 - Bateria para rob manipulador ........................................................................................... 38
Figura 27 - Rob manipulador aps substituio de sua bateria .......................................................... 39
Figura 28 Barras roscadas e ganchos comprados e utilizados em desenvolvimento de projeto ...... 39
Figura 29 Parafusos e chapas comprados e utilizados em desenvolvimento de projeto .................. 39
Figura 30 - Aplicao do sistema de fixao do dinammetro digital ................................................... 40
Figura 31 - Caixa de ferramentas.......................................................................................................... 41
Figura 32 - Diagrama de Causa e Efeito sobre desafios na implementao do Grupo de Manuteno
...................................................................................................................................................... 47
VI
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Cronograma de planejamento, implementao e coleta de dados dos resultados do projeto
........................................................................................................................................................ 8
Tabela 2 - Dados tcnicos de um capacitor de partida de um motor monofsico ................................ 30
Tabela 3 - Minuta de aquisio utilizada para processo de compra ..................................................... 35
VII
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Matriz GUT .......................................................................................................................... 11
Quadro 2 - Planilha 5W2H .................................................................................................................... 13
Quadro 3 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco B.................................................... 22
Quadro 4 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco A (L402-3, L404-3, almox.) ........... 23
Quadro 5 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco A Bl. A (L405-3, L406-3, L408-3) .. 24
Quadro 6 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco Alfa ................................................ 24
Quadro 7 - Dados dos equipamentos para manuteno no Almoxarifado do Bloco A, Torre 1, 4 andar
...................................................................................................................................................... 24
Quadro 8 - Quadro de informaes sintetizadas referentes aos equipamentos alocados no Bloco
Alpha ............................................................................................................................................. 25
Quadro 9 - Dados comparativos entre situao antes e depois da manuteno ................................. 34
Quadro 10 - Especificaes tcnicas para prego eletrnico ............................................................... 38
Quadro 11 - Diagrama SWOT do projeto de implementao do Grupo de Manuteno ..................... 44
Quadro 12 - Formulrio 5W2H do projeto de implementao do Grupo de Manuteno .................... 45
Quadro 13 - Matruz GUT do projeto de implementao do Grupo de Manuteno ............................. 46
Quadro 14 - Plano de Ao SMART do projeto de implementao do Grupo de Manuteno ........... 48
VIII
SUMRIO
AGRADECIMENTOS .............................................................................................................................. II
RESUMO ................................................................................................................................................ III
LISTA DE ILUSTRAES ...................................................................................................................... V
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................................. VI
LISTA DE QUADROS ........................................................................................................................... VII
SUMRIO ............................................................................................................................................. VIII
1 INTRODUO ................................................................................................................................ 1
1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................................. 3
1.2 Objetivos Especficos ..................................................................................................................... 3
1.3 Justificativa ..................................................................................................................................... 3
2 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS ....................................................................................... 4
2.1 Objeto de estudo ............................................................................................................................ 5
2.2 A equipe de trabalho ....................................................................................................................... 6
2.3 Cronograma do projeto ................................................................................................................... 8
3 REFERENCIAL TERICO ............................................................................................................. 9
3.1 Ferramentas da Qualidade ............................................................................................................. 9
3.1.1 Brainstorming .................................................................................................................................. 9
3.1.2 Matriz GUT ................................................................................................................................... 10
3.1.3 Diagrama de Causa x Efeito ......................................................................................................... 11
3.1.4 Planilha 5W2H .............................................................................................................................. 12
3.2 Anlise SWOT .............................................................................................................................. 13
3.3 Tipos de Manuteno ................................................................................................................... 15
3.3.1 Manuteno Corretiva .................................................................................................................. 15
3.3.2 Manuteno Preventiva ................................................................................................................ 16
3.3.3 Manuteno Preditiva ................................................................................................................... 18
3.4 Matriz Andifes ............................................................................................................................... 19
4 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................................. 20
4.1 Sobre as reunies ......................................................................................................................... 20
4.2 Os servios de manuteno ......................................................................................................... 20
4.3 Levantamento de Dados............................................................................................................... 22
4.4 Servios de Manuteno Corretiva .............................................................................................. 25
4.5 Servios de Manuteno Preventiva ............................................................................................ 29
4.6 Oramentos .................................................................................................................................. 29
4.7 Desenvolvimento de Projetos ....................................................................................................... 30
4.7.1 Pesquisas realizadas em stios eletrnicos .................................................................................. 33
4.8 Relatrios ...................................................................................................................................... 34
4.9 Minutas de Aquisio .................................................................................................................... 35
4.10 Licitao (Prego Eletrnico) ....................................................................................................... 36
4.11 Compras realizadas ...................................................................................................................... 38
IX
5 RESULTADOS E DISCUSSO .................................................................................................... 42
5.1 Diagrama SWOT aplicado ............................................................................................................ 44
5.2 Caracterizao do problema utilizando formulrio 5W2H ............................................................ 45
5.3 Matriz GUT ................................................................................................................................... 46
5.4 Diagrama Causa e Efeito.............................................................................................................. 47
5.5 Implantao de solues com plano de ao SMART ................................................................. 48
6 CONSIDERAES FINAIS.......................................................................................................... 49
7 RECOMENDAES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................................................ 51
REFERNCIAS ..................................................................................................................................... 52
ANEXO 1: Oramentos de Escovas para motores ............................................................................... 54
ANEXO 2: Oramentos de Escovas para motores ............................................................................... 55
ANEXO 3: Oramento para manuteno de mquinas de fazer gelo .................................................. 56
ANEXO 4: Nota fiscal de bateria para Rob ABB ................................................................................. 57
ANEXO 5: As reunies estruturadas com base no ciclo PDCA: Plan (Planejar), Do (Fazer), Check
(Verificar) e Act (Agir). .................................................................................................................. 58
ANEXO 6: EMPRESAS ONDE FORAM REALIZADOS ORAMENTOS DE CAPACITORES DE
PARTIDA ...................................................................................................................................... 61
1
1 INTRODUO
No ano de 2004 o Ministrio da Educao encaminhou ao Congresso
Nacional o Projeto de Lei 3962/2004 que previa a criao da Universidade Federal
do ABC. Essa Lei foi sancionada pelo Presidente da Repblica e publicada no Dirio
Oficial da Unio de 27 de julho de 2005, com o N 11.145 e datada de 26 de julho de
2005. O Projeto Acadmico da UFABC procura levar em conta as mudanas no
campo da cincia, propondo uma matriz interdisciplinar, caracterizada pela
intercesso de vrias reas do conhecimento cientfico e tecnolgico (UFABC,
2015).
O Projeto da Universidade ressalta a importncia de uma formao integral,
que inclui a viso histrica da nossa civilizao e privilegia a capacidade de insero
social no sentido amplo. Alm disso, o projeto tem como meta a criao de um
ambiente acadmico favorvel ao desenvolvimento social, contribuindo para a busca
de solues para os problemas regionais e nacionais, a partir da cooperao com
outras instituies de ensino e pesquisa e instncias do setor industrial e do poder
executivo, legislativo e judicirio (UFABC, 2015).
O projeto e montagem dos laboratrios para os cursos de graduao
consistem em desafio contnuo de gesto acadmica, visto que devem ampliar a
viso do aluno durante a sua formao, favorecendo a interdisciplinaridade. Com tal
objetivo foi adotada desde o incio da universidade, uma classificao ampla
(inicialmente laboratrios midos, secos e informtica, incluindo-se posteriormente
os laboratrios de prtica de ensino), com base nas naturezas didtico-pedaggicas
para atender as diferentes disciplinas, alm da estrutura fsica e do tipo de
equipamentos a serem instalados (CONSONNI, ROSA, et al., 2014).
Com o passar do tempo, as mquinas e equipamentos utilizados nos
laboratrios comearam a sofrer panes e paradas. Alm disso, muitas vezes por
falta de um espao fsico adequado para instalaes de algumas mquinas e de
alguns equipamentos, estes tambm sofreram avarias. Alm disto, observam-se
atualmente restries impostas no somente pela falta de espao fsico, mas
tambm recursos humanos e verbas para suprir todas as demandas por
2
equipamentos e infraestrutura de instalaes que a Universidade Federal do ABC
necessita.
Grande parcela dos equipamentos que necessitam de intervenes tcnicas
est alocada nos laboratrios didticos da Universidade Federal do ABC.
Define-se Laboratrio Didtico de Graduao, ou laboratrio didtico, o
espao fsico permanente nos campus da Universidade Federal do ABC, ligado
Pr-Reitoria de Graduao, dedicado s atividades didticas prticas de graduao
que necessitem de infraestrutura especfica e diferenciada, no atendidas por uma
sala de aula convencional (UFABC, 2013).
Com o foco em sempre proporcionar um servio de excelncia, os gestores
dos laboratrios didticos, especialmente os secos, perceberam a necessidade de
promover estudos que favorecessem o gerenciamento de manuteno dos
equipamentos, mquinas, ferramentas e dispositivos destinados s aulas de
graduao.
Inicialmente, pensando somente na questo de praticidade, foi apresentada a
proposta de contratao de uma (ou mais) empresa (s) para prestao de servios
de manuteno preventiva e corretiva. Essa ao inicial infelizmente no apresentou
resultados satisfatrios devido complexidade e burocracia envolvendo um possvel
processo de contratao, a quantidade de equipamentos com caractersticas
completamente distintas uma das outras e por fim os valores exorbitantes que foram
apresentados nos oramentos recebidos.
To logo verificou-se o insucesso da primeira investida, a equipe de gesto
envolvida no trabalho de fomentao do grupo de manuteno apresentou a
proposta que foi muito bem aceita e acreditada por grande parte da equipe. Essa
proposta visava envolver diretamente os tcnicos de laboratrio nos servios de
manuteno.
Apesar de preocupaes iniciais com a proposta supracitada, muitas
desconfianas foram vencidas e um projeto de implementao foi desenvolvido,
aplicado e seus resultados apresentados. Neste trabalho sero apresentadas as
3
etapas de planejamento, desenvolvimento, implementao e resultados do projeto
relacionado ao grupo de manuteno.
1.1 Objetivo Geral
Este trabalho tem por objetivo geral analisar um projeto de implantao de um
sistema de Gesto de Manuteno nos Laboratrios Didticos Secos da
Universidade Federal do ABC.
1.2 Objetivos Especficos
Propor um organograma para uma equipe de manuteno corretiva e preventiva;
Realizar um mapeamento dos equipamentos que apresentam avarias;
Apresentar resultados das intervenes de manuteno realizadas durante o
perodo de implementao do projeto.
1.3 Justificativa
A Universidade Federal do ABC tendo em vista que uma instituio de
ensino muito nova, como apenas 9 anos, possui diversas mquinas e equipamentos
novos. Entretanto, mesmo sendo uma universidade jovem, j possvel notar em
diversas reas da universidade que muitas mquinas e equipamentos esto
danificados, alguns com defeitos e outros em falha. Sendo assim, este trabalho se
justifica pelo fato de realizar um estudo bibliogrfico e uma pesquisa de campo para
demonstrar que h necessidade de implementao de um grupo de manuteno
para os Laboratrios Didticos Secos (inicialmente) e ainda, em um futuro prximo,
expandir o programa para outras reas da Universidade Federal do ABC.
4
2 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS
A apresentao dos dados referentes s mquinas, aos equipamentos, aos
dispositivos e s ferramentas danificados obedecer a seguinte ordem: coleta,
anlise, agrupamento, estratificao e exposio.
As tcnicas utilizadas sero o brainstorming, a Coleta de dados, as folhas de
verificao, o grfico sequencial, histogramas, fluxogramas, o diagrama de causa e
efeito, modelo de matriz de relao e o plano de ao SMART.
Para saber qual a real situao enfrentada pelos Laboratrios Didticos
Secos, foram feitas reunies, visitas e entrevistas. Todos os processos foram
baseados na literatura, que serviu para enumerar os passos necessrios.
Primeiramente, houve reunies com a administrao, os chefes dos
laboratrios, com os gestores da Coordenadoria dos Laboratrios Didticos, com
responsvel pelos servios de manuteno da Universidade e com gesto da
empresa terceirizada que presta alguns servios de manuteno na UFABC. O
objetivo foi descobrir qual a importncia da manuteno, em que ela afeta, como ela
funciona e qual a expectativa com o estudo.
Em seguida, foram realizadas visitas em cada um dos Laboratrios Didticos
Secos, reconhecendo melhor a sua estrutura fsica e organizacional.
Aps reunies com chefes de outros laboratrios, foi verificada a possibilidade
de a pesquisa ser realizada nos Laboratrios Didticos midos, pois estes possuam
uma quantidade de equipamentos danificados superior quantidade de
equipamentos danificados nos laboratrios secos, alm de a complexidade dos
servios a serem realizados foi considerada baixa ou mdia, o que em tese facilitaria
o trabalho.
Tambm foi verificado quais os procedimentos vigentes relacionados aos
servios de manuteno que eram realizados em cada laboratrio e foi apresentado
um modelo de formulrio para solicitao de servios de manuteno, o qual deveria
ser preenchido sempre que houvesse a necessidade de uma interveno tcnica
corretiva em um equipamento.
5
Foram consultados tcnicos da Universidade que possuam experincia com
manuteno, bem como tambm foram realizadas visitas em algumas outras
instituies de ensino.
O trabalho, alm de ser baseado em conhecimentos empricos e pesquisa de
campo, tambm foi embasado em literaturas que versavam sobre ferramentas da
qualidade, gerenciamento da manuteno e manuteno industrial.
2.1 Objeto de estudo
Os Laboratrios Didticos Secos esto sob responsabilidade da Pr-Reitoria
de Graduao da Universidade Federal do ABC. Para realizar uma gesto mais
efetiva, estes so gerenciados pela Coordenadoria dos Laboratrios Didticos. Essa
estrutura organizacional pode ser melhor visualizada no organograma da Figura 1.
Figura 1 - Organograma da PROGRAD
Fonte: (UFABC, 2015)
6
Os laboratrios didticos midos (LDU) foram construdos com bancadas de
granito, capelas de exausto e com instalaes hidrulica, eltrica e de gases,
voltados a atender s grandes reas da Biologia, Qumica, Bioqumica e Materiais,
dentre outras (CONSONNI, ROSA, et al., 2014).
Os laboratrios didticos secos (LDS) tm bancadas e instalao eltrica e/ou
hidrulica e/ou gases, e so voltados a atender s grandes reas de Fsica,
Eletricidade, Eletrnica e Mecnica, dentre outras (CONSONNI, ROSA, et al., 2014).
Os laboratrios didticos de informtica (LDI) so dotados de infraestrutura
para ensino e pesquisa em tecnologia da informao (CONSONNI, ROSA, et al.,
2014).
Os Laboratrios Didticos de Prtica de Ensino (LDPE), institudos em 2013
face grande importncia atribuda pela instituio aos cursos de Licenciatura, so
compostos por espaos fsicos dedicados formao de professores em vrias
reas do conhecimento (CONSONNI, ROSA, et al., 2014).
Aps vrios estudos, concluiu-se que sua gesto deveria passar para a
responsabilidade da Pr reitoria de Graduao (PROGRAD), que props em 2013, a
oficializao da Coordenadoria dos Laboratrios Didticos - CLD, setor j
operacional desde maro de 2011, ao qual se outorgaram diversas atribuies,
sendo a principal garantir que os laboratrios didticos possam ser compartilhados
pelos vrios cursos de graduao, visando a otimizao de espaos e recursos,
dentro do contexto do Projeto Pedaggico da UFABC (UFABC, 2015).
2.2 A equipe de trabalho
Para facilitar as atividades, foi planejada uma estrutura bsica contendo
tcnicos de laboratrios, cada um especialista em um determinado assunto. A
estrutura da equipe foi embasada em duas partes, a tcnica e a administrativa. Para
realizar os servios administrativos da manuteno, o chefe adjunto dos laboratrios
didticos secos no 4 andar, da Torre 1 da campus Santo Andr, foi incumbido da
tarefa, alm de tambm realizar os servios tcnicos de manuteno. Para as
intervenes prticas, foi estipulada a seguinte equipe: Tcnico de Laboratrio
rea Mecnica, Tcnico de Laboratrio rea Mecatrnica, Tcnico de Laboratrio
7
rea Eletrnica, Tcnico de Laboratrio rea Eletrotcnica e Tcnico de
Laboratrio rea Eletroeletrnica.
A estrutura da equipe que iniciaria o desenvolvimento do projeto de
implementao do grupo de manuteno pode ser melhor visualizada na Figura 2.
Figura 2 - Estrutura do grupo de manuteno
Fonte: Elaborado pelo autor
ADMINISTRAO DA MANUTENO
Chefe Adjunto dos Laboratrios Didticos Secos no Bloco A
MECNICA
Tcnico de Laboratrio rea Mecnica
MECATRNICA
Tcnico de Laboratrio rea Mecatrnica
ELETRNICA
Tcnico de Laboratrio rea Eletrnica
ELETROTCNICA
Tcnico de Laboratrio rea Eletrotcnica
ELETROELETRNICA
Tcnico de Laboratrio rea Eletroeletrnica
8
2.3 Cronograma do projeto
O projeto foi planejado para durar de 14 meses, conforme podemos verificar no cronograma da Tabela 1.
Tabela 1 - Cronograma de planejamento, implementao e coleta de dados dos resultados do projeto
Atividades Meses
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Designar o chefe dos Laboratrios Didticos Secos para coordenar as atividades e a implantao do programa. x
Levantar as necessidades para implementar o programa de manuteno x
Escrever o escopo do programa x x x
Apresentar o programa Coordenao dos Laboratrios Didticos (CLD) x
Disponibilizar espao fsico para as atividades / reunies x
Verificar quais as reas sero contempladas pelo programa (mecatrnica, eletrnica, mecnica, etc.) x x x
Verificar quantos servidores sero necessrios para o programa x
Pesquisar empresas que forneam cursos especficos de capacitao na rea de manuteno. x x x x
Realizar no mnimo trs oramentos de empresas que forneam os cursos especficos de capacitao na rea de manuteno. x x x x x
Verificar a necessidade de servidores com formao especfica e informar a SUGEPE, pois quando abrir concurso os referidos servidores sejam contratados. x x x
Contratar uma empresa para ministrar o curso especfico de capacitao na rea de manuteno. x x x x
Reservar uma sala para a capacitao dos servidores. x x x
Informar a todos os servidores dos Laboratrios Didticos Secos sobre o curso, sua importncia e sobre o dia e horrio que ser realizado. x x
Definir um espao, podendo ser determinado um laboratrio, para que sirva como espao para reunies. x x x
Definir os servidores responsveis pelas atividades demandadas. x x
Levantar os dados tcnicos das mquinas e equipamentos dos Laboratrios Didticos Secos. x
Elaborar uma lista de mquinas e equipamentos que necessitam de manuteno. x x
Verificar a periodicidade que ser necessria a realizao da manuteno preventiva das mquinas e equipamentos. x x x
Desenvolver um formulrio para facilitar o acompanhamento das manutenes realizadas. x
Levantar dados de peas que sero substitudas. x x x x x x x x
Elaborar Termos de Referncia para Compra de peas para reposio. x x x x x x x x x
Elaborar documentaes necessrias para o controle e melhor gerenciamento dos materiais, exemplo, formulrio, planilhas para controle. x x x x x x
Levantar dados sobre as peas de reposio. x x x x x x x
Verificar a periodicidade em que ser aplicado o treinamento para os tcnicos dos laboratrios didticos secos. x
Realizar o controle das atividades de manuteno x x x x x x x
Verificar resultados preliminares do programa x x x x
Apresentar resultados preliminares x
Fonte: Elaborado pelo autor
9
3 REFERENCIAL TERICO
Nesta sesso sero apresentadas as ferramentas da qualidade, as quais
deram suporte inicial a este trabalho e, em seguida, o texto focar na temtica da
manuteno, apresentando os tipos e aplicaes.
3.1 Ferramentas da Qualidade
As ferramentas da qualidade so as mais empregadas no processo de gesto
dentro de uma organizao. A sua utilizao teve incio na dcada de 50, com base
em conceitos e prticas desenvolvidas por Stewart e difundidas por Deming
(AMORIM, CIERCO, et al., 2011).
As ferramentas da qualidade so instrumentos utilizados para identificar
oportunidades de melhoria e auxiliar na mensurao de dados e na apresentao de
resultados, apoiando a tomada de deciso por parte do gestor do processo (BEHR,
ESTABEL e MORO, 2008).
Com o passar do tempo diversas ferramentas da qualidade foram
desenvolvidas para auxiliar o profissional a compreender as causas dos desvios que
ocorriam em determinados processos e encontrar solues adequadas para os
mesmos (LINS, 1993).
3.1.1 Brainstorming
O Brainstorming uma das ferramentas de qualidade mais utilizadas no
mundo, visto suas caractersticas de simplicidade e facilidade de execuo, vindo a
tornar-se uma ferramenta muito utilizada em reunies nas mais diversas
organizaes.
O Brainstorming uma tcnica para gerao de novas ideias, conceitos e
solues para qualquer assunto ou tpico num ambiente livre de crticas e de
restries imaginao (SEBRAE-PR, 2010).
A tcnica surgiu na dcada de 30, desenvolvida pelo o publicitrio Alex
Osborn, e tinha o propsito de criar um ambiente de trabalho onde chovessem
10
ideias, resultando dessa maneira no nome da ferramenta, a qual tambm
conhecida com tempestade ou exploso de ideias (BEHR, ESTABEL e MORO,
2008).
Essa ferramenta da qualidade consiste em estimular os participantes a
apresentarem ideias, livres de crticas, at que se esgotem as possibilidades ou que
a temtica discutida tenha tomado um rumo completamente distinto do objetivo
proposto.
Um exemplo de Brainstorming pode ser visualizado na Figura 3, onde esto
expostas ideias de diversos grupos, os quais pretendiam elaborar projetos na rea
de manuteno eletromecnica.
Figura 3 - Exemplo de Brainstorming
Fonte: Arquivo pessoal do autor
3.1.2 Matriz GUT
A Matriz GUT uma ferramenta de grande utilidade para a fixao de
prioridades na eliminao de problemas, especialmente estes se apresentarem em
grandes quantidades e tiverem relaes entre si.
A ferramenta GUT foi desenvolvida com o objetivo de orientar decises de
maior complexidade, ou seja, decises que envolvem muitas questes (AGUIAR,
2004).
A Matriz GUT uma das ferramentas de mais simples aplicao, visto que
pode ser resumida em separar e priorizar os problemas, objetivando anlise e
posterior soluo (LEAL, PORTO, et al., 2011).
11
As siglas da Matriz GUT significam:
G (Gravidade): consiste em avaliar as consequncias negativas que o problema
pode trazer aos clientes;
U (Urgncia): consiste em avaliar o tempo necessrio ou disponvel para corrigir
o problema; e
T (Tendncia): avalia o comportamento evolutivo da situao atual.
Habitualmente so atribudos valores de 1 a 5 a cada uma das dimenses da
GUT, sendo 5 o valor de maior intensidade e 1 o de menor intensidade. O valor final
do problema estudado ser obtido pelo produto dos trs valores atribudos a cada
item da Matriz GUT
Como o prprio nome sugere, a matriz GUT uma ferramenta da qualidade
direcionada anlise de prioridades, embasada na gravidade, na urgncia e na
tendncia que os problemas representam para as suas organizaes.
No Quadro 1 podemos verificar de maneira mais lcida como so
apresentados os itens gravidade, urgncia e tendncia.
Valor Gravidade Urgncia Tendncia
Causa: Exige: Tende:
5 Elevao de custos Ao imediata Agravar rapidamente
4 Insatisfao Ao rpida Aumentar
3 Atrasos Ao pausada Estabilizar
2 Desorientao Acompanhar Ajustar
1 Poucas reclamaes Pode esperar Acomodar
Quadro 1 - Matriz GUT
Fonte: Elaborado pelo autor
3.1.3 Diagrama de Causa x Efeito
O Diagrama Ishikawa, comumente conhecido como Digrama de Causa e
Efeito ou Espinha de Peixe, uma das sete ferramentas tradicionais da qualidade. O
12
objetivo desta ferramenta da qualidade representar fatores de influncia sobre um
determinado problema, apresentando suporte para a tomada de decises (MIGUEL,
2006).
Os passos para elaborao desta ferramenta so: determinar o problema,
relatar sobre as possveis causas, construir o diagrama agrupando as causas,
analisar o diagrama para identificar as causas verdadeiras e corrigir o problema
(FORNARI JUNIOR, 2010).
O diagrama de Ishikawa deve ser representado conforme Figura 4.
Figura 4 - Diagrama de Ishikawa
Fonte: Adaptado pelo autor com base em (CUATRECASAS, 2010)
3.1.4 Planilha 5W2H
A Planilha 5W2H tem por finalidade organizar as tarefas apontadas como
relevantes em um plano de ao, auxiliando os gestores para as devidas tomadas
de aes, em cada tarefa abordada.
Com a planilha 5W2H preenchida, o gestor pode determinar para cada
evento, de forma estruturada, o que ser realizado em cada tarefa, quem ser o
responsvel pela tarefa, quando ser realizada, aonde ser realizada, como ser
realizada e quanto custar cada tarefa (DALLAROSA, 2011).
13
No Quadro 2 podemos visualizar a estrutura da Planilha 5W2H, bem como o
significado de cada uma das palavras referentes s perguntas da planilha.
Pergunta Traduo Significado
What? O que? O que deve ser feito?
When? Quando? Quando deve ser feito?
Where? Onde? Quem deve fazer?
Why? Por Que? Por que necessrio fazer?
Who? Quem? Quem a equipe responsvel?
How? Como? Como vai ser feito?
How much? Custo? Quanto vai custar?
Quadro 2 - Planilha 5W2H
Fonte: Elaborado pelo autor
3.2 Anlise SWOT
A Anlise SWOT foi criada por Kenneth Andrews e Roland Cristensen,
professores da Harvard Business School e, posteriormente utilizada por inmeros
acadmicos e profissionais das mais diversas organizaes (DAYCHOUW, 2007).
Estuda a competitividade de uma organizao, tendo como base a anlise de
quatro variveis, sendo elas Strengths (Foras), Weaknesses (Fraquezas),
Oportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaas). Atravs da anlise destas quatro
variveis, possvel entender o cenrio onde a organizao atua, quais os seus
desafios e quais as oportunidades frente aos concorrentes.
Quando os pontos fortes de uma determinada organizao esto alinhados
com os fatores crticos de sucesso, aproveitando as oportunidades de mercado, a
organizao tender a ser competitiva.
uma ferramenta usada para a realizao de anlise de ambiente e serve de
base para planejamentos estratgicos e de gesto de uma organizao. A SWOT
serve para posicionar ou verificar a situao e a posio estratgica da empresa no
ambiente em que atua.
14
Os pontos fortes so fatores ambientais que afetam positivamente de
imediato as atividades da empresa, por exemplo: opinio pblica favorvel s
atividades da organizao, fidelidade, barreiras que impeam a entrada de novos
competidores (PETERSON e TIFFANY, 1999).
Os pontos fracos so fatores ambientais que afetam de forma negativa e de
imediato as atividades da organizao, pode-se citar como exemplo mudanas de
hbito dos consumidores e a chegada de novos servios ou produtos ao mercado
com melhores preos (PETERSON e TIFFANY, 1999).
Oportunidades so fatores ambientais previsveis para o futuro que, se
acontecerem, beneficiaro as atividades da empresa, como exemplo pode-se citar
aumento da terceirizao ou subcontratao (PETERSON e TIFFANY, 1999).
Ameaas so fatores ambientais previsveis para o futuro que, se
acontecerem, afetaro de forma negativa as atividades da empresa, como exemplo
pode-se citar projeto do governo que probe a propaganda do produto ou servio
(PETERSON e TIFFANY, 1999).
Figura 5 SWOT
Fonte: Elaborado pelo autor
F - Strengths
F - Foras
W - Weaknesses
F - Fraquezas
O - Oportunities
O - Oportunidades
T - Threats
A - Ameaas
SWOT
FOFA
15
3.3 Tipos de Manuteno
A norma NBR 5462 da Associao Brasileira de Normas Tcnicas define o
termo manuteno como a combinao de todas aes tcnicas e administrativas,
incluindo as de superviso, destinadas a manter um item em estado no qual possa
desempenhar uma funo requerida (ABNT, 1994).
H uma grande variedade de tcnicas de manuteno, provocando, muitas
vezes, uma certa confuso e influenciando no real conceito de cada atividade
especfica (KARDEC e NASCIF, 2012).
As definies relacionadas s principais atividades ou metodologias de
manuteno so apresentadas na norma ABNT NBR 5462, sendo classificadas em
manuteno corretiva, manuteno preventiva e manuteno preditiva.
3.3.1 Manuteno Corretiva
Ao realizar uma interveno em um equipamento que apresenta um defeito,
falha ou ainda desempenho abaixo do esperado, est sendo realizada a
manuteno corretiva (KARDEC e NASCIF, 2012).
Existem duas condies especficas que conduzem o profissional a realizar a
manuteno corretiva, a saber:
Desempenho deficiente apontado pelo acompanhamento das variveis
operacionais ou de funcionamento do equipamento (mecnicas, eltricas, etc.)
(KARDEC e NASCIF, 2012);
Ocorrncia de falha (KARDEC e NASCIF, 2012).
Do ponto de visto do custo de manuteno, pode-se afirmar que a
manuteno corretiva , geralmente, mais barata que os demais tipos de
manuteno, visto os altos custos envolvidos na preveno de falhas em
equipamentos. Em contrapartida, tambm pode causar por interrupes na produo
de bens ou na realizao de pesquisas (XENOS, 2004).
16
Figura 6 - Manuteno corretiva em uma fresadora universal
Fonte: Arquivo pessoal do autor
3.3.2 Manuteno Preventiva
A manuteno preventiva envolve algumas tarefas sistemticas, tais como as
inspees, reformas e trocas de peas, principalmente (XENOS, 2004).
Em determinados setores, como na aviao, a adoo da manuteno
preventiva imperativa para determinados componentes, tendo em vista que o fator
segurana se sobrepe aos demais (KARDEC e NASCIF, 2012).
Quando comparada com a manuteno corretiva, do ponto de vista
econmico, mais onerosa, visto que as peas tem que ser trocadas e os
17
componentes tem que ser reformados antes der atingirem seus limites de vida til
(XENOS, 2004).
Em contrapartida aos custos mais elevados que os da manuteno corretiva,
na manuteno preventiva a frequncia da ocorrncia de falhas diminui, a
disponibilidade dos equipamentos aumenta e tambm diminuem as interrupes
inesperadas de produo (XENOS, 2004).
Como nem sempre os fabricantes fornecem dados precisos sobre mquinas e
equipamentos, h certa complexidade para a elaborao dos planos de
manuteno. Alm das condies operacionais e ambientais influrem de modo
significativo na expectativa de degradao dos equipamentos, a definio de
periodicidade e substituio deve ser estipulada para cada instalao em particular
ou no mximo de plantas similares operando em condies tambm similares
(KARDEC e NASCIF, 2012).
Figura 7 - Limpeza peridica do rotmetro de um sistema hidrulico
Fonte: Arquivo pessoal do autor
18
3.3.3 Manuteno Preditiva
Conhecida tambm por Manuteno Sob Condio ou Manuteno com Base
no Estado do Equipamento, a interveno realizada com base na modificao de
parmetros de codificao ou desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma
sistemtica (KARDEC e NASCIF, 2012).
A manuteno preditiva permite garantir uma qualidade do servio desejada,
embasada em uma aplicao sistemtica de anlise, fazendo uso de meios de
superviso centralizados ou de amostragem, de modo a reduzir ao mnimo possvel
as manutenes preventiva e corretiva (ABNT, 1994).
Atualmente, com as tecnologias disponveis, diversas tcnicas de
manuteno preditivas so desenvolvidas e aprimoradas, sendo algumas bastante
caras e sofisticadas (XENOS, 2004).
Dentre as tcnicas de manuteno preditiva, podemos citar a anlise de
vibraes, partculas magnticas, anlise de leos lubrificantes por meio da tcnica
ferrogrfica, ensaio por ultrassom e correntes parasitas.
No projeto de implementao da manuteno nos Laboratrios Didticos
Secos, no trataremos da manuteno preditiva, visto que atualmente no
possumos equipamentos para realizar esse tipo de interveno e tambm s h um
tcnico de laboratrio com formao e capacitao para realizar tais servios.
Figura 8 - Anlise de vibraes em uma bomba centrfuga
Fonte: Arquivo pessoal do autor
19
3.4 Matriz Andifes
Por meio do decreto presidencial n 7.233, de 19 de julho de 2010, que
dispe sobre procedimentos oramentrios e financeiros relacionados autonomia
universitria, estabeleceu-se diretrizes bsicas e critrios tcnicos para a
distribuio de recursos oramentrios no mbito das universidades federais
(UFABC, 2015b)
O objetivo principal deste decreto foi o de institucionalizar a alocao de
recursos de custeio e capital para as universidades federais por meio de um modelo
de alocao que pudesse garantir mais preciso tcnica e transparncia na
distribuio de recursos oramentrios. O decreto n 7.233 procurou, ainda,
estabelecer diretrizes e aprimorar indicadores para modelo de alocao de recursos
(Matriz Andifes) que j vinha sendo utilizada (mesmo que parcialmente) como
ferramenta de distribuio de recursos (desde a segunda metade da dcada
passada) entre as universidades federais (UFABC, 2015b).
A matriz de alocao de recursos das universidades federais (em sua verso
atual) um indicador de qualidade e produtividade, onde o parmetro aluno
equivalente refere-se ao seu principal indicador. Destacam-se tambm indicadores
de produo e de pesquisa (UFABC, 2015b).
Os dados utilizados para o clculo da matriz de alocao de recursos so
fornecidos ao MEC anualmente via coleta do PingIFES (Plataforma de integrao de
Dados das IFES) pela Propladi (no caso da UFABC) (UFABC, 2015b).
20
4 DESENVOLVIMENTO
Nesta sesso do trabalho sero apresentados de maneira sequencial os itens
que compuseram o planejamento, desenvolvimento, implementao e coleta de
dados do projeto de implementao do grupo de manuteno nos Laboratrios
Didticos Secos da Universidade Federal do ABC.
4.1 Sobre as reunies
Para o desenvolvimento do projeto, realizamos algumas reunies com os
servidores da equipe tcnica, com os gestores de outros laboratrios, com os
gestores de diversas reas da Universidade (RH, Prefeitura Universitria,
Aquisies, entre outras).
Os objetivos dessas reunies de trabalho foram definir metas, monitorar
desempenho, avaliar a implementao e o desempenho do trabalho, aproximar
equipe, validar processos, definir procedimentos, escolher mtodos, tomar decises
de maneira democrtica, deliberar sobre uma temtica, criar novas possibilidades,
falar de experincias, apresentar hipteses, priorizar atividades, avaliar projetos,
validar assuntos, realizar estudos tcnicos, reconhecer e solucionar problemas,
atender s necessidades dos clientes internos, entre outros.
As reunies foram de suma importncia para o projeto, pois proporcionaram
fluncia nos processos atravs de um conjunto sistematizado de aes e
alinhamentos sempre muito bem embasados. Devido ao fato de os servidores
envolvidos nas atividades de manuteno terem participado de um treinamento
sobre reunies efetivas, ministrado por uma consultoria especializada em gesto, foi
possvel evitar que tantas reunies se resumissem em desperdio de tempo.
4.2 Os servios de manuteno
Como os tcnicos de laboratrios sempre apresentavam dvidas sobre como
proceder diante de uma necessidade de solicitar Prefeitura Universitria da
Universidade Federal do ABC algum servio de manuteno, elaboramos o
fluxograma da figura 1.
21
Figura 9 Sequncia para solicitao de servios de Manuteno junto PU da UFABC
Fonte: elaborado pelo autor
22
4.3 Levantamento de Dados
Aps definirmos quais seriam as deliberaes ps-reunies, iniciamos a
coleta de dados referentes aos equipamentos que deveriam sofrem interveno
tcnica de manuteno.
Equipamentos Bloco B Quantidade Marca Tipo de
manuteno Patrimnios Disciplina
Banho Ultratrmico 1 Hydrosan Corretiva sem patrimnio BECN / TBq
Mquina de gelo 1 Everest Corretiva 13031 BECN /TQ / TBq
Banho Maria 2 Hydrosan Corretiva 11404/11405 BECN /TQ / TBq
Bomba vcuo 2
Corretiva 16577/12592 BECN
Refratmetro 1 Quimis Corretiva sem patrimnio -
Paqumetro 1 Messen Corretiva sem patrimnio BECN
Multmetro 3
Corretiva 55453/55456/55455 BECN
Multmetro 2
Corretiva 55458/55457 BECN
Cronmetros 14
Corretiva sem patrimnio BECN / TQ
Cronmetro 1
Corretiva 17609 BECN / TQ
Manta de aquecimento 1L 2
Corretiva 12868/13011 BECN
Ultrassom 3 Sanders Corretiva 20751/19643/55449 BECN
Agitador Magntico 3 Alpax Corretiva 11286/11290/11283 BECN / TQ / TBq
Agitador Magntico 2 Alpax Corretiva 11282/11284 BECN / TQ / TBq
Vortex 3 Logen Corretiva 11322/11316/11318 TBq
Vortex 1 Marconi Corretiva 55464 TBq
Phmetro 1 Marconi Corretiva 9849 TBq
Fonte laser line 1
Corretiva P.P - 0178 BECN
Condutvimetro 1 Bell Corretiva 9720 BECN
Banho Maria 1 Solab Corretiva 16785 BECN / TQ / TBq
Banho Maria 1 Quimis Corretiva 41070 BECN / TQ / TBq
Balana semi analtica 2 Marte Corretiva 9730/9729 BECN / TQ / TBq
Espectrofotmetro Bel 1 Bel Corretiva 16575 BECN / TBq
Chapa aquecedora 1
Corretiva 15192 BECN / TQ / TBq
Estufa de secagem 1 Med Clave Corretiva 55512 (L606) BECN / TQ
Microscpios pticos 1 Olympus peridica preventiva
TBq
Microscpios pticos 3 Alltion peridica preventiva
TBq
Microscpios pticos 3 Zeiss peridica preventiva
TBq
Balanas analticas 4 Marte e
Bioprecisa peridica preventiva
BECN / TQ / TBq
Balanas semi-analticas 4 Marte peridica preventiva
BECN / TQ / TBq
Capelas de exausto 4
peridica preventiva
BECN / TQ / TBq
Ar condicionado 7 Elgin peridica preventiva
BECN / TQ / TBq
Cmara de fluxo laminar 1 Trox peridica preventiva
BECN
Purificador de gua (Millipore)
1 Direct-Q peridica preventiva
BECN / TQ / TBq
Purificador de gua 1 Gehaka peridica preventiva
BECN / TQ / TBq
Quadro 3 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco B
Fonte: Elaborado pelo autor
23
Equipamentos L402-3, L404-3 e almoxarifado
(Bloco A) Quantidade Marca
Tipo de manuteno
Patrimnios Disciplinas
Agitador de tubos 2 Arsec Corretiva 14944/14943 TBq
Agitador magntico com aquecimento
3 Logen
Scientific Corretiva 11333/11337/11292
BECN / TQ / TBq
Agitador magntico com aquecimento
2 Thelga Corretiva 41445/41446 BECN / TQ /
TBq
Banho ultratermosttico 1 Quimis Corretiva 41077 BECN /TQ /
TBq
Banho ultratermosttico 1 Hydrosan Corretiva
BECN /TQ / TBq
Banho-maria 1 Hydrosan Corretiva 58935 BECN /TQ /
TBq
Bomba de vcuo 1 ExiPump Corretiva 16576 BECN
Condutivmetro 1 Bell Corretiva 58937 BECN
Esfigmomanmetro 3 Solidor Corretiva 14949/14947/14950 -
Estetoscpio 1 Diasyst Corretiva Sem patrimnio -
Estufa de secagem 1 Med Clave Corretiva 58979 BECN / TQ
Evaporador rotativo 1 Fisatom Corretiva 41743 BECN
Mquina de gelo 1 Everest Corretiva 41127 BECN /TQ /
TBq
Microscpios pticos 3 Zeiss Corretiva 12646/13180/13178 TBq
Pipeta automtica 10 mL 2 Gilson Corretiva Sem patrimnio TBq
Pipeta automtica 1000 microlitros
2 Gilson Corretiva Sem patrimnio TBq
Placa aquecedora 1 Logen
Scientific Corretiva 15189
BECN / TQ / TBq
Balana analtica 2 Marte peridica preventiva
19984/19990 BECN / TQ /
TBq
Balana semi-analtica 2 Marte peridica preventiva
19977/19982 BECN / TQ /
TBq
Cmaras de fluxo laminar 4 Filterflux peridica preventiva
19941/19940/19938/19937 BECN
Microscpio com contraste de fase
1 Zeiss peridica preventiva
9607 -
Microscpios estereoscpios 4 Olympus peridica preventiva
15577/15575/15573/15572 -
Microscpios estereoscpios 4 Olympus peridica preventiva
15571/15570/15569/15568 -
Microscpios invertidos 2 Zeiss peridica preventiva
33190/33191 -
Microscpios pticos 4 Zeiss peridica preventiva
12630/13173/12645/12573 TBq
Microscpios pticos 3 Zeiss peridica preventiva
13185/13183/13182 TBq
Microscpios pticos 3 Zeiss peridica preventiva
13181/13179/13177 -
Microscpios pticos 3 Zeiss peridica preventiva
12647/13175/13174 -
Osmose reversa 2 Quimis peridica preventiva
41084/41085 BECN / TQ /
TBq
Pipeta automtica 10 mL 7 Gilson peridica preventiva
Sem patrimnio TBq
Pipeta automtica 1000 microlitros
6 Gilson peridica preventiva
Sem patrimnio TBq
Pipeta automtica 200 microlitros
8 Gilson peridica preventiva
Sem patrimnio TBq
Quadro 4 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco A (L402-3, L404-3, almox.)
Fonte: Elaborado pelo autor
24
Equipamentos L405-3, L406-3 e L408-3 (Bloco A)
Quantidade Marca Tipo de manuteno Disciplinas
Agitador magntico com aquecimento 3 Logen Scientific corretiva BECN / TQ / TBq
Agitador magntico com aquecimento 2 Lslogen corretiva BECN / TQ / TBq
Chapa de aquecimento com agitao controle temp. placa schott
1 Lslogen corretiva BECN / TQ / TBq
Estufa de secagem 2 Med Clave corretiva BECN / TQ
Micropipeta 1000 microlitros 1 Gilson corretiva TBq
Condutivmetro 1 Bell corretiva BENC
Ventilador 1 Tufo corretiva -
Bomba de vcuo 2 Sparmax corretiva BECN
Balanas analticas 6 Marte peridica preventiva BECN / TQ / TBq
Balanas semi-analticas 6 Marte peridica preventiva BECN / TQ / TBq
Ultra purificador de gua 2 Heal Forces peridica preventiva BECN / TQ / TBq
Quadro 5 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco A Bl. A (L405-3, L406-3, L408-3)
Fonte: Elaborado pelo autor
Equipamentos L301, L302 e L305 (Bloco Alfa)
Quantidade Patrimnios Tipo de
manuteno Disciplinas
Agitador magntico com aquecimento 3 011274/011291/011326 corretiva BECN / TQ / TBq
Banho-maria 1 41074 corretiva BECN / TQ / TBq
Chapa de aquecimento 1 15161 corretiva BECN / TQ / TBq
Estufa de secagem 1 46851 corretiva BECN / TQ
Manta de aquecimento 1 12888 corretiva BECN
Mquina de gelo 1 46870 corretiva BECN /TQ / TBq
Microscpio 2 012571/013172 corretiva TBq
Capelas de exausto 6 - corretiva BECN /TQ / TBq
Quadro 6 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco Alfa
Fonte: Elaborado pelo autor
ITEM N PATRIMNIO DESCRIO DO EQUIPAMENTO DESCRIO DA AVARIA
1 6579 Fonte Minipa MPL-3303 No liga
2 6586 Fonte Minipa MPL-3303 No liga
3 61393 Fonte Minipa MPL-3303 No liga
4 61393 Fonte Minipa MPL-3303M No liga
5 5817 Gerador Tektronix AFG3021B No liga
6 5786 Osciloscpio Tektronix TDS2022B No liga
7 6624 Multmetro Minipa ET2510 No liga
8 6663 Multmetro Minipa ET2510 No liga
9 6693 Multmetro Minipa ET2510 No liga
10 6702 Multmetro Minipa ET2510 No liga
11 6707 Multmetro Minipa ET2510 No liga
12 4557 Multmetro Minipa MDM-8045A No liga
13 4558 Multmetro Minipa MDM-8045A No liga
14 4587 Multmetro Minipa MDM-8045A No liga
15 4599 Multmetro Minipa MDM-8045A No liga
16 4601 Multmetro Minipa MDM-8045A No liga
17 4612 Multmetro Minipa MDM-8045A No liga
Quadro 7 - Dados dos equipamentos para manuteno no Almoxarifado do Bloco A, Torre 1, 4 andar
Fonte: Elaborado pelo autor
25
4.4 Servios de Manuteno Corretiva
Com base nos dados coletados sobre os equipamentos e tambm durante as
reunio, verificamos que o projeto deveria contemplar tambm os Laboratrios
Didticos midos, visto que possuam muitos equipamentos danificados, mas que
consideremos de mdia complexidade. Com base nisso, nossa maior interveno
em um nico dia de trabalho foi no Bloco Alpha, do campus So Bernardo do
Campo, da Universidade Federal do ABC.
Tendo em mos os dados dos equipamentos dos laboratrios, estratificamos
somente os dados referentes aos equipamentos alocados no Bloco Alpha, conforme
apresentado no Quadro 8
PATRIMNIO DESCRIO DO EQUIPAMENTO DESCRIO DETALHADA
DA AVARIA
11291 Chapa de Aquecimento e Agitao No produz aquecimento
43861 Chapa de Aquecimento e Agitao No produz aquecimento
11326 Chapa de Aquecimento e Agitao No liga
11274 Chapa de Aquecimento e Agitao No produz agitao
15161 Chapa de Aquecimento e Agitao
Grande No produz aquecimento
41929 pHmetro Conector solto que gira em
falso (parte traseira)
73681 Mquina de Gelo A mquina liga, o motor
parece funcionar, porm, no produz gelo
46852 Estufa Boto de ligar travado. No
liga.
4685 Estufa No liga
41072 Banho Maria No liga
Quadro 8 - Quadro de informaes sintetizadas referentes aos equipamentos alocados no Bloco Alpha
Fonte: Elaborado pelo autor
Durante uma visita para manuteno corretiva nos Laboratrios midos do
campus So Bernardo do Campo, foi-nos apresentados os equipamentos
26
danificados, os quais realizamos intervenes tcnicas de maneira plenamente
satisfatria.
Na sequncia, poderemos verificar imagens de alguns equipamentos que
foram consertados.
Figura 10 - Chapa aquecedora com falha
Fonte: Arquivo pessoal do autor
A Figura 11 e a Figura 12 apresentam um processo de manuteno, na qual
devido somente a uma ligao desfeita, o equipamento da Figura 10 estava sem
funcionamento h quase dois anos, prejudicando o bom desenvolvimento das aulas
de graduao e ps-graduao, bem como os experimentos de pesquisa e
extenso.
Figura 11 - Identificao do causador da falha na chapa aquecedora
Fonte: Arquivo pessoal do autor
Figura 12 Soluo da falha na chapa aquecedora
Fonte: Arquivo pessoal do autor
27
Nas imagens da Figura 13 e da Figura 14 tambm podemos verificar a
interveno corretiva em um agitador. O motor, responsvel pelo processo de
vibrao/agitao do equipamento no funcionava simplesmente porque os cabos
de ligao na parte interna do equipamento estavam envoltos em seu eixo,
impedindo que o motor realizasse giro. Este equipamento estava em desuso h mais
de 1 ano por esse simples problema.
Figura 13 - Identificao do causador da falha no agitador
Fonte: Arquivo pessoal do autor
Figura 14 Soluo da falha no agitador
Fonte: Arquivo pessoal do autor
Na Figura 15 pode-se visualisar uma mquina de fazer gelo. Nesta foi
realizado um diagnstico e identificado um dano permanente na placa eletronica da
mquina, fato que ocasionou na necessidade de compra deste item eletrnico para
uma futura substituio. O preo da placa eletrnica, quando comparado com o valor
reajustado da mquina e sua depreciao, ainda muito vantajoso. Para este caso,
especificamente, foi elaborado um edital para fosse possvel a aquisio da placa
eletrnica e, assim, realizar a manuteno corretiva.
28
Figura 15 - Manuteno corretiva em mquina de fazer gelo
Fonte: Arquivo pessoal do autor
Tambm foi realizada manuteno de sistemas hidrulicos, agora nos
Laboratrios Didticos Secos, conforme pode ser verificado na Figura 16, onde um
retentor danificado de um motor hidrulico foi substitudo.
Figura 16 - Desmontagem de um motor hidrulico para substituio de retentor
Fonte: Arquivo pessoal do autor
29
4.5 Servios de Manuteno Preventiva
Nossa maior demanda de servios foram por manutenes corretivas.
Todavia, tambm foi realizadas manuteno preventiva, como a limpeza de um filtro
de gua de uma mquina de gelo, conforme pode ser verificado no imagem da
Figura 17.
Figura 17 - Limpeza de filtro
Fonte: Arquivo pessoal do autor
4.6 Oramentos
Para realizao de uma minuta de aquisio de materiais, so necessrios
trs oramentos. Portanto, depois de identificados os problemas e verificados quais
componentes devem ser substitudos, foi iniciado o processo de busca por empresas
que possam fornecer os insumos necessrios. Os dados de empresas com as quais
foram mantidos em contato para a possvel aquisio do capacitar de partida da
Figura 18. Os dados tcnicos, necessrios para oramento, esto na Tabela 2.
30
Figura 18 - Capacitor para Bomba de Vcuo Prismatec Mod. 131
Fonte: Foto de Lvia Pereira de Castro
Tabela 2 - Dados tcnicos de um capacitor de partida de um motor monofsico
Dados tcnicos do capacitor de partida
Capacitncia 161/193uF
Tenso de Trabalho vn/vp 110/120 Vca
Frequncia 50/60 Hz
Dimenses (Dia. x Alt.) 35 mm x 67,5 mm
Fonte: Elaborado pelo autor
4.7 Desenvolvimento de Projetos
Tambm foram realizados projetos de componentes para algumas mquinas
dos laboratrios, tais como os Variacs do Laboratrio de Energia Eltrica do campus
Santo Andr da UFABC. Os carves destes equipamentos apresentavam erro de
projeto, alm de uma caracterstica que os tornavam entre 4 a 5 vezes mais caros
que os reprojetados pelo grupo de manuteno em parceria com uma empresa de
escovas eltricas
31
Figura 19 Variador de tenso (Variac)
Fonte: Arquivo pessoal do autor
Figura 20 Variador de tenso (Variac) desmontado
Fonte: Arquivo pessoal do autor
Figura 21 Escova eltrica variador de tenso (Variac)
Fonte: Arquivo pessoal do autor
32
Figura 22 Escova eltrica variador de tenso (Variac) projetada
Fonte: Arquivo pessoal do autor
Figura 23 Escova eltrica variador de tenso (Variac) projetada
Fonte: Arquivo pessoal do autor
33
I. Dados para oramento:
a. Escova de Grafite
b. Cordoalha de cobre ( 2 mm x 70 mm comprimento)
c. Terminal olhal de 4 mm (vamos crimpar no local)
d. Para variadores monofsicos e trifsicos
e. Tenses de 110 e 220 v
f. Corrente de 3 A
g. Oramento para 40 unidades
4.7.1 Pesquisas realizadas em stios eletrnicos
Para enviar os pedidos de oramentos, inicialmente foram realizadas
pesquisas em stios eletrnicos de empresas que fabricavam ou forneciam
determinados itens. Como exemplo, podem ser citadas as buscas por empresas que
fabricavam e forneciam escovas eltricas para variadores de tenso.
Figura 24 - Exemplo de stio eletrnico pesquisado
Fonte: Arquivo pessoal do autor
34
4.8 Relatrios
Depois de realizadas as atividades de manuteno, foi enviado um e-mail aos
gestores da rea envolvida, de modo que soubessem qual era situao do
equipamento aps a manuteno.
Tambm foram apresentadas as tcnicas utilizadas, bem como documentos
demonstrativos da realizao dos servios, tais como tabelas, grficos entre outros
outros. Alguns dos dados apresentados nos relatrios podem ser verificados no
Quadro 9.
N PATRIMNIO
DESCRIO DO EQUIPAMENTO
DESCRIO DETALHADA DA AVARIA
SITUO ATUAL
11291 Chapa de Aquecimento e
Agitao No produz aquecimento Consertado
43861 Chapa de Aquecimento e
Agitao No produz aquecimento Consertado
11326 Chapa de Aquecimento e
Agitao No liga Consertado
11274 Chapa de Aquecimento e
Agitao No produz agitao Consertado
15161 Chapa de Aquecimento e
Agitao Grande No produz aquecimento Consertado
41929 pHmetro Conector solto que gira em
falso (parte traseira) Consertado
73681 Mquina de Gelo A mquina liga, o motor
parece funcionar, porm, no produz gelo
Problema identificado
Manuteno externa
46852 Estufa Boto de ligar travado. No
liga.
Problema identificado
Custo entre R$ 23,00 e R$ 43,00
Manuteno Interna
4685 Estufa No liga
Problema identificado
Custo entre R$ 23,00 e R$ 43,00
Manuteno Interna
41072 Banho Maria No liga No nos
apresentaram o equipamento
Quadro 9 - Dados comparativos entre situao antes e depois da manuteno
Fonte: Elaborado pelo autor
35
4.9 Minutas de Aquisio
A aquisio dos materiais solicitados deve ocorrer conforme detalhamento constante no edital e nos anexos do Prego
Eletrnico e de acordo com a proposta de preos apresentada pela CONTRATADA, que, independentemente de transcrio, so
partes integrantes do edital.
Um exemplo de minuta de aquisio de peas para manuteno de mquinas de fabricar gelo apresentado na Tabela 3.
Tabela 3 - Minuta de aquisio utilizada para processo de compra
MINUTA DE AQUISIO Bacharelado em Cincia e Tecnologia
Item Descrio completa CATMAT Qtde. Unidade Disciplinas atendidas Local de entrega ou
de instalao Fiscal Fiscal Substituto Id. Empresa
Valor
unitrio Id. Empresa
Valor
unitrio Id. Empresa
Valor
unitrio
Valor MDIO
unitrio
Valor MDIO
total
1
Visita tcnica e manuteno corretiva de
mquina de gelo com substituio
das peas e componentes danificados.
1 servio
Base Experimental das
Cincias Naturais;
Transformaes
Qumicas;
Transformaes Bioqumicas
Lab. Didticos, Bloco
A e Bloco B e Bloco
Alpha
Luciana Martiliano
Milena
Edgard Gonalves
Cardoso SP Soft (1) R$ 2.975,00
Green
Purificadores by
Everest (2)
R$ 2.899,00
Magnata
Refrigerao
Ltda. (3)
R$ 2.230,00 R$ 2.701,33 R$ 2.701,33
2
Visita tcnica e manuteno corretiva de
mquina de gelo com substituio
das peas e componentes danificados
1 servio
Base Experimental das
Cincias Naturais;
Transformaes
Qumicas;
Transformaes
Bioqumicas
Lab. Didticos, Bloco
A e Bloco B e Bloco
Alpha
Luciana Martiliano
Milena
Edgard Gonalves
Cardoso SP Soft (1) R$ 2.975,00
Green
Purificadores by
Everest (2)
R$ 2.899,00
Magnata
Refrigerao
Ltda. (3)
R$ 2.230,00 R$ 2.701,33 R$ 2.701,33
3
Visita tcnica e manuteno corretiva de
mquina de gelo com substituio
das peas e componentes danificados
1 servio
Base Experimental das
Cincias Naturais;
Transformaes
Qumicas;
Transformaes
Bioqumicas
Lab. Didticos, Bloco
A e Bloco B e Bloco
Alpha
Luciana Martiliano
Milena
Edgard Gonalves
Cardoso SP Soft (1) R$ 2.975,00
Green
Purificadores by
Everest (2)
R$ 2.899,00
Magnata
Refrigerao
Ltda. (3)
R$ 2.230,00 R$ 2.701,33 R$ 2.701,33
>>Total R$ 8.104,00
Fonte: Elaborado pelo autor
36
4.10 Licitao (Prego Eletrnico)
Neste item ser apresentado um exemplo real de prego eletrnico, processo no
qual realizamos a contratao de uma empresa para realizao dos servios de
manuteno corretiva em algumas das mquinas de fabricar gelo da Universidade.
Dados do prego:
Prego eletrnico n 162/2014;
Processo n 23006.001478/2014-14;
Exclusivo para microempresa e empresa de pequeno porte e sociedades
cooperativas a elas equiparadas.
A Fundao Universidade Federal do ABC - UFABC, torna pblico para
conhecimento dos interessados que na data, horrio e local indicados far realizar
licitao na modalidade PREGO, na forma ELETRNICA, do tipo MENOR
PREO TOTAL POR ITEM, conforme descrio contida neste Edital e seus
Anexos. O procedimento licitatrio obedecer a Lei n. 10.520 de 17 de julho de
2002, o Decreto 3.555, de 08 de agosto de 2000, o Decreto n. 5.450, de 31 de
maio de 2005, o Decreto n. 3.722, de 09 de janeiro de 2001, a Lei Complementar
n. 123, de 2006, o Decreto 6.204 de 05 de setembro de 2007; a Instruo
Normativa SLTI/MPOG n. 02 de 30 de abril de 2008; a Instruo Normativa
SLTI/MPOG n. 02 de 16 de setembro de 2009, a Instruo Normativa n 03 e 15 de
outubro 2009 e a Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, subsidiariamente, a
legislao correlata, e demais exigncias previstas neste Edital e seus Anexos.
Data da abertura da sesso pblica: 22 de outubro de 2014
Horrio: 10h00min (dez horas) - horrio de Braslia.
Endereo: www.comprasgovernamentais.gov.br
Encaminhamento da proposta e anexos: a partir da data de divulgao do edital no
stio www.comprasgovernamentais.gov.br at a data e horrio da abertura da
sesso pblica.
37
Motivao da Contratao: Fazer manuteno corretiva dos Equipamentos das
mquinas de gelo em escama e cubo dos Laboratrios Didticos midos, a fim de
se corrigir problemas devido quebra de peas e a queima das placas eletrnicas
das mquinas supracitadas. A manuteno corretiva importante porque se as
mquinas continuarem paradas ou com seu funcionamento comprometido, ir
prejudicar muito os alunos de graduao que precisam de gelo para as disciplinas
de Base Experimental das Cincias Naturais, Transformaes Qumicas,
Transformaes Bioqumicas, entre outras. Tambm prejudicar os experimentos
dos professores e, alm disso, as prprias mquinas, pois quanto mais tempo
paradas, maior o grau de deteriorao.
Benefcios diretos: Alunos, professores, tcnicos de laboratrios e pesquisadores
que precisem de gelo para os experimentos nos laboratrios didticos midos,
principalmente relacionados s disciplinas de Base Experimental das Cincias
Naturais, Transformaes Qumicas, Transformaes Bioqumicas, entre outras.
Tambm ir evitar que os equipamentos fiquem desligados por longos perodos, o
que pode prejudicar permanentemente tais equipamentos.
Benefcios Indiretos: Evitar que sejam realizadas novas compras de mquinas de
gelo e tambm propiciar a possibilidade de implementao de uma cultura de
manuteno na Universidade Federal do ABC.
Objetivo da Contratao: Fazer com que as mquinas de gelo em escamas e cubo
voltem a funcionar.
Natureza do Servio: no-continuado
Justificativa: O presente processo justifica-se pela necessidade de manuteno e
provimento de condies normais de operao do referido objeto uma vez que o
mesmo possui partes, peas e acessrios com ciclo de vida til que necessitam de
assistncia tcnica especializada que realize uma interveno de maneira substituir
as peas danificadas e colocar as mquinas em funcionamento.
Especificaes tcnicas do item:
38
Item Cdigo CatSEr
Descrio Unidade Valor
estimado (R$)
Valor total estimado
(R$)
1 2526-7
Visita tcnica e manuteno corretiva de mquina de gelo com substituio das peas e componentes danificados conforme descrito: Mquina de Gelo em Escamas EGE 300 M, Patrimnio 041127(substituir placa eletrnica e 3 contatoras eltricas).
Unid. R$
1206,67 R$
1206,67
2 2526-7
Visita tcnica e manuteno corretiva de mquina de gelo com substituio das peas e componentes danificados conforme descrito: Mquina de Gelo em Cubo EGC 100, Patrimnio 015579 (substituir placa eletrnica completa).
Unid. R$ 736,67 R$ 736,67
3 2526-7
Visita tcnica e manuteno corretiva de mquina de gelo com substituio das peas e componentes danificados conforme descrito: Mquina de Gelo em Cubo EGC 50, Patrimnio 013031 (substituir placa eletrnica completa e vlvula de entrada de gua)
Unid. R$ 758,00 R$ 758,00
Valor Total R$
2.701,34
Quadro 10 - Especificaes tcnicas para prego eletrnico
Fonte: Elaborado pelo autor
4.11 Compras realizadas
Para alguns itens foi obtido sucesso no processo de compra, tais quais
retentores, capacitores e baterias. Esse sucesso proporcionou a execuo de servios
de manuteno corretiva e desenvolvimento de outros projetos.
Figura 25 Substituio de bateria para rob manipulador
Fonte: Arquivo pessoal do autor
Figura 26 - Bateria para rob manipulador
Fonte: Arquivo pessoal do autor
39
Figura 27 - Rob manipulador aps substituio de sua bateria
Fonte: Arquivo pessoal do autor
Tambm foi obtido xito na compra de elementos de fixao, transmisso
e chapas de ao ASTM 1010/20, conforme pode-se verificar nas imagens da Figura 28
e da Figura 29.
Figura 28 Barras roscadas e ganchos comprados e utilizados em desenvolvimento de
projeto
Fonte: Arquivo pessoal do autor
Figura 29 Parafusos e chapas comprados e utilizados em desenvolvimento de projeto
Fonte: Arquivo pessoal do autor
40
Aps aquisio dos elementos de fixao, transmisso e chapas de ao ASTM
1010/20, foi realizada a etapa de usinagem e montagem dos dispositivos de fixao
dos dinammetros digitais aos motores eltricos. interessante ressaltar que
anteriormente a fixao era realizada de modo manual por um aluno, tcnico de
laboratrio ou docente -, auxiliado por um cabo de madeira (normalmente uma parte de
um cabo de rodo ou vassoura), proporcionando condio insegura e ato inseguro. Alm
disso, as medies realizadas pelo aparelho eletrnico estavam sujeitas a muitos erros,
pois dependia exclusivamente de como o usurio do sistema manipulava o pedao de
cabo para realizar a frenagem do motor e, assim, verificar o seu torque.
Figura 30 - Aplicao do sistema de fixao do dinammetro digital
Fonte: Elaborado pelo autor
41
Para finalizar a subseo relacionada s compras, no se pode deixar de
mencionar uma das aquisies mais importantes para o projeto de implementao do
grupo de manuteno. Ainda no ano de 2014, prximo ao momento de coleta de dados
referente aos resultados, conseguimos uma maleta de ferramentas mecnicas, a qual
certamente facilitar consideravelmente as futuras atividades da equipe. A maleta de
ferramentas pode ser verificada na foto da Figura 31 e seus dados tcnicos encontram-
se a seguir.
Caixa sanfonada;
Composta por 65 ferramentas;
Cinco gavetas;
Alas dobrveis;
Pintura eletrosttica;
Marca estampada numa das tampas;
02 organizadores em plstico termo formado para soquetes e acessrios;
Dimenses (Compr. X Larg. X Alt.): 545 x 220 x 260 mm;
Marca: TRAMONTINA PRO;
Figura 31 - Caixa de ferramentas
Fonte: Arquivo pessoal do autor
42
5 RESULTADOS E DISCUSSO
Para anlise dos resultados referentes ao projeto de implementao de
manuteno nos Laboratrios Didticos Secos utilizamos o Diagrama SWOT, o
Formulrio 5W2H, a Matriz GUT, o Diagrama de Causa e Efeito e o Plano de Ao
SMART.
Como base nessa anlise, foi possvel compreender o cenrio no qual se
encontram as atividades de manuteno at o momento, alm de se obter uma viso
holstica do sistema estudado.
Para chegar a tal anlise, foi realizada uma pesquisa nos diversos laboratrios
de graduao da Universidade Federal do ABC. Em seguida, foram coletados dados
referente mquinas e equipamentos que deveriam sofrer interveno tcnica. A
equipe envolvida foi muito bem recebida pelos chefes e tcnicos dos laboratrios, os
quais colaboraram muito, cedendo dados dos equipamentos, permitindo que
utilizassem o ambiente para tirarem fotos, realizarem pequenas intervenes, ajudando
nos termos de movimentao, fornecendo informaes sobre como elaborar minutas
de aquisio, termos de referncia, entre outros.
Alm disso, foi possvel interagir com diversos colegas de trabalho, com os quais
no havia muito contato. Foi percebida a expectativa de muitos deles com a
possibilidade de serem realizados servios de manuteno corretiva e preventiva dos
equipamentos.
Como a pesquisa e coleta de dados histricos deve ser feita de forma confivel,
sempre foi solicitado os manuais tcnicos dos equipamentos aos responsveis pelos
laboratrios. Quando no possuam o manual fsico, era realizada uma busca em stios
da internet.
Tambm sempre foi solicitado o maior nmero possvel de informaes sobre os
equipamentos, muitas vezes contando com histricos de manuteno, substituio de
peas, entre outros. Em alguns casos houve muitas dificuldades em obter tais dados
tcnicos, o que resultava em demora na realizao de alguns servios de manuteno.
Como os dados dos equipamentos, os caminhos da soluo dos problemas
foram priorizados. Conseguiu-se definir fluxos e ordenar a execuo dos servios.
Muitas vezes houve problemas devido falta de ferramentas adequadas e de um
43
ambiente propcio para as atividades. Isso, em alguns casos, influenciava o
cronograma de manuteno, prejudicando um pouco as atividades e forando a equipe
a levar mais tempo para conclu-las.
Quanto soluo de problemas, esta sempre foi estruturada nas ferramentas
bsicas da qualidade. Muitas solues para desvios encontrados foram propostas
atravs de um Brainstorming bem estruturado, seguido de um Diagrama de Causa e
Efeito. So ferramentas relativamente simples, mas que quando bem utilizadas,
proporcionam a capacidade de solucionar problemas complexos ou ao menos
direcionar as iniciativas para a minimizao dos efeitos dos problemas. Nesse contexto
importante ressaltar que a Universidade, representada pela SUGEPE, Diviso de
Treinamentos, proporcionou equipe de manuteno, indiretamente, um grande
suporte, visto que muitos dos cursos que a Universidade proporcionou aos servidores,
tiveram seus contedos aplicados no desenvolvimento do projeto.
Tendo como base o exposto acima, sero apresentados a seguir os resultados
deste trabalho, embasado na aplicao das ferramentas da qualidade. Os resultados
esto organizados em uma sequencia lgica, fundamentada em fatos e dados e tem
por objetivo apresentar como foi localizada a causa fundamental dos problemas e quais
foram as solues propostas.1
44
5.1 Diagrama SWOT aplicado
ANLISE SWOT - CENRIOS
FORAS AES PARA MANTER
o As mquinas e equipamentos necessitam de manuteno;
o Interesse da coordenao em implantar o plano;
o Economia de recursos com o aumento da vida til dos equipamentos;
o Excelncia do servio prestado pela Universidade.
o Continuar realizando o levantamento de mquinas e equipamentos que necessitam de manuteno;
o Demonstrar coordenao a importncia da manuteno para alcanarmos altos rendimentos nas aulas e pesquisas;
o Apresentar dados relativos economia de recursos advinda da realizao de servios de manuteno.
FRAQUEZAS AES PARA CORRIGIR
o Demora na implementao do programa;
o Tempo de adaptao dos servidores ao programa;
o Conscientizar a comunidade acadmica da importncia dos servios de manuteno;
o Integrar atividades de laboratrios com atividades de manuteno;
o Realizar planejamento integrado entre todas as reas envolvidas.
OPORTUNIDADES AES PARA APROVEITAR
o Expanso dos laboratrios didticos secos no campus de Santo Andr
o Reconhecimento por parte da Gesto no que se refere aos trabalhos dos tcnicos de laboratrio
o Aumento da vida til dos equipamentos;
o Expanso dos Laboratrios Didticos Secos nos dois campus da Universidade.
o Novas possibilidades de chefias (distribuio de FGs);
o Possibilidade de um ambiente dedicado aos servios de manuteno;
o Tornar-se referncia para outros setores e tambm para outras instituies de ensino.
AMEAAS AES PARA NEUTRALIZAR
o Tempo de espera para a realizao de concursos para tcnicos especficos;
o Impossibilidade de realocao dos tcnicos para dar suporte ao programa;
o Tempo de espera para a realizao de concursos;
o Tempo de espera para a contratao dos servidores com formao especifica;
o Dificuldade em realizar novos concursos para fortalecer a equipe de trabalho;
o Baixo interesse das empresas em participar dos preges eletrnicos referentes aos servios de manuteno.
Quadro 11 - Diagrama SWOT do projeto de implementao do Grupo de Manuteno
Fonte: Elaborado pelo autor
45
5.2 Caracterizao do problema utilizando formulrio 5W2H
FORMULRIO 5W2H
What? (O qu?)
Manuteno corretiva e preventiva de mquinas, equipamentos, dispositivos e ferramentas dos Laboratrios Didticos Secos da Universidade Federal do ABC.
Who? (Quem?)
Tcnicos de laboratrio, reas de mecnica, mecatrnica, eletrnica, eletroeletrnica, eletrotcnica.
Why? (Por qu?)
Aumento da eficincia de mquinas, equipamentos, dispositivos e ferramentas dos Laboratrios Didticos Secos da Universidade Federal do ABC, aumentando a qualidade dos servios prestados.
How? (Como?)
Implementando um grupo competente em intervenes tcnicas relativas manuteno corretiva e manuteno preventiva.
Where? (Onde?) When? (Quando?)
Laboratrios Didticos Secos da Universidade Federal do ABC.
14 meses para planejamento, implementao e anlise de resultados preliminares.
How Much? How many? (Quanto?)
Inicialmente no sero estipulado valores relativos economia de recursos.
Quadro 12 - Formulrio 5W2H do projeto de implementao do Grupo de Manuteno
Fonte: Elaborado pelo autor
46
5.3 Matriz GUT
MATRIZ GUT
DESCRIO IMPACTO
GR
AV
IDA
DE
UR
G
NC
IA
TE
ND
N
CIA
RE
SU
LT
AD
O
CL
AS
SIF
ICA
O
Falta de treinamento dos servidores
Impossibilita que o servidor realize uma interveno tcnica
3 3 3 27 7
Ausncia de fluxograma para realizao da manuteno
Impossibilidade de estabelecer de maneira racional uma sequncia para realizao dos servios a
serem prestados
5 4 3 60 2
Falta de motivao dos servidores
Resultado no desinteresse dos servidores em realizar os servios
3 4 2 24 9
Ausncia de local prprio para realizao dos servios
Resulta em desorganizao e impossibilita que mquina e
equipamentos sejam consertados em um local adequado
4 4 4 64 1
Desorganizao dos locais onde os equipamentos
danificados esto armazenados
Impede que os servios sejam realizados com o mnimo de
desperdcio de tempo possvel 4 4 2 32 6
Inexistncia de ferramentas adequadas para realizao
dos servios de manuteno
Impede que os servios sejam realizados
5 5 2 50 3
Desorientao
Faz com que os gestores, professores e tcnicos de outros
laboratrios e reas no contemplados no projeto inicial de manuteno se sintam no direito
de obrigar a equipe a realizar servios de manuteno
5 5 2 50 4
Ausncia de verba especfica
Muitas vezes no h verba especfica para os servios de
manuteno e, quando h, esta utilizada inadequadamente para
comprar de insumos para os cursos de graduao
5 5 1 25 8
Ausncia de uma equipe especfica
Atualmente alguns servios de manuteno preventiva e
corretiva so realizados pela tcnicos de laboratrio, mas no
como uma equipe especfica, dedicada a esta atividade
5 5 2 50 5
Quadro 13 - Matruz GUT do projeto de implementao do Grupo de Manuteno
Fonte: Elaborado pelo autor
47
5.4 Diagrama Causa e