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JAPONES
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Nomes como Nikon, Sony e Toyota têm se tornado sinônimos
de qualidade e confiabilidade superior, e “made in Japan” é hoje
uma marca de distinção.
Porém, estes desenvolvimentos são relativamente recentes.
• Antes de 1945, o esforço do Japão para a qualidade era
limitado. Técnicas de controle estatístico da qualidade eram
conhecidas, porém raramente aplicadas.
• Ao final da II Guerra Mundial, o Japão estava devastado.
• Todas as grandes cidades (exceto Kyoto), as indústrias e as
linhas de transporte foram severamente danificadas.
• Foi somente após a guerra, que mudanças reais começaram,
estimuladas em grande parte por conselheiros norte-
americanos!
• W. Edwards Deming é o mais famoso do grupo, porém ele
está longe de ser o único.
• Entre 1945 e 1949, esse engenheiros dedicaram-se a variadas
atividades tais como melhoria da qualidade do ambiente de
trabalho dos japoneses, criando um laboratório de testes
elétricos, para certificar-se de que os padrões de qualidade eram
de natureza conhecida.
• Orientavam também os chefes das empresas sobre questões
de gerenciamento da produção.
• Os seminários da Seção de Comunicação Civil (SCC) tiveram
um forte efeito sobre a abordagem industrial do pós-guerra no
Japão.
• Temas como gerenciamento participativo e a atenção para
qualidade, vieram a se tornar parte integrante da fabricação da
indústria japonesa.
• Exemplo de inovação japonesa oriunda da SCC: os círculo de
controle da qualidade (CCQ).
• Outros importantes norte-americanos que atuaram também
nessa época: Joseph M. Juran e Armand V. Feigenbaum.
União dos Cientistas e Engenheiros Japoneses (JUSE)
• Foi criada em 1946, como uma fundação de fins não-lucrativos,
unindo ao mesmo tempo cientistas e engenheiros de
universidades, agentes governamentais e comerciantes.
• A JUSE planejou estudar tecnologia estrangeira e promover seu
uso no Japão.
• Em 1948, começou um dos primeiros estudos de controle
estatístico da qualidade no Japão.
• Em seguida, ela criou um Grupo de Pesquisa de Controle da
Qualidade que oferecia cursos.
União dos Cientistas e Engenheiros Japoneses (JUSE)
• Entre 1950 e 1954, ela estava ativamente envolvida na
promoção e organização das conferências de Deming e Juran.
• O Prêmio Deming, que era administrado pela JUSE, conquistou
aclamação nacional.
• A JUSE foi instrumento na popularização dos conceitos de
controle da qualidade.
• Os seus dirigentes desempenharam um papel importante no
desenvolvimento tanto dos círculos de controle da qualidade
(CCQ ou círculos de CQ) como no controle da qualidade por toda
a companhia (CQTC).
Círculos de Controle da Qualidade
• As décadas de 40 e 50 foram períodos de reconstrução e
consolidação para o controle da qualidade japonesa.
• Inicialmente os CCQs foram concebidos como grupos de estudo.
Esperava-se que os empregados participassem voluntariamente nos
grupos, e o autodesenvolvimento dele era uma meta explícita.
• Hoje os círculos estão amplamente difundidos no Japão. Um menu de
técnicas estatísticas, as chamadas sete ferramentas tem sido
acondicionado e ensinado a inúmeros empregados nas fábricas.
• Em 1984, por exemplo, a Toyota sozinha tinha mais de 5.800 círculos.
Controle da Qualidade por toda a companhia(CWQC)
ou Controle da Qualidade Total (TQC)
Na implementação efetiva da qualidade espera-se envolver “a
cooperação de todas as pessoas da companhia”, incluindo
representantes de funções como marketing, pesquisa e
desenvolvimento, aquisição, fabricação e prestação de serviço a
clientes.
Controle da Qualidade por toda a companhia(CWQC)
ou Controle da Qualidade Total (TQC)
Hoje, este movimento, que foi criado por Feigebaum na década
de 50, inclui quatro elementos:
1. O envolvimento de outras funções além da fabricação nas
atividades da qualidade (CCQs),
2. A participação de empregados de todos os níveis;
3. As metas de contínuo melhoramento;
4. Atenção cuidadosa com a definição da qualidade dos clientes
(do ponto de vista do cliente).
W. EDWARDS DEMING • Nasceu em 1900, nos Estados Unidos. Formou-se em Física e
doutourou-se em Matemática.
• Foi o primeiro dos estudiosos da qualidade a ir ao Japão.
• Lá suas idéias tiveram enorme aceitação.
• Ele incorporou a participação do trabalhador e da alta
administração no planejamento e execução de um plano de
qualidade, assim como o conceito de melhoria contínua, que
nas empresas do Japão, recebe o nome de kaizen.
• Sofreu forte influência do controle estatístico e do ciclo PDCA,
sendo discípulo de Shewhart.
W. EDWARDS DEMING 14 PONTOS
1. Crie constância de propósitos em torno da melhoria de
produtos e serviços, buscando tornar-se competitivo, manter-
se no negócio e gerar empregos.
2. Adote uma nova filosofia. Estamos em uma nova era
econômica. Gerentes ocidentais precisam assumir o desafio,
aprender suas responsabilidades e liderar o processo de
mudança.
3. Acabe com a dependência da inspeção como forma de atingir
a qualidade. Elimine a necessidade de inspeção em massa,
construindo a qualidade do produto em primeiro lugar.
W. EDWARDS DEMING 14 PONTOS
1. Crie constância de propósitos em torno da melhoria de
produtos e serviços, buscando tornar-se competitivo, manter-
se no negócio e gerar empregos.
2. Adote uma nova filosofia. Estamos em uma nova era
econômica. Gerentes ocidentais precisam assumir o desafio,
aprender suas responsabilidades e liderar o processo de
mudança.
3. Acabe com a dependência da inspeção como forma de atingir
a qualidade. Elimine a necessidade de inspeção em massa,
construindo a qualidade do produto em primeiro lugar.
W. EDWARDS DEMING 14 PONTOS
4. Elimine a prática de priorizar negócios com base no preço.
Pense em minimizar o custo total.
5. Melhore constantemente o sistema de produção e de serviços.
6. Institui treinamento para que os funcionários em geral e a
administração conheçam toda a empresa.
7. Adotar e instituir a liderança.
8. Afastar o medo.
9. Romper as barreiras entre os diversos setores.
10. Eliminar slogans, exortações e metas de produtividade, pois
geram frustrações e ressentimentos.
W. EDWARDS DEMING 14 PONTOS
11. Remova barreiras que impedem os trabalhadores de sentirem
orgulho de seu trabalho.
12. Remova barreiras que impedem os gerentes e engenheiros de
sentirem orgulho de seu trabalho. Isso significa abolir os
índices anuais ou de mérito por objetivos.
13. Institua um vigoroso programa de educação e automelhoria.
14. Envolva todos da organização na tarefa de alcançar a
transformação. A transformação é tarefa de todos.
JURAN
• Atuou no Japão pós-guerra e alcançou projeção mundial.
• Para as empresas japonesas, ele ressaltava o grande
envolvimento da alta administração e dos funcionários em vários
aspectos da GQ.
• Foi o primeiro a propor uma abordagem dos custos da
qualidade são eles:
-falhas(externas e internas);
- prevenção e avaliação;
- melhoria.
JURAN
• Ele expandiu o princípio de Pareto proposto por Vilfredo Pareto
em 1941 para a esfera organizacional, na qual 80% dos
problemas são oriundos de 20% das causas. No entanto, ele
enfatiza que não se devem desprezar as demais causas.
• Ele trabalhou o conceito de cliente interno em várias obras.
•Além disso, propôs a trilogia da Qualidade.
Planejamento da Qualidade
Controle da Qualidade
Melhoria da Qualidade
FEIGENBAUM
Algumas de sua definições:
• “O TQC é um sistema eficaz para integração dos esforços dos
diversos grupos em uma organização, no desenvolvimento da
qualidade, na manutenção e na melhoria da qualidade.”
• “Qualidade é a composição total das características de
marketing, projeto, produção e manutenção dos bens e serviços,
através dos quais os produtos atenderão às expectativas do
cliente”.
Foi o primeiro a tratar qualidade de forma sistêmica nas
organizações, formulando o sistema de Controle Total da
Qualidade (TQC) em 1951.
FEIGENBAUM
• Uma grande contribuição foram os estudos acerca dos custos
da qualidade iniciados por Juran.
- Custos de prevenção
- Custos de avaliação
- Custos de falhas internas (incluem retrabalho, desperdício e
refugo)
- Custos de falhas externas (relativos a produtos defeituosos
que chegam aos clientes e geram reclamações e todas as
responsabilidades e custos inerentes ao fato)
Walter A. Shewhart
• Propôs o ciclo PDCA, que foram lapidados e difundidos em
conjunto com Deming.
• Nasceu nos EUA em 1891 e formou-se em engenharia com
doutorado em Física.
•Conhecido com o pai do controle estatístico da qualidade. Uma
de suas principais contribuições foi o desenvolvimento dos
gráficos de controle
Philip B.Crosby
• Nasceu em 1962 e formou-se em engenharia. Sua carreira foi
menos acadêmica.
• Lançou o programa Zero Defeito, que foi muito popular na
época.
• Este programa aproveitava as noções de custos da qualidade
propostas por Juran, mas tinha forte apelo gerencial e
motivacional.
• Porém, houve também muita crítica, afirmando que o
programa era um conjunto de slongans de propaganda.
• Também como Deming, divulgava 14 pontos prioritários para a
qualidade.
Kaoru Ishikawa
• Embora tenha descrito com detalhes várias ferramentas de
controle da qualidade como o Gráfico de Pareto, os histogramas e
os gráficos de controle e os de dispersão, ficou conhecido,
especialmente pela difusão dos Circulos de Controle da
Qualidade (CCQ) e a criação do Diagrama de ishikawa.
Por que os Princípios da
Qualidade foram tão bem e tão
rapidamente absorvidos no Japão,
porém, muito mais lentamente nos
Estados Unidos?
Explicando o sucesso do Japão
• A motivação e a necessidade de melhoria, envolvimento da
alta gerência, uma organização e infra-estrutura nacional,
liderança centralizada e um maciço programa de treinamento
foram os elementos do esforço japonês para a qualidade.
• Porém existe outra possível explicação: a versão de que a
revolução da qualidade no Japão não foi devida a ações ou
programas especiais, mas à sua cultura única e caráter
nacional.
Explicando o sucesso do Japão
• Alguns analistas citam que o legado japonês de habilidade e
trabalho de fino detalhe está refletido em cada uma das artes
como bonsai (miniaturas de ávores) e netsuke (pinos
embutidos para fechar uma bolsa ou outros artigos para uma
faixa de quimono).
• Prova de que os japoneses sempre tiveram uma
extraordinária aptidão para trabalhos de precisão.