MONTAGEM DE SISTEMAS ELÉTRICOS

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    Comandos eltricos

    Federao das Indstrias do Estado de Minas Gerais -FIEMG

    Belo Horizonte 2010

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    Presidente da FIEMG

    Olavo Machado Jnior

    Diretor Regional do SENAI

    Lcio Jos de Figueiredo Sampaio

    Gerente de Educao Profissional

    Edmar Fernando de Alcntara

    Elaborao

    Eustquio Damasceno Pereira Ronaldo Jos de Oliveira Unidades Operacionais

    CETEL Centro Tecnolgico de Eletrnica Csar Rodrigues CETEM Centro de Excelncia em Tecnologia e Manufatura Maria Madalena

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    Sumrio

    Apresentao 1. Dispositivos de proteo e controle ............................................................... 6

    1.1 Introduo aos dispositivos ................................................................... 6 1.2 Fusveis ................................................................................................. 6 1.3 Disjuntor ............................................................................................... 21 1.4 Disjuntor motor .................................................................................... 28 1.5 Dispositivos diferenciais residuais ....................................................... 30 1.6 Rel Trmico de Sobrecarga ............................................................... 34 1.7 Contatores ........................................................................................... 42 1.8 Botes de comando ............................................................................. 53 1.9 Rel de Tempo .................................................................................... 61 1.10 Chave Auxiliar Tipo Fim de Curso ..................................................... 66 1.11 Sensores ............................................................................................ 72 1.12 Motor de Induo Trifsico ................................................................ 81 1.13 Transformadores Para Comandos Eltricos ...................................... 89 1.14 Chaves Seccionadoras ...................................................................... 97 1.15 Sinalizao ...................................................................................... 105 1.16 Terminais ......................................................................................... 109 1.17 Bornes de conexo .......................................................................... 113 1.18 Soft-Starter ...................................................................................... 120 1.19 Inversores de Freqncia ................................................................ 133

    2. Noes de segurana em eletricidade ....................................................... 148

    2.1 Introduo .......................................................................................... 148 2.2 Choque eltrico .................................................................................. 148 2.3 Medidas de Segurana Contra o Risco Eltrico ................................ 152

    3. Esquemas eltricos ...................................................................................... 157

    3.1 Redes de alimentao ....................................................................... 157 3.2 Tipos de esquemas eltricos ............................................................. 159 3.3 Interligao das bobinas do motor trifsico de induo ..................... 161 3.4 Sistemas de partidas para motores de induo trifsicos .................. 165

    Referncias bibliogrficas...........................................................................................186

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    PPrreeffcciioo

    Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento.

    Peter Drucker O ingresso na sociedade da informao exige mudanas profundas em todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produo, coleta, disseminao e uso da informao. O SENAI, maior rede privada de educao profissional do pas, sabe disso, e consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a gide do conceito da competncia:

    formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resoluo de problemas, com conhecimentos tcnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e conscincia da necessidade de educao continuada.

    Vivemos numa sociedade da informao. O conhecimento, na sua rea tecnolgica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualizao se faz necessria. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliogrfico, da sua Infovia, da conexo de suas escolas rede mundial de informaes internet - to importante quanto zelar pela produo de material didtico. Isto porque, nos embates dirios, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e laboratrios do SENAI, fazem com que as informaes, contidas nos materiais didticos, tomem sentido e se concretizem em mltiplos conhecimentos. O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didticos, aguar a sua curiosidade, responder s suas demandas de informaes e construir links entre os diversos conhecimentos, to importantes para sua formao continuada !

    Gerncia de Educao Profissional

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    AApprreesseennttaaoo

    Comandos eltricos so circuitos que utilizam dispositivos eltricos destinados

    a comandar e controlar o funcionamento de sistemas eltricos, tais dispositivos tem

    funes definidas para proteo, controle, sinalizao, conexo, comutao,

    temporizao,etc.

    Os dispositivos usados em acionamentos eltricos industriais so

    dimensionados de acordo com as caractersticas eltricas das cargas que iro

    acionar. O bom desempenho destes dispositivos depende de uma srie de fatores,

    como: condies ambientais, procedncia de fabricao, tempo de uso e

    principalmente de sua correta instalao e manuteno.

    O tcnico deve estar seguro, e ser eficaz ao fazer montagens e manutenes

    nos sistemas eltricos, principalmente quando se trata da substituio de dispositivos

    que compe os circuitos, onde se torna necessrio estar atento quanto s

    caractersticas dos componentes, para garantir a eficcia no funcionamento desses

    sistemas. Para que a montagem e manuteno dos sistemas eltricos sejam

    eficazes, necessrio que o tcnico conhea as principais caractersticas dos

    componentes dos circuitos.

    Este recurso didtico tem como objetivo fornecer informaes tecnolgicas

    sobre os principais dispositivos usados nos sistemas eltricos industriais, onde,

    eletricistas e tcnicos possam interpretar diagramas, especificar dispositivos, montar

    e dar manuteno nos circuitos eltricos.

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    11.. DDiissppoossiittiivvooss ddee PPrrootteeoo ee CCoonnttrroollee

    1.1 Introduo

    Os equipamentos e mquinas industriais, como por exemplo: tornos, impressoras,

    prensas, guilhotinas entre outros, dependem fundamentalmente da eletricidade para

    seu funcionamento. A maior parte desses equipamentos e mquinas controlada por

    dispositivos de comando para sua correta partida, parada, controle, proteo, etc.

    Os dispositivos de comando eltrico so desenvolvidos para proporcionar

    novas tecnologias aos equipamentos com foco principalmente em automatizar os

    processos de produo, por isso, os dispositivos de comando empregados em

    circuitos de baixa tenso, so dos tipos mais variados e com caractersticas de

    funcionamento bem distintas, dependendo das funes especificas que cada

    dispositivo efetua no circuito.

    Todo circuito eltrico deve possuir protees a fim de se evitar danos s

    instalaes, aos equipamentos e riscos de acidentes pessoais. Neste captulo sero

    analisados os dispositivos utilizados para cada necessidade e o mtodo mais

    adequado para escolha certa em cada situao. Atravs da anlise de curvas de

    atuaes desses dispositivos, da potncia instalada e da ao seletiva entre eles,

    possvel coordenar as protees entre si, garantindo o mximo de segurana s

    instalaes e usurios.

    1.2 Fusveis

    So dispositivos usados nas instalaes eltricas, cuja funo Interromper o

    fluxo de corrente eltrica toda vez que esta corrente for excessiva e puder causar

    danos ao sistema.

    A Figura 1.1 apresenta alguns tipos de fusveis.

  • 7

    Figura 1.1: Tipos de fusveis.

    11..22..11 SSiimmbboollooggiiaa

    Figura 1.2: Simbologia do fusvel. Fonte: ABNT. NBR 5444/1989.

    11..22..22 AApplliiccaaoo

    Os fusveis so aplicados em toda e qualquer instalao eltrica e no Brasil, a

    ABNT normatiza sua utilizao. Em geral os fusveis so utilizados em aparelhos

    eletrnicos, residncias, automveis e indstrias etc. Eles protegem os circuitos contra

    os efeitos de curto-circuito ou sobrecargas que podem, em algumas situaes,

    provocar incndios e exploses.

    11..22..33 CCoonnssttiittuuiioo

    O fusvel constitudo basicamente por: contatos, corpo isolante, elo de fuso e indicador de queima.

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    Figura 1.3: Partes componentes do fusvel. Fonte: SENAI. MG. 1999. p.13/122.

    Contatos

    Servem para fazer a conexo dos fusveis com os componentes das

    instalaes eltricas. So feitos de lato ou cobre prateado, para evitar oxidao e

    mau contato.

    Corpo Isolante

    feito de material isolante de boa resistncia mecnica, que no absorve

    umidade, geralmente de cermica, porcelana ou esteatita. Dentro do corpo isolante se

    aloja o elo fusvel e, em alguns casos, um elo indicador de queima, imerso em

    material granulado extintor - areia de quartzo - de granulometria adequada.

    Elo de Fuso

    Material condutor de corrente eltrica com baixo ponto de fuso. feito em

    forma de fios ou lminas.

    Tipos de Elos de Fuso:

    1. Em forma de fio

    Figura 1.4: A fuso pode ocorrer em qualquer ponto do elo (fio).

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    2. Em forma de lmina

    Figura 1.5: Elo fusvel com seo constante - a fuso pode ocorrer em qualquer ponto do elo.

    Figura 1.6: Elo fusvel com seo reduzida normal - a fuso sempre ocorre na parte onde a seo reduzida.

    Figura 1.7: Elo fusvel com seo reduzida por janelas - a fuso sempre ocorre na parte entre as janelas de maior seo.

    Figura 1.8: Elo fusvel com seo reduzida por janelas e um acrscimo de massa no centro - a fuso ocorre sempre entre as janelas.

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    Elo indicador de queima (espoleta)

    Facilita a identificao da queima de um fusvel, pois, se desprende em caso de

    queima.

    constitudo de um fio muito fino, que est ligado em paralelo com o elo fusvel.

    No caso de fuso do elo fusvel, o fio do indicador de queima no suportar a corrente

    e tambm se fundir, provocando o desprendimento da espoleta. (Figura 1.9)

    Fig. 1.9: Elo indicador de queima do fusvel. Fonte: SENAI. MG. 1999. p.13.

    11..22..44 CCaarraacctteerrssttiiccaass ddooss ffuussvveeiiss qquuaannttoo aaoo ttiippoo ddee aaoo

    Fusveis de ao rpida ou normal

    Neste caso a fuso do elo ocorre logo aps receber uma sobrecarga ou curto

    circuito. So prprios para proteger circuitos com cargas resistivas, como lmpadas

    incandescentes e resistores em geral.

    Fusveis de ao ultra-rpida

    Neste caso, a fuso do elo imediata, quando recebe uma sobrecarga ou curto-

    circuito mesmo sendo de curta durao. So prprios para proteger circuitos

    eletrnicos, pois os semicondutores so muito sensveis e precisam ser protegidos

    contra sobrecargas, mesmo de curta durao.

  • 11

    Fusveis de ao retardada

    A fuso do elo s acontece quando houver sobrecargas de longa durao ou

    curto-circuito. So prprios para proteger circuitos com cargas indutivas e/ou

    capacitivas, como motores, transformadores, capacitores e indutores em geral.

    11..22..55 CCaarraacctteerrssttiiccaass eellttrriiccaass ddooss ffuussvveeiiss

    Corrente nominal (In)

    A principal caracterstica de um fusvel a sua corrente nominal. o valor da

    mxima corrente que o fusvel suporta em regime contnuo, sem se queimar.

    Correntes maiores que a nominal iro provocar a ruptura do elo fusvel aps algum

    tempo e esta relao, tempo x corrente de ruptura a curva caracterstica do fusvel.

    O valor de corrente vem impresso no corpo do componente. Existem, porm, fusveis

    nos quais a corrente nominal vem identificada por cdigo de cores; ver Tabela 1 no

    final deste captulo.

    Tenso Nominal (Un)

    o valor da mxima tenso de isolamento do corpo isolante do fusvel.

    Resistncia de Contato

    A resistncia de contato entre a base e o fusvel pode causar aquecimento,

    podendo at causar a queima do fusvel.

    Capacidade de Ruptura

    a capacidade que um fusvel possui de proteger com segurana um circuito,

    fundindo apenas seu elo de fuso, no permitindo que a corrente eltrica continue a

    circular. Seu valor dado em kA (quilo Ampere). Ver Figura 1.10.

    Caracterstica Tempo x Corrente

    Esta caracterstica representada em diagrama tempo x corrente em escala

    logartmica. A curva caracterstica tempo de fuso x corrente desenvolve-se a partir da

    corrente mnima de fuso que seria capaz de fundir o elemento.

  • 12

    A Figura 1.10 apresenta um exemplo de leitura para fusvel rpido, num

    diagrama de caracterstica tempo de Fuso x Corrente.

    Figura 1.10: Curvas caractersticas Tempo x Corrente de fusveis rpidos. Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 20.

    O perfil da curva caracterstica depende principalmente da dissipao de calor

    no elemento fusvel. Na norma VDE 0636 esto definidas faixas de tempo e de

    corrente dentro das quais essas curvas devem se situar.

    Analisando a Figura 1.11: um fusvel de 10A no se funde com a corrente de

    16A, pois, a reta vertical que correspondente a 10A no cruza a curva correspondente

    do fusvel. Com uma corrente de 30A o fusvel se fundir em aproximadamente 18

    segundos.

    Influncia da temperatura ambiente

    Nos catlogos esto representadas as caractersticas tempos de fuso x

    corrente mdias levantadas temperatura ambiente de 20 (mais ou menos 5).

    Alguns tipos de fusveis sofrem uma influncia desprezvel com a temperatura,

    em uma margem bem grande de variao desta.

  • 13

    Figura 1.11: Curvas caractersticas Tempo x Corrente de fusveis retardados. Fonte: . Acesso em: 25 maio 2007.

    Substituio

    Quando houver a queima de um fusvel, em nenhuma hiptese dever haver o

    recondicionamento do mesmo, devendo ser substitudo por outro de mesma

    capacidade de corrente e caractersticas.

    Dimensionamento

    a escolha de um fusvel adequado para fazer proteo de um determinado

    circuito. A escolha do fusvel deve ser feita de tal modo que uma anormalidade eltrica

    fique restrita a um setor, sem atingir as demais partes do mesmo.

  • 14

    Para dimensionar um fusvel necessrio levar em considerao as seguintes

    grandezas eltricas:

    Corrente nominal do circuito;

    Corrente de curto-circuito;

    Tenso nominal.

    11..22..66 SSiisstteemmaass ddee sseegguurraannaa DDiiaazzeedd ee NNHH

    Existem diversos tipos de fusveis usados para proteo dos circuitos eltricos

    (cartucho, Diazed, de vidro, NH e outros). Dar-se- nfase ao estudo dos fusveis

    Diazed e NH, por serem os sistemas de protees mais utilizados nas reas

    industriais.

    Segurana Diazed

    A segurana Diazed composta de um conjunto de componentes, onde se

    encontra alojado o fusvel. Este conjunto composto de base, parafuso de

    ajuste,fusvel, tampa, anel de proteo e cobertura da base.

    Observe a Figura 1.12.

    Figura 1.12: Segurana Diazed

    Base

    Elemento de porcelana que rene e sustenta as demais partes da segurana

    Diazed. Comporta um corpo metlico roscado interna e externamente, ligado a um

    dos bornes. O outro borne est isolado do primeiro, e ligado ao parafuso de ajuste.

    Estas bases podem ser fornecidas com dispositivo de fixao rpida, para montagem

    sobre trilho, conforme apresentado na Figura 1.13.

  • 15

    Figura 1.13: Base do sistema de Segurana Diazed.

    Cobertura da Base

    um elemento de baquelite ou porcelana, cuja funo alojar a base aberta,

    no permitindo que nenhuma parte sob tenso fique exposta. So fornecidas para

    bases de at 63, conforme Figura 1.14.

    Figura 1.14: Cobertura da base.

    Parafuso de Ajuste

    um elemento feito de porcelana, com um parafuso metlico na parte

    posterior, para ser introduzido na base. Na parte anterior, possui um rebaixo, cujo

    dimetro no permite a colocao de fusvel de maior capacidade de corrente. Existe

  • 16

    um cdigo de cores padronizado para identificar a corrente nominal do parafuso de

    ajuste, ver Tabela 1 no final deste captulo.

    Figura 1.15: Parafuso de ajuste.

    Chave para parafuso de ajuste

    Serve para fixar os parafusos de ajuste base das seguranas Diazed.

    Figura 1.16: a) Chave para parafuso de ajuste b) Forma de encaixe da chave ao parafuso.

    Tampa

    Pea constituda em porcelana com casquilho metlico que tem a funo de

    alojar o fusvel permitindo a troca do mesmo, em caso de queima, com a instalao

    sob tenso Possui tamanhos D II - rosca E27 e D III - rosca E33. O tamanho D II

    para fusveis at 25A e tamanho D III para fusveis at 63A.

  • 17

    Figura 1.17: Tampa.

    Anel de Proteo

    um elemento fabricado em porcelana ou plstico roscado internamente. Sua

    funo isolar a rosca metlica da base com relao ao painel e evitar possveis

    choques acidentais. Possui tamanho e rosca igual tampa. (Figura 1.18).

    Figura 1.18: Anel de proteo.

    Fusvel

    a pea de maior importncia no sistema. Possui um corpo de porcelana ou

    esteatite, que tem tima resistncia mecnica e uma excelente rigidez dieltrica, onde

    esto impressas suas caractersticas eltricas. A Tabela 1, no final deste captulo,

    mostra o cdigo de cores padronizado para cada valor de corrente nominal. As cores

    esto numa espoleta indicadora de queima que se encontra presa pelo elo indicador

    de queima. (Figura 1.19)

  • 18

    Figura 1.19: Fusvel diazed.

    Dispositivo de segurana NH

    A segurana NH composta de fusvel, base e punho, isolados para tenses

    at 500Vca ou 600Vca.

    Figura 1.20: Segurana NH.

    Fusvel

    A segurana NH rene as caractersticas de fusvel retardado para correntes de

    sobrecarga e fusvel rpido para correntes de curto circuito. Possui corpo de

    porcelana, onde esto impressas suas caractersticas eltricas, conforme apresentado

    na Figura 1.21.

  • 19

    Figura 1.21: Fusvel NH.

    Base

    Possui contatos especiais prateados que garantem contato perfeito e alta

    durabilidade. Uma vez retirado o fusvel, a base constitui uma separao visvel das

    fases, tornando dispensveis, em muitos casos, a utilizao de um seccionador

    adicional. A base construda de esteatite, plstico ou termofixo, possuindo meios de

    fixao a quadros ou placas. A presso das garras garantida por molas de ao. Veja

    na Figura 1.22.

    Figura 1.22: Base de segurana NH.

    Punho

    Tambm denominado Saca Fusvel, destina-se montagem ou substituio de

    fusveis NH de suas respectivas bases, mesmo estando a instalao sob tenso.

    (Figura 1.23).

  • 20

    Figura 1.23: Utilizao do punho em montagem ou substituio de fusveis NH.

    Tabelas de correntes:

    Tabela 1 Capacidade de corrente e cdigo de cores para fusvel Diazed.

    Corrente nominal (A) Cdigo de Cor

    Para bases

    2 Rosa

    Rosca

    E27

    4 Marrom

    6 Verde

    10 Vermelho

    16 Cinza

    20 Azul

    25 Amarelo

    35 Preto

    Rosca

    E33 50 Branco

    63 Cobre

    Fonte: . Acesso em: 25 maio 2007.

  • 21

    Tabela 2 Capacidade de corrente para fusvel NH.

    Fonte: . Acesso em: 25 maio 2007.

    1.3 Disjuntor

    11..33..11 DDeeffiinniioo

    um equipamento de comando e proteo de circuitos eltricos, cuja finalidade

    conduzir continuamente a corrente de carga sob condies nominais e interromper

    correntes anormais de sobrecarga e de curto circuito. (Figura 1.24)

    Figura 1.24: Mini disjuntores. Fonte: . Acesso em: 01 jun. 2007.

    Tamanho

    Corrente Nominal

    (A) Tamanho

    Corrente Nominal

    (A)

    000

    6

    1

    40

    10 50

    16 63

    20 80

    25 100

    32 125

    40 160

    50 200

    63 224

    80 250

    100

    00

    125

    160

  • 22

    Por definio do Dicionrio brasileiro de eletricidade, da ABNT tem-se:

    Dispositivo de manobra: dispositivo eltrico destinado a estabelecer ou interromper

    corrente, em um ou mais circuitos eltricos.

    O Disjuntor unipolar (monopolar) constitudo por um nico plo. O o disjuntor

    multipolar (bipolar ou tripolar) constitudo por dois ou mais plos ligados

    mecanicamente entre si de modo a atuarem em conjunto.

    Os valores nominais de corrente do disjuntor so impressos externamente em

    sua carcaa, seja em alto-relevo, seja na forma de uma placa. Esses valores so

    obtidos segundo as normas de ensaio que se aplicam ao dispositivo, na forma

    individual, ou seja; ensaiado uma unidade de disjuntor, seja unipolar ou multipolar,

    perante condies de temperatura e altitude estabelecidas em norma.

    Os disjuntores so normalmente dotados de rels de sobrecarga e de curto-

    circuito, cada um tendo a sua curva caracterstica, que devem ser adequadamente

    coordenadas entre si.

    11..33..22 CCoonnssttiittuuiioo

    Na Figura 1.25 pode-se observar a constituio interna de um disjuntor

    monopolar.

  • 23

    Figura 1.25: Constituio interna disjuntor monopolar. Fonte: . Acesso em: 01 jun. 2007.

    Descrio das partes internas

    1 - Proteo externa termoplstic: protege os elementos internos do disjuntor;

    2 - Terminal superior: terminal de conexo ao circuito externo;

    3 - Cmara de extino de arco: extinguir e dissipar o calor gerado durante a

    comutao do disjuntor.

    4 - Bobina: responsvel pelo disparo instantneo (magntico)

    5 - Alavanca: (0 desligado verde visvel e 1 ligado vermelho visvel);

    6 e 7 - Contato fixo e Contato mvel,respectivamente: quando apoiados um ao outro

    permite circular corrente no circuito.

    8 - Guia para o arco: sob condies de falha o contato mvel se afasta do contato fixo

    e o arco resultante guiado para a cmara de extino evitando danos ao bimetal em

    casos de altas correntes (curto-circuito);

    9 - Bimetal: responsvel pelo disparo do dispositivo por sobrecarga trmica;

    10 - Terminal inferior: terminal de conexo ao circuito externo;

    11 - Clip: dispositivo para fixao em trilho DIN.

  • 24

    11..33..33 PPrriinnccppiioo ddee ffuunncciioonnaammeennttoo

    Analise a Figura 1.26:

    Figura 1.26: Princpio de funcionamento do disjuntor. Fonte: . Acesso em: 18 jun. 2007.

    Entre os bornes 1 e 2, a corrente passa pela resistncia de baixo valor R (que

    est prxima da lmina bimetlica B), pela bobina do eletrom E e pelo par de

    contatos C. Este tende a abrir pela ao da mola M2, mas, o brao atuador A impede

    com ajuda da mola M1. A corrente nominal que produz ao trmica sobre o bimetal

    varia aproximadamente na mesma proporo em que varia a corrente nominal do

    condutor com a temperatura. O eletrom E dimensionado para atrair a extremidade

    do atuador A, somente em caso de corrente muito alta (curto circuito) e, nesta

    situao, A ir girar no sentido indicado, liberando a abertura do par de contatos C

    pela ao de M2. A intensidade magntica capaz de acionar o atuador proporcional

    ao nmero de espiras da bobina e da intensidade da corrente eltrica.

    De forma similar, R e o bimetal B so dimensionados para que este ltimo no

    toque a extremidade de A dentro da corrente nominal do disjuntor. Acima desta, o

    aquecimento do bimetal o levar a tocar o atuador A, interrompendo o circuito de

    forma idntica do eletrom.

  • 25

    Disjuntor magntico

    A ao magntica funciona conforme descrito acima e na ocorrncia de curtos-

    circuitos. (Figura 1.27 - a)

    Disjuntor trmico

    Conforme analisado anteriormente, o disjuntor trmico protege os condutores

    contra as sobrecargas. (Figura 1.27 - b)

    Disjuntor termo magntico

    Denominao dada aos disjuntores que combinam ambas as formas de

    proteo. (Figura 1.27 - c).

    Os trs smbolos da Figura 1.27(a, b e c) referem-se a disjuntores monofsicos.

    A manobra atravs de um disjuntor feita manualmente geralmente por meio da

    alavanca ou pela ao de seus rels de sobrecarga (bimetlico) e de curto-cicuito

    (eletromagntico).

    Figura 1.27: Simbologia disjuntor monopolar.

    Observa-se nesse ponto, que os rels no desligam o circuito: eles apenas

    induzem ao desligamento, atuando sobre o mecanismo de molas, que aciona os

    contatos principais. vlido mencionar que para disjuntor de elevadas correntes

    nominais, os rels de sobre-correntes so constitudos por transformadores de

    corrente e mdulo eletrnico que ir realizar a atuao do disjuntor por correntes de

    sobrecargas, correntes de curto-circuito com disparo temporizado e instantneo e at

    disparo por corrente de falha terra.

  • 26

    11..33..44 AApplliiccaaoo

    Cada aplicao requer um tipo especfico de disjuntor para manobra e

    proteo. Os disjuntores possuem curvas caractersticas classificadas, por exemplo

    em curva B e C. Observe a Figura 1.28.

    Figura 1.28: Curvas caractersticas de disjuntores. Fonte: . Acesso em: 11 abr. 2007.

    A curva B refere-se a disjuntores destinados proteo de condutores e a

    curva C destina-se proteo de cargas em geral.

    11..33..55 CCaarraacctteerrssttiiccaass ccoommppaarraattiivvaass ddee ffuussvveell xx ddiissjjuunnttoorr

    Disjuntor e fusvel exercem basicamente a mesma funo: ambos tm como

    maior e mais difcil tarefa, interromper a circulao da corrente de curto-circuito,

    mediante a extino do arco que se forma. Esse arco se estabelece entre as peas de

    contato do disjuntor ou entre as extremidades internas do elemento fusvel. Em ambos

    os casos, a elevada temperatura que se faz presente leva a uma situao de risco que

    pode assim caracterizar-se:

  • 27

    A corrente de curto-circuito (Ik)

    a mais elevada das correntes que pode vir a circular no circuito, e como em

    superior corrente nominal, s pode ser mantido por um tempo muito curto, sob pena

    de danificar ou mesmo destruir componentes de um circuito. Portanto, o seu tempo de

    desligamento deve ser extremamente curto.

    Essa corrente tem influncia tanto trmica (perda joule) quanto eletrodinmica,

    pelas foras de repulso que se originam quando essa corrente circula entre

    condutores dispostos em paralelo, sendo por isso mesmo, fator de dimensionamento

    da seo condutora de cabos.

    O seu valor calculado em funo das condies de impedncia do sistema, e

    por isso varivel nos diversos pontos de um circuito. De qualquer modo, representa

    em diversos casos at algumas dezenas de quilo-ampres que precisam ser

    manobrados, seja pela atuao de um fusvel, seja pelo disparo por um rel de curto-

    circuito que ativa o mecanismo de abertura dos contatos do disjuntor.

    Entretanto, existem algumas vantagens no uso do fusvel, e outras usando

    disjuntor. Veja no quadro 1 a comparao entre as caractersticas do fusvel e

    disjuntor. A confiabilidade de operao do fusvel ou disjuntor assegurada pela

    conformidade das normas vigentes e referncias do fabricante.

    Quadro 1

    Caractersticas para desempenho no curto-circuito.

    Fusvel

    Disjuntor

    Dispensa clculo fino da corrente de

    curto-circuito;

    Alta capacidade de interrupo;

    Elevada limitao;

    Otimizao do tempo de Interrupo;

    Disponibilidade fcil;

    Baixo custo.

    Necessita clculo fino da corrente

    de curto-circuito;

    Capacidade de interrupo variada;

    Limitao em alta capacidade de

    interrupo;

    Tempo de interrupo variado;

    Disponibilidade com restries;

    Custo variado.

  • 28

    1.4 Disjuntor motor

    11..44..11 DDeeffiinniioo

    O disjuntor motor ou tambm guarda motor, um dispositivo de manobra

    mecnico utilizado para estabelecer, conduzir e interromper correntes sob condies

    normais do circuito, e interromper correntes sob condies anormais do circuito,

    como: curto-circuito, sobrecarga ou subtenso. (Figura 1.29).

    Figura 1.29: Disjuntor motor. Fonte:GE. Disjuntor_Motor_SFK.00

    11..44..22 SSiimmbboollooggiiaa

    Figura 1.30: Disjuntor motor magntico (a) e termomagntico (b)

  • 29

    11..44..33 TTiippoo ddee ddiissjjuunnttoorr mmoottoorr

    Disjuntor-motor magntico

    Segundo informaes do fabricante este disjuntor possui as seguintes

    caractersticas:

    Proteo contra curto-circuito e seccionamento com possibilidades de bloqueio

    mecnico por circuito individual de motores;

    Disparador trmico ajustvel para proteo contra sobrecargas e dotado de

    mecanismo diferencial com sensibilidade a faltas de fase, incorporado no rel

    de sobrecarga;

    Disparador magntico fixo e calibrado em 12 vezes a corrente nominal do

    disjuntor.

    Disjuntor-motor termomagntico

    Este disjuntor tem as seguintes caractersticas:

    Proteo contra curto-circuito e seccionamento com possibilidades de bloqueio

    mecnico por circuito individual de motores;

    Disparador trmico ajustvel para proteo contra sobrecargas e dotado de

    mecanismo diferencial com sensibilidade a faltas de fase, incorporado no

    disjuntor-motor;

    Disparador magntico fixo e calibrado em 12 vezes a corrente nominal do

    disjuntor.

    Ambos apresentam outras caractersticas aqui no relacionadas e que podero

    ser obtidas consultando o Catlogo do Fabricante.

    11..44..44 CCuurrvvaa ddee ddiissppaarroo ddoo ddiissjjuunnttoorr--mmoottoorr

    Exemplificando: a Figura 1.31 apresenta a curva de disparo do disjuntor-motor

    marca GE, modelo SFKOJ. O tempo de disparo est em funo da corrente ajustada

    a frio. Em estado aquecido, devido passagem da corrente nominal de servio, os

    tempos de atuao dos rels de sobrecarga ficam reduzidos em 4 vezes. Temos,

    portanto, na Curva 1: disparo trmico, funcionamento com 2 plos e na Curva 2:

    disparo trmico, funcionamento com 3 plos.

  • 30

    Figura 1.31: Curva de disparo. Fonte: . Acesso em: 01 jun. 2007.

    1.5 Dispositivos diferenciais residuais

    11..55..11 DDeeffiinniioo

    So dispositivos contra fuga de corrente eltrica, permitem otimizao de

    energia e evitam choques eltricos. Eles asseguram o comando e seccionamento dos

    circuitos eltricos.

    A utilizao deste tipo de dispositivo obrigatria nas edificaes segundo a

    norma NBR 5410/97, que define seu uso nas reas frias ou sujeitas a umidade, como

    banheiros, reas de servio e reas externas.

  • 31

    Figura 1.32: Dispositivo diferencial residual.

    Fonte: . Acesso 20 jun. 2007.

    11..55..22 SSiimmbboollooggiiaa

    Figura 1.33: Dispositivo diferencial residual.

    11..55..33 CCoonnssttiittuuiioo

    A Figura 1.34 ilustra uma vista em corte e a constituio interna de um

    dispositivo diferencial capaz de detectar correntes de falta CA, CC pulsante e CC

    lisas.

  • 32

    Figura: 1.34: Constituio interna de um dispositivo diferencial residual. Fonte: ABNT. NBR 5410.

    Legenda R rel de disparo; A unidade de medio e comparao para correntes residuais contnuas lisas.; T boto de teste; W1 sensor de correntes senoidais e correntes contnuas pulsantes; W2 sensor de correntes contnuas puras.

    11..55..44 FFuunncciioonnaammeennttoo

    Referindo-se ainda sobre a Figura 1.34, o dispositivo mede permanentemente a

    soma vetorial das correntes que percorrem os condutores de um circuito. Enquanto o

    circuito mantiver eletricamente equilibrado, a soma das correntes em seus condutores

    praticamente nula. Se houver falha de isolao no equipamento ou alguma pessoa

    tocar na parte viva do circuito protegido pelo DR, surgir uma corrente de fuga terra.

    Isso ocorrendo, a soma vetorial das correntes nos condutores monitorados pelo DR

    no ser mais nula.

    O dispositivo detecta exatamente essa diferena de corrente. Quando a

    intensidade de corrente de fuga atinge um determinado valor, o rel R ativado e por

    sua vez desativa os contatos principais do prprio dispositivo ou outro dispositivo

    contator ou disjuntor a ele associado.

  • 33

    Segurana

    Uma pequena falha em um eletrodomstico, um fio decapado, uma tomada ou

    um interruptor com defeito pode colocar em srios riscos a sade da sua famlia e

    at a sua residncia. sempre bom lembrar que todas as funes biolgicas do

    organismo humano so feitas por meio de pequenos impulsos eltricos. Portanto,

    no difcil imaginar o que poder causar de dano sade uma descarga eltrica,

    mais conhecida como choque.

    11..55.. 55 TTiippooss

    Disjuntor com proteo diferencial-DDR

    Os DDR's so disjuntores com proteo diferencial, onde j esto

    incorporados em um nico produto as funes do DR (Diferencial Residual) e do

    Mini-Disjuntor. O DDR possui proteo diferencial contra contatos diretos e indiretos

    e proteo contra sobrecarga e curto-circuito. Normalmente so disponveis nas

    curvas B e C e sensibilidade de 30 e 300 mA. Sendo assim o DDR protege as

    pessoas dos efeitos malficos de um choque eltrico (corrente at 30mA) e os

    equipamentos

    patrimoniais (correntes entre 100 e 500mA). Apresenta um custo maior em relao

    ao IDR.

    Figura 1.35: Dispositivo diferencial residual. Fonte: . Acesso em: 20 jun. 2007.

  • 34

    Interruptor diferencial residual IDR

    um importante dispositivo de proteo e deteco de fuga de corrente. Alm

    de proteger pessoas contra os efeitos do choque eltrico por contato direto ou indireto

    causado por fuga de corrente, protege contra perda de energia eltrica. Um dos

    principais pontos de sua segurana que ele capaz de detectar uma pequena

    diferena entre a corrente que entra e sai do circuito. Ao detectar essa fuga de

    corrente, o IDR desliga automaticamente os circuitos eltricos, garantindo a

    segurana de pessoas e patrimnios.

    1.6 Rel Trmico de Sobrecarga

    11..66..11 DDeeffiinniioo

    So dispositivos que atuam pelo efeito trmico provocado pelas sobrecorrentes

    de longa durao, ou quando ocorre sobrecarga que superaquecem o circuito ou

    partes do circuito a nveis inadmissveis. Este superaquecimento pode ocorrer, por

    exemplo, em funo de:

    Sobrecarga mecnica na ponta do eixo do motor;

    Falta de uma fase;

    Tempo de partida prolongado de um motor.

    Figura 1.36: Rel trmico de sobrecarga. Fonte: WEG. p. 278-279.

  • 35

    11..66..22 SSiimmbboollooggiiaa

    Figura 1.37: Simbologia do rel de sobrecarga.

    11..66..33 PPrriinncciippiioo CCoonnssttrruuttiivvoo ddee uumm RReell ddee SSoobbrreeccaarrggaa

    Um rel de sobrecarga composto dos seguintes componentes:

    Figura 1.38: Composio do rel de sobrecarga. Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 67.

  • 36

    Contatos Auxiliares

    Geralmente o rel trmico de sobrecarga possui dois contatos, um

    normalmente fechado NF (abridor) e outro normalmente aberto NA (fechador). O

    contato NF responsvel pela interrupo de funcionamento do circuito eltrico em

    caso de sobrecarga, podendo retornar a posio inicial de forma automtica ou

    manual. J o contato NA normalmente utilizado na sinalizao de rel atuado.

    Boto de Rearme

    Tm a funo de rearmar os contatos auxiliares do rel de sobrecarga.

    Lmina Bimetlica Auxiliar

    Tem a funo de fazer a compensao do ajuste, de acordo com a variao da

    temperatura ambiente.

    Lminas Bimetlicas Principais

    Tem a funo de acionar o dispositivo mecnico quando sofrem uma dilatao

    e conseqente deflexo devido a elevao da corrente eltrica, comutando os

    contatos mveis do rel.

    Mecanismo de Regulagem (Ajuste de Corrente)

    Permite efetuar a regulagem da corrente solicitada pela carga, que poder

    circular no circuito.

    11..66..44 FFuunncciioonnaammeennttoo

    Os rels de sobrecarga foram desenvolvidos para operar baseados no princpio

    de pares termoeltricos. O princpio de operao do rel baseado nas diferentes

    dilataes que os metais apresentam, quando submetidos a uma variao de

    temperatura. Duas ou mais lminas de metais diferentes (normalmente ferro e nquel)

    so unidas atravs de soldas, sob presso ou eletroliticamente. Quando aquecidas

    elas se dilatam diferentemente e se curvam. Esta mudana de posio usada para

    comutao de um contato.

    Durante o esfriamento, as lminas voltam posio inicial. O rel est, ento,

    novamente pronto para operar, desde que no exista no conjunto um dispositivo

    mecnico de bloqueio. O rel trmico permite que o seu ponto de atuao seja

    ajustado com o auxlio de um dial. Isto possibilita ajustar o valor de corrente que para

    a atuao do rel.

  • 37

    Deve-se calibrar a corrente de ajuste do rel em funo da corrente nominal do

    componente a ser protegido, por exemplo, um motor.

    Figura 1.39: Dilatao do bimetal.

    Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 68.

    Ao da corrente nas lminas

    As lminas do rel de sobrecarga bimetlico podem ser aquecidas de diversas

    formas pela corrente:

    1. Aquecimento Direto

    As Lminas esto no circuito principal e so percorridas pela corrente total ou

    parte dela. O aquecimento, neste caso, funo da intensidade de corrente e da

    resistncia das lminas.

    Figura 1.40: Aquecimento direto. Fonte: SENAI. MG. Dispositivos de proteo e controle. 1999. p. 68.

  • 38

    2. Aquecimento Indireto

    Neste caso, as lminas ou so envolvidas ou recebem calor de um elemento

    resistivo.

    Figura 1.41: Aquecimento indireto. Fonte: SENAI-MG. 1999. p. 68.

    3. Aquecimento Semi-Direto

    As Lminas so aquecidas pela passagem de corrente e, adicionalmente, por

    um elemento resistivo. O elemento resistivo pode ser ligado em srie ou paralelo com

    as lminas. Este tipo de rel usado para pequenas correntes de atuao para se

    conseguir a dilatao necessria. Veja a Figura 1.41.

    Figura 1.42: Aquecimento indireto em srie e em paralelo. Fonte: SENAI. MG. Dispositivos de proteo e controle. 1999. p. 68.

    11..66..55 RReellss ddee SSoobbrreeccaarrggaa ccoomm OOppeerraaoo aattrraavvss ddee

    TTrraannssffoorrmmaaddoorreess ddee CCoorrrreennttee

    Utilizam-se dois tipos de transformadores de correntes:

    Os que operam linearmente at aproximadamente 10 vezes a corrente nominal

    primria;

    Os que operam em sobrecorrente de sobrecarga a partir da corrente nominal.

  • 39

    Figura 1.43: Aquecimento atravs de transformador de corrente (TC). Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 69.

    11..66..66 CCaarraacctteerrssttiiccaass ddee ddiissppaarroo ddoo rreell ddee ssoobbrreeccaarrggaa

    A caracterstica de disparo do rel de sobrecarga indica os vrios tempos de

    atuao em funo de mltiplos ajustes e devem ser definidas sob a forma de curvas

    fornecidas pelo fabricante, conforme mostra a Figura 1.44.

  • 40

    Figura 1.44: Curvas de disparos de cargas. Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 69.

    11..66..77 CCoonnddiieess ddee sseerrvviioo

    Influncia da Temperatura Ambiente

    As caractersticas de disparo correspondem a um valor determinado da

    temperatura ambiente, e so baseadas na ausncia de carga prvia do rel de

    sobrecarga (ou seja, estado frio). Este valor de temperatura ambiente deve ser

    claramente indicado nas curvas de disparo; os valores preferenciais so de + 200 C ou

    + 400 C.

  • 41

    Compensao de Temperatura

    Os rels de sobrecarga trmicos possuem compensao de temperatura

    ambiente, exemplificando:

    Com uma temperatura ambiente de + 300 C, as lminas bimetlicas principais

    se dilataro, curvaro e tero deslocado atravs do cursor, uma parte do percurso e,

    para um determinado valor de corrente, resultaria um tempo de disparo menor. Para

    que isto seja evitado, o cursor atua sobre a lmina bimetlica auxiliar. Esta lmina no

    , contudo, percorrida pela corrente. Ela aquecida somente pela temperatura

    ambiente e se curvar na proporo das lminas principais. Desta forma as lminas

    aquecidas pela corrente determinaro um mesmo tempo de disparo para qualquer

    temperatura ambiente .Este tipo de compensao de temperatura satisfaz na faixa de

    200 a + 500 C.

    Proteo contra Religamento Involuntrio

    Aps um disparo por sobrecarga, as lminas bimetlicas necessitam resfriarem

    e retornarem sua posio inicial at que o rel esteja novamente em condies de

    servio. Assim, o intervalo de repouso necessrio ao motor fica obrigatoriamente

    assegurado.

    Rels de sobrecarga em rearme automtico so utilizados com contatores

    comandados por boto de impulso. Aps o tempo de resfriamento, o contato auxiliar

    do rel retorna sua posio inicial no ativando o circuito de comando.

    Rels de sobrecarga em rearme manual so utilizados em contatores

    comandados por chave de posio fixa. O contato auxiliar do rel permanece aberto

    aps o tempo de resfriamento, impedindo ativar-se o circuito de comando.

    Proteo contra Falta de Fase

    A curva caracterstica de disparo de um rel de sobrecarga trifsico dada na

    condio de que todas as trs lminas so percorridas por correntes equilibradas. No

    caso de falta de fase, apenas duas lminas so aquecidas e devem produzir,

    sozinhas, o deslocamento/fora necessrios para atuao do mecanismo de disparo.

    Os Rels de sobrecarga trifsicos, com proteo contra falta de fase, oferecem

    a vantagem de atuao mais rpida quando sob carga bifsica, ou seja, falta de uma

    fase.

  • 42

    1.7 Contatores

    11..77..11 DDeeffiinniioo

    So dispositivos de manobra mecnicos, acionados eletromagneticamente e

    operados distncia. So construdos para uma elevada freqncia de operaes e

    capazes de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condies normais do

    circuito, inclusive sobrecargas no funcionamento. So usados para manobra de

    circuitos auxiliares de vrios tipos, ligao de motores e outras cargas.

    Figura 1.45: Contator. Fonte: SENAI. MG. 1998. p. 49.; WEG. s. d. p. 251.

  • 43

    11..77..22 SSiimmbboollooggiiaa

    A Figura 1.46 representa a simbologia de um contator com seus contatos

    principais, 02 contatos auxiliares NA e 01 contato auxiliar NF.

    Figura 1.46: Smbolo de contator.

    Identificao dos terminais de contatores

    A identificao dos terminais de um contator utilizada para facilitar a

    execuo de projetos de comandos e a localizao e funo desses elementos na

    instalao.

    A seguir ser apresentada a identificao dos diversos terminais de um

    contator.

    Bobinas

    So identificadas de forma alfanumrica com A1 e A2.

    Figura 1.47: Smbolo da bobina de um contator.

  • 44

    Terminais dos Contatos Principais

    Devem ser identificados por nmeros unitrios e por um sistema alfanumrico.

    Os terminais 1L1, 3L2 e 5L3 so ligados na rede (fonte) e os terminais 2T1, 4T2 e 6T3

    devem ser conectados na carga.

    Figura 1.48: Identificao de contatos principais.

    Terminais dos Contatos Auxiliares

    Os terminais dos circuitos auxiliares so identificados com dois nmeros, onde:

    A unidade representa a funo do contato;

    A dezena representa a seqncia de numerao.

    A Figura 1.49 mostra um sistema de identificao de contatos auxiliares:

    Figura 1.49: Identificao de contatos auxiliares. Fonte: WEG. s. d. p. 247.

  • 45

    11..77..33 CCoonnssttiittuuiioo

    O contator constitudo de sistema de acionamento (ncleo mvel, ncleo fixo

    e bobina) e sistema de manobra de carga (contatos mveis e fixos e cmara de

    extino de arco).

    Contatos

    Podem ser fixos ou mveis. Tambm podem ser principais (usados para

    conduzir a corrente de carga) e auxiliares (usados para a comutao de circuitos

    auxiliares, sinalizao e intertravamento eltrico, entre outras aplicaes).

    Contatos Fixos: partes dos contatos que so fixadas carcaa do contator;

    Contatos Mveis: peas movidas quando se energiza a bobina do contator.

    Esses contatos faro contato fsico com os contatos fixos, estabelecendo o

    circuito.

    Cmara de extino

    um compartimento que envolve os contatos principais. Seu principal objetivo

    a extino da fasca, ou arco voltico, que surge quando se interrompe um circuito

    eltrico que est energizado. O arco extinto pelo processo denominado sopro

    dinmico, atravs do campo magntico formado por ele.

    Terminais de Conexo

    Destinam-se interligao do contator com outros dispositivos do circuito.

    Carcaa

    a parte que aloja e sustenta todos os componentes do contator. feita de

    material isolante e que oferea boa resistncia eltrica e mecnica.

    Suporte dos Contatos Mveis

    Sustenta mecanicamente os contatos mveis e se encontra preso ao ncleo

    mvel. feito de material isolante de alta resistncia mecnica.

    Ncleo Mvel

    Elemento feito de lminas de ferro sobrepostas, isoladas entre si, acoplado

    mecanicamente ao suporte dos contatos mveis.

  • 46

    Ncleo Fixo

    Elemento responsvel pela concentrao das linhas de fora do campo

    magntico criado pela bobina, evitando que elas se dispersem. feito de lminas de

    ferro sobrepostas, isoladas entre si. Nos contatores com acionamento em corrente

    alternada inserido, nos plos magnticos do ncleo fixo, um anel metlico,

    denominado de anel de defasagem (anel de curto - circuito).

    Sua funo a de evitar rudos e trepidaes do contator quando a corrente

    alternada passar pelo zero, momento em que no haveria campo magntico,

    conforme Figura 1.50.

    Figura 1.50 - Anel de defasagem. Fonte: SENAI. MG. 1998. p. 51.

    Bobina

    Elemento responsvel pela criao do campo eletromagntico que faz

    movimentar o sistema mvel do contator. A bobina constituda por um condutor de

    cobre esmaltado, enrolado em forma de espiras num carretel isolante.

    A Figura 1.51apresenta o desenho em corte de um contator, onde podero ser

    observados seus componentes.

  • 47

    Figura 1.51: Constituio de um contator. Fonte: WEG. .s. d. p. 245.

    11..77..44 AAcceessssrriiooss

    Supressor de Surto

    So dispositivos conectados em paralelo com a bobina do contator e utilizados

    no amortecimento das sobretenses provocadas durante as operaes de abertura,

    que podem danificar componentes sensveis.

    So compostos de circuitos RC ou Varistores (Figura 1.51).

    Figura 1.52: Supressor de surto. Fonte: SENAI. MG. 1998. p. 51

  • 48

    Bloco de Contatos auxiliares

    Alguns contatores possuem contatos auxiliares diretamente na sua carcaa.

    Atualmente, os blocos de contatos so acessrios que podero ser acoplados aos

    contatores.

    Os contatos auxiliares podem ser abertos (NA) ou fechados (NF). Na Figura

    1.52 pode-se observar os detalhes de um bloco de contatos auxiliares com fixao no

    topo e fixao lateral.

    Figura 1.53: Bloco de contatos auxiliares. Fonte: WEG. s. d. p. 246.

    Temporizador Pneumtico

    Elemento de temporizao fixado na parte frontal dos contatores fabricado

    para retardo na energizao ou retardo na desenergizao.

  • 49

    Figura 1.54: Bloco de contato auxiliar temporizado. Fonte: WEG. s. d. p.. 264.

    Intertravamento Mecnico

    a combinao que garante mecanicamente a impossibilidade de fechamento

    simultneo entre dois contatores. A sua montagem normalmente feita lateralmente,

    entre os dois contatores.

    Figura 1.55: Intertravamento mecnico. Fonte: WEG. s. d. p. 263.

    11..77..55 FFuunncciioonnaammeennttoo

    a) Acionamento

    Quando a bobina do contator energizada a partir de um dispositivo de

    comando (botoeiras, chaves fim de curso, rels, etc.), cria-se um campo magntico, e

    o ncleo fixo atrai o ncleo mvel, deslocando os contatos mveis que esto

  • 50

    acoplados mecanicamente a este, desta forma haver a comutao dos contatos

    principais e auxiliares.

    b) Desligamento

    Para desligamento do contator, necessrio interromper a alimentao da

    bobina, fazendo com que desaparea o campo magntico provocado por molas, o

    retorno do ncleo mvel e, conseqentemente, o retorno dos contatos ao estado de

    repouso.

    11..77..66 TTiippooss ddee CCoonnttaattoorreess

    De acordo com as caractersticas eltricas e as condies de servio, os

    contatores podem ser classificados em: Contatores Tripolares de Potncia e

    Contatores Auxiliares.

    Contator Tripolar

    destinado a efetuar o acionamento de diversos tipos de cargas das

    instalaes industriais, como motores eltricos, capacitores, sistemas de

    aquecimento, etc.

    Suas principais caractersticas so:

    Podem possuir contatos principais e auxiliares;

    Maior robustez de construo;

    Facilidade de associao a rels;

    Tamanho fsico de acordo com a potncia da carga;

    A potncia da bobina do eletrom varia de acordo com o tipo de

    contator;

    Geralmente tem cmara de extino de arco;

    Pode-se inserir blocos de contatos auxiliares e outros acessrios

    fornecidos pelo fabricante.

    Contator Auxiliar

    destinado a efetuar o comando de pequenas cargas. utilizado no comando

    de sinalizaes, eletrovlvulas, bobinas de contatores tripolares, etc. Tambm so

    utilizados para aumentar o nmero de contatos auxiliares dos contatores tripolares.

  • 51

    Suas principais caractersticas so:

    Tamanho fsico varivel, conforme o nmero de contatos;

    Corrente nominal de carga mxima igual a 10 A para todos os

    contatos;

    Cmara de extino inexistente.

    11..77..77 CCaarraacctteerrssttiiccaass EEllttrriiccaass ee DDiimmeennssiioonnaammeennttoo

    O contator um dos dispositivos mais usados para seccionamento nas

    instalaes eltricas industriais. Para fazermos a escolha de um contator, devemos

    conhecer suas caractersticas eltricas, que so informaes padronizadas por

    normas e esto contidas nos selos de identificao e nos catlogos de fabricantes.

    As principais caractersticas eltricas de um contator so:

    Tenso Nominal de Isolao: valor da tenso que caracteriza a

    resistncia de isolamento entre as partes isolantes e condutoras do contator;

    Tenso Nominal de Servio: valor eficaz da tenso em que o contator

    dever operar ( 220V - 380V);

    Potncia Nominal Eltrica e Mecnica: potncia real consumida por um

    equipamento eltrico e que dever ser transferida atravs dos contatos

    principais do contator;

    Corrente Nominal de Servio: corrente mxima que os contatos de um

    dispositivo suportam, sem danificar as partes isolantes. indicada pelo

    fabricante e depende da tenso nominal de servio, da freqncia e da

    categoria de emprego;

    Freqncia de Manobras: nmero de manobras (abertura ou fechamento

    dos contatos) por hora que o contator deve realizar. Quanto maior for o

    nmero de manobras especificado pelo fabricante, maior ser a vida til dos

    contatos;

    Tenso de Comando: tenso de alimentao da bobina do contator, que

    deve operar perfeitamente com at 85% dessa tenso;

    Nmero de Contatos Auxiliares: definidos de acordo com a necessidade

    do circuito;

  • 52

    Categorias de Emprego: determina as condies para a ligao e

    interrupo da corrente e da tenso nominal de servio

    correspondentemente, para a utilizao normal do contator, nos mais

    diversos tipos de aplicao para CA e CC.

    Observe o Quadro 02:

    Quadro 2

    Categorias de Emprego de Contatores, conforme IEC 947

    Tipo de Corrente

    Categoria Aplicao

    AC AC 1

    AC 2

    AC 3

    AC 4

    AC 5a

    AC 5b

    AC 6a

    AC 6b

    AC 7a

    AC 7b

    AC 8a

    AC 8b

    AC 12

    AC 13

    AC 14

    AC 15

    Manobras leves; carga hmica ou pouco indutiva (aquecedores, lmpadas

    incandescentes e fluorescentes compensadas).

    Manobras leves; comando de motores com anis coletores (guinchos,bombas,

    compressores). Desligamento em regime.

    Servio normal de manobras de motores com rotor gaiola (bombas, ventiladores,

    compressores). Desligamento em regime.*

    Manobras pesadas. Acionar motores com carga plena; comando intermitente

    (pulsatrio); reverso a plena marcha e paradas por contracorrente (pontes

    rolantes, tornos, etc.).

    Chaveamento de controle de lmpadas de descargas eltricas

    Chaveamento de lmpadas incandescentes

    Chaveamento de transformadores

    Chaveamento de bancos de capacitores

    Aplicaes domsticas com cargas pouco indutivas

    Cargas motoras para aplicaes domsticas

    Controle de compressor-motor hermeticamente refrigerado com reset manual

    para liberao de sobrecarga**

    Controle de compressor-motor hermeticamente refrigerado com reset automtico

    para liberao de sobrecarga**

    Controle de cargas resistivas e cargas de estado slido com isolamento atravs

    de acopladores pticos.

    Controle de cargas de estado slido com transformadores de isolao.

    Controle de pequenas cargas eletromagnti

    Controle de cargas eletromagnticas (> 72VA)

    DC DC 1

    DC 3

    DC 5

    Cargas no indutivas ou pouco indutivas, (fornos de resistncia)

    Motores CC com excitao independente: partindo, em operao contnua ou

    em chaveamento intermitente. Frenagem dinmica de motores CC.

    Motores CC com excitao srie: partindo, operao contnua ou em

    chaveamento intermitente. Frenagem dinmica de motores CC.

    Chaveamento de lmpadas incandescentes

  • 53

    DC 6

    DC 12

    DC 13

    DC 14

    Controle de cargas de cargas resistivas e cargas de estado slido atravs de

    acopladores pticos.

    Controle de eletroms

    Controle de cargas eletromagnticas que tm resistores de economia no

    circuito.

    * A categoria AC 3 pode ser usada para regimes intermitentes ocasionais por um perodo de tempo limitado

    como em set-up de mquinas; durante tal perodo de tempo limitado o nmero de operaes no pode exceder 5

    por minuto ou mais que 10 em um perodo de 10 minutos.

    ** Motor-compressor hermeticamente refrigerado uma combinao que consiste em um compressor e um

    motor, ambos enclausurados em um invlucro, com eixo no externo, onde o motor opera neste meio

    refrigerante.

    Fonte: WEG. s. d. p. 258.

    1.8 Botes de comando

    11..88..11 DDeeffiinniioo

    So dispositivos destinados a estabelecer ou interromper momentaneamente,

    no local ou distncia e de forma indireta, o comando de equipamentos de manobra

    e/ou de operao.

    Figura 1.56: Diversos modelos de botes. Fonte: Acesso em: 18 jun. 2007. Fonte: Acesso em: 18 jun. 2007.

  • 54

    1.8.2 Simbologia

    Figura 1.57: Simbologia para botes.

    11..88..33 CCoonnssttiittuuiioo

    Existem vrios tipos de botes de comando. Geralmente, so compostos por

    um elemento frontal de comando (cabeote) e um bloco de contatos.

    Pelo princpio de montagem modular, h possibilidade de adaptar vrios blocos

    de contato por boto de comando eltrico e cada bloco possuindo contatos NA, NF ou

    ambos, ampliando assim, a aplicao deste dispositivo de comando. Este princpio

    denominado de blocos de contatos intercambiveis e conforme aplicao, os

    cabeotes podem apresentar dimetros de 10, 15, 16, 22 e 30 mm.

    Bloco de Contato

    Elemento constitudo de um corpo isolante, contatos mveis, fixos e bornes

    para conexes.

    Figura 1.58: (a) Bloco de contatos simples. (b) Bloco de contatos duplo. Fonte: . Acesso em: 18 jun. 2007.

  • 55

    Corpo isolante

    Serve para envolver os contatos e sustentar os bornes para conexes. feito

    de material termoplstico (isolante) de boa resistncia mecnica.

    Contatos

    So elementos responsveis pela continuidade da corrente eltrica do circuito.

    Os contatos so, normalmente, em forma de pastilha de liga de prata

    superdimensionada, tanto nas partes fixas como nas mveis, garantindo assim uma

    alta capacidade de ruptura, que acarreta uma vida mais longa para os contatos.

    Alguns fabricantes fornecem, sob encomenda, contatos com banho de ouro.

    Bornes para Conexes

    So elementos que estabelecem a ligao dos condutores aos contatos fixos.

    Elemento Frontal de Comando

    O elemento de acionamento do boto de comando pode ser de vrios tipos:

    Normal

    Utilizados nos comandos eltricos em geral. um boto de longo curso e

    praticamente inexiste a possibilidade de manobra acidental.

    Faceado Simples

    Possui somente um dispositivo para acionamento. (Figura 1.59)

    Figura 1.59: Boto de acionamento normal e faceado. Fonte: . Acesso em: 24 maio 2007.

  • 56

    Faceado duplo

    Possui dois dispositivos para acionamento: um boto verde (liga) e um boto

    vermelho (desliga) e, em alguns casos, um dispositivo de sinalizao luminoso, que

    acender ao ser acionado o boto verde. (Figura 1.60).

    Este tipo de elemento pode ser encontrado com ligaes internas, que facilita a

    sua conexo aos circuitos de comando. Os fabricantes fornecem no corpo do

    componente o diagrama de ligao.

    Figura 1.60: Boto de acionamento faceado duplo iluminado. Fonte: . Acesso em: 24 maio 2007.

    Saliente

    Sua construo torna o acionamento mais rpido, porm oferece a

    possibilidade de manobra acidental, se no houver guarnio. (Ver Figura 1.61).

    Alguns tipos de botes de comando possuem cabeotes dotados de uma lmpada

    interna, que acender quando acionarmos o dispositivo, sinalizando a operao.

    Figura 1.61: Elemento saliente iluminado. Fonte: . Acesso em: 23 maio 2007.

  • 57

    Saliente com guarnio

    Possuem uma guarnio (guarda total) que impede o acionamento acidental do

    boto promovendo maior segurana. (Ver Figura 1.62).

    Figura 1.62: Boto de comando saliente com guarda total. Fonte: Acesso em: 23 maio 2007.

    Tipo de cogumelo

    Normalmente so destinados a interromper circuitos em caso de emergncia.

    (Ver Figura 1.62).

    Figura 1.63: Boto de comando tipo cogumelo. Fonte: . Acesso em: 24 maio 2007.

    Seletor de Posio

    O seletor essencialmente um comutador para aplicaes industriais, que

    permite resolver certos problemas de esquemas eltricos. So aqueles nos quais o

    acionamento obtido atravs do giro de alavancas, knobs, chaves tipo yale e pode

    acionar uma ou mais sees de contatos NA ou NF.

    O comutador com Chave Yale Indicado para comando de circuitos onde

    somente o operador responsvel executa a manobra. Os tipos de cabeote de

    comando mais comuns para botes de comutao esto demonstrados na Figura

    1.63.

  • 58

    Figura 1.64: (a) Seletor de posio tipo Alavanca. (b) Yale. (c) Knob. Fontes: . Acesso em: 23 maio 2007.

    . Acesso em: 23 maio 2007. . Acesso em: 23 maio 2007.

    11..88..44 CCllaassssiiffiiccaaoo ddooss bbootteess ccoonnffoorrmmee ssiisstteemmaa ddee ttrraavvaammeennttoo eellttrriiccoo

    Acionamento por impulso livre (sem reteno)

    So aqueles nos quais o acionamento obtido atravs de presso do dedo do

    operador, no cabeote de comando dos botes; tirando-se o dedo do boto, ele

    retorna automaticamente posio de repouso.

    Os contatos so montados de tal forma que ao ser acionado, abre-se o NF e

    logo aps fecha-se o NA, voltando posio de repouso por meio de molas, quando

    cessa a presso sobre ele exercida. (Ver Figura 1.64).

    Figura 1.65: Impulso livre (sem reteno). Fonte: < http://www.schmersal.com.br/catalogos>. Acesso em: 23 maio 2007.

  • 59

    Acionamento por impulso com reteno

    Quando pressionado, se mantm na posio a que foi acionado, at novo

    acionamento. Normalmente botes de emergncia do tipo cogumelo com trava ou

    chave Yale so vermelhos. Observe a Figura 1.66:

    Figura 1.66: (a)Impulso com reteno/girar para soltar (b)Reteno com chave Yale. Fonte: . Acesso em: 11 set. 2007.

    11..88..55 BBootteess lluummiinnoossooss

    Existem dois tipos: com alimentao direta e com alimentao atravs de

    transformador. A Figura 1.67 apresenta o modelo com alimentao direta.

    Figura 1.67: Faceado com guarnio e alimentao direta. Fonte: Acesso em: 23 maio 2007

    11..88..66 BBoottooeeiirraass

    a denominao que se d a um conjunto formado, geralmente, por dois ou

    mais botes de comando eltrico. So empregados nos circuitos industriais tpicos de

    servios pesados, como por exemplo, em mquinas que possuem dois ou mis

    motores eltricos. O comando destes motores feito separadamente, atravs de

    botes distintos, localizados em um mesmo invlucro. (Ver Figura 1.68).

  • 60

    Aplicao: comando de pontes rolantes, talhas, alarme contra

    incndio, etc.

    Figura 1.68: Caixas e botoeiras. Fonte: Acesso: 24 maio 2007.

    11..88..77 CCddiiggoo ddee CCoorreess

    Os botes de comando so fabricados segundo um cdigo internacional de

    cores, o que facilita a identificao do regime de funcionamento das mquinas

    comandadas por esses botes. O Quadro 3 mostra as cores e a indicao de suas

    funes.

    Quadro 3 Cdigo de cores e funes de botes

    Cor padronizada Regime de Funcionamento

    Vermelho Parar/desligar;

    Parada de emergncia.

    Verde ou Preto Acionamento;

    Incio do ciclo de operao de mquina.

    Amarelo

    Ateno, cuidado;

    Partida de retrocesso fora das condies normais de operao;

    Partida de um movimento para evitar condies de perigo.

    Branco ou Azul Claro Qualquer funo para a qual as cores mencionadas no tm

    validade;

    Informaes especiais.

  • 61

    11..99 RReell ddee TTeemmppoo

    11..99..11 DDeeffiinniioo

    Os rels de tempo so dispositivos empregados nos circuitos de comandos

    eltricos, com o objetivo de fazer a temporizao de manobras, em circuitos auxiliares

    de comando, circuitos de proteo, etc.

    11..99..22 SSiimmbboollooggiiaa

    Figura 1.69: Simbologia de temporizadores.

    11..99..33 TTiippooss ddee rreellss ddee tteemmppoo qquuaannttoo aaoo ddooss ccoonnttaattooss

    Instantneo a Energizao

    Alimentando-se o dispositivo, inicia-se a contagem do tempo e

    simultaneamente os contatos sero ativados. Aps o tempo programado, os contatos

    sero desativados. Interrompendo-se a alimentao durante o processo de contagem

    do tempo, o mesmo anulado e os contatos sero desativados.

    Figura 1.70 - Temporizao instantnea.

  • 62

    Com Retardo a Energizao

    Alimentando-se o dispositivo, inicia-se a contagem do tempo. Transcorrido o

    tempo programado, os contatos sero ativados e s sero desativados quando a

    alimentao for desligada. Interrompendo-se a alimentao durante a contagem do

    tempo, o mesmo ser anulado.

    Figura 1.71: Temporizao com retardo a energizao.

    Com Retardo a Desenergizao

    Alimentando-se o dispositivo, os contatos sero ativados instantaneamente

    (haver a comutao dos contatos). Ao desenergizarmos o dispositivo, inicia-se a

    contagem do tempo. Aps o tempo programado, os contatos sero desativados

    Figura 1.72: Temporizao com retardo a desenergizao.

    11..99..44 TTiippooss ddee rreellss ddee tteemmppoo qquuaannttoo aaoo pprriinnccppiioo ddee ffuunncciioonnaammeennttoo ee ss

    ccaarraacctteerrssttiiccaass ffssiiccaass ee ccoonnssttrruuttiivvaass

    Os temporizadores podem ser classificados quanto ao princpio de

    funcionamento e caractersticas construtivas, em:

  • 63

    Eletrnico (Analgico e Digital);

    Pneumtico;

    Eletromecnico;

    Trmico.

    Daremos nfase ao estudo dos temporizadores eletrnicos e pneumticos, por

    serem dispositivos que apresentam uma srie de vantagens sobre os demais, como:

    maior preciso, menor desgaste, ocupam menor espao fsico, etc.

    Temporizadores eletrnicos So dispositivos usados nos circuitos eltricos com o objetivo de processar a

    temporizao de manobras.

    Figura 1.73: Temporizador. Fontes: Acesso em: 23 maio 2007.

    Acesso em: 23 maio 2007.

    Constituio constitudo de um circuito eletrnico de temporizao, que atua sobre um rel

    magntico, o circuito est alojado em uma caixa de material isolante. Na parte frontal

    dessa caixa so colocados um seletor de tempo (que gira sobre uma escala

    numerada, representando o tempo em segundos) e os bornes para ligao dos

    condutores.

    Funcionamento Quando os bornes A1 e A2 (a e b) forem energizados, o circuito eletrnico

    entrar em operao, realizando a temporizao pr-selecionada atravs do boto

    seletor. Uma vez vencido este tempo, feito o acionamento do rel magntico, que

    comutar os seus contatos (abrir 15 - 16 e fechar 15 - 18).

  • 64

    Os contatos do rel magntico voltaro posio de repouso quando os bornes A1 e

    A2 (a e b) forem desenergizados.

    Obs: Retardo na energizao.

    Caractersticas eltricas

    Suas principais caractersticas eltricas so:

    Tenso de Acionamento: normalmente 24V, 127V ou 220V;

    Tenso Mxima de Servio: normalmente de 250V;

    Corrente Nominal: corrente dos contatos do rel (normalmente 10A);

    Faixa de Ajuste: a faixa de tempo a ser ajustada no seletor externo.

    Temporizadores pneumticos

    um dispositivo de temporizao com caractersticas eletropneumticas, cujo

    funcionamento est baseado na ao de um eletrom que aciona uma vlvula

    pneumtica, dando temporizao definida e regulvel.

    Figura 1.74: Temporizador pneumtico. Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 99.

    Constituio

    A Figura 1.75 apresenta os componentes do rel pneumtico, em vista explodida.

  • 65

    Figura 1.75: Vista explodida de rel pneumtico. Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 100.

    Legenda

    1. Alavanca de armamento do temporizador, que liga a sanfona ao bloco de contatos eltricos.

    2. Balancim.

    3. Mola Superior.

    4. Vlvula.

    5. Sanfona (resistente aos leos e envelhecimento).

    6. Contatos abridores e fechadores.

    7. Dispositivo de acionamento da regulagem do temporizador.

    Funcionamento

    Temporizador Pneumtico ao Trabalho: estando o temporizador pneumtico

    acoplado ao contator e sendo este alimentado, o ncleo atrair o balancim, que libera

    a sanfona, que ir encher-se de ar, deslocando-se em direo ao balancim.

    Terminado o tempo, regulado previamente, a sanfona estar cheia de ar e

    pressionar uma pequena alavanca, que liberar o balancim. O seu deslocamento

    provocar a abertura do contato NF e o fechamento do contato NA, que

    permanecero assim enquanto o contator estiver alimentado.

  • 66

    Quando seccionarmos a alimentao do contator, o seu ncleo deslocar o

    balancim em direo sanfona, expulsando o ar nela contido. Com isto, os contatos

    voltaro posio original de repouso, deixando o temporizador pneumtico apto

    para um novo ciclo de operao.

    Temporizador Pneumtico ao Repouso: estando o temporizador

    pneumtico acoplado ao contator, os contatos NA e NF do temporizador esto em

    repouso. Quando o contator for alimentado, o ncleo forar o deslocamento do

    balancim em direo sanfona, pressionando-a para que expulse o ar nela contido.

    Tambm ocorrer a abertura do contato NF e o fechamento do contato NA.

    Quando seccionarmos a alimentao do contator, o balancim voltar posio

    original, liberando a sanfona para que se encha de ar novamente. Quando terminar o

    tempo programado, a sanfona estar cheia de ar e pressionar uma pequena

    alavanca (disparador), que acionar o sistema de sustentao dos contatos, fazendo

    com que estes voltem posio de repouso, isto , o contato NF fechar e o contato

    NA abrir.

    Para iniciar um novo ciclo de operao, devemos acionar novamente o

    temporizador pneumtico.

    1.10 Chave Auxiliar Tipo Fim de Curso

    11..1100..11 DDeeffiinniioo

    Fim de Curso uma chave que opera em funo de posies pr-

    determinadas, atingidas por uma ou mais partes mveis do equipamento controlado.

  • 67

    Figura 1.76: Chave fim de curso. Fonte: . Acesso em: 17 maio 2007.

    11..1100..22 SSiimmbboollooggiiaa

    O smbolo usado na representao das chaves fim de curso est representado

    na Figura 1.77.

    Figura 1.77- Simbologia de chave fim-de-curso.

    11..1100..33 CCoonnssttiittuuiioo

    basicamente composta por um corpo (carcaa), bloco de contatos e um

    elemento de acionamento (cabeote).

  • 68

    Corpo

    o elemento responsvel pela proteo mecnica dos contatos e bornes. Serve

    como suporte de fixao do elemento de acionamento. Feito de materiais de elevada

    resistncia mecnica e trabalham em temperaturas variadas (Ver Figura 1.78).

    Figura 1.78: Corpo de chave fim de curso. Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 40.

    Bloco de Contatos

    o elemento responsvel pelo acionamento eltrico do circuito de comando,

    quando acionado mecanicamente pelo cabeote.

    Sistemas de Contatos

    a) Contatos Simples ou por Impulso

    Possuem um estgio intermedirio entre a operao dos contatos NF e NA,

    dependente da velocidade de atuao.

    b) Contatos Instantneos

    No possuem estgio intermedirio entre a operao dos contatos NF e NA. A

    abertura e fechamento dos contatos no dependem da velocidade de atuao.

    Contatos Prolongados

    So usados para situaes especficas. Ex: Quando acionado, o contato NA

    fechar antes que o contato prolongado NF abra, que ficar fechado at quase o final

    do curso da ao, quando ento se abrir.

    OBS: os bornes dos contatos so identificados por cdigo numrico, idntico aos contatos auxiliares dos outros dispositivos j estudados, padronizados pela I.E.C.

  • 69

    Elemento de acionamento (cabeote)

    Elemento que abriga os mecanismos de acionamento da chave fim - de

    curso. escolhido de acordo com o comando a ser executado. Existem vrios tipos

    de cabeote, que trabalham em dois movimentos bsicos: percurso de ao retilnea

    e percurso de ao angular, e seu retorno pode ser automtico ou por acionamento.

    a) Percurso de Ao Retilnea

    Os cabeotes podem ser acionados na posio vertical ou horizontal, conforme

    apresentado na Figura 1.79.

    Figura 1.79: Cabeote de percurso retilneo. Fonte: http://www.kap.com.br./chavefimdecurso > Acesso em: 17maio 2007.

    b) Percurso de Ao Angular

    Para cabeotes de alavanca e cabeotes de hastes, o mecanismo operador

    externo (Batente) dever acionar perpendicularmente ao eixo de rotao da alavanca

    (Haste).

    Figura 1.80: Cabeote de percurso angular. Fonte: http://www.kap.com.br./chavefimdecurso > Acesso em: 17 maio 2007.

  • 70

    A Figura 1.81 ilustra algumas recomendaes de acionamento, as setas

    indicam o sentido do acionamento do cabeote.

    Figura 1.81: Percurso de Acionamento. Fonte: Acesso em: 17 maio 2007.

    A Figura 1.82 mostra alguns tipos de acionamentos (cabeotes) das chaves fim

    de curso disponveis no mercado.

    Figura 1.82: Tipos de acionamentos de chaves fim de curso. Fonte: http://www.kap.com.br/chavefimdecurso>. Acesso em: 17 maio 2007.

    11..1100..44 FFuunncciioonnaammeennttoo

    Acionando-se o cabeote de comando, atravs de partes mveis de mquinas

    como hastes, excntricos, ressaltos, etc. Ser executada a comutao dos contatos,

    que iro operar diretamente em circuitos auxiliares e de comando.

  • 71

    11..1100..55 CCaarraacctteerrssttiiccaass

    As principais caractersticas das chaves fim de curso so:

    Tenso Nominal de Isolamento

    Varia de acordo com o material usado na fabricao do dispositivo.

    Normalmente de 500VCA ou 600 VCC.

    Corrente Nominal

    baseada na estrutura de seus contatos e bornes. Normalmente de 10A.

    Nmero de manobras

    Define a vida til do dispositivo.

    Ex: 10 milhes de manobras, 50 milhes de manobras, etc.

    Grau de Proteo

    O grau de proteo expresso em cdigo devidamente normalizado, que

    classifica para determinado equipamento, sua proteo contra choques, penetrao

    de corpos estranhos slidos e lquidos.

    Ex: IP 65

    IP: Significa Grau de Proteo;

    Primeiro algarismo (6): proteo total contra contato com partes sob tenso

    ou em movimento. Proteo total contra penetrao de p;

    Segundo algarismo (5): proteo contra jatos de gua, provenientes de

    qualquer direo.

    No Quadro 4, esto relacionadas as diversas classificaes a que esto

    sujeitos os invlucros dos aparelhos eltricos, no que diz respeito ao grau de

    proteo.

  • 72

    Quadro 4

    ndices de Proteo

    1.11 Sensores

    11..1111..11 DDeeffiinniioo

    O sensor um dispositivo capaz de monitorar a variao de uma grandeza

    fsica e transmitir esta informao a um sistema de controle. Nas indstrias com

    processos automatizados os sensores so elementos muito importantes. H vrios

    tipos de sensores em um processo automatizado que pode ser colocado em

    diferentes pontos. Podemos afirmar que todos os processos que necessitam de algum

    tipo de controle ou superviso requerem sensores para fornecer informaes.

    1

    Algarismo

    Proteo do acesso s partes energizadas

    2

    Algarismo

    Proteo contra lquidos

    0 Sem proteo 0 Sem proteo

    1 Proteo contra toque acidental com a mo.

    Proteo contra corpos estranhos slidos, de

    dimenses acima de 50 mm.

    1 Proteo contra gotas de gua na

    vertical.

    2 Proteo contra toque dos dedos.

    Proteo contra corpos estranhos slidos, de

    dimenses acima de 12 mm.

    2 Proteo contra gotas de gua

    at uma inclinao de 15 graus

    com a vertical.

    3 Proteo contra acessos acidentais de

    ferramentas.

    3 Proteo contra respingos de

    gua at uma inclinao de 60

    graus com a vertical.

    4 Proteo contra ferramentas.

    Proteo contra corpos slidos acima de 1 mm.

    4 Proteo contra respingos de

    gua de todas as direes.

    5 Proteo completa contra toque.

    Proteo contra acmulo de poeiras nocivas.

    5 Proteo contra jatos de gua de

    todas as direes.

    6 Todas as peas energizadas completamente

    protegidas.

    Blindagem prova de p.

    6 Proteo contra submerso.

  • 73

    11..1111..22 TTiippooss ddee sseennssoorreess

    Microchave ou sensor de fim de curso

    As microchaves transmitem apenas sinais digitais, ou seja, possuem apenas

    dois estados (ligado ou desligado, aberto ou fechado).

    O sinal de sada da microchave eltrico e indica se ela foi ou no acionada.

    Este sinal pode servir de entrada, por exemplo, para o controlador do avano e recuo

    de um cilindro pneumtico. No aconselhvel usar sensor do tipo detector por

    contato em aplicaes que exijam grande nmero de comutaes do sensor porque

    abrir e fechar a chave um grande nmero de vezes, provoca desgaste nos contatos

    eltricos do sensor. A Figura 1.83 ilustra uma microchave industrial.

    Figura 1.83: Microchave. Fonte: . Acesso em: 24 maio 2007.

    Sensor de contato (reed-switch)

    O sensor de contato reed switch funciona de maneira semelhante a

    microchave. A diferena que seu acionamento no pela ao de um contato fsico,

    mas pela ao de um campo magntico, como o de um im, por exemplo.

    O sensor composto de uma ampola de vidro que contm duas lminas e um

    gs inerte. Quando o conjunto estiver sob a ao de um campo magntico, as lminas

    se unem fechando o contato eltrico.

    O contato ir abrir quando o campo magntico deixar de existir. Este sensor

    pode ter os contatos abertos ou fechados na posio de repouso (sem ao de

    campo magntico), sendo que os abertos so chamados de contatos NA (normal

    aberto) e os fechados de contatos NF (normal fechado).

  • 74

    Figura 1.84: Composio do sensor de contato (reed-switch).

    Figura 1.85: Smbolo do sensor de contato (reed-switch).

    Sensores de proximidade

    O sensor de proximidade uma chave eletrnica semelhante a um fim de

    curso mecnico, com a vantagem de no possuir nem contatos, nem atuadores

    mecnicos. O sinal de um sensor pode ser usado para habilitar, desabilitar ou

    controlar o funcionamento de um circuito, dispositivo ou equipamento.

    A Figura 1.86 apresenta alguns tipos de sensores de proximidade.

  • 75

    Figura 1.86: Sensores de proximidade. Fonte: . Acesso em: 18 fev. 2009.

    O acionamento dos sensores, entretanto, no depende de contato fsico com

    as partes mveis dos equipamentos, basta apenas que estas partes se aproximem, a

    uma distncia que varia de acordo com o tipo de sensor utilizado.

    Os sensores de aproximao foram desenvolvidos para atender s

    especificaes de sistemas mais modernos, onde necessrio conciliar, alta

    velocidade e grande confiabilidade nos acionamentos.

    Sensores Indutivos

    O sensor indutivo utilizado para detectar a presena ou o deslocamento de

    objetos metlicos. O seu funcionamento baseado, no princpio da variao da

    indutncia eletromagntica.

  • 76

    Figura 1.87. Principio de funcionamento do sensor indutivo.

    A superfcie externa frontal do sensor forma uma regio chamada "regio ativa"

    onde o sensor detecta a presena ou deslocamento de objetos. Quando se aproxima

    um objeto metlico da regio ativa do sensor h mudanas na amplitude do sinal do

    circuito oscilador que so percebidas pelo demodulador. As variaes percebidas pelo

    demodulador so transformadas em nvel de tenso e aplicadas no detector de nvel

    da tenso. Na sada, o sinal que foi enviado amplificado e compatibilizado com os

    nveis de tenso especificados pelo fabricante. H diversos modelos de sensores

    indutivos que variam, principalmente em relao distncia de acionamento. Os tipos

    mais comuns so de construo com corpo plstico ou metlico, como mostra a

    Figura 1.88:

    Figura 1.88: Sensor indutivo. Fonte: . Acesso em: 18 fev. 2009.

  • 77

    A utilizao dos sensores indutivos possui vantagens como:

    Alta durabilidade;

    Baixa manuteno;

    Boa imunidade s influncias do ambiente em que ele est instalado;

    Alta sensibilidade.

    O smbolo de um sensor indutivo apresentado na Figura 1.89.

    Figura 1.89: Smbolo de um sensor indutivo.

    Sensores Capacitivos

    O sensor capacitivo utilizado para detectar materiais metlicos e no

    metlicos como plsticos vidros lquidos e etc. O princpio de funcionamento deste

    tipo de sensor est baseado na variao da capacitncia de um capacitor.

    A distncia de deteco normalmente varia de 0 a 20 mm, dependendo da

    massa do material a ser detectado e das caractersticas determinadas pelo fabricante.

    Da mesma forma que o sensor indutivo, os sensores capacitivos so construdos com

    um de corpo plstico ou metlico. O diagrama de blocos do sensor capacitivo

    apresenta um funcionamento semelhante ao do diagrama do sensor indutivo. A

    diferena encontra-se no estgio oscilador. Quando um objeto colocado na regio

    ativa do sensor, ocorre uma mudana da freqncia de oscilao devido alterao

    do valor da capacitncia formada pela placa sensvel e a regio ativa.

  • 78

    Figura 1.90: Princpio de funcionamento de um sensor capacitivo.

    Os sensores capacitivos so menos utilizados que os indutivos. Eles so

    utilizados na medio de pequenas presses diferenciais ou na medio do nvel de

    um lquido em um tanque.

    Figura 1.91: Sensor capacitivo. Fonte: . Acesso em: 18 fev. 2009.

    O smbolo de um sensor capacitivo est apresentado na Figura 1.92:

    Figura 1.92: Smbolo do sensor capacitivo.

  • 79

    Sensores pticos (Fotoeltricos)

    Os sensores pticos detectam a aproximao de qualquer tipo de objeto, desde

    que este no seja transparente. distncia de deteco normalmente varia de 0 a

    100 mm, dependendo da luminosidade do ambiente. Normalmente, os sensores

    pticos so construdos em dois corpos distintos, sendo um emissor de luz e outro

    receptor. Quando um objeto se coloca entre os dois, interrompendo a propagao da

    luz entre eles, um sinal de sada ento enviado ao circuito eltrico de comando.

    Outro tipo de sensor de proximidade ptico, muito usado na automao industrial, o

    do tipo reflexivo no qual emissor e receptor de luz so montados num nico corpo, o

    que reduz espao e facilita sua montagem entre as partes mveis dos equipamentos

    industriais. A distncia de deteco , entretanto menor, considerando-se que a luz

    transmitida pelo emissor deve refletir no material a ser detectado e penetrar no

    receptor, o qual emitir o sinal eltrico de sada.

    Figura 1.93: Aparncia tpica de sensores fotoeltricos. Fonte: . Acesso em: 18 fev. 2009.

  • 80

    O smbolo de um sensor ptico est representado na Figura 1.94:

    Figura 1.94: Smbolo do sensor ptico.

    Encoder

    Um gerador de Pulsos (encoder) um sensor/transdutor que converte

    movimento ou posio mecnica atravs de um eixo em uma srie de pulsos

    eletrnicos. Existem vrios modelos com especificaes mecnicas e eletrnicas

    diferentes. Um exemplo o encoder incremental que chamado assim porque o sinal

    de sada produzido sucessivamente e a Informao dada o quanto foi

    incrementado posio atual em relao posio de referncia. A posio de

    referncia (o "zero" do encoder) dada ao se acionar, por exemplo, uma microchave.

    Este tipo de encoder no informa a posio angular, mas sim o deslocamento em

    relao a uma posio de referncia.

  • 81

    Figura 1.95: Dispositivo chamado de encoder.

    Figura 1.96: Encoder incremental. Fonte: . Acesso em: 24 maio 2007.

    1.12 Motor de Induo Trifsico

    11..1122..11 IInnttrroodduuoo

    Os motores eltricos de induo podem ser monofsicos ou trifsicos. Os

    motores de induo monofsicos so mais utilizados para o acionamento de

    pequenas cargas, como ventiladores, pequenas bombas e aparelhos de uso

    domstico.

  • 82

    O motor de induo trifsico, ou simplesmente MIT, o motor mais utilizado na

    indstria em virtude de sua robustez, baixo custo, vida til e facilidade na

    manuteno, por isso ser o tema estudado neste captulo.

    Figura 1.97: Motor de induo trifsico. Fonte: WEG. 2004. p. 2.

    11..1122..22 DDeeffiinniioo

    Motor eltrico uma mquina que tem como funo converter energia eltrica

    em mecnica atravs do movimento rotativo de um eixo, quando aplicada em seus

    enrolamentos uma tenso eltrica alternada.

    11..1122..33 TTiippooss ddee MMoottoorreess EEllttrriiccooss ddee IInndduuoo TTrriiffssiiccoo

    Motor Sncrono

    Os motores sncronos so motores de velocidade constante e proporcional com

    a frequncia da rede. Seu uso limitado a grandes potncias e acionamentos

    especiais, que requerem velocidades invariveis em funo da carga.

    Motor Assncrono

    utilizado na grande maioria das mquinas e equipamentos industriais por

    serem robustos e mais baratos. Sua velocidade sofre ligeiras variaes em funo da

    variao da carga mecnica que inserida ao seu eixo.

  • 83

    Classificao dos motores Assncronos

    Os motores assncronos podem ser do tipo rotor gaiola de esquilo, so assim

    chamados porque seu enrolamento rotrico tem a caracterstica de ser curto-

    circuitado, assemelhando-se a uma gaiola de esquilo. Outro tipo de motor assncrono

    o motor de anis ou motor de rotor bobinado, que possui a mesma caracterstica

    construtiva do motor de induo com relao ao estator, mas o seu rotor bobinado

    com um enrolamento trifsico, cujo acesso feito atravs de trs anis com escovas

    coletoras no eixo.

    11..1122..44 CCoonnssttrruuoo

    O MIT composto, basicamente por duas partes:

    Estator e rotor, conforme mostra a Figura 1.97.

    :

    Figura 1.98: Motor de induo trifsico em corte. Fonte: WEG. 2004. p.11.

  • 84

    Rotor

    O rotor constitudo de um eixo onde acoplada uma carga mecnica, o

    mesmo possui um pacote de chapas magnticas denominado ncleo, que tem como

    objetivo melhorar a permeabilidade magntica do meio. O enrolamento do rotor pode

    ser bobinado ou do tipo Gaiola de Esquilo.

    No rotor Gaiola de Esquilo, os condutores so normalmente de alumnio em

    forma de barras e esto curto circuitados em cada terminal por anis contnuos, como

    mostra a figura acima.

    J o rotor Bobinado constitudo de um enrolamento trifsico, fechado

    internamente em estrela, acessvel atravs de trs anis com escovas coletoras no

    eixo, conforme mostra a Figura 1.98.

    Figura 1.99: Motor assncrono de rotor de anis. Fonte: WEG. 2004. p.19

    L0-0=0

    formado por uma carcaa normalmente construda de ferro fundido, que a

    estrutura de todo o conjunto. Internamente a ela existe o ncleo que um pacote de

    chapas magnticas com a funo de concentrar as linhas de induo criadas pelos

    enrolamentos quando so conectados corrente alternada. Nas ranhuras do ncleo

    do estator, existe o enrolamento trifsico que constitudo de trs conjuntos de

    bobinas de cobre defasadas de 120 geomtricos. Estas bobinas interagem-se,

    produzindo um campo magntico girante, que s possvel graas construo do