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REVISTA GRATUITA DE TURISMO - Edição Nº 12 - 2018 O QUE FAZER EM MENDOZA wine-republic.com MAPAS E GUIAS ISSN 1853-9610 Montevidéu e Colônia Vinho com cheiro de candombe Finca la Anita

Montevidéu e Colônia - Wine Republic...em Carmelo, fazer um acordo com um taxista para visitar uma ou duas vinícolas. A primeira parada em Carmelo foi à vinícola Irurtia, uma

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REVISTA GRATUITA DE TURISMO - Edição Nº 12 - 2018

O QUE FAZEREM MENDOZA

wine-republic.com

MAPAS E GUIAS

ISSN 1853-9610

Montevidéu e ColôniaVinho com cheiro de candombe

Finca la Anita

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Blanco Wines-

O primeiro é a família...............................

Karim Mussi Saffie.

Um eno-rebel de culto..............................

Montevidéu e Colônia

Vinho com cheiro de candombe...........

Finca la Anita

Onde a beleza e a simplicidade

florescem! .....................................................

Guia de Vinícolas........................................

Guia de Restaurantes ...............................

Guia de Bares & Drinks............................

Mapa & Informações úteis.......................

Wine Republic Edição nº 12 - 2018.

20.000 copias - Publicado por Seven Colors SA. Espejo 266,

Mendoza, Argentina. 54-261-425 5613.

Diretor Editorial: Charlie O´Malley.

Edição e Publicidade: Mariana Gómez Rus

[email protected].

Colaboradores:

Jeanne Coelho [email protected]

Leia Zimmermann [email protected]

Ivan Tkaczek [email protected]

Desenho:

Circlan - Jona Conti

[email protected] (circlan.com)

Fotos:

Mariana Gómez Rus.

Nota: O expressado nesta revista não corresponde

necessariamente às opiniões editoriais de Wine Republic.

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CONTEÚDOS DESTA EDIÇÃO

ON LINE: WWW.WINE-REPUBLIC.COM

EQUIPE

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Gabriel Blanco trabalhou a terra durante muito tempo e sempre teve vinhedos. Mas foi pouco mais de dez anos quando, convencido de que seu Bonarda era especial, começou a elaborar vinho junto com sua esposa, Mónica, e seus filhos. Em 2005, quando começaram,alugavam parte de uma vinícola.

Atualmente são possuidores de propriedade familiar, localizada ao sul de Lujan de Cuyo.E apostar ao Bonarda como varietal insígnia foi um acerto. A verdade é que a “ Associação internacional de escritores e jornalistas de vinhos e destilados”posicionou ao Mairena Reserve como um dos melhores 10 vinhos do mundo.

Cada membro da família tem um rol fundamental nesta vinícola: Gabriel é encarregado do vinhedo; Mónica é gerente geral e é responsável pela área comercial. Gabriel Jr é o encarregado da produção e trabalha junto com o enólogo Giuseppe Francescchini, enquanto Rocío se encarrega da imagem e Ivana leva as rédeas da hospitalidade e administração.

Se você anda por aí, quase nas portas do Vale de Uco, sugerimos que atravesse esse caminho de ocres agrestes, e se deixe levar pelas experiências que propõe os Blanco: honesta, agradecida e familiar.

Blanco Wines fica em Ruta 86, km 7. Ugarteche.Abre de Quintas a Segundas-feiras, das 10h às 18hTel: 542614985741/ Whatsapp: 54 9 261 6136713 www.familiablancowines.com.ar

Com quase 20 colheitas embaixo do braço o “ turco” Karim ri à toa. Apesar de suas raízes libanesas, Mussi ironiza e, inclusive, brinca com seu apelido tornando-o um nome, um rótulo e um vinho. Corre risco, aproveita as oportunidades, não segue receitas e destaca-se.

A palavra “liberdade” é recorrente quando fala de fazer vinho. Entendendo-a como a capacidade de levar adiante uma elaboração sem restrições, permitindo-lhe a felicidade no momento de fazê-lo, transformando-o em um vinho honesto e original. Acreditando que esse exercício, repetido colheita após colheita, transforma-se em personalidade, e revela-se na marca do enólogo que o elabora.

Despreocupado e de baixo perfil, Karim Mussi Saffie é um dos enólogos mais prestigiosos que temos em Mendoza na atualidade. Além de trabalhar como enólogo assessor em Alpasion leva as rédeas das suas duas vinícolas: Altocedro ( no Valle de Uco) e Alandes (localizada em Maipu), uma vinícola centenária que, ademais, hospeda a AMP, um bonito casarão onde é possível degustar todos os rótulos que elabora Karim, e a oportunidade de aprender de vinhos e terroirs de maneira coloquial e divertida.

Karim Mussi Saffie um eno-rebel de culto

Por Mariana Gomez RusTradução: Leia Zimmermann

Foto Alandes

Mairena Bonarda Desafío 2017Blanco WinesNotas de cata por Iván Tkaczek, Sommelier.

Proveniente de um vinhedo de 80 hectares de 45 anos de idade, e descrito como “puro bonarda” por sua orgulhosa proprietária, este tinto tem a maravilhosa virtude de reunir na garrafa um nível de álcool baixo (12% V/V), taninos sedosos e ao mesmo tempo um poderoso aroma a frutas muito maduras (ameixa e morango, nota típica desse varietal).Estes dados não são menores, levando em consideração que Mendoza costuma produzir tintos que rondam os 14 graus e até mais.

O grande “desafio” em um vinho assim, consiste em conseguir a madureza dos aromas e, ao mesmo tempo, colher no momento justo para conservar acidez na fruta ( que nos dá as sensações refrescantes) e o açúcar necessário (não tanto neste caso) para esse nível de álcool (sensação de corpo e de calor). O equilíbrio destes elementos é o que consegue a magia de um vinho elegante.

A segunda grande virtude que mencionamos não é tão fácil de encontrar: um vinho pronto para beber, com os taninos já redondeados e sedosos. Opção maravilhosa e fundamental se queremos conseguir uma boa harmonização com os queijos macios e semiduros (evite sempre taninos duros nestas situações).

Com sua intensa e profunda cor púrpura, suas notas de fruta madura e em marmelada, e seus leves tons de ervas e lácticos, este bonarda é mais uma mostra do mestrado enológico do italiano Giuseppe Francescchini que nos deslumbra indefinidamente. Não deixe passar a oportunidade, pois foram elaboradas somente 1.500 garrafas!

Blanco Wines

Por Mariana Gómez RusTradução: Leia Zimmermann

o primeiro é a família

Pingue- pongue

Karim, o que deveria transmitir esta entrevista?A verdade e somente a verdade!!Você pode nos dizer alguns “highlights” de sua pessoa?Um metro e oitenta com plataformas, sagitariano, torcedor do Tomba.Idade? 43 mais imposto incluído.Onde você estudou? Liceo Agricola e Faculdade de Engenharia. Que vinícola assessora? Atualmente só Alpasion.Amp e Altocedro são de…?Do mesmo Karim e seus sócios Qual é o espirito de seus vinhos?Liberdade, identidade, balance e elegância, com muita capacidade de envelhecimento.Qual é a sua variedade favorita? …( Bom penso em vinho porque é o que elabora mas, quem sabe, prefere uma gelada... sei lá)Nenhuma variedade favorita, prefiro os blends e adoro uma gelada, o whisky, o pisco, o conhaque, e todo álcool de boa qualidade que dá tontura.Você quer aproveitar a entrevista e compartilhar alguma novidade?O Lançamento da Bodega Alandes, os Paradoux Blends (tinto e branco), além do Alandes Malbec, Vale de UcoAlguma outra coisa para acrescentar? “Gracias Totales!”

Paradoux Blend 67% Semillon  - 33% Sauvignon BlancFermentado e envelhecido em carvalho francês (14 meses)

Karim Mussi se define como um consumidor que faz vinhos. E em tempos em que abundam enólogos do arquétipo “Rock star”, assume um rol antagônico, dando mais valor ao trabalho de enólogo no vinhedo e na vinícola, sem fotos nem poses. E mostra-se ao mundo tal como é, um cara simples fazendo vinhos complexos.

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O candombe nasceu no Uruguai, das mãos dos escravos africanos que começaram a chegar ao porto de Montevidéu no final do século XVIII. Assim, a alegria, a pena, o glorioso e o profano se transformaram em dança, canto e música.

Constituindo um fenômeno social e cultural tão forte (e profundo) que transpassou a barreira do tempo. Faça a prova: atravesse o “Barrio Sur” num sábado qualquer à tarde agudize o ouvido e siga o som dos tambores que invadem as ruas ao ritmo do tan-go, convidando os vizinhos e visitantes a essa contagiante emoção.

Vinho charrua. Aqueles escravos procedentes de diferentes países africanos desembarcaram no Uruguai por conseqüência de outras correntes imigratórias. Imigrantes espanhóis, italianos e franceses que por sua parte, introduziram a cultura da videira e sua conseqüente expansão. Quem teve um papel protagonista nesta gênesis foi Don Pascual Harriague, um imigrante de origem basco, fundamental no desenvolvimento da vitivinicultura uruguaia a princípios do século XIX.

O motivo? Foi Harriague que introduziu as primeiras plantas de Tannat no país. A uva terminou adaptando-se bem ao clima e ao solo uruguaio chegando a umas 300 hectares de cultivo, originando um vinho potente, com muita cor e grande estrutura (taninos). Com o tempo esse vinho se tornou tão popular que o Tannat passou a chamar-se “Harriague”, apelido que ainda hoje é usado em alguns vinhedos.

Durante muitos anos e já entrando no século XX, a produção de vinho no Uruguai esteve associada ao volume (do jeito que aconteceu na Argentina). Ou seja, elaboração massiva de vinho de mesa, quase exclusivo, de consumo interno. E foi para fins da década de 1980 que a indústria sofreu uma reconversão que entre outras coisas incluiu a erradicação de vinhedos velhos e a implantação de novos de alta qualidade enológica, a criação de uma entidade nacional reguladora (o INAVI); além de desenvolver a verdadeira identidade da uva Harriague para voltar a chamar-se Tannat.

Uruguai está localizado entre 30 e 35 graus de latitude sul, deitado sobre as mesmas latitudes do Chile, Argentina, África do Sul e Austrália e, como eles, possui condições naturais e ambientais para elaborar vinhos enologicamente corretos. Os vinhedos repousam sobre planícies de solo principalmente argiloso e terras pedregosas numa paisagem exótica e surpreendente. E apesar de estar quase sobre o nível do mar, recebem influência das brisas do Oceano Atlântico e do rio Uruguai que trazem frescura noturna. Uruguai possui 10.000 hectares de vinhedos, traduzidos em 90 milhões de litros anuais distribuídos em aproximadamente 300 vinícolas (quase todos são estabelecimentos familiares que em alguns casos levam mais de três gerações em atividade). Atualmente é o quarto produtor de vinhos da América do Sul e talvez o primeiro e mais tradicional exportador de vinhos para o

Montevidéu e ColôniaVinho com cheiro de candombe

Por Mariana Gómez RusTradução: Leia Zimmermann

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Brasil. De seus 19 distritos, 15 têm atividades vinícolas, embora as melhores áreas são: os arredores de Montevidéu, Canelones,Rocha (perto de Punta Del Este), Paisandú e Colonia (Carmelo).

Montando um roteiro de vinhos.

Planejando uma visita ao país charrua e com vontade de degustar vinhos?

Pode-se organizar com empresas de enoturismo em Punta del Este (como The Wine experience) ou em Colonia Del Sacramento. E com respeito a Colonia, se você está hospedado em Buenos Aires poderá cruzar o rio durante o dia e pegar um tour de vinhos com Borravino tours.

Mas se estas opções não se ajustam aos seus tempos ou orçamento, você poderá fazer um percurso de grande nível, por conta própria, de maneira fácil e acessível.A continuação, apresento algumas opções:

Colonia del Sacramento

A região vitivinícola de Colonia está localizada aos arredores do distrito de Carmelo, a 70 kms ao norte da cidade. Carmelo está localizada justamente onde nasce o rio de La Plata e é um povoado amável e tranquilo.

Para visitar as vinícolas há duas opções:

1) alugar um carro em Colonia e transladar-se até Carmelo e percorrer vinícolas dos arredores (quase todas muito perto do povoado);

2) pegar um ônibus na rodoviária de Colonia e, ao chegar em Carmelo, fazer um acordo com um taxista para visitar uma ou duas vinícolas.

A primeira parada em Carmelo foi à vinícola Irurtia, uma das maiores do Uruguai com importante marca histórica. Fundada a princípios de 1900, marca o inicio da vitivinicultura na zona e atualmente é dirigida pela quarta geração da família Irurtia. Elabora perto de 1.5 milhões de garrafas ao ano. Sem dúvida, o mais lindo da visita é a cave, onde é certeiro encontrar vinhos com rótulos quase ilegíveis pelo pó, tempo e teias de aranhas; refugio de colheitas de mais de sessenta anos.

Irurtia além de elaborar vinhos tintos e brancos clássicos (Tannat, Viognier, Pinot Noir, Marcelán, Cab Franc e outros) também produz vinhos fortificados que sugiro não perder em uma degustação. Especialmente seu Gewurztraminer botritizado ou o mistel (muito especial e complexo). E como broche de ouro, prove um Tannat fortificado. Este vinho está feito à maneira do porto, com uma vinificação interrompida adicionando ao vinho mais álcool vínico, dessa maneira alcança 80g de açúcar por litro e finalmente sofre um longo envelhecimento em carvalho.

Para o meio-dia sugiro visitar El Legado. Em minha opinião, é uma verdadeira jóia que não se pode perder. Não somente pela grata surpresa da qualidade de seus vinhos, senão também pela calidez do lugar e da família anfitriã que me recebeu com muita amabilidade, apesar de ter chegado sem reservas. El Legado é uma vinícola familiar que funciona desde 2007.

Seu nome está ligado à história familiar, que se inicia na década de 60, quando o pai de Bernardo Marzuca adquiriu alguns vinhedos e um depósito de ferramentas ( no mesmo lugar onde atualmente está a vinícola). Ele adquiriu os vinhedos e o depósito com o sonho de montar sua primeira vinícola, desejo que nunca realizou. Em 1980 os vinhedos foram vendidos para a família Irurtia. E já neste século, Bernardo decidiu retomar a história familiar.

Comprou da família Irurtia os vinhedos junto com o galpão e erradicou plantas que já não estavam em condições de produzir uva de qualidade e implantou novos varietais. O vinhedo tem a direção de cordão vertical livre, um sistema pouco comum que permite à planta crescer com uma abertura diferente da tradicional (espaldeiro) favorecendo a insolação e ventilação, fundamental para conseguir cachos sadios. O vinhedo é trabalhado com baixos rendimentos procurando obter uma fruta mais concentrada. E mesmo que Uruguai não tenha a altitude (que facilita a amplitude térmica como acontece em Mendoza), goza desse ar proveniente do rio ( o km zero do rio De La Plata, a união dos rios Paraná e Uruguai) que, além disso deixa fresca as noites, e seca o excesso de umidade do solo e das plantas.

Não só de mate vive o homem. O costume de tomar mate no Uruguai está profundamente e fanaticamente enraizado, tanto que se tornou uma espécie de extensão do braço de qualquer uruguaio. Seja em um povoado ou em uma grande cidade, o uruguaio SEMPRE se traslada com o mate em mãos (e não exagero). Conforme a BBC, é neste pequeno país onde se registra o maior consumo de erva mate por pessoa, com 8 kg anuais (destronando seus vizinhos argentinos e paraguaios)E o que acontece com o vinho? Bom, aparentemente o vinho é tão sagrado como o mate. Conforme o site governamental marcapaisuruguay.gub.uy o consumo per capita é de 29 litros anuais por pessoa. Isto o coloca no posto número 12 de consumo mundial e número 1 no continente americano, seguido pela Argentina (bastante longe, com 19 litros per capita ao ano).

Vinícola Irurtia

El Legado

Calle de los Suspiros, Colonia del Sacramento

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Depois da visita provei três vinhos incríveis, especialmente o Sirah com um ano em madeira. Muito equilibrado, estrutura justa, boa acidez e com grande complexidade aromática.

Com a degustação veio uma tábua com queijos, presuntos e salames de la hóstia! e tudo por US$25, uma verdadeira bagatela para o que foi a experiência na sua totalidade. El Legado atualmente produz 15 mil garrafas em uma vinícola em pequena escala (impecável por onde quer que a veja) bem preparada e com alta tecnologia. Elabora Tannat, Cabernet Sauvignon , Syrah e Marcelán ( um cruzamento de Cabernet e grenache)

Montevidéu

Se tiver vontade de bodeguear na capital Uruguaia, sugiro uma visita à Vinícola Bouza. Localizada a uns 20 minutos da cidade. Acredito que é uma das opções mais interessantes que brinda a área de Montevideu /Canelones.

A vinícola foi construída em 1940 e vendida à família Bouza em 2003. Elaboram umas 200mil garrafas ao ano, entre as quais são destacadas não somente o Tannat como também o Albariño, os blends e uma grapa muito especial elaborada com Tannat. Os vinhos passam de 3 a 18 meses em barrica.

Notei algumas diferenças com relação a Mendoza: uma prudente distância de 2 metros entre fileiras para evitar

a sombra de uma vinha sobre a outra (especialmente nos vinhedos de Tannat que naturalmente são ainda mais vigorosos), pedras colocadas ao pé do vinhedo para absorver a umidade excessiva e desviar a luz, ademais são realizadas 15 curas anuais para evitar o apodrecimento dos cachos e, é claro, só o uso de irrigação de sequeiro

Bouza tem uma opção muito boa para aqueles que andam sem mobilidade e querem a experiência completa: Um pacote de aproximadamente US$100 oferece traslado desde seu hotel, visita, degustação e um almoço elegante, apresentado em passos com harmonizações.

[email protected]

Se você nunca esteve em Colonia, vá! A cidade, recostada sobre a beira do rio de La Plata é encantadora. Dedicar-lhe uma tarde para percorrer suas velhas ruazinhas empedradas, subir ao farol, caminhar pela beirada do rio ou passear pela parte antiga da cidade, atravessando um perfeito túnel do tempo instalado na épica Calle de los Suspiros onde alguns dizem que, faz uns 200 anos, os réus condenados à morte desciam por essa ruazinha rumo ao seu destino final.

El Legado Blend Tannat/Syrah 2015. Gran Reserva,

Notas de cataPor Iván Tkaczek, sommelier

Variedade curiosa e não tão conhecida, Uruguai tem feito do Tannat seu emblema. Seu nome deriva da casca que se utilizava para curtir o couro, talvez porque na França, seu lugar de origem, produz vinhos carregados deste componente (o tanino) que seca a boca e “curte” a língua e as gengivas.orém o clima do Uruguai, muito mais benigno por estar mais perto do trópico, nos oferece resultados mais aveludados e cheios de equilíbrio.

Neste caso o encontramos em um corte com Syrah, uma das grandes variedades tintas do Ródano Francês carregada de aromas especiados e com suficiente potência para não passar desapercebida.

URUGUAY

Em guarani: Rio dos Pássaros.176 mil kms2 de superfície660 kms de linha de costa3.5 milhões de habitantes12 milhões de vacas10000 hectares de vinhedos (e 3000 são de Tannat)300 vinícolas

Vinícola BouzaVinhedo de Tannat, Montevidéu

Percorrer a beira do rio até Punta Carretas, perder-se na cidade velha e o porto (onde cada esquina é um cartão postal) deter-se no mercado do porto para comer algum corte macio de gado e provar um “medio y medio” ou ir até o mercadinho agrícola para uma autêntica experiência cotidiana. Parar na rua 18 de Julio para ver a milonga ou caminhar até o Parque Rodo, Palermo ou Barrio Sur e viver toda a boemia do Barrio de las artes . Montevidéu tem de tudo e é fácil encontrá-lo.

Na garrafa que estivemos desfrutando na ocasião, os gauleses a definem como um “ grand vin”, ou seja, o melhor vinho que a casa faz, com uma colheita suficientemente tardia para ter um corpo musculoso e suficiente aroma de fruta para não esconder-se atrás dos tons sedutores que aporta a madeira.

Encontramos então um vinho que nos recorda os figos maduros e o licor de morango e ameixa, onde notas de ervas e de louro completam a paleta aromática. Uma barrica francesa equilibrada se manifesta nas notas de canela em rama, pimenta negra, chocolate, brownie e manteiga, onde leves tons violetas e couro, tão típico do Syrah dão mostras de uma enorme complexidade.

Mesmo podendo ser guardado por muitos anos, deixe-se vencer pela ansiedade e abra esta garrafa numa noite de inverno, com alguma carne de panela cozinhando longamente.

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Por Jeanne Coelho Revisora textual: Victória Elsner

Escrevo para Wine Republic há um tempo, e quem se apoia na pena sabe que inspiração é de suma importância. Logo, Finca La Anita acontece inesperadamente através de meu esposo contando-me sobre esta propriedade que está dedicada à cultura da vinha. Ele - juntamente com um grupo de músicos brasileiros – realizaram uma visita a este acolhedor lugar.

Logo de início, já se sentia um clima diferente, a magia estava aguardando para desabrochar-se. Richard Bonvin, um dos sócios da vinícola, recepciona-os contando-lhes histórias de vida. A conversa se estende e é acompanhada de vinhos com seus aromas e sabores fruitivos, harmonizados com uma comida deleitosa. Não estavam em um lugar comercial e sim com amigos desfrutando de momentos memoráveis. Depois de escutar a narrativa, e observando sua cara de felicidade, pensei: também quero viver essa experiência! Assim La Anita “convidou-me” a visitá-la.

Em uma idílica manhã de sábado, ponho os pés nesse lugar de beleza rústica. La Anita é possuidora de encantos que cativam logo de primeira, e tudo que estiver ronronando em sua cabeça desaparecerá no despontar de sua imagem. Está localizada em uma região propícia para o cultivo da uva em Mendoza, Agrelo. Mas nem sempre foi assim, pois essa área não era conhecida por semear vide. Era apenas uma zona de lavoura de feijão, abóbora, tomates, etc. Então Manuel,

FINCA LA ANITA

o dono fundador de Anita, compra esse campo, erradica a plantação, e a converte em vinhedo. Em seguida, adquire tanques leiteiros de “La Pampa” e começa a utilizá-los na fabricação de vinhos.

O primeiro registro de plantação de Sirah é de 1947, mas o cálculo real é de mais tempo. La Anita foi pioneira na produção de vinhos nessa localidade. Tudo isso fui descobrindo em uma conversa animada pela vinícola. Nossa guia e protagonista dessa encantadora prosa, Mariela Avila Zgaib, foi nos conduzindo pelas instalações da casa de hóspedes, fazendo-nos provar os vinhos diretamente dos tanques em pleno processo de elaboração. Posso garantir-lhes, com minha fértil imaginação, que entre risos e camaradagem essa bebida só pode sair perfeita!

Vou recapitular o momento de nossa chegada. O caminho foi de paisagens outonais, pois a visitação ocorreu neste período do ano onde o estio faz uma pausa. Comento-lhes que o outono em Mendoza é de uma venustidade única. Mariela nos recebeu e fomos direto para a casa de hóspedes, um remodelado galpão de ferramentas que se transformou em aconchegante estância. Partimos de bicicleta para conhecer o território em um percurso pelos vinhedos. Essa agradável e inesperada atividade fez-me desfazer de cargas e deixei-me levar pelo vento, pelo sol e pelo momento. Veio-me uma alegria inesperada diante daquela paisagem e todas as agitações internas foram se dissipando.... Prazenteiro momento proporcionado por La Anita em seu terroir.

Onde a beleza e a simplicidade florescem!

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Pedalar entre o equilíbrio e o desequilíbrio do terreno transformou a ação em um divertido périplo frente aos pés de Merlot, Petit Verdot, Pinot Noir, Sauvignon Blanc, que nos observavam, enquanto Mariela comentava sobre as particularidades e elaborações desses varietais. La Anita compõe um estilo de vinícola boutique com produção exclusiva e de alta qualidade.

Outra coisa sui generis de Mendoza é possuir campos abertos com ventos correndo soltos. Então, para abrandar a intrepidez da ventosidade e não prejudicar os vinhedos, costuma-se formar fileiras de álamos (Árvore, geralmente alta, tronco reto e folhas ovais, lanceoladas), que parecem soldados protegendo esse ouro negro pendurado em cachos e que dão ao lugar um atrativo cenário.

Após o passeio fomos para a sala de degustações. Esperavam-nos os melhores vinhos de La Anita harmonizados com iguarias preparadas pelas mãos de Dona Rosa, uma singular senhora moradora da vinha, espécie de guardiã alquimista da tipicidade do campo, que nos entrega suas elaborações primordiais: empanadas feitas em forno de barro, tábuas de frios, saladas com produtos colhidos diretamente da horta, ou seja, mais frescos.... Impossível!

Também provamos os azeites de Oliva de La Anita. Eu sou amante dos azeites de Oliva e sempre estou procurando os de sabores exóticos; aí os encontrei. Fechando a conta:

saímos de lá com um sorriso estampado no rosto, e com vinhos e azeites da melhor qualidade debaixo do braço.

Voltando ao início de minha história, lembram do motivo que me levou a La Anita? Sim, foi o entusiasmo de meu esposo e do grupo de músicos brasileiros que saíram fascinados com o lugar. Posso falar o nome deles? Pois bem, o grupo se chama Sizao Machado Quinteto. São renomados músicos de São Paulo, gozam de prestígio e vieram participar do Festival “San Vicent Jazz” de Godoy Cruz. Sizão é apaixonado por Mendoza e pelos vinhos daqui.

De suas muitas vindas a esta cidade, comprou uma mala especialmente elaborada para o armazenamento e transporte de vinhos; de La Anita levou uma bela produção. Mariela nos contou que em São Paulo a vinícola tem um representante exclusivo. Tenho certeza que essa será a cereja do bolo para esses músicos. Deixei para contar agora no finalzinho do artigo como surpresa, e já imagino a alegria que irá lhes causar.

E você? O que espera para visitar essa inigualável vinícola? La Anita não deixa nada a desejar. Eu moro em Mendoza e já sei o caminho. Convido-lhe a vivenciar esta experiência e lanço o desafio de contar-me depois. Ficarei aqui, quietinha, esperando.... Ou será que iremos nos cruzar por lá?

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LUJÁN DE CUYO

NA CIDADE

ALTA VISTAHábil mistura entre modernismo e tradição. A degustação inclui os famosos Torrontés e Malbec de vinhedos únicos. (0261) 496 4684. Alzaga 3972, Chacras de Coria, Luján de Cuyo. www.altavistawines.com.ar

TAPIZGrandioso lodge de vinho Club Tapiz, restaurante gourmet Terruño e um tour muito instrutivo que inclui degustação de tanque e de garrafa. (0261) 490 0202. R.P 15, Km 32. Agrelo, Luján de Cuyo. www.tapiz.com

ACHAVAL FERRERO foco desta vinícola boutique de donos ítalo-argentinos é nos seus vinhedos antiquíssimos de muito baixo rendimento, o que impacta diretamente na qualidade dos seus vinhos. (0261) 155 535565. Cobos 2601, Perdriel, Luján de Cuyo. www.achaval-ferrer.com

FINCA LA ANITAVinícola boutique com curiosa história e esplêndidas paisagens. Consulte por petiscos, degustações especiais e passeios de bicicleta pelo vinhedo. Tel. +54 9 261 331 2017 [email protected]

ESTRELLA DE LOS ANDES. Vinícola de capitais argentinos, elabora vinhos amáveis e autênticos. Nosso favorito: Estrella única Cabernet Franc. Prímula, a cantina ferroviária localizada junto à vinícola é uma excelente opção para almoçar, principalmente se você quiser fugir do tradicional menu em passos, habitualmente oferecido pelas vinícolas. Olavarria 255, Perdriel. Lujan de Cuyo. 5492612213899/ +5492614649190 [email protected]

VISTALBAVinícola pequena e moderna cuja cava possui uma particular parede que mostra uma camada de terra natural onde é possível observar a composição do solo e a profundidade das raízes da videira no profundo do terreno. Excelente restaurante. Tel. 261-4989400. www.bodegavistalba.com

MENDELVinícola antiga e boutique comandada por um dos enólogos argentinos mais famosos: Roberto de la Mota. Tel. 261-5241621. Terrada 1863, Lujan de Cuyo. www.mendel.com.ar

LOS TONELESLos Toneles: Bonita e antiga vinícola localizada a 5 minutos do centro. Além da visita pode-se almoçar no seu restaurante “Abrasado”,Acceso Este lateral norte 1360. Tel.261-4310403 [email protected]

LUIGI BOSCAVinícola tradicional e familiar com muita herança, lindas cavas e sala de degustação. (0261)498 1974. San Martín 2044, Mayor Drummond, Luján de Cuyo. www.luigibosca.com.ar

CATENA ZAPATAVinícola ostentosa desenhada como um templo Maia com vista aos vinhedos e aosAndes. Vinhos complexos e encorpados. (0261) 413 1100. Cobos s/n, Agrelo, Luján de Cuyo. www.catenawines.com

LOS TONELES

VALLE DE UCO

NIETO SENETINERSituada numa formosa vinícola em Vistalba, Nieto Senetiner foi fundada no ano 1888 e elabora uma grande variedade de vinhos e espumantes e oferece cavalgadas nos vinhedos e almoços com churrasco argentino. (0261) 4980315, Guardia Vieja S/N, Vistalba, Luján de Cuyo. www.nietosenetiner.com.ar.

RENACEREsta vinícola de donos chilenos é a responsável pelos rótulos Punto Final. Pequena e moderna, com tour que inclui uma lição prática de como misturar vinhos. (0261) 5244416 / 7. Brandsen 1863, Perdriel, Luján de Cuyo. www.bodegarenacer.com.ar

SEPTIMAVinícola de desenho impactante com vista das montanhas e terraço usado para eventos no por-do-sol, nas quintas-feiras depois das 6.30 pm. Os donos, que fazem o espumante Codorniu na Espanha, elaboram os espumantes de rótulo “María”. (261) 4989550, Ruta 7, Km 6.5, Lujan de Cuyo. www.bodegaseptima.com

TERRAZAS DE LOS ANDESA irmã de vinhos finos da Chandon Argentina é uma vinícola lindamente restaurada com sala de degustações bem equipada. Vinho Favorito: Cheval des Andes. (0261) 488 0704/5. Thames e Cochabamba, Perdriel, Luján de Cuyo. www.terrazasdelosandes.com.

VIÑA COBOSVinícola jovem e boutique. Os donos são um casal argentino de enólogos –Luis Barraud e Andrea Marchiori-, e um enólogo americano da Califórnia, Paul Hobbs. Elaboram principalmente vinhos tintos premiums. (0261) 479 0130. Costa Flores y Ruta 7, Perdriel, Luján de Cuyo. www.vinacobos.com

CRUZATÉ uma pequena vinícola que elabora exclusivamente vinho espumante. Linda localização e excelentes espumantes! Você pode criar seu próprio espumante e levá-lo para casa ou planejar uma visita com seu enólogo: Pedro Rosell. Te.(261)5242290. Costa Flores s/n, Perdriel. www..bodegacruzat.com

MELIPALMalbecs deliciosos e almoços gourmet fazem da Melipal uma das vinícolas mais exclusivas para visitar. (0261)6368438 o (261)2019975 R.N 7. Km 1056, Agrelo, Luján de Cuyo. www.bodegamelipal.com.ar

DOMINIO DEL PLATAA dona desta vinícola talvez seja a enóloga mais famosa do mundo: Susana Balbo. Através dum percorrido poderemos conhecer vinhos deliciosos e complexos no coração de Agrelo. Te (261) 4989231.Cochabamba 7801, Lujan. www.dominiodelplata.com.ar

KAIKENEsta rústica vinícola de 80 anosé o projeto do prestigioso enólogo chileno Aurelio Montes (Viña Montes). Vinhos encorpados, destinados à fama. Aberto de Segunda Feira ate Sabado de 8 AM ate 6:30 PM, sendo Domingos e feriados de 9:30AM ate 1 PM. (0261)-487 72 15 INT 113/ (0261) 153 530 789/ (0261) 155 509 453 . Roque Sáenz Peña 5516, Las Compuertas, Luján de Cuyo. www.kaikenwines.com

RUCA MALENComida excelente, visita conduzida por guias especializados e vinhos de primeira classe. As harmonizações no almoço fazem com que a experiência culinária seja inesquecível. (0261) 261-5537164-2614540974. R.N.7, Km 1059, Agrelo, Luján de Cuyo. www.bodegarucamalen.com

CHANDONUm dos primeiros investimentos estrangeiros, a Chandon de origem francesavem fazendo incríveis espumantes desde os anos 60. (0261) 490 9968. R.P. 15, Km 29. Agrelo, Luján de Cuyo. www.bodegaschandon.com.ar

CLOS DE CHACRASCharmosa vinícola boutique com linda história familiar. A somente cinco minutos a pé da Praça de Chacras de Coria. (0261) 496 1285 / 155 792706. Monte Líbano s/n, Chacras de Coria, Luján de Cuyo. www.closdechacras.com.ar

PIEDRA INFINITAA jovem e encantadora irmã da vinícola Zuccardi. Inovadora, elegante e moderna. Excelente opção para um almoço de luxo. Abre de quarta-feira a domingo. [email protected]

ANDELUNAA sala de degustação estilo velhomundo tem incrível vista dos vinhedos contra a montanha. (0222) 423 226. Ext 113. R.P. 89, km 11. Gualtallary, Tupungato. www.andeluna.com

CASA PETRINIVinícola boutique com inusuais vinhedos plantados em solo  vulcânico  Lodge de luxo, restuarante e SPA. www.casapetrini.com

MONTEVIEJO. Faz parte do complexo Clos de los 7 e propriedade da família Parent. O prestigiado enólogo Marcelo Pelleriti é responsável pela elaboração dos vinhos com selada marca roqueira em uma paisagem deslumbrante. Clodomiro Silva S/N. [email protected]

PULENTA ESTATEDesenho minimalista e vinhos muito complexos fazem desta uma vinícola com estilo e finese. Vinho Favorito: Cabernet Franc. (0261) 155-076426 Ruta 86, km 6,5, Agrelo, Lujan de Cuyo. www.pulentaestate.com

MATERVININasceu da amizade entre Santiago Achaval e o enólogo Roberto Chipresso. O projeto se destaca por suas condições eco sustentáveis. Vinhos de estilo mineral provenientes de terroirs clássicos e zonas virgens e inusuais [email protected] (261) 5616691.

BUDEGUERDe estilo moderno, Budeguer oferece uma linda combinação de arte em vinícolas e degustações num ambiente agradável. Seu Chardonnay parcialmente envelhecido em carvalho é muito delicado e elegante. De segunda a segunda. (0261)6830749. Ruta provincial 15 km 31.5 [email protected]

CASSONEVinícola pequena, familiar e encantadora. Degustar sua “Obra Prima” sentado no jardim familiar é uma linda maneira de terminar o seu dia em Lujan. Anchorena e Terrada. (261)4246301 [email protected]

CARO. Vinícola boutique, fusão das famílias Catena e Rothschild. Não deixe de visitar suas cavas antigas, construídas no fim do século XIX. É a única vinícola de Mendoza que oferece visitas noturnas (Até às 22h). Alvear, 151 – Godoy Cruz. [email protected]

WINE Y CIRCOVinícola boutique propriedade do enólogo Juan Ubaldini. A linha “El equilibrista” nasce da constante procura de harmonia entre vinhedo, vinícola e produto final. Abre de segunda a segunda. Contato: Tel. +5492622354772 [email protected].

LA AZULSimples, de pequena produção com Malbecs que não são simples, e um pequeno e rústico restaurante. (02622) 423-593. R.P. 89 s/n. Agua Amarga, Tupungato. www.bodegalaazul.com

BUDEGUER

DOMINIO DEL PLATA

ESTRELLA DE LOS ANDES

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1918

VALLE DE UCO

MAIPU

FINCA AGOSTINO. Elegante vinícola de investimento canadense, localizada em Barrancas. Oferece almoços cuja harmonização com vinhos te fascinará. Pode-se visitar a vinícola, assistir uma aula de cozinha ou desfrutar de uma cavalgada. Carril Barrancas 10590, Maipu. Tel:2615249358. www.fincaagostino.com

EL ENEMIGO. Alejandro Vigil, um dos enólogos mais talentosos da Argentina abre as portas da sua vinícola e de seu restaurante, colorido e pouco convencional. Videla Aranda 7008, Maipu. Tel: 2616974213 . www.enemigowines.com

FAMILIA CECCHINVinícola familiar com certificação orgânica tanto em vinhedos como em elaboração de vinho, utilizando mínimas intervençôes. Nossas variedades favoritas: Graciana e Carignam. Manuel A. Saez 626, Russell. (261) 497-6707. www.bodegacecchin.com.ar

TRIVENTO. Localizada ao Sul de Maipu. É investimento da chilena Concha y Toro. A vinícola tem um lindo deck que dá de frente ao vinhedo. Oferece tours em bicicleta, tira-gosto e degustações especiais. Ruta 60 e Canal Pescara, Maipu. Tel:2614137156. www.trivento.com

SOPHENIAModerna e sofisticada, Sophenia se encontra em uma belíssima localização e surpreende com a qualidade de seus vinhos que contam com o assessoramento enológico de Matías Michellini. Tel. 2622- 4455622- www.sophenia.com

AMP Cava

CARINAE

MASIVarietais inusuais, blends inusuais e visuais magníficos nesta vinícola orgânica, de investimento italiano, focalizada na produção de vinho tipo amarone. Tel. 261 56 539573 [email protected]

GIMÉNEZ RIILIUm negócio familiar no vinho, parte do excitante projeto de Vines of Mendoza. Vinícola moderna numa paisagem deslumbrante. (0261) 156317105 / 153470392. Ruta 94 s/n, Tunuyán. www.gimenezriili.com

ATAMISQUEEsta vinícola do Vale de Uco tem incríveis vinhos brancos e criação de trutas para desfrutar no restaurante encantador. O prédio de pedra se perde na paisagem. (0261) 156 855184. R. P. 86, km 30, San José, Tupungato. www.atamisque.com

DIAMANDES. Propriedade da família Bonnie, de grande tradição vitivinícola francesa. Forma parte do famoso “Clos de los 7 “, estreitamente ligada ao enólogo Michel Rolland. Rua: Clodomiro Silva s/n- Vista Flores, Tunuyán – Mendoza.Tel: +5492616575472/ +542614760696 www.diamandes.com

CARINAEVinícola pequena e charmosa, de donos franceses que gostam de receber os visitantes para compartilhar seus vinhos aveludados e de bom corpo. Rodeada por vinhedos e oliveiras. (0261) 499-0470. Videla Aranda 2899, Cruz de Piedra, Maipú. www.carinaevinos.com

TRAPICHEA maior vinícola da Argentina é uma mistura entre novo e velho, tradicional e industrial, e ainda tem os trilhos velhos do trem que chegam nela. (0261) 520-7666. Mitre s/n, Coquimbito, Maipú. www.trapiche.com.ar

FAMILIA ZUCCARDIUma das mais famosas e respeitadas. Restaurante atrativo entre as videiras, famoso pelo churrasco argentino e as taças sempre cheias. (02610 441-0000. R. P. 33, km 7,5, Maipú. www.familiazuccardi.com

DOMAINE ST DIEGOPequena vinícola familiar, propriedade de Don Ángel Mendoza, localizada no mágico distrito de Lunlunta. Neste lugar, não somente se bebe, mas se respira paixão pelo vinho. Franklin Villanueva 3821. 0261 499-0414 [email protected]

DOMAINE BOUSQUETDe investimento francês, um dos pioneiros no Valle de Uco. Produzem vinhos com certificação orgânica e é a segunda maior vinícola na sua especialidade na América do Sul. Te. (2622) 480-000. Ruta P. 89 s/n km 7, Tupungiuato. www.domainebousquet.com

AMP CAVACave de vinhos Premium de diferentes terroirs, criações do destacado enólogo Karim Mussi Saffie. A atenção é exclusiva e as degustações são técnico-didácticas numa localização privilegiada, a poucos minutos da cidade. Gomez Adriano 3602, Coquimbito, Maipú. (0261) 481-3201 / 466-8048.

O. FOURNIERA mais inovadora em termos arquitetônicos, com vinhos encorpados e de boa concentração. Almoços excelentes no modernista centro de visitas. (02622) 451-088. Los Indios s/n, La Consulta, San Carlos. www.ofournier.com

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LA MARCHIGIANAUm dos primeiros restaurantes italianos em Mendoza. Tem cardápio variado mas as “massas” é a especialidade da casa que são deliciosas. O atendimento é de primeira. Está sempre cheio, por este motivo, melhor fazer reserva! A Marchigiana é um lugar para desfrutar com a família ou amigos. Rua Patricias Mendocinas, 1550 – Centro – Tel. (261) 423 0751/ Filial: Palmares Open Mall – Tel. (261) 439 1961

ANNA BISTROO Anna Bistro é destes lugares para ir e deliciar-se. Situado perto do centro, ele nos oferece um primeiro ambiente sóbrio, de muito bom gosto e aconchegante, próprio para um belo almoço ou jantar. Em um outro ambiente, um varandão e um jardim, entre o rústico e o requinte, ideal no verão. O cardápio é bastante variado; você pode escolher entre carnes, aves, peixes, massas. Rua Juan B. Justo 161. Tel. (261) 4251818.

TORITOBarulhento, eclético e sempre animado. Assim é Torito que recebe todo tipo de público e faz fama com seus generosos sanduíches bovinos ( o de “ vacío” que recomendamos especialmente). O restaurante, apesar de ser um cantinho dedicado aos prazeres carnívoros, também oferece ótimas opções vegetarianas, além de saborosos pães para celíacos. Uma boa opção para sair com a família ou amigos. Está localizado na rua Juan B. Justo 234 na cidade de Mendoza. Tel. 423-3394.

LOS NEGRITOS- Adega de Montanha Localizada na vila de “Las Vegas”,no coração mesmo da montanha, a 80 kms da cidade de Mendoza. Enrique e Mabel decideram deixar o barulho da cidade e instalaram-se em “Las Vegas” onde abriram um restaurante com uma cozinha caracterizada pelos saborosos (e abundantes) pratos regionais. Abre suas portas os fins de semana e feriados. Tel. (261) 155697431/ Los Olmos s/n, Las Vegas, Lujan de Cuyo. [email protected]

O mendocino tem um paladar exigente e isto se reflete em uma gastronomia bastante variada. Claro que a vedete é a carne. Parrillada você encontra em cada esquina, El Asadito (Juan B Justo 512) da Grill Q (dentro do Hotel Hyatt) e da Don Mario (Palmares Open mall) são as melhores e recomendamos. A seguir, te damos também algumas sugestões de aonde ir para conferir toda a variedade da cozinha em Mendoza.

EL MERCADITOUm pátio muito vintage cheio de plantas, bandeirinhas coloridas, consignas felizes e boa música flutua no ar deste mercadinho, desfrutável o ano inteiro. O lugar convida, assim é, a que passem e desfrutem: saladas frescas e variadas; sanduíches criativos e saborosos pratos tradicionais. Sua seleção de vinhos é curta mas inclui nomes gloriosos e as sobremesas são mesmo uma perdição! Rua Arístides Villanueva 521 (esquina Granaderos), Tel. (261) 4638847/Filial Chacras: Viamonte 4961, Tel. (261) 4962267

EL MERCADITO

ANA BISTRO

LOS NEGRITOS

FINCA AGOSTINO

JOSEFINA

A rua Arístides Villanueva prepara-se para transnoitar com seu ritmo trepidante. Mesas, sofás e pufes são distribuídos no calçadão pelos pubs, restôs e bares para lhe fazerem um convite à descontração enquanto a Alameda é um lugar onde se respira a boemia e a cultura se expressa espontaneamente. A música, de todos os gêneros possíveis, evade-se de cada um dos locais, e você é que escolhe o que quer escutar. A proposta é sentar e pedir um bom drink escutando uma boa música, assim de simples.

A rua Juan B. Justo não fica para trás e aposta alto oferecendo boas opções para os amantes da “ birra” ( cerveja) com bares e pátios cervejeiros, onde é possivel encontrar uma grande variedade de cerveja artesanal feita em Mendoza e muito boa! Mendoza é considerada a terra do sol e do bom vinho, isso não podemos discutir! Mas a cidade também conquista pelos drinks e cervejas artesanais. A continuação, apresentamos os drinks mais pedidos pelos mendocinos:

• O tão apreciado Fernet é uma bebida de origem italiana, mas muito tomada aqui na Argentina. Tem um sabor amargo, composto por várias ervas e se toma misturado com Coca-Cola. • Outro drink muito pedido nos bares é o Campari com suco de laranja, tem sabor muito particular e que não pode deixar de ser provado. • O Mojito é de origem cubana, e um dos preferidos . É uma bebida com um sabor leve, mas que sobe rapidinho se você toma em excesso. No seu preparo vai rum branco (Bacardi), açúcar, folhas de hortelã, suco de limão, água com gás e muito gelo picado! • Por sua parte, o Daykire é preparado com duas doses de rum branco, suco de limão, uma colher de açúcar e é opcional acrescentar a Granadina ( xarope de romã). • Para quem quer mais emoção o drink Absolut é uma bebida que leva vodka de diferentes sabores e energético, alguns agregam licor de fruta. • Os incorrigíveis escolhem Bayles Cookies, um drink onde os ingredientes se misturam perfeitamente. A bolacha de chocolate com sorvete de baunilha e Bayles fazem uma combinação perfeita .

Cachitas, Ginger, Antares, Black Sheep, Gulinis, Believe “irish pub”, The Nook, Barijo e Gran Ciervo são alguns dos bares mais badalados..

Por: Leia ZimmermannFINCA AGOSTINOPode parecer um pouco afastado do circuito tradicional das vinícolas de Maipú, mas vale a pena prolongar o passeio até a vinícola Finca Agostino. O seu restaurante    surpreende com um menu delicioso, abundante e detalhadamente cuidado, respeitando as características dos vinhos que acompanham cada passo. É como se cada prato se abraçasse com cada vinho, logrando uma união perfeita entre comida e bebida. E para quem gosta de cozinha não perca suas aulas que, longe de ser uma demonstração culinária, inclui uma atividade absolutamente participativa onde é permitido pôr as mãos na massa, além de aprender diferentes técnicas da gastronomia local. Finca Agostino está localizada no distrito de Barrancas em Maipu e abre de Segunda a Segunda. Oferece visitas, degustações e almoços harmonizados com vinhos. Carril Barrancas 10590, Maipu. Tel. 5249358 [email protected]

& DRINKSFORA DA CIDADE

CHANDON

CHANDONDesde há 50 anos Chandon é o maior produtor de vinho espumante da Argentina e a primeira filial do grupo Louis Vuitton Moet Hennessy fora da França, Além de ser a pioneira nas inversoes estrangeiras na Argentina. A proposta de almoço inclui um cardápio fixo de 4 passos. À medida que os pratos vão passando, uma série de vinhos espumantes são servidos para irem harmonizando sabores e texturas de maneira original e muito efetiva.O restaurante de estilo orangerie é muito pequeno, então nossa primeira sugerência é fazer reserva com antecipação para não ficar com vontade. Ruta 15, Km 29. Lujan de Cuyo - 0261) 4909966(0261) 4909862 - [email protected]

JOSEFINAJosefina Restó é um lugar de elegância na festiva rua Arístides Villanueva. O restaurante mistura harmonicamente o urbano e o natural, o íntimo e o industrial. A comida é Gourmet, eclética, estacional e muito pessoal. Não deixe de provar os raviólis de salmão defumado temperado com manteiga, molho de sálvia e queijo. Conselho para todos os fãs do chope: Tome dois e pague um, todos os dias das 18 às 21h. Arístides Villanueva 165, Mendoza. Tel: (261) 4233531

NA CIDADE

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AEROPORTO Tel.: (0261) 5206000. Acceso Norte s/n, El Plumerillo. EMERGÊNCIA Tel.: 911. CONSULADO GERAL DO BRASIL EM MENDOZA Rivadavia 628. Cidade de Mendoza. Tel.: (0261) 4230939 . EMBAIXADA DO BRASIL EM BUENOS AIRES Cerrito, 1350, Capital Federal.Tel.: (011) 45152400. ADVERTÊNCIA CONTRA ROUBO Fique alerta! Tenha cuidado com sua bolsa, sacola e mochila. Quando estiver caminhando pelas ruas evite levar coisas de valor. Os lugares que você deverá ter maior cuidado são: estação rodoviária, ciber cafés e áreas solitárias no Parque General San Martin. PARA TROCAR MOEDA ESTRANGEIRA Câmbio! Câmbio! Gritam os “arbolitos” (os que fazem a troca no câmbio negro) em frente à Galería Tonsa (Rua San Martín, 1173). Esse é o melhor lugar para conseguir uma boa cotização da moeda estrangeira. Mas para melhor informação sobre o câmbio do dia acesse o link: www.ambito.com.

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