Upload
vuongnhan
View
220
Download
0
Embed Size (px)
Movimentos Sociais: Anarquismo, Sindicalismo, Socialismo
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 2
Unidade Curricular: História Social Contemporânea de Portugal
Ano letivo: 2012/2013
Título do trabalho: Movimentos Sociais: Anarquismo, Sindicalismo e Socialismo
Data de entrega: 20 de Novembro de 2012
Docente:
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008
Discente:
Pedro Freitas
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 3
Índice
Introdução ................................................................................................................................. 4
Anarquismo ............................................................................................................................... 6
1. Anarquismo ....................................................................................................................... 7
1.1. Evolução do Anarquismo em Portugal ................................................................ 10
1.2. Síntese: principais momentos na história do Anarquismo ............................ 11
Sindicalismo ............................................................................................................................ 14
2. Sindicalismo .................................................................................................................... 15
2.1. Origem do Sindicalismo ........................................................................................... 15
2.3. Sindicato ...................................................................................................................... 17
Socialismo................................................................................................................................ 21
3. Socialismo ........................................................................................................................ 22
Conclusão ................................................................................................................................ 24
Webgrafia ................................................................................................................................. 25
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 4
Resumo
Este trabalho aborda o tema dos Movimentos Sociais, destacando-se dentro
destes o Anarquismo, o Sindicalismo e o Socialismo. Os objetivos deste trabalho são:
conhecer estes Movimentos Sociais, como surgiram, a sua evolução, entre outros.
O primeiro movimento social abordado foi o Anarquismo que teve origem no
ano de 1850 que se propagou até aos dias de hoje devido aos ideais libertadores que
mantém e sobretudo devido á conjuntura atual que se faz sentir.
O segundo movimento social abordado foi o Sindicalismo têm como objetivo
unir trabalhadores que trabalham em condições precárias. Considera-se que este
movimento teve origem na primeira globalização, mantém-se e vem para ficar.
O terceiro movimento social abordado foi o Socialismo que é um sistema
político onde todos os meios de produção pertencem à sociedade, não existe o direito
à propriedade privada e as desigualdades sociais são minoritárias pois este é um
sistema de transição para o comunismo
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 5
Introdução
Este trabalho integra-se na disciplina de História Contemporânea de Portugal e
tem como tema os Movimentos Sociais: Anarquismo, Sindicalismo e Socialismo. Este,
por sua vez, divide-se em três grupos de forma assimilar melhor o que cada
movimento social representou ou continua a representar na nossa sociedade.
O primeiro movimento social abordado foi o Anarquismo que teve origem no
ano de 1850 que se propagou até aos dias de hoje devido aos ideais libertadores que
mantém e sobretudo devido á conjuntura atual que se faz sentir.
O segundo movimento social abordado foi o Sindicalismo têm como objetivo
unir trabalhadores que trabalham em condições precárias. Considera-se que este
movimento teve origem na primeira globalização, mantém-se e vem para ficar.
O terceiro movimento social abordado foi o Socialismo que é um sistema
político onde todos os meios de produção pertencem à sociedade, não existe o direito
à propriedade privada e as desigualdades sociais são minoritárias pois este é um
sistema de transição para o comunismo.
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 6
Anarquismo
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 7
1. Anarquismo
O Anarquismo é um movimento social (corrente do socialismo) que se baseia
na Anarquia. Esta consiste na desordem ou confusão, na falta de chefia ou
direção, poderá mesmo até ser uma sociedade constituída sem governo.
Este movimento em Portugal teve origem no século XIX, mais
precisamente na década de 70, em 1886. Contudo, Eça de Queirós e Antero
de Quental já teriam algumas influências das ideias de Proudhon (considerado
um dos mais influentes teóricos e escritores do anarquismo).
Uma outra figura muito importante no que respeita ao Anarquismo foi
Eduardo Maia que foi considerado fundador da corrente anarquista pós-
proudhoiana. Em 1879 liga-se ao Anarcocomunismo de Kropotkine e declarou-
se publicamente anarquista, escandalizando muita gente.
"Aquele que puser as mãos sobre mim, para me governar, é um usurpador, um
tirano. Eu o declaro meu inimigo!"
Proudhon, 18491
“O anarquismo baseia-se na negação de toda a autoridade constituída e
na abolição da propriedade privada. Todas as riquezas constituíam património
comum e cada um contribuiria para a comunidade na medida das suas
possibilidades, consumindo de acordo com as suas necessidades.
(…) A máquina, já não monopolizada, garantiria ao homem 3 a 4 horas
de trabalho por dia; a autoridade desapareceria uma vez que o crime não tinha
1 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre-Joseph_Proudhon
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 8
espaço para existir; seriam abolidas todas as fronteiras e, deste modo, guerra e
exército não teriam sentido algum; o amor seria verdade e não imposição; os
filhos não constituiriam um problema pois todo o seu desenvolvimento estava
assegurado e, sendo assim, toda a criança era desejada; para todos havia pão,
luz; não havendo Estado, o fisco desapareceria” (Quintas e outros, 1980: 125).2
Este excerto pretende explicar em que consiste o Anarquismo segundo
Quintas e outros autores.
“Suprimida a organização social injusta e extinguindo-se o Estado, suporte
político que a sustenta ou legitima – conforme se trate de sistemas autoritários
ou democráticos –, desaparecerão os motivos para a dominação dos homens
por outros homens, de estados por outros estados.
Terminarão as desigualdades, porque todos terão não só o suficiente
para subsistir, como tempo e recursos para se dedicarem às atividades lúdicas
e do espírito; deixará de haver guerras, pois os estados serão abolidos,
substituídos por organizações comunais que poderão eventualmente federar-se
para atingir desígnios de operacionalidade numa escala um pouco mais vasta
(transportes, redes sanitárias, ensino), por forma a satisfazer as necessidades
e a qualidade de vida dos cidadãos”. (Alves, 2002: 112)3
Este excerto dá ideia do cenário decorrente quando se iniciou o
Anarquismo.
2 Fonte: http://www.cies.iscte.pt/destaques/documents/CIES-WP120_Freitas_001.pdf
3 Fonte: http://www.cies.iscte.pt/destaques/documents/CIES-WP120_Freitas_001.pdf
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 9
O Anarquismo era considerado por muito como o caos na sociedade,
visto que este movimento consistia em acreditar na liberdade como valor
fundamental, rejeitando assim todas as formas de opressão, quer através do
Estado, quer através de formas de pensar e agir.
Este movimento tem com principais fundamentos o anti autoritarismo
(contestação não apenas do domínio do Estado e da “repressão” por parte de
organismos por ele criados tais como as forças de segurança), o anti
capitalismo (que se acentua nos meios de produção), o antimilitarismo (devido
ao exército ser visto como suporte do Estado), o internacionalismo (com a
abolição das fronteiras e o desaparecimento das noções “ultrapassadas” de
Estado, Pátria ou Nação), a ação direta (através da eleição de governantes e
do impulsionar de métodos pragmáticos e imediatos), a autogestão
(terminando com as hierarquias), o anti teologismo e o racionalismo (tendo em
conta a liberdade de consciência e o espírito científico) e a solidariedade ou o
apoio mútuo (enquanto estratégia defensiva dos indivíduos contra o poder
coercivo, político e/ou económico).
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 10
1.1. Evolução do Anarquismo em Portugal
No século XIX, na década de 70, em Portugal começou a existir uma nova
forma de pensar, o Anarquismo Coletivista que consistia em distribuir a
propriedade dos meios de produção pelos trabalhadores através de
pequenas associações ou coletividades.
Posteriormente foi criada a secção portuguesa da Associação
Internacional dos Trabalhadores e constituída, em Lisboa, uma
Fraternidade Operária, assistindo-se ainda à separação orgânica dos
anarquistas logo em 1887.
Em 1896 surge o livro Socialismo Libertário ou Anarchismo que dá início
á geração da Greve Académica de 1907. Em 1910, vários sectores de
trabalho criam associações. Desta forma, continua o desenvolvimento do
movimento sindical operário e surgem uniões sindicais, federações
industriais, e um centro congregador que viria, em 1919, a dar começo à
Confederação Geral do Trabalho. Mais tarde, iniciam-se grandes greves
por parte de quem defendia a emancipação social, principalmente dos mais
jovens. Posteriormente, assistiu-se a um retrocesso na mobilização dos
meios proletários devido á divisão ideológica e política instaurada por
bolchevistas e anarquistas.
Apesar do desânimo sentido, na evolução da democracia nos
últimos anos, talvez devido á crise existente, fez-se (re)surgir grupos
libertários. Está á vista de todos nós, como ainda existem anarquistas,
jovens que partilham todo o tipo de pensamentos, obras, entre outros.
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 11
1.2. Síntese: principais momentos na história do
Anarquismo
Podemos dividir o Movimento Anarquista em cinco grandes períodos:
1º - Decorreu de 1850 a 1870: Proudhon e o Mutualismo
Baseava-se em Proudhon e no Mutualismo;
Proudhon defendia pequenos produtores independentes;
O Anarquismo surgiu em Portugal num plano teórico com ideias de
Rousseau, Saint-Simon e Lamennais;
Limitava-se ao objetivo de denunciar a “escravidão moderna” que
existia em fábricas;
Proudhon começou a influenciar outros pensadores;
Eça de Queirós, Antero de Quental, Oliveira Martins e outros
autores escreveram acerca de si e da sua obra.
2º - Decorreu de 1871 a 1885: A influência de Bakunine
Antero de Quental afirmara que após a Revolução, o Estado
deveria ser abolido e a coletivização da propriedade deveria ser
confiada às associações de trabalhadores;
Início de uma nova fase devido ao anterior episódio;
As ideias de revolta social de Bakunine adquiriram muitos adeptos;
As associações operárias assumiram-se como sindicatos, tendo
como objetivo lutar contra as condições precárias de vida dos
trabalhadores.
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 12
3º - Decorreu de 1886 a 1910: Anarquismo Revolucionário
No início da década de 80, o Anarquismo estava muito difundido
em Portugal;
Fundaram-se os primeiros grupos Anarquistas em 1887, após a
visita de Elisée Reclus a Portugal;
Foi editado o primeiro jornal de propaganda “A Revolução Social” e
publicada a primeira tradução de Kropotkine “A Anarquia na
Evolução Socialista”;
Kropotkine não aceitava a violência e defendia uma evolução global
para a Anarquia;
O Anarquismo ganhou relevo em muitos domínios de nosso país:
educação, arte, sindicatos e na luta politica pela transformação da
sociedade;
Os Anarquistas lutaram também pelo fim da monarquia;
Iniciaram a difusão das suas ideias nas antigas colónias
portuguesas e no Brasil.
4º - Decorreu de 1926 a 1974: Ditadura e Resistência
No decorrer da Implantação da República (1910) os Anarquistas
foram os primeiros a ser perseguidos, presos e deportados para
Timor, no Tarrafal em Cabo Verde;
Contudo, organizaram um atentado contra Salazar em 1939;
Apoiaram a luta do povo espanhol contra Franco;
Com tudo isto, as suas vozes voltam a fazer-se ouvir, desta vez
ligadas à revolta da juventude e a situações que envolviam a
libertação sexual (na década de 60).
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 13
5º - 1974: Crítica do Poder e Ação Direta
Fim da Ditadura (1974);
Regresso à Democracia;
Ressurgimento do Movimento Anarquista, procurando estimular a
intervenção dos cidadãos.
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 14
Sindicalismo
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 15
2. Sindicalismo
Sindicalismo é um movimento social de associação de trabalhadores que
recebem um salário (ou dias no emprego) para a proteção dos seus e dos nossos
interesses enquanto cidadãos.
Também é uma doutrina política segundo a qual os trabalhadores
agrupados em sindicatos devem ter um papel ativo na condução da sociedade.
2.1. Origem do Sindicalismo
Este movimento teve origem no decorrer da Revolução Industrial na Inglaterra,
no século XVIII. Os trabalhadores da Industria Têxtil uniram-se de forma a lutar
pelos seus interesses pois estavam doentes, cansados e desempregados e
procuravam apoio nas Sociedades de Socorro Mutuo (associações de caráter não-
lucrativo, formadas voluntariamente com o objetivo de ajudar os seus membros,
em caso de necessidade, baseado no mutualismo). Estas sociedades tinham
como objetivos assistência à saúde, assistência jurídica, assistência financeira,
assistência ao ensino, assistência ao trabalho, assistência em caso de morte e
assistência em caso de mudança.
Na Revolução Industrial, em que as máquinas tomavam o lugar dos operários
fabris, estes por sua vez eram considerados “mão-de-obra excedente” e assim os
seus empregadores poderiam pagar-lhes o que entendessem. A partir deste
momento surgiram duas novas classes: o capitalista (proprietário dos meios de
produção) e o proletário (proprietário apenas da força do seu trabalho). O
proletário passava assim a ser explorado, tendo de trabalhar até 16horas por dia e
recebia os honorários que o empregador quisesse pagar.
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 16
Foi a partir desta altura que o proletariado se uniu para lutar pelos seus direitos
e assim surgiram os Sindicatos.
No decorrer da Revolução Francesa surgiram ideias liberais que visavam
proibir os Sindicatos, mas estas organizações reergueram-se mais tarde
clandestinamente no século XIX. Em 1871, no Reino Unido e em 1884 em França
foi reconhecida a legalidade dos Sindicatos e de Associações do género.
Nos Estados Unidos o Sindicalismo surgiu em 1827 e em 1886 foi constituída
a Federação Americana do Trabalho.
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 17
2.3. Sindicato
Associação fundada para a defesa comum dos interesses de quem adere. São
representantes de categorias profissionais (educação, arte, entre outros),
conhecidos como sindicatos do trabalho ou dos trabalhadores, e de classes
económicas, conhecidos como sindicatos patronais.
O termo "sindicato" provém do latim syndicus, proveniente por sua vez
do grego sundikós, que designa um advogado, ou o funcionário que auxilia
nos julgamentos. Na Lei Le Chapellier, de julho de 1791, o nome síndico era
utilizado com o objetivo de se referir a pessoas que participavam de organizações
até então consideradas clandestinas.
2.4. Sindicatos pelo Mundo
Há quem considere que os primórdios do Sindicalismo se observaram na
que se considera ser a primeira Globalização, na Era dos Descobrimentos. Mas a
sua origem é muito mais antiga.
No século XIII, apareceram os primeiros sinais da economia pré-capitalista
(precedeu o socialismo e o comunismo), tendo tido mais relevância nos centros
industriais de Florença (Itália), Paris (França), Flandres (França), Boémia (antigo
país da Europa Central) e na Inglaterra, no século XIV. Os sectores em que teve
maior impacto foram o têxtil, o metalúrgico e o minério.
Os Sindicatos destacavam-se por serem um movimento que motivava
multidões por uma causa que lhes era comum. Estes tiveram um forte
desenvolvimento em 1834 e abrangeram a Grã-Bretanha e a Irlanda, atingindo
rapidamente os quinhentos mil associados. Mais tarde a sua atividade foi proibida.
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 18
No ano 1848, no decorrer da Revolução (série de Revoluções na Europa
Central e Oriental que tiveram origem em movimentos autocráticos), Marx e Engels
apelaram ao povo “proletários de todo o Mundo, uni-vos”.
Os Sindicatos criaram o direito à greve. O movimento Sindicalista apareceu
muito ligado ao Socialismo e teve uma crescente influência das correntes
anarquistas.
Surgiram também alguns Sindicatos cristãos e outros ligados à liberdade.
Foi também graças ao trabalho dos Sindicatos que se começou a comemorar o 1º
de Maio em todo o Mundo, este é um feriado que teve origem na luta pelas horas
diárias de trabalho que não eram cumpridas pelos empregadores.
Em 1913 foi criada a Federação Internacional de Sindicatos. Os Sindicatos cristãos
criaram também a sua Organização Internacional (1920).
A II Guerra Mundial e a Revolução Comunista fizeram com que houvesse uma
divisão da Federação Internacional de Sindicatos e por isso, em 1945 surgiu a
Federação Sindical Mundial e, logo a seguir, em 1949 surgiu a Confederação
Internacional de Sindicatos Livres.
Em 1973 surgiu então a Confederação Europeia de Sindicatos (CES).
O Movimento Sindical sofreu algumas alterações com a queda do Muro de
Berlim, a Federação Sindical Mundial desapareceu da Europa e a Confederação
Internacional de Sindicatos Livres fortaleceu-se.
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 19
2.5. Principais momentos do Sindicalismo em Portugal
Início em 1853, fundação do “Centro Promotor de Melhoramento da
Classe Laboriosa”;
Surgem as primeiras greves em 1872 em algumas áreas;
Tendência anarco-sindicalista maioritária no movimento sindical;
1914: Constituída a primeira Confederação da União Operária Nacional.
Posteriormente é alterado o nome para Confederação Geral dos
Trabalhadores;
Com a Constituição de 1933 os Sindicatos existentes passam a ser um
sistema de Sindicalismo Corporativo, com o controlo absoluto do
Estado;
Greve Geral Revolucionária em 18 de Janeiro de 1934, devido ao facto
precedente. Teve como consequência mais repressão da Ditadura;
Até 1969 o Movimento Sindical organizado era inexistente, no entanto
surgem várias greves, convocadas pelo partido Comunista e pelo PCP;
1970: criação da Intersindical devido a Marcelo Caetano que conduziu a
uma estrutura sindical informal que continha cerca de trinta Sindicatos
unidos;
25 de Abril de 1974: Sindicalistas Fascistas expulsos dos Sindicatos e
são eleitos novos dirigentes. PCP aparece como um partido organizado
e torna-se uma tendência do Movimento Sindical;
1 de Maio de 1974: Dia de festa da democracia da liberdade, envolve 1
milhão de pessoas, tornando-se a maior manifestação a nível nacional;
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 20
1975 é ano marcado pela luta pela liberdade sindical. Em Junho deste
mesmo ano realiza-se o 1º Congresso da Intersindical e pronunciam-se
as divisões com correntes minoritárias (Sindicatos dos Bancários do
Norte, dos Ourives, entre outros);
1976: Constituição de um Movimento Autónomo de Intervenção Sindical
que tem como objetivo lutar pela democracia dentro dos próprios
Sindicatos;
1977: Dá-se a rotura, a Intersindical passa a chamar-se Confederação
Geral dos Trabalhadores Portugueses (GCTP).
27 e 28 de Outubro de 1978: É aprovada a Declaração de Princípios e
Estatutos da União Geral de Trabalhadores;
A CGTP filia-se na CES em 1993.
2.6. Objetivos e Valores Sindicais
2.6.1. Objetivos:
Internacionalização;
Homogeneização;
Emancipação.
2.6.2. Valores:
Liberdade;
Democracia;
Solidariedade;
Justiça Social.
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 21
Socialismo
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 22
3. Socialismo
É um sistema político onde todos os meios de produção pertencem à
sociedade, não existe o direito à propriedade privada e as desigualdades
sociais são minoritárias pois este é um sistema de transição para
o comunismo.
Principais figuras do Socialismo: Karl Marx e Engels.
Principal objetivo: Organizar a sociedade rumo à igualdade plena, onde os
trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria.
O socialismo é uma forma de organização social, na qual existe uma
distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de
proporcionar a todos uma vida mais justa e igual. Não é possível saber o ano
exato do início do socialismo ou do comunismo, apenas que ganha força na
Europa, mais precisamente em Paris, após o ano de 1840.
Karl Marx definiu que este sistema visava a queda da Burguesia que
lucrava com o proletariado desde o contrato para trabalhar nas empresas até à
hora de receber a devolução do dinheiro que lhe pagou pelo seu trabalho.
Segundo ele, somente com a queda da burguesia é que seria possível a
ascensão dos trabalhadores.
A parte da sociedade que mais beneficiaria seria a das classes mais
baixas pois teriam tido sempre os mesmos ganhos e despesas. Alguns países,
como, a União Soviética (atual Rússia), China, Cuba e Alemanha adotaram
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 23
estas ideias no século XX. A experiencia socialista mais importante ocorreu
após a Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques liderados por Lenine,
implantaram o socialismo na Rússia.
O socialismo deixou de existir nos países da Europa Oriental.
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 24
Conclusão
Em suma, todos estes movimentos pretendem libertar o povo de alguns erros
cometidos pelo Estado, por empresas empregadoras, patrões que não cumprem com
a regulamentação estabelecida pela lei, entre outros.
Todos estes movimentos têm ideais libertários e a união do povo era
algo fundamental.
Escola Superior de Educação de Santarém
Curso de Educação Social - 1º Ano Diurno
Ana Sofia Louro Vau, n.º 120231008 25
Webgrafia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anarquismo_em_Portugal;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre-Joseph_Proudhon;
http://www.cies.iscte.pt/destaques/documents/CIES-WP120_Freitas_001.pdf;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sindicalismo;
http://www.suapesquisa.com/geografia/socialismo/;