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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
Rafael Figueiredo Martins Dias
SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS PARA O SETOR PÚBLICO:
ESTUDO NA SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E
COORDENAÇÃO GERAL DE RONDÔNIA
PORTO VELHO2010
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RAFAEL FIGUEIREDO MARTINS DIAS
SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS PARA O SETOR PÚBLICO:
ESTUDO NA SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E
COORDENAÇÃO GERAL DE RONDÔNIA
Monografia apresentada à Universidade
Federal de Rondônia, como requisito final à
obtenção de título de graduação do curso de
Bacharelado em Administração.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Mariluce Paes de Souza
PORTO VELHO2010
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FICHA CATALOGRÁFICABiblioteca Central Prof. Roberto Duarte Pires
Bibliotecária Responsável: Eliane Gemaque / CRB 11-549
Dias, Rafael Figueiredo Martins.D541s
Sistema de informações gerenciais para o setor público: estudona Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral deRondônia. / Rafael Figueiredo Martins Dias. Porto Velho, Rondônia,2010.
98f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação emAdministração) – Departamento de Administração, Núcleo deCiências Sociais, Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho,Rondônia, 2010.
Orientadora: Prof a. Dr a. Mariluce Paes de Souza.
1. Sistema de Informações Gerenciais. 2. PlanejamentoGovernamental. 3. Administração Pública. 4. Orçamento Público. I.Título.
CDU: 351.72(811.1)
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RAFAEL FIGUEIREDO MARTINS DIAS
SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS PARA O SETOR PÚBLICO:ESTUDO NA SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E
COORDENAÇÃO GERAL DE RONDÔNIA
Monografia apresentada à Universidade
Federal de Rondônia, como requisito final à
obtenção de título de graduação do curso deBacharelado em Administração.
Data da aprovação: ______ / ______ / ______.
__________________________________________ Prof.ª Denise Andrade (Coordenadora do Curso)UNIR
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Prof.ª Dr.ª Mariluce Paes de Souza (Orientadora)UNIR
__________________________________________
Prof. Dr. Osmar SienaUNIR
__________________________________________
Prof.ª Ms. Clésia Maria de OliveiraUNIR
PORTO VELHO2010
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha esposa
Priscila, que com seu amor e dedicação tem
me incentivado a buscar um futuro melhor a
cada dia.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por ter iluminado meu caminho e por ter me dado forças
em todas as fases da minha jornada acadêmica e profissional.
Aos meus pais e aos meus irmãos, pela amizade e pelo incentivo em concluir
este curso.
A Prof.ª Dr.ª Mariluce Paes de Souza por sua valorosa orientação no
desenvolvimento deste trabalho, sem a qual, não poderia ter sido concluído.
Ao Prof. Roosevelt José Bastos que contribuiu de forma significativa para
minha formação ética e profissional.
Ao meu amigo e chefe Adm. Luciano dos Santos Guimarães que é uma das
pessoas mais humanas e inteligentes que já conheci na vida, por ter me incentivado
a ingressar no curso de administração e por colaborar a cada dia para o meu
desenvolvimento como pessoa e como profissional.
Ao amigo e ex-colega de trabalho Waldemar de Souza Lopes pela sua
confiança em substituí-lo na Gerência de Planejamento Governamental e por tudo
que tem me ensinado sobre administração pública e planejamento governamental.
Aos colegas de trabalho da Secretaria de Estado do Planejamento e
Coordenação Geral que de certa forma contribuíram direta ou indiretamente para a
conclusão deste trabalho.
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RESUMO
Conhecer as contribuições de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG) para aárea de planejamento governamental torna o processo de elaboração de políticaspúblicas mais eficaz e fortalece o conhecimento técnico e científico a respeito detecnologias contemporâneas na área de gestão. Este trabalho visou analisar acapacidade de planejamento de ações de governo pelos gestores públicos noâmbito do poder executivo do Estado de Rondônia. Apresenta-se uma revisão doestado da arte sobre o conceito de planejamento governamental e de sistemas deinformações gerenciais e outros arcabouços conceituais inerentes ao tema. Emseguida, realizou-se uma pesquisa quantitativa sobre os dados da execuçãoorçamentária e financeira de cada unidade orçamentária que compõe a estruturainstitucional do poder executivo. Com base nos dados levantados, estabeleceu-se
um indicador de desempenho denominado índice de execução financeira, que serviupara avaliar a capacidade de planejamento e de execução dos recursos públicos.Discutiu-se então, os resultados apresentados que foram classificados de acordocom o nível de dispersão em relação à otimização do gasto público e apresentadosem forma de tabelas e gráficos. Investigou-se quais as restrições que impedem oudificultam o planejamento e a execução das ações de governo nas unidadesorçamentárias que apresentaram maior distorção negativa na relação previstoversus realizado. De posse dessas informações, desenvolveu-se um banco dedados relacional com a seleção de variáveis específicas a respeito da série históricada despesa estadual, com o objetivo de se estabelecer uma base única econsolidada. Finalmente, propôs-se um modelo de SIG para o planejamento
governamental vinculado a essa base de dados.
Palavras-Chave: Sistema de Informações Gerenciais. PlanejamentoGovernamental. Administração Pública. Banco de Dados. Orçamento Público.
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ABSTRACT
The contributions of an Management System Information (MIS) for the area of government planning makes the process of policy-making more effectively andstrengthen the scientific and technical knowledge to about modern technology inmanagement. This study aimed to analyze the capacity planning of governmentactions by public managers in the executive power of the state of Rondonia. Itpresents a review the state of the art on the concept of planning government andmanagement information systems and other conceptual frameworks relating to thesubject. In Then there was a quantitative research on data on budget execution andfinancial details of each budget unit that makes up the institutional structureexecutive power. Based on survey data, established a performance indicator calledrate of financial execution, which was used to evaluate the capacity planning and
implementation of resources public. It was discussed then, the results presentedwhich were classified according to the level of dispersion regarding the optimizationof public expenditure and presented in form of tables and graphs. We investigatedwhich restrictions that prevent or hinder the planning and implementation of government actions in the budget units with higher negative distortion in therelationship expected versus realized. With this information, developed a relationaldatabase with selection specific variables about the series of the state spending, withthe aim of establishing a only and consolidated basis. Finally, proposed a modelMIS for governmental planning tied to this database.
Keywords: Management Information System. Planning Government. Public
Administration. Database. Public Budget.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Estrutura do Código de Classificação Institucional...............................32Figura 2 – Estrutura do Código de Classificação Funcional...................................33Figura 3 – Estrutura do Código da Natureza de Despesa.....................................36Figura 4 – Tela de Apresentação do SIAFEM.........................................................42Figura 5 – Base Legal do Processo de Planejamento Governamental...................47Figura 6 – Estrutura de Integração PPA/LOA/Execução/Avaliação........................53Figura 7 – Diagrama de Entidade/Relacionamento...............................................62Figura 8 – Exemplo de Consulta: Evolução Anual da Despesa por Função...........80Figura 9 – Exemplo de Consulta: Evolução Mensal da Despesa com Educação. . .82Figura 10 – Exemplo de Consulta: Despesa Liquidada por Órgão em 2009.........84Figura 11 – Tela do Modelo de SIG para o Planejamento Governamental............89
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Exemplo da Estrutura de Órgão e Unidade Orçamentária...................32 Tabela 2 – Categorias Econômicas.......................................................................36 Tabela 3 – Grupos de Natureza da Despesa.........................................................37
Tabela 4 – Modalidades de Aplicação...................................................................38 Tabela 5 – Elementos de Despesa........................................................................38 Tabela 6 – Fontes de Recursos do Estado de Rondônia........................................41 Tabela 7 – Entidades e Atributos..........................................................................60 Tabela 8 – Listagem das Restrições por Tipo, segundo a Natureza e Código.......64
Tabela 9 – Unidades Orçamentárias por Área de Abrangência............................67 Tabela 10 – Índice de Execução Financeira por Área de Abrangência..................69 Tabela 11 – Ranking do Índice Execução Financeira, por Unidade Orçamentária –
2009...............................................................................................................74 Tabela 12 – Análise de Restrições: Unidades Orçamentárias com baixos Índices
de Execução...................................................................................................77
Tabela 13 – Detalhamento dos Tipos de Restrições.............................................78 Tabela 14 – Evolução Anual da Despesa por Função, no Período 2006-2009, emMil Reais.........................................................................................................81
Tabela 15 – Evolução Mensal da Despesa com Educação, no Período 2007-2009,em Mil Reais...................................................................................................83
Tabela 16 – Despesa Liquidada por Órgão - 2009, em Mil Reais..........................85
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA AMBIENTAL..........70Gráfico 2 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA ECONÔMICA........70Gráfico 3 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA GESTÃO...............71Gráfico 4 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA INFRAESTRUTURA
.......................................................................................................................71Gráfico 5 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA INSTITUCIONAL.. .72Gráfico 6 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA SEGURANÇA........72Gráfico 7 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA SOCIAL................73Gráfico 8 – Participação % das Unidades Orçamentárias em relação ao .............75Gráfico 9 – Dispersão das Unidades Orçamentárias em Relação ao ....................76Gráfico 10 – Participação Percentual dos Tipos de Restrições das ......................78Gráfico 11 – Evolução Mensal da Despesa com Educação, no Período 2007-2009
.......................................................................................................................83Gráfico 12 – Participação % da Despesa Liquidada, por Órgão, em 2009...........86
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SUMÁRIO
FICHA CATALOGRÁFICA .................................................................................... 51.INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 12
Problematização ............................................................................................. 13Objetivos ........................................................................................................ 14
Objetivo geral........................................................................................ 14Objetivos específicos ............................................................................. 14
Justificativa ..................................................................................................... 15REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 16
Tecnologia da Informação (TI) ........................................................................ 17Sistema de Informação (SI) ............................................................................ 17Sistema de Informações Gerenciais (SIG) ...................................................... 19Planejamento Governamental........................................................................ 20
Plano Plurianual (PPA) ............................................................................ 22Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ................................................... 23Lei Orçamentária Anual (LOA) ................................................................ 23
Gestão Pública Orientada para Resultados .................................................... 25Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) .............................................................. 26Execução Orçamentária e Financeira ............................................................. 28Despesa Orçamentária ................................................................................... 30Estrutura da Despesa Orçamentária .............................................................. 31
Classificação institucional...................................................................... 31Classificação funcional........................................................................... 32Função 33Subfunção .............................................................................................. 33
Estrutura Programática .................................................................................. 34Programa ............................................................................................... 34Ação 35
Natureza da Despesa Orçamentária .............................................................. 35Categoria econômica ............................................................................. 36Grupo de natureza da despesa .............................................................. 37Modalidade de aplicação ........................................................................ 37Elemento de despesa ............................................................................. 38Fonte de recurso .................................................................................... 40
Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (SIAFEM) ................................................................................................. 41
A Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral de Rondônia (SEPLAN) ................................................................................................ 42Sistema de Planejamento Governamental (SIPLAG) .......................................44
PROCESSO DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL NO ESTADO DE RONDÔNIA ....46Processo de Elaboração do Plano Plurianual.................................................. 48Processo de Elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias .........................49Processo de Elaboração da Lei Orçamentária Anual......................................51Processo de Avaliação do Plano Plurianual..................................................... 52
METODOLOGIA DA PESQUISA ............................................................................... 55Delimitação do Estudo ................................................................................... 57População e Amostragem ............................................................................... 57Coleta e Organização dos Dados .................................................................... 58
Desenvolvimento de um banco de dados relacional..............................58Levantamento das principais restrições declaradas pelas unidades
orçamentárias na avaliação do Plano Plurianual 2009 ............... 63
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RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 66Análise Comparativa da Despesa Prevista versus Realizada ......................... 66
Estabelecimento do indicador de desempenho (índice de execuçãofinanceira) .................................................................................. 69
Ranking de execução financeira das unidades orçamentárias ...............73Análise das Restrições à Execução Orçamentária e Financeira ...................... 76Modelos de Informações Gerenciais ............................................................... 80Um Modelo de SIG para o Planejamento Governamental...............................86
Identificação da Infraestrutura do órgão central de planejamento doEstado de Rondônia ................................................................... 87
Prototipagem de um SIG para o planejamento governamental.............88Discussão sobre os Resultados ...................................................................... 90
CONCLUSÕES ....................................................................................................... 93REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 95APÊNDICE - Comparativo da Despesa Prevista X Executada, por Área e Unidade
Orçamentária, no período 2006-2009 ............................................................ 98
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1. INTRODUÇÃO
O tema escolhido para a realização desse trabalho está relacionado aoprocesso de modernização da administração pública, especificamente na área de
planejamento governamental. Para tanto, este trabalho propõe-se a demonstrar
como a adoção e a utilização de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG), no
âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral de
Rondônia, pode contribuir para uma melhor visualização e acompanhamento da
execução do orçamento estadual e ainda fornecer subsídios para o aperfeiçoamento
da capacidade de planejamento das ações de governo, principalmente no que diz
respeito à alocação e ao gasto dos recursos públicos.
Os primeiros passos desse estudo foram dados com a realização de um
estágio supervisionado na mesma secretaria, oportunidade em que se pôde dar
início ao desenvolvimento de um modelo de sistema de informações gerenciais
aplicado ao planejamento governamental do Estado de Rondônia.
A partir desse trabalho, foi possível observar que o sistema de planejamento
governamental brasileiro, previsto na Constituição Federal e ao qual todos os entes
da federação estão submetidos, possui todos os elementos necessários ao processo
de planejamento, acompanhamento, avaliação e controle das ações de governo.
Esses elementos são encabeçados pela Lei nº 4.320, de 17 de março de
1964, que dispõe sobre as normas gerais do direito financeiro no Brasil; e pela Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) que
garante a transparência quanto à aplicação dos recursos públicos, não permitindo
que os governantes gastem mais do que arrecadam; além de outros inúmeros
instrumentos legais, como os manuais de procedimentos contábeis, instruções
normativas e portarias expedidas tanto pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN),
que é o órgão central de planejamento no Brasil, quanto pelos órgãos de controle
externo (Tribunais de Contas) de cada ente federado.
Enfim, todos esses aparatos legais que tratam das finanças públicas e que
auxiliam os governantes a gerir de forma mais transparente os recursos públicos
trouxeram um novo modelo de comportamento no setor público que é o da gestão
responsável voltada para resultados.
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Portanto, o que se pretende com o desenvolvimento desse trabalho é utilizar
a tecnologia da informação a favor do processo de planejamento governamental, a
fim de se obter resultados ainda mais expressivos do ponto de vista da inteligência
na gestão pública. Contribuindo dessa forma no combate ao desperdício e à má
aplicação dos recursos que a população coloca à disposição dos governantes.
Problematização
A partir do advento da Tecnologia da Informação (TI) e da internet, o mundo
atual vivencia o que se denomina Sociedade da Informação ou Sociedade do
Conhecimento, onde todos os ramos da produção de bens e serviços convergem à
utilização de sistemas que melhorem tanto o desempenho quanto a qualidade dos
serviços prestados pelas organizações.
Nesse contexto, o governo democrático tem por responsabilidade a utilização
dessas tecnologias, e em especial os sistemas de informação, como instrumentos
de gestão pública de forma abrangente e eficiente.
O Governo do Estado de Rondônia vêm demonstrando avanços significativos
no uso da tecnologia da informação, prova disso é o incremento da receita estadualregistrado nos últimos anos, ocasionado, principalmente, pela implementação de
políticas de desenvolvimento de novas tecnologias e da fiscalização eletrônica.
No entanto, problemas ainda existentes em áreas estratégicas do governo,
como no planejamento governamental, dificultam a utilização da informação
disponível de forma sistemática, principalmente no controle do gasto público e,
consequentemente, na definição de políticas governamentais e na alocação de
recursos de forma eficiente.Dentre os problemas existentes destacam-se:
• Ausência de ferramentas que permitam análise dos dados da execução
orçamentária para auxiliar a visualização dos gargalos que afetam o
planejamento do gasto público;
• Falta de integração dos sistemas de planejamento e contabilidade, que
dificultam, portanto, a tomada de decisão;
•
Falta de pessoal qualificado para o planejamento de ações de governo ealocação de recursos orçamentários;
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• Subutilização de dados da execução orçamentária e financeira;
• Disponibilização da informação do gasto púbico de forma transparente ao
cidadão.
A partir do quadro de problemas, tanto em nível geral do setor público como
específico de TI, torna-se premente um estudo sobre a adoção de um modelo de
sistema de informações gerenciais que viabilize a adequada gestão da informação
do planejamento e do gasto público.
Finalmente, a partir destas considerações é possível estabelecer um
problema básico: quais as contribuições de um sistema de informações
gerenciais para o planejamento governamental no Estado de Rondônia?
A investigação a ser realizada sobre sistema de informações gerenciais e sua
utilização no processo de planejamento governamental no Estado de Rondônia,
possibilitará a resposta a esta questão, bem como contribuirá para a elaboração de
um modelo de SIG que pretende colaborar para o aprimoramento desse processo.
Objetivos
Objetivo geral
Avaliar as contribuições de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG) para
o processo de planejamento governamental no âmbito da Secretaria de Estado do
Planejamento e Coordenação Geral de Rondônia.
Objetivos específicos
• Descrever o processo de planejamento governamental no Estado de
Rondônia, levantando aspectos que contribuam para a elaboração de um
modelo de SIG;
• Levantar dados sobre a execução orçamentária e financeira do Governo do
Estado de Rondônia, com o intuito de formar um banco de dados único e
consolidado;
• Estabelecer um indicador de desempenho e um ranking da execuçãoorçamentária e financeira com base na relação da despesa prevista versus
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realizada, das unidades orçamentárias do Poder Executivo do Estado de
Rondônia;
• Verificar as restrições que impedem ou dificultam a execução orçamentária e
financeira das unidades orçamentárias que possuem a maior distorção
negativa em relação ao indicador de desempenho;
• Propor um modelo de sistema de informações gerenciais para acompanhar e
analisar dinamicamente os dados da execução orçamentária e financeira do
Poder Executivo do Estado de Rondônia.
Justificativa
Ao longo de sua existência, a administração pública brasileira, tem enfrentado
toda e qualquer tentativa de modernização. Essa resistência à mudança acaba
gerando uma incapacidade do setor público em dispor de ferramentas que auxiliam
o exercício da gestão, tanto na redução de custos, como no aperfeiçoamento da
capacidade de planejar a correta aplicação dos recursos públicos.
Apesar de já existirem casos de sucessos com a utilização de Sistemas de
Informações Gerenciais em diversas áreas da administração pública, com destaquepara a esfera federal, há um aparente atraso dos entes da federação menos
desenvolvidos – como é o caso do Estado de Rondônia – no que diz respeito à
utilização desse tipo de tecnologia.
Nesse sentido, este estudo propõe uma abordagem envolvendo os elementos
teóricos a respeito do sistema de planejamento governamental brasileiro e sua
aplicação prática com a utilização de um modelo de SIG.
O fornecimento de um modelo de SIG para aprimorar o processo deplanejamento governamental se torna, portanto, uma necessidade premente pelas
possibilidades tecnológicas que oferece e pelo novo enfoque dado à administração
pública voltada para resultados.
No entanto, para viabilizar um modelo de SIG que realmente atenda às
necessidades do planejamento governamental torna-se necessário conhecer o
funcionamento da estrutura que o modelo se propõe a atender.
Dessa forma, o interesse na estrutura de planejamento governamental sepauta pela importância do setor na definição e na avaliação das políticas e ações de
governo, que tendem a facilitar a modulação e a transparência dos gastos públicos,
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seus impactos diante dos programas setoriais e o desempenho do Estado e de seus
gestores.
O desenho de um modelo de SIG nessa área contribui para colocar em pauta
uma nova abordagem sobre a utilização da informação em prol da gestão e do
planejamento governamental, tanto em nível tecnológico como estrutural.
Em resumo tem-se como justificativas para o estudo:
• A importância dos serviços prestados pelo setor de planejamento
governamental que contribui para o desenvolvimento do processo de
elaboração de planos plurianuais, diretrizes e orçamentos, como instrumentos
administrativos para a melhoria da eficiência dos serviços públicos;
• O aprimoramento dos serviços prestados pelo setor público na área de
planejamento;
• A necessidade de um modelo de sistema que propicie a integração dos dados
para uma visão do todo e não de partes isoladas.
REFERENCIAL TEÓRICO
O tema Sistema de Informações Gerenciais tem sido largamente estudado e
possui ampla literatura disponível no mercado. Contudo, o que se percebe é que a
maioria das publicações está direcionada a iniciativa privada, com abordagens
específicas sobre vantagem competitiva e inteligência de negócios, principalmente
no processo industrial. Isso não quer dizer que tais abordagens não possam ser
aplicadas ao setor público, mas sim que há uma carência de obras mais específicas
de SIG para a gestão governamental.No entanto, apesar da escassez de obras bibliográficas é possível encontrar
facilmente, por meio de sistemas de buscas na internet, artigos, teses e estudos de
casos sobre sistemas de informação gerencial em organizações públicas.
Portanto, a construção deste trabalho será embasada em obras conceituadas
sobre a temática de SIG, mas pautadas na dimensão da organização pública.
Também serão utilizadas referências sobre os conceitos de gestão pública orientada
para resultados e sistemas de informação gerencial na administração pública.
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E por se tratar de um estudo sobre a utilização de um modelo de SIG no
âmbito do planejamento governamental, será considerada a legislação específica
sobre esse setor no Brasil e no Estado de Rondônia.
Por fim, para efeito de uniformização e entendimento desse estudo, alguns
conceitos merecem uma definição mais precisa: Tecnologia da Informação (TI);
Sistema de Informação (SI); Sistema de Informações Gerenciais (SIG);
Planejamento Governamental; e Gestão Pública Orientada para Resultados.
Tecnologia da Informação (TI)
Para Rezende (2007, p. 512) Tecnologia da Informação (TI) pode ser
conceituada como recursos tecnológicos e computacionais para guarda de dados,
geração e uso da informação e do conhecimento. Está fundamentada nos seguintes
componentes: hardware e seus dispositivos e periféricos; software e seus recursos;
sistemas de telecomunicações; gestão de dados e informações.
Laudon e Laudon (2008 p. 9) entendem que Tecnologia da Informação (TI) é
todo software e todo hardware de que uma empresa necessita para atingir seus
objetivos organizacionais. Isso inclui não apenas computadores, mas tambémsoftwares, como os sistemas operacionais ou as suítes de aplicativos para escritório.
Sistema de Informação (SI)
Um Sistema de Informação (SI) é um sistema cujo principal elemento é a
informação. Seu objetivo é armazenar, tratar e fornecer informações de tal modo a
apoiar as funções ou processos de uma organização. Laudon e Laudon (2008 p. 9) ,o definem da seguinte forma:
“Um sistema de informação, pode ser definido tecnicamente com umconjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ourecuperam), processam, armazenam e distribuem informaçõesdestinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e ocontrole de uma organização. Além de dar apoio à tomada dedecisões, à coordenação e ao controle, esses sistemas tambémauxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar
assuntos complexos e criar novos produtos.”
17
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Os autores afirmam ainda que os sistemas de informação contêm
informações sobre pessoas, locais e itens significativos para a organização ou para
o ambiente que a cerca. No caso, informação quer dizer dados apresentados em
uma forma significativa e útil para os seres humanos. Dados, ao contrário, são
sequências de fatos brutos que representam eventos que ocorrem nas organizações
ou no ambiente físico, antes de terem sido organizados e arranjados de uma forma
que as pessoas possam entendê-los e usá-los.
Para Rezende (2007 p. 509) todo sistema, usando ou não os recursos da
tecnologia da informação, que manipula e gera informação, pode ser genericamente
considerado sistema de informação. Independentemente de seu tipo, nível ou
classificação, os sistemas de informação têm como maior objetivo o auxílio nos
processos de tomada de decisões organizacionais.
Para Silva, Arídio (2005 p. 52), um Sistema de Informação (SI) pode ser
definido como um conjunto de procedimentos organizados que, quanto executados,
proveem informação de suporte à organização. Um SI em geral processa dados, de
maneira informatizada ou não, e os apresenta para os usuários, indivíduos ou
grupos, que são os responsáveis pela sua interpretação. A forma como se processa
essa interpretação, uma atividade inerentemente humana, é extremamenteimportante para a compreensão da reação da organização às saídas do sistema.
A introdução de um SI em uma organização provoca alterações simultâneas,
tanto em nível das relações da organização com o meio envolvente, se analisados
em termos de eficácia, quanto em nível de impactos internos na organização, se
analisados através da eficiência.
Portanto, pode-se afirmar sucintamente que um SI é um sistema que
transforma dados em informação.Para entender os sistemas de informação, é preciso compreender o tipo de
problemas que eles devem resolver, os elementos de sua arquitetura, o projeto e os
processos organizacionais que levam a essas soluções (Laudon e Laudon, 2008).
Dessa forma, uma organização pode ter vários tipos de sistemas de
informação, classificados de acordo com sua finalidade, são eles: sistemas de nível
operacional; sistemas de nível de conhecimento; sistemas de nível gerencial e
sistemas de nível estratégico.Os sistemas de nível operacional são aqueles que monitoram as atividades e
transações elementares da organização, direcionados aos procedimentos ditos
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rotineiros. Os sistemas de nível de conhecimento têm como finalidade auxiliar a
integrar novos conhecimentos e os negócios e auxiliar a controlar o fluxo de papéis.
Os sistemas de nível gerencial são projetados para monitoração, controle, tomada
de decisão e atividades administrativas dos gerentes médios. Sistemas de nível
estratégico auxiliam o gerente senior a planejar suas atividades e suportam
planejamento a longo prazo (Laudon & Laudon, 1996 apud Tait, 2000, p. 54).
O escopo deste trabalho são os sistemas de nível gerencial, mais
precisamente o sistema de informações gerenciais.
Sistema de Informações Gerenciais (SIG)
O termo sistema de informações gerenciais (SIG) designa uma categoria
específica de sistemas de informação que atendem aos gerentes de nível médio. Os
SIGs proporcionam relatórios sobre o desempenho corrente da organização. Com
essa informação, é possível monitorar e controlar a organização, além de prever seu
desempenho futuro (Laudon e Laudon, 2008).
Os SIGs usualmente atendem aos gerentes interessados em resultados
semanais, mensais e anuais, embora alguns deles permitam detalhar os dados embase diária ou horária, se necessário. Em geral, dão respostas a perguntas rotineiras
que foram especificadas anteriormente e cujo procedimento de obtenção é
predefinido.
Oliveira (1998) define o conceito de sistemas de informações gerenciais após
a apresentação da abordagem conceitual inerente a cada uma de suas partes, a
saber:
Sistema:
“É o conjunto de partes interagentes e interdependentes que,conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo eefetuam determinada função.”
Dado:
“É qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só
não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação”
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Informação:
“É o dado trabalhado que permite ao executivo tomar decisões”
Gerencial:
“É o processo administrativo (planejamento, organização, direção econtrole) voltado para resultados.”
Sistema de Informações Gerenciais (SIG):
“É o processo de transformação de dados em informação que sãoutilizadas na estrutura decisória da empresa, proporcionando, ainda,a sustentação administrativa para otimizar os resultados esperados.”
Para Sanches (2004 p. 333), um sistema de informações gerenciais deve ser
estruturado por uma organização para instituir e apoiar os seus processos decisórios
críticos (estratégicos), de modo a tornar disponíveis um conjunto de informações
selecionadas, organizadas de acordo com o seu ambiente operacional e segundo as
necessidades e preferências dos decisores.
Uma das principais funções dos SIGs é justamente auxiliar na separação das
informações relevantes das irrelevantes e na construção de modelos referenciais
para orientar escolhas em situações ambíguas, propiciando decisões com maior
efetividade.
As informações gerenciais têm a capacidade de prover insumos para análise,
planejamento e suporte à decisão. No caso de uma organização governamental
possibilitam, em nível tático e até mesmo estratégico, uma visualização do
desempenho de ações e programas de governo, comparando o desempenho atual
da organização com o que foi planejado.
Resumidamente, os SIG, desde que bem elaborados, servem, sobretudo,
para transformar informações em decisões.
Planejamento Governamental
Na atual Constituição Federal o planejamento constitui um dever legal para a
Administração Pública, conforme dispõe em seu artigo 174:
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“Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividadeeconômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de...,planejamento, sendo este determinante para o setor público eindicativo para o setor privado.
§1º - A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento dodesenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará ecompatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.”
A principal função do planejamento governamental é eleger as prioridades
que respondam aos anseios e carências da população, além de definir uma lógica
integrada e orientadora para o conjunto da ação governamental que deverão ser
realizadas dentro da capacidade financeira do Estado. Sanches (2004 p. 259) dá a
seguinte definição para planejamento governamental:
“Conjunto de ações integradas, situadas no tempo e no espaço, decaráter pragmático (devem ser objetivas, realistas e factíveis),orientadas para a ampliação do nível de conhecimento sobre arealidade presente, para a solução de problemas (apontados por diagnósticos ou antecipados por avaliações prospectivas) e para aimplementação de mudanças na realidade por meio do empregoracional e produtivo dos recursos. Em outras palavras, processoarticulado de definição de objetivos e de equacionamento dos meiospara atingi-los.”
Sanches (2004) ainda menciona que esse tipo de planejamento requer:
a) Previsões confiáveis, fundadas em adequado diagnóstico da realidade,
da evolução histórico dos fenômenos e de suas tendências;
b) A clara e seletiva definição dos objetivos, evitando delineamentos não
factíveis;
c) A quantificação dos resultados a obter em cada período de tempo;
d) O envolvimento dos altos escalões do Governo, de modo a garantir
implementabilidade às decisões;
e) A continuidade (a fim de que a experiência realimente e enriqueça o
processo);
f) A legitimação pelos ambientes internos (entidades do Governo) e
externo (instituições da sociedade).
Atualmente, o sistema de planejamento governamental que rege a
administração pública, tanto no nível federal, estadual ou municipal, compreende
três instrumentos principais: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes
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Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Esses instrumentos estão
previstos no artigo 165 da Constituição:
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:I - o plano plurianual;II - as diretrizes orçamentárias;III - os orçamentos anuais.”
Plano Plurianual (PPA)
O Plano Plurianual é um plano de médio prazo, instituído por lei específica de
autoria do Poder Executivo com duração de quatro anos. É elaborado no primeiroano de mandato do governante eleito, para a execução nos quatro anos seguintes.
Por meio desse plano a Administração Pública estabelece, de forma regionalizada,
as diretrizes, objetivos e metas que se pretende atingir.
A partir desse plano, o Governo é obrigado a planejar todas as suas ações e
também seu orçamento de modo a não ferir as diretrizes nele contidas, devendo,
portanto, efetuar investimentos somente em programas estratégicos previstos na
redação do PPA para o período vigente.Dessa forma, os investimentos cuja execução demande períodos superiores a
um exercício financeiro, só poderão ser iniciados se forem incluídos previamente no
PPA ou nele incluídos por lei específica. O Descumprimento deste preceito
caracteriza crime de responsabilidade fiscal.
O PPA é dividido em programas, e cada programa deve conter: objetivo,
órgão responsável pela sua execução, indicador que represente a situação que o
plano visa alterar, valor, prazo de conclusão, fontes de financiamento, necessidade
de bens e serviços, ações, regionalização do plano, entre outras variáveis.
Para cada programa é designado uma unidade setorial competente, mesmo
que durante a execução dos trabalhos outras unidades da esfera pública sejam
envolvidas. Também é designado um gerente específico para cada programa
previsto no Plano Plurianual, por determinação direta da Administração Pública.
Anualmente, é realizada uma avaliação do processo de andamento das
medidas estabelecidas no período quadrienal. Além de apresentar a situação atual
dos programas, a avaliação deve sugerir formas de evitar o desperdício de dinheiro
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público em ações não significativas. A partir dessa avaliação é que serão traçadas
as bases para a elaboração do orçamento anual.
Teoricamente todos os projetos do PPA são importantes e necessários, no
entanto, é necessário estabelecer quais deles possuem maior prioridade na sua
realização, essas prioridades são determinadas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO).
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
A Lei de Diretrizes Orçamentárias foi introduzida no sistema orçamentário
brasileiro pela Constituição de 1988. É um projeto de lei que o Executivo submete aoLegislativo, que tem como a principal finalidade orientar e estabelecer as regras para
a elaboração do orçamento do exercício seguinte.
Busca sintonizar a Lei Orçamentária Anual (LOA) com as diretrizes, objetivos
e metas da administração pública, estabelecidas no Plano Plurianual. Portanto, a
apresentação da LDO ao Legislativo, para sua aprovação ou rejeição, antecede a
remessa da Lei de Orçamento Anual LOA. De acordo com o parágrafo 2º do art. 165
da Constituição Federal, a LDO:• Compreenderá as metas e prioridades da administração pública, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente;
• Orientará a elaboração da LOA;
• Disporá sobre as alterações na legislação tributária; e
• Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.
A Constituição não admite a rejeição do projeto de lei de diretrizesorçamentárias, porque declara, expressamente, que a sessão legislativa não será
interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (art. 57,
§ 2º.).
Lei Orçamentária Anual (LOA)
É uma lei de natureza especial, que se aplica à União, aos Estados e aosMunicípios, por meio da qual são previstas as receitas e autorizadas as despesas
públicas, de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de
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trabalho do governo e os mecanismos de flexibilidade financeira que a
Administração fica autorizada a utilizar. Dessa forma, todas as receitas e despesas
são totalizadas formando o orçamento do Governo, pelo período de um ano.
A LOA deriva de um projeto de lei que é remetido ao Legislativo pelo Chefe
do Poder Executivo, onde é apreciado pelo parlamento e observado a estrutura e o
nível de detalhamento definido pela LDO do exercício. A LOA é essencial ao
funcionamento do setor público, por serem expressamente vedados, pelo art. 167,
da Constituição:
“Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na leiorçamentária anual;II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas
que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;"
O orçamento anual, portanto, visa concretizar os objetivos e metas propostas
no PPA, segundo as diretrizes estabelecidas pela LDO. A proposta da LOA
compreende os três tipos distintos de orçamentos da Administração Pública:
a) Orçamento Fiscal: compreende os poderes do Estado, os Fundos,Órgãos, Autarquias, inclusive as especiais e Fundações instituídas e mantidas pelo
Estado; abrange, também, as empresas públicas e sociedades de economia mista
em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto;
b) Orçamento de Seguridade Social: compreende todos os órgãos e
entidades a quem compete executar ações nas áreas de saúde, previdência e
assistência social, quer sejam da Administração Direta ou Indireta, bem como osfundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; e
c) Orçamento de Investimento das Empresas Estatais: previsto no inciso
II, parágrafo 5º do art. 165 da CF, abrange as empresas públicas e sociedades de
economia mista em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto.
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Gestão Pública Orientada para Resultados
A gestão pública orientada para resultados, grosso modo, é a adoção de um
modelo gerencial na administração pública. A introdução de um modelo gerencial no
setor público surgiu na segunda metade do século XX, a partir de um sentimento
antiburocrático e da crença, presente em boa parte da opinião pública, de que o
setor privado possuía o modelo ideal de gestão.
Foi neste contexto, com o avanço de uma ideologia privatizante somado à
escassez de recursos públicos e ao enfraquecimento do poder estatal, devido as
suscetíveis crises de dimensões econômicas e sociais, que o modelo gerencial se
implantou no setor público.Para responder ao esgotamento do modelo burocrático weberiano, foram
introduzidos, em larga escala, padrões gerenciais na administração pública,
inicialmente e com mais vigor em alguns países anglo-saxão (Grã-Bretanha,
Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia), e depois, gradualmente, na Europa
continental e Canadá (Abrucio, 1997).
Modelos de avaliação de desempenho, novas formas de controlar o
orçamento e serviços públicos direcionados aos anseios dos cidadãos, se tornaramparâmetros fundamentais a partir dos quais diversos países, de acordo com as
condições locais, modificaram as antigas estruturas administrativas.
É a partir deste processo que o modelo gerencial promete preencher um
vácuo teórico e prático, captando as principais tendências na opinião pública, entre
as quais se destacam o controle dos gastos públicos e a demanda pela melhor
qualidade dos serviços públicos (Abrucio, 1997).
Em suma, o modelo gerencial tem como eixo central o conceito deprodutividade “fazer mais como menos”. Essa busca de maior eficácia leva à
utilização cada vez maior de mecanismos próximos aos de mercado, à introdução de
métodos modernos de gestão e à ênfase em recursos baseados na tecnologia da
informação.
No Brasil, a ênfase à administração por resultados se deu com a reforma
administrativa, encaminhada ao Congresso Nacional em agosto de 1995, que
caracterizou a transformação da administração pública brasileira de burocrática em
gerencial.
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Com a reforma constitucional de 1988 que instituiu o Plano Plurianual (PPA)
como principal instrumento de planejamento de médio prazo do governo brasileiro, o
primeiro PPA elaborado, para o período de 1991-1995, teve como objetivo principal
cumprir apenas a exigência constitucional.
Após a edição do Plano Real, em 1994, que trouxe a estabilidade econômica
e que viabilizou a retomada do planejamento governamental em novas bases, foi
elaborado no primeiro mandato do governo FHC, o PPA 1996-1999, que introduziu
novos conceitos de planejamento federal: os eixos nacionais de integração e
desenvolvimento, como referência espacial do desenvolvimento, e os projetos
estruturantes, essenciais para as transformações desejadas no ambiente econômico
e social. O Programa Brasil em Ação agregou ao Plano o gerenciamento de
empreendimentos estratégicos.
Em seguida, o PPA 2000-2003 introduziu na administração pública federal a
gestão por resultados. Entre as suas principais inovações destacam-se a adoção do
programa como unidade de gestão, a integração entre plano, orçamento e gestão, o
fortalecimento do conteúdo estratégico por meio do estudo dos eixos, bem como o
gerenciamento e a avaliação de desempenho em todos os programas do governo
federal.Esse modelo empregado pela União foi normatizado para todos os entes da
federação por meio da Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do MOG e da Portaria
Interministerial STN/SOF nº 163, de 04 de maio de 2001.
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)
A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, tem como finalidadeprincipal estabelecer normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade
na gestão fiscal. Para (Sanches, 2004 p. 205) é um Instrumento básico de
implementação de um novo modelo de comportamento no setor público,
considerada um verdadeiro código de conduta para os administradores públicos do
Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público de todo país. Seu fundamento
está na premissa de ser danoso ao interesse público que o governo gaste mais do
que efetivamente arrecada.
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Essa Lei Complementar, também conhecida pelos designativos “LRF” e “LC
101,” promove a sistematização de modernas normas de gestão fiscal com o
objetivo de combater os déficits fiscais e de limitar a tomada de decisões que sejam
gravosas para administrações futuras por governantes populistas ou em final de
mandato.
Em outras palavras, é uma lei que articula normas para a “gestão fiscal
responsável”, ou seja, que impõe aos governantes normas e limites para a boa
administração das finanças públicas – entre as quais se incluem, com destaque, as
fixadas no seu art. 11, sobre a responsabilidade que tem cada ente da Federação na
instituição e no desenvolvimento de esforços efetivos para a arrecadação de todos
os tributos de sua competência – bem como, que fixa deveres de prestação de
contas aos cidadãos sobre como arrecadam e gastam os recursos da sociedade.
No substrato dessa lei se acham implícita a mudança do paradigma de
gestão, com ênfase no planejamento da ação governamental, na fixação de metas e
no incentivo a que os gestores deem maior transparência às suas prestações de
contas e ênfase na maximização (quantitativa e qualitativa) dos resultados.
Para tanto preconiza que o planejamento governamental deve estabelecer
metas expressivas e significativas para orientar a atuação dos executores e basear as ações de controle (inclusive o acompanhamento com vistas à adoção de medidas
corretivas durante a execução) e de avaliação posterior.
Instituída para atender os imperativos da Constituição, a LRF resultou de um
amplo processo de aprimoramento, pelo Congresso Nacional, do projeto
apresentado pelo Poder Executivo sob a inspiração de modelos adotados em países
da União Europeia (“Tratado de Maastrich”), nos Estados Unidos (“Budget
Enforcement Act ”) e na Nova Zelândia (“Fiscal Responsability Act ”), todos centradosna busca de disciplina fiscal pelos governos e na consolidação das práticas de
“accountability ”.
Nesse contexto, a LRF representa um instrumento para auxiliar os
governantes a gerir os recursos públicos dentro de um marco de regras claras e
precisas, aplicadas a todos os gestores de recursos públicos e em todas as esferas
de governo, relativas à gestão da receita e da despesa públicas, ao endividamento e
à gestão do patrimônio público. Além disso, a Lei consagra a transparência dagestão como mecanismo de controle social, através da publicação de relatórios e
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demonstrativos da execução orçamentária, apresentando ao contribuinte a utilização
dos recursos que ele coloca à disposição dos governantes.
O que a LRF pretende é fortalecer o processo orçamentário como peça de
planejamento, prevenindo desequilíbrios indesejáveis. Além disso, a Lei pretende
ser um instrumento de representação do compromisso dos governantes com a
sociedade.
Execução Orçamentária e Financeira
A execução orçamentária muitas vezes é confundida com a execução
financeira, o que é aceitável uma vez que as duas ocorrem concomitantemente, ou
seja, a execução orçamentária está diretamente relacionada à execução financeira.
Havendo orçamento e não existindo o financeiro, a despesa não poderá ocorrer. Da
mesma maneira que pode haver recurso financeiro, mas não se poderá gastá-lo,
caso não haja disponibilidade orçamentária.
Dessa forma, a execução orçamentária pode ser definida como a utilização
dos créditos consignados no orçamento ou Lei Orçamentária Anual (LOA). Enquanto
que a execução financeira, por sua vez, representa a utilização de recursos
financeiros, visando atender à realização das ações atribuídas às unidades
orçamentárias.
Na técnica orçamentária há inclusive um hábito de se fazer a distinção entre
as palavras crédito e recursos. Utiliza-se o termo crédito para designar a parte
orçamentária e recursos para a parte financeira. Crédito e recurso são, portanto,
duas faces de uma mesma moeda. O crédito é orçamento, dotação ou autorização
de gasto ou sua descentralização, e recurso é financeiro, dinheiro ou saldo dedisponibilidade bancária.
Todo o processo orçamentário tem sua obrigatoriedade estabelecida na
Constituição Federal, artigo165, que determina a necessidade do planejamento das
ações de governo por meio do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Após a publicação da LOA, observadas as normas de execução orçamentária
e de programação financeira do Estado estabelecidas para o exercício, asinformações orçamentárias são lançadas no Sistema Integrado de Administração
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Financeira para Estados e Municípios (SIAFEM) pela Secretaria de Estado do
Planejamento. Os lançamentos são feitos por intermédio da geração de um
documento denominado Nota de Dotação (ND), que cria o crédito orçamentário. A
partir de então, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita.
“Executar o Orçamento é, portanto, realizar as despesas públicas
nele previstas e só essas, uma vez que, para que qualquer utilização
de recursos públicos seja efetuada, a primeira condição é que esse
gasto tenha sido legal e oficialmente previsto e autorizado pela
Assembleia Legislativa e que sejam seguidos à risca os três estágios
da execução das despesas previstos na Lei nº 4320/64: empenho,
liquidação e pagamento.” (FERREIRA, 2010, p. 14)
O empenho é o primeiro estágio da despesa, é um ato de origem de
autoridade competente que cria uma obrigação de pagamento para o Estado,
pendente ou não, de condição de implementação. Nesse estágio utiliza-se o
SIAFEM para gerar o documento Nota de Empenho (NE), por meio de comando
específico denominada NE, destinada a registrar o comprometimento de despesa
orçamentária. É importante salientar que há uma diferença entre empenho da
despesa e nota de empenho. A nota de empenho é a materialização do empenho,
embora, na prática haja uma convergência dos dois procedimentos em um único.
Entretanto, mesmo a despesa estando legalmente empenhada, o Estado não
se vê obrigado a efetuar o pagamento, uma vez que, a condição de implementação
poderá estar concluída ou não. Isso é necessário, porque a Lei 4.320/64 determina
que o pagamento de qualquer despesa pública, seja ela de qualquer valor, passe
pela apreciação da liquidação. É nesse segundo estágio da execução da despesaque deve ser cobrada a entrega dos bens ou prestação dos serviços, ou ainda, a
realização da obra, evitando-se, dessa forma, que o pagamento seja realizado sem
que todas as condições sejam atendidas.
Dessa forma, o segundo estágio da despesa pública é a liquidação, que pode
ser conceituado como a verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base
os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, ou seja, é necessário
que o credor comprove que cumpriu todas as obrigações constantes do empenho.A finalidade desse estágio é reconhecer ou apurar a origem e o objeto do que
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se deve se pago, o valor exato a pagar e a quem se deve pagar para extinguir a
obrigação. Esse procedimento é efetuado no SIAFEM por meio do documento Nota
de Lançamento (NL). Envolve, portanto, todos os atos de verificação e conferência,
desde a prestação do serviço ou entrega do material até o reconhecimento da
despesa. Ao entregar material ou prestar o serviço, o credor deve apresentar a
fatura, nota fiscal, ou conta correspondente, anexada à primeira via da nota de
empenho, devendo o servidor competente atestar, no verso da nota fiscal, fatura ou
conta, a prestação do serviço ou o recebimento do material,
O pagamento é o último estágio da despesa e consiste na entrega do dinheiro
ao credor do Estado, extinguindo dessa forma o débito ou obrigação. Esse
procedimento é efetuado normalmente pela departamento financeiro, mediante
registro no SIAFEM do documento Ordem Bancária (OB), que deve ter como
favorecido o credor do empenho. O pagamento é efetuado normalmente por meio de
crédito em conta bancária do favorecido.
Caso haja valor pago indevidamente ou a maior, sua devolução aos órgãos
públicos deverá ocorrer no mesmo exercício financeiro, mediante crédito à conta
bancária da unidade orçamentária que efetuou o pagamento. Se a devolução for
efetuada em outro exercício, o crédito deverá ser restituído ao Tesouro Estadual por meio de Documento de Arrecadação Estadual (DARE).
Despesa Orçamentária
A Portaria Conjunta STN/SOF nº 3, de 15 de outubro de 2008 publicou o
Manual de Despesa Nacional Aplicado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios, esse manual visa proporcionar maior transparência às despesaspúblicas, como parte do esforço de padronizar os procedimentos contábeis nos três
níveis de governo, de forma a garantir a consolidação das contas exigidas na Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
O processo de padronização nacional da despesa pública iniciou-se com a
edição da Portaria MOG nº 42, de 14 de abril de 1999, que atualiza a discriminação
da despesa por funções e estabelece conceitos de função, subfunção, programa,
projeto, atividade e operações especiais; e com a Portaria Interministerial STN/SOFnº 163, de 4 de maio de 2001, que dispõe sobre normas gerais de consolidação das
contas públicas.
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O Manual de Despesa Nacional tem como objetivo iniciar o processo de
consolidação dos conceitos, regras e procedimentos relativos à despesa no setor
público, por meio da harmonização, com o estabelecimento de padrões a serem
observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, permitindo a
evidenciação e a consolidação das contas públicas em nível nacional.
Para cumprimento do objetivo de padronização dos procedimentos contábeis,
o Manual observa as disposições do Conselho Federal de Contabilidade relativas
aos Princípios Fundamentais de Contabilidade e as demais normatizações
orientadoras do exercício do profissional de contabilidade.
A despesa assume fundamental importância na Administração Pública por
estar envolvida em situações singulares como o estabelecimento de limites legais
impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar nº 101/2000.
Dessa forma, o Manual subsidia a realização de estudos e análises acerca da
qualidade do gasto público e do equilíbrio fiscal das contas públicas.
No conceito de despesa orçamentária, dado pelo Manual da Despesa
Nacional, o orçamento é um instrumento de planejamento de qualquer entidade,
pública ou privada, e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em
determinado período. Dessa forma, despesa ou dispêndio orçamentário é fluxo quederiva da utilização de crédito consignado no orçamento da entidade, podendo ou
não diminuir a situação líquida patrimonial.
O Manual ainda classifica a Despesa Orçamentária Pública como aquela que
é executada por entidade pública e que depende de autorização legislativa para sua
realização, por meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos Adicionais,
pertencendo ao exercício financeiro da emissão do respectivo empenho.
Estrutura da Despesa Orçamentária
Classificação institucional
A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos
créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão
orçamentário e unidade orçamentária. Constitui unidade orçamentária o
agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão
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consignadas dotações próprias (artigo 14 da Lei nº 4.320/1964). As dotações são
consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das ações.
No caso do Governo do Estado de Rondônia, o código da classificação
institucional (Figura 1) compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros
reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária.
Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária
Figura 1 – Estrutura do Código de Classificação Institucional
Uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma
estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e
com a Unidade Orçamentária “Recursos sob a Supervisão da SEFIN”. A Tabela 1
exemplifica a classificação institucional do Estado de Rondônia.
Tabela 1 – Exemplo da Estrutura de Órgão e Unidade Orçamentária
Órgão Unidade Orçamentária
14.001 Secretaria de Estado de Finanças
14.020Departamento de Estrada de Rodagem eTransportes do Estado de Rondônia
14.021Departamento de Obras e ServiçosPúblicos
Fonte: Governo do Estado de Rondônia. Lei nº 2.210, de 21de dezembro de 2009 (LOA 2010)
14Secretaria de Estado deFinanças
Classificação funcional
A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e
subfunções, buscando responder basicamente à indagação “em que” área de ação
governamental a despesa será realizada.
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril
de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta de um rol de
funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos
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por área de ação governamental nas três esferas de Governo. Trata-se de
classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação nacional dos
gastos do setor público.
A classificação funcional é representada por cinco dígitos (Figura 2). Os dois
primeiros referem-se à função, enquanto que os três últimos dígitos representam a
subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de
atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária.
Função Subfunção
Figura 2 – Estrutura do Código de Classificação Funcional
Função
A função é representada pelos dois primeiros dígitos da classificação
funcional e pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas
de atuação do setor público. A função se relaciona com a missão institucional do
órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que, no Estado de Rondônia,
guarda relação com as respectivas Secretarias.
Subfunção
A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional,
representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar
cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado
subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se
aglutinam em torno das funções.
As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas àsquais estão relacionadas na Portaria MOG nº 42/1999. Existe ainda a possibilidade
de matricialidade na conexão entre função e subfunção, ou seja, combinar uma
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função com qualquer subfunção. Deve-se adotar como função aquela que é típica ou
principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra, é classificada
em uma única função, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a
especificidade de cada ação governamental. A exceção à matricialidade encontra-se
na função 28 – Encargos Especiais e suas subfunções típicas que só podem ser
utilizadas conjugadas.
Estrutura Programática
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a
realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o
período de quatro anos. Conforme estabelecido no artigo 3º da Portaria MOG nº
42/1999, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em
atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os
conceitos e determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus
trabalhos organizados por programas, mas cada um estabelecerá sua estrutura
própria de acordo com a referida Portaria.
Programa
Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que
articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo
comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à
solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou
demanda da sociedade.O programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. O
plano termina no programa e o orçamento começa no programa, o que confere a
esses instrumentos uma integração desde a origem. O programa, como módulo
integrador, e as ações, como instrumentos de realização dos programas.
A organização das ações do governo sob a forma de programas visa
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a
visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos.
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Cada programa deve conter objetivo, indicador que quantifica a situação que
o programa tenha como finalidade modificar e os produtos (bens e serviços)
necessários para atingir o objetivo. A partir do programa são identificadas as ações
sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os
respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela
realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um
produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta.
Ação
As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que
contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no
conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da
federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções,
auxílios, contribuições, doações, entre outros, e os financiamentos.
As ações, conforme suas características podem ser classificadas como
atividades, projetos ou operações especiais.
a) Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar oobjetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se
realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou
serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo:
“Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros
Privados de Assistência à Saúde”.
b) Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo
de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo,das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o
aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: “Implantação da rede
nacional de bancos de leite humano”.
c) Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção,
expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta
um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou
serviços.Natureza da Despesa Orçamentária
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Os artigos 12 e 13 da Lei nº 4.320/1964, tratam da classificação da despesa
orçamentária por categoria econômica e elementos. O artigo 8º estabelece que os
itens da discriminação da despesa orçamentária mencionados no artigo 13 serão
identificados por números de código decimal, na forma do Anexo IV daquela Lei,
atualmente consubstanciados na Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de
maio de 2001, e constantes no Manual de Despesa Nacional.
O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária
forma um código estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a
modalidade de aplicação e o elemento. Essa estrutura deve ser observada na
execução orçamentária de todas as esferas de governo. O código da natureza de
despesa orçamentária é composto por seis dígitos (Figura 3), desdobrado até o nível
de elemento.
Figura 3 – Estrutura do Código da Natureza de Despesa
Categoria econômica
A despesa orçamentária é classificada em duas categorias econômicas,
conforme especificado na Tabela 2.
Tabela 2 – Categorias Econômicas
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1º Nível: Categoria Econômica
2º Nível: Grupo de Despesa
3º Nível: Modalidade de Aplicação
4º Nível: Elemento de Despesa
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Código Descrição
03 Despesas Cor rentes
04 Despesas de Capital
Fo nte: Manual da Despesa Nacional. 1ª Edição. P ortaria Conjunta
STN/SOF nº 3, de 2008.
3 – Despesas Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas
que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de
capital.
4 – Despesas de Capital: classificam-se nessa categoria aquelas despesas
que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
Grupo de natureza da despesa
É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características
quanto ao objeto de gasto, conforme discriminação da Tabela 3.
Tabela 3 – Grupos de Natureza da Despesa
Código Descrição
01 Pessoal e Encargos Sociais
02 Juros e Encargos da Dívida
03 Outras Despesas Correntes
04 Inv estimentos
05 Inversões Financeiras
06 Amortização da Dív ida
09 Reserva de Cont ingênc ia
Fo nte: Manual da Despesa Nacional. 1ª Edição. P ortaria ConjuntaSTN/SOF nº 3, de 2008.
Modalidade de aplicação
A modalidade de aplicação tem por finalidade indicar se os recursos são
aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera deGoverno ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva,
precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos
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transferidos ou descentralizados. Também indica se tais recursos são aplicados
mediante transferência para entidades privadas sem fins lucrativos, outras
instituições ou ao exterior. A Tabela 4 descreve os tipos de modalidade de
aplicação.
Tabela 4 – Modalidades de Aplicação
Código Descrição
20 Transferênc ias à União
30 Transferências a Estados e ao Distrito Federal
40 Transferências a Municípios
50 Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos
60 Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos70 Transferências a Instituições Multigovernamentais Nacionais
80 Transferências ao Exterior
90 Aplicações Diretas
91Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e EntidadesIntegrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social
99 A Classif icar
Fo nte: Manual da Despesa Nacional. 1ª Edição. P ortaria Conjunta STN/S OF nº 3, de 2008.
Elemento de despesa
Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e
vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados
sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e
material permanente, auxílios, amortização e outros que a administração públicautiliza para a consecução de seus fins, conforme códigos definidos no Manual de
Despesa Nacional (Tabela 5).
Tabela 5 – Elementos de Despesa
(Continua)
Código Descrição
01 Aposentador ias e Reformas
03 Pensões
(Continuação)
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Código Descrição
04 Contratação por Tempo Determinado
05 Outros Benefícios Previdenciários
06 Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso
07 Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência08 Outros Benefícios Assistenciais
09 Salár io-Família
10 Outros Benefícios de Natureza Social
11 Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil
12 Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Militar
13 Obrigações Patronais
14 Diárias – Civ il
15 Diárias – Militar
16 Outras Despesas Variáveis – Pessoal Civil
17 Outras Despesas Variáveis – Pessoal Militar
18 Auxílio Financeiro a Estudantes
19 Auxílio-Fardamento
20 Auxílio Financeiro a Pesquisadores
21 Juros sobre a Dívida por Contrato
22 Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato
23 Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária
24 Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária
25 Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita
26 Obrigações decorrentes de Política Monetária
27 Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares
28 Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos
30 Material de Consumo
31 Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas e Outras
32 Material de Distribuição Gratuita
33 Passagens e Despesas com Locomoção
34 Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização
35 Serviços de Consultor ia
36 Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física
37 Locação de Mão-de-Obra
38 Arrendamento Mercant il
39 Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica
41 Contribuições
42 Auxílios
43 Subvenções Soc iais
45 Equalização de Preços e Taxas
46 Auxílio-A limentação
47 Obrigações Tributárias e Contributivas
(Conclusão)
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Código Descrição
48 Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas
49 Aux ílio-Transpor te
51 Obras e Ins talações
52 Equipamentos e Material Permanente61 Aquis ição de Imóveis
62 Aquisição de Produtos para Revenda
63 Aquisição de Títulos de Crédito
64 Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado
65 Constituição ou Aumento de Capital de Empresas
66 Concessão de Empréstimos e Financiamentos
67 Depósitos Compulsórios
71 Principal da Dívida Contratual Resgatado
72 Principal da Dívida Mobiliária Resgatado
73 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada
74 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada
75Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por Antecipação daReceita
76 Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado
77 Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado
81 Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas
92 Despesas de Exercícios Anteriores
93 Indenizações e Restituições
94 Indenizações e Restituições Trabalhistas
95 Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo
96 Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado
99 A Classif icar
Fo nte: Manual da Despesa Nacional. 1ª Edição. P ortaria Conjunta STN/SOF nº 3, de 2008.
Fonte de recurso
O código de destinação da fonte de recursos atua como um mecanismointegrador entre a receita e despesa, exercendo um duplo papel na execução
orçamentária. Na receita orçamentária, esse código indica os recursos que serão
utilizados para a realização de determinadas despesas orçamentárias, enquanto que
na despesa orçamentária identifica a origem dos recursos que estão sendo
utilizados.
Dessa forma, o mesmo código é utilizado para controle das destinações das
receitas e das fontes que financiam a despesa orçamentária. No Estado deRondônia, a codificação utilizada para controle das fontes de recursos é definida na
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, conforme especificado na Tabela 6.
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Tabela 6 – Fontes de Recursos do Estado de Rondônia
Código Descrição
100 Recursos do Tesouro
116 Contrapartida do Estado
118 Recursos do Tesouro FUNDEB
119 Recursos de Contingenciamento Especial
201 Cota-Parte do Fundo de Justiça - FUJU
202 Cota-Parte FUNRESPOL
203 Cota-Parte FUNRESPOM
205 Cota-Parte FEPRAM
207 Cota-Parte Compensação Financeira Recursos Hídricos
208 Cota-Parte Salário Educação
209 Sistema Único de Saúde
212 Convênios e Outras Transferências Federais
215 Operações de Crédito Interna e Externa
220 Transferencia Financeira da União p/ Desporto lei 90615-98221 Cota-Parte FES
222 Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
223 Fundo Nacional de Assistência Social
226 Cota-Parte FUNESBOM
227 Cota-Parte FUNDIMPER
228 Cota-Parte FITHA
229 Cota-Parte da CIDE
240 Recursos Diretamente Arrecadados pelas Entidades
243 Recursos conveniados diretamente pela Administração Indireta
244 Contra Partida de Convênios da Administração Indireta
Fonte: SIAFEM
Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e
Municípios (SIAFEM)
O Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios -
SIAFEM, é um sistema desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de
Dados - SERPRO, para otimizar e uniformizar a execução orçamentária, financeira,
patrimonial e contábil, de forma integrada, minimizando os custos, obtendo maior
transparência e eficiência na gestão dos recursos públicos.
A concepção do SIAFEM baseia-se na Lei N.º 4.320, de 17 de março de
1964, que trata das normas gerais de direito financeiro e da contabilidade pública,
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bem como na Lei N.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que dispõe sobre as
Sociedades por Ações.
Uma das principais vantagens do SIAFEM é poder fornecer a qualquer
momento todas as demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras das
unidades integrantes do sistema, devidamente atualizadas, até a data da solicitação,
podendo ser efetuadas consultas variadas. Tendo-se, ainda, como característica,
sua abrangência.
O Governo do Estado de Rondônia, por meio da Lei nº 946, de 20 de
dezembro de 2000, que dispõe sobre a implantação do SIAFEM, determinou a
integração de toda a Administração Direta e Indireta nesse sistema, com terminais
ligados diretamente a um computador central, localizado na SEPLAN. Atualmente,
por disposição legal, Lei de Diretrizes Orçamentárias, todos os Órgãos que integram
o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social no Estado, devem, obrigatoriamente, de
forma total, executar o seu orçamento por meio do SIAFEM.
Figura 4 – Tela de Apresentação do SIAFEM
A Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral de
Rondônia (SEPLAN)
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A Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral (SEPLAN) é
um órgão do setor público da estrutura do Poder Executivo do Estado de Rondônia,
sua criação tem por base a função do Planejamento Governamental, que ainda
como Território Federal, fazia parte da Secretaria de Governo, como setor de
Planejamento, Orçamento, Organização e Métodos.
Após a criação do Estado de Rondônia, através da Lei Complementar nº 41,
de 22 de dezembro 1981, o art.16 do 1º Decreto-Lei, de 31 de dezembro de 1981, foi
criada a Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral, tendo como
finalidades as atividades relativas ao planejamento global, programação, orçamento,
acompanhamento e avaliação de programas, projetos e atividades, e a
modernização administrativa; treinamento e desenvolvimento de estudos, pesquisa e
estatística orientados para o planejamento; articulação com os municípios;
processamento eletrônico de dados; e outras atividades correlatas.
A Lei Complementar n° 224, de 4 de janeiro de 2000, modificou a organização
administrativa do Poder Executivo Estadual, e consequentemente, a estrutura
organizacional da SEPLAN. A secretaria passou a ter como responsabilidade as
atividades inerentes ao Sistema de Administração, absorvendo em suas
competências, as atividades de Recursos Humanos, Apoio Administrativo e Controlede Material e de Patrimônio, por meio das Coordenadorias Gerais, subordinadas à
secretaria. Essa junção fez com que fosse alterado o nome da Secretaria de
Planejamento e Coordenação Geral (SEPLAN), para Secretaria de Planejamento,
Coordenação Geral e Administração (SEPLAD).
Com a aprovação da Lei Complementar nº 327, de 13 de dezembro de 2005,
a SEPLAD volta a chamar-se SEPLAN, tendo o Sistema Estadual de Administração
desvinculado do Sistema Estadual de Planejamento. A regulamentação da referidaLei se dá por meio do Decreto nº. 13.601, de 5 maio de 2008, que definiu as novas
atividades da Secretaria:
• Elaboração e manutenção do Plano de Desenvolvimento Regional;
• Elaboração, execução e coordenação das atividades voltadas à
informatização do Estado;
• Definição das políticas e diretrizes para a elaboração de projetos no âmbito
estadual;
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• Desenvolvimento do processo de planejamento-orçamentário, abrangendo a
técnica de elaboração de orçamentos e cronogramas, como instrumentos
administrativos para a melhoria da eficiência dos serviços públicos;
• Avaliação das políticas e das ações de governo, facilitando a modulação e
transparência dos gastos públicos, seus impactos diante dos programas
setoriais e o desempenho do Estado e de seus gestores;
• Desenvolvimento e coordenação do sistema estadual de estatística,
organizando e fortalecendo a estatística para o planejamento do Estado;
• Estabelecimento e implantação das ações relacionadas com a execução da
política de ciência, tecnologia e inovação do Estado;
• Projeção do Estado de Rondônia no cenário internacional atraindo
investimentos estrangeiros institucionais e privados articulando a catalisação
das ações do Governo de Rondônia na área internacional;
• Formulação e elaboração da política de desenvolvimento de infraestrutura de
curto, médio e longo prazo;
• Formulação e elaboração, em conjunto com os municípios do Estado de
Rondônia das políticas de desenvolvimento de curto, médio e longo prazo.
Sistema de Planejamento Governamental (SIPLAG)
O Sistema de Planejamento Governamental (SIPLAG), antigo Sistema de
Controle Orçamentário (SIOR), é um software desenvolvido pela Secretaria de
Estado do Planejamento e Coordenação Geral (SEPLAN), por meio da Gerência de
Informática (GIN) em conjunto com as Gerências de Planejamento Governamental
(GPG) e de Monitoria e Avaliação (GMA), tem por objetivo facilitar o processo de
elaboração, acompanhamento, monitoramento e avaliação do Plano Plurianual do
Estado de Rondônia, sua obrigatoriedade de utilização no processo de planejamento
governamental está prevista a partir do exercício de 2008, por meio do artigo 6º,
parágrafo único, da Lei nº 1.787, de 24 de outubro de 2007 (Lei de Diretrizes
Orçamentárias), desde então presente a cada nova de Lei de Diretrizes
Orçamentárias editada pelo Poder Executivo:
“Art. 6º. Os orçamentos fiscal e da seguridade social compreenderãoa programação dos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos,autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
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Parágrafo único. Os orçamentos de que trata o caput deste artigo,bem como suas alterações, serão elaborados através do Sistema deControle Orçamentário - SIOR ou outro que venha substituí-lo sob aresponsabilidade da SEPLAN.”
O SIPLAG é composto por em cinco módulos desenvolvidos com requisitos e
características específicas de acordo com a fase do processo de planejamento
governamental.
Módulo de Elaboração e Correção do Plano Plurianual: desenvolvido para
atender a fase inicial do processo de planejamento governamental tem por finalidade
captar as informações de cada unidade orçamentária do Estado no que diz respeito
à previsão de programas e ações para um período de quatro anos. Permite também,
anualmente, efetuar correções e ajustes que são consolidados no projeto de lei de
revisão do PPA;
Módulo de Elaboração do Orçamento Estadual: destinado a atender a fase
de elaboração do orçamento anual, seu objetivo principal é possibilitar que as
unidades orçamentárias selecionem cada programa e ação informada no Plano
Plurianual distribuindo os recursos definidos no teto orçamentário até o menor nível
de detalhamento da despesa.
Módulo de Alterações Orçamentárias: elaborado para atender as possíveis
alterações financeiras e seus impactos nas metas físicas de ações no decorrer do
exercício financeiro. Permite que o órgão central de planejamento acompanhe as
solicitações das unidades orçamentárias quanto aos remanejamentos de dotações
ou suplementações orçamentárias, dando suporte à confecção de portarias de
ajustes, decretos de abertura de créditos adicionas ou projetos de lei que alterem a
Lei Orçamentária.
Módulo de Monitoramento: objetiva o acompanhamento quadrimestral dos
programas e ações de governo, possibilitando que as unidades orçamentárias
forneçam dados sobre a realização das metas físicas e financeiras de cada ação.
Também permite a alimentação de informações sobre as restrições que de certa
forma impedem ou dificultam a execução das ações.
Módulo de Avaliação: programa produzido para atender a fase final do ciclo
de planejamento governamental, é disponibilizado após o encerramento do exercício
financeiro, já contendo os dados orçamentários consolidados de cada programa e
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ação. Além de oferecer suporte ao preenchimento das informações quantitativas
(metas físicas realizadas) e qualitativas (resultado de bens ou serviços produzidos).
PROCESSO DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL NO
ESTADO DE RONDÔNIA
A Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade
Fiscal - LRF) estabeleceu as normas legais definitivas para o processo, definindo o
atual modelo brasileiro de planejamento, orçamento e gestão que deve ser
obedecido pela União, Distrito Federal, Estados e, a partir de 2002, por todos os
Municípios.
Dessa forma, o processo de planejamento governamental no Estado de
Rondônia consiste na elaboração do PPA, da LDO e da LOA, e está previsto na
Constituição Estadual, em consonância com as normas legais brasileiras de finanças
públicas. Os dispositivos legais e prazos são os seguintes:
“Art. 134. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o planoplurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais,obedecendo aos dispositivos estatuídos nos artigos 165 e 166 daConstituição Federal.”
...
Art. 135. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizesorçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serãoapreciados pela Assembleia Legislativa.
...
§ 3º. O encaminhamento à Assembleia Legislativa e a devoluçãopara sanção dos projetos de que tratam o "caput" deste artigo
obedecerão aos seguintes prazos:I - o projeto de lei das diretrizes orçamentárias será enviado até 15de abril e devolvido à sanção até 30 de junho de cada ano;
II - o projeto de lei orçamentária anual será enviado até 15 desetembro e devolvido à sanção até 15 de dezembro de cada ano;
III - o projeto de lei do plano plurianual e suas atualizações, quandohouver, serão enviados até 15 de setembro e devolvido à sanção até15 de dezembro do ano anterior a que se referirem.
§ 4º. No primeiro ano de mandato do Chefe do Poder Executivo, osprazos de que tratam o parágrafo anterior serão os seguintes:
I – o projeto de lei das diretrizes orçamentárias será enviado até o dia15 de maio e devolvido à sanção até o dia 30 de junho; o projeto delei do plano plurianual será enviado até o dia 30 de agosto edevolvido à sanção até o dia 15 de outubro do ano correspondente;
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II – o projeto de lei orçamentária anual será enviado até 30 (trinta) deoutubro e devolvido à sanção até o final da respectiva sessãolegislativa.”
Como se pode observar, a cronologia estabelece que a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, a LDO, deve ser encaminhada à Assembleia Legislativa até o dia 15
de abril de cada ano, enquanto que o PPA e o orçamento até o dia 15 de setembro.
Isto ocorre porque a LDO deriva do PPA, pressupondo-se, que ao se elaborar a LDO
já exista um Plano Plurianual em vigor, uma vez que a elaboração do PPA é feita a
cada quatro anos enquanto que a LDO é anual.
A Figura 5 ilustra a hierarquia e a interdependência de cada um dos
instrumentos legais do processo de planejamento governamental. A ConstituiçãoFederal está no maior nível de hierarquia, enquanto que a Constituição Estadual, a
Lei de Responsabilidade Fiscal e outras leis complementares de finanças públicas
em um nível logo abaixo. Todos esses instrumentos contribuem para a elaboração
do PPA, LDO e LOA, que possua vez alimenta o monitoramento e a avaliação do
PPA, completando dessa forma o ciclo do planejamento governamental. Em seguida
será apresentado de forma sucinta como se desenvolve cada uma das etapas no
Estado de Rondônia.
Figura 5 – Base Legal do Processo de Planejamento Governamental
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Processo de Elaboração do Plano Plurianual
A elaboração de um PPA depende antes de tudo da estratégia de governo
que se pretende adotar em um mandato eletivo, que em geral, estão dispostas no
plano de governo e em compromissos assumidos durantes a campanha eleitoral do
governante eleito, ou seja, o PPA deve prever, além das despesas de manutenção
do Estado, os rumos que gestor pretende dar ao desenvolvimento do Estado.
O atual PPA do Estado de Rondônia para período (2008-2011) está
fundamentado em três eixos estratégicos, cada um com uma série de macro
objetivos pré-determinados que norteiam o desenvolvimento de programas de cada
unidade setorial, a saber:
EIXO 1 - Estado mais competitivo com desenvolvimento econômico
sustentado, promovendo a melhoria da capacidade científica e tecnológica,
investimentos em infraestrutura e respeito à biodiversidade.
EIXO 2 - Estado imprimindo um novo ciclo no desenvolvimento institucional,
democratizando e aumentando a eficiência da gestão pública.
EIXO 3 - Estado com justiça social, acesso universal e de qualidade aos
serviços públicos oferecidos para todos.A Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral (SEPLAN)
assume o papel de catalisadora desse processo de elaboração do Plano Plurianual,
assumindo, também, a responsabilidade de dar a formatação final desse instrumento
de planejamento.
Nesse contexto, diante das estratégias de governo pré-estabelecidas, a
SEPLAN dá seguimento ao processo com o desenvolvimento das seguintes fases:
•
Elaboração da estimativa quadrienal das receitas;• Definição do volume de recursos destinados a cada unidade setorial, também
para o período de quatro anos;
• Realização de seminário com a participação da cúpula do governo e demais
atores envolvidos no processo de planejamento para divulgar a intenção e
convocar as equipes que se incumbirão de materializar o Plano;
• Disponibilização do software Sistema de Planejamento Governamental
(SIPLAG) – Módulo PPA, para que as unidades preencham eletronicamenteas propostas do plano;
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• Disponibilização de manual de elaboração do PPA;
• Disponibilização da avaliação físico-financeira do exercício anterior para que
as unidades tenham uma referência quanto ao que foi previsto e realizado;
• Realização de oficinas junto às demais unidades orçamentária para
nivelamento de conhecimento teórico e prático;
• Estabelecimento de prazo para o preenchimento das propostas;
• Análise das propostas setoriais;
• Consolidação e formatação final do Projeto de Lei do PPA;
Após a consolidação do projeto de lei pela SEPLAN, o governador do Estado
o encaminha à Assembleia Legislativa até o dia 15 de setembro, que deverá
devolvê-lo para sanção até o dia 15 de dezembro do ano anterior ao que se referir. É
importante salientar que todo esse processo está acessível ao cidadão por meio de
publicações dos documentos na internet nos sites da SEPLAN e da Assembleia
Legislativa.
Processo de Elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias
A elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias, de autoria do Poder
Executivo por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, consiste na confecção
de um projeto de lei que estabelece:
• As metas e as prioridades para o exercício seguinte;
• A projeção da receita para o exercício seguinte;
• Os critérios para a alocação dos recursos orçamentários;
• A estrutura e organização orçamentária;
• As diretrizes para a elaboração e a execução orçamentária a serem
contempladas na Lei Orçamentária Anual;
• Disposições sobre alterações na legislação tributária;
• Disposições relativas às despesas com pessoal e encargos sociais e outras
despesas correntes; e
• Disposições relativas à destinação de recursos provenientes de operações de
crédito e outras disposições.
É bom enfatizar que as metas e prioridades estabelecidas são elencadas a
partir do Plano Plurianual.
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Outro aspecto importante no processo de elaboração da LDO é a reestimativa
das receitas para o exercício correspondente e para os dois anos seguintes. Essa
nova projeção das receitas é importante para atualizar a previsão inicial constante
no Plano Plurianual, que é elaborado cerca de seis meses antes, atendendo dessa
forma o dispositivo da LRF:
“Art. 4º. A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2ºdo art. 165 da Constituição e:I - disporá também sobre:a) equilíbrio entre receitas e despesas;”
Além do texto do projeto de lei a SEPLAN também prepara uma mensagemcontendo a avaliação da execução orçamentária e financeira do exercício anterior ao
de sua elaboração. Os procedimentos técnicos de elaboração do projeto de lei estão
regulamentados no Manual de Demonstrativos Fiscais – MDF editado pelo Ministério
da Fazenda por meio da Secretaria do Tesouro Nacional – STN.
Esse Manual estabelece regras de harmonização que devem ser observadas,
de forma permanente, pela Administração Pública para a elaboração do Anexo de
Riscos Fiscais – ARF e do Anexo de Metas Fiscais – AMF, definindo orientaçõesmetodológicas, consoante os parâmetros definidos pela Lei Complementar nº 101,
de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF).
“O objetivo do manual é uniformizar procedimentos, descrever rotinase servir de instrumento de racionalização de métodos relacionados àelaboração da LDO e de seus anexos. Nesse sentido, o manualdispõe sobre as determinações legais, a definição dosdemonstrativos que os compõem, enfatizando sua abrangência eparticularidades, os modelos dos demonstrativos e instruções depreenchimento, os prazos para publicação, e penalidades.” (BRASIL,2010)
No processo de elaboração da LDO no Estado de Rondônia não se utiliza
nenhum software específico a exemplo do SIPLAG no processo de elaboração PPA,
há apenas o preenchimento manual de planilhas eletrônicas com base em dados
obtidos nos balanços da receita e da despesa.
Após a consolidação do projeto de lei pela SEPLAN, o governador do Estado
o encaminha até o dia 15 de abril à Assembleia Legislativa que deve devolvê-lo para
sanção até o dia 30 de junho do ano anterior ao que se referir. Assim como no
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processo de elaboração do PPA todo o processo está disponibilizado à sociedade
por meio da publicação do projeto de lei na internet no site da SEPLAN que também
poderá acompanhar sua tramitação pelo site da Assembleia Legislativa.
Processo de Elaboração da Lei Orçamentária Anual
O processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) é realizado
anualmente e deve estar de acordo com o PPA e a LDO. A LOA define,
detalhadamente, as metas físicas e financeiras para o exercício seguinte e é
encaminhada na forma de Projeto de Lei ao Legislativo para aprovação.
Assim como o PPA e a LDO, a LOA pode sofrer emendas da AssembleiaLegislativa.
Nesse processo há algumas atividades que merecem destaque, pois são
fundamentais para a elaboração do projeto de lei, a saber:
• Projeção de receitas para o exercício seguinte;
• Definição das transferências aos municípios;
• Apuração dos limites constitucionais a serem aplicados em educação e
saúde;
• Levantamento das despesas obrigatórias (despesas com pessoal, contratos
continuados, dívida fundada, etc.);
• Percentual do orçamento a ser destinado aos Poderes Legislativo e Judiciário,
Ministério Público e Defensoria Pública;
• Definição do teto orçamentário das unidades setoriais do poder executivo;
• Após a realização de cada uma dessas etapas a SEPLAN estipula um prazo e
disponibiliza o software Sistema de Planejamento Governamental (SIPLAG) –
Módulo de Elaboração do Orçamento, para que as unidades, com base no
que foi previsto no PPA, distribuam o valor do teto orçamentário em projetos e
atividades de forma detalhada até o nível de elemento de despesa.
Findo o prazo, a SEPLAN analisa e consolida as propostas orçamentárias,
emitindo pelo sistema, os relatórios estabelecidos pela Lei 4.320/64 que irão formar
os anexos do projeto de lei.
Com a consolidação do projeto de lei e seus anexos, o governador do Estadoo encaminha até o dia 15 de setembro à Assembleia Legislativa que deve devolvê-lo
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para sanção até o dia 15 de dezembro do mesmo ano. Esse processo também é
disponibilizado à sociedade com a publicação do projeto de lei na internet nos sites
da SEPLAN e da Assembleia Legislativa.
Processo de Avaliação do Plano Plurianual
O processo de avaliação do PPA está embasado na observação das
disposições legais e na necessidade de verificação dos princípios norteadores da
gestão e do planejamento. Em suma, essa premissa se encerra na gestão por
programas orientada para resultados com foco no cidadão, transparência e
responsabilidade.
Sua obrigatoriedade está prevista Constituição Federal em seu artigo 74,
inciso I:
“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, deforma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, aexecução dos programas de governo e dos orçamentos da União”
E na Lei Estadual nº 1.815, de 28 de novembro de 2007, que instituiu o Plano
Plurianual do Estado de Rondônia para o período 2008-2011, com alteração dada
pela Lei nº 2.010, de 29 de dezembro de 2008:
“Art. 5º. O Poder Executivo enviará à Assembleia Legislativa,anualmente, relatório de avaliação do PPA, demonstrando osseguintes aspectos:
I - desempenho do conjunto de programas de cada área de atuaçãodo Governo em relação aos objetivos estabelecidos;
II - demonstrativo, por programa e para cada indicador, do índicealcançado ao término do exercício anterior comparado com o índicefinal previsto;
III - demonstrativo, por programa e por ação, de execução física efinanceira do exercício anterior e a acumulada, distinguindo as fontesde recursos (fiscal, seguridade social e investimento das empresas);e
IV - Consolidação da realização física e financeira das metas de
projetos e atividades de cada um dos programas de cada Secretariaou órgão.”
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Além desses instrumentos, a Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu artigo
4º, determina que a avaliação dos resultados dos programas do PPA, financiados
com recursos orçamentários, considere os dispositivos da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO). E o Decreto Estadual nº 13.814, de 15 de setembro de 2008,
que estabelece normas para gestão do Plano Plurianual e seus Programas e dá
outras providências.
A Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral é o órgão
responsável pela coordenação do processo de avaliação do Plano Plurianual, que
está estruturado de acordo com cada etapa do ciclo de gestão do gasto público.
“O ciclo de gestão do Plano Plurianual compreende os eventos que,integrados ao longo de quatro exercícios, viabilizam o alcance dosobjetivos de Governo. Os processos de elaboração da programação,avaliação e revisão constituem as peças básicas do ciclo de gestãoda programação, sob a perspectiva de médio prazo. Já a execuçãofísico-financeira e o monitoramento das ações e programas estãorelacionados à programação examinada no horizonte de umexercício.” (RONDÔNIA, SEPLAN, 2009, p. 8)
A figura 6 ilustra, de forma resumida, os principais termos e procedimentos
que orientam o os eventos do PPA e sua integração com as demais funções do ciclodo gasto público.
Figura 6 – Estrutura de Integração PPA/LOA/Execução/Avaliação
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Diante desse contexto, a Secretaria de Estado do Planejamento e
Coordenação Geral publica anualmente, desde 2008, um manual denominado
Instruções para o Monitoramento e Avaliação do Plano Plurianual (PPA), o qual
contém os fundamentos legais, os instrumentos e os procedimentos técnicos para
que as unidades orçamentárias realizem o monitoramento quadrimestral e a
avaliação anual dos programas e ações de governo definidos no Plano Plurianual.
“A avaliação plurianual é parte fundamental do modelo de gestão etem como objetivo principal aperfeiçoar a obtenção dos resultadosprevistos nos programas, promovendo a melhoria da gestão, daalocação de recursos no PPA e nos orçamentos anuais. Nomonitoramento, a atividade é desenvolvida num processo
permanente de coleta, análise e sistematização de informações,como forma de acompanhar a execução da ação de governo.”(RONDÔNIA, SEPLAN, 2009, p. 3)
A sistemática de avaliação do PPA, na proposta e dimensão da Secretaria de
Estado do Planejamento e Coordenação Geral (SEPLAN), atribui-se à Gerência de
Monitoria e Avaliação (GMA), Gerência de Planejamento Governamental (GPG) e
Gerência de Informática (GIN), que atuam de forma complementar e
interdependente em conjunto com as unidades setoriais, por meio de seus gerentes
de programas, na execução das seguintes etapas: avaliação do programa,
avaliação setorial e avaliação do plano.
“Avaliação do programa: A responsabilidade pela fase deavaliação do programa recai, fundamentalmente, sobre os gerentesresponsáveis pela gestão e pela implementação de cada um dosprogramas do PPA. Trata-se de avaliação qualitativa, formativa esubjetiva, baseada em um modelo padronizado, de caráter abrangente, desenvolvido para ser aplicado a todo tipo de programa.
Avaliação setorial: A avaliação setorial tem como objetivo verificar se o conjunto de programas sob a responsabilidade de cada órgãodo Estado tem avançado no sentido de obter resultados coerentescom os objetivos, as prioridades e as políticas setoriais. Procura-se,também, identificar se a concepção desses programas é adequadapara enfrentar os problemas que os órgãos se propõem atacar, bemcomo se a sua forma de gestão encontra-se adequadamenteadaptada ao modelo gerencial a que se propõe adotar no PPA.
Avaliação do plano: A última sistemática de avaliação, sob aresponsabilidade da Secretaria de Estado do Planejamento e
Coordenação Geral e com apoio do Comitê Gestor de Programasdos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, tem como foco odesempenho do plano plurianual como um todo, medido sob o ponto
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de vista macroeconômico, dos macro objetivos estratégicos e dagestão.” (RONDÔNIA, SEPLAN, 2009, p. 19-21)
Nesse cenário, a execução coordenada da avaliação consiste no
estabelecimento de um cronograma com prazos bem definidos e a disponibilização
do software Sistema de Planejamento Governamental (SIPLAG) – Módulo de
Módulo de Avaliação. Nesse programa as unidades setoriais (inclusive a SEPLAN)
alimentam dados sobre a execução das metas físicas e financeiras, além de
informar as restrições durante a execução de cada ação.
Essas restrições referem-se a situações que interferem na execução da ação.
Há no sistema uma série de restrições previamente estabelecidas por tipo. Ao
informar uma restrição deve-se justificar seus os motivos e registrar a proposta para
sua superação de forma a eliminar ou reduzir os problemas identificados.
Ao término do prazo de preenchimento, a SEPLAN consolida as informações
resultantes da avaliação do PPA e publica o Relatório Anual de Avaliação, que
leva em consideração os anos já executados do Plano Plurianual. Este relatório é
encaminhado à Assembleia Legislativa, conforme determinação da lei que instituiu o
Plano para o quadriênio; e ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, nos
termos das disposições contidas na Constituição Federal, na Lei de
Responsabilidade Fiscal e de outros dispositivos que regulamentam a matéria.
METODOLOGIA DA PESQUISA
Considerando a problemática levantada sobre quais as contribuições de um
sistema de informações gerenciais para o planejamento governamental no Estadode Rondônia, considerando ainda as características necessárias ao conhecimento
da temática como um todo, o presente trabalho está classificado segundo Siena
(2000 apud Gil, 2002; 2007 e Marconi e Lakatos, 2000) da seguinte forma:
Quanto à natureza utilizou-se a pesquisa aplicada, pois objetiva-se gerar
conhecimentos na área de planejamento governamental para a aplicação prática no
que cerne a elaboração e a alocação de recursos em programas e ações de
governo.Quanto à forma de abordagem do problema empregou-se a pesquisa
quantitativa que considerou a estrutura e os dados da execução orçamentária e
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financeira do Estado de Rondônia, bem como o uso de recursos e de técnicas
estatísticas para traduzir os dados em informações.
Quanto aos fins ou objetivos, empregou-se uma pesquisa exploratória para
levantar os elementos disponibilizados na literatura e na legislação que tratam a
respeito do assunto deste trabalho. Na sequência desenvolveu-se uma pesquisa
descritiva com base em dados extraídos do Sistema Integrado de Administração
Financeira para Estados e Municípios (SIAFEM), referentes à previsão e à execução
da despesa do Estado de Rondônia. Esses dados foram comparados no sentido de
se obter um indicador de desempenho ou índice de execução financeira com base
na relação da despesa prevista versus realizada (despesa liquidada), de cada
unidade orçamentária e de sua respectiva área de abrangência.
De posse dos índices de execução financeira, estabeleceu-se uma
classificação (ranking ) tomando como base o exercício 2009, para determinar o nível
de execução das unidades orçamentárias. Essa classificação foi balizada pelo
índice que representa o nível ideal de execução, ou seja, o índice ótimo de
desempenho que é igual a 1,000. Em seguida, as unidades orçamentárias foram
agrupadas em cinco categorias de acordo com o valor do índice de execução
financeira, a saber:• Muito acima do índice: variação positiva acima de 25%;
• Acima do índice: variação positiva entre 10% e 25%;
• Índice dentro do esperado: variação positiva ou negativa até 10%;
• Abaixo do índice: variação negativa entre 10% e 25%;
• Muito abaixo do índice: variação negativa abaixo de 25%;
Após o agrupamento das unidades realizou-se uma nova pesquisa descritiva
que teve como base as unidades orçamentárias que apresentaram a maior distorção
negativa em relação ao índice ótimo de desempenho. Entende-se por maior
distorção negativa as unidades que ficaram abaixo ou muito abaixo do índice. Essa
pesquisa levantou as principais restrições apontadas pelas unidades durante a
avaliação do Plano Plurianual exercício 2009, que impediram ou que dificultaram a
execução das ações de governo.
Quanto aos meios ou procedimentos técnicos, foram empregados de
forma concomitante a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e a pesquisa delevantamento:
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a) Pesquisa bibliográfica: foi realizada a partir de materiais já publicados,
como obras literárias acerca da temática e da legislação pertinente ao
planejamento governamental. Paralelamente, efetuou-se pesquisas na
internet em sites idoneamente reconhecidos, no que diz respeito às
tecnologias contemporâneas de sistemas de informações gerenciais no
âmbito da administração pública;
b) Pesquisa documental: desenvolvida a partir do banco de dados do
Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios
(SIAFEM); publicações oficiais como os planos plurianuais e suas
avaliações, as leis orçamentárias anuais e demais atos públicos referentes
à legislação orçamentária estadual.
Delimitação do Estudo
O estudo sobre a contribuição de um SIG para o setor público foi realizado em
uma organização da área de planejamento, especificamente, na Secretaria de
Estado do Planejamento e Coordenação Geral (SEPLAN) que é o órgão central de
planejamento do Governo do Estado de Rondônia. No entanto, foram consideradosna apresentação os dados da execução orçamentária de todas as unidades setoriais
do Poder Executivo do Estado de Rondônia.
População e Amostragem
A população considerada nesse estudo foram os órgãos e as unidades
orçamentárias ativas do Poder Executivo que compõem a estrutura orçamentária doEstado de Rondônia, com dados relativos à execução orçamentária e financeira, no
período de 2006 a 2009.
A amostragem, que teve cunho não probabilístico por tipicidade, com
finalidade exclusiva no levantamento das principais restrições apontadas na
avaliação do PPA 2009, foi delimitada entre as unidades que apresentaram maior
distorção negativa entre o previsto e o executado, ou seja, que obtiveram os
menores índices de desempenho, por se entender que essas unidades oferecemuma boa representatividade diante do contexto.
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Coleta e Organização dos Dados
A coleta e organização dos dados foi dividida em duas etapas: A primeira foi
desenvolvida a partir da obtenção de dados referentes à previsão e à execução da
despesa do Poder Executivo do Estado de Rondônia, na qual utilizou-se os
balancetes da despesa eletrônicos do período de 2006 a 2009 disponibilizados pelo
SIAFEM. Esses dados foram padronizados, normatizados e organizados em um
banco de dados único e consolidado desenvolvido especificamente para subsidiar o
modelo de SIG proposto.
A segunda etapa foi desenvolvida com base na amostragem definida,
focalizando as unidades orçamentárias que apresentaram maior distorção negativa
em relação ao índice ideal de desempenho. Nessa etapa realizou-se um
levantamento das principais restrições declaradas pelas unidades orçamentárias
durante a execução do exercício financeiro de 2009, publicadas na avaliação do
PPA de 2009.
Desenvolvimento de um banco de dados relacional
Laudon e Laudon (2008 p. 139) definem um banco de dados como um
conjunto de arquivos relacionados entre si que contém registros sobre pessoas,
lugares ou coisas. Enfatiza ainda, que um banco de dados digital possui uma
característica imbatível que é a capacidade de relacionar rapidamente um conjunto
de arquivos a outro.
Para organizar os dados de uma forma estruturada e que pudessem fornecer
os elementos necessários à análise do desempenho das unidades orçamentáriasem relação à execução orçamentária e financeira, foi necessário desenvolver um
banco de dados relacional, que é o tipo de banco de dados mais utilizado
atualmente, podendo ser definido como:
“Modelo de banco de dados lógico que trata os dados como seestivessem armazenados em tabelas bidimensionais; pode relacionar os dados armazenados em uma tabela aos dados de outra, desde queas duas compartilhem um elemento de dado comum.” (Laudon eLaudon, 2008 p. 404)
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O desenvolvimento do banco de dados relacional foi realizado nas seguintes
fases: seleção de variáveis; extração dos dados; definição de entidades e atributos;
e estabelecimento de relacionamentos. Em todas as fases utilizou-se um Sistema de
Gerenciamento de Banco de Dados (DBMS).
Seleção de variáveis
Para definir as variáveis adotou-se como parâmetro a estrutura da despesa
orçamentária, conforme definição do Manual de Despesa Nacional (ver referencial
teórico), acrescida das informações a respeito dos três estágios da despesa:
empenho, liquidação e pagamento.
Extração dos dados
A operacionalização do Sistema Integrado de Administração Financeira
(SIAFEM) foi fundamental para extrair os dados da série histórica da despesa do
Estado de Rondônia, uma vez que é nesse sistema onde estão armazenados todos
os dados da arrecadação e da execução orçamentária do Estado de Rondônia,tornando-se, portanto, a fonte primária de todas as informações. O processo de
extração resultou em uma massa de dados que em seguida foi padronizada afim de
se garantir a homogeneidade da série histórica.
Definição de entidades e atributos
Laudon e Laudon (2008 p. 140) afirmam que ao se pensar em como gerenciar os dados de uma organização é necessário identificar os tipos de informação a que
se referem e agrupá-los em categorias denominadas de Entidades, e que estas, por
sua vez, possuem características específicas, chamadas de Atributos.
Dessa forma, buscou-se identificar a partir da estrutura da despesa
orçamentária e dos dados extraídos do SIAFEM as principais entidades e atributos,
o resultado está detalhado na Tabela 7.
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Tabela 7 – Entidades e Atributos
Entidades Atributos
Código da unidade
Nome da unidade
Sigla da unidade
Código do órgão
Código do programa
Nome do programa
Código da ação
Nome da ação
Código da despesa
Código da unidade orçamentária
Código do programa
Código da ação
Códifo da fonte de recurso
Código da natureza da despesa
Código da f unção
Código da subf unção
Ano
Mês
Valor da dotação inicial
Valor da dotação atual
Valor empenhado
Valor liquidado
Valor pago
Código da f unção
Descrição da função
Código da subf unção
Descrição da subfunção
Código da natureza da despesa
Descrição da natureza da despesa
Código da fonte de recurso
Descrição da fonte de recurso
Fonte: Estrutura da despesa com base no Manual da Despesa Nacional. 1ª Edição.P ortaria Co njunta STN /SOF nº 3, de 2008.
Despesa
Função
Subfunção
Natureza da Despesa
Fonte de Recurso
Unidade Orçame ntária
Programa
Ação
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Estabelecimento de relacionamentos
Após a identificação das entidades e atributos, estabeleceu-se a
representação de cada entidade em uma tabela, com seus respectivos atributos em
forma de campos. As linhas da tabela, por sua vez, foram destinadas ao
recebimento de registros referentes a cada tipo de dados.
Ao separar os dados em tabelas e respectivos campos, foi possível definir os
relacionamentos utilizando-se uma representação esquemática denominada
diagrama entidade/relacionamento, que segundo Laudon e Laudon (2008 p. 142),
é usada para esclarecer relações entre as tabelas de um banco de dados. A maior
utilidade desse diagrama é mostrar de que maneira duas tabelas se relacionam. Em
um banco de dados relacional, as tabelas podem ter relacionamentos um-para-um,
um-para-muitos ou muitos-para-muitos.
O tipo de relacionamento utilizado nesse banco de dados foi um-para-muitos,
pois cada unidade orçamentária pode ter mais de uma despesa, mas cada despesa
tem apenas uma única unidade orçamentária, ou seja para cada registro na tabela
unidade orçamentária, pode haver muitos registros correlatos na tabela despesa.
A Figura 7 ilustra como o diagrama entidade/relacionamento descreve asrelações. As caixas representam as entidades, enquanto as linhas que ligam uma
caixa a outra representam os relacionamentos.
Por meio do diagrama também é possível identificar a relação de um órgão
com mais de uma unidade. Segundo a classificação institucional da despesa, isso
representa que pode haver mais de uma unidade orçamentária vinculada ao mesmo
órgão. No Estado de Rondônia, pode-se citar como exemplo o órgão Governadoria,
que têm como unidades orçamentárias a Coordenadoria Geral de Apoio àGovernadoria (CGAG), a Superintendência Estadual de Licitação (SUPEL), a
Controladoria Geral do Estado (CGE) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE).
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Figura 7 – Diagrama de Entidade/Relacionamento
Utilização de um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (DBMS)
Um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (DBMS) segundo Laudone Laudon (2008 p. 144) é um tipo de software específico usado para criar,
armazenar, organizar e acessar dados a partir de um banco de dados. Os autores
afirmam ainda que embora os programas de planilhas eletrônicas sejam poderosas
ferramentas para a manipulação de dados quantitativos, o software gerenciador de
banco de dados é mais adequado para criar e manipular listas e combinar
informações extraídas de arquivos diferentes. Os pacotes de gerenciamento de
bancos de dados para computadores em geral têm recursos de programação emenus intuitivos que tornam possível, inclusive para leigos, construir pequenos
sistemas de informação.
Todo o processo de desenvolvimento do banco de dados relacional foi
possível com a utilização do sistema de gerenciamento de banco de dados Microsoft
Access. A escolha dessa ferramenta teve como principais fatores o conhecimento
técnico do autor, a disponibilidade do software pela SEPLAN e, sobretudo, pela alta
produtividade que esta ferramenta oferece tanto no cruzamento e visualização de
dados como na elaboração de relatórios gerenciais.
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A utilização do DBMS Microsoft Access facilitou a obtenção de informações
gerenciais, pois permitiu a combinação das tabelas que compartilham elementos de
dados em comum. Essa facilidade deve-se ao fato de que o Microsoft Access, assim
como outros DBMS, oferece uma linguagem especializada, denominada linguagem
de manipulação de dados, que é usada para acrescentar, alterar, apagar e
recuperar os dados do banco de dados. Essa linguagem contém comandos
específicos que permitem a extração de dados do banco de dados para satisfazer
solicitações de informações e desenvolver aplicações. Atualmente, a linguagem de
manipulação de dados mais utilizada é a linguagem estruturada de consulta ou
SQL.
Levantamento das principais restrições declaradas pelas unidades
orçamentárias na avaliação do Plano Plurianual 2009
A segunda etapa da coleta de dados concentrou-se nas principais restrições
declaradas pelas unidades orçamentárias que apresentaram baixo desempenho em
relação à execução das ações de governo durante o exercício financeiro de 2009.
Essas restrições são estabelecidas pela SEPLAN no Manual de Instruções para oMonitoramento e Avaliação do Plano Plurianual – PPA e fazem parte do Sistema de
Planejamento Governamental (SIPLAG).
Durante o processo de avaliação do PPA de 2009, as unidades orçamentárias
selecionaram os tipos de restrições e suas naturezas, justificaram os fatos que
impediram ou dificultaram a execução de cada ação de governo no exercício e
fizeram propostas para superá-las. A consolidação dessas informações foi publicada
no Relatório de Atividades Desenvolvidas Avaliação do PPA 2008-2011, Exercício2009, que originou a obtenção dos dados a respeito das restrições. A Tabela 8 exibe
os tipos de restrições e as respectivas naturezas pré-estabelecidas no manual.
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Tabela 8 – Listagem das Restrições por Tipo, segundo a Natureza e Código
(Continua)
Tipo de Restrição Código Natureza
ADM01 Problemas com prestador de serviço
ADM02Atividades dependentes de ar ticulação com outras unidadesadministrativas
ADM03Insuficiência ou inadequação de infraestrutura f ísica e deequipamentos
ADM04Entraves nos procedimentos burocráticos (burocracia paraexercício das atividades administrativas do governo)
ADM05Dificuldades na localização de terrenos para implementar ouampliar a infraestrutura
ADM06 Insuficiência de técnicos em atividades específicas
ADM07 Falta de capacitação de recursos humanos
ADM08Pessoal insuficiente para os quadros de gestão e de execuçãodas ações propostas
ADM09Entraves institucionais para desenvolvimento de recursoshumanos
ADM10Lentidão no processo de captação de recursos junto a órgãosfinanciadores
ADM11 Atraso na prestação de contas pelo Estado ou município
ADM12 Dificuldades para celebrar contratos ou convênios
ADM13Dificuldades na celebração de convênios por inadimplência noprocesso de execução
ADM14 Outras (especificar)
AMB01 Lentidão no processo de licenciamento ambiental
AMB02 Renovação de licença
AMB03 Desconhecimento da política ambiental
AMB04Aparato de licenciamento ambiental dificulta os pequenosempreendimentos
AMB05 Restrição do Ministério Público ou organizações ambientais
AMB06 Outras (especificar)
AUD01 Recomendações e instruções da auditoria interna
AUD02 Recomendações e instruções da CGE
AUD03 Recomendações e instruções do TCE
AUD04 Outras (especificar)
FIN01 Indisponibilidade de recursos f inanceiros
FIN02 Problemas relativos ao fluxo de liberação dos recursos
FIN03 Atraso na tramitação e liberação de recursos
FIN04 Problemas financeiros de outros entes envolvidos na execução
FIN05 Recursos financeiros comprometidos com restos a pagar
FIN06 Outras (especificar)
Administrativas(ADM)
Ambientais (AMB)
Auditoria (AUD)
Financeiras (FIN)
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(Continuação)
Tipo de Restrição Código Natureza
GER01 Meta física inadequada à natureza da ação
GER02 Mudança na equipe gerencial
GER03 Inexistência de instrumento e de procedimentos técnico-operacionais de monitoramento
GER04Dificuldade em identificar empresas para fornec imento deinsumos
GER05 Dificuldade de controle sobre execução da contratada
GER06Falta de experiência na execuç ão de recursos originários deconvênios
GER07 Demora na elaboração de projetos arquitetônicos e executivos
GER08 Ausência de diagnósticos de potencialidades econômicas
GER09 Outras (especificar)
INS01 Dificuldade no relacionamento interinstitucional
INS02 Inadequação organizacional
INS03 Problema na coordenação da gestão da informação
INS04 Ausência de planejamento e priorização
INS05 Dificuldade na comunicação com público externo
INS06Ausência de interação técnico- institucional e de interesse dopúblico beneficiário
INS07 Existência de mais de uma regionalização territorial
INS08 Outras (especificar)
JUD01 Ações judiciais
JUD02 Legislação eleitoral
JUD03 Outras (especificar)
LIC01 Atraso na entrega de documentação
LIC02 Processo licitatório condicionado a limites orçamentários
LIC03 Procedimento licitatório burocrático
LIC04 Ausência de licitantes
LIC05 Apresentação de recursos ou impugnação do certame
LIC06 Outras (especificar)
ORC01Descompasso entre a previsão no PPA e recursos alocados naLOA
ORC02 Atraso na aprovação da LOA
ORC03 Insuficiência de recursos alocados na Lei Orçamentária
ORC04 Contingenciamento orçamentário
ORC05 Realocação do crédito orçamentário de um programa para outro
ORC06 Demora na tramitação de crédito adicional
ORC07Dificuldade na obtenção de créditos orçamentários adicionais(suplementares, espec iais ou extraordinários)
ORC08Competição de recursos por parte de vários órgãos queexecutam uma política
ORC09 Outras (especificar)
Institucionais (INS)
Judiciais (JUD)
Licitatórias (LIC)
Orçamentárias (ORC)
Gerenciais (GER)
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(Conclusão)
Tipo de Restrição Código Natureza
POL01 Inexistência de legislação regulamentadora
POL02 Inadequação de amparo legal
POL03 Projeto de lei em tramitaçãoPOL04 Alteração ou adequação de legislação regulamentadora
POL05 Conflitos decorrentes de outras políticas setoriais
POL06Conflitos decor rentes de outras políticas setoriais, inclusive entreesferas de poder ou entre esferas de governo
POL07Desinteresse político de outro ente em aderir à determinadapolítica
POL08Dificuldades quanto à certificação de qualidade dos produtosprocessados
POL09Legislação sanitária federal dificulta a regularização e inserçãode pequenos empreendimentos no processo industrial
POL10 Outras (especificar)
TEC01Obsolescência ou escassez de equipamentos ou f erramentastecnológicas
TEC02 Ausência de integração entre sistemasTEC03 Outras (especificar)
Outras (OUT) OUT01 Problemas relacionados a fenômenos meteorológicos
Políticas (POL)
Tecnológicas (TEC)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Análise Comparativa da Despesa Prevista versus Realizada
A consolidação dos dados da execução orçamentária e financeira do Estado
de Rondônia em um banco de dados relacional possibilitou um cruzamento de dados
no sentido de se obter uma comparação anual entre a despesa prevista e arealizada, nos exercícios de 2006 a 2009.
Essa comparação procurou estabelecer uma homogeneidade que melhor
representasse a relação da despesa realizada sobre a prevista, portanto, não foram
consideradas as despesas com exercícios anteriores, sentenças judiciais,
indenizações e restituições, e ressarcimento de despesas de pessoal requisitado,
por se entender que esses tipos de despesas distorcem a comparação anual, uma
vez que ocorrem de forma ocasional e imprevisível.
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Da mesma forma, também foram desconsideradas as despesas com fontes
de recursos provenientes de operações de crédito, convênios e contrapartidas.
Também não foram computadas as despesas destinadas a programas de operações
especiais e reserva de contingência.
A estrutura dessa comparação procurou não só obter uma análise individual
das unidades orçamentárias, mas também uma análise que pudesse mostrar a
situação como um todo, por essa razão, cada unidade orçamentária foi classificada
de acordo com sua área de abrangência, a Tabela 9 apresenta a estrutura adotada.
Tabela 9 – Unidades Orçamentárias por Área de Abrangência
(Continua)Área Unidade Orçamentária Sigla
Fundo Especial de Proteção Ambiental FEPRAM
Secretaria de Es tado de Des env olv imento Ambiental SEDA M
Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado deRondônia
IDARON
Fundo de Investimento e Desenvolvimento Industrial do Estado deRondônia
FIDER
Instituto de Pesos e Medidas IPEM
Junta Comercial do Estado de Rondônia JUCERSecretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e RegularizaçãoFundiária
SEAGRI
Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e doDesenvolvimento Econômico e Social
SEDES
Secretaria de Estado de Administração SEAD
Secretaria de Estado de Finanças SEFIN
Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral SEPLAN
Superintendência Estadual de Licitação SUPEL
Departamento de Estrada de Rodagem e Transportes do Estado
de Rondônia
DER
Departamento de Obras e Serviços Públicos DEOSP
Fundo para Inf raes trutur a de Tr ans porte e Habitaç ão FITHA
AMBIENTAL
ECONÔMICA
GESTÃO
INFRAESTRUTURA
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(Conclusão)
Área Unidade Orçamentária Sigla
Controladoria Geral do Estado CGE
Coordenadoria de Apoio à Governadoria CGAG
Procuradoria Geral do Estado PGE
Departamento Estadual de Trânsito DETRAN
Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento da PolíciaMilitar do Estado
FUNRESPOM
Fundo Especial de Reequipamento Policial FUNRESPOL
Fundo Especial do Corpo de Bombeiros Militar FUNESBOM
Fundo Estadual de Prevenção, Fiscalização e Repreensão aEntorpecentes
FESPREN
Fundo Penitenciário FUPEN
Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania SESDEC
Agência Estadual de Vigilância e Saúde AGEVISA
Centro de Educação Técnico e Profissional da Área de Saúde CETAS
Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Rondônia FHEMERON
Fundo Estadual de Assistência Social FEAS
Fundo Estadual de Saúde FES
Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente FUNEDCA
Fundo Previdenciário do Estado de Rondônia FUNPRERO
Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado deRondônia
IPERON
Secretaria de Estado da Educação SEDUC
Secretaria de Estado de Ação Social SEAS
Secretaria de Estado de Justiça SEJUS
Secretaria de Estado dos Espor tes da Cultura e do Lazer SECEL
Fo nte: RON DÔNIA . Secretaria de Estado do P lanejamento e Coordenação Geral (SEP LAN), 2010.
SOCIAL
INSTITUCIONAL
SEGURANÇA
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Estabelecimento do indicador de desempenho (índice de execução financeira)
Após a definição dos critérios e da estrutura da comparação, procedeu-se o
cálculo do indicador de desempenho que teve como base a divisão simples dos
valores realizados pelos previstos de cada unidade orçamentária. O resultado foi
denominado de índice de execução financeira. Esse índice representa o
balizamento entre a previsão e a execução da despesa, onde o melhor desempenho
é atribuído ao valor mais próximo de 1,0000 (índice ótimo).
Em seguida, estabeleceu-se o índice para cada área de abrangência e o
índice médio do período. O resultado detalhada desse comparativo está disposto no
apêndice deste trabalho, o resultado sintético está demonstrado na Tabela 10.
Tabela 10 – Índice de Execução Financeira por Área de Abrangência
Área 2006 2007 2008 2009ÍndiceMédio
AMBIENTAL 1,3569 1,5088 0,6223 1,3370 1,2063
INFRAESTRUTURA 1,6076 0,8348 0,9935 0,8003 1,0591
SEGURANÇA 1,2223 0,9377 0,9536 1,0698 1,0459
INSTITUCIONAL 1,0750 0,9100 1,0731 0,9517 1,0025
GESTÃO 0,8401 1,0248 1,0816 0,9725 0,9797
SOCIAL 0,9084 0,8940 0,9632 1,0310 0,9492
ECONÔMICA 0,6557 0,8256 1,1314 0,7751 0,8469
Fo nte: Índices calculados pelo autor com base nos dados extraídos do SIA FE M.
Limitesuperior
Limiteinferior
Com base nos dados da Tabela 10, pode-se verificar que a área institucional
é a que apresenta a proximidade em relação ao índice ótimo desempenho, seguida
das áreas segurança e gestão, com primeiras posições no limite superior e inferior,
respectivamente. A área econômica foi a que apresentou o pior desempenho na
relação previsto versus realizado, realizando pouco menos de 85% do que foi
previsto. Enquanto que a área ambiental apresentou o maior índice com uma
realização de 20% acima do previsto, o que não significa necessariamente um bom
desempenho, uma vez que, assim como a não realização do orçamento
compromete o planejamento, a realização acima do previsto também indica um mau
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planejamento. Para facilitar a visualização dos dados segue abaixo os gráficos que
ilustram essa análise.
Gráfico 1 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA AMBIENTAL
No Gráfico 1 é possível visualizar o desempenho da área ambiental
representada pelas unidades SEDAM e FEPRAM. Observa-se que há uma
tendência em não prever recursos suficientes para a execução das ações de
governo. Verifica-se ainda, em 2008, uma situação atípica, que puxou para baixo o
índice médio, com execução de apenas 62% do que foi planejado.
Gráfico 2 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA ECONÔMICA
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A área econômica, visualizada no Gráfico 2, composta pelas unidades:
IDARON, FIDER, IPEM, JUCER, SEAGRI e SEDES, apresenta uma regular
disposição em não aplicar os recursos previstos, com exceção do ano 2008 onde se
verifica um aumento de pouco mais de 13% do executado em relação ao previsto.
Gráfico 3 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA GESTÃO
A área gestão representada pelas unidades: SEAD, SEFIN, SEPLAN e
SUPEL, contém a série de índices mais homogênea do conjunto. Observa-se no
Gráfico 3, que há um nível de planejamento mais efetivo em relação às outras áreas,
com uma variação média menor que 3%.
Gráfico 4 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA INFRAESTRUTURA
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A área infraestrutura, composta pelas unidades: DER, DEOSP e FITHA,
apresenta certa regularidade a partir de 2007. Verifica-se pelo Gráfico 4, que mesmo
com uma realização de 60% superior ao que foi previsto em 2006, a média de
realização do período ultrapassa apenas cerca de 5,9% de realização.
Gráfico 5 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA INSTITUCIONAL
A área institucional, exibida no Gráfico 5, formada pelas unidades: CGE,
CGAG e PGE, apesar de exibir um excelente índice médio, também demonstra uma
atipicidade entre os anos com índices de realização superiores a 7% em 2006 e
2008, e inferiores a mais de 5% em 2007 e 2009.
Gráfico 6 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA SEGURANÇA
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A área segurança, demonstrada no Gráfico 6, formada pelas unidades:
DETRAN, FUNRESPOM, FUNRESPOL, FUNESBOM, FESPREN, FUPEN e
SESDEC, apresentaram a segunda melhor série no que diz respeito à
homogeneidade dos índices. No entanto, observa-se que a partir de 2007 há uma
tendência de crescimento no índice de execução.
Gráfico 7 – Evolução do Índice de Execução Financeira: ÁREA SOCIAL
A área social, ilustrada no Gráfico 7, formada pelas unidades: AGEVISA,
CETAS, FHEMERON, FEAS, FES, FUNEDCA, FUNPRERO, IPERON, SEDUC,
SEAS, SEJUS e SECEL. Exibe uma série histórica com tendência ao equilíbrio entre
a previsão e a execução dos recursos orçamentários.
Ranking de execução financeira das unidades orçamentárias
Após analisar o nível de desempenho da execução financeira das unidades
orçamentárias e suas respectivas áreas, buscou-se identificar as unidades que
apresentam os melhores e os piores índices. Para tanto, estabeleceu-se uma
classificação em ordem descendente dos valores encontrados em cada unidade
orçamentária. Conforme definido na metodologia de pesquisa desse trabalho, a
classificação foi balizada pelo índice ótimo de execução e divida em cinco categorias
de acordo com o valor do índice apresentado. O resultado dessa classificação estádisposto na Tabela 11:
73
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Tabela 11 – Ranking do Índice Execução Financeira, por Unidade Orçamentária – 2009
2009
Previsto Realizado Índice
FUNRESPOL 2.169 5.903 2,7215
FUPEN 744 1.755 2,3589
DEOSP 19.909 46.533 2,3373
SEDAM 12.739 17.119 1,3438
FEPRAM 2.880 3.764 1,3069
FEA S 429 510 1,1888
SUPEL 1.628 1.920 1,1794
SEJUS 94.789 109.860 1,1590
SEDUC 491.964 557.625 1,1335
SESDEC 327.676 359.108 1,0959
CGAG 38.600 41.456 1,0740
FUNESBOM 2.314 2.441 1,0549
Índice Ótimo
SEFIN 108.910 107.457 0,9867
FES 337.958 330.742 0,9786
SEAD 17.064 16.524 0,9684
IDARON 29.433 28.297 0,9614
JUCER 4.559 4.226 0,9270
FUNPRERO 148.361 137.094 0,9241
DETRAN 79.132 71.657 0,9055
FHEMERON 20.679 18.284 0,8842
SECEL 11.514 10.092 0,8765
IPEM 2.192 1.895 0,8645
SEPLAN 13.223 11.045 0,8353
SEDES 45.215 37.659 0,8329
PGE 18.585 15.389 0,8280
FITHA 52.480 40.066 0,7635
CGE 12.694 9.662 0,7611
FIDER 3.517 2.553 0,7259
AGEVISA 16.466 11.745 0,7133
CETAS 3.102 2.180 0,7028
SEAGRI 73.331 48.028 0,6549
DER 187.787 121.622 0,6477
FUNRESPOM 152 98 0,6447
IPERON 14.296 7.805 0,5460SEAS 15.196 4.506 0,2965
1,0000
Unidade
Acima do índice(> 10% e ≤ 25%)
Índice dentrodo esperado(entre 10% e -10%)
Abaixo do índice(> -10% e ≤ -25%)
Muito abaixodo índice(> -25%)
Muito acimado índice( > 25%)
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Com base na Tabela 11, pode-se afirmar que pouco mais de um terço estão
dentro do índice de execução esperado, ou seja, que apresentam uma margem de
variação de 10% da despesa executada em relação à prevista. O Gráfico 8 ilustra
melhor a participação das unidades em relação às categorias dos índices.
Gráfico 8 – Participação % das Unidades Orçamentárias em relação ao
Índice de Execução Financeira - 2009
Percebe-se que do total das unidades orçamentárias, dezesseis delas, cerca
de 46%, estão abaixo ou muito abaixo do índice, enquanto que 11,43% estão acima
e 14,29% muito acima do índice.
Complementando a análise, estabeleceu-se o distanciamento de cada
unidade orçamentária em relação ao índice ótimo. O resultado dessa dispersão pode
ser visualizado no Gráfico 9.
Nesse gráfico é possível observar que a unidade que mais se distancianegativamente do índice balizador é a Secretaria de Estado de Ação Social (SEAS),
enquanto que a unidade orçamentária Fundo Especial de Reequipamento Policial
(FUNRESPOL) apresenta a maior distorção positiva.
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Gráfico 9 – Dispersão das Unidades Orçamentárias em Relação ao
Índice Ótimo de Execução Financeira - 2009
Análise das Restrições à Execução Orçamentária e Financeira
De posse das informações a respeito do desempenho da execução financeira,
procurou-se identificar quais os fatores que impediram ou que dificultaram o
desempenho da execução das ações de governo no exercício de 2009. Para tanto,
tomou-se como base nas unidades orçamentárias que apresentaram a maior
distorção negativa em relação ao índice ótimo de execução financeira no ano de
2009. Entende-se por maior distorção as unidades que ficaram abaixo e muito
abaixo do índice.
Desse modo, as unidades orçamentárias selecionadas foram cruzadas com o
tipo e a quantidade de restrições apontadas pelos seus gerentes de programas na
avaliação do PPA de 2009. O objetivo desse cruzamento de dados foi obter uma
relação de quais as principais restrições que influenciaram no desempenho da
execução financeira das unidades orçamentárias problemáticas. A Tabela 12
demonstra o resultado dessa relação.
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Tabela 12 – Análise de Restrições: Unidades Orçamentárias com baixos Índices de Execução
Tipo de Restrição
ADM AMB AUD FIN GER INS JUD LIC ORC POL TEC OUT Total
FHEMERON - - - - - - - 1 - - - 2 3
SECEL 1 - 1 - - - - 1 - - - - 3
IPEM - - - - - - - - 6 - - - 6
SEPLAN 3 - - 4 - - - - - 1 - - 8
SEDES 1 - - - 1 - - - 1 - - - 3
PGE - - - - - - - - - - - - -
FITHA - - - - - - - - - - - - -
CGE - - - - - - - - - - - - -
Subtotal 5 - 1 4 1 - - 2 7 1 - 2 23
FIDER - - - - - - - - - - - - -
A GEV ISA - - - - - - - - - - - - -
CETA S 4 - - 1 5 - - - - - - - 10
SEAGRI 2 - - 4 - 3 - 1 2 - 1 1 14
DER - - - - - - - - - - - - -
FUNRESPOM - - - - - - - - - - - - -
IPERON - - - - - - - - - - - - -
SEA S 1 - - - - 1 - - 3 - - 3 8
Subtotal 7 - - 5 5 4 - 1 5 - 1 4 32
TOTA L GERA L 12 - 1 9 6 4 - 3 12 1 1 6 55
Fo nte: Governo do Estado de Rondônia. Relatório de A tividades Desenvolvidas Avaliação do P P A 2008-2011, Exercício 2009.
Muito abaixodo índice
Abaixo doíndice
Legenda:ADM =Administrativa;AM B =Ambiental;AUD =Auditoria; FIN =Financeira;GE R =Gerencial; INS =Institucional;J UD =J udicial;LIC =Licitatória; ORC =Orçamentária; P OL =Polí tica; TEC =Tecnologica; OUT =Outras
UnidadeClassificação
Ao se observar a tabela acima é possível afirmar que os tipos de restrições
mais frequentes apontados na avaliação do PPA de 2009 concentram-se em
questões administrativas, orçamentária, financeira e gerencial. O Gráfico 10 ilustra a
participação em percentual dos tipos de restrições apontadas.
O gráfico exibe um empate técnico entre as restrições do tipo orçamentária e
administrativa, ambas com 21,82%, enquanto que as restrições do tipo financeira
correspondem a 16,36% dos problemas apontados na avaliação do PPA de 2009. A
restrição do tipo gerencial aparece em terceiro lugar com 10,91%, seguida das
restrições do tipo institucional, com 7,27% e licitatória com 5,45%. Os demais tipos
aparecem com 1,82%, com exceção dos tipos judicial e ambiental que não foram
apontados pelas unidades orçamentárias.
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Gráfico 10 – Participação Percentual dos Tipos de Restrições das
Unidades com Baixo Índice de Execução
Ao se investigar o detalhamento dos tipos de restrições apontadas
obteve-se uma análise ainda mais detalhada dos principais problemas enfrentados
pelas unidades orçamentárias da amostra, conforme especificado na Tabela 13.
Tabela 13 – Detalhamento dos Tipos de Restrições
(Continua)
Tipo de Restrição Descrição da Restrição QuantidadeParticipação
%
Atividades dependentes de ar ticulação com outras unidadesadministrativas.
2 3,64
Insuficiência/Inadequação de infraestrutura física e de equipamentos. 1 1,82
Entraves nos procedimentos burocráticos (burocracia para exercíciodas atividades administrativas do governo).
2 3,64
Dificuldades na localização de terrenos para implementar ou ampliar a infraestrutura.
1 1,82
Pessoal insuficiente para os quadros de gestão e de execução dasações propostas.
3 5,45
Dificuldades para celebrar contrato/convênio. 2 3,64
Outras (especificar). 1 1,82
Administrativa
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(Conclusão)
Tipo de Restrição Descrição da Restrição QuantidadeParticipação
%
Auditoria Recomendações e instruções da CGE. 1 1,82
Indisponibilidade de recursos f inanceiros. 7 12,73
Outras (especificar). 2 3,64
Ação em fase de execução. 1 1,82
Meta física inadequada à natureza da ação. 1 1,82
Outras (especificar). 4 7,27
Inadequação organizacional. 2 3,64
Ausência de planejamento e priorização. 1 1,82
Outras (especificar). 1 1,82
Procedimento licitatório burocrático. 2 3,64
Apresentação de recursos ou impugnação do certame. 1 1,82
Descompasso entre a previsão no PPA e recursos alocados na LOA. 2 3,64
Realocação do crédito orçamentário de um programa para outro. 9 16,36
Outras (especificar). 1 1,82
Política Outras (especificar). 1 1,82
Técnica Outras (especificar). 1 1,82
Outras Outras (especificar). 6 10,91
TOTAL 55 100,00
Fonte: Governo do Es tado de Rondônia. Relatório de Atividades Desenvolvidas Avaliação do P P A 2008-2011, Exercício 2009.
Institucional
Licitatória
Financeira
Orçamentária
Gerencial
A partir dessa verificação, focando-se apenas nos três principais tipos de
restrições apuradas: administrativa, orçamentária e financeira, é possível constatar
que a principal restrição do tipo administrativa é a insuficiência de pessoal para os
quadros de gestão e de execução das ações propostas. Enquanto que no tipo
orçamentária o maior problema é devido à realocação do crédito orçamentário de
um programa para outro (remanejamentos orçamentários). Já na restrição do tipo
financeira o maior empecilho apontado é a indisponibilidade financeira.
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Modelos de Informações Gerenciais
Com base no desenvolvimento do banco de dados relacional e com a
utilização do Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (DBMS), foi possível
extrair, a título de demonstração, algumas informações gerenciais que mostram as
possibilidades e a enorme capacidade de cruzamento de dados que um sistema de
informações gerenciais pode oferecer no que tange à área de planejamento
governamental.
A Figura 8 exibe um exemplo de uma consulta de dados que objetiva mostrar
a evolução anual da despesa do poder executivo por função de gasto. Nesse caso,
lançou-se mão das seguintes tabelas do banco de dados: Poder, Órgão, Unidade
Orçamentária, Despesa e Função. Em seguida, selecionou-se os campos que
contém os dados desejados: Código da Função, Descrição da Função, Valor
Liquidado e Ano/Mês. Informou-se ainda como critérios os anos de 2006 a 2009, o
mês de dezembro e o código do poder que representa o Poder Executivo.
Figura 8 – Exemplo de Consulta: Evolução Anual da Despesa por Função
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Com base nos dados extraídos da consulta pôde-se construir a Tabela 14 que
apresenta a evolução anual das despesas por função e a variação percentual na
relação entre os anos.
Tabela 14 – Evolução Anual da Despesa por Função, no Período 2006-2009, em Mil Reais
Descrição 2006 2007 2008 2009Variação
2007/2006Variação
2008/2007Variação
2009/2008Variação
Média
Administração 210.338 235.789 339.699 471.293 12,10 44,07 38,74 31,64
Segurança Pública 339.281 360.590 441.590 514.292 6,28 22,46 16,46 15,07
Assistência Social 8.416 12.347 4.320 5.990 46,71 - 65,01 38,66 6,78
Previdência Social 94.786 99.601 124.256 151.282 5,08 24,75 21,75 17,19
Saúde 308.660 324.088 390.074 461.256 5,00 20,36 18,25 14,54
Trabalho 994 230 - - - 76,86 - 25,62
Educação 435.328 476.033 543.808 615.684 9,35 14,24 13,22 12,27
Cultura 1.340 1.353 2.141 5.925 0,97 58,24 176,74 78,65
Direitos da Cidadania 613 101 - - - 83,52 - 27,84
Urbanismo - - 12.688 1.712 - - - 86,51 - 28,84
Habitação - 1.917 - - - - 100,00 - - 33,33
Saneamento - 1.860 - - - -
Gestão Ambiental 2.602 3.488 21.543 21.279 34,05 517,63 - 1,23 183,49
Ciência e Tecnologia 570 573 - - 0,53 0,18
Agr icultura 50.057 57.544 64.829 71.288 14,96 12,66 9,96 12,53
Indústria 223 114 - - - 48,88 - 100,00 - - 49,63
Comércio e Serviços 3.082 1.551 2.069 5.823 - 49,68 33,40 181,44 55,05
Energia 354 1.162 - - 228,25 76,08
Transporte 118.198 107.702 147.056 141.023 - 8,88 36,54 - 4,10 7,85
Desporto e Lazer 1.321 1.337 1.648 2.520 1,21 23,26 52,91 25,79
Encargos Especiais 609.495 664.748 747.324 824.230 9,07 12,42 10,29 10,59
Reserva de Contingência - - - - - -
TOTAL 2.183.127 2.348.202 2.845.576 3.297.523 7,56 21,18 15,88 14,87
Fonte: Balancetes da Despesa, exercícios 2006 a 2009 (SIAFEM)
Os dados apresentados indicam uma maior concentração de gastos na
função encargos especiais, seguida de educação, segurança pública e saúde.
Também é possível verificar que há um aumento de gastos significativo na área de
gestão ambiental durante o período, com variação média percentual da ordem de
183%, por outro lado verifica-se um baixíssimo desempenho na área de ciência e
tecnologia, com variação de apenas 0,53% entre os anos de 2008 e 2009.
Outro exemplo de consulta está ilustrado na Figura 9, onde se buscou obter
uma referência cruzada da evolução anual e mensal de gastos com educação.
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Desta vez, foram selecionadas as tabelas Unidade Orçamentária e Despesa, com a
adição dos campos Código da Unidade, Sigla da Unidade, Ano/Mês e Valor
Liquidado. Por último, informou-se os seguintes critérios: no campo código da
unidade, o código “16001”, que representa a Secretaria de Estado da Educação
(SEDUC) e no campo Ano/Mês, o período de 2006 a 2009.
Figura 9 – Exemplo de Consulta: Evolução Mensal da Despesa com Educação
Com o resultado da consulta foi possível construir a Tabela 15, que apresenta
a evolução mensal da despesa com educação e sua variação percentual. Ao se
analisar essa tabela, verifica-se que os maiores dispêndios de recursos financeiros
estão concentrados nos primeiros e nos últimos meses do exercício. Essa
informação subsidia o planejamento da execução orçamentária e financeira, uma
vez que a unidade setorial sabe que deverá reservar uma proporção de recursos
maiores para os períodos apontados.
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Tabela 15 – Evolução Mensal da Despesa com Educação, no Período 2007-2009, em Mil Reais
Mês 2007Variação %
Mensal2008
Variação %Mensal
2009Variação %
Mensal
janeiro 31.216 - 32.778 - 30.949 -
fevereiro 30.098 - 3,58 29.254 - 10,75 36.069 16,54
março 40.445 34,38 38.167 30,47 36.414 0,96
abril 33.035 - 18,32 36.832 - 3,50 54.565 49,85
maio 40.621 22,96 42.165 14,48 47.707 - 12,57
junho 34.009 - 16,28 40.165 - 4,74 49.216 3,16
ju lho 36.259 6,62 45.498 13,28 48.535 - 1,38
agosto 40.185 10,83 38.876 - 14,55 54.030 11,32
setembro 31.517 - 21,57 42.988 10,58 12.409 - 77,03
outubro 39.300 24,69 42.422 - 1,32 33.213 167,65
novembro 44.808 14,02 49.512 16,71 17.184 - 48,26
dezembro 69.432 54,95 98.205 98,35 188.703 998,13
TOTAL 470.925 - 536.862 - 608.994 -
Fonte: Balancetes da Despesa, exercícios 2007 a 2009 (SIAFE M)
Ainda com base nos dados extraídos do banco de dados e demonstrados na
da Tabela 15, foi possível construir um gráfico que ilustra a evolução da despesa
com educação (Gráfico 11).
Gráfico 11 – Evolução Mensal da Despesa com Educação, no Período 2007-2009
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Mais um exemplo da infinidade de possibilidades de cruzamentos de dados
para se obter informações gerenciais está ilustrado na Figura 10. O objetivo dessa
consulta foi visualizar o total da despesa liquidada em 2009 de todos os poderes e
de cada órgão da estrutura institucional do Estado. Esse tipo de informação é
imprescindível na elaboração do orçamento, pois demonstra o quanto cada órgão
representa sobre o total, estabelecendo-se dessa forma, um parâmetro mínimo, para
que a alocação orçamentária do próximo exercício não fique nem muito superior
nem aquém do que se realizou no exercício anterior.
Nessa consulta, foram selecionadas as tabelas Órgão, Unidade Orçamentária
e Despesa. Os campos adicionados foram: Ano, Código do Órgão, Sigla do Órgão e
Valor Empenhado, sendo que o critério estabelecido para o filtro dos dados foi o ano
de 2009.
Figura 10 – Exemplo de Consulta: Despesa Liquidada por Órgão em 2009
A partir do resultado da consulta estabeleceu-se a participação percentual de
cada órgão sobre o total da despesa liquidada em 2009 (Tabela 16).
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Tabela 16 – Despesa Liquidada por Órgão - 2009, em Mil Reais
ÓrgãoValor
LiquidadoParticipação
%
ALE 105.976 2,74
TC 54.016 1,40
TJ 286.021 7,39
GOV 74.732 1,93
SEPLAN 51.469 1,33
SEFIN 1.192.010 30,80
SESDEC 457.588 11,82
SEDUC 608.994 15,74
SESAU 457.874 11,83
SEDAM 21.279 0,55
SEAPES 47.997 1,24
SECEL 11.974 0,31
SEJUS 114.380 2,96
SEAD 168.025 4,34
SEAS 4.554 0,12SEAGRI 83.464 2,16
MP 111.334 2,88
DPE 18.052 0,47
TOTAL 3.869.739 100,00
Fonte: SIAFEM
Ao se analisar a Tabela 16, observa-se que a maior quantidade de recursos
orçamentários está destinada ao órgão SEFIN, o que se justifica pelo fato de estar
centralizado na Secretaria de Estado de Finanças o pagamento da dívida fundada
do Estado, bem como as transferências constitucionais a todos os municípios do
Estado de Rondônia. Na sequência aparece a Secretaria de Estado da Educação
(SEDUC), com 15,74%, Secretaria de Estado da Saúde (SESA), com 11,83% e
Secretaria de Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (SESDEC),
com 11,82%. Quanto aos demais poderes, verifica-se que o Tribunal de Justiça (TJ)
tem a maior participação no total geral, com 7,39%, seguido pelo Ministério Púbico
(MP), com 2,88%, Assembleia Legislativa, com 2,74%, Tribunal de Contas (TC), com
1,40% e Defensoria Pública (DPE), com 0,47%.
O Gráfico 12 ilustra a participação percentual de cada órgão no orçamento
total do Estado:
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Gráfico 12 – Participação % da Despesa Liquidada, por Órgão, em 2009
Um Modelo de SIG para o Planejamento Governamental
Laudon e Laudon (2008 p. 307) afirmam que os sistemas de informações
gerenciais (SIG) apoiam os gerentes no monitoramento e controle do negócio
fornecendo informações sobre o seu desempenho. Esses sistemas produzem
relatórios fixos, programados para periodicidades definidas, com base em dados
extraídos e resumidos. O formato desses relatórios deve ser anteriormente
especificado.
A proposta de desenvolvimento de um modelo de Sistema de InformaçõesGerenciais (SIG) para o planejamento governamental do Estado de Rondônia está
embasada no resultado da análise das principais dificuldades encontradas pelas
unidades orçamentárias no processo de elaboração e execução do orçamento,
principalmente no que diz respeito à realocação de créditos orçamentários de um
programa para outro.
O objetivo principal do modelo é mostrar como um sistema de informações
gerenciais pode ser útil ao se pensar em planejamento, seja pela possibilidade de seefetuar cruzamentos de dados, obtendo informações em tempo real a partir de uma
base única e consolidada sobre dimensões históricas, seja pelo tempo hábil e pela
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facilidade de se obter dados resumidos que substituem inúmeros relatórios e horas
afinco de trabalho manual.
O processo de desenvolvimento do modelo de SIG para o planejamento
governamental do Estado de Rondônia foi realizado em duas fases: identificação da
infraestrutura do órgão central de planejamento do Estado; e prototipagem de um
SIG para o planejamento governamental.
Identificação da Infraestrutura do órgão central de planejamento do Estado de
Rondônia
Para se desenvolver um sistema é necessário antes tomar conhecimento da
infraestrutura de tecnologia de informação existente no ambiente em que o sistema
será utilizado. Desse modo, buscou-se identificar no setor encarregado do
planejamento governamental do Estado as principais características da
infraestrutura de TI disponível. Segundo Laudon e Laudon (2008 p. 9):
“... a infraestrutura de tecnologia de informação (TI) é constituídapela junção de hardware (equipamento físico usado para atividades
de entrada, processamento e saída de um sistema de informação),software (instruções detalhadas e pré-programadas que controlam ecoordenam os componentes do hardware), tecnologia decomunicações e de redes (composta por diversos dispositivos físicose softwares, interliga os diversos equipamentos de computação etransfere dados de uma localização física para outra), o serviço deWorld Wide Web, e pessoas.”
Nesse contexto, identificou-se o seguinte:
Pessoas: 02 (dois) engenheiros que trabalham na estruturação, concepção e
revisão do Plano Plurianual; 01 (um) administrador, 01 (um) economista e 01 (uma)acadêmica de Ciências Contábeis que executam atividades relacionadas à
execução orçamentária; 02 (duas) técnicas de nível médio que exercem atividades
relacionadas ao protocolo de documentos e arquivo; e 01 (um) gerente que
estabelece as diretrizes, supervisiona as tarefas e realiza outras atividades inerentes
ao cargo.
Hardware: 07 (sete) microcomputadores desktop, 01 (um) notebook e 01
(uma) impressora a laser.
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Software: Sistema operacional Windows 7, Sistema Integrado de
Administração Financeira para Estados e Municípios (SIAFEM); Sistema de
Planejamento Governamental (SIPLAG); Sistema de Apoio à Execução
Orçamentária (SIAPG); Microsoft Office 2010.
Tecnologia de comunicações e de redes: Todos os microcomputadores
estão interligados por meio de uma rede interna (intranet ) a um servidor de arquivos,
onde são centralizados todos os documentos elaborados pela SEPLAN.
World Wide Web: Todos os microcomputadores têm acesso restrito à
internet que é controlado pela Gerência de Informática da SEPLAN.
Por meio da identificação da infraestrutura pode-se verificar que apesar da
SEPLAN possuir um sistema onde são alimentadas as informações do
planejamento, o SIPLAG, e mais outros dois sistemas destinados à execução
orçamentária, o SIAPG e o SIAFEM, não há uma ferramenta específica capaz de
gerir os dados históricos desses sistemas, de forma que se possa fazer, por
exemplo, análises comparativas anuais entre a previsão e a realização da despesa,
ou ainda, verificar em que nível de execução se encontra o orçamento de
determinada unidade orçamentária, entre outras informações gerenciais.
Prototipagem de um SIG para o planejamento governamental
Construir um protótipo de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG) para
o planejamento governamental do Estado de Rondônia é o resultado concreto deste
trabalho, que teve como base o banco de dados relacional desenvolvido para
organizar os dados da execução orçamentária e financeira do Estado de Rondônia.
Para Laudon e Laudon (2008, p. 355),
“A prototipagem consiste em montar um sistema experimentalrapidamente e sem muitos gastos para submetê-lo à avaliação deusuários finais. O protótipo é uma versão funcional de um sistema deinformação, ou de parte dele, mas deve ser considerado apenas ummodelo preliminar. Os usuários interagem com o protótipo pata ter uma ideia melhor de seus requisitos de informação, podendo refiná-lo inúmeras vezes.”
O modelo proposto foi desenvolvido em um suplemento do Microsoft Excel2010 denominado PowerPivot. Esta ferramenta oferece o poder de criar de uma
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forma autônoma soluções de Business Intelligence (BI), que segundo a definição de
Primak (2008, p. 6):
“É uma ferramenta de consulta às bases de dados das funçõesorganizacionais para a apresentação de informações de formasimples e amigável (através de gráficos), atendendo àsnecessidades, principalmente, dos gestores da alta administração.Permite ainda o acompanhamento diário de resultados, tabulandodados de todas as áreas funcionais da organização para depoisexibi-los de forma simplificada, sendo de fácil análise e compreensãopara aqueles que não possuem profundos conhecimentos sobretecnologia.”
. Dessa forma, o modelo possibilita importar e manipular grandes quantidades
de dados de praticamente qualquer fonte com muita facilidade. Auxilia ainda a
criação de tabelas e gráficos dinâmicos de forma interativa, proporcionando uma
visão mais aprofundada de negócios e ciclos de decisão.
O modelo desenvolvido propõe um painel digital vinculado às tabelas do
banco de dados relacional. Exibe em uma única tela informações importantes tanto
para administrar os recursos de uma unidade orçamentária como para elaborar
novas propostas de ações de governo. São indicadores-chave de desempenho em
forma de gráficos e tabelas que fornecem um panorama de medidas essenciais para
tomar decisões executivas importantes. A Figura 11 ilustra o modelo proposto.
Figura 11 – Tela do Modelo de SIG para o Planejamento Governamental
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No lado esquerdo da tela têm-se as variáveis de segmentação de dados que
podem ser utilizadas individualmente ou combinadas de acordo com a necessidade
do gestor. Nesse modelo utilizou-se as seguintes variáveis: ano e mês, grupo de
fontes de recurso, área, unidade orçamentária, função, grupo de despesa e
elemento de despesa.
Ao centro da tela foram estabelecidos quatro gráficos que demonstram o valor
previsto e realizado por área, o acompanhamento de execução por área e os
indicadores de realização por área, função e órgão.
Do lado direito, observa-se a lista de campos com base nas tabelas do banco
de dados relacional, e as opções de segmentação de dados verticais e horizontais,
filtro, campos de legenda (séries), campos de eixos (categorias) e valores.
Como exemplo, o gráfico “Realizado por Área” da Figura 11 possui a seguinte
estrutura:
Filtro do relatório: arrastou-se da tabela despesa os campos referentes ao
ano e mês e fonte de recurso. Também foi incluído o campo de descrição do
elemento de despesa da tabela Natureza da Despesa. É importante frisar que a
ferramenta reconhece automaticamente o relacionamento entre as tabelas, portanto,
para se obter a descrição de determinado campo, basta arrastá-lo da tabelacorrespondente.
Campos de eixo: utilizou-se o campo referente ao nome da área da tabela
Área.
Valores: buscou-se o campo referente ao valor liquidado da tabela Despesa.
Dessa forma, ao selecionar os campos desejados a ferramenta montou
automaticamente o gráfico dinâmico, dando ainda opção de filtrar os dados da forma
que se fizer necessário.O modelo apresentado é apenas uma das várias possibilidades de
cruzamento de dados. A ideia central é resumir graficamente as informações que
reflitam na tomada de decisão dos gestores.
Discussão sobre os Resultados
Os resultados alcançados na abordagem do tema estão inter-relacionados eforam apresentados de acordo com a questão que esse trabalho se propôs a
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elucidar sobre quais as contribuições de um sistema de informações gerenciais para
o planejamento governamental, pautada nos objetivos específicos.
Com o estabelecimento do índice de execução financeira e o índice ótimo de
execução foi possível identificar quais as unidades apresentam a maior distorção na
relação entre o que se destina à execução das ações de governo e o que se realiza
efetivamente durante o exercício financeiro.
Verificou-se ainda, que uma das principais causas do baixo desempenho na
execução orçamentária e financeira é que há carência muito grande de mão de obra
especializada, principalmente nas áreas econômica e social do governo do Estado.
Prova disso é a quantidade de remanejamentos de dotações realizados durante o
exercício, o que caracteriza que as unidades orçamentárias não estão realizando um
planejamento concreto, mas que estão atendendo as demandas da sociedade na
medida em que estas vão surgindo.
Deduz-se que as unidades setoriais, salvo raras exceções, utilizam os
instrumentos de planejamento (PPA e LOA) apenas como meros documentos de
cumprimento legal, muitas vezes com informações desencontradas e metas de
realização mal dimensionadas, quando não, irreais.
Diante dessa realidade propôs-se o desenvolvimento de uma solução queobviamente não tem a pretensão de resolver todos os problemas e mazelas da área
de planejamento governamental, pois há inúmeros fatores internos e externos que
contribuem profundamente para a situação em que a administração pública se
encontra. O modelo proposto é, portanto, apenas uma ferramenta que deve ser
utilizada para facilitar o trabalho cotidiano, já tão comprometido pela ineficiência e
pelo excesso burocrático.
Pode-se dizer que o resultado desse trabalho contribui para que se inicie umamudança de comportamento dos gestores públicos. A divulgação à população
desses resultados em tempo real, proporciona uma fiscalização mais efetiva no
acompanhamento da execução das ações de governo. Também serve para
fortalecer a participação social na elaboração de novas políticas públicas. Fazendo
com que o Estado se veja obrigado a investir cada vez mais em gestão, capacitação
de pessoal e em tecnologias que contribuam para melhorar a prestação de serviços
ao cidadão.Quanto às contribuições que um SIG pode trazer para o planejamento
governamental pode-se elencar as seguintes:
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• Contribui para o atingimento da excelência operacional (produtividade,
eficiência e agilidade);
• Possibilita o desenvolvimento de novos serviços;
• Estreita o relacionamento com o cidadão;
• Melhora a tomada de decisão (em termos de precisão e velocidade).
No entanto, para que se possa efetivar essas contribuições é necessário que
o poder público realize investimentos em sistemas de informação no sentido de
administrar suas funções internas, bem como lidar com as demandas dos atores-
chave em seu entorno.
Um sistema de informação deve ser desenvolvido, sobretudo, para solucionar
um problema ou um conjunto de problemas que a organização reconhece estar
enfrentando. No caso do Governo do Estado de Rondônia, percebe-se que os
administradores, bem como os gerentes de programas de cada unidade
orçamentária não estão tendo um desempenho tão bom quanto o esperado. Um dos
fatores que contribuem para este cenário é justamente a carência de tecnologias
capazes de lidar com tantas informações ao mesmo tempo.
Observa-se também que há uma grande dificuldade em se obter informações
concisas e confiáveis sobre operações correntes, tendências e mudanças relativas
às diversas unidades orçamentárias. Isso ocorre porque os dados referentes ao
planejamento governamental do Estado estão dispersos em sistemas que atuam de
forma individualizada. Para completar, o principal sistema, o SIAFEM utiliza
tecnologia de gerenciamento de dados ultrapassada que dificulta o acesso à
informação pelo usuário.
Muitas vezes, é necessário dispender dias de trabalho localizando e reunindo
dados necessários para realizar determinada tarefa, outras vezes o gestor se vêobrigado a tomar decisões com base em informações incompletas. Se se estiver
pesquisando tendências, será um problema adicional, porque os sistemas deixam
apenas os dados atuais disponíveis, sendo difícil encontrar dados sobre eventos
passados.
Uma boa solução para atacar todos esses problemas é com a implantação de
um data warehouse:
“Data warehouse é um banco de dados que armazena dadoscorrentes e históricos de potencial interesse para os tomadores de
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decisão de toda a organização. O Data warehouse consolida epadroniza as informações oriundas de diferentes bancos de dadosoperacionais, de modo que elas possam ser usadas por toda aorganização para análise gerencial e tomada de decisões.” (Laudon
e Laudon, 2008)
Em um data warehouse os dados ficam disponíveis a todos os servidores
para que tenham acesso conforme o nível de permissão e necessidade, não
podendo alterar os dados. Oferece também uma gama de ferramentas específicas e
padronizadas, como ferramentas de consulta, ferramentas analíticas e recursos para
relatórios gráficos. Atualmente, muitas organizações usam portais de intranet para
disponibilizar as informações do data warehouse a todo o público interno.
CONCLUSÕES
O presente estudo possibilitou elaborar um modelo de SIG como contribuição
para a melhoria da administração pública, o qual é resultado das reflexões e
avaliações realizadas no processo de elaboração e execução do planejamento
governamental do Estado de Rondônia.
A apuração do desempenho das unidades orçamentárias por meio do
estabelecimento do índice de execução financeira possibilitou algumas reflexões
metodológicas a respeito da capacidade de elaboração das ações de governo. O
uso da pesquisa quantitativa quanto às principais restrições apontadas pelas
unidades na avaliação do PPA, merece ser destacada como forma de contribuir para
as discussões na área de planejamento governamental.
Além do material organizado sobre tecnologia da informação (TI), sistema de
informações gerenciais (SIG) e planejamento governamental, condensado na
revisão bibliográfica, o estudo apresenta ainda, pontos para reflexão e análises
futuras, como a questão da cultura organizacional e o aprofundamento da utilização
de informações gerenciais.
Os problemas apontados na introdução desse trabalho nortearam o
direcionamento do estudo e puderam ser comprovados na verificação da capacidade
de planejamento das unidades orçamentárias, principalmente no que diz respeito à
ausência de ferramentas que permitam auxiliar a identificação de gargalos que
afetam o planejamento do gasto público.
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Ao abordar as contribuições de um SIG para a área de planejamento
governamental não se pode desvincular as informações levantadas em cada etapa
para a sua concretização, as quais foram direcionadas para alcançar as
contribuições descritas no tópico resultados.
Assim, tem-se a apresentação de um modelo de SIG que contribui para o
aperfeiçoamento do processo de elaboração do Plano Plurianual e da Lei
Orçamentária Anual.
. O modelo de SIG apresentado serve como uma base para a elaboração do
planejamento estratégico de sistemas de informação no âmbito do Estado de
Rondônia, por fornecer uma estrutura que pode ser ampliada de forma a englobar
tanto os aspectos técnicos como os organizacionais, respeitando as particularidades
de cada unidade orçamentária.
No entanto, há que se considerar que a implantação ou a implementação do
modelo proposto depende de três aspectos fundamentais e que merecem um estudo
mais aprofundado: a cultura organizacional, a tecnologia de informação disponível e
a própria estrutura da administração pública estadual.
Há que se considerar também que para gerir informações de forma eficiente é
necessário dispor de indivíduos com capacidade para compreender os fatos e assituações do mundo real de uma forma estruturada, lógica e racional, que saibam
usar e interpretar os dados nos diferentes contextos em que são apresentados, e
que saibam oferecer soluções para os problemas, cada vez mais complexos, em
tempo satisfatório, uma vez que o tempo é um fator fundamental em uma época
marcada pela rapidez e pela busca da eficiência.
A tecnologia apresentada no modelo de SIG proposto se mostra incipiente,
mas consistente no sentido de indicar uma base de dados sólida e estruturada, como fornecimento de elementos vinculados a realidade do planejamento
governamental, de tal sorte que sua implementação requer refinamentos constantes
conforme sua utilização ao longo do tempo.
Por fim, conclui-se que a utilização de um sistema de informações gerenciais
aliado a uma estrutura de TI bem dimensionada proporciona um salto qualitativo na
área de planejamento governamental, visto que atualmente é impossível pensar em
um método eficiente de planejamento das ações de governo, sem associá-lo aoconvívio e ao uso de sistemas de informação automatizados e da tecnologia da
informação como sustentáculo.
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APÊNDICE - Comparativo da Despesa Prevista X Executada, por
Área e Unidade Orçamentária, no período 2006-2009
2006 2007 2008 2009
Pr ev is to Rea liz ado Ín dic e Pr ev is to Re aliz ad o Índic e Pr ev is to Re aliz ad o Índ ic e Pr ev is to Re aliz ad o Índ ic e
FEPRAM 1.060 1.645 1,5519 1.988 2.707 1,3617 6.672 2.386 0,3576 2.880 3.764 1,3069 1,1445
SEDAM 5.657 7.469 1,3203 7.383 11.432 1,5484 14.550 10.821 0,7437 12.739 17.119 1,3438 1,2391
TOTAL 6.717 9.114 1,3569 9.371 14.139 1,5088 21.222 13.207 0,6223 15.619 20.883 1,3370 1,2063
IDARON 29.433 28.297 0,9614 0,9614
FIDER 2.790 2.402 0,8609 4.600 831 0,1807 687 4.971 7,2358 3.517 2.553 0,7259 2,2508
IPEM 2.013 1.590 0,7899 1.752 1.785 1,0188 1.976 2.198 1,1123 2.192 1.895 0,8645 0,9464
JUCER 2.580 2.545 0,9864 2.894 2.972 1,0270 3.835 3.330 0,8683 4.559 4.226 0,9270 0,9522
SEAGRI 2.317 - - 73.331 48.028 0,6549 0,3275
SEDES 71.929 45.467 0,6321 66.243 56.734 0,8565 65.176 73.214 1,1233 45.215 37.659 0,8329 0,8612
TOTAL 79.312 52.004 0,6557 75.489 62.322 0,8256 73.991 83.713 1,1314 158.247 122.658 0,7751 0,8469
SEAD 8.329 9.600 1,1526 12.379 12.408 1,0023 13.160 14.189 1,0782 17.064 16.524 0,9684 1,0504
SEFIN 64.844 81.593 1,2583 83.848 89.141 1,0631 96.763 100.852 1,0423 108.910 107.457 0,9867 1,0876
SEPLAN 41.860 5.225 0,1248 8.352 5.909 0,7075 13.817 18.642 1,3492 13.223 11.045 0,8353 0,7542
SUPEL 845 932 1,1030 1.397 1.148 0,8218 1.190 1.443 1,2126 1.628 1.920 1,1794 1,0792
TOTAL 115.878 97.350 0,8401 105.976 108.606 1,0248 124.930 135.126 1,0816 140.825 136.946 0,9725 0,9797
DER 73.876 108.243 1,4652 101.909 85.304 0,8371 112.921 120.175 1,0642 187.787 121.622 0,6477 1,0035
DEOSP 8.411 3.567 0,4241 10.959 3.750 0,3422 15.964 15.245 0,9550 19.909 46.533 2,3373 1,0146
FITHA - 20.474 42.786 40.884 0,9555 54.776 47.050 0,8590 52.480 40.066 0,7635 0,8593
TOTAL 82.287 132.284 1,6076 155.654 129.938 0,8348 183.661 182.470 0,9935 260.176 208.221 0,8003 1,0591
CGE 3.473 5.373 1,5471 5.984 7.274 1,2156 8.179 9.975 1,2196 12.694 9.662 0,7611 1,1858
CGAG 22.661 23.856 1,0527 28.417 25.922 0,9122 31.378 33.600 1,0708 38.600 41.456 1,0740 1,0274
PGE 11.038 10.730 0,9721 15.577 12.285 0,7887 15.205 15.192 0,9991 18.585 15.389 0,8280 0,8970
TOTAL 37.172 39.959 1,0750 49.978 45.481 0,9100 54.762 58.767 1,0731 69.879 66.507 0,9517 1,0025
DETRAN 51.360 45.870 0,8931 57.829 38.685 0,6690 52.909 66.782 1,2622 79.132 71.657 0,9055 0,9325
FUNRESPOM - - 104 250 2,4038 152 9 8 0,6447 1,5243
FUNRESPOL 1.003 1.472 1,4676 2.979 525 0,1762 2.681 2.472 0,9220 2.169 5.903 2,7215 1,3219
FUNESBOM 1.978 891 0,4505 2.356 1.602 0,6800 942 1.882 1,9979 2.314 2.441 1,0549 1,0458
FESPREN 100 21 0,2100 54 108 2,0000 1,1050
FUPEN 273 352 1,2894 401 392 0,9776 747 318 0,4257 744 1.755 2,3589 1,2629
SESDEC 186.342 245.945 1,3199 264.720 266.699 1,0075 324.777 292.668 0,9011 327.676 359.108 1,0959 1,0811
TOTAL 240.956 294.530 1,2223 328.385 307.924 0,9377 382.214 364.480 0,9536 412.187 440.962 1,0698 1,0459
AGEVISA - 4.795 6.811 9.199 1,3506 11.007 8.646 0,7855 16.466 11.745 0,7133 0,9498
CETAS 2.308 470 0,2036 1.387 818 0,5898 1.272 1.515 1,1910 3.102 2.180 0,7028 0,6718
FHEMERON 27.381 12.942 0,4727 21.355 14.879 0,6967 14.165 18.998 1,3412 20.679 18.284 0,8842 0,8487
FEAS 4.486 477 0,1063 4.405 615 0,1396 118 871 7,3814 429 510 1,1888 2,2040
FES 286.464 275.446 0,9615 306.724 269.381 0,8783 307.357 304.173 0,9896 337.958 330.742 0,9786 0,9520
FUNPRERO 105.892 131.040 1,2375 148.361 137.094 0,9241 1,0808
IPERON 109.751 79.007 0,7199 92.923 92.964 1,0004 6.663 11.398 1,7106 14.296 7.805 0,5460 0,9942
SEDUC 220.999 203.919 0,9227 463.209 415.297 0,8966 488.404 433.384 0,8873 491.964 557.625 1,1335 0,9600
SEAS 5.780 - - 15.196 4.506 0,2965 0,1483
SEJUS 30.823 46.510 1,5089 68.923 57.913 0,8403 88.728 77.497 0,8734 94.789 109.860 1,1590 1,0954
SECEL 8.916 4.264 0,4782 3.041 5.064 1,6652 5.620 9.367 1,6667 11.514 10.092 0,8765 1,1717
TOTAL 691.128 627.830 0,9084 968.778 866.130 0,8940 1.035.006 996.889 0,9632 1.154.754 1.190.443 1,0309 0,9491
Fonte: Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Município s (SIAFE M)
Nota: Não co mputadas despesas destinadas a programas de operações especiais e reserva de contingência;despesas co m fontes de recursos provenientes de operações de crédito, convênios e contrapartidas;despesas com exercícios anteriores;sentenças judiciais;indenizações e restituições;e ressarcimento de despesas de pessoal requisitado.
GESTÃO
INFRAESTRUTURA
INSTITUCIONAL
SEGURANÇA
SOCIAL
ÍndiceMédio
SiglaÁrea
AMBIENTAL
ECONÔMICA
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