20
Ano XXI nº 73 Novembro/Dezembro 2008/2009 Escola Cooperativa Vale S. Cosme Didáxis Boas Festas Na inauguração da Centro Novas Oportunidades da Escola Cooperativa de Vale de S. Cosme, Valter Lemos considera a Didáxis uma escola completa Mensagem de Natal do Director Pedagógico PAG. 20 Semana da Saúde e do Movimento PAG. 03 “Pedalar pela inclusão” PAG. 02 Halloween PAG. 04 Semana Francesa PAG. 07 Luis Silva, campeão nacional de xadrez, em entrevista PAG. 09 Planeta curioso PAG. 12 Olimpíadas da Matemática PAG. 14 O realizar de um sonho... PAG. 11 Ler na biblioteca é um prazer PAG. 16 Opinião: O meu sonho PAG. 15 S. Martinho festejado na Escola PAG. 20 O representante do Estado, presente na inaugura- ção do novo CNO, estava visivelmente satisfeito com este passo dado em frente para a aprendiza- gem, referindo que “é preciso ter projectos totais centrados nos seus alunos e nos resultados dos mesmos.” Valter Lemos fez uma avaliação positiva do projecto da Didáxis, realçando que “esta escola tem um pro- jecto de trabalho do qual se pode orgulhar, tendo razões objectivas para ter esse orgulho.” Para o Secretário de Estado da Educação “este Programa das Novas Oportunidades não é mais do que uma tentativa de alargar a todos a ideia que ninguém pode ficar para trás, mesmo aqueles que deixaram a sua aprendizagem, já há largos anos. PAG. 10

MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Semana da Saúde e do Movimento Opinião: O meu sonho S. Martinho festejado na Escola Ler na biblioteca é um prazer O realizar de um sonho... jecto de trabalho do qual se pode orgulhar, tendo razões objectivas para ter esse orgulho.” Para o Secretário de Estado da Educação “este Programa das Novas Oportunidades não é mais do que uma tentativa de alargar a todos a ideia que ninguém pode ficar para trás, mesmo aqueles que deixaram a sua aprendizagem, já há largos anos. PAG. 10

Citation preview

Page 1: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Novembro/Dezembro 2008/2009 Escola Cooperativa Vale S. Cosme Didáxis

Boas Festas

Na inauguração da Centro Novas Oportunidades da Escola Cooperativa de Vale de S. Cosme, Valter Lemos considera a Didáxis uma escola completa

Mensagem de Natal do Director Pedagógico PAG. 20

Semana da Saúde e do Movimento PAG. 03

“Pedalar pela inclusão” PAG. 02

Halloween PAG. 04

Semana Francesa PAG. 07

Luis Silva, campeão nacional de xadrez, em entrevista PAG. 09

Planeta curioso PAG. 12

Olimpíadas da Matemática PAG. 14

O realizar de um sonho... PAG. 11

Ler na biblioteca é um prazer PAG. 16

Opinião: O meu sonho PAG. 15

S. Martinho festejado na Escola PAG. 20

O representante do Estado, presente na inaugura-ção do novo CNO, estava visivelmente satisfeito com este passo dado em frente para a aprendiza-gem, referindo que “é preciso ter projectos totais centrados nos seus alunos e nos resultados dos mesmos.” Valter Lemos fez uma avaliação positiva do projecto da Didáxis, realçando que “esta escola tem um pro-

jecto de trabalho do qual se pode orgulhar, tendo razões objectivas para ter esse orgulho.” Para o Secretário de Estado da Educação “este Programa das Novas Oportunidades não é mais do que uma tentativa de alargar a todos a ideia que ninguém pode ficar para trás, mesmo aqueles que deixaram a sua aprendizagem, já há largos anos. PAG. 10

Page 2: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

A palavra que mais tem sido ouvida, um pouco por toda a parte, é a palavra CRISE. Crise que se verifica em todos os sectores da vida

comunitária, mas sobretudo crise de valores.Hoje parece todos terem consciência de vi-vermos uma época em que os valores estão em crise.Um olhar atento sobre a sociedade civil de-monstra que assim é: as instituições que até há bem pouco tempo eram tidas como repo-sitórios de valores e imunes às mudanças circunstanciais, manifestam de forma bem visível o estado de deterioração a que che-garam. Tome-se como exemplo entre nós, o sistema judicial, cada vez mais enredado num labirinto de normas, onde a punição dos criminosos se torna cada vez mais difícil e onde a justiça se esbate na barreira das nulidades formais, criadas por via legislativa, ao sabor, sabe-se lá, de quais interesses in-dividuais e egoísticos do momento. Ponha-se os olhos nos processos mediáticos dos últimos anos para se perceber a dramática realidade que deixam transparecer. Esbate-ram-se os critérios para a distinção do bem e do mal, do justo e do injusto.A crise na instituição familiar, nas suas es-truturas e no próprio modelo de família, com visibilidade na respectiva desagregação fa-miliar, tem-se arrastado, inevitavelmente, à Escola, impedindo-a mesmo de alcançar to-dos os seus objectivos e dando origem a uma

grande insta- bil idade q u e s e está a generalizar a toda a sociedade.

Reflecte, também, esse estado de crise de valores, o mundo dos media que, desapie-dadamente, nos atira, porta adentro, o seu pacote particular sobre o que seja a mo-ralidade e a decência, incentivando a sua aceitação, em nome de uma qualquer “to-lerância social”. Tem-se apontado como principais causas para a crise de valores, entre outras, o re-lativismo, que se baseia na relatividade do conhecimento, e repudia qualquer verdade ou valor absoluto. O grande debate do nosso tempo, como afirma Roberto de Mattei, (in “A Ditadura do Relativismo), não é de natureza política nem económica, mas de carácter cultural, moral e, em última análise, religioso.E porque somos Escola e os valores fazem parte da nossa vivência, aqui vos deixo, em jeito de reflexão partilhada, estes pensa-mentos que a todos nós preocupam e para os quais não temos certezas de uma resolu-ção absoluta.Acredito, no entanto, na vontade das mulhe-res e homens do meu país. Acredito que, em conjunto, conseguiremos delinear um novo rumo para todos nós.Estes são, sem dúvida, os meus votos para o NOVO ANO que se aproxima.

UM BOM NATAL PARA TODOS!

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O ValeNotícias/Actividades02

A Escola Didáxis de Vale S. Cosme, deu o primeiro passo para se criar um grupo de professores que vai, ao longo deste ano, trabalhar na expectativa de se lidar da melhor maneira com alunos acima da média.

Depois de uma palestra realizada por Leandro S. Almeida, Vice reitor da Universidade do Minho, em que foi invocado os problemas e os sinais a que os professores devem estar atentos em relação a alunos, que de uma maneira ou outra conseguem estar acima do nível normal da maior parte da comunidade esco-

lar, o objectivo foi concretizado.A sinergia entre os directores de turma e os restantes profes-

sores da Didáxis de S. Cosme, vai iniciar-se já este ano, numa espécie de ano zero, para no próximo ano lectivo, realizarem uma série de medidas e encontros possibilitando a estes alunos um acompanhamento mais cuidado

Tradicionalmente confinou-se a sobredotação às habili-dades cognitivas (QI), recorrendo-se geralmente aos testes de inteligência para a sua identificação. Nos dias de hoje, apesar de não existir consenso, a maioria dos autores aceita uma definição mais alargada que inclui múltiplas áreas de capacidade e activi-dade humana.

Assim sendo acredita-se que estas áreas estão divididas na aptidão intelectual, incluindo capacidades de percepção e memória, raciocínio e resolução de problemas, aptidão académi-

ca, reportando-se à facilidade nas aprendizagens, mormente cur-riculares, nível aprofundado de conhecimentos ou ritmo acelerado de apropriação das matérias escolares num ou mais domínios cur-riculares, à aptidão artística, que traduz as habilidades superiores numa ou várias áreas de expressão, tais como a pintura, escultura, desenho, música, literatura ou teatro, aptidão social que se refere às habilidades de comunicação e de relacionamento interpessoal, compreensão dos sentimentos dos outros (ajuda) ou organização e liderança de situações de grupo (liderança), aptidão motora, in-cluindo a excelência a nível de coordenação e expressão motoras, nomeadamente ao nível das actividades físicas e desportivas em geral e a aptidão mecânica que se reporta às habilidades de com-preensão e resolução de problemas técnico-práticos, envolvendo geralmente manuseio de esquemas, de conceitos e de equipa-mentos de índole mecânica, electrónica ou computacional.

A sobredotação na Didáxis de S. Cosme

O Dr Paulo Lago é o coordenador do grupo de trabalho que se vai debruçar sobre as questões das chamadas crian-ças sobredotadas e também o promotor da ideia que tem vindo a tomar corpo na Escola, da qual apresentou o respectivo projecto -”JOVENS TALENTOS”. O Vale, consciente da importância que este tema possa suscitar junto da popu-lação, em geral, que se pretende infor-mada, entrevistou aquele professor.

O VALE- Dr Paulo Lago - Como surgiu esta ideia de identificar os possíveis sobredota-dos, da nossa Escola?

P.L.- Antes de mais, gostaria de esclarecer

que o objectivo principal do projecto”NOVOS TALENTOS” é tornar possível não só o acompanhamento de alunos que revelem aptidões/habilidades excepcionais, em que pelo menos uma área da actividade hu-mana (alunos sobredotados, mas também de jovens que ,não sendo sobredotados, se revelam pelo seu esforço, empenho, curiosidade e perseverança, alunos acima da média.Com efeito, é um projecto mais abrangente que visa atingir todos os alunos que se destaque, quer pelo aproveitamento global, quer pelo seu alto desenvolvimento em áreas específicas.Surge para colmatar uma lacuna que, de um modo geral, quase todas as escolas padecem - apoiar alunos que pelas suas

características, também, por vezes, à se-melhança dos alunos com dificuldades, se alheiam e se sentem desmotivados na escola tradicional. Devem, pois, usufruir de um espaço próprio onde possam ampliar e diversificar as aprendizagens, promoven-do, sempre que possível, o pensamento di-vergente, um maior enriquecimento temáti-co e explorando, sistematicamente, novas áreas de interesse.

O VALE – Como se está a processar este processo, quer junto de professores, quer junto dos alunos?

P.L.- Considerando que a área da sobredota-ção tem sido pouco explorada e orientada na generalidade das nossas escolas, bem como o acompanhamento /apoio prestado aos alunos acima da média, e para que as expectativas neles criadas não saiam de-fraudadas, optamos por solicitar a colabo-ração do Prof. Doutor Leandro de Almeida, Vice-Reitor da Universidade do Minho, que pelos estudos /experiências na área da so-bredotação, constitui uma mais-valia e a certeza de que este projecto terá fortes ali-cerces para se enraizar na nossa escola.Numa primeira fase, a equipa formada por 16 professores, número muito animador, se pensarmos que são todos voluntários, efectuará reuniões periódicas para definir objectivos e tarefas, começando, obvia-mente, pela sinalização de todos os alunos que revelem as características já citadas.

O VALE – Há mesmo alunos sobredotados na Escola de Vale?

P.L. – Acredito que haja alunos dotados, ou seja, alunos que expressam de espontâ-nea habilidades para determinada área. Depois, acredito que estes alunos, com a ajuda da escola, transformem essas habi-lidades inatas em competências que, sis-tematicamente, treinadas e desenvolvidas, podem, com maior probabilidade, determi-

nar a excelência ou o talento.Contudo, se este projecto conseguir que estes alunos sintam mais entusiasmo e afinidade com a Escola, tornando-a assim, mais inclusiva, terá, na minha opinião, atin-gido o seu principal objectivo.

No final da conferência, “O VALE” colo-cou algumas questões ao prof. Doutor Leandro de Almeida:

Vale – Professor, o que é ser sobredotado?

L.A.- É alguém com características que as pessoas ditas normais, não possuem. É uma realização de excelência a todos os níveis, para vos responder de forma sinté-tica.

Vale- Como poderemos detectar essas ca-racterísticas num aluno?

L.A.- Não são características que se eviden-ciem facilmente, mas se o professor estiver devidamente atento, irá, sem dúvida, reco-nhecer o tal sobredotado.

Vale – O que o leva a querer implementar um projecto desta natureza, na nossa es-cola?

L.A. – A vossa escola , que eu já conheço há bastante tempo e da qual tenho acom-panhado o trabalho que tem vindo a de-senvolver, procura criar um bom ambiente entre os alunos e professores. Este é um dos pressupostos que me levam a querer trabalhar aqui o projecto.Numa escola pública, um projecto destes torna-se de mais difícil implementação, uma vez que na maior parte das escolas públicas não se encontra esta espécie de união que aqui se adivinha..

Foram perto de uma centena de betetistas que participaram na passada manhã de Sábado, 29 de Novembro no 1º Passeio de BTT – “Pedalar pela inclusão”, numa orga-nização da Escola Cooperativa de Vale S. Cosme Didáxis.Dadas as condições atmosféricas que ti-veram que enfrentar, chuva durante todo o percurso, uma temperatura a rondar o qua-tro graus e com granizo a fazer a sua visita durante o trajecto, os verdadeiros heróis conseguiram enfrentar um trajecto de 35 km de dificuldade média, tendo um posto de reabastecimento sensivelmente a meio da prova. Este primeiro passeio de BTT serviu para angariar receitas para as actividades extra curriculares dos alunos com necessidades especiais tendo a Didáxis de S. Cosme re-colhido 170 inscrições, demonstrando o su-cesso da iniciativa.De realçar a participação de diversas asso-ciações, de actuais e ex alunos da escola e do vereador do desporto, Jorge Paulo Oli-veira, que conseguiu resistir, assim como praticamente todos os participantes a uma manhã de Inverno rigoroso.Os betetistas foram recebidos no final do percurso pelo director pedagógico da Es-cola José Fernandes. Depois de um banho quente seguido de um almoço para recu-perar forças, os participantes ainda tiveram oportunidade de serem presenteados com

Numa organização da Didáxis1º Passeio de BTT“Pedalar pela inclusão”

SOBREDOTAÇÃO - UM TEMA EM ESTUDO NA ESCOLA COOPERATIVA DE VALE DE S.COSME – ENTREVISTA

C.M.Patricia e Ana Rita (11.1)

Fátima Andrade

Page 3: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale 03Notícias/Actividades

Nos dia 23, 24 e 25 de Outubro de 2008 o Departamen-to de Educação Física e Desporto Escolar, com a colabo-ração do Núcleo de Saúde Escolar, organizou e realizou, para todos os alunos da Escola Cooperativa Vale S. Cos-me, a “Semana da Saúde e Movimento” que está inserida no plano de actividades do ano lectivo 2008/2009.

Na quinta-feira e sexta-feira, estiveram presen-tes alguns ginásios de V. N. Famalicão e o Indor Karting, também desta cidade, estiveram também nas manhãs de quinta-feira e sexta-feira, presentes a Faculdade de Nutri-ção do Porto e a CESPU com diversos rastreios e experi-ências que vieram enriquecer o programa da “Semana da

Saúde e Movimento”. No sábado de manhã recebemos o Ginásio Clube de Santo Tir-so, que apresentou alguns esquemas de Ginástica Rítmica, que antecederam o Corta – Mato escolar e que permitiu o De-partamento de Edu-cação Física concen-trar todos os alunos no pavilhão para pos-teriormente distribuir os dorsais para a pro-va que se iria seguir.

De salientar o sucesso enorme da actividade, que pode ser quantificado tanto pela adesão dos alu-nos, como pela ade-são dos pais que es-

tiveram a acompanhar os seus educandos num sábado de manhã na nossa escola. Quero ainda referir a participação de alguns elementos do corpo docente no acompanha-mento da actividade, que apesar de não ser inédita, não deixa de ser interessante a sua disponibilidade para acom-panhar uma prova que se realizou ao fim de semana.

Tenho de realçar o facto de pela primeira vez o nosso Corta-Mato escolar ter contado com a presença de alunos do 1º ciclo do nosso agrupamento.

A actividade não suscitou interesse só nos nossos alu-nos, pois no decorrer da “Semana da Saúde e Movimento” esteve na nossa escola a fazer uma reportagem sobre a

actividade a televisão de V. N. de Famalicão.

Desta actividade resul-taram dois convites, um para a realização de dois Workshops de Hip Hop a realizar nos dias 21 e 28 de Novembro de 2008 e outro para realização de uma prova de karting para 24 alunos escolhidos pelo De-partamento de Educação Física no dia 17 de Dezem-bro de 2008.

A opinião do Departa-mento de Educação Física e Desporto Escolar é que esta actividade deve conti-nuar no próximo ano lecti-vo, devido não só ao facto do número de participantes nesta actividade ter sido de cerca de 1000 alunos, mas também porque é uma for-

ma de proporcionar aos nossos alunos um grande enri-quecimento sócio-desportivo.Saudações Desportivas

Nuno Moinhos

Page 4: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O ValeNotícias/Actividades04

No dia 7 de Novembro de 2008, a turma 9/7 levou à cena a dramatização “CASA DOS HORRORES”, no âmbito da disciplina de Oficina de Teatro, coordenada pelo Professor Carlos Silva, com a colaboração do Director de Turma, Vítor Fernandes.

Esta iniciativa está inserida na Área Projecto e teve como objectivo fazer vivenciar novas formas de aprendizagem através do teatro e mostrar algumas das tradições e mitos re-lembrados, nesta época com a comemoração do Halloween.

C.M: O que é que achas do Halloween?João: É fixe, divirto-me muito principal-mente a fazer as abóboras.C.M: O que é que fazes no Halloween?João: Tento assustar as pessoas.C.M: De que forma?João: Escondo-me num local perto da mi-nha casa durante a noite e tento assustar as pessoas com ruídos assustadores.C.M: Costumas mascarar-te?João: Muito poucas vezes. C.M: Qual é o teu disfarce favorito?João: Feiticeiro.C.M: Andas pelas casas das pessoas a pedir doces?João: NãoC.M: Os teus pais não deixam?João: simplesmente nunca tive vontade de o fazer, por isso nunca perguntei aos meus pais se me autorizavam a fazê-lo.C.M: Se ,eventualmente, o fizesses com quem irias?João: Com o meu irmão. João Costa 5/3

C.M: O que é para ti o Hallowen?Renato: É uma festa.C.M: Gosta desta festa?Renato: Sim, porque assim consigo brin-car.

C.M: O que costumas fazer para come-morar o Hallowen?Renato: Costumo mascarar-me e assusto as pessoas.C.M:Qual é o teu disfarce favourito?Renato:Vampiro ,pois assim consigo as-sustar as pessoas com mais facilidade.C.M: Costumas andar na noite de Hallo-wen, pelas casas a atirar farinha, papel e ovos?Renato: Sim.C.M: E gostas de ver as casas neste es-tado?Renato: Claro, menos a minha.C.M: Alguma vez foste apanhado a atirar esse tipo de coisas, pelos donos dessas casas?Renato: Sim, uma vez, quando o proprietá-rio da casa me apanhou eu fugi pelo meio dos campos.C.M: Gostas mais de assustar ou ser as-sustado?Renato: Como é óbvio gosto mais de as-sustar.C.M: Com quem costumas passar o dia de Hallowen?Renato: Com os meus primos. Renato Passos 5/3

C.M: Gostas do Hallowen?

Tiago: gosto porque é um dia de festa.C.M: Porque que achas que é um dia de festa?Tiago: Porque as pessoas brincam umas com as outras.C.M: Costumas fazer brincadeiras de Hallowen?Tiago: Costumo.C.M: E com quem as fazes?Tiago: Com os meus pais e primos.C.M: E que brincadeiras fazes?Tiago:Faço abóboras e coloco-as a porta de minha casa e peço doces pelas casas dos meus vizinhos.C.M: Quando as pessoas não te dão do-ces o que é que fazes?Tiago: Assusto-as com a máscara e atiro-lhes ovos e papel higiénico. C.M: De que é que te mascaras?Tiago: Vampiro e lobisomem.C.M: Os teus pais deixam-te ir sem le-vantar problemas?Tiago: Sim.C.M: O que significa para ti este dia?Tiago: É um dia de festa e de pregar parti-das as pessoas.C.M: Já foste apanhado pelas pessoas, enquanto fazias as partidas?Tiago: Uma vez. Mas consegui fugir.C.M: Nunca foste descoberto pelas pes-soas, no dia seguinte?Tiago: Sim ,e depois foram dizer aos meus

pais, mas eles sabiam que era uma brin-cadeira.

Tiago Tinoco 5/3

C.M: O que é que achas do Hallowen?Diogo: É fixe…C.M: O que é que fazes no hallowen?Diogo: Vou a casas das pessoas e peso-lhes doces ou faço partidas a quem não mos der.

Diogo Castro 5/3

C.M: O que é que pensas do hallowen?Pedro: Não gosto.C.M: Porquê?Pedro: Penso que não tem graça.C.M: O que é que fazes nesse dia?Pedro: Toco a campainha das pessoas e fujo.C.M: Mascaras-te?Pedro: Não, pois não é Carnaval.

C.M: Normalmente com quem vais?Pedro: Com familiares e amigos.C.M: Onde fazes isso?Pedro: Por S.Cosme e Lamela. Pedro Marinho 6/5

Trabalho realizado por: Carina Araújo, Adriana Araújo, Diana Matos, Fátima Sousa e Kevin Rodri-

gues 9/3

Alguns dos elementos do Clube Multimédia andaram pela escola no passado dia 31 de Outubro a fazer entrevistas aos alunos sobre a opinião deles em relação ao Halloween.

Page 5: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale Notícias/Actividades 05

Decorreu no passado dia 12, quarta-feira, a segunda edi-ção do evento Information Technology II, na Sala de Even-tos da Didáxis – Escola Cooperativa de Vale S. Cosme, organizado pelo Núcleo de Estágio de Informática e pelo Departamento de Informática e Electrónica.Apesar da tarde de quarta-feira estar reservada no horário para reuniões de docentes e consequentemente encon-trando-se livre para os alunos, estes compareceram em grande número ao evento que iniciou pelas 14:30 com a sala perto da sua lotação máxima de 150 pessoas.A palestra contou com a participação do Eng.º Mário Cor-reia, representante nacional da Archibus, Inc.; da Dr.ª Car-la Araújo, sócia gerente da MVF Software e do aluno do 12º ano do Curso Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, João Oliveira. Com um discurso pouco formal e destinado aos alunos dos cursos profis-sionais leccionados neste estabelecimento de ensino, os palestrantes primaram pela criatividade e inovação dos

produtos apresentados.A palestra foi iniciada pela apresentação do Eng.º Mário Correia representante de uma multinacional cuja distri-buição se encontra no momento em mais de 100 países e que conta com mais de 1600 revendedores e técnicos especializados. O orador apresentou aos alunos um sof-tware destinado a ambientes corporativos e de grande en-vergadura, cuja aplicação foi demonstrada com recurso a exemplos facilmente identificados pela audiência.Seguiu-se a apresentação da Dr.ª Carla Araújo, sócia-ge-rente da MVF Software. Esta empresa, com cerca de sete anos de existência, tem como objectivo principal a criação de soluções e ideias próximas da realidade de integração dos seus clientes. Tendo em conta esses pressupostos, a palestrante apresentou a forma de criação e organização da empresa que representa, evidenciando as tecnologias de ponta que imprimem nos seus produtos, um cunho de profissionalismo e inovação.

Porque uma das funções do ensino é apoiar e estimular a criatividade e inovação dos alunos, o evento terminou com a apresentação do projecto de um aluno do 12º ano. A partir de uma ideia retirada de uma pesquisa na Internet, o aluno João Oliveira encontra-se neste momento a ter-minar uma das fases de um volante destinado a jogos de computador. O aluno em causa aproveitou a ocasião para falar sobre a sua experiência no estágio realizado no ano passado e quais as suas expectativas de futuro.O evento terminou com a entrega de lembranças aos in-tervenientes, gentilmente cedidas pelo Departamento de Expressões Artísticas, e com um lanche servido pelos alunos do 2º ano do Curso de Educação e Formação de Serviço de Mesa.

“Call4All” foi o mote que impul-sionou um grupo de professo-res de Inglês da nossa escola a participar na Acção de Forma-ção subordinada ao tema “Ela-boração de Materiais para as Aulas de Inglês”, sob a orienta-ção das formadoras Margarida Cruz e Carmo Rodrigues. Esta formação da APPI (Associação Portuguesa de Professores de Inglês) decorreu na Didáxis de Riba d’Ave, nos dias 4, 11, 24 e 25 de Outubro, com a presença de vários professores de Inglês, não só da Didáxis como de ou-tras escolas do norte do país.Este encontro “4All” pautou-se, essencialmente, por uma gran-de partilha de saberes, motiva-ções, conhecimentos e ânsias no que ao ensino de uma lín-gua estrangeira e às metodo-logias implementadas concer-

ne. Deste modo, procedeu-se à elaboração de diversificados materiais, criados e desenvol-vidos em pequenos grupos, e que, traduzindo o empenho, a dedicação e a entrega de to-dos, resultou num produto final extremamente profícuo e admi-rável. A troca de experiências é, efec-

tivamente, uma mais-valia na construção e no cimentar de sapiências, pois a aprendiza-gem não é um fim, só um ca-minho…

Helena Pereira

“Este encontro “4All” pautou-se, essencialmente, por uma grande partilha de saberes”

Eng.º Mário Correia, Dr.ª Carla Araújo e o aluno João Oliveira.

O aluno João Oliveira durante a apresentação do seu trabalho

Page 6: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O ValePublicidade06

Page 7: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale 07Notícias/Actividades

No mês de Novembro, teve lugar na Didáxis, Es-cola Cooperativa de Vale S. Cosme, um Festival de dança, música e teatro dedicado ao tema: “anos 70’s e 80’s”.Este evento, totalmente organizado pela turma 11.3, tinha como principais objectivos trazer os pais e amigos à escola para as-sim se fortalecerem laços de cooperação e amizade entre todos. Serviu ainda como uma forma de an-gariação de fundos para a viagem de finalista da mesma turma.O espectáculo contou com interpretações de temas de artistas conhe-

cidos das décadas de 70 e 80, como foi o caso dos ABBA, Carlos Paião, An-tónio Variações, Wham, entre muitos outros. Para a realização deste espectáculo é importante agradecer a participação e empenho de todos os alunos da turma, dos pro-fessores e funcionários que se mostraram sempre disponíveis a ajudar em tudo o que foi necessário.Desde já, fica a promessa de que este tipo de activi-dades é para repetir, visto que fazem com que se crie uma escola mais aberta e dinâmica.

Festival dos anos 70’s e 80’s na Didáxis

Num dia ainda quente de Setembro, como habitu-almente, lá fui ao meu webmail e, embora enviado com uns dias de atraso, relativamente às outras es-colas, por motivo de erro no endereço electrónico, tinha um convite endereçado à nossa escola, nome-adamente ao Departamento de Línguas Estrangei-ras, grupo de Francês, para participarmos num con-curso de Karaoke de música francesa, a ter lugar no dia 22 de Outubro, pelas 15 horas, no Grande Auditório da Casa das Artes, inserido na Semana Cultural Francesa que decorria de 16 a 25 de Ou-tubro, organizada pelo Município de Vila Nova de Famalicão, com a orientação do Dr Marco Marlier, responsável pela Coordenação das Actividades da Casa da Cultura.Após divulgação da actividade junto dos alunos dos vários níveis de ensino da língua francesa, alguns mostraram-se interessados em participar no con-curso e os alunos João Pereira e Bernardo Sousa demonstraram interesse em participarem na abertu-

ra do concurso, com uma canção de Wiliam Baldé “Un Rayon de Soleil”, interpretada à capela.Os títulos das canções relacionadas para o concur-so foram enviados para a escola, mas as letras e as músicas não, pelo que os professores de Francês tiveram a ajuda imprescindível do professor Hélder Rodrigues para a pesquisa das letras na Net e do professor Helder Soares para a pesquisa das can-ções (aos quais agradecemos desde já a preciosa ajuda que nos deram). Após as pesquisas feitas, fo-ram fotocopiadas as letras e gravadas as canções para que os alunos ensaiassem. Chegado o dia, 22 de Outubro, as professoras Virgí-nia Pinto e Carina Soares acompanharam os alunos à Casa das Artes para que dessem o seu melhor.As professoras de Francês agradecem aos alunos: Bernardo Sousa, João Pereira, Catarina Fernandes, Paulo Monteiro, Paulo Almeida e Ricardo Azevedo.

Odília Machado (Coordenadora da disciplina de francês)

Entre os dias 13 e 17 de Outubro comemorou-se a Se-mana Missionária. Para este evento foram convidados os Missionários da Comunidade Cristo de Betânia. De uma forma alegre, transmitiram aos alunos o que é re-almente ser Missionário. E ser Missionário é levar Cristo a todos, através de vários modos: pelo canto, pela dança, ensinando o bem e é também ser solidário; fazer o bem e não pedir nada em troca. A meio da sessão pedia-se que cada aluno desse a sua opinião sobre a tarefa dos mis-sionários e eis que surge uma definição sobre o que é um missionário: ser missionário é aquele que transmiteDeus por ‘correio’. Isto significa que os Missionários são os veículos entre Deus e as pessoas. Eles são pessoas humildes e boas de coração.

A professora de Ed. Moral e R. católica Zita Mourão

No passado dia 13 de Novembro de 2008 a turma 11.3, juntamente com a Prof. Maria Be-atriz Maciel Magalhães, deslocou-se ao Tribu-nal para assistir a um julgamento no âmbito da temática sobre a Argumentação (assunto abordado na disciplina de Filosofia).O local escolhido prende-se com o facto de ser o ideal para observar a capacidade argumen-tativa dos vários intervenientes nesse proces-so, uma vez que a base do mesmo é a discus-são de ideias/teses opostas.Em primeiro lugar, fomos confrontados com a realidade diária de um estabelecimento de ordem judicial. Pudemos observar a chamada dos arguidos, advogados e testemunhas dos casos a serem julgados nesse dia.

Entrámos na sala número um e assistimos a três audiências. Assim, alcançámos os objectivos pretendidos:• Observação da capacidade argumentativa;• A defesa do arguido em confronto com a acu-sação.Na nossa perspectiva, esta visita levou-nos a visionar o que é, qual a importância e a ver-dadeira função de uma boa argumentação! O Procurador salientou ainda que todo o envolvi-mento judicial que presenciamos é uma procu-ra da verdade única para se fazer justiça!

Turma 11.3

Visita de Estudo aoTribunal de V.N. de Famalicão

Page 8: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale08

O Campeonato Distrital Absoluto de Xadrez na ver-tente Rápidas realizou-se no passado dia 22 de Novembro, Sábado, nas instalações do Operário Futebol Clube, com arbitragem de Avelino Ribeiro, adoptando-se o Sistema de Todos contra Todos, cada partida tinha duração de 10 minutos (5 minutos para cada jogador finalizar a partida).

Da parte da manhã, realizou-se o Torneio por Equi-pas onde cada sessão era disputada por 4 tabulei-ros de cada clube.Depois do 2º lugar obtido recen-temente pela equipa A do N.X.V.S.C.-Didáxis no Campeonato Distrital Absoluto de Xadrez na ver-tente Semi-Rápidas (15 minutos para cada jogador finalizar a partida), desta vez a 2ª posição, obtida em 10 equipas, constituiu mais um feito notável por parte dos jovens famalicenses. A equipa A do N.X.V.S.C.-Didáxis fez representar-se por Yarolslav Minakov, Bruno Gomes, Rui Pedro Gomes e Luís Miguel Neves da Silva.Desta forma, as jovens pro-messas começam a afirmar-se no panorama esca-quístico distrital.

Esta prova teve como equipa vencedora os Amigui-

nhos do Museu Alberto Sampaio A e a Equipa B dos Amiguinhos do Museu Alberto Sampaio classificou-se em 3º lugar com os mesmos pontos e melhor de-sempate que a equipa famalicense Operário F.C. Da parte da tarde, decorreu o Torneio Individual contando a participação de 64 atletas federados.O grande vencedor foi Francisco Castro (AMAS) se-guido do iraniano Orphe Bolhari (AMAS) e o último lugar do pódio foi partilhado por Fernando Castro (AMAS) e Luis Miguel Neves da Silva (NXVSC-Di-dáxis) que na passada semana se sagrou Campeão Distrital Sub-14 em Semi-Rápidas. De destacar os 5º e 6º lugares obtidos por atletas do N.X.V.S.C.-Didáxis: Yarolslav Minakov e Bruno Gomes, respec-tivamente..

O N.X.V.S.C.-Didáxis, como já vai sendo habitual, contou com o maior número de participantes tanto a nível de equipas (4) como a nível individual (30) dando mais uma prova do empenho e dedicação por parte dos seus atletas na promoção e sedimentação do Xadrez no concelho de Vila Nova de Famalicão.

AMAS campeãoNXVSC-Didáxis obtém um surpreendente 2º lugar

O Núcleo de Xadrez de Vale S. Cosme (N.X.V.S.C.) or-ganizou, pelo segundo ano consecutivo, o Campeona-to Distrital Absoluto de Xadrez por Equipas na vertente Semi-Rápidas (15 minutos para cada jogador terminar a partida), em parceria com a Associação de Xadrez do Dis-trito de Braga. Esta competição realizou-se no passado

dia 25 de Outubro, Sá-bado, na Escola Coo-perativa Vale S. Cosme – Didáxis, adoptando-se o Sistema Suíço de 7 sessões, onde cada ronda era disputada por 4 tabuleiros de cada clube. A prova contou com a participação de 70 jogadores, distri-buídos por 16 equipas do Distrito de Braga, 7 das quais pertenciam ao N.X.V.S.C.-Didáxis o que constituiu um recorde em termos de participação numa prova distrital por equi-pas. A equipa vimara-nense A.M.A.S. A era a primeira cabeça de série, e não defraudou as expectativas, clas-sificando em 1º lugar

com um total de 26 pontos em 28 possíveis. A equipa A do N.X.V.S.C.-Didáxis foi a grande surpresa da prova, chegando mesmo a liderar o Torneio até à 4ª sessão. No entanto a derrota por 1-3, na 5ª ronda, perante a equipa A.M.A.S. A fez com que apenas fosse possível assegurar

o 2º lugar com vitórias confortáveis por 3-1 face às for-mações A.M.A.S. B (3º lugar) e N.X.V.S.C.-Didáxis E (5º lugar) nas duas últimas jornadas. A classificação final ficou assim ordenada:1 AMAS A2 NXVSC A3 AMAS B4 A.URGESES A5 NXVSC E6 NXVSC C7 OPERÁRIO F C8 A.URGESES C9 AMAS C10 NXVSC B11 NXVSC D12 NXVSC F13 A.URGESES B14 CCC BARCELOS A15 NXVSC G16 CCC BARCELOS B

A 2ª posição obtida surpreendeu as expectativas inicial-mente traçadas para esta competição sénior (absoluta), mostrando que estes jovens famalicenses podem sonhar cada vez mais alto. A equipa A do N.X.V.S.C.-Didáxis fez-se representar por Yarolslav Minakov (1º tabuleiro, 5 pon-tos em 7 jogos), Bruno Gomes (2º Tabuleiro, 6 pontos em 7 jogos), Rui Pedro Gomes (3º tabuleiro, 5,5 pontos em 7 jogos) e Mário Oliveira (4º tabuleiro e capitão, 6 pontos em 7 jogos).

N.X.V.S.C. - Didáxis VICE-CAMPEÃO DISTRITAL DE RÁPIDAS

N.X.V.S.C. DIDÁXIS

Decorreu no Museu Alberto Sampaio (Guimarães) duran-te o mês de Novembro o Tor-neio de Outono de 2008 com uma excelente organização do A.M.A.S. e arbitragem a cargo de Vitorino Ferreira.Esta competição contou com 28 participantes provenientes dos Distritos de Braga e Porto.

O N.X.V.S.C.-Didáxis fez-se representar por duas jovens promessas: Ivo Dias (Sub-12) e Inês Machado Oliveira (Sub-14).Ivo Dias (5 pontos em 7 pos-síveis, 4º lugar) foi o grande destaque deste Torneio, pois chegou a lutar pelo 1º lugar a uma jornada do fim! No entan-to o empate na ultima sessão com Ana Meireles, actual cam-peã nacional Sub-14, e a vitó-ria de Orphe Bolhari perante

Luis Vasconcelos fez com que a vitória final sorri-se ao joga-dor iraniano do A.MA.S. . Com esta derrota, Luis Vasconcelos, que liderou a prova desde a 1ª sessão, quedou-se pelo 2º lu-gar e Ana Meireles e Ivo Dias partilharam o último lugar do pódio com melhor coeficiente de desempate para a jovem promessa vimaranense.

Inês Machado Oliveira fez uma boa prova (4 pontos, 9º lugar) e apenas a derrota na última sessão perante Alexandre Bel-sley a arredou de um lugar do pódio.

Estes promissores resultados confirmam as boas indicações que estes jovens atletas fama-licenses têm vindo a dar desde o ínicio desta época.

Ivo Dias em destaque!(3º classificado ex-aqueo)

Page 9: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale 09N.X.V.S.C. DIDÁXIS

Conta-nos como aconteceu a descober-ta do Xadrez.Quem te despertou o interesse para o mundo mágico das 64 casas?

R: Tudo começou na escola a observar uns rapazes a jogar. A partir daí comecei a aprender a mexer as peças com eles, bem como as regras. Depois um amigo meu levou me ao Núcleo de Xadrez de Vale S.Cosme, no qual permaneço desde essa data.

Depois desta fase inicial, como foram os teus primeiros passos no sentido de melhorares o teu xadrez?

R: A partir daí comecei a jogar em tor-neios, a participar nas actividades do Nú-

cleo, e a jogar com os amigos, discutindo posições que apareciam nos nossos jogos e aprendendo conceitos novos, fazendo consequentemente que o nosso xadrez evoluísse. Qual a sensação de seres Campeão Na-cional?

R: Sinto - me feliz. Ser campeão é o rec-ompensar de todo o trabalho árduo que me deixou muito motivado e com grandes ex-pectativas para encarar o futuro.

Como manténs o teu nível técnico?

R: Recentemente (cerca de dois me-ses) comecei a ter aulas com o treinador António Caramez Pereira. Paralelamente

às aulas, tenho trabalhos de casa sema-nais, também leio livros e estudo partidas recomendadas por ele mesmo, jogo tor-neios e faço partidas na Internet.

Qual o livro que consideras fundamen-tal para um bom jogador de xadrez?

R: Considero fundamental o “My System” de Aaron Nimzowitch. Depois, mais tarde, recomendado pelo meu treinador “How to Reassess your Chess” de Jeremy Silman. Penso que seja um livro indispensável.

De que maneira definirias o teu estilo de jogo?

R: Essa é uma pergunta difícil… Depende muito do meu estado de espírito, mas ten-ho uma grande admiração pelo jogo posi-cional.

Quais os objectivos no xadrez para este ano, depois desta grande vitória?...E projectos a longo prazo?

R: Esta época, espero conseguir alcançar os objectivos delineados pelo meu treina-dor que passam por tentar a vitória no campeonato distrital de sub-14 e classifi-cação num dos lugares cimeiros do Nacio-nal de Ritmo Lento de sub-14.

Quem são os teus jogadores preferi-dos? No passado e no presente...

R: O meu jogador preferido no passado foi sem dúvida o Nimzowitch, foi ele que revolucionou o xadrez, aprofundando muitíssimo o jogo de posição com as suas novíssimas e ainda mais criticadas teorias.No presente tenho admiração por Magnus

Carlsen.

O xadrez tem beneficiado o teu percur-so escolar?

R: Sim. Principalmente na disciplina de Matemática. Fez com que eu resolvesse problemas mais facilmente e tivesse um nível de cálculo maior. A nível geral, benefi-ciou a minha concentração e capacidade lógica.

Gostarias de tecer algumas considera-ções finais?

R: Gostaria de agradecer ao professor Mário Oliveira pelo seu esforço e dedica-ção à formação de jogadores jovens e por toda a confiança que depositou em mim e também gostaria de agradecer e dedicar a vitória ao meu treinador António Caramez Pereira, que me ajudou, me deu animo e me ensinou esta arte que se chama Xa-dez.

Decorreu no passado dia 16 de Novembro, em Peniche, no Pavilhão da Escola EB 2,3 D. Luís de Ataíde, o Cam-peonato Nacional Jovem de Xadrez federado, na vertente Semi-Rápidas (20 minutos para cada jogador acabar a partida).Este campeonato contou com cerca de duas centenas e meia de participantes distribuídos pelos escalões Sub-08, Sub-10,Sub-12, Sub-14, Sub-16, Sub-18 e Sub-20.O N.X.V.S.C. - Didáxis foi representado por 7 alunos que alcançaram resultados individuais bastante satisfatórios.O grande destaque desta delegação foi a prestação de Luís Miguel Neves da Silva no escalão sub-14 que se sa-grou campeão nacional obtendo 5 vitórias e 2 empates, classificando-se em 1º lugar isolado. Esta vitória resulta do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na forma-ção de novos valores na aprendizagem deste mui nobre desporto – ciência na Escola Cooperativa Vale S. Cosme - Didáxis.Nos Sub-12, Ivo Dias, actual top-10 nacional, não deixou os seus créditos por mãos alheias, lutando pelo título até à última jornada, quedando-se no 6º lugar. O grande ven-cedor foi Henrique Aguiar (Clube dos Galitos - Aveiro) e o título feminino foi obtido por Ana Saltão (C.X. Montemor-o-Velho). Nos Sub-14, Inês Machado Oliveira, actual Bicampeã Na-cional Feminina Sub-12, lutou pelo título feminino até à última jornada, mas quedou-se pelo 4º lugar feminino, 16º na geral, obtendo 4,5 pontos, menos um ponto que Su-sana Pereira (Santoantoniense – Setúbal) que se sagrou campeã nacional. João Guerra cumpriu o objectivo míni-mo, 3,5 pontos em 7 possíveis, posicionando-se em 23º lugar. O grande vencedor absoluto foi, como já se sabe, Luís Miguel Neves da Silva (N.X.V.S.C.-Didáxis - Braga).Nos Sub-16, Rui Pedro Gomes obteve mais uma exce-lente classificação posicionando-se em 10º lugar, bem como, o estreante Nuno Miguel Marques da Silva (3,5 pontos, 23º lugar). Nelson Torres classificou-se em 34º lu-gar obtendo apenas 2 pontos em 7 possíveis. Jorge João Ferreira (G. D. Dias Ferreira - Matosinhos) sagrou-se no-vamente Campeão Nacional e Ana Meireles (A.M.A.S. - Guimarães) obteve o título feminino.

Nos Sub-08, Tomás Martins e Cristina Martins (C.A. de Mirandela) obtiveram respectivamente os títulos absolu-tos e femininos.Nos Sub-10, Hugo Ferreira (G.D. Ferroviários – Setúbal) e Ana Bastos (Clube dos Galitos - Aveiro) foram os cam-peões Nacionais na vertente absoluta e feminina, respec-tivamente. Nos Sub-18, André Pinto (A.A. Amadora) e Agna Gabriel (C.A. de Mirandela), não deram hipóteses à concorrência, conquistando os títulos absolutos e femininos com grande vantagem.Finalmente, no escalão Sub-20, Rafael Teixeira (Santo-antoniense – Setúbal) foi coroado com o mais alto Título

Nacional Jovem e Rita Gordo (G.D.R. Cavaquinhas) ven-ceu a competição feminina.De sublinhar que os resultados obtidos neste torneio fo-ram o corolário de uma aposta contínua no Xadrez Jovem que tem vindo a ser feita desde que o N.X.V.S.C. – Didá-xis foi criado, permitindo sonhar com um clube cada vez mais forte, consolidando-se no panorama escaquístico nacional.Estão de parabéns todos os Jogadores do N.X.V.S.C.-Didáxis, Encarregados de Educação, Professores res-ponsáveis e Direcção Pedagógica da Escola Cooperativa Vale S. Cosme - Didáxis.

Page 10: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O ValeNotícias/Actividades10

O Secretário de Estado da Edu-cação, Valter Lemos, inaugurou o Centro Novas Oportunidades (CNO) da Escola Cooperativa de Vale S. Cosme – Didáxis, no pas-sado dia 20 de Novembro. Um momento de festa para toda a comunidade escolar que começa a dispor de um novo Centro que pode ajudar a que ninguém fique para trás na sua aprendizagem.

O representante do Estado, pre-sente na inauguração do novo CNO, estava visivelmente satis-feito com este passo dado em fr-ente para a aprendizagem, refer-indo que “é preciso ter projectos totais centrados nos seus alunos e nos resultados dos mesmos.” Valter Lemos fez uma avaliação positiva do projecto da Didáxis, realçando que “esta escola tem um projecto de trabalho do qual se pode orgulhar, tendo razões objec-tivas para ter esse orgulho.” Para o Secretário de Estado da Educação “este Programa das Novas Opor-tunidades não é mais do que uma tentativa de alargar a todos a ideia que ninguém pode ficar para trás, mesmo aqueles que deixaram a sua aprendizagem, já há largos anos.

O director Pedagógico da Didáxis de S. Cosme, José Fernades, na sua intervenção, disse que “esta era a peça que faltava no nosso puzzle de oferta educativa e for-mativa para ser uma escola to-tal”, salientando a importância desta nova valência para a esco-la. Aliás a Escola de São Cosme inovou neste ano lectivo ao supri-mir os toques de entrada e de saída e passando o livro deponto para formato digital, numa clara

Por sua vez, José Cerqueira, o líder da Co-operativa de Ensino Didáxis, que junta a es-cola de S. Cosme e de Riba d’ Ave, referiu “as apostas que a Cooperativa faz na forma-ção qualificante de jovens e adultos sendo o resultado de uma opção estratégica devi-damente delineada com os nossos parceiros privilegiados”, os encarrregados de educa-ção, os empresários e as autarquias.

“O objectivo geral é aceder a patamares de desenvolvimento social sustentado” men-cionou ainda José Cerqueira que acabou a sua intervenção com uma palavra para as escolas do concelho e para a Câmara Mu-nicipal de Famalicão, com quem espera con-tinuar a agir de forma concertada.

Também o presidente da Câmara de Famal-icão, Armindo Costa, que no final do ano lec-tivo atribuiu à escola do Vale um galardão de mérito, no seu 20º aniversário e que também esteve presente nesta cerimónia, mostrou-se visivelmente agradado com a abertura do sétimo centro de Novas Oportunidades no concelho.O edil acrescentou que “com este programa os famalicenses possuem uma nova oportu-nidade para relançar a sua vida profissional e projectar o futuro”, num concelho onde já se iniciaram 3 mil processos e cerca de 800 alunos já o concluíram.A Didáxis de S. Cosme do Vale vê, com a in-auguração do Centro Novas Oportunidades, criada mais uma valência para toda a comu-nidade escolar, sendo esta a peça que fal-tava para uma ESCOLA COMPLETA.

“esta escola tem um projecto de trabalho do qual se pode orgulhar...”

Valter Lemos à conversa com Armindo Costa

responsabilização de alunos e profes-sores.

José Fernandes e Valter Lemos numa leitura atenta do jornal “O Vale”.

No passado dia 20 de Outubro, o Secretário de Estado da Educação, Dr. Valter Lemos, honrou a nossa Escola com a sua presença com o propósito de inaugurar as instalações do Espaço Novas Oportunidades. No acolhimento e acompanhamento a S. Exª e aos ilustres convidados, estiveram os alunos e alunas da Turma do 2º Ano de Técnico de

Comércio.Assim, o Departamento de Ciências Económicas e Empresariais, congratula o elogiado desempenho destes alunos que assim, prestigiaram o Curso que representam. Os nossos sinceros agradecimentos a: Cláudia, Catarina, Cristiana, Daniela, Dulce, Eva, Joana, Márcia, Rita, Rafael, Vânia,Vera Pinheiro, Vera Marques, Vera Ferreira

AGRADECIMENTOS À TURMA DO 2ºANO DE COMÉRCIO

Catarina

Page 11: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale Entrevista 11

Nome: Maria da Conceição Araújo MoraisIdade: 38 anosFilhos: 3 filhos (o Diogo e o Duarte, que são alunos da escola 10º e 6º, respectivamente e a Mariana, de 2 anos).Profissão: (ou situação profissional): De-sempregada, mas trabalha como domésti-ca, mãe, jardineira, agricultora e está a tirar uma formação na Didáxis no CNO (Centro das Novas Oportunidades).

JV – O que levou a inscrever-se no Ensino Recorrente Nocturno?

Maria da Conceição – Fui incentivada quando me tentei candidatar a um lugar numa empresa e verifiquei que eram pou-cas as minhas habilitações literárias. Aí, decidi fazer uma uma pequena formação, mas senti-me um pouco receosa, pois ti-nha uma vida muito agitada. Essa decisão estudo obrigou-me a abdicar da minha fa-mília, mas sabia que, no futuro esse esfor-ço seria recompensado.

JV – Como correu esse tempo de regresso às aulas, à escola?

Maria da Conceição – Esqueci a idade, e senti que tinha de fazer a minha obriga-ção. Quando comecei há 3 anos o estu-do, encarei-o como um desafio! Respeitei sempre todos os meus colegas e sempre que possível, ajudei-os. Sou muito exigen-te para comigo própria…

JV – Já tirou frutos dessa aprendizagem?

Maria da Conceição – Sim, no fundo, tirei, porque quando os meus filhos ou alguém

têm dúvidas, eu consigo ajudá-los. Tam-bém tive novamente vontade de ler cada

vez mais e, futuramente, espero vir a ter mais sucesso, a nível profissional.

JV – Foi a melhor aluna no ano 2007/2008. Como se consegue ser a melhor, tendo em

conta a sua vida privada tão atarefada?

Maria da Conceição – Eu não me sinto melhor que os outros. Eu acho que fiz a

minha obrigação, mas claro que me esfor-cei bastante. Não estive aqui a competir, mas sim a fazer o meu trabalho o melhor que podia. Eu não quis ser a melhor aluna, apenas tentei desempenhar o meu cargo o melhor que pude! Eu estudei para ter mais conhecimento e devo-o muito à minha fa-mília, porque também eles tiveram que se habituar ao novo rumo da minha vida.

JV – Como é que organizava o seu estudo?

Maria da Conceição –Tentava tirar o maior número de apontamentos, durante as au-las, depois organizava o meu estudo em função desses apontamentos. Percebi que

os apontamentos que se levam da escola são o melhor suporte para o estudo. Acon-

selho todos os alunos a tirarem aponta-mentos, a escreverem – nos para, depois, estudarem e poderem, mais facilmente, aplicar esses apontamentos .Assim, fui adquirindo muitos conhecimen-tos que ia transmitindo à minha família e à minha vida, pois também dou catequese. Sempre que podia, tentava ajudar os co-legas. Nunca usei cábulas, pois não tinha necessidade disso.

JV- O que gostaria de fazer a nível profis-sional?

Maria da Conceição – Queria ter uma pro-fissão ligada à segurança social, trabalhar com pessoas, ajudá-las. Adoro lidar com pessoas. Assim também poderei contribuir para o futuro do nosso país.

JV – Já pensou em seguir relações públi-cas?

Maria da Conceição – Sim, mas nós temos que ser flexíveis, e eu acho que consigo adaptar-me bem em qualquer situação. Eu não me acomodei, pois estava aqui para aprender mais e engrandecer-me. Parte de cada um de nós ter vontade de aprender, por isso só depende de nós.

Trabalho realizado por: Dânia Menezes, Fátima Sou-sa, Kevin Rodrigues, Nuno Ribeiro e Rodrigo 9/3

De corpo franzino, olhos brilhantes, que faziam antever uma grande força de vontade, carregando ao colo a Ma-riana de dois anos, assim se apresentou a nossa entrevistada que partilhou connosco expectativas, anseios, vivências passadas na Escola, onde concluiu o 12º ano do Ensino Recorrente Nocturno, distinguindo-se como a melhor aluna do curso 2007/2008.

“ Eu queria chegar à meta, não queria que fosse em 1º, mas apenas chegar á meta…”

“Eu faço parte do Centro Social e Paroquial de S.Cosme do Vale, para assim poder ajudar os outros!”

“…Eu não quis ser a melhor aluna…”

O realizar de um sonho...Querer é poder

Page 12: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale12

No passado dia 28 de Novembro, os alunos do curso de Ciências e Tecnologias, sob a organi-zação do professor Paulo Oliveira, participaram numa visita de estudo à Universidade do Minho (U.M.) no âmbito de conhecer alguns dos cursos lá existentes, assim como as instalações da uni-versidade.A saída deu-se por volta das 9.00h sendo que, na chegada a Guimarães fomos recebidos por alunos da U.M., que esclarecedoramente nos guiaram através de várias salas de diversas áre-as de estudo da faculdade. Assim tivemos aces-so a uma enorme quantidade de ideias e propos-tas de possíveis cursos superiores a seguir no futuro, por exemplo (polímeros e têxteis). Mais tarde reunimo-nos no auditório da faculdade onde dois alunos da Didáxis, o Nuno e a Helena Leitão participaram num jogo de conhecimento geral acerca da U.M. contra os participantes de

mais três escolas. Depois de passada a manhã, almoçamos na cantina da faculdade o que nos proporcionou uma aproximação ao estilo de vida académico. Da parte da tarde visitamos o núcleo de robóti-ca, núcleo este que suscitou grande curiosidade e interesse a todos os alunos, onde visualizamos um dos famosos robots do futebol em actividade, e uma cadeira de rodas com funções inovado-ras que já foi patenteada. Estes dois objectos eléctricos foram projectados e desenvolvidos na mesma faculdade.Acabada a visita, retiramo-nos por volta das 16.15h regressando à escola.A actividade ocorreu sem qualquer problema sendo agradável para todos os alunos que parti-ciparam, ficando aqui um agradecimento à ópti-ma organização do professor Paulo Oliveira.

Ana Braga – 12.1

Visita de estudo à Universidade do Minho

A Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equi-pamentos Eléctricos e Electrónicos (Amb3E), lançou uma acção de sensibilização ambiental Escola Electrão destina-da aos alunos do Ensino Básico e Secundário.Esta iniciativa visa que as escolas aderentes se compro-metam a divulgar a informação relacionada com esta temá-tica à população da respectiva escola, através de materiais

disponibilizados pela Amb3E para esse efeito.Inclui também uma acção de recolha de equipamentos em fim de vida pela qual as Escolas Aderentes se candidatam à obtenção de prémios, atribuídos consoante a quantidade de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) reunidos. Todos os resíduos serão depositados no Ponto Electrão excepto as lâmpadas e os de grande di-mensão (ex.: frigoríficos, máquinas de lavar, etc). A Escola terá um Ponto Electrão durante um determinado período de tempo igual para todas as escolas aderentes e em data a definir.Para informação mais detalhada, nomeadamente os pré-

mios previstos, podes consultar o endereço www.escolae-lectrao.pt e falar com o teu Director de Turma.

O Coordenador do ProjectoPaulo Oliveira

“Escola-Electrão” sensibiliza para o tratamento de Resíduos

O alerta chega da Comissão Euro-peia: ouvir leitores de música pes-soais com o volume elevado durante períodos prolongados pode provocar "lesões auditivas permanentes", no-meadamente a perda d e audição.Um parecer emitido pelo "Comité Científico dos Riscos para a Saúde Emergentes e Recentemente Identificados" revela que 05 a 10 por cento dos utilizadores de aparelhos chama-dos MP3 poderão perder a audição se o fizerem durante mais de uma hora por dia, todas as se-manas, com o volume elevado, durante pelo menos cinco anos. Os cientistas que elaboraram o pa-recer confirmam que "há motivo de preocupação" e Bruxelas vai agora "analisar" com os Estados-membros e as partes interessadas as medidas que podem ser adoptadas para me-lhor proteger as crianças e os adoles-

centes da exposição ao ruído dos lei-tores de música pessoais e de outros aparelhos semelhantes. "As descobertas científicas indicam um risco claro e temos de reagir ra-pidamente. Mais importante ainda, precisamos de sensibilizar os consu-

midores e tornar esta informação do domínio público", sublinhou

a Comissária Europeia res-ponsável pela Defesa do

Consumidor, Meglena Kuneva.

O executivo co-munitário acon-selha os utiliza-

dores de leitores de música pessoais a tomar, desde já, "certas precauções

muito práticas", como se-jam verificar se é possível fixar no

seu aparelho um limite máximo para o volume, a fim de manter o volume mais baixo, ou baixar manualmente o volume, devendo ter o cuidado de não utilizar o leitor de música pessoal durante períodos prolongados, para protegerem a sua audição.

No dia 17 de Outubro esteve na nossa Escola o Pla-neta Curioso – Pedagogia em Movimento.Decorreram quatro sessões destinadas aos alunos do 7º ano de escolaridade, que foram apresentadas pelo monitor Carlos Novo, usando um sistema de projecção esférica em vídeo (projector portátil 360°), as sessões foram um espectáculo “interactivo”.Foram abordados vários assuntos que estão a ser estudados nas aulas de Ciências Físico-Químicas: do nascimento das estrelas; da nossa galáxia – Via Láctea; do Sol e da sua localização na nossa galá-xia; dos oito planetas principais que integram o Novo Modelo do Sistema Solar; da localização da Estrela Polar no céu nocturno; e da identificação das cons-telações mais importantes. As opiniões dos alunos foram as seguintes:

Os planetas fui visitar;Gostei muito de os avistar;Foi muito divertido!Espero lá voltar…Vânia Mansilhas 7.3

Eu gostei muito, mas ao entrar no insuflável era mui-to frio. Gostei muito de ver as estrelas e as conste-lações.Pedro Piairo 7.3

Gostei bastante: foi muito chamativo para os alunos do 7º ano, que estão a estudar os planetas. Foi uma forma de aprender e estudar para o teste que tinha

na segunda – feira. Participar foi giro e interessante como já tinha anunciado. Adorei!!!...Ana Gabriela Silva 7.3

Gostei muito, principalmente ao ver como o Universo é constituído…- e a entrada era muito fixe.Marta Correia 7.3

Achei bastante interessante e gostei pois consegui perceber muitas coisas.Liliana Ferreira 7.3

A visita ao planetário foi muito interes-

sante. Gostei muito, aprendi muitas coisas novas sobre os planetas, todo o Universo. Gostaria de o tornar a ver mais tarde.Filipa Leal Mariz 7.5

Eu gostei muito de visitar o planetário, porque aprendi mais coisas sobre os planetas e as estrelas.Tatiana Costa 7.5

Gostei bastante da visita de estudo ao planetário, gostaria de visitá-lo mais uma vez se fosse possível.

Acho que todos nós aprendemos al-guma coisa, mas também nos diverti-mos!!!Jéssica Alves 7.5

Já tinha visto um planetário mas gostei de ir outra vez, pois revi as coisas que me esqueci.Pedro Sá 7.5

Gostei muito da visita ao planetário. Aprendi muitas coisas novas sobre os planetas. Gostaria de voltar a repeti-la porque foi uma experiência interessan-te. Pedro Pereira 7.5

Humor QuímicoPergunta: Por que é que um urso branco se dissolve na água?Resposta: Ambos são polares!

Pergunta: Quantos Físico-Químicos são necessários para trocar umalâmpada?Resposta: Apenas 1, mas ele irá trocar pelo menos 3 vezes, de modo a minimizar o erro cometido.

hihihi haha...

Departamento

Page 13: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale 13

10 14 7 20 5 12 12 20 9 19 14 5 6 5 11 9 23 13 1 19 1 11(Decifrem esta mensagem fazendo corresponder a cada número a correspondente letra do alfabeto português)

Olá! Cá estou eu de novo! Trago notícias fresquinhas! Não sei se repararam mas no dia 12 de Novembro houve mentes a fervilhar! Os nossos alunos participaram, e muito bem, na 1º eliminatória das Olimpíadas de Matemática. Eu e o meu Grupo de Estágio também lá estávamos e registamos alguns momentos.

Núcleo de Estágio de Matemática

Parabéns a todos! Demonstraram vontade de aprender coisas novas, iniciativa, coragem e todos ga-nharam porque, o tempo que estiveram a pensar, a “ginas-ticar” o cérebro irá concerteza dar frutos. Acreditem em mim!

Também fui espreitar, é claro, com a Ana, Filipa e Neide à Palestra sobre “Jogos Tradicionais” e achei uma delícia. Os alunos do 10º3 foram connosco e o Dr. José Fernan-des tirou-nos uma fotografia. Obrigado! Ainda me lembro de passar longas tardes a jogar com o meu tio Pimático, não há muito tempo… há um sé-

culo mais ou menos! E agora? Agora é Natal e o Grupo preparou uns exercícios com cheirinho a esta época tão especial. Vejam:

Estrelinhas de NatalPor baixo de cada estrelinha de Natal está um nú-mero escondido. Em cada lado da árvore de Natal está a soma dos números secretos dos extremos (Exemplo: A+C=11). Quais são os números escon-dido?

As renas do Pai NatalEstava o Pai Natal a preparar as entregas dos presentes quando verificou;Se contasse as suas renas de duas em duas sobrava uma;Se as contasse de três em três sobravam duas;Se as contasse de quatro em quatro sobravam três;E se as contasse de cinco em cinco sobravam duas.Quantas renas tem no mínimo o Pai Natal?Nota: descobre o menor número inteiro que satisfaz as quatro condições.

Bem, está na hora de ir aju-dar o meu amigo São Nico-lau. Este ano estamos a fa-zer jogos matemáticos em madeira (o Hex, o semáforo, o Konane, entre outros) para oferecer. Nem imaginam a quantidade de meninos que os pedem nas cartas que nos escrevem! Até qualquer dia! De-cifrem esta mensagem. É da minha parte e do Grupo de Estágio de Matemática.

SOLUÇÕES

Page 14: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale14 Departamento

Pela análise das tabelas verifica-se que a nos-sa Escola está de parabéns no que concerne ao desempenho dos seus alunos, no ano lec-tivo 2007/2008, no Exame Nacional de Mate-mática de Matemática, 12º ano (Código 635).

Estes resultados são um reflexo do trabalho que se realiza a nível do Departamento em

que os alunos são familiarizados desde o 2º Ciclo com problemas saídos em Exames Na-cionais (Provas de Aferição, Exames Nacio-nais, Testes Intermédios e Banco de Itens dis-ponibilizados em www.gave.pt e sob a forma de Sebentas).

Mário Oliveira

Decorreu no passado dia 12 de Novembro a 1.ª elimina-tória das Olimpíadas Portuguesas da Matemática, tendo participado alunos de 15 turmas do 7.º ao 12.º ano, num total de 57 alunos distribuídos pelas categorias Pré-Olim-píadas (7º ano), A (8º e 9º anos) e B (10º, 11 e 12º anos). Este evento faz parte do Plano Anual de Actividades da Escola Cooperativa Vale S. Cosme – Didáxis e foi promo-vido pelo Departamento de Matemática em colaboração com o Grupo de Estágio de Matemática.Observando a tabela de resultados é de destacar as clas-

sificações dos três melhores alunos por Categoria:Pré-Olimpíadas: 1º Tiago Pereira (7.4); 2º Luis Costa (7.2); 3º Typhanie Macedo (7.4)Categoria A: 1º João Guerra (9.7); 2º Pedro Ferreira (8.4); 3º Rafael Eiras (8.3)Categoria B: 1º José Agostinho Carvalho (10.3); 2º Yaros-lav Minakov (12.1); 3º Filipa Fernandes (11.1)

As resoluções das provas podem ser consultadas em: http://www.spm.pt/static.php?orgId=807

Para todos os interessados em continuar a treinar para a próxima edição ou para a seguinte eliminatória visitem: http://www.spm.pt/olimpiadas/

Um agradecimento a todos os intervenientes neste even-to, pela participação e colaboração nas várias actividades desenvolvidas e que tornaram possível o grande êxito ve-rificado.

Mário Oliveira

Nome Ano Turma Resultado %João Pedro Pires 7º 2 13 pontos 33%Luís Costa 7º 2 23 pontos 58%Rui Costa 7º 2 18 pontos 45%Carlos Assis 7º 2 13 pontos 33%Diogo Tomás 7º 2 13 pontos 33%João Luís Costa 7º 2 8 pontos 20%Typhanie Macedo 7º 4 19 pontos 48%Tiago Pereira 7º 4 24 pontos 60%

Z

Olímpiadas de Matemática (Pré-Olimpíadas)LISTA DE PARTICIPANTES

Tiago Pereira 7º 4 24 pontos 60%Mónica Costa 7º 4 14 35%

Resultado %Bárbara Araújo 8º 2 6 15%Rafael Eiras 8º 3 19 48%Luis Carvalho 8º 3 3 8%Luis Silva 8º 3 10 25%Joana Antunes 8º 4 12 30%Mónica Silva 8º 4 16 40%Marvin Tortas 8º 4 10 25%Juliana Silva 8º 4 13 33%João Melo 8º 4 18 45%Miguel Marques 8º 4 0 0%Pedro Ferreira 8º 4 22 55%João Forte Dias 8º 4 14 35%Vera Silva 8º 4 11 28%Nuno Silva 9º 4 14 35%Rita Guimarães 9º 4 4 10%Andreia Cerqueira 9º 4 0 0%Sara Alves 9º 4 13 33%Eduardo Costa 9º 5 5 13%João Guerra 9º 7 32 80%Rui Marinho 9º 7 12 30%

Resultado %João Ribeiro 10º 1 10 25%Diana Correia 10º 2 6 15%Nelson Torres 10º 2 10 25%

Olímpiadas de Matemática (Categoria A: 8º e 9º)

Olímpiadas de Matemática (Categoria B: 10º a 12º)

Nº Total: 9

Nº Total: 20

ESCOLA COOPERATIVA VALE S. COSME (DIDÁXIS) LIDERA RANKING CONCELHIO E TOP-5 DISTRITAL

Ordem Média

Diferença da Nota Interna e

Exame

Nota

máxima

Nota

miníma1º 14,9 -1,27 19,6 7,52º 14,6 -1,95 19,9 3,73º 14,2 -0,85 20 3,24º 13,1 0,11 19,6 4,65º 12,8 0,56 19,6 4,66º 12,6 -0,04 19,9 3,6

Ordem Média

Diferença da

Nota Interna e

Exame

Nota

máxima

Nota

miníma1º 16,1 -2,08 20 4,62º 15,8 -1,19 20 5,13º 15,3 -3,43 18,5 7,74º 15,3 -1,68 19,8 4,35º 14,9 -1,27 19,6 7,56º 14,7 -1,87 20 6,57º 14,6 -1,95 19,9 3,78º 14,6 -1,69 19,8 2,89º 14,5 -0,9 19,9 4,510º 14,5 -1,41 20 3,111º 14,2 -0,85 20 3,212º 14,2 -0,66 20 1,513º 14,1 -0,9 19,8 6,314º 14,1 -0,67 19,7 2,815º 13,9 -0,3 20 616º 13,6 -1,43 19,7 617º 13,6 0,78 18,6 3,218º 13,6 -0,64 19,7 4,519º 13,5 0,61 20 5,220º 13,4 -0,98 19,6 3,921º 13,2 0,28 19,5 3,922º 13,2 0,1 20 1,923º 13,1 0,11 19,6 4,624º 13,1 -1,21 19,7 4,525º 13,1 -0,31 19,9 2,526º 13,1 -0,35 19,7 127º 13 -0,42 18,8 4,628º 12,9 1,22 -- --29º 12,8 0,56 19,6 4,630º 12,6 -0,04 19,9 3,631º 12,4 0,45 19,9 1,532º 12,4 -0,07 19,5 3,333º 12,2 1,04 19,1 4,9

Escola Sec. Fafe (Fafe)

Escola Sec. Vieira de Araújo (Vieira do Minho)

Escola Sec. Francisco de Holanda (Guimarães)

Externato Delfim Ferreira - Delfinopolis (VNF)

Externato Carvalho Araújo (Braga)

Escola Sec. Celorico de BastoEscola Sec. D. Sancho I (VNF)

Conservatório de Música de Calouste Gulbenkian (Braga)

Escola Sec. Rio Caldo (Terras de Bouro)

Escola Sec. Caldas de Vizela (Vizela)

Escola Sec. Carlos Amarante (Braga)Colégio D. Diogo de Sousa (Braga)

Cooperativa de Ensino Didalvi -Alvito (Barcelos)

Escola Sec. de Barcelos (Barcelos)Escola Sec. Acaides de Faria -Arcozelo (Barcelos)

Escola Cooperativa Vale S. Cosme -Didáxis (VNF)Escola Sec. Dona Maria II (Braga)

Escola Sec. da Póvoa de Lanhoso (P. de Lanhoso)Escola Sec. Alberto Sampaio (Braga)

Ranking do Ensino Secundário Concelhio

Ranking do Ensino Secundário DistritalDisciplina: Matemática (635)

Escola

Escola Sec. D. Sancho IExternato Delfim Ferreira - Delfinopolis

Cooperativa de Ensino Didáxis (Riba d'Ave)

Disciplina: Matemática (635)

Escola Escola Cooperativa Vale S. Cosme (Didáxis)

Escola Sec. Sá de Miranda (Braga)Escola Sec. Maximinos (Braga)

Escola Sec. Padre Benjamim Salgado (Joane)Escola Sec. Camilo Castelo Branco

Escola Sec. Padre Benjamim Salgado -Joane (VNF)

Escola Sec. Camilo Castelo Branco (VNF)

Escola Sec. Martins Sarmento (Guimarães)

Escola Sec. Caldas das Taipas (Guimarães)

Escola Sec. Barcelinhos (Barcelos)

Colégio La Salle (Barcelos)

Cooperativa de Ensino Didáxis - Riba d'Ave (VNF)

Escola Sec. Infias (Vizela)

Escola Sec. Vila Verde (Vila Verde)

Escola Sec. Henrique Medina (Esposende)Instituto de Sezim - Colégio De Guimarães

Externato Infante D. Henrique - Ruílhe (Braga)

Jogos matemáticos em acção de formaçãoCom o objectivo de incrementar o gosto pela disciplinia o núcleo de Matemática da Escola Cooperativa de Vale S. Cosme – Didáxis, pro-moveu uma acção de formação sobre os Jogos Matemáticos.A iniciativa envolveu toda a comunidade educa-tiva, desde alunos, pais, professores e encarre-gados de educação, contando com a presença de Paulo Morais, professor de Matemática e mestre em jogos educativos e de Sabina Maru-qes, professora de Matemática e dinamizadora de Jogos de Matemática no âmbito do projecto Profit.Esta acção de formação serviu para sublinhar a importância dos jogos no desenvolvimento das competências ao nível da Matemática, mas de uma forma lúdica e divertida. “ Com este tipo de iniciativas é possível aprender a brincar”, referiu Paulo Morais que acrescentou a dimensão pe-dagógica dos Jogos Matemáticos “sendo pos-sível criar num jogo uma transversalidade de competências que procuram ser transportadas para a pedagogia. Este tipo de jogos permite atrair à atenção os alunos recorrendo à anima-ção.”Paulo Morais referiu ainda o facto de ter sido criado um núcleo de Xadrez na Escola “abrindo caminho para tudo o resto, pois verifica-se um cultura de jogo nos alunos, onde o pensamen-to matemático se torna essencial para todas as dimensões”.

Já para Sabina Marques, “o incentivo associado ao jogo atrai o interesse dos alunos sem que estes se apercebam que criam estratégias e métodos de aprendizagem. Esta é uma forma de assistirmos à introdução do gosto da Mate-mática, fazendo com que o mito da disciplina, como bicho papão, caia por terra”, defendeu a dinamizadora do projecto Profit que acrescen-tou a importância da competição em torno dos jogos como um factor de maior interesse para os alunos.Também o professor Mário Oliveira, responsável pela realização da acção de formação, eviden-ciou a crescente motivação em torno dos jogos um facto importante para a realização desta ac-ção pioneira, salientando ainda a necessidade de explicar a toda a comunidade educativa os objectivos e benefícios daí decorrentes.

A concentração foi total...

Page 15: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale 15

A vida A vida Redemoinhos amorosos Ventos de esperançaComo homens amados.

A vida é sofrimento É o amor, é a felicidade,É a alegria de amar.A vida é gritar até não poder mais É gritar pelo que perdemosÉ gritar pelo que não temos.

A vida é lutar desalmadamente, Pelo amor que nunca pode ser amado.

A vida é lutaA vida é o amorA vida é a paz da almaA vida é um sentimento?A vida é uma conspiração?

Tudo faz parte da vidaTodos os sentimentosDesde o amor ao ódio.

Viver é passar por alegriasÉ passar por desilusõesÉ passar por amores sofridosÉ passar por tristezas amargasViver a vida é passar por todas as etapasSem nunca deixar de perder A vontade de continuar, A vida…. C.M. Carina Araújo 9.3

O amor O amor,Tudo faz parte do amorO amor não é só paixãoÉ também desilusão.

O amor é paixãoÉ ser amadoÉ ser tocadoÉ ser amanteÉ ser acompanhante.

O amor é desilusãoÉ chorarÉ murcharÉ ser traído É ser ignorado.

O amor não é só feito de coisas boasNem de coisas másÉ feito de tudoÉ murchar e chorarÉ ser traído e ignoradoMas quando um novo amor for encontradoÉ ser amado e tocadoÉ amante e acompanhanteÉ o amor.

C.M. Adriana Araújo 9.3

Dá-me um sorrisoE não me desapareçasParece o paraísoNa minha cabeça

Meu amor és tuE mais ninguémMais bonita do que tuTambém

A minha paixãoNão se medeÉ como o coraçãoQue pede. QUADRAS DO ANDRÉ FARIA 5.3 PARA ÂNGELA MENDES

A Galinha dos ovos de ouro

Há muito tempo havia em Reguengos, aldeia pobre e isolada, um casal, sem filhos, de meia-idade.

Sebastião e UmblinaCarvoeiros de profissão,Avarentos por opção.

Tinham ouro escondido nas paredesE dinheiro enterrado no chão.Do muito que tinham achavam poucoE poupavam até mais não.

Na capoeira apareceu uma galinhaQue tinha uma particularidade nova.Era normal a comer,Muito especial na desova.

Comia bicharocos e louro.Punha ovos amarelos de ouro.

“- Grande coisa tenho eu.”Assim pensava o avaro.“- Todos os ovos que põe,Hei- de vende-los bem caro.”

E assim juntou, juntouTodo ouro que ela deu.Deste nenhum comeu,Todo acumulou e guardou.

“ – Um ovo por dia é pouco.Hei-de pô-la a render mais.”Assim pensou o louco,Porque era avaro de mais.

Quis enriquecer mais depressaQuis os ovos todos de uma vez.Meteu a galinha na travessaEm vez de um ovo queria dez.

Bem se enganou Sebastião,Um de cada vez dava a bicha.Ele queria grande porçãoDisse: “- Como a gente se lixa.”

Daqui se aprende a liçãoE para todos nós ela serveNão esquecer pois entãoQuem tudo quer tudo perde.

Joana Pinto 8.1

“A noção do correcto não é, moderna-mente, a que os gramáticos tradicionais defendiam.Hoje, mais do que nunca essa noção situa-se, num campo falaz e controver-so”. (Edite Estrela, linguista).

É, exactamente essa controvérsia cons-tante, no diz-se, deve dizer-se, escreve-se, deve escrever-se, que nos levou a iniciar, no jornal “O VALE”, uma nova rubrica, com o único objectivo de ajudarmos a esclare-cer algumas das dúvidas que nos são co-locadas, a nós professores de português, quer em contexto de sala de aula quer fora dela.Para que o objectivo possa ser cumprido integralmente, convidamos todos os que o desejarem, a colocar as suas dúvidas, junto do nosso jornal, na certeza que tudo faremos para as esclarecer.

Vamos, então, à primeira:Quando é que se emprega “porque”, “por que”,« porquê » e «porque» ?

«Porque» pode ser uma conjunção causal (Não posso ir ao cinema, porque tenho de estudar para o teste.) , uma conjunção final (tudo farás porque fiques com o emprego.) ou um advérbio interrogativo (« Porque o olhar-me tanto me encareces?»).

«Por que» vem associado a palavras como motivo e razão, ainda que não expressas.

(Por que não me pediste ajuda?); ( «Por que razão o ensino há-de ser o sorvedouro interminável de deslocados a leccionar a contragosto?»)Quê e porquê são formas tónicas de que e porque, usadas antes de pausa ou isolada-mente: «O quê?», «Diz-me porquê».

Poesia no Vale

Esperamos!Hoje é um dia que fica lembrado,Partiste na sombra de um Adeus,Viajaste para além do Lá...

Há distâncias que nunca se apagam,Há lembranças que esmorecem a fala,Há semelhanças que nunca se vislumbrarão...

Amanhã será mais outro dia,Todavia, a tua falta permanecerá,Nós que ficamos com o teu Amor: esperamos!

Mário Frei.2008/12/25

JOSTEIN GAARDER, O Mundo de Sofia«Quem és tu?» Ontem ouvi dizer que esta é a primeira pergunta que devíamos fazer a alguém que acabamos de conhecer. A conversa termi-naria naquele momento, quase de certeza. Ou a pessoa pensaria que éramos malucos e viraria as costas, ou ficaria tão perturbada por não sa-ber o que responder que preferiria ir-se embora. Talvez, com uma probabilidade muito pequena, encontraríamos alguém que estivesse dispos-to a falar. Talvez se risse face à dificuldade da questão, mas diria «aí está uma boa pergunta» e tentaria perceber connosco por que razão é tão difícil responder a uma pergunta assim.Se achas que pertences a este último grupo de pessoas, então tens uma forte possibilidade de ser um verdadeiro filósofo. Porque a Filosofia não é mais do que fazer perguntas, sobretudo as mais difíceis, e sobretudo aquelas para as quais as respostas não são óbvias mas exigem que pensemos. Porque Filosofia não é mais do que pensar o eu, a vida, o mundo, deus e todas as estrelas do universo. Porque Filosofia não é mais do que pensar se é possível acreditar, ao mesmo tempo, em deus e na liberdade do homem, ou em deus e na ciência (Adão e Eva ou os macacos?). Porque Filosofia é não querer ser igual a ninguém, mas é querer saber quem somos. Publicado em 1991, O Mundo de Sofia é um ma-nual para aprendizes de Filosofia. A personagem principal, Sofia (ou Hilde?) recebe misteriosas cartas que a iniciam num curso de Filosofia; em breve descobre mais de vinte séculos de pensa-mento filosófico e aprende a duvidar de tudo o que sempre deu como garantido. «A capacidade de nos surpreendermos é a única coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filósofos.» (p. 21) E sabermos perguntar «Quem sou eu?»

Uma dedicatória muito especial para as minhas alunas que, sem a disci-plina de Filosofia nos Cursos Profis-sionais, se deixam apaixonar pelas questões filosóficas comigo às sextas à tarde.

Jostein GAARDER, O Mundo de Sofia, Editorial Presença, 453 pp., disponível na nossa Biblioteca

UM TEXTO PARA REFLECTIRNota (Isto é só ficção. Nada disto é real)

No início dos tempos, um só Deus, com os seus milhões de braços, criou o tempo e o espaço e criou dois deuses para manter essa ordem. Um deles era o Dial-ga, o Deus temporal que controla o tempo, vive na Torre Temporal, que reside na Terra escondida. O outro Deus chama-se Palkia, o Deus Espacial, que controla o es-paço, reside na Abertura Espacial, que existe em qualquer lugar no espaço. Esses três deuses cria-ram diversos planetas, incluindo o planeta Terra, onde criaram dois deuses para controlar o planeta. Um deles era o Groundon, que criou a terra e moldou os conti-nentes com o seu poder imenso

e, o outro deus era o Kiogre, que criou a água e criou os oceanos. No caso de estes dois deuses confrontarem-se, criaram um deus para pará-los, o Deus do céu, Rayquaza. Ele criou o oxigénio para os seres vivos respirarem. Também criaram outros deuses para controlar certas coisas como o Deus Heatran, para controlar os vulcões da Terra.No entanto, para além do primei-ro Deus, o que criou o tempo e o espaço, também havia outro deus, Giratina, o Deus da morte. Ele reside em Júpiter, num sítio chamado A Grande Cratera, e en-gole energia com buracos negros. Só daqui a muito tempo, ele sai-rá desse sítio e reinará tudo! Mas isso só acontecerá daqui a muito tempo… Assustaram-se?...Não era essa a intenção…mas já agora… reflictam…E imaginem o resto da história….

DE: RODRIGO JOSÉ PINTO E CASTRONº 6488 Tª 9.3

O Núcleo de Estágio de Português convida-te a um momento de pura entrega à música, à poe-sia e ao ritmo frenético do RAP! Se te sentes a explodir de amor e pensas que a música RAP é o estilo ideal para te exprimires, então este con-curso é para ti: escreve um poema, pensa num ritmo que dure aproximadamente três minutos e entrega a tua candidatura ao teu professor de Português.O poeta-rapper mais romanticamente original sairá vencedor e apresentará ao vivo o seu hit no Sarau da Escola, que se realizará a 26 de Mar-ço de 2009.

Mote: o amor

Prazo de entrega das letras: até ao dia 31 de Janeiro

R.A.P. – Ritmo, Amor & Poesia:O que terá Camões em comum com Sam the Kid?

Artes&LetrasArtes&Letras

Page 16: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale16Escola visita MC DONALD´SA Turma 1 de Comércio da Escola Coopera-tiva de Vale S. Cosme – Didáxis, deslocou-se no dia 2 de Dezembro às instalações do Mcdonald’s de Vila Nova de Famalicão.Esta visita decorreu no âmbito do curso de técnico de comércio com a intenção de se ob-

servar o trabalho para além do que é mostrado aos consumidores e também conhecerem por dentro o “mundo dos negócios”, numa das em-presas mais conhecidas em todo o Mundo.Numa primeira parte da visita, os alunos come-çaram por conhecer a parte onde os alimentos estão conservados, fazendo uma viagem do armazém até à confecção dos alimentos e à sua entrega ao consumidor. Nesta parte da visita tiveram também oportunidade de expri-mentar a preparação de hamburgers.Estes alunos também tiveram oportunidade de conhecer por dentro os procedimentos de higiene e o convívio dos funcionários, numa segunda parte importante para o garante da funcionalidade da empresa.Esta visita foi encarada como uma boa oportu-nidade da turma entender como é a empresa Mcdonald’s gerida por dentro e um factor de motivação para todos os intervenientes para, quem sabe um dia, poderem a ser grandes empresários.

Propriedade: Escola Cooperativa de Vale S. Cosme (DIDÁXIS), Avenida de Tibães, nº 1199, Vale S. Cosme – 4770 568 - V.N. de Famalicão, telf. 252910100 / Fax 252910109Direcção: Prof. Fátima Andrade Paginação e arranjo gráfico: Prof. José AzevedoFotografia: Nuno Marinho e Paulo Silva e alunos do Clube MultimédiaRedacção: Clube MultimédiaCo-responsável pela redacção: Helena Dias PereiraAssessor de imprensa para o exterior: Pedro Reis SáImpressão: Empresa do Diário do MinhoColaboração:Professores:Lurdes Alves, Mário Oliveira, Patrícia Fernandes, Núcleo de Estágio de Português (Cristiana Pereira, Diogo Martins e Teresa Alves) e Núcleo de Estágio de Matemática (Ana, Filipa e Neide). Dr. José Fernandes, Depar-tamento de Ciências Económicas e Empresariais, Directores dos Cursos Profissionais de Contabilidade, Vendas e Comercio, Paulo Oliveira, Graça Felix, Fátima Passos, Prof. Maria João Drumond, Otilia Loureiro, Núcleo de estágio de informática, Nuno Moinhos, Odilia SIlva, Carina Soares, Virginia Pinto, Zita Mourão, Beatriz Magalhães, Andreia Silva, Paulo Lago, Miguel Cerqueira, Joana Sampaio.Alunos: C.M. Patrícia, Ana Rita 11.1, Dânia, Kevin, Andreia, Fátima, Liliana, Joana, Samuel, Rui, Carla, Nuno Ribeiro, Carina e Rodrigo (9.3); Luis Silva 8.3, Joana Pinto 8.1, Turma 6.6, Anabela Rodrigues e Silvia Marlene 9.7, TCOM 1, 11.3.Colaboração Especial: D. Conceição Morais, Ana Isabel Costa e Teresa Silva.

Os dados da OMS que indicam que em cada cinco jovens que experimentam fu-mar, três tornam-se fumadores regulares, assim como o facto de o taba-gismo se encontrar entre as principais causas de morte evitáveis, sendo igualmente responsável por considerável di-minuição da qua-lidade de vida dos fumadores activos e passivos, levou a Didáxis a assu-mir um papel activo na prevenção desta dependência.A capacitação dos nos-sos jovens para a adopção de comportamentos saudáveis face a este consumo tem tido por base a implemen-tação do PELT – Projecto Escolas Livres de Tabaco e do programa “Entre Todos”.

Independentemente do investimento feito com estes programas ao nível das áreas curriculares não disciplinares, a comemo-

ração do Dia do Não Fumador (17 de Novembro) não passou em

branco. O Departamento de Ciências Físico Natu-rais dinamizou um con-curso de slogans para os alunos do 7º ano e uma exposição de cartazes elaborados pelos alunos do 8º

ano. Aos alunos do 9º ano foi proporcionado

um momento de reflexão, debate e esclarecimento de

dúvidas com a Drª Cristiana Fonseca – Coordenadora do

Departamento de Educação para a Saúde da Liga Portuguesa Contra o Can-cro, que esteve presente na nossa escola no passado dia 26 de Novembro.

Maria João Drumond – Prof. Coord. da Educação para a Saúde

Fazia tanto frio! A neve não parava de cair e a noite aproximava-se. Aquela era a última noite de Dezembro, véspera do dia de Ano Novo. Perdida no meio do frio intenso e da escuridão, uma pobre rapariguinha seguia pela rua fora, com a cabeça descoberta e os pés descalços. É certo que ao sair de casa trazia um par de chinelos, mas não duraram muito tempo, porque eram uns chinelos que já tinham pertencido à mãe, e ficavam-lhe tão grandes, que a menina os perdeu quando teve de atravessar a rua a correr para fugir de um comboio. Um dos chinelos desapa-receu no meio da neve, e o outro foi apanhado por um garoto que o levou, pensando fazer dele um berço para a irmã mais nova brincar. Por isso, a rapariguinha se-guia com os pés descalços e já roxos de frio; levava no avental uma quanti-dade de fósforos, e estendia um maço deles a toda a gente que passava, apregoando: – Quem compra fósforos bons e baratos? – Mas o dia tinha-lhe corri-do mal. Ninguém comprara os fósforos, e, portanto, ela ainda não conseguira ganhar um tostão. Sentia fome e frio, e estava com a cara pálida e as faces encovadas. Pobre rapariguinha! Os flocos de neve caíam-lhe sobre os ca-belos compridos e loiros, que se enca-racolavam graciosamente em volta do pescoço magrinho; mas ela nem pen-sava nos seus cabelos encaracolados. Através das janelas, as luzes vivas e o cheiro da carne assada chegavam à rua, porque era véspera de Ano Novo. Nisso, sim, é que ela pensava. Sentou-se no chão e enrolou-se ao canto de um portal. Sentia cada vez mais frio, mas não tinha coragem de voltar para casa, porque não ven-dera um único maço de fósforos, e não podia apresentar nem uma moeda, e o pai era capaz de lhe bater. E afinal, em casa também não havia calor. A família morava numa água-furtada, e o ven-to metia-se pelos buracos das telhas, apesar de terem tapado com farrapos e palha as fendas maiores. Ti-nha as mãos quase paralisadas com o frio. Ah, como o calorzinho de um fós-foro aceso lhe faria bem! Se ela tirasse um, um só, do maço, e o acendesse na parede para aquecer os dedos! Pegou num fósforo e: Fcht!, a chama espirrou e o fósforo começou a arder! Parecia a chama quente e viva de uma candeia, quando a menina a tapou com a mão. Mas, que luz era aquela? A menina jul-gou que estava sentada em frente de um fogão de sala cheio de ferros ren-dilhados, com um guarda-fogo de co-bre reluzente. O lume ardia com uma chama tão intensa, e dava um calor tão bom! Mas, o que se passava? A meni-na estendia já os pés para se aquecer, quando a chama se apagou e o fogão desapareceu. E viu que estava sentada sobre a neve, com a ponta do fósforo queimado na mão. Riscou outro fósforo, que se acendeu e brilhou, e o lugar em que a luz batia na parede tornou-se transpa-

rente como tule. E a rapariguinha viu o interior de uma sala de jantar onde a mesa estava coberta por uma toalha branca, resplandecente de loiças finas, e mesmo no meio da mesa havia um ganso assado, com recheio de ameixas e puré de batata, que fumegava, espa-lhando um cheiro apetitoso. Mas, que surpresa e que alegria! De repente, o ganso saltou da travessa e rolou para o chão, com o garfo e a faca espetados nas costas, até junto da rapariguinha. O fósforo apagou-se, e a pobre menina só viu na sua frente a parede negra e fria. E acendeu um terceiro fósforo. Imediatamente se encontrou ajoelha-da debaixo de uma enorme árvore de Natal. Era ainda maior e mais rica do que outra que tinha visto no último Na-tal, através da porta envidraçada, em casa de um rico comerciante. Milhares de velinhas ardiam nos ramos verdes, e figuras de todas as cores, como as que enfeitam as montras das lojas, pa-reciam sorrir para ela. A menina levan-tou ambas as mãos para a árvore, mas o fósforo apagou-se, e todas as velas de Natal começaram a subir, a subir, e ela percebeu então que eram apenas as estrelas a brilhar no céu. Uma estre-la maior do que as outras desceu em direcção à terra, deixando atrás de si um comprido rasto de luz.«Foi alguém que morreu», pensou para consigo a menina; porque a avó, a úni-ca pessoa que tinha sido boa para ela, mas que já não era viva, dizia-lhe muita vez: «Quando vires uma estrela caden-te, é uma alma que vai a caminho do céu.» Esfregou ainda mais outro fós-foro na parede: fez-se uma grande luz, e no meio apareceu a avó, de pé, com uma expressão muito suave, cheia de felicidade! – Avó! – gritou a menina – leva-me contigo! Quando este fósforo se apagar, eu sei que já não estarás aqui. Vais desaparecer como o fogão de sala, como o ganso assado, e como a árvore de Natal, tão linda. Riscou imediatamente o pu-nhado de fósforos que restava daquele maço, porque queria que a avó conti-nuasse junto dela, e os fósforos espa-lharam em redor uma luz tão brilhante como se fosse dia. Nunca a avó lhe pa-recera tão alta nem tão bonita. Tomou a neta nos braços, e soltando os pés da terra, no meio daquele resplendor, voaram ambas tão alto, tão alto, que já não podiam sentir frio, nem fome, nem desgostos, porque tinham chegado ao reino de Deus. Mas ali, naquele canto, junto do portal, quando rompeu a manhã ge-lada, estava caída uma rapariguinha, com as faces roxas, um sorriso nos lábios… morta de frio, na última noite do ano. O dia de Ano Novo nasceu, indiferente ao pequenino cadáver, que ainda tinha no regaço um punhado de fósforos. – Coitadinha, parece que ten-tou aquecer-se! – exclamou alguém. Mas nunca ninguém soube quantas coisas lindas a menina viu à luz dos fósforos, nem o brilho com que entrou, na companhia da avó, no Ano Novo.

A rapariguinha e os fósforos

Curso Operador de Informática

Na vida temos que fazer o que nós gostamos, foi isso que eu fiz!Sempre me interessei pelo curso de informáti-ca, pois gostava de descobrir o que realmente existe dentro dos computadores. Foi, então, que decidi fazer o 9ºano, este ano, no curso de Operador de Informática.Este curso não tem nada a ver com o ensino regular, gosto muito das aulas, pois estou a aprender conteúdos que nem conhecia e coi-sas que também não sabia fazer. Este curso está a ensinar-me muita coisa, o que me está a orientar para saber o que quero para o meu futuro. E a ajuda dos formadores também está a ser fundamental.Por tudo isto e, por muito mais, considero que nunca devemos desistir das coisas que gosta-mos de fazer e que queremos aprender.

Helena Bastos Turma: OI

Dia do Não Fumador... TODOS OS DIAS!

Núcleo de estágio de Português

Artes&Letras

Page 17: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale 17Artes&Letras

O VALE- Prof. Graça- Como está a correr o Projecto “LER POR PRAZER”, agora inte-grado no Plano Nacional de Leitura?

G.F.-O Projecto “LER POR PRAZER” co-meçou na Biblioteca no ano lectivo de 2005/2006. A ideia surgiu de uma formação que fiz e apliquei-a à nossa realidade. Co-meçou a funcionar no 2º ciclo e 7º ano. O projecto funcionou muito bem, foi abraçado por todos os colegas que leccionavam Lín-gua Portuguesa, também colaboraram os Directores de Turma e outros professores.O projecto era muito simples; o mesmo li-vro era lido em voz alta pelo professor ou pelos alunos, comentavam o que liam com os colegas ou mesmo com os professo-res…No final do ano lectivo houve turmas que leram 6 livros, outras 4.Neste momento o “Ler por Prazer” é um projecto da escola. Todos damos o nosso melhor.

Temos entre mãos o Projecto “Ler em Fa-mília” – Leitura de fim-de-semana’É um projecto que consta no PNL e que está a ser aplicado a todas as turmas de 5º Ano. À sexta-feira, vou a todas as turmas entre-gar as mochilas, que levam um livro, um caderno, lápis de cor, esferográfica e bor-racha. O alunos lêem o livro com a família, fazem uma das actividades propostas no caderno e na segunda-feira de manhã en-tregam as respectivas mochilas na Biblio-teca. Durante o mês de Outubro convidei todos os pais dos alunos do 5º Ano a virem à Biblioteca, eu e a D. Carla apresentamos o Projecto conversámos com eles e apro-veitámos para os convidar a requisitarem e lerem livros da nossa Biblioteca.Para já está tudo a correr tudo muito bem e os pais estão a colaborar.Também promovemos a “Hora do Conto” que se realiza semanalmente. É mais di-rigida aos alunos do 3º Ciclo, pois é aqui que perdemos leitores. Na “Hora do Con-

to” os professores que colaboram com a biblioteca, Prof. Carlos Silva, Prof. Isabel Rebelo, Prof. Helena Vilela, vão às salas para lhes ler um conto.

J.V.- Quantos alunos visitam, por dia, a Bi-blioteca? Quais os livros mais procurados pelos alunos?

G.F. Em média visitam a nossa biblioteca entre os 35 e os 50 alunos por dia, em dias normais, em altura de teste ou realização de trabalhos o nº de visitantes é superior a 65. mas, ao longo do dia, vão passan-do alunos para fazerem levantamento de livros ao domicilio ou mesmo só para nos cumprimentarem. Em relação aos livros mais procurados depende de vários fac-tores, por exemplo, os alunos do 2º ciclo preferem aventuras, no 3º ciclo ficção e no secundário, no caso das raparigas, roman-ces e os rapazes policiais, ficção…

Implementação do P.N.LMuitas pessoas consideram ler, um pra-zer, ao contrário de uma grande parte dos portugueses.Portugal encontra-se num nível de li-teracia muito baixo; podíamos apontar uma enorme variedade de razões para que isto aconteça: falta de prazer em ler, pouco contacto com livros, insuficiente autonomia na leitura…Como indicam vários estudos verificou-se que a maior parte da população adulta portuguesa (maiores de 15 anos)

atingiu níveis de literacia bastante redu-zidos: 10,3% não conseguiu usar leitura nem escrita, cerca de 70% só conse-guiu usar estas competências para re-solver tarefas simples e apenas 7,9% dos inquiridos demonstrou um domínio completo da leitura e da escrita. Dez por cento dos alunos portugueses aos 15 anos têm dificuldades em perceber o que lêem.Para resolver muitos destes problemas foi criado o Plano Nacional de Leitu-ra (PNL). O Plano Nacional de Leitura constitui uma resposta institucional aos níveis de iliteracia da população em ge-

ral e, particularmente, dos jovens. A partir do momento em que as pesso-as, fundamentalmente os jovens, passa-rem a gostar de ler, tal como gostamos de ver televisão ou navegar na internet, parte dos problemas serão resolvidos.Para mim a leitura é mais do que um de-ver ou obrigação, é algo que me permite viajar por todos os lugares ou situações descritas numa obra.Aconselho-vos a ler pois é através da leitura que recebemos uma grande par-te da nossa cultura geral.

Anabela Carvalho Rodrigues t: 9.7

Ler é criar um tesouro pessoal de emoções e recordações, tesou-ro esse que podemos partilhar com outras pessoas. A leitura faz-me des-cobrir, sonhar, diva-gar… Viajar por sons, cheiros, aromas, tex-

turas, palavras. É uma fonte de prazer, informação, fantasia, conhecimento…Ler dá-me liberdade… Cada livro tem uma nota úni-ca, por mais modesta que a sua história seja, há sempre qualquer coisa que nos toca.Através dos livros posso rir, chorar, confortar-me e até modificar as minhas atitudes. Posso também, descobrir ou redescobrir outros tempos e outros lugares.Dentro de cada livro há outro livro, o que fica na mente de cada leitor…

Vou deixar aqui alguns títulos dos muitos livros que já li O principezinhoO mundo em que viviO velho e o marO penúltimo sonhoO velho que lia romances de amorHistória de uma gaivota e o velho que a ensinou a voarMulherzinhasA casa dos espíritos…

Carla Morais

ENTREVISTA À RESPONSÁVEL PELA BIBLIOTECA, GRAÇA FÉLIX

Mais uma iniciativa incluída nas ac-tividades da Feira do livro de Língua Portuguesa.

UM EXEMPLO A SEGUIR.

O Vale foi convidado a estar presente na ses-são de autógrafos que ocorreu no penúltimo dia da Feira do Livro de Língua Portuguesa, que se estendeu de 4 a 12 de Dezembro.Estivemos perante uma jovem de 13 anos, de lindos olhos castanhos, voz suave, irradiando simpatia e muita simplicidade. A Teresa Silva, assim se chama a nóvel escritora de histórias, falou connosco, Do seu gosto, desde tenra idade, para a leitura, não de livros infantis ou juvenis, como a própria nos assegurou, mas livros “mais avançados, onde aprendesse ou-tras realidades, outras vivências…”.O VALE – O que é para ti ser escritora?T – Penso que é ter um livro editado. Quando comecei a escrever, nem me passou pela ca-beça que, hoje, estaria aqui, rodeada destas

pessoas que me vêem como escritora .Só Mais tarde, aconselhada pelos meus primos e incentivada pelos meus pais, que ao lerem o livro, acharam que eu o devia publicar é que dei esse passo. Também o Dr Barroso da Fonte me deu muita força e me impeliu a publicar “Magia Louca”.

O VALE – “Magia Louca, porquê?T - Esse título foi o primeiro que me surgiu e ficou. To da a história fala de uma certa magia louca. A protagonista, a Sofia, usa a magia, o desconhecido de uma forma completamente louca.

O VALE – Frequentas o 8º ano de escolaridade. És boa aluna a língua Portuguesa?

T- Mais ou menos. O que posso dizer é que quer a minha professora da Primária, quer a actual professora de Português, não ficaram nada surpreendidas com a publicação deste meu livro.

O VALE – Como jovem que és, que sugestões darias aos jovens da tua idade’

T- Que leiam muito, que não deixem de ler, e se quando começarem a ler um livro de que não gostem que o ponham de lado e esco-lham, de imediato outro. Por mim, devo dizer

que a leitura me tem ajudado muito na escola e na vida. Tem-me proporcionado bons mo-mentos, boas aprendizagens…

O VALE – Então, segue em frente. Nós cá es-taremos para acompanhar o teu percurso de escritora.

Sessão de autógrafos de jovem escritora na Sala de Eventos da Escola de Vale

Page 18: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale18O Departamento de Ciências Económicas e Empresa-riais e os Directores dos Cursos Profissionais de Con-tabilidade, Vendas e Comércio da Didáxis – Escola Co-operativa de Vale S. Cosme desejam um FELIZ NATAL e um PRÓSPERO ANO NOVO a todas as Empresas que nos agraciam com a sua tão prestigiada colaboração na formação em contexto de trabalho (estágio) dos seus alunos, nomeadamente:

ERA Famalicão, Tomorrow – Mediação Imobiliária, LdaEuroviagens – Agência de Viagens e Turismo, LdaFamaliper – Sociedade de Distribuição, S.A.Famicasa – Empreendimentos ImobiliáriosMedium, Mediação Imobiliária, LdaIrmãos Maio (Móveis Asil)Jumbo – Companhia Portuguesa de Hipermercados, S.A.Mónica Soares, Sociedade Unipessoal, LdaPingo Doce, Distribuição Alimentar, S.A.Pomaros – Comércio e Reparação de Automóveis, S.A.Rádio Popular, Electodomésticos, S.A.Remax BusinessSarrabisco II – Publicidade Sistemas de Água Jarro, LDASupermercado Bandeirinha – Moreira e Mesquita, LdaHalcon Viagens

A.Azevedo & Silva, LdaAgência Moreira – Serv. Adminis. e Contabilidades, LdaAllvalue - Consultadoria Unipessoal, LdaAna & Rosa, Contabilidades LdaÂngelo Baptista - Contabilidade, Auditoria e Consultoria, LdaBirdac Contabilidades, LdaC.E.E. - Contabilidade e Estudos Económicos, LdaCarlos Silva - Serv. Administ. e Contabilidade , Lda.E.C.F. - Empresa de Contabilidade de Famalicão, LdaElisabete Teixeira Contabilidades Soc. Unip. LdaFamafiscal- Contabilidade e Fiscalidade, LdaFerreira & Seara, LdaGateco – Gabinete Técnico de Contabilidade, Lda

IR - Bico Contabilidades e Serviços, LdaJ.M. Alves - Contabilidade e Gestão, LdaJoaquim Faria - Contabilidade e Auditoria, Lda.José da Silva Araújo, Contabilidades Unipessoal, LdaLas Casas & Pereira – Contabilidade e Serviços, LdaMário Virgílio Veloso AntunesOficina de Impostos Assessoria Contabilística, LdaPaula Cristina Moreira de Sousa AzevedoPaula Mendes & Costa, LdaPlenos Poderes - Contabilidade Unipessoal, LdaSafartextil- Empresa Têxtil, SATranscrita Gabinete de Estudos Económicos e Contabilidade LdªVinoconta - Contabilidades, Lda

Anabela Marques Moreira de SousaAlberto Lareva - Maria José da Silva MatosBenetton - Comertex, SA.Biju - Brilhos e Berloques, Unipessoal, Lda.Estribo, Malas e Carteiras, Lda.Fontenova - Livraria e Papelaria, Lda.José Costa RochaOriental Import - Teixeira & Rafael, Lda.Tifosi - Cofemel, Sociedade de Vestuário, SA.Urca - J.S. Carvalho & C.ª, Lda.Wise - Martins & Vilas, Lda

O Departamento de Ciências Económicas e Empresariais deseja a todos os docentes e não docentes da Didáxis um FELIZ E SANTO NATAL.

No dia 29 de Outubro fomos fazer uma visita à Escola da Didáxis em S.Cosme do Vale. Nesta escola existe uma pe-quena quinta que nós visita-mos. Ficamos encantados com os animais que nos proporciona-ram observar como: os patos, um pavão, pombas, galinhas da Índia, e galinhas que exis-tem na Europa. Uma destas galinhas estava a chocar ovos no ninho. Vimos um lago de peixes que

era atravessado por uma pon-te por onde nós passamos.Com a ajuda e, colaboração da professora Esmeralda as crianças ajudaram a dar a “ comida “ aos animais.Em seguida, a professora Es-meralda mostrou-nos a sala onde se faz reciclagem de pa-pel. Por último, fomos ao bar tomar um sumo.As crianças divertiram-se, e fizeram aprendizagens signifi-cativas. Agradecemos a toda a equi-pa desta escola, a amabili-dade com que nos recebeu, como também pelo transporte assegurado.

As crianças do Jardim-de-infância de Mouquim.

Registo da nossa visita à Didáxis

O meu sonho são as letras, as frases, os textos… poder escrever e impressionar, escrever e ser lida, ser lida e aplaudida. O meu sonho passa pelas palavras e pela comunicação.Mas será que hoje se pode concretizar sonhos? Será que podemos colocar o nosso futuro nas mãos de um sonho? Claro que sim. Podemos com certeza, só não podemos é fazê-lo pelo caminho mais fácil, nem da forma mais comum. De certeza que muitos de vós, principal-mente aqueles que se encontram perto da altura de decidirem que continuidade dar aos estudos, compreendem aquilo de que falo. É a vós que me dirijo nes-ta minha pequena intervenção. É certo que grande parte de vocês não sabe o que quer ver-se fazer o resto da vida, mas também há, com certeza, aqueles que têm ideias bem definidas acerca disso. O grande problema é que, hoje em dia, saber o que se quer fazer não é suficiente. Vocês, tal como eu e mui-tos outros, deparam-se com um grande obstáculo chamado “saída profissional”. Com certeza que ouvem constantemen-te frases do tipo: “Esquece esse curso, não tem saída” ou então, “Esta é a área que garante maior taxa de saída pro-fissional, apostem nela!”. Como estas, certamente muitas outras coisas vos são ditas. E aqui surge o grande dilema, escolher entre o que realmente se quer ou o que garante empregabilidade? Se-guir um sonho ou optar por adequar as nossas escolhas ao que o Mundo real nos permite? Hoje em dia, as escolhas não são simples como foram no passa-do. Bem longe vai o tempo em que não havia risco em querer-se ser professor, enfermeiro, advogado, psicólogo, jorna-

lista, e tanto mais. Bastava saber a área que agradava, estudar para ter uma boa média, fazer o curso e dar as boas vin-das ao mundo do trabalho. Raramente se ouvia a expressão ”estás a estudar para o desemprego”. Hoje em dia é o mais comum de se ouvir. Desmotivador, pensam vocês. E têm toda a razão. Que nos resta fazer então? Quem de-vemos ouvir, que conselhos devemos levar em conta?O pouco que posso fazer por vocês é contar-vos como tudo aconteceu comi-go, como consegui tomar uma decisão e o que me levou a optar pelo caminho em que estou neste momento.Como vos disse, o meu sonho passa pelas letras. Sempre me dei muito bem com áreas disciplinares que me fizes-sem ler, interpretar e escrever. Princi-palmente escrever… à entrada no se-cundário, deparei-me com a indecisão “optar pela área das humanidades ou das ciências?”, identificava-me mais com a primeira, mas a segunda abria-me muitas mais portas, muitas mais oportunidades, muitas mais saídas pro-fissionais. Optei pelas ciências. Sabia que, caso quisesse uma área mais liga-da às humanidades quando fosse para ingressar no ensino superior, o exame nacional de português muito provavel-mente mo iria permitir.Apesar de ser aluna da área das ciên-cias, nunca deixei as letras para trás. Sempre que tinha oportunidade escre-via para o jornal da escola (todo o meu percurso escolar foi na Didáxis, Riba D´Ave), sempre dei muita importância ao português e esforçava-me para tirar boas notas a essa disciplina porque era isso que mais me orgulhava. Por isto mesmo, o curso que mais gozo me daria completar é o de ciências da comunica-ção e ingressar na área do jornalismo. Pois, mas nesta área as perspectivas de emprego e de sucesso são muito desmotivadoras. Não chega saber es-crever, ter jeito para a comunicação e gostar de o fazer. O mercado de traba-lho é muito competitivo e o factor C dita muita sorte. Foi por isso que me abstraí

um pouco desta ideia e procurei outra área que me pudesse interessar. Pouco surgia…. O tempo ia passando e como não tinha nenhuma decisão definitiva fui tentando tirar sempre as melhores notas possíveis para que, quando a altura da decisão chegasse, não hou-vesse cursos fora de hipótese por falta de nota. E assim foi. Mantive sempre uma boa média e, por isso, surgiu a hi-pótese de optar por Medicina. Não era uma ideia totalmente descabida. Gosto imenso de lidar com pessoas, de fazer alguma coisa útil por elas e, portanto, não pus essa hipótese de parte, tanto que, quando chegou a hora da verdade, foi por medicina que optei. Concorri no primeiro ano e não consegui ter média para entrar. Decidi, então, ficar mais um ano a preparar-me novamente para os exames nacionais e cá estou. Sou aluna de medicina, do 1º ano, na Universidade do Minho, em Braga.Pois é… e as letras? E o jornalismo? E a comunicação? Não, não pensem que desisti. E reparem que, no inicio deste meu testemunho, disse “claro que sim”, “podemos com certeza” concretizar so-nhos. É certo que estou na área das ciências, é certo que estou em Medici-na, é igualmente certo que estou feliz e orgulhosa do tanto que consegui até aqui e que anseio pelo momento em que farei parte do conjunto de pessoas que têm uma das mais bonitas profis-sões do mundo. “Optei por salvar vi-das”, como ouvi um colega meu dizer…. Mas não esqueci o meu sonho. Tenho intenções de, quando terminar o curso, me associar a algum jornal ou revista e fazer jornalismo ligado à área da medi-cina. Enquanto isso, vou aproveitando pequenas oportunidades, como esta de estar a participar no vosso jornal, para não deixar que o meu sonho perca for-ça. O meu muito obrigado à professora Fátima e ao professor Pedro por este voto de confiança.Que me resta dizer-vos? Pouco… Não desistam dos vossos sonhos, mesmo que tenham de chegar até eles por ca-minhos disfarçados. Boa sorte!

Disfarcem o vosso sonho

Ana Costa (ex- aluna da Didáxis)( Estudante do 1º Ano do curso de medicina na U.M.)

Notícias/Actividades

Page 19: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O Vale Publicidade 19

Page 20: MovimentoOpinião:OmeusonhoS.MartinhofestejadonaEscolaLernabibliotecaéumprazerOrealizardeumsonho

Ano XXI nº 73 Nov/Dez 2008 Jornal O ValeNotícias/Actividades20

Um magusto inesquecível !No passado dia 12 de Novembro, a turma 6º6 realizou o seu magusto em clima de festa!Munidos de todo o material necessário, “assentámos ar-raiais” na eira, junto ao pombal da escola… Preparamos

uma fogueira à maneira com caruma, paus e pinhas.Enquanto as castanhas assavam e aproveitamos para nos divertirmos um pouco treinamos uns “toques” futebo-lísticos com direito a fintas e tudo! Como as castanhas tardavam…decidimos “atacar” um delicioso bolo de chocolate, que partilhamos com os me-

ninos do curso de jardinagem!Não sobrou nem um bocadinho!

Para manter a tradição…pintamos a cara com cinzas da fogueira! Todos “bonitinhos” tiramos uma foto…para mais tarde recordar este fantástico dia!

Turma 6º 6

Pequenos e graúdos comemoram o dia de São Martinho

Boa música e boa disposição são ingredientes indispen-sáveis a qualquer festa ou Convívio e que, como não po-deria deixar de ser, estiveram bem presentes no Jantar de Magusto do Ensino Recorrente, organizado pela minha turma, os finalistas dos Cursos Tecnológicos de Informáti-ca e Administração. Lá fora o clima equiparava-se a uma noite no Pólo Norte, mas no salão Convívio sentia-se o calor humano que nos

aqueceu durante a noite. Nada podia faltar naquele que foi o último Jantar organizado pelas turmas acima men-cionadas! Afinal, já não somos novatos nestas andanças e queríamos dar as boas vindas da melhor forma a todos os novos colegas de todos os cursos que este ano abriram. Que melhor maneira de o fazer, senão com um Jantar Convívio?! Como sempre, os dias que antecedem qual-quer festa são sempre muito inquietantes para os orga-

nizadores. Planear um acontecimento festivo não é fácil, mas estamos certos que o fizemos da melhor forma. Felizmente todos o apreciaram, e nós agradecemos os co-mentários feitos após o referido Jantar, e nos dias seguin-tes, a congratularem-nos pela forma como tudo foi con-duzido Tudo estava perfeito a começar pela decoração, pensada pela professora Fátima Passos (coordenadora das turmas organizadoras), passando pelo delicioso jantar que as senhoras funcionárias da cantina nos proporciona-ram, pela música ambiente e pela organização do espaço e do Jantar em si. O culminar do Jantar deu-se com o já tradicional Karaoke em que participaram professores, alunos e funcionários. Foi um momento de enorme boa disposição em que as-sistimos ao desabrochar de autênticos tenores, sopranos e também alguns outros que mais pareciam autênticas canas rachadas. Agora a sério, foi um momento memorá-vel, como não poderia deixar de o ser, mas como tudo o que é bom acaba rápido, a festa logo acabou e o pessoal dispersou. Só restaram as muito estimadas funcionárias da escola que fizeram serão a limpar todo o salão. Desde já, o nosso muito obrigado a todos os funcionários, que todos os dias nos recebem da melhor forma. Queremos agradecer também ao Dr. José Fernandes que nos pre-senteou com a sua presença e a todos os professores que tornaram o jantar uma noite memorável com a sua boa disposição, amabilidade e disponibilidade. Queremos tam-bém agradecer às professoras Beatriz Magalhães, Marisa Cadeia e Marina Fernandes, Joana Sampaio e Ana,que muito gentilmente nos deram uma ajuda essencial na or-ganização do jantar.Bom trabalho! Sejam felizes!

Paulo Monteiro(Aluno do 12º ano do curso Tecnológico de Informática)

Ensino Nocturno em Jantar Convívio

A animação foi uma constante neste convívio cheio de calor humano

A manutenção da fogueira para as castanhas ficou a cargo do Miguel

A tradição foi seguida à risca...todos se enfarruscaram uns aos outros...

Quentinhas e boas elas aí estavam: as castanhas, raínhas da festa.!

Nos tempos que cor-rem muito se tem fa-lado da Escola. Nem sempre pelas melho-res razões! De qualquer ma-neira, é bom que se fale da Escola. Que se pense a Escola. Que se debata a ideia de Escola, a todos os níveis e nos mais va-riados areópagos so-ciais e políticos. Com efeito, a Esco-la não é uma organi-zação qualquer. Que

possa funcionar de qualquer maneira. Em que os principais interessados, pais e cidadãos, desconhe-

çam o que lá se faz ou projecta fazer. Que ignorem os conteúdos programáticos, as linhas de acção, as metodologias, as estratégias e os objectivos educa-tivos. E os valores, princípios éticos vitais, que es-truturam, de forma límpida e vernácula, a “alma” da Escola. E as regras, indispensáveis à regulação das inter-acções de todos os agentes. É preciso uma tomada de consciência social da escola-que-existe e da escola-que-queremos. Que tem de estar bem acima de meros interesses pessoais, partidários, profissionais ou doutrinais. Porque o que está em causa é verdadeira uma questão essencial à vida em sociedade. È a formação de crianças e jovens, os verdadeiros arau-tos e protagonistas da sociedade de amanhã. Que-remos, com certeza, construir uma sociedade mais desenvolvida, mais solidária, mais sustentável. Que o enorme investimento, em termos de PIB e em termos humanos, que o Estado e a socie-

dade fazem na Escola provoque o esperado retorno para os jovens, para os pais e para todos os cida-dãos. Então, temos de construir uma Escola a par-tir da comunidade, das pessoas que lhe estão próxi-mas, dos pais, das autarquias, das associações cul-turais, das empresas… Que lhe reconheçam mérito social. Que com ela se identifiquem e se vinculem… enfim uma Escola que seja numa entidade comuni-tária sentida e querida como uma mais-valia para todos. Vale a pena tentar!... Coisa para pensar neste tempo natalí-cio de meditação, de ideais humanitários e de realizações generosas. Um bom Natal para todos!

José Fernandes( Director Pedagógico)