monsanto_PERCURSO PEDESTRE

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4 5ndi ceGui adoParqueFl or est al deMONSANTOndicePrefcio ......................................................................................................................... 6Introduo .................................................................................................................... 8Mapa Geral de Monsanto ........................................................................................... 10BreveHistria Do Slex Reforestao ................................................................... 12 Geomorfologia A Herana Vulcnica de Monsanto .................................................. 20 Clima e hidrologia Uma Ilha Mais Fresca no Vero .................................................. 26 Evoluo da Vegetao em Monsanto O Renascimento de Uma Floresta ................ 30 FloraA Flora de Monsanto .................................................................................................... 42A Vegetao Mediterrnica ........................................................................................... 58O Gnero Quercus ........................................................................................................ 60As Orqudeas ................................................................................................................ 62 FaunaAs Aves de Monsanto ................................................................................................... 64Mamferos, Rpteis e Anfbios de Monsanto ................................................................. 76 Fungos Os Cogumelos de Monsanto ..................................................................... 78 EquipamentosEspao Monsanto ......................................................................................................... 90Espao Biodiversidade .................................................................................................. 92LxCRAS Centro de Recuperao de Animais Silvestres de Lisboa .............................. 94Parques Recreativos ...................................................................................................... 95Equipamentos Desportivos Municipais ........................................................................ 96Jardim do Palcio Fronteira Uma Referncia Histrica ............................................ 98 Percursos PedestresIntroduo aos Percursos Pedestres ............................................................................. 100Mapa Geral dos Percursos Pedestres ............................................................................ 102Percurso 1 Pelo Corredor Verde Parque Eduardo VII-Monsanto ........................... 104Percurso 2 A Volta do Planalto ................................................................................ 112Percurso 3 A Rota da gua ...................................................................................... 120Percurso 4 A Caminho das Seis Pedreiras .............................................................. 128Percurso 5 Pelo Montado de Monsanto ................................................................ 134Percurso 6 Percurso dos Moinhos do Mocho ........................................................... 140Percurso 7 Da Alameda Keil do Amaral aos Montes Claros ..................................... 148 Percursos de BicicletaPedalar em Monsanto ................................................................................................. 158Mapa da Rede Ciclvel ............................................................................................... 166Bibliografa ............................................................................................................... 168Gui adoParqueFl or est al deMONSANTO8 9Int roduoA herAnA de MonsAntoNadcadade1930,eapssculos deintensaocupaoagrcola,a serradeMonsantoeraumapaisa-gem praticamente despida de rvores. Hoje, umaforestamaduracommaisdemeio sculo de idade, fruto da criao do Parque Florestal de Monsanto em 1934 e da grande campanha de arborizao iniciada em 1938. Desdeento,eapesardasdentadassofri-das, sobretudo com a implantao de alguns bairros habitacionais, a gesto do parque fo-restaltempermitidoqueaforestaperma-neantegra70anosdepois,semque,por exemplo, um grande incndio tenha deitado porterraopatrimnioverdedeMonsanto ouqueplantasexticasinvasorastenham imposto largamente os seus domnios. Esta foresta de Lisboa mais do que uma simples mancha arborizada com cerca de 900 hectares, pois ao invs, por exemplo, de uma monocultura forestal, um mosaico de bos-ques contnuos com uma grande diversidade de espcies: bosques de sobreiros e azinheiras, pinhaisdepinheiro-mansoedepinheiro--de-Alepo,matasdeciprestes-do-Buaco, zambujaisepequenoscarvalhais,paraalm dedezenasdeespciesdiferentesdervores quesurgemdispersaspelaserra,criando,no conjunto, uma diversidade de ambincias e de habitats forestais. Mesmo os eucaliptais exis-tentes renem diversas espcies de eucaliptos emantmumcobertoarbustivoimportante para a biodiversidade. Se no incio a campanha de arborizao uti-lizou algumas rvores exticas como espcies pioneiras, o recurso tambm a espcies nativas I NTrOduOdaforaportuguesa,nomeadamentesobrei-ros, azinheiras e pinheiros-mansos, permitiu a constituio de bosques mediterrnicos de va-lor indiscutvel. Para isso contribuiu, tal como referenestelivrooengenheiroCarlosSouto Cruz,acolonizaonaturaldeMonsanto por novas rvores e arbustos, sobretudo com a ajuda preciosa de aves e pequenos roedores queforam,aolongodosanos,dispersando sementespelaserra.Dezenasdeespciesde plantasfazemactualmentepartedeMon-santosemteremsidoplantadasinicialmen-te, como so os casos de adernos, folhados e pilriteirosqueabundamnoparqueforestal. Anaturezatemdesempenhadooseupapel noenriquecimentodaforesta,oquetorna Monsantouminteressantecasodeestudo de sucesso ecolgica.O parque forestal tambm, por exemplo, um dos poucos locais do pas onde podemos percorrer bosques de sobreiros com a cortia intacta, envolvidos por um coberto arbustivo bem desenvolvido. A todo este cenrio vegetal correspondeumavidaanimaldiversifcada, apesardeMonsantoserumailhaverdecer-cadaporumaenormemanchaurbanaede estar cortado por uma auto-estrada. Mais de 60 espcies de aves podem aqui ser observadas duranteoano,incluindoguias-de-asa-re-donda,perdizes,pica-paus-malhados,pom-bos-torcazes e gaios, para alm de mamferos como coelhos-bravos e esquilos-vermelhos, e de diversos rpteis e anfbios. Monsanto oferece mais do que as suas pai-sagens, plantas e animais. A oferta de equipa-mentos pblicos que foi sendo instalada, so-bretudo a partir da dcada de 1990 o incio deumnovocaptulonahistriadoparque forestal , proporciona um leque diversifca-do de actividades ao ar livre e excelentes opor-tunidadesparamomentosdelazereevaso doespaourbano:doisparquesrecreativos infantis que se destacam no contexto nacional os Parques Recreativos do Alvito e do Alto da Serafna , dezenas de quilmetros de vias pedonais e ciclveis, cinco circuitos de manu-teno, mais de 10 parques de merendas, duas paredes de escalada, entre outros. Sobram ainda duas infra-estruturas de real-ce: o Espao Monsanto e o Espao Biodiver-sidade. O primeiro um edifcio construdo para funcionar como um centro de interpre-taodeMonsanto,deeducaoambiental e de actividades na natureza; o segundo, de-nominado de Parque Ecolgico de Monsanto quando foi criado, uma rea de acesso con-dicionado dedicada conservao da natureza e da biodiversidade.Emsuma,Monsantoumexemploque deveria ser replicado pelo pas fora em muitas paisagensecologicamentedegradadas.Para alm de prestar um tributo a todas as pessoas que contriburam para a criao e manuten-o desta foresta de Lisboa, e dos respectivos equipamentos de uso pblico, este guia con-vida os leitores a usufrurem de Monsanto e a conheceremasuahistria,ageomorfologia, as plantas, os animais, os cogumelos. Cerca de 200fotografas,ilustraesemapascomple-mentam a informao disponibilizada. Depois, com base nos sete percursos pedes-tresedoisdebicicletapropostos,sfaltar partir descoberta dos lugares mais aprazveis e singulares do Parque Florestal de Monsanto comoomontadodoParquedoCalhau,o Parque da Pedra, a Alameda Keil do Amaral, oMoinhodoPenedo,oJardimdeMontes Claros, as Seis Pedreiras, os Moinhos do Mo-cho, o Miradouro Keil do Amaral, a Pedreira dos Cactos, para alm, claro, da grande diver-sidade de recantos na intimidade dos bosques, muitos dos quais classifcados com o estatuto de interesse pblico. Aps a publicao, em 2009, do Guia dos Parques, Jardins e Geo-monumentos de Lisboa, Monsanto merecia que uma obra lhe fosse dedicada.* Coordenador editorialTextoDavi DTravassos*Gui adoParqueFl or est al deMONSANTO10 11MapaGeral deMons ant o227m1423650 500mNComplexoDesportivode Monsanto(estabelecimento prisional)Forte de MonsantoAlameda Keil do AmaralRespiradourosdo Aquedutodas guas LivresPParquede Campismode MonsantoTapada da Ajuda[Ponte 25 de Abril]AlmadaAlcntaraEstdioPina ManiqueClube Portugus deTiro a ChumboEspao BiodiversidadeEspao Monsanto [][ ][ ]Quinta da FonteViveirosMata de So Domingos de Benfica[2 Circular][IC17]BuracaAmadora[IC19]SintraAmadorarea Militarrea MilitarCruz das OliveirasLuneta dosQuartisBairro daBoavistaParqueRecreativo doAlto da Serafina Bairroda SerafinaAqueduto dasguas LivresParqueda PedraParquedo CalhauBairrodo AlvitoParque Recreativodo AlvitoViveiros da Qt. Pimenteira[Viaduto Duarte Pacheco]LisboaAssociaode Tnisde LisboaPlo Universitrioda AjudaJardimde MontesClarosHospitalSo Francisco XavierBairrode CaselasClubeInternacionalde Futebol[A5]CascaisFortedo Altodo DuqueAlgsPalcio FronteiraBairro do CalhauIgreja de So Domingosde Benfica[Eixo N-S]CampolideBenficaP [][]P[ ] PPPPPPPPPPP[]P [ ][IC19]SintraAmadora227m1423650 500mNComplexoDesportivode Monsanto(estabelecimento prisional)Forte de MonsantoAlameda Keil do AmaralRespiradourosdo Aquedutodas guas LivresPParquede Campismode MonsantoTapada da Ajuda[Ponte 25 de Abril]AlmadaAlcntaraEstdioPina ManiqueClube Portugus deTiro a ChumboEspao BiodiversidadeEspao Monsanto [][ ][ ]Quinta da FonteViveirosMata de So Domingos de Benfica[2 Circular][IC17]BuracaAmadora[IC19]SintraAmadorarea Militarrea MilitarCruz das OliveirasLuneta dosQuartisBairro daBoavistaParqueRecreativo doAlto da Serafina Bairroda SerafinaAqueduto dasguas LivresParqueda PedraParquedo CalhauBairrodo AlvitoParque Recreativodo AlvitoViveiros da Qt. Pimenteira[Viaduto Duarte Pacheco]LisboaAssociaode Tnisde LisboaPlo Universitrioda AjudaJardimde MontesClarosHospitalSo Francisco XavierBairrode CaselasClubeInternacionalde Futebol[A5]CascaisFortedo Altodo DuqueAlgsPalcio FronteiraBairro do CalhauIgreja de So Domingosde Benfica[Eixo N-S]CampolideBenficaP [][]P[ ] PPPPPPPPPPP[]P [ ][IC19]SintraAmadora3 Moinhos do Mocho2 Seis Pedreiras5 Moinho do Penedo4Anfiteatro Keil do Amaral 6Pedreira dos Cactos1 Moinho das Trs CruzesOutros locais de refernciaEstrada alcatroadaCaminho de terraViasEstrada com acesso restritoCicloviaZona de merendasP EstacionamentoSmbolosCafetariaMiradouroCircuito de manutenoRestauranteParque infantilGui adoParqueFl or est al deMONSANTO12 13BreveHi s t ri aDO SLEX rEFLORESTAOMonsanto forneceu slex em abundncia para os povos pr-histricos que nele habitaram. Depois, durante sculos, foi uma paisagem de campos de cereais polvilhada de moinhos de vento. E at aos tempos modernos, do seu ventre foram extrados calcrio e basalto que calcetaram passeios e ruas de Lisboa. Mas voltou s suas razes, sua condio de foresta, pela mo do homem que a extinguiu no passado.TextolvaroTi oFotogr af i aarqui vomuni ci paldeli sboancleofoTogrfi coA serra de Monsanto, local onde se en-contra implantado o Parque Florestal da cidade desde os anos 40 do sculo XX,habitadadesdeoperodoPr-hist-rico.Aarqueologiatematestadoestefacto, identifcando e localizando cerca de 20 esta-es arqueolgicas, de que se destacam, entre outras, as de Montes Claros e de Vila Pouca. A zona de Monsanto reunia ento condies ideais para o estabelecimento de comunida-des a proximidade de cursos de gua doce (como as ribeiras de Alcntara e do Jamor) e asguassalobrasdoesturiodo Tejoofere-ciam peixe em abundncia; a fertilidade das terras favorecia a agricultura; a foresta forne-cia proteco e lenha; e a riqueza de slex no subsolo constitua na altura a matria-prima para o fabrico de utenslios. OsvestgiosdoperodoPaleoltico(600 mil anos a 10.000 a.C.) o mais recuado e de maior durao da histria humana , encon-tram-se nas imediaes do vale de Alcntara, nomeadamente na zona de Vila Pouca. Verg-lio Correia, o arquelogo que identifcou esta estaoarqueolgica,refereaexistnciade fundos de cabana (vestgios de pavimentos e de postes em madeira que constituam a estru-tura das cabanas, atestando a existncia de zo-nas habitacionais), assim como a abundncia de peas em slex. A elevada quantidade deste tipodeobjectosquesurgemnamaioriadas estaes arqueolgicas da serra de Monsanto, comprovamaabundnciadaquelamatria--prima, razo pela qual se considera a hiptese demuitasdessasestaesconstituremofci-nas de talhe onde se procedia preparao do slex, libertando-o dos vestgios de calcrio ou de outras impurezas, para posteriormente ser trocado por outros bens.Aspopulaesaquiestabelecidasnope-O slex uma rocha sedimentar que sur-genoseiodasrochascalcrias.Degran-dedurezaedensidade,foiamplamente utilizadapelohomempr-histricopara aconfecodosseusutenslios,nomeada-mente armas (pontas de seta) e objectos de corte (lminas, machados). Mais tarde, foi utilizado para produzir fascas nas armas de fogo, tomando o nome de pederneira. o SlexEm 1938, o Presidente da Repblica, marechal scar Carmona, planta a primeira rvore.David TravassosGui adoParqueFl or est al deMONSANTO34 35Evol uoda Veget aoemMons ant ofuncionrios, o arvoredo conseguiu fnalmen-teinstalar-se,emboramantendoumdesen-volvimento lento ao ponto de, na dcada de 1950, se ter optado pela instalao de espcies de crescimento rpido, em especial eucaliptos (Eucaliptus spp.) e choupos (Populus spp.) nas reas de maior impacto visual.Entretanto,orestantearvoredodesenvol-via-se mais ou menos lentamente dominando os pinhais de pinheiro-manso ou de pinhei-ro-de-Alepoocorrendoaindaalgunspo-voamentosdepinheiro-das-Canrias(Pinus canariensis) , os ciprestes, com ciprestes-do--Buaco,ciprestes-comuns(Cupressussem-pervirens) e ciprestes-de-Monterey (Cupressus macrocarpa),eaindaeucaliptais,acaciais, sobreiraiseazinhais,frequentementeem povoamentosmistos.Foiplantadamaisde uma centena de espcies de rvores, quer em povoamentosestremes(puros),querempe-quenas manchas para fns de ensaios, embora muitas tenham desaparecido ou difcilmente subsistidofacecompetiocomespcies melhor adaptadas.Asespciesaplicadasdeformasistemtica empovoamentospurosoumistosforamse-leccionadas de acordo com a experincia dos ServiosFlorestaissobreiros,azinheiras, Os pinheiros-mansos (Pinus pinea) formam hoje bosques com um meio arbustivo dominado por adernos(Phillyrea latifolia), folhados (Viburnum tinus) e medronheiros (Arbutus unedo).Clube Portugus deTiro a ChumboEspao MonsantoBairro daBoavistaBairroda SerafinaCaselasParquedo Calhau0 500mZambujeiros 9, 10, 11Sobreiros e azinheiras 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8Pinheiros-das-Canrias 12Carvalhos-cerquinhos 13Sobreiros 1414Parque de Campismode MonsantoTapada da AjudaEspao BiodiversidadeEspao MonsantoForte deMonsantoParque Recreativodo Alvito[ViadutoDuarte Pacheco]LisboaAlamedaKeil do Amaral MontesClaros[A5]Cascais32145 6789 10111213N227mpinheiros-mansosepinheiros-de-Alepo,tal como diferentes espcies exticas de ciprestes, de accias e de eucaliptos , tendo sido ainda realizadosensaiosdeplantaocomespcies de que se tinha pouca ou nenhuma experin-cia, como o carvalho-cerquinho ou portugus (Quercus faginea), o carvalho-alvarinho ou ro-ble (Quercus robur) e o pinheiro-das-Canrias. A recolonizao naturalDiversospovoamentoscomearamdepois a apresentar alteraes profundas na sua com-posio,emespecialaonveldesubcoberto, devido ao aparecimento de espcies que no haviam sido introduzidas durante as aces de forestao,masprovinhambasicamentede rebentos de toias da vegetao existente jun-to aos muros e de outras divisrias de campos agrcolas,equepassavampraticamentedes-percebidas pelo seu frequente corte.Entre as espcies assim surgidas so de refe-rir as silvas (Rubus ulmifolius), as madressilvas (Lonicera periclymenum), os ulmeiros (Ulmus minor),ospilriteiros (Crataegus monogyna) e osabrunheiros-bravos(Prunusspinosa),que actualmentecobremextensasreasdopar-queforestal,geralmenteassociadasazonas demaioresdisponibilidadeshdricas,como linhas de gua e zonas de ressurgncias hdri-cas. Em zonas mais secas surgiram esporadica-mente manchas de carvalhos-negrais (Quercus pyrenaica) e de carrascos (Quercus coccifera). Aarborizaoeconsequentesalteraes notipodecobertovegetalrefectiram-sena fauna, passando um nmero cada vez maior de espcies a povoar Monsanto. As aves con-triburamdemodosignifcativoparaode-senvolvimentodavegetao.Otransporte de sementes levado a cabo pela avifauna ter sidoresponsvelpelaexistnciadeadernos povoAmentos clAssificAdosFonte: Cmara Municipal de Lisboa.Gui adoParqueFl or est al deMONSANTO38 39Evol uoda Veget aoemMons ant o0 500 mNQfOeJtTaQpU/FQuercus faginea (Carvalho-cerquinho) QfQuercus pyrenaica (Carvalho-negral) QpUlmus / Fraxinus (Ulmeiro / Freixo) U/FOlea europaea (Zambujeiro) OeJuniperus turbinata (Sabina-das-praias) JtTamarix africana (Tamariz) Ta[Viaduto DuartePacheco]Lisboa[A5]Cascais1. Uma morfologia de transio entre as rvores de folhagem persistente e de folhagem caduca; a rvore nunca fca totalmente despida; antes de carem todas as folhas secas, j rebentaram novas folhas. 2. Encontrando-se neste caso Monsanto quase no limite sul de ocorrncia desta espcie em Portugal; em Espanhae Marrocos a espcie ocorre a latitudes mais meridionais mas em habitats de altitude.outras) e, por fm, dos presumveis elementos arbreos dominantes nas forestas primitivas da zona de Monsanto carvalhos-cerquinhos e negrais, freixos e ulmeiros.A vegetao natural potencialA VegetaoNaturalPotencialumcon-ceitoqueprocurapreverocobertovegetal queporsucessivasetapassedesenvolver num determinado lugar, excluindo qualquer forma de perturbao externa ao meio (como o impacte de espcies exticas, por exemplo), atingindo o equilbrio num estdio de maior complexidade,comapresenadetodosos estratos (herbceo, arbustivo e arbreo) bem desenvolvidos. Com base nos elementos ves-tigiaisaindasobrantes(noobstanteuma actividadeagro-pastorildevriosmilnios), e de acordo com as actuais condies ecolgi-cas, como seria a vegetao natural potencial de hoje na serra de Monsanto?Emcondiesmesflas(condieshi-drologicamenteequilibradasemsolosevo-ludos com boa drenagem), a estrutura pre-dominanteseriaocarvalhalmarcescente1 dominadopelocarvalho-cerquinho.Nos habitatsligeiramentemaishidrflos(com maiores disponibilidades hdricas), designa-damente orlas das zonas hmidas e encostas orientadas a norte, o domnio corresponde-ria aos carvalhais caduciflios (de folhagem caduca)dominadosporcarvalho-negral2. fsiolgicos,eventualmenteprovocadosporcondi-esambientaisespecifcas(perodosdeestiagem prolongados e/ou competio intra-especfca).Pragas, doenas e no sNo caso dos povoamentos de sobreiros e azinheiras, as pragas no tm sido relevantes, apesar da presena de numerosos insectos desfolhadores que geralmente afec-tam partes pouco signifcativas da copa. Nadetecodepragasedoenas,temhavido,desde 1979, uma colaborao com o Instituto de Fitopato-logia VerssimodeAlmeida,oInstitutoNacionalde Investigao Agrria (Estao Florestal Nacional) e a FaculdadedeCincias.Amonitorizaoeacesde controle de pragas e doenas tm sido um dos objectivos principais na gesto do Parque Florestal de Monsanto.Por outro lado, e parte das pragas e doenas, uma situaocrticaocorreucomospinheiros-de-Alepo que foram instalados em solos de origem basltica. Sendoumaespciecaractersticadesoloscalcrios ou arenosos, nos solos argilosos as suas razes no se aprofundam,desenvolvendo-sequasesempreho-rizontalmente.Estefactodeterminouaquedade numerososindivduosduranteastempestadesda dcadade1980e,apartirdadcadade1990, povoamentos de aprecivel dimenso, incluindo r-vores de grande porte, comearam a inclinar-se com o peso das copas e, no raramente, caem as rvores perifricas (mais desprotegidas).Condies climticas adversas, como a secura estival prolongada, tero sido a causa provvel da morte de algunspequenospovoamentosdepinheiros-mansos e da eliminao, por diversas vezes, da parte area ( superfcie) das accias-da-Austrlia (Acacia me-lanoxylon), uma espcie extica infestante, cujos po-voamentos sofreram danos signifcativos.Pragas, doenas e outras enfermidades(continuao)Outrora, os zambujeiros (Olea europaea var. sylvestris) teriam formado bosques nalgumas reas de Monsanto,em particular junto ao litoral onde ainda hoje existem exemplares notveis.vegetAo nAturAl potenciAl de monsAntoFonte: Cmara Municipal de Lisboa.0 500 mNQfOeJtTaQpU/FQuercus faginea (Carvalho-cerquinho) QfQuercus pyrenaica (Carvalho-negral) QpUlmus / Fraxinus (Ulmeiro / Freixo) U/FOlea europaea (Zambujeiro) OeJuniperus turbinata (Sabina-das-praias) JtTamarix africana (Tamariz) Ta[Viaduto Duarte Pacheco]Lisboa[A5]CascaisGui adoParqueFl or est al deMONSANTO42 43Fl oraA FlorA de MonsAntoPela sua importncia ou representatividade no Parque Florestal de Monsanto, destacamos 25 espcies de rvores e arbustos, sobretudo nativas mas tambm algumas exticas. Um convite para se partir descoberta da rica fora de Monsanto.Textosjoopaulogomes**compar t i ci paodedavi dTravassos( textosdasespci es, daVeget aomedi terrni ca edogneroQuercus) edeandrFonseca( textodaVeget aomedi ter rni ca)Gui adoParqueFl or est al deMONSANTO44 45Fl orarvoresPinheiro-das-CanriasPinus canariensis Sweet ex Spreng.Foi plantado em Monsanto pela primeira vezemPortugal,formandonazonada Alameda Keil do Amaral o maior povoa-mento do pas (2,6 hectares).Endmica (com origem restrita a uma re-gio) das ilhas Canrias, esta espcie tem sofridoumafortereduodassuaspo-pulaes,formandoapenasforestasde dimenso signifcativa nas ilhas de Tene-rife e de La Palma. Est muito bem adap-tada falta de gua, podendo sobreviver com precipitaes anuais de 200 mm. uma rvore de grande porte, podendo chegar aos 45 metros de altura. O tronco assemelha-se ao do pinheiro-manso e as folhas(emformadeagulhas)dispem--se em grupos de trs (o pinheiro-manso eamaioriadospinheirosapresentam--nas aos pares) e so fexveis e penden-tes.Nasrvoresmaismadurassurgem frequentementeraminhosarebentar directamente do tronco principal. Com-parativamenteaoutrospinheiros,asua madeiraapresentadasmelhorescarac-tersticas para construo e trabalhos de marcenaria. uma das espcies com maior ocupao em Monsanto, onde forma bosques cont-nuos. O pinheiro-manso uma rvore que pode chegar aos 30 metros de altura, cuja caracterstica copa larga e arredondada lhe deu o nome comum ingls de umbrella--pine (pinheiro-chapu-de-chuva). Esta espcie encontra-se disseminada por toda a Bacia do Mediterrneo desde tem-pos pr-histricos, sendo difcil precisar a sua real origem, apontando-se no entanto que seja autctone em Portugal. As folhas apresentam-se reduzidas a agulhas que se dispemaospares,minimizandoperdas deguaporevapotranspirao.Acasca, fssurada em placas largas, tem uma colo-rao castanha-avermelhada.O pinheiro-manso tem sido plantado por todooterritrioportugus,emespecial naszonaslitoraisdoCentroeSul,dada a sua preferncia por solos arenosos e re-gies pouco sujeitas a geadas. Esta carac-tersticaconfere-lheapetnciaparaasua utilizaonacontenodasareiasedo vento nas regies costeiras. De referir que oPinhaldeLeiria,hojedominadopelo pinheiro-bravo(Pinuspinaster)era,at RevoluoIndustrial,constitudomaiori-tariamenteporpinheiro-manso.Hojeem dia, o concelho de Alccer do Sal alberga amaiormanchamundialcontnuadesta espcie. Acopasingulardestepinheiroconfere--lheumgrandevalorpaisagstico,sendo tambmumbomrefgioparaaves,des-tacando-se, por exemplo, o pombo-torcaz (Columba palumbus), que visita estes pinhais para a sua estadia invernal em Portugal. O pinho, comestvel, razo principal da sua plantao, deu-lhe a designao comum de manso. A rvore precisa de cerca de 15 anos para frutifcar e a maturao das se-menteslevatrsanos.Asualongevidade pode ultrapassar os 250 anos.Pinheiro-de-AlepoPinus halepensis Miller uma das rvores mais plantadas em Monsanto,sobretudoemsoloscalc-rios. Apesar de ser uma espcie oriun-da de quase toda a orla do Mar Medi-terrneo no nativa em Portugal. Foi identifcada pela primeira vez na regio deAlepo,noNortedaSria,deonde lhevemoepteto.Comumacopair-regular, que chega aos 20 metros, pode viver 200 anos. O tronco acinzenta-do,apresentandopequenasfssuras. Uma das caractersticas que o distingue de outros pinheiros o facto de man-ter as pinhas de vrios anos nos ramos, ao contrrio das outras espcies que as deixamcairapsalibertaodasse-mentes.Assuassementessomuito procuradas pelos esquilos.O seu rpido crescimento, a grande tole-rncia ao calcrio e a resistncia secura, temlevadosuautilizaocomopro-teco contra a eroso de solos e como quebra-vento nas zonas costeiras (sobre-tudo na regio de Lisboa). tambm til no reforestamento de solos esquelticos onde poucas espcies conseguem vingar.Pinheiro-mansoPinus pinea L.Gui adoParqueFl or est al deMONSANTO56 57Fl oraArbustos/subArbustosMedronheiroArbutus unedo L. um arbusto de porte arbreo, com um tronco bastante retorcido de cor levemente avermelhada.espontneoemPortugal, principalmenteasuldoTejo,emboracli-maticamente se encontre tanto em regies mediterrnicas como atlnticas. As folhas, persistentes, apresentam a margem serrada comumpecolo(pdafolha)averme-lhado. As fores surgem em Outubro-No-vembro, em simultneo com os frutos que levaramumanoaamadurecer.Estesso comestveisebastanteornamentais,colo-rindoascopasdeamarelosevermelhos nas vrias fases de amadurecimento. O fruto comido cru ou cozinhado, mas o seu uso mais conhecido na confeco delicoreseaguardentesdepoisdefer-mentado,comimportnciaeconmica nas serras algarvias.FolhadoViburnum tinus LAutctone em Portugal, o folhado nativo no Mediterrneo e na Macaronsia (regio biogeogrfca que em Portugal abrange os AoreseaMadeira).umadasespcies relquiasdasantigasforestasdoTercirio (cerca de 66 Ma a 1,8 Ma), como o medro-nheiro(Arbutusunedo)eoazereiro(Prunus lusitanica), partilhando com eles caractersti-cas como as folhas verde-escuras, perenes, e pecolos (ps da folha) avermelhados. Ohabitatdofolhadoestassociadoa bosquesegaleriasribeirinhas.Deutili-zaoornamental,apresentabonitase perfumadasforesbrancasnoInverno, revestindo-sedepoisdefrutos(bagas) azuis-metlicos que aumentam o seu va-lorornamentaleservemdealimentoa aves. O folhado suporta tanto a exposi-o solar como o ensombramento.AdernoPhillyrea latifolia L.Da mesma famlia que as oliveiras (Ole-aceae),oadernoumarbustodefolha persistentecomportearbreo,poden-do alcanar os 15 metros de altura. En-contra-se em Portugal em regies pou-co expostas a geadas, sendo indiferente natureza do solo. Ocorre em zonas de foresta e matos altos, desde que exista algumahumidade.Asfolhassoopos-tas(saindoaosparesparaladoscon-trriosemcadandosraminhos).Os frutos so muito procurados por aves.Amadeirarija,originandoumbom carvo, utilizado antigamente pelos fer-reiros. As folhas e frutos so usados na medicinatradicionalnotratamentode lceras e infamaes da boca. Tal como osanguinho-das-sebes(Rhamnusalater-nus), usado em sebes de jardins.Sanguinho-das-sebes Rhamnus alaternus L.umarbustodefolhapersistenteque ocorre por toda a Bacia do Mediterrneo. EmPortugalaparecesobretudonoCen-tro e Sul, formando moitas compactas de grande importncia como abrigo para aves. Muitoparecidocomoaderno(Phillyrea latifolia), distingue-se por apresentar folhas alternadas(saindodosraminhosalterna-damente para um lado e para o outro) ao invs de opostas (aos pares, uma para cada lado). Os frutos so apreciados por diver-sas aves, que contribuem para a dissemina-o e germinao das sementes.Esta espcie usada como ornamental, principalmente para formar sebes. Com este mesmo fm foi introduzido na Aus-trlia,ondesetornouumaespciein-festante.Madressilva-das-boticasLonicera periclymenum L.A madressilva um arbusto trepador de folha caducaqueocorreportodoopasemreas de bosque (especialmente de sobreiros). Com interesseornamental,poucousadanosjar-dins em Portugal, sendo recorrente utilizar-se uma espcie asitica Lonicera japonica. As suas foresdestacam-sepelaformapequenas trombasrosadasqueseabremempta-lasbrancas-amareladas,muitoperfumadas. Apesardevisitadasporabelhas,sobor-boletasnocturnasqueasseguramapolini-zao das madressilvas. Existem mais duas espciesautctones:amadressilva-caprina (Loniceraetrusca)eamadressilva(Lonicera implexa).So ambas de folha perene, dis-tinguindo-seporasforesdamadressilva--caprina apresentarem pednculo (raminho que sustenta a for). O nome comum considera-a a me da ve-getao selvagem (madre silva), enquanto boticas relembra a sua utilizao medicinal (botica antiga expresso para farmcia). Umainfusoelaboradacomassuasbagas avermelhadas usada contra a asma, e uma pomada feita pela macerao das bagas em aguardente alivia as dores musculares.Gui adoParqueFl or est al deMONSANTO64 65FaunaAvesAs aves de MonsAntoAs aves so a classe de vertebrados mais facilmente observada em Monsantoe das que mais fascnio desperta nos observadores de vida selvagem.Foram por isso salientadas face a outros grupos de animais. Entre as 65 espcies residentes, estivais, invernantes e migradoras de passagem j identifcadas no Parque Florestal de Monsanto, destacamos 20pela sua representatividade na maior rea verde de Lisboa.TextosDavi dTr avassosI l ust r aesJosGar o( JG) ; JosProj ecto( JP) ; marcosOl i vei r a( mO)guia-de-asa-redonda ou bteo Buteo buteo a ave de rapina mais comum na Europa, residente em Portugal de norte a sul, incluindo Monsanto, onde nidifca. A guia-de-asa-redonda revela uma extraordinria capacidade de adaptao a ambientes diversifcados. Vasculhando o cu com alguma ateno podemos observ-la a voar sobre o arvoredo de Monsanto, geralmente em crculos, soltando por vezes o seu piar caracterstico. Com uma envergadura de cerca de 130 centmetros, pode ser identifcada pela parte inferior das asas esbranquiada e abdmen escuro. Durante as paradas nupciais os bteos voam em crculos bem no alto e descem em quedas livres. As suas presas abrangem pequenos roedores, lagartos, cobras, pequenas aves e insectos.Perdiz-comumAlectoris rufa uma ave gregria, reunida sempre em bandos. Vive ao nvel do solo, onde choca os seus ovos numa cova esgravatada, e uma hbil corredora, sendo essa a sua primeira estratgia de fuga quando assustada antes de sentir necessidade de levantar voo. E mesmo este efectuado prximo do cho, com as asas arqueadas para baixo assim que na maior parte das vezes um bando de perdizes avistado. As perdizes esgravatam o solo procura de alimentos (rebentos de plantas, sementes e insectos). Os mais rijos so amolecidos no papo e triturados na moela que funciona como uma m, com a Pato-real Anas platyrhynchos a espcie de pato mais comum em toda a Europa, sendo uma das poucas residentes em Portugal onde se distribui de norte a sul. No Parque Florestal de Monsanto ocorre sobretudo no lago do Espao Biodiversidade, podendo ser ainda observado em outros espaos verdes de Lisboa. A sua abundncia e vasta distribuio geogrfca, abrangendo diversos continentes, so reveladores do grande poder de adaptao desta ave aqutica. Ao contrrio dos seus parentes mergulhadores, apenas submergem a cabea em busca de alimento, mantendo a parte posterior do corpo superfcie. Durante quase todo o ano os patos-reais vivem em casais, reunidos geralmente em grupos maiores. Nas paradas nupciais exibem diferentes comportamentos, tal como no perodo da cpula. A sua alimentao varia desde plantas aquticas e razes, a caracis, vermes, girinos e at rs.ajuda dos gros de terra engolidos com os alimentos. Quando saem dos ovos, os perdigotos conseguem logo abandonar o ninho mesmo antes de saberem voar. uma das estratgias de sobrevivncia das aves que nidifcam no solo, j que fcam sujeitas a inmeros predadores. Por isso as perdizes so consideradas aves nidfugas, tal como as abetardas (Otis tarda), os sises (Tetrax tetrax) ou os alcaraves (Burhinus oedicnemus). A perdiz uma ave sedentria comum em Portugal, podendo ser observada nas clareiras de Monsanto como, por exemplo, na zona do Anfteatro Keil do Amaral. A sua distribuio mundial restringe-se Pennsula Ibrica, Frana, Itlia e Reino Unido (onde foi introduzida).JGJGJPGui adoParqueFl or est al deMONSANTO140 141Moi nhos doMochoPercurs o6PERCURSO DOS MOINHOSDO MOCHO um percurso recheado de motivos de interesse que parte descoberta das reas ocidental e central de Monsanto.Pelo caminho visitamos miradouros, os Moinhos do Mocho, crateras de antigas pedreiras reconquistadas pela vegetao, um povoamento classifcado de zambujeiros, bosques mediterrnicos. Uma oportunidade tambm para encontros com esquilos,pica-paus, gaios e guias-de-asa-redonda.Gui adoParqueFl or est al deMONSANTO146 147Moi nhos doMochoPercurs o6tomadoporantenasevegetaoherbcea, voltamos direita por um caminho que con-tornaorecintopeloladoesquerdo.Conti-nuamosemfrentepelocaminhoprincipal, passando por um povoamento de eucaliptos (Eucalyptus sp.) e depois por um pinhal (ig-norando um primeiro desvio esquerda). A qualquer momento podemos ser surpreendi-dos pelo piar estridente de um pica-pau-ma-lhado(Dendrocopusmajor)oumesmopelo seusomtamboriladonumarvore.Pouco tempodepois,juntoadoisequipamentos docircuitodemanutenodoladodireito (onde j passramos), viramos num caminho esquerda,regressandoassimaopontode partida, o restaurante Monte Verde.contexto nacional, com um coberto arbustivo bemdesenvolvidoondemedramfolhados, adernos,medronheirosearoeiras(Pistacia lentiscus).Ocaminhovaisubindogradual-menteatchegaraumpequenolargo,num dos locais mais particulares de Monsanto, co-nhecidocomoSeisPedreiras.Aspequenas craterasqueoriginaramforamrecuperadas pelanaturezaeestohojetotalmenteenvol-vidas pela vegetao, num cenrio de grande singularidade. Ignorando os trilhos que partem um para cadaladoantesdasrunasdosfornosde pedra,seguimosemfrente.Quandooca-minho curva direita conseguimos aceder, em frente, base da maior cratera da zona (atravsdeumapequenapassagemaberta navegetao),eespreitaraparticularidade destecenrioconquistadopelasplantas. Logoaseguircurva,ocaminhoestreita e sobe dentro da foresta pela orla da antiga pedreira. Jnocimo,voltamosdireitanocami-nho principal (no lado esquerdo v-se uma casadosantigosServiosFlorestais)que entroncadepoisnumcaminhoalcatroado onde continuamos novamente pela direita. Quandochegarmosestradaprincipalvi-ramos esquerda e subimos. Aproximamo--nos do Estabelecimento Prisional de Mon-santo, e quando surgir um campo de jogos do lado direito, em pleno planalto da serra, mapa do percursoExtenso: cerca de 4 km227m120 300mNParquede Campismode Monsantorea MilitarCruz das OliveirasCampode jogosPlanaltode MonsantoLuneta dosQuartisMoinhosdo MochoBairro daBoavista[ViadutoDuartePacheco]Lisboa [A5]Cascais(estabelecimento prisional)Forte de MonsantoPercursoIncio e fim do percursoZona de merendasRestauranteVias SmbolosCafetariaMiradouroCircuito de manuteno2 Seis PedreirasP EstacionamentoRestaurante Monte Verde 1Estrada alcatroadaCaminho de terraEstrada c/ acesso restritoCicloviaP []227m120 300mNParquede Campismode Monsantorea MilitarCruz das OliveirasCampode jogosPlanaltode MonsantoLuneta dosQuartisMoinhosdo MochoBairro daBoavista[ViadutoDuartePacheco]Lisboa [A5]Cascais(estabelecimento prisional)Forte de MonsantoPercursoIncio e fim do percursoZona de merendasRestauranteVias SmbolosCafetariaMiradouroCircuito de manuteno2 Seis PedreirasP EstacionamentoRestaurante Monte Verde 1Estrada alcatroadaCaminho de terraEstrada c/ acesso restritoCicloviaP []As alminhas tambm esto presentes na serra de Monsanto.Pinheiros-mansos (Pinus pinea), zambujeiros (Olea europea var. sylvestris), adernos (Phillyrea latifolia), medronheiros (Arbutos unedo) e folhados (Viburnum tinus) formam densos bosques mediterrnicos.As alfarrobeiras (Ceratonia siliqua), uma espcie nativa, surgem pontualmente em Monsanto sem formarem alfarrobais. As suas folhas so compostas por fololos aos pares.