Monografia Gestão Pública Edgard

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Este trabalho tem por objetivo geral analisar um projeto de implantação de um sistema de Gestão de Manutenção nos Laboratórios Didáticos Secos da Universidade Federal do ABC.Objetivos Específicos:a) Propor um organograma para uma equipe de manutenção corretiva e preventiva;b) Realizar mapeamento dos equipamentos que apresentam avarias;c) Apresentar resultados das intervenções de manutenção realizadas durante o período de implementação do projeto.

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

    CURSO DE ESPECIALIZAO EM GESTO PBLICA

    EDGARD GONALVES CARDOSO

    IMPLEMENTAO DE UM PROJETO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA

    MANUTENO:

    Um estudo de caso nos Laboratrios Didticos Secos da Universidade Federal

    do ABC

    Santo Andr - SP

    2015

  • CURSO DE ESPECIALIZAO EM GESTO PBLICA

    Monografia

    EDGARD GONALVES CARDOSO

    IMPLEMENTAO DE UM PROJETO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA

    MANUTENO:

    Um estudo de caso nos Laboratrios Didticos Secos da Universidade Federal

    do ABC

    Monografia apresentada ao curso de Especializao em Gesto Pblica da Universidade Federal do ABC como parte dos requisitos para a obteno do ttulo de Especialista em Gesto Pblica. Orientador: Profa. Ma. Rita Ap. Ponchio

    Santo Andr - SP

    2015

  • I

  • II

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a todos os professores e colegas de classe do programa de

    especializao em Gesto Pblica que, durante esses meses, proporcionaram-me

    conhecimento suficiente para elaborar este trabalho.

    Tambm a todos os funcionrios desta instituio de ensino pela ateno e

    auxlio nos momentos necessrios, especialmente aos servidores Livia Pereira de

    Castro e Alessandro Alberto dos Santos.

    Universidade Federal do ABC UFABC que, alm de acolher-me muito

    bem como parte do quadro de servidores tcnico administrativo, tambm me acolhe

    como aluno.

    Aos meus pais, Francisco e Aparecida, que desde o princpio sacrificaram

    seus confortos para que eu pudesse seguir minha trajetria acadmica e

    profissional.

    Aos meus irmos Carlos, Aline e Eduardo que durante todo esse tempo

    souberam entender minhas dificuldades a ajudarem-me a superar meus limites.

    Aos meus familiares pelo apoio e confiana.

    Aos meus avs e padrinhos, hoje ao lado de Deus, que sempre acreditaram

    em meu potencial e sempre depositaram grandes expectativas em mim.

    Aos meus irmos de Igreja, que com suas oraes e conselhos ajudaram-me

    a trilhar um caminho de batalhas difceis, porm repleto de vitrias.

    Acima de tudo e de todos agradeo a Deus por tudo que me proporcionou at

    hoje e h de proporcionar daqui para frente.

  • III

    RESUMO

    Manter o rendimento de mquinas, equipamentos, dispositivos e ferramentas

    tornou-se com o passar do tempo um fator indispensvel para a eficcia, eficincia e

    efetividade na produo de bens e no oferecimento de servios.

    Por ser uma Universidade recente, a Universidade Federal do ABC conta com

    um parque de mquinas e equipamentos repletos de recursos tecnolgicos.

    Entretanto, este parque tecnolgico j sofre com o processo de degradao,

    inerente a qualquer sistema em funo do tempo, independentemente de ser

    utilizado ou no.

    Contando com verbas consideradas altas, visto que ainda est em perodo de

    implantao, na Universidade Federal do ABC impera uma cultura de compra de

    novas mquinas e equipamentos sem antes estabelecer procedimentos que

    mantenham o bom funcionamentos dos recursos existentes, onerando o errio

    pblico e gerando estoques de mquinas e equipamentos quebrados.

    Com base nesse contexto, este trabalho apresentar um estudo realizado

    sobre um projeto de implantao de um sistema de Gesto de Manuteno nos

    Laboratrios Didticos Secos da Universidade Federal do ABC.

    Palavras-chave: Gesto da manuteno, Manuteno, Universidade Federal do

    ABC.

  • IV

    ABSTRACT

    Maintain the machinery, equipment, devices and tools efficiency has become

    nowadays an indispensable factor for the effectiveness, efficiency and effectiveness

    in production of goods and servicing.

    The Universidade Federal do ABC has a full of technological resources fleet of

    machinery and equipment. However, these machineries and equipments also suffers

    the degradation process.

    The Universidade Federal do ABC is still being built and therefore receives

    high Federal Government investments. This comfortable situation establish a culture

    that prioritizes the purchase of new machinery and equipment without establishing

    maintain procedures about the existing resources first, squandering public funds and

    generating broken machinery and equipment stocks.

    Within this context, this paper presents a study about the project to establish a

    Maintenance Management System on Dry Teaching Laboratories at the

    Universidade Federal do ABC.

    Keywords: Management maintenance, maintenance, Universidade Federal do ABC.

  • V

    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1 - Organograma da PROGRAD ................................................................................................. 5

    Figura 2 - Estrutura do grupo de manuteno ........................................................................................ 7

    Figura 3 - Exemplo de Brainstorming .................................................................................................... 10

    Figura 4 - Diagrama de Ishikawa .......................................................................................................... 12

    Figura 5 SWOT................................................................................................................................... 14

    Figura 6 - Manuteno corretiva em uma fresadora universal ............................................................. 16

    Figura 7 - Limpeza peridica do rotmetro de um sistema hidrulico .................................................. 17

    Figura 8 - Anlise de vibraes em uma bomba centrfuga ................................................................. 18

    Figura 9 Sequncia para solicitao de servios de Manuteno junto PU da UFABC................. 21

    Figura 10 - Chapa aquecedora com falha ............................................................................................. 26

    Figura 11 - Identificao do causador da falha na chapa aquecedora ................................................. 26

    Figura 12 Soluo da falha na chapa aquecedora ............................................................................ 26

    Figura 13 - Identificao do causador da falha no agitador .................................................................. 27

    Figura 14 Soluo da falha no agitador ............................................................................................. 27

    Figura 15 - Manuteno corretiva em mquina de fazer gelo .............................................................. 28

    Figura 16 - Desmontagem de um motor hidrulico para substituio de retentor ................................ 28

    Figura 17 - Limpeza de filtro .................................................................................................................. 29

    Figura 18 - Capacitor para Bomba de Vcuo Prismatec Mod. 131 ...................................................... 30

    Figura 19 Variador de tenso (Variac) ............................................................................................... 31

    Figura 20 Variador de tenso (Variac) desmontado .......................................................................... 31

    Figura 21 Escova eltrica variador de tenso (Variac) ...................................................................... 31

    Figura 22 Escova eltrica variador de tenso (Variac) projetada ...................................................... 32

    Figura 23 Escova eltrica variador de tenso (Variac) projetada ...................................................... 32

    Figura 24 - Exemplo de stio eletrnico pesquisado ............................................................................. 33

    Figura 25 Substituio de bateria para rob manipulador ................................................................. 38

    Figura 26 - Bateria para rob manipulador ........................................................................................... 38

    Figura 27 - Rob manipulador aps substituio de sua bateria .......................................................... 39

    Figura 28 Barras roscadas e ganchos comprados e utilizados em desenvolvimento de projeto ...... 39

    Figura 29 Parafusos e chapas comprados e utilizados em desenvolvimento de projeto .................. 39

    Figura 30 - Aplicao do sistema de fixao do dinammetro digital ................................................... 40

    Figura 31 - Caixa de ferramentas.......................................................................................................... 41

    Figura 32 - Diagrama de Causa e Efeito sobre desafios na implementao do Grupo de Manuteno

    ...................................................................................................................................................... 47

  • VI

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Cronograma de planejamento, implementao e coleta de dados dos resultados do projeto

    ........................................................................................................................................................ 8

    Tabela 2 - Dados tcnicos de um capacitor de partida de um motor monofsico ................................ 30

    Tabela 3 - Minuta de aquisio utilizada para processo de compra ..................................................... 35

  • VII

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 - Matriz GUT .......................................................................................................................... 11

    Quadro 2 - Planilha 5W2H .................................................................................................................... 13

    Quadro 3 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco B.................................................... 22

    Quadro 4 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco A (L402-3, L404-3, almox.) ........... 23

    Quadro 5 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco A Bl. A (L405-3, L406-3, L408-3) .. 24

    Quadro 6 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco Alfa ................................................ 24

    Quadro 7 - Dados dos equipamentos para manuteno no Almoxarifado do Bloco A, Torre 1, 4 andar

    ...................................................................................................................................................... 24

    Quadro 8 - Quadro de informaes sintetizadas referentes aos equipamentos alocados no Bloco

    Alpha ............................................................................................................................................. 25

    Quadro 9 - Dados comparativos entre situao antes e depois da manuteno ................................. 34

    Quadro 10 - Especificaes tcnicas para prego eletrnico ............................................................... 38

    Quadro 11 - Diagrama SWOT do projeto de implementao do Grupo de Manuteno ..................... 44

    Quadro 12 - Formulrio 5W2H do projeto de implementao do Grupo de Manuteno .................... 45

    Quadro 13 - Matruz GUT do projeto de implementao do Grupo de Manuteno ............................. 46

    Quadro 14 - Plano de Ao SMART do projeto de implementao do Grupo de Manuteno ........... 48

  • VIII

    SUMRIO

    AGRADECIMENTOS .............................................................................................................................. II

    RESUMO ................................................................................................................................................ III

    LISTA DE ILUSTRAES ...................................................................................................................... V

    LISTA DE TABELAS .............................................................................................................................. VI

    LISTA DE QUADROS ........................................................................................................................... VII

    SUMRIO ............................................................................................................................................. VIII

    1 INTRODUO ................................................................................................................................ 1

    1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................................. 3

    1.2 Objetivos Especficos ..................................................................................................................... 3

    1.3 Justificativa ..................................................................................................................................... 3

    2 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS ....................................................................................... 4

    2.1 Objeto de estudo ............................................................................................................................ 5

    2.2 A equipe de trabalho ....................................................................................................................... 6

    2.3 Cronograma do projeto ................................................................................................................... 8

    3 REFERENCIAL TERICO ............................................................................................................. 9

    3.1 Ferramentas da Qualidade ............................................................................................................. 9

    3.1.1 Brainstorming .................................................................................................................................. 9

    3.1.2 Matriz GUT ................................................................................................................................... 10

    3.1.3 Diagrama de Causa x Efeito ......................................................................................................... 11

    3.1.4 Planilha 5W2H .............................................................................................................................. 12

    3.2 Anlise SWOT .............................................................................................................................. 13

    3.3 Tipos de Manuteno ................................................................................................................... 15

    3.3.1 Manuteno Corretiva .................................................................................................................. 15

    3.3.2 Manuteno Preventiva ................................................................................................................ 16

    3.3.3 Manuteno Preditiva ................................................................................................................... 18

    3.4 Matriz Andifes ............................................................................................................................... 19

    4 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................................. 20

    4.1 Sobre as reunies ......................................................................................................................... 20

    4.2 Os servios de manuteno ......................................................................................................... 20

    4.3 Levantamento de Dados............................................................................................................... 22

    4.4 Servios de Manuteno Corretiva .............................................................................................. 25

    4.5 Servios de Manuteno Preventiva ............................................................................................ 29

    4.6 Oramentos .................................................................................................................................. 29

    4.7 Desenvolvimento de Projetos ....................................................................................................... 30

    4.7.1 Pesquisas realizadas em stios eletrnicos .................................................................................. 33

    4.8 Relatrios ...................................................................................................................................... 34

    4.9 Minutas de Aquisio .................................................................................................................... 35

    4.10 Licitao (Prego Eletrnico) ....................................................................................................... 36

    4.11 Compras realizadas ...................................................................................................................... 38

  • IX

    5 RESULTADOS E DISCUSSO .................................................................................................... 42

    5.1 Diagrama SWOT aplicado ............................................................................................................ 44

    5.2 Caracterizao do problema utilizando formulrio 5W2H ............................................................ 45

    5.3 Matriz GUT ................................................................................................................................... 46

    5.4 Diagrama Causa e Efeito.............................................................................................................. 47

    5.5 Implantao de solues com plano de ao SMART ................................................................. 48

    6 CONSIDERAES FINAIS.......................................................................................................... 49

    7 RECOMENDAES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................................................ 51

    REFERNCIAS ..................................................................................................................................... 52

    ANEXO 1: Oramentos de Escovas para motores ............................................................................... 54

    ANEXO 2: Oramentos de Escovas para motores ............................................................................... 55

    ANEXO 3: Oramento para manuteno de mquinas de fazer gelo .................................................. 56

    ANEXO 4: Nota fiscal de bateria para Rob ABB ................................................................................. 57

    ANEXO 5: As reunies estruturadas com base no ciclo PDCA: Plan (Planejar), Do (Fazer), Check

    (Verificar) e Act (Agir). .................................................................................................................. 58

    ANEXO 6: EMPRESAS ONDE FORAM REALIZADOS ORAMENTOS DE CAPACITORES DE

    PARTIDA ...................................................................................................................................... 61

  • 1

    1 INTRODUO

    No ano de 2004 o Ministrio da Educao encaminhou ao Congresso

    Nacional o Projeto de Lei 3962/2004 que previa a criao da Universidade Federal

    do ABC. Essa Lei foi sancionada pelo Presidente da Repblica e publicada no Dirio

    Oficial da Unio de 27 de julho de 2005, com o N 11.145 e datada de 26 de julho de

    2005. O Projeto Acadmico da UFABC procura levar em conta as mudanas no

    campo da cincia, propondo uma matriz interdisciplinar, caracterizada pela

    intercesso de vrias reas do conhecimento cientfico e tecnolgico (UFABC,

    2015).

    O Projeto da Universidade ressalta a importncia de uma formao integral,

    que inclui a viso histrica da nossa civilizao e privilegia a capacidade de insero

    social no sentido amplo. Alm disso, o projeto tem como meta a criao de um

    ambiente acadmico favorvel ao desenvolvimento social, contribuindo para a busca

    de solues para os problemas regionais e nacionais, a partir da cooperao com

    outras instituies de ensino e pesquisa e instncias do setor industrial e do poder

    executivo, legislativo e judicirio (UFABC, 2015).

    O projeto e montagem dos laboratrios para os cursos de graduao

    consistem em desafio contnuo de gesto acadmica, visto que devem ampliar a

    viso do aluno durante a sua formao, favorecendo a interdisciplinaridade. Com tal

    objetivo foi adotada desde o incio da universidade, uma classificao ampla

    (inicialmente laboratrios midos, secos e informtica, incluindo-se posteriormente

    os laboratrios de prtica de ensino), com base nas naturezas didtico-pedaggicas

    para atender as diferentes disciplinas, alm da estrutura fsica e do tipo de

    equipamentos a serem instalados (CONSONNI, ROSA, et al., 2014).

    Com o passar do tempo, as mquinas e equipamentos utilizados nos

    laboratrios comearam a sofrer panes e paradas. Alm disso, muitas vezes por

    falta de um espao fsico adequado para instalaes de algumas mquinas e de

    alguns equipamentos, estes tambm sofreram avarias. Alm disto, observam-se

    atualmente restries impostas no somente pela falta de espao fsico, mas

    tambm recursos humanos e verbas para suprir todas as demandas por

  • 2

    equipamentos e infraestrutura de instalaes que a Universidade Federal do ABC

    necessita.

    Grande parcela dos equipamentos que necessitam de intervenes tcnicas

    est alocada nos laboratrios didticos da Universidade Federal do ABC.

    Define-se Laboratrio Didtico de Graduao, ou laboratrio didtico, o

    espao fsico permanente nos campus da Universidade Federal do ABC, ligado

    Pr-Reitoria de Graduao, dedicado s atividades didticas prticas de graduao

    que necessitem de infraestrutura especfica e diferenciada, no atendidas por uma

    sala de aula convencional (UFABC, 2013).

    Com o foco em sempre proporcionar um servio de excelncia, os gestores

    dos laboratrios didticos, especialmente os secos, perceberam a necessidade de

    promover estudos que favorecessem o gerenciamento de manuteno dos

    equipamentos, mquinas, ferramentas e dispositivos destinados s aulas de

    graduao.

    Inicialmente, pensando somente na questo de praticidade, foi apresentada a

    proposta de contratao de uma (ou mais) empresa (s) para prestao de servios

    de manuteno preventiva e corretiva. Essa ao inicial infelizmente no apresentou

    resultados satisfatrios devido complexidade e burocracia envolvendo um possvel

    processo de contratao, a quantidade de equipamentos com caractersticas

    completamente distintas uma das outras e por fim os valores exorbitantes que foram

    apresentados nos oramentos recebidos.

    To logo verificou-se o insucesso da primeira investida, a equipe de gesto

    envolvida no trabalho de fomentao do grupo de manuteno apresentou a

    proposta que foi muito bem aceita e acreditada por grande parte da equipe. Essa

    proposta visava envolver diretamente os tcnicos de laboratrio nos servios de

    manuteno.

    Apesar de preocupaes iniciais com a proposta supracitada, muitas

    desconfianas foram vencidas e um projeto de implementao foi desenvolvido,

    aplicado e seus resultados apresentados. Neste trabalho sero apresentadas as

  • 3

    etapas de planejamento, desenvolvimento, implementao e resultados do projeto

    relacionado ao grupo de manuteno.

    1.1 Objetivo Geral

    Este trabalho tem por objetivo geral analisar um projeto de implantao de um

    sistema de Gesto de Manuteno nos Laboratrios Didticos Secos da

    Universidade Federal do ABC.

    1.2 Objetivos Especficos

    Propor um organograma para uma equipe de manuteno corretiva e preventiva;

    Realizar um mapeamento dos equipamentos que apresentam avarias;

    Apresentar resultados das intervenes de manuteno realizadas durante o

    perodo de implementao do projeto.

    1.3 Justificativa

    A Universidade Federal do ABC tendo em vista que uma instituio de

    ensino muito nova, como apenas 9 anos, possui diversas mquinas e equipamentos

    novos. Entretanto, mesmo sendo uma universidade jovem, j possvel notar em

    diversas reas da universidade que muitas mquinas e equipamentos esto

    danificados, alguns com defeitos e outros em falha. Sendo assim, este trabalho se

    justifica pelo fato de realizar um estudo bibliogrfico e uma pesquisa de campo para

    demonstrar que h necessidade de implementao de um grupo de manuteno

    para os Laboratrios Didticos Secos (inicialmente) e ainda, em um futuro prximo,

    expandir o programa para outras reas da Universidade Federal do ABC.

  • 4

    2 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    A apresentao dos dados referentes s mquinas, aos equipamentos, aos

    dispositivos e s ferramentas danificados obedecer a seguinte ordem: coleta,

    anlise, agrupamento, estratificao e exposio.

    As tcnicas utilizadas sero o brainstorming, a Coleta de dados, as folhas de

    verificao, o grfico sequencial, histogramas, fluxogramas, o diagrama de causa e

    efeito, modelo de matriz de relao e o plano de ao SMART.

    Para saber qual a real situao enfrentada pelos Laboratrios Didticos

    Secos, foram feitas reunies, visitas e entrevistas. Todos os processos foram

    baseados na literatura, que serviu para enumerar os passos necessrios.

    Primeiramente, houve reunies com a administrao, os chefes dos

    laboratrios, com os gestores da Coordenadoria dos Laboratrios Didticos, com

    responsvel pelos servios de manuteno da Universidade e com gesto da

    empresa terceirizada que presta alguns servios de manuteno na UFABC. O

    objetivo foi descobrir qual a importncia da manuteno, em que ela afeta, como ela

    funciona e qual a expectativa com o estudo.

    Em seguida, foram realizadas visitas em cada um dos Laboratrios Didticos

    Secos, reconhecendo melhor a sua estrutura fsica e organizacional.

    Aps reunies com chefes de outros laboratrios, foi verificada a possibilidade

    de a pesquisa ser realizada nos Laboratrios Didticos midos, pois estes possuam

    uma quantidade de equipamentos danificados superior quantidade de

    equipamentos danificados nos laboratrios secos, alm de a complexidade dos

    servios a serem realizados foi considerada baixa ou mdia, o que em tese facilitaria

    o trabalho.

    Tambm foi verificado quais os procedimentos vigentes relacionados aos

    servios de manuteno que eram realizados em cada laboratrio e foi apresentado

    um modelo de formulrio para solicitao de servios de manuteno, o qual deveria

    ser preenchido sempre que houvesse a necessidade de uma interveno tcnica

    corretiva em um equipamento.

  • 5

    Foram consultados tcnicos da Universidade que possuam experincia com

    manuteno, bem como tambm foram realizadas visitas em algumas outras

    instituies de ensino.

    O trabalho, alm de ser baseado em conhecimentos empricos e pesquisa de

    campo, tambm foi embasado em literaturas que versavam sobre ferramentas da

    qualidade, gerenciamento da manuteno e manuteno industrial.

    2.1 Objeto de estudo

    Os Laboratrios Didticos Secos esto sob responsabilidade da Pr-Reitoria

    de Graduao da Universidade Federal do ABC. Para realizar uma gesto mais

    efetiva, estes so gerenciados pela Coordenadoria dos Laboratrios Didticos. Essa

    estrutura organizacional pode ser melhor visualizada no organograma da Figura 1.

    Figura 1 - Organograma da PROGRAD

    Fonte: (UFABC, 2015)

  • 6

    Os laboratrios didticos midos (LDU) foram construdos com bancadas de

    granito, capelas de exausto e com instalaes hidrulica, eltrica e de gases,

    voltados a atender s grandes reas da Biologia, Qumica, Bioqumica e Materiais,

    dentre outras (CONSONNI, ROSA, et al., 2014).

    Os laboratrios didticos secos (LDS) tm bancadas e instalao eltrica e/ou

    hidrulica e/ou gases, e so voltados a atender s grandes reas de Fsica,

    Eletricidade, Eletrnica e Mecnica, dentre outras (CONSONNI, ROSA, et al., 2014).

    Os laboratrios didticos de informtica (LDI) so dotados de infraestrutura

    para ensino e pesquisa em tecnologia da informao (CONSONNI, ROSA, et al.,

    2014).

    Os Laboratrios Didticos de Prtica de Ensino (LDPE), institudos em 2013

    face grande importncia atribuda pela instituio aos cursos de Licenciatura, so

    compostos por espaos fsicos dedicados formao de professores em vrias

    reas do conhecimento (CONSONNI, ROSA, et al., 2014).

    Aps vrios estudos, concluiu-se que sua gesto deveria passar para a

    responsabilidade da Pr reitoria de Graduao (PROGRAD), que props em 2013, a

    oficializao da Coordenadoria dos Laboratrios Didticos - CLD, setor j

    operacional desde maro de 2011, ao qual se outorgaram diversas atribuies,

    sendo a principal garantir que os laboratrios didticos possam ser compartilhados

    pelos vrios cursos de graduao, visando a otimizao de espaos e recursos,

    dentro do contexto do Projeto Pedaggico da UFABC (UFABC, 2015).

    2.2 A equipe de trabalho

    Para facilitar as atividades, foi planejada uma estrutura bsica contendo

    tcnicos de laboratrios, cada um especialista em um determinado assunto. A

    estrutura da equipe foi embasada em duas partes, a tcnica e a administrativa. Para

    realizar os servios administrativos da manuteno, o chefe adjunto dos laboratrios

    didticos secos no 4 andar, da Torre 1 da campus Santo Andr, foi incumbido da

    tarefa, alm de tambm realizar os servios tcnicos de manuteno. Para as

    intervenes prticas, foi estipulada a seguinte equipe: Tcnico de Laboratrio

    rea Mecnica, Tcnico de Laboratrio rea Mecatrnica, Tcnico de Laboratrio

  • 7

    rea Eletrnica, Tcnico de Laboratrio rea Eletrotcnica e Tcnico de

    Laboratrio rea Eletroeletrnica.

    A estrutura da equipe que iniciaria o desenvolvimento do projeto de

    implementao do grupo de manuteno pode ser melhor visualizada na Figura 2.

    Figura 2 - Estrutura do grupo de manuteno

    Fonte: Elaborado pelo autor

    ADMINISTRAO DA MANUTENO

    Chefe Adjunto dos Laboratrios Didticos Secos no Bloco A

    MECNICA

    Tcnico de Laboratrio rea Mecnica

    MECATRNICA

    Tcnico de Laboratrio rea Mecatrnica

    ELETRNICA

    Tcnico de Laboratrio rea Eletrnica

    ELETROTCNICA

    Tcnico de Laboratrio rea Eletrotcnica

    ELETROELETRNICA

    Tcnico de Laboratrio rea Eletroeletrnica

  • 8

    2.3 Cronograma do projeto

    O projeto foi planejado para durar de 14 meses, conforme podemos verificar no cronograma da Tabela 1.

    Tabela 1 - Cronograma de planejamento, implementao e coleta de dados dos resultados do projeto

    Atividades Meses

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Designar o chefe dos Laboratrios Didticos Secos para coordenar as atividades e a implantao do programa. x

    Levantar as necessidades para implementar o programa de manuteno x

    Escrever o escopo do programa x x x

    Apresentar o programa Coordenao dos Laboratrios Didticos (CLD) x

    Disponibilizar espao fsico para as atividades / reunies x

    Verificar quais as reas sero contempladas pelo programa (mecatrnica, eletrnica, mecnica, etc.) x x x

    Verificar quantos servidores sero necessrios para o programa x

    Pesquisar empresas que forneam cursos especficos de capacitao na rea de manuteno. x x x x

    Realizar no mnimo trs oramentos de empresas que forneam os cursos especficos de capacitao na rea de manuteno. x x x x x

    Verificar a necessidade de servidores com formao especfica e informar a SUGEPE, pois quando abrir concurso os referidos servidores sejam contratados. x x x

    Contratar uma empresa para ministrar o curso especfico de capacitao na rea de manuteno. x x x x

    Reservar uma sala para a capacitao dos servidores. x x x

    Informar a todos os servidores dos Laboratrios Didticos Secos sobre o curso, sua importncia e sobre o dia e horrio que ser realizado. x x

    Definir um espao, podendo ser determinado um laboratrio, para que sirva como espao para reunies. x x x

    Definir os servidores responsveis pelas atividades demandadas. x x

    Levantar os dados tcnicos das mquinas e equipamentos dos Laboratrios Didticos Secos. x

    Elaborar uma lista de mquinas e equipamentos que necessitam de manuteno. x x

    Verificar a periodicidade que ser necessria a realizao da manuteno preventiva das mquinas e equipamentos. x x x

    Desenvolver um formulrio para facilitar o acompanhamento das manutenes realizadas. x

    Levantar dados de peas que sero substitudas. x x x x x x x x

    Elaborar Termos de Referncia para Compra de peas para reposio. x x x x x x x x x

    Elaborar documentaes necessrias para o controle e melhor gerenciamento dos materiais, exemplo, formulrio, planilhas para controle. x x x x x x

    Levantar dados sobre as peas de reposio. x x x x x x x

    Verificar a periodicidade em que ser aplicado o treinamento para os tcnicos dos laboratrios didticos secos. x

    Realizar o controle das atividades de manuteno x x x x x x x

    Verificar resultados preliminares do programa x x x x

    Apresentar resultados preliminares x

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 9

    3 REFERENCIAL TERICO

    Nesta sesso sero apresentadas as ferramentas da qualidade, as quais

    deram suporte inicial a este trabalho e, em seguida, o texto focar na temtica da

    manuteno, apresentando os tipos e aplicaes.

    3.1 Ferramentas da Qualidade

    As ferramentas da qualidade so as mais empregadas no processo de gesto

    dentro de uma organizao. A sua utilizao teve incio na dcada de 50, com base

    em conceitos e prticas desenvolvidas por Stewart e difundidas por Deming

    (AMORIM, CIERCO, et al., 2011).

    As ferramentas da qualidade so instrumentos utilizados para identificar

    oportunidades de melhoria e auxiliar na mensurao de dados e na apresentao de

    resultados, apoiando a tomada de deciso por parte do gestor do processo (BEHR,

    ESTABEL e MORO, 2008).

    Com o passar do tempo diversas ferramentas da qualidade foram

    desenvolvidas para auxiliar o profissional a compreender as causas dos desvios que

    ocorriam em determinados processos e encontrar solues adequadas para os

    mesmos (LINS, 1993).

    3.1.1 Brainstorming

    O Brainstorming uma das ferramentas de qualidade mais utilizadas no

    mundo, visto suas caractersticas de simplicidade e facilidade de execuo, vindo a

    tornar-se uma ferramenta muito utilizada em reunies nas mais diversas

    organizaes.

    O Brainstorming uma tcnica para gerao de novas ideias, conceitos e

    solues para qualquer assunto ou tpico num ambiente livre de crticas e de

    restries imaginao (SEBRAE-PR, 2010).

    A tcnica surgiu na dcada de 30, desenvolvida pelo o publicitrio Alex

    Osborn, e tinha o propsito de criar um ambiente de trabalho onde chovessem

  • 10

    ideias, resultando dessa maneira no nome da ferramenta, a qual tambm

    conhecida com tempestade ou exploso de ideias (BEHR, ESTABEL e MORO,

    2008).

    Essa ferramenta da qualidade consiste em estimular os participantes a

    apresentarem ideias, livres de crticas, at que se esgotem as possibilidades ou que

    a temtica discutida tenha tomado um rumo completamente distinto do objetivo

    proposto.

    Um exemplo de Brainstorming pode ser visualizado na Figura 3, onde esto

    expostas ideias de diversos grupos, os quais pretendiam elaborar projetos na rea

    de manuteno eletromecnica.

    Figura 3 - Exemplo de Brainstorming

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    3.1.2 Matriz GUT

    A Matriz GUT uma ferramenta de grande utilidade para a fixao de

    prioridades na eliminao de problemas, especialmente estes se apresentarem em

    grandes quantidades e tiverem relaes entre si.

    A ferramenta GUT foi desenvolvida com o objetivo de orientar decises de

    maior complexidade, ou seja, decises que envolvem muitas questes (AGUIAR,

    2004).

    A Matriz GUT uma das ferramentas de mais simples aplicao, visto que

    pode ser resumida em separar e priorizar os problemas, objetivando anlise e

    posterior soluo (LEAL, PORTO, et al., 2011).

  • 11

    As siglas da Matriz GUT significam:

    G (Gravidade): consiste em avaliar as consequncias negativas que o problema

    pode trazer aos clientes;

    U (Urgncia): consiste em avaliar o tempo necessrio ou disponvel para corrigir

    o problema; e

    T (Tendncia): avalia o comportamento evolutivo da situao atual.

    Habitualmente so atribudos valores de 1 a 5 a cada uma das dimenses da

    GUT, sendo 5 o valor de maior intensidade e 1 o de menor intensidade. O valor final

    do problema estudado ser obtido pelo produto dos trs valores atribudos a cada

    item da Matriz GUT

    Como o prprio nome sugere, a matriz GUT uma ferramenta da qualidade

    direcionada anlise de prioridades, embasada na gravidade, na urgncia e na

    tendncia que os problemas representam para as suas organizaes.

    No Quadro 1 podemos verificar de maneira mais lcida como so

    apresentados os itens gravidade, urgncia e tendncia.

    Valor Gravidade Urgncia Tendncia

    Causa: Exige: Tende:

    5 Elevao de custos Ao imediata Agravar rapidamente

    4 Insatisfao Ao rpida Aumentar

    3 Atrasos Ao pausada Estabilizar

    2 Desorientao Acompanhar Ajustar

    1 Poucas reclamaes Pode esperar Acomodar

    Quadro 1 - Matriz GUT

    Fonte: Elaborado pelo autor

    3.1.3 Diagrama de Causa x Efeito

    O Diagrama Ishikawa, comumente conhecido como Digrama de Causa e

    Efeito ou Espinha de Peixe, uma das sete ferramentas tradicionais da qualidade. O

  • 12

    objetivo desta ferramenta da qualidade representar fatores de influncia sobre um

    determinado problema, apresentando suporte para a tomada de decises (MIGUEL,

    2006).

    Os passos para elaborao desta ferramenta so: determinar o problema,

    relatar sobre as possveis causas, construir o diagrama agrupando as causas,

    analisar o diagrama para identificar as causas verdadeiras e corrigir o problema

    (FORNARI JUNIOR, 2010).

    O diagrama de Ishikawa deve ser representado conforme Figura 4.

    Figura 4 - Diagrama de Ishikawa

    Fonte: Adaptado pelo autor com base em (CUATRECASAS, 2010)

    3.1.4 Planilha 5W2H

    A Planilha 5W2H tem por finalidade organizar as tarefas apontadas como

    relevantes em um plano de ao, auxiliando os gestores para as devidas tomadas

    de aes, em cada tarefa abordada.

    Com a planilha 5W2H preenchida, o gestor pode determinar para cada

    evento, de forma estruturada, o que ser realizado em cada tarefa, quem ser o

    responsvel pela tarefa, quando ser realizada, aonde ser realizada, como ser

    realizada e quanto custar cada tarefa (DALLAROSA, 2011).

  • 13

    No Quadro 2 podemos visualizar a estrutura da Planilha 5W2H, bem como o

    significado de cada uma das palavras referentes s perguntas da planilha.

    Pergunta Traduo Significado

    What? O que? O que deve ser feito?

    When? Quando? Quando deve ser feito?

    Where? Onde? Quem deve fazer?

    Why? Por Que? Por que necessrio fazer?

    Who? Quem? Quem a equipe responsvel?

    How? Como? Como vai ser feito?

    How much? Custo? Quanto vai custar?

    Quadro 2 - Planilha 5W2H

    Fonte: Elaborado pelo autor

    3.2 Anlise SWOT

    A Anlise SWOT foi criada por Kenneth Andrews e Roland Cristensen,

    professores da Harvard Business School e, posteriormente utilizada por inmeros

    acadmicos e profissionais das mais diversas organizaes (DAYCHOUW, 2007).

    Estuda a competitividade de uma organizao, tendo como base a anlise de

    quatro variveis, sendo elas Strengths (Foras), Weaknesses (Fraquezas),

    Oportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaas). Atravs da anlise destas quatro

    variveis, possvel entender o cenrio onde a organizao atua, quais os seus

    desafios e quais as oportunidades frente aos concorrentes.

    Quando os pontos fortes de uma determinada organizao esto alinhados

    com os fatores crticos de sucesso, aproveitando as oportunidades de mercado, a

    organizao tender a ser competitiva.

    uma ferramenta usada para a realizao de anlise de ambiente e serve de

    base para planejamentos estratgicos e de gesto de uma organizao. A SWOT

    serve para posicionar ou verificar a situao e a posio estratgica da empresa no

    ambiente em que atua.

  • 14

    Os pontos fortes so fatores ambientais que afetam positivamente de

    imediato as atividades da empresa, por exemplo: opinio pblica favorvel s

    atividades da organizao, fidelidade, barreiras que impeam a entrada de novos

    competidores (PETERSON e TIFFANY, 1999).

    Os pontos fracos so fatores ambientais que afetam de forma negativa e de

    imediato as atividades da organizao, pode-se citar como exemplo mudanas de

    hbito dos consumidores e a chegada de novos servios ou produtos ao mercado

    com melhores preos (PETERSON e TIFFANY, 1999).

    Oportunidades so fatores ambientais previsveis para o futuro que, se

    acontecerem, beneficiaro as atividades da empresa, como exemplo pode-se citar

    aumento da terceirizao ou subcontratao (PETERSON e TIFFANY, 1999).

    Ameaas so fatores ambientais previsveis para o futuro que, se

    acontecerem, afetaro de forma negativa as atividades da empresa, como exemplo

    pode-se citar projeto do governo que probe a propaganda do produto ou servio

    (PETERSON e TIFFANY, 1999).

    Figura 5 SWOT

    Fonte: Elaborado pelo autor

    F - Strengths

    F - Foras

    W - Weaknesses

    F - Fraquezas

    O - Oportunities

    O - Oportunidades

    T - Threats

    A - Ameaas

    SWOT

    FOFA

  • 15

    3.3 Tipos de Manuteno

    A norma NBR 5462 da Associao Brasileira de Normas Tcnicas define o

    termo manuteno como a combinao de todas aes tcnicas e administrativas,

    incluindo as de superviso, destinadas a manter um item em estado no qual possa

    desempenhar uma funo requerida (ABNT, 1994).

    H uma grande variedade de tcnicas de manuteno, provocando, muitas

    vezes, uma certa confuso e influenciando no real conceito de cada atividade

    especfica (KARDEC e NASCIF, 2012).

    As definies relacionadas s principais atividades ou metodologias de

    manuteno so apresentadas na norma ABNT NBR 5462, sendo classificadas em

    manuteno corretiva, manuteno preventiva e manuteno preditiva.

    3.3.1 Manuteno Corretiva

    Ao realizar uma interveno em um equipamento que apresenta um defeito,

    falha ou ainda desempenho abaixo do esperado, est sendo realizada a

    manuteno corretiva (KARDEC e NASCIF, 2012).

    Existem duas condies especficas que conduzem o profissional a realizar a

    manuteno corretiva, a saber:

    Desempenho deficiente apontado pelo acompanhamento das variveis

    operacionais ou de funcionamento do equipamento (mecnicas, eltricas, etc.)

    (KARDEC e NASCIF, 2012);

    Ocorrncia de falha (KARDEC e NASCIF, 2012).

    Do ponto de visto do custo de manuteno, pode-se afirmar que a

    manuteno corretiva , geralmente, mais barata que os demais tipos de

    manuteno, visto os altos custos envolvidos na preveno de falhas em

    equipamentos. Em contrapartida, tambm pode causar por interrupes na produo

    de bens ou na realizao de pesquisas (XENOS, 2004).

  • 16

    Figura 6 - Manuteno corretiva em uma fresadora universal

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    3.3.2 Manuteno Preventiva

    A manuteno preventiva envolve algumas tarefas sistemticas, tais como as

    inspees, reformas e trocas de peas, principalmente (XENOS, 2004).

    Em determinados setores, como na aviao, a adoo da manuteno

    preventiva imperativa para determinados componentes, tendo em vista que o fator

    segurana se sobrepe aos demais (KARDEC e NASCIF, 2012).

    Quando comparada com a manuteno corretiva, do ponto de vista

    econmico, mais onerosa, visto que as peas tem que ser trocadas e os

  • 17

    componentes tem que ser reformados antes der atingirem seus limites de vida til

    (XENOS, 2004).

    Em contrapartida aos custos mais elevados que os da manuteno corretiva,

    na manuteno preventiva a frequncia da ocorrncia de falhas diminui, a

    disponibilidade dos equipamentos aumenta e tambm diminuem as interrupes

    inesperadas de produo (XENOS, 2004).

    Como nem sempre os fabricantes fornecem dados precisos sobre mquinas e

    equipamentos, h certa complexidade para a elaborao dos planos de

    manuteno. Alm das condies operacionais e ambientais influrem de modo

    significativo na expectativa de degradao dos equipamentos, a definio de

    periodicidade e substituio deve ser estipulada para cada instalao em particular

    ou no mximo de plantas similares operando em condies tambm similares

    (KARDEC e NASCIF, 2012).

    Figura 7 - Limpeza peridica do rotmetro de um sistema hidrulico

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

  • 18

    3.3.3 Manuteno Preditiva

    Conhecida tambm por Manuteno Sob Condio ou Manuteno com Base

    no Estado do Equipamento, a interveno realizada com base na modificao de

    parmetros de codificao ou desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma

    sistemtica (KARDEC e NASCIF, 2012).

    A manuteno preditiva permite garantir uma qualidade do servio desejada,

    embasada em uma aplicao sistemtica de anlise, fazendo uso de meios de

    superviso centralizados ou de amostragem, de modo a reduzir ao mnimo possvel

    as manutenes preventiva e corretiva (ABNT, 1994).

    Atualmente, com as tecnologias disponveis, diversas tcnicas de

    manuteno preditivas so desenvolvidas e aprimoradas, sendo algumas bastante

    caras e sofisticadas (XENOS, 2004).

    Dentre as tcnicas de manuteno preditiva, podemos citar a anlise de

    vibraes, partculas magnticas, anlise de leos lubrificantes por meio da tcnica

    ferrogrfica, ensaio por ultrassom e correntes parasitas.

    No projeto de implementao da manuteno nos Laboratrios Didticos

    Secos, no trataremos da manuteno preditiva, visto que atualmente no

    possumos equipamentos para realizar esse tipo de interveno e tambm s h um

    tcnico de laboratrio com formao e capacitao para realizar tais servios.

    Figura 8 - Anlise de vibraes em uma bomba centrfuga

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

  • 19

    3.4 Matriz Andifes

    Por meio do decreto presidencial n 7.233, de 19 de julho de 2010, que

    dispe sobre procedimentos oramentrios e financeiros relacionados autonomia

    universitria, estabeleceu-se diretrizes bsicas e critrios tcnicos para a

    distribuio de recursos oramentrios no mbito das universidades federais

    (UFABC, 2015b)

    O objetivo principal deste decreto foi o de institucionalizar a alocao de

    recursos de custeio e capital para as universidades federais por meio de um modelo

    de alocao que pudesse garantir mais preciso tcnica e transparncia na

    distribuio de recursos oramentrios. O decreto n 7.233 procurou, ainda,

    estabelecer diretrizes e aprimorar indicadores para modelo de alocao de recursos

    (Matriz Andifes) que j vinha sendo utilizada (mesmo que parcialmente) como

    ferramenta de distribuio de recursos (desde a segunda metade da dcada

    passada) entre as universidades federais (UFABC, 2015b).

    A matriz de alocao de recursos das universidades federais (em sua verso

    atual) um indicador de qualidade e produtividade, onde o parmetro aluno

    equivalente refere-se ao seu principal indicador. Destacam-se tambm indicadores

    de produo e de pesquisa (UFABC, 2015b).

    Os dados utilizados para o clculo da matriz de alocao de recursos so

    fornecidos ao MEC anualmente via coleta do PingIFES (Plataforma de integrao de

    Dados das IFES) pela Propladi (no caso da UFABC) (UFABC, 2015b).

  • 20

    4 DESENVOLVIMENTO

    Nesta sesso do trabalho sero apresentados de maneira sequencial os itens

    que compuseram o planejamento, desenvolvimento, implementao e coleta de

    dados do projeto de implementao do grupo de manuteno nos Laboratrios

    Didticos Secos da Universidade Federal do ABC.

    4.1 Sobre as reunies

    Para o desenvolvimento do projeto, realizamos algumas reunies com os

    servidores da equipe tcnica, com os gestores de outros laboratrios, com os

    gestores de diversas reas da Universidade (RH, Prefeitura Universitria,

    Aquisies, entre outras).

    Os objetivos dessas reunies de trabalho foram definir metas, monitorar

    desempenho, avaliar a implementao e o desempenho do trabalho, aproximar

    equipe, validar processos, definir procedimentos, escolher mtodos, tomar decises

    de maneira democrtica, deliberar sobre uma temtica, criar novas possibilidades,

    falar de experincias, apresentar hipteses, priorizar atividades, avaliar projetos,

    validar assuntos, realizar estudos tcnicos, reconhecer e solucionar problemas,

    atender s necessidades dos clientes internos, entre outros.

    As reunies foram de suma importncia para o projeto, pois proporcionaram

    fluncia nos processos atravs de um conjunto sistematizado de aes e

    alinhamentos sempre muito bem embasados. Devido ao fato de os servidores

    envolvidos nas atividades de manuteno terem participado de um treinamento

    sobre reunies efetivas, ministrado por uma consultoria especializada em gesto, foi

    possvel evitar que tantas reunies se resumissem em desperdio de tempo.

    4.2 Os servios de manuteno

    Como os tcnicos de laboratrios sempre apresentavam dvidas sobre como

    proceder diante de uma necessidade de solicitar Prefeitura Universitria da

    Universidade Federal do ABC algum servio de manuteno, elaboramos o

    fluxograma da figura 1.

  • 21

    Figura 9 Sequncia para solicitao de servios de Manuteno junto PU da UFABC

    Fonte: elaborado pelo autor

  • 22

    4.3 Levantamento de Dados

    Aps definirmos quais seriam as deliberaes ps-reunies, iniciamos a

    coleta de dados referentes aos equipamentos que deveriam sofrem interveno

    tcnica de manuteno.

    Equipamentos Bloco B Quantidade Marca Tipo de

    manuteno Patrimnios Disciplina

    Banho Ultratrmico 1 Hydrosan Corretiva sem patrimnio BECN / TBq

    Mquina de gelo 1 Everest Corretiva 13031 BECN /TQ / TBq

    Banho Maria 2 Hydrosan Corretiva 11404/11405 BECN /TQ / TBq

    Bomba vcuo 2

    Corretiva 16577/12592 BECN

    Refratmetro 1 Quimis Corretiva sem patrimnio -

    Paqumetro 1 Messen Corretiva sem patrimnio BECN

    Multmetro 3

    Corretiva 55453/55456/55455 BECN

    Multmetro 2

    Corretiva 55458/55457 BECN

    Cronmetros 14

    Corretiva sem patrimnio BECN / TQ

    Cronmetro 1

    Corretiva 17609 BECN / TQ

    Manta de aquecimento 1L 2

    Corretiva 12868/13011 BECN

    Ultrassom 3 Sanders Corretiva 20751/19643/55449 BECN

    Agitador Magntico 3 Alpax Corretiva 11286/11290/11283 BECN / TQ / TBq

    Agitador Magntico 2 Alpax Corretiva 11282/11284 BECN / TQ / TBq

    Vortex 3 Logen Corretiva 11322/11316/11318 TBq

    Vortex 1 Marconi Corretiva 55464 TBq

    Phmetro 1 Marconi Corretiva 9849 TBq

    Fonte laser line 1

    Corretiva P.P - 0178 BECN

    Condutvimetro 1 Bell Corretiva 9720 BECN

    Banho Maria 1 Solab Corretiva 16785 BECN / TQ / TBq

    Banho Maria 1 Quimis Corretiva 41070 BECN / TQ / TBq

    Balana semi analtica 2 Marte Corretiva 9730/9729 BECN / TQ / TBq

    Espectrofotmetro Bel 1 Bel Corretiva 16575 BECN / TBq

    Chapa aquecedora 1

    Corretiva 15192 BECN / TQ / TBq

    Estufa de secagem 1 Med Clave Corretiva 55512 (L606) BECN / TQ

    Microscpios pticos 1 Olympus peridica preventiva

    TBq

    Microscpios pticos 3 Alltion peridica preventiva

    TBq

    Microscpios pticos 3 Zeiss peridica preventiva

    TBq

    Balanas analticas 4 Marte e

    Bioprecisa peridica preventiva

    BECN / TQ / TBq

    Balanas semi-analticas 4 Marte peridica preventiva

    BECN / TQ / TBq

    Capelas de exausto 4

    peridica preventiva

    BECN / TQ / TBq

    Ar condicionado 7 Elgin peridica preventiva

    BECN / TQ / TBq

    Cmara de fluxo laminar 1 Trox peridica preventiva

    BECN

    Purificador de gua (Millipore)

    1 Direct-Q peridica preventiva

    BECN / TQ / TBq

    Purificador de gua 1 Gehaka peridica preventiva

    BECN / TQ / TBq

    Quadro 3 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco B

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 23

    Equipamentos L402-3, L404-3 e almoxarifado

    (Bloco A) Quantidade Marca

    Tipo de manuteno

    Patrimnios Disciplinas

    Agitador de tubos 2 Arsec Corretiva 14944/14943 TBq

    Agitador magntico com aquecimento

    3 Logen

    Scientific Corretiva 11333/11337/11292

    BECN / TQ / TBq

    Agitador magntico com aquecimento

    2 Thelga Corretiva 41445/41446 BECN / TQ /

    TBq

    Banho ultratermosttico 1 Quimis Corretiva 41077 BECN /TQ /

    TBq

    Banho ultratermosttico 1 Hydrosan Corretiva

    BECN /TQ / TBq

    Banho-maria 1 Hydrosan Corretiva 58935 BECN /TQ /

    TBq

    Bomba de vcuo 1 ExiPump Corretiva 16576 BECN

    Condutivmetro 1 Bell Corretiva 58937 BECN

    Esfigmomanmetro 3 Solidor Corretiva 14949/14947/14950 -

    Estetoscpio 1 Diasyst Corretiva Sem patrimnio -

    Estufa de secagem 1 Med Clave Corretiva 58979 BECN / TQ

    Evaporador rotativo 1 Fisatom Corretiva 41743 BECN

    Mquina de gelo 1 Everest Corretiva 41127 BECN /TQ /

    TBq

    Microscpios pticos 3 Zeiss Corretiva 12646/13180/13178 TBq

    Pipeta automtica 10 mL 2 Gilson Corretiva Sem patrimnio TBq

    Pipeta automtica 1000 microlitros

    2 Gilson Corretiva Sem patrimnio TBq

    Placa aquecedora 1 Logen

    Scientific Corretiva 15189

    BECN / TQ / TBq

    Balana analtica 2 Marte peridica preventiva

    19984/19990 BECN / TQ /

    TBq

    Balana semi-analtica 2 Marte peridica preventiva

    19977/19982 BECN / TQ /

    TBq

    Cmaras de fluxo laminar 4 Filterflux peridica preventiva

    19941/19940/19938/19937 BECN

    Microscpio com contraste de fase

    1 Zeiss peridica preventiva

    9607 -

    Microscpios estereoscpios 4 Olympus peridica preventiva

    15577/15575/15573/15572 -

    Microscpios estereoscpios 4 Olympus peridica preventiva

    15571/15570/15569/15568 -

    Microscpios invertidos 2 Zeiss peridica preventiva

    33190/33191 -

    Microscpios pticos 4 Zeiss peridica preventiva

    12630/13173/12645/12573 TBq

    Microscpios pticos 3 Zeiss peridica preventiva

    13185/13183/13182 TBq

    Microscpios pticos 3 Zeiss peridica preventiva

    13181/13179/13177 -

    Microscpios pticos 3 Zeiss peridica preventiva

    12647/13175/13174 -

    Osmose reversa 2 Quimis peridica preventiva

    41084/41085 BECN / TQ /

    TBq

    Pipeta automtica 10 mL 7 Gilson peridica preventiva

    Sem patrimnio TBq

    Pipeta automtica 1000 microlitros

    6 Gilson peridica preventiva

    Sem patrimnio TBq

    Pipeta automtica 200 microlitros

    8 Gilson peridica preventiva

    Sem patrimnio TBq

    Quadro 4 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco A (L402-3, L404-3, almox.)

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 24

    Equipamentos L405-3, L406-3 e L408-3 (Bloco A)

    Quantidade Marca Tipo de manuteno Disciplinas

    Agitador magntico com aquecimento 3 Logen Scientific corretiva BECN / TQ / TBq

    Agitador magntico com aquecimento 2 Lslogen corretiva BECN / TQ / TBq

    Chapa de aquecimento com agitao controle temp. placa schott

    1 Lslogen corretiva BECN / TQ / TBq

    Estufa de secagem 2 Med Clave corretiva BECN / TQ

    Micropipeta 1000 microlitros 1 Gilson corretiva TBq

    Condutivmetro 1 Bell corretiva BENC

    Ventilador 1 Tufo corretiva -

    Bomba de vcuo 2 Sparmax corretiva BECN

    Balanas analticas 6 Marte peridica preventiva BECN / TQ / TBq

    Balanas semi-analticas 6 Marte peridica preventiva BECN / TQ / TBq

    Ultra purificador de gua 2 Heal Forces peridica preventiva BECN / TQ / TBq

    Quadro 5 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco A Bl. A (L405-3, L406-3, L408-3)

    Fonte: Elaborado pelo autor

    Equipamentos L301, L302 e L305 (Bloco Alfa)

    Quantidade Patrimnios Tipo de

    manuteno Disciplinas

    Agitador magntico com aquecimento 3 011274/011291/011326 corretiva BECN / TQ / TBq

    Banho-maria 1 41074 corretiva BECN / TQ / TBq

    Chapa de aquecimento 1 15161 corretiva BECN / TQ / TBq

    Estufa de secagem 1 46851 corretiva BECN / TQ

    Manta de aquecimento 1 12888 corretiva BECN

    Mquina de gelo 1 46870 corretiva BECN /TQ / TBq

    Microscpio 2 012571/013172 corretiva TBq

    Capelas de exausto 6 - corretiva BECN /TQ / TBq

    Quadro 6 - Dados dos equipamentos para manuteno no Bloco Alfa

    Fonte: Elaborado pelo autor

    ITEM N PATRIMNIO DESCRIO DO EQUIPAMENTO DESCRIO DA AVARIA

    1 6579 Fonte Minipa MPL-3303 No liga

    2 6586 Fonte Minipa MPL-3303 No liga

    3 61393 Fonte Minipa MPL-3303 No liga

    4 61393 Fonte Minipa MPL-3303M No liga

    5 5817 Gerador Tektronix AFG3021B No liga

    6 5786 Osciloscpio Tektronix TDS2022B No liga

    7 6624 Multmetro Minipa ET2510 No liga

    8 6663 Multmetro Minipa ET2510 No liga

    9 6693 Multmetro Minipa ET2510 No liga

    10 6702 Multmetro Minipa ET2510 No liga

    11 6707 Multmetro Minipa ET2510 No liga

    12 4557 Multmetro Minipa MDM-8045A No liga

    13 4558 Multmetro Minipa MDM-8045A No liga

    14 4587 Multmetro Minipa MDM-8045A No liga

    15 4599 Multmetro Minipa MDM-8045A No liga

    16 4601 Multmetro Minipa MDM-8045A No liga

    17 4612 Multmetro Minipa MDM-8045A No liga

    Quadro 7 - Dados dos equipamentos para manuteno no Almoxarifado do Bloco A, Torre 1, 4 andar

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 25

    4.4 Servios de Manuteno Corretiva

    Com base nos dados coletados sobre os equipamentos e tambm durante as

    reunio, verificamos que o projeto deveria contemplar tambm os Laboratrios

    Didticos midos, visto que possuam muitos equipamentos danificados, mas que

    consideremos de mdia complexidade. Com base nisso, nossa maior interveno

    em um nico dia de trabalho foi no Bloco Alpha, do campus So Bernardo do

    Campo, da Universidade Federal do ABC.

    Tendo em mos os dados dos equipamentos dos laboratrios, estratificamos

    somente os dados referentes aos equipamentos alocados no Bloco Alpha, conforme

    apresentado no Quadro 8

    PATRIMNIO DESCRIO DO EQUIPAMENTO DESCRIO DETALHADA

    DA AVARIA

    11291 Chapa de Aquecimento e Agitao No produz aquecimento

    43861 Chapa de Aquecimento e Agitao No produz aquecimento

    11326 Chapa de Aquecimento e Agitao No liga

    11274 Chapa de Aquecimento e Agitao No produz agitao

    15161 Chapa de Aquecimento e Agitao

    Grande No produz aquecimento

    41929 pHmetro Conector solto que gira em

    falso (parte traseira)

    73681 Mquina de Gelo A mquina liga, o motor

    parece funcionar, porm, no produz gelo

    46852 Estufa Boto de ligar travado. No

    liga.

    4685 Estufa No liga

    41072 Banho Maria No liga

    Quadro 8 - Quadro de informaes sintetizadas referentes aos equipamentos alocados no Bloco Alpha

    Fonte: Elaborado pelo autor

    Durante uma visita para manuteno corretiva nos Laboratrios midos do

    campus So Bernardo do Campo, foi-nos apresentados os equipamentos

  • 26

    danificados, os quais realizamos intervenes tcnicas de maneira plenamente

    satisfatria.

    Na sequncia, poderemos verificar imagens de alguns equipamentos que

    foram consertados.

    Figura 10 - Chapa aquecedora com falha

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    A Figura 11 e a Figura 12 apresentam um processo de manuteno, na qual

    devido somente a uma ligao desfeita, o equipamento da Figura 10 estava sem

    funcionamento h quase dois anos, prejudicando o bom desenvolvimento das aulas

    de graduao e ps-graduao, bem como os experimentos de pesquisa e

    extenso.

    Figura 11 - Identificao do causador da falha na chapa aquecedora

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    Figura 12 Soluo da falha na chapa aquecedora

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

  • 27

    Nas imagens da Figura 13 e da Figura 14 tambm podemos verificar a

    interveno corretiva em um agitador. O motor, responsvel pelo processo de

    vibrao/agitao do equipamento no funcionava simplesmente porque os cabos

    de ligao na parte interna do equipamento estavam envoltos em seu eixo,

    impedindo que o motor realizasse giro. Este equipamento estava em desuso h mais

    de 1 ano por esse simples problema.

    Figura 13 - Identificao do causador da falha no agitador

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    Figura 14 Soluo da falha no agitador

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    Na Figura 15 pode-se visualisar uma mquina de fazer gelo. Nesta foi

    realizado um diagnstico e identificado um dano permanente na placa eletronica da

    mquina, fato que ocasionou na necessidade de compra deste item eletrnico para

    uma futura substituio. O preo da placa eletrnica, quando comparado com o valor

    reajustado da mquina e sua depreciao, ainda muito vantajoso. Para este caso,

    especificamente, foi elaborado um edital para fosse possvel a aquisio da placa

    eletrnica e, assim, realizar a manuteno corretiva.

  • 28

    Figura 15 - Manuteno corretiva em mquina de fazer gelo

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    Tambm foi realizada manuteno de sistemas hidrulicos, agora nos

    Laboratrios Didticos Secos, conforme pode ser verificado na Figura 16, onde um

    retentor danificado de um motor hidrulico foi substitudo.

    Figura 16 - Desmontagem de um motor hidrulico para substituio de retentor

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

  • 29

    4.5 Servios de Manuteno Preventiva

    Nossa maior demanda de servios foram por manutenes corretivas.

    Todavia, tambm foi realizadas manuteno preventiva, como a limpeza de um filtro

    de gua de uma mquina de gelo, conforme pode ser verificado no imagem da

    Figura 17.

    Figura 17 - Limpeza de filtro

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    4.6 Oramentos

    Para realizao de uma minuta de aquisio de materiais, so necessrios

    trs oramentos. Portanto, depois de identificados os problemas e verificados quais

    componentes devem ser substitudos, foi iniciado o processo de busca por empresas

    que possam fornecer os insumos necessrios. Os dados de empresas com as quais

    foram mantidos em contato para a possvel aquisio do capacitar de partida da

    Figura 18. Os dados tcnicos, necessrios para oramento, esto na Tabela 2.

  • 30

    Figura 18 - Capacitor para Bomba de Vcuo Prismatec Mod. 131

    Fonte: Foto de Lvia Pereira de Castro

    Tabela 2 - Dados tcnicos de um capacitor de partida de um motor monofsico

    Dados tcnicos do capacitor de partida

    Capacitncia 161/193uF

    Tenso de Trabalho vn/vp 110/120 Vca

    Frequncia 50/60 Hz

    Dimenses (Dia. x Alt.) 35 mm x 67,5 mm

    Fonte: Elaborado pelo autor

    4.7 Desenvolvimento de Projetos

    Tambm foram realizados projetos de componentes para algumas mquinas

    dos laboratrios, tais como os Variacs do Laboratrio de Energia Eltrica do campus

    Santo Andr da UFABC. Os carves destes equipamentos apresentavam erro de

    projeto, alm de uma caracterstica que os tornavam entre 4 a 5 vezes mais caros

    que os reprojetados pelo grupo de manuteno em parceria com uma empresa de

    escovas eltricas

  • 31

    Figura 19 Variador de tenso (Variac)

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    Figura 20 Variador de tenso (Variac) desmontado

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    Figura 21 Escova eltrica variador de tenso (Variac)

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

  • 32

    Figura 22 Escova eltrica variador de tenso (Variac) projetada

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    Figura 23 Escova eltrica variador de tenso (Variac) projetada

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

  • 33

    I. Dados para oramento:

    a. Escova de Grafite

    b. Cordoalha de cobre ( 2 mm x 70 mm comprimento)

    c. Terminal olhal de 4 mm (vamos crimpar no local)

    d. Para variadores monofsicos e trifsicos

    e. Tenses de 110 e 220 v

    f. Corrente de 3 A

    g. Oramento para 40 unidades

    4.7.1 Pesquisas realizadas em stios eletrnicos

    Para enviar os pedidos de oramentos, inicialmente foram realizadas

    pesquisas em stios eletrnicos de empresas que fabricavam ou forneciam

    determinados itens. Como exemplo, podem ser citadas as buscas por empresas que

    fabricavam e forneciam escovas eltricas para variadores de tenso.

    Figura 24 - Exemplo de stio eletrnico pesquisado

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

  • 34

    4.8 Relatrios

    Depois de realizadas as atividades de manuteno, foi enviado um e-mail aos

    gestores da rea envolvida, de modo que soubessem qual era situao do

    equipamento aps a manuteno.

    Tambm foram apresentadas as tcnicas utilizadas, bem como documentos

    demonstrativos da realizao dos servios, tais como tabelas, grficos entre outros

    outros. Alguns dos dados apresentados nos relatrios podem ser verificados no

    Quadro 9.

    N PATRIMNIO

    DESCRIO DO EQUIPAMENTO

    DESCRIO DETALHADA DA AVARIA

    SITUO ATUAL

    11291 Chapa de Aquecimento e

    Agitao No produz aquecimento Consertado

    43861 Chapa de Aquecimento e

    Agitao No produz aquecimento Consertado

    11326 Chapa de Aquecimento e

    Agitao No liga Consertado

    11274 Chapa de Aquecimento e

    Agitao No produz agitao Consertado

    15161 Chapa de Aquecimento e

    Agitao Grande No produz aquecimento Consertado

    41929 pHmetro Conector solto que gira em

    falso (parte traseira) Consertado

    73681 Mquina de Gelo A mquina liga, o motor

    parece funcionar, porm, no produz gelo

    Problema identificado

    Manuteno externa

    46852 Estufa Boto de ligar travado. No

    liga.

    Problema identificado

    Custo entre R$ 23,00 e R$ 43,00

    Manuteno Interna

    4685 Estufa No liga

    Problema identificado

    Custo entre R$ 23,00 e R$ 43,00

    Manuteno Interna

    41072 Banho Maria No liga No nos

    apresentaram o equipamento

    Quadro 9 - Dados comparativos entre situao antes e depois da manuteno

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 35

    4.9 Minutas de Aquisio

    A aquisio dos materiais solicitados deve ocorrer conforme detalhamento constante no edital e nos anexos do Prego

    Eletrnico e de acordo com a proposta de preos apresentada pela CONTRATADA, que, independentemente de transcrio, so

    partes integrantes do edital.

    Um exemplo de minuta de aquisio de peas para manuteno de mquinas de fabricar gelo apresentado na Tabela 3.

    Tabela 3 - Minuta de aquisio utilizada para processo de compra

    MINUTA DE AQUISIO Bacharelado em Cincia e Tecnologia

    Item Descrio completa CATMAT Qtde. Unidade Disciplinas atendidas Local de entrega ou

    de instalao Fiscal Fiscal Substituto Id. Empresa

    Valor

    unitrio Id. Empresa

    Valor

    unitrio Id. Empresa

    Valor

    unitrio

    Valor MDIO

    unitrio

    Valor MDIO

    total

    1

    Visita tcnica e manuteno corretiva de

    mquina de gelo com substituio

    das peas e componentes danificados.

    1 servio

    Base Experimental das

    Cincias Naturais;

    Transformaes

    Qumicas;

    Transformaes Bioqumicas

    Lab. Didticos, Bloco

    A e Bloco B e Bloco

    Alpha

    Luciana Martiliano

    Milena

    Edgard Gonalves

    Cardoso SP Soft (1) R$ 2.975,00

    Green

    Purificadores by

    Everest (2)

    R$ 2.899,00

    Magnata

    Refrigerao

    Ltda. (3)

    R$ 2.230,00 R$ 2.701,33 R$ 2.701,33

    2

    Visita tcnica e manuteno corretiva de

    mquina de gelo com substituio

    das peas e componentes danificados

    1 servio

    Base Experimental das

    Cincias Naturais;

    Transformaes

    Qumicas;

    Transformaes

    Bioqumicas

    Lab. Didticos, Bloco

    A e Bloco B e Bloco

    Alpha

    Luciana Martiliano

    Milena

    Edgard Gonalves

    Cardoso SP Soft (1) R$ 2.975,00

    Green

    Purificadores by

    Everest (2)

    R$ 2.899,00

    Magnata

    Refrigerao

    Ltda. (3)

    R$ 2.230,00 R$ 2.701,33 R$ 2.701,33

    3

    Visita tcnica e manuteno corretiva de

    mquina de gelo com substituio

    das peas e componentes danificados

    1 servio

    Base Experimental das

    Cincias Naturais;

    Transformaes

    Qumicas;

    Transformaes

    Bioqumicas

    Lab. Didticos, Bloco

    A e Bloco B e Bloco

    Alpha

    Luciana Martiliano

    Milena

    Edgard Gonalves

    Cardoso SP Soft (1) R$ 2.975,00

    Green

    Purificadores by

    Everest (2)

    R$ 2.899,00

    Magnata

    Refrigerao

    Ltda. (3)

    R$ 2.230,00 R$ 2.701,33 R$ 2.701,33

    >>Total R$ 8.104,00

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 36

    4.10 Licitao (Prego Eletrnico)

    Neste item ser apresentado um exemplo real de prego eletrnico, processo no

    qual realizamos a contratao de uma empresa para realizao dos servios de

    manuteno corretiva em algumas das mquinas de fabricar gelo da Universidade.

    Dados do prego:

    Prego eletrnico n 162/2014;

    Processo n 23006.001478/2014-14;

    Exclusivo para microempresa e empresa de pequeno porte e sociedades

    cooperativas a elas equiparadas.

    A Fundao Universidade Federal do ABC - UFABC, torna pblico para

    conhecimento dos interessados que na data, horrio e local indicados far realizar

    licitao na modalidade PREGO, na forma ELETRNICA, do tipo MENOR

    PREO TOTAL POR ITEM, conforme descrio contida neste Edital e seus

    Anexos. O procedimento licitatrio obedecer a Lei n. 10.520 de 17 de julho de

    2002, o Decreto 3.555, de 08 de agosto de 2000, o Decreto n. 5.450, de 31 de

    maio de 2005, o Decreto n. 3.722, de 09 de janeiro de 2001, a Lei Complementar

    n. 123, de 2006, o Decreto 6.204 de 05 de setembro de 2007; a Instruo

    Normativa SLTI/MPOG n. 02 de 30 de abril de 2008; a Instruo Normativa

    SLTI/MPOG n. 02 de 16 de setembro de 2009, a Instruo Normativa n 03 e 15 de

    outubro 2009 e a Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, subsidiariamente, a

    legislao correlata, e demais exigncias previstas neste Edital e seus Anexos.

    Data da abertura da sesso pblica: 22 de outubro de 2014

    Horrio: 10h00min (dez horas) - horrio de Braslia.

    Endereo: www.comprasgovernamentais.gov.br

    Encaminhamento da proposta e anexos: a partir da data de divulgao do edital no

    stio www.comprasgovernamentais.gov.br at a data e horrio da abertura da

    sesso pblica.

  • 37

    Motivao da Contratao: Fazer manuteno corretiva dos Equipamentos das

    mquinas de gelo em escama e cubo dos Laboratrios Didticos midos, a fim de

    se corrigir problemas devido quebra de peas e a queima das placas eletrnicas

    das mquinas supracitadas. A manuteno corretiva importante porque se as

    mquinas continuarem paradas ou com seu funcionamento comprometido, ir

    prejudicar muito os alunos de graduao que precisam de gelo para as disciplinas

    de Base Experimental das Cincias Naturais, Transformaes Qumicas,

    Transformaes Bioqumicas, entre outras. Tambm prejudicar os experimentos

    dos professores e, alm disso, as prprias mquinas, pois quanto mais tempo

    paradas, maior o grau de deteriorao.

    Benefcios diretos: Alunos, professores, tcnicos de laboratrios e pesquisadores

    que precisem de gelo para os experimentos nos laboratrios didticos midos,

    principalmente relacionados s disciplinas de Base Experimental das Cincias

    Naturais, Transformaes Qumicas, Transformaes Bioqumicas, entre outras.

    Tambm ir evitar que os equipamentos fiquem desligados por longos perodos, o

    que pode prejudicar permanentemente tais equipamentos.

    Benefcios Indiretos: Evitar que sejam realizadas novas compras de mquinas de

    gelo e tambm propiciar a possibilidade de implementao de uma cultura de

    manuteno na Universidade Federal do ABC.

    Objetivo da Contratao: Fazer com que as mquinas de gelo em escamas e cubo

    voltem a funcionar.

    Natureza do Servio: no-continuado

    Justificativa: O presente processo justifica-se pela necessidade de manuteno e

    provimento de condies normais de operao do referido objeto uma vez que o

    mesmo possui partes, peas e acessrios com ciclo de vida til que necessitam de

    assistncia tcnica especializada que realize uma interveno de maneira substituir

    as peas danificadas e colocar as mquinas em funcionamento.

    Especificaes tcnicas do item:

  • 38

    Item Cdigo CatSEr

    Descrio Unidade Valor

    estimado (R$)

    Valor total estimado

    (R$)

    1 2526-7

    Visita tcnica e manuteno corretiva de mquina de gelo com substituio das peas e componentes danificados conforme descrito: Mquina de Gelo em Escamas EGE 300 M, Patrimnio 041127(substituir placa eletrnica e 3 contatoras eltricas).

    Unid. R$

    1206,67 R$

    1206,67

    2 2526-7

    Visita tcnica e manuteno corretiva de mquina de gelo com substituio das peas e componentes danificados conforme descrito: Mquina de Gelo em Cubo EGC 100, Patrimnio 015579 (substituir placa eletrnica completa).

    Unid. R$ 736,67 R$ 736,67

    3 2526-7

    Visita tcnica e manuteno corretiva de mquina de gelo com substituio das peas e componentes danificados conforme descrito: Mquina de Gelo em Cubo EGC 50, Patrimnio 013031 (substituir placa eletrnica completa e vlvula de entrada de gua)

    Unid. R$ 758,00 R$ 758,00

    Valor Total R$

    2.701,34

    Quadro 10 - Especificaes tcnicas para prego eletrnico

    Fonte: Elaborado pelo autor

    4.11 Compras realizadas

    Para alguns itens foi obtido sucesso no processo de compra, tais quais

    retentores, capacitores e baterias. Esse sucesso proporcionou a execuo de servios

    de manuteno corretiva e desenvolvimento de outros projetos.

    Figura 25 Substituio de bateria para rob manipulador

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    Figura 26 - Bateria para rob manipulador

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

  • 39

    Figura 27 - Rob manipulador aps substituio de sua bateria

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    Tambm foi obtido xito na compra de elementos de fixao, transmisso

    e chapas de ao ASTM 1010/20, conforme pode-se verificar nas imagens da Figura 28

    e da Figura 29.

    Figura 28 Barras roscadas e ganchos comprados e utilizados em desenvolvimento de

    projeto

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

    Figura 29 Parafusos e chapas comprados e utilizados em desenvolvimento de projeto

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

  • 40

    Aps aquisio dos elementos de fixao, transmisso e chapas de ao ASTM

    1010/20, foi realizada a etapa de usinagem e montagem dos dispositivos de fixao

    dos dinammetros digitais aos motores eltricos. interessante ressaltar que

    anteriormente a fixao era realizada de modo manual por um aluno, tcnico de

    laboratrio ou docente -, auxiliado por um cabo de madeira (normalmente uma parte de

    um cabo de rodo ou vassoura), proporcionando condio insegura e ato inseguro. Alm

    disso, as medies realizadas pelo aparelho eletrnico estavam sujeitas a muitos erros,

    pois dependia exclusivamente de como o usurio do sistema manipulava o pedao de

    cabo para realizar a frenagem do motor e, assim, verificar o seu torque.

    Figura 30 - Aplicao do sistema de fixao do dinammetro digital

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 41

    Para finalizar a subseo relacionada s compras, no se pode deixar de

    mencionar uma das aquisies mais importantes para o projeto de implementao do

    grupo de manuteno. Ainda no ano de 2014, prximo ao momento de coleta de dados

    referente aos resultados, conseguimos uma maleta de ferramentas mecnicas, a qual

    certamente facilitar consideravelmente as futuras atividades da equipe. A maleta de

    ferramentas pode ser verificada na foto da Figura 31 e seus dados tcnicos encontram-

    se a seguir.

    Caixa sanfonada;

    Composta por 65 ferramentas;

    Cinco gavetas;

    Alas dobrveis;

    Pintura eletrosttica;

    Marca estampada numa das tampas;

    02 organizadores em plstico termo formado para soquetes e acessrios;

    Dimenses (Compr. X Larg. X Alt.): 545 x 220 x 260 mm;

    Marca: TRAMONTINA PRO;

    Figura 31 - Caixa de ferramentas

    Fonte: Arquivo pessoal do autor

  • 42

    5 RESULTADOS E DISCUSSO

    Para anlise dos resultados referentes ao projeto de implementao de

    manuteno nos Laboratrios Didticos Secos utilizamos o Diagrama SWOT, o

    Formulrio 5W2H, a Matriz GUT, o Diagrama de Causa e Efeito e o Plano de Ao

    SMART.

    Como base nessa anlise, foi possvel compreender o cenrio no qual se

    encontram as atividades de manuteno at o momento, alm de se obter uma viso

    holstica do sistema estudado.

    Para chegar a tal anlise, foi realizada uma pesquisa nos diversos laboratrios

    de graduao da Universidade Federal do ABC. Em seguida, foram coletados dados

    referente mquinas e equipamentos que deveriam sofrer interveno tcnica. A

    equipe envolvida foi muito bem recebida pelos chefes e tcnicos dos laboratrios, os

    quais colaboraram muito, cedendo dados dos equipamentos, permitindo que

    utilizassem o ambiente para tirarem fotos, realizarem pequenas intervenes, ajudando

    nos termos de movimentao, fornecendo informaes sobre como elaborar minutas

    de aquisio, termos de referncia, entre outros.

    Alm disso, foi possvel interagir com diversos colegas de trabalho, com os quais

    no havia muito contato. Foi percebida a expectativa de muitos deles com a

    possibilidade de serem realizados servios de manuteno corretiva e preventiva dos

    equipamentos.

    Como a pesquisa e coleta de dados histricos deve ser feita de forma confivel,

    sempre foi solicitado os manuais tcnicos dos equipamentos aos responsveis pelos

    laboratrios. Quando no possuam o manual fsico, era realizada uma busca em stios

    da internet.

    Tambm sempre foi solicitado o maior nmero possvel de informaes sobre os

    equipamentos, muitas vezes contando com histricos de manuteno, substituio de

    peas, entre outros. Em alguns casos houve muitas dificuldades em obter tais dados

    tcnicos, o que resultava em demora na realizao de alguns servios de manuteno.

    Como os dados dos equipamentos, os caminhos da soluo dos problemas

    foram priorizados. Conseguiu-se definir fluxos e ordenar a execuo dos servios.

    Muitas vezes houve problemas devido falta de ferramentas adequadas e de um

  • 43

    ambiente propcio para as atividades. Isso, em alguns casos, influenciava o

    cronograma de manuteno, prejudicando um pouco as atividades e forando a equipe

    a levar mais tempo para conclu-las.

    Quanto soluo de problemas, esta sempre foi estruturada nas ferramentas

    bsicas da qualidade. Muitas solues para desvios encontrados foram propostas

    atravs de um Brainstorming bem estruturado, seguido de um Diagrama de Causa e

    Efeito. So ferramentas relativamente simples, mas que quando bem utilizadas,

    proporcionam a capacidade de solucionar problemas complexos ou ao menos

    direcionar as iniciativas para a minimizao dos efeitos dos problemas. Nesse contexto

    importante ressaltar que a Universidade, representada pela SUGEPE, Diviso de

    Treinamentos, proporcionou equipe de manuteno, indiretamente, um grande

    suporte, visto que muitos dos cursos que a Universidade proporcionou aos servidores,

    tiveram seus contedos aplicados no desenvolvimento do projeto.

    Tendo como base o exposto acima, sero apresentados a seguir os resultados

    deste trabalho, embasado na aplicao das ferramentas da qualidade. Os resultados

    esto organizados em uma sequencia lgica, fundamentada em fatos e dados e tem

    por objetivo apresentar como foi localizada a causa fundamental dos problemas e quais

    foram as solues propostas.1

  • 44

    5.1 Diagrama SWOT aplicado

    ANLISE SWOT - CENRIOS

    FORAS AES PARA MANTER

    o As mquinas e equipamentos necessitam de manuteno;

    o Interesse da coordenao em implantar o plano;

    o Economia de recursos com o aumento da vida til dos equipamentos;

    o Excelncia do servio prestado pela Universidade.

    o Continuar realizando o levantamento de mquinas e equipamentos que necessitam de manuteno;

    o Demonstrar coordenao a importncia da manuteno para alcanarmos altos rendimentos nas aulas e pesquisas;

    o Apresentar dados relativos economia de recursos advinda da realizao de servios de manuteno.

    FRAQUEZAS AES PARA CORRIGIR

    o Demora na implementao do programa;

    o Tempo de adaptao dos servidores ao programa;

    o Conscientizar a comunidade acadmica da importncia dos servios de manuteno;

    o Integrar atividades de laboratrios com atividades de manuteno;

    o Realizar planejamento integrado entre todas as reas envolvidas.

    OPORTUNIDADES AES PARA APROVEITAR

    o Expanso dos laboratrios didticos secos no campus de Santo Andr

    o Reconhecimento por parte da Gesto no que se refere aos trabalhos dos tcnicos de laboratrio

    o Aumento da vida til dos equipamentos;

    o Expanso dos Laboratrios Didticos Secos nos dois campus da Universidade.

    o Novas possibilidades de chefias (distribuio de FGs);

    o Possibilidade de um ambiente dedicado aos servios de manuteno;

    o Tornar-se referncia para outros setores e tambm para outras instituies de ensino.

    AMEAAS AES PARA NEUTRALIZAR

    o Tempo de espera para a realizao de concursos para tcnicos especficos;

    o Impossibilidade de realocao dos tcnicos para dar suporte ao programa;

    o Tempo de espera para a realizao de concursos;

    o Tempo de espera para a contratao dos servidores com formao especifica;

    o Dificuldade em realizar novos concursos para fortalecer a equipe de trabalho;

    o Baixo interesse das empresas em participar dos preges eletrnicos referentes aos servios de manuteno.

    Quadro 11 - Diagrama SWOT do projeto de implementao do Grupo de Manuteno

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 45

    5.2 Caracterizao do problema utilizando formulrio 5W2H

    FORMULRIO 5W2H

    What? (O qu?)

    Manuteno corretiva e preventiva de mquinas, equipamentos, dispositivos e ferramentas dos Laboratrios Didticos Secos da Universidade Federal do ABC.

    Who? (Quem?)

    Tcnicos de laboratrio, reas de mecnica, mecatrnica, eletrnica, eletroeletrnica, eletrotcnica.

    Why? (Por qu?)

    Aumento da eficincia de mquinas, equipamentos, dispositivos e ferramentas dos Laboratrios Didticos Secos da Universidade Federal do ABC, aumentando a qualidade dos servios prestados.

    How? (Como?)

    Implementando um grupo competente em intervenes tcnicas relativas manuteno corretiva e manuteno preventiva.

    Where? (Onde?) When? (Quando?)

    Laboratrios Didticos Secos da Universidade Federal do ABC.

    14 meses para planejamento, implementao e anlise de resultados preliminares.

    How Much? How many? (Quanto?)

    Inicialmente no sero estipulado valores relativos economia de recursos.

    Quadro 12 - Formulrio 5W2H do projeto de implementao do Grupo de Manuteno

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 46

    5.3 Matriz GUT

    MATRIZ GUT

    DESCRIO IMPACTO

    GR

    AV

    IDA

    DE

    UR

    G

    NC

    IA

    TE

    ND

    N

    CIA

    RE

    SU

    LT

    AD

    O

    CL

    AS

    SIF

    ICA

    O

    Falta de treinamento dos servidores

    Impossibilita que o servidor realize uma interveno tcnica

    3 3 3 27 7

    Ausncia de fluxograma para realizao da manuteno

    Impossibilidade de estabelecer de maneira racional uma sequncia para realizao dos servios a

    serem prestados

    5 4 3 60 2

    Falta de motivao dos servidores

    Resultado no desinteresse dos servidores em realizar os servios

    3 4 2 24 9

    Ausncia de local prprio para realizao dos servios

    Resulta em desorganizao e impossibilita que mquina e

    equipamentos sejam consertados em um local adequado

    4 4 4 64 1

    Desorganizao dos locais onde os equipamentos

    danificados esto armazenados

    Impede que os servios sejam realizados com o mnimo de

    desperdcio de tempo possvel 4 4 2 32 6

    Inexistncia de ferramentas adequadas para realizao

    dos servios de manuteno

    Impede que os servios sejam realizados

    5 5 2 50 3

    Desorientao

    Faz com que os gestores, professores e tcnicos de outros

    laboratrios e reas no contemplados no projeto inicial de manuteno se sintam no direito

    de obrigar a equipe a realizar servios de manuteno

    5 5 2 50 4

    Ausncia de verba especfica

    Muitas vezes no h verba especfica para os servios de

    manuteno e, quando h, esta utilizada inadequadamente para

    comprar de insumos para os cursos de graduao

    5 5 1 25 8

    Ausncia de uma equipe especfica

    Atualmente alguns servios de manuteno preventiva e

    corretiva so realizados pela tcnicos de laboratrio, mas no

    como uma equipe especfica, dedicada a esta atividade

    5 5 2 50 5

    Quadro 13 - Matruz GUT do projeto de implementao do Grupo de Manuteno

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 47

    5.4 Diagrama Causa e