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MPF Jales/SP cria programa para acompanhar gastos federais com festas e eventos na região Prática da PRM Jales foi finalista do Premio Innovare 2009 MPF apura trotes violentos em Fernandópolis/SP

MPF Jales em Revista

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Edição de janeiro, fevereiro e março da revista eletrônica da procuradoria da República no município de Jales/SP.

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MPF Jales/SP cria programa para acompanhar gastos

federais com festas e eventos na região

Prática da PRM Jales foi finalista

do Premio Innovare 2009

MPF apura trotes violentos em

Fernandópolis/SP

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AO LEITOR

Caro Leitor,

É com satisfação que apresento a segunda edição da Revista Digital “MPF em Revista”, publicação da Procuradoria da República no Município de Jales-SP.Buscando otimizar nossa publicação, alteramos a periodicidade da mesma, passando,

a partir desta edição, a ser publicada trimestralmente.É de extrema alegria o sentimento em ver a segunda edição publicada, especialmente

em razão das dificuldades enfrentadas e da necessidade de conciliar a confecção da Revista com a árdua rotina de trabalho.Conforme mencionamos na edição anterior, a presente revista tem a missão de levar

aos procuradores e servidores do Ministério Público Federal, as principais notícias acerca de nossa PRM, servindo de importante ferramenta de integração entre nossa procuradoria e as demais, bem como entre todosos procuradores e servidores.O veículo não se restringe a relatar a atuação do MPF apenas no campo jurídico, mas também aborda aspectos

relacionados à administração, recursos humanos e estatísticos, dentre outros que se insiram na gestão da PRM de Jales-SP.A publicação, com layout moderno e dinâmico, optando pelo formato de revista eletrônico, visando abordar as

notícias de forma ágil, demonstrando tanto o compromisso com o leitor que poderá se informar em pouco espaço de tempo, quanto com o meio ambiente, visto que se trata de publicação virtual, fornecida apenas por meio digital, dispensando o gasto com papel para impressão.Nessa edição, aliás, trazemos mais uma novidade. Além da publicação em formato .PDF, traremos a Revista na

versão 100% digital, sem bastando clicar em um link para a leitura do periódico.Mais uma vez devemos lembrar que esta revista não trouxe qualquer custo para nossa instituição, vez que foi

idealizado, produzido e implementado por ação exclusiva deste Procurador da República e da Zanotto Consultoria em Comunicação, comandada por meu grande amigo, há mais de 15 anos, Thiago Fernando Zanotto.Por derradeiro, vale ressaltar que quaisquer dúvidas, críticas e sugestões acerca da publicação serão muito bem

vindas e poderão ser encaminhadas, diretamente, para este procurador pelo e-mail [email protected].

Um forte abraço e ótima leitura.Thiago Lacerda NobreProcurador da RepúblicaPRM Jales-SP

Rua dos Pinheiros, 1803 Vila Pinheiro - Jales/SP

CEP 15704-070 - Tel: (17) 3624-3111www.prsp.mpf.gov.br/prmjales

[email protected]/mpf_sp_jales

MPF EM REVISTA é uma publicação trimestral da Procuradoria da República no município de Jales/SP

Editoração de Arte e Projeto GráficoThiago Zanotto

Coordenação de Conteúdo Dr. Thiago Lacerda Nobre

FotosStock Photos / Google

Expediente

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MPF pede à Câmara de Jales informações sobre repasses da Petrobras ao município

O Ministério Público Fede-ral em Jales pediu informa-ções à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Petro-bras, instaurada na Câma-ra de Vereadores de Jales, para apurar os repasses de verbas da Petrobras ao Município e a ONGs ou OS-CIPs da região. Ofício foi enviado ao vereador Rive-lino Rodrigues, presidente da CEI, pelo procurador da República Thiago Lacerda Nobre.Segundo resposta da

Câmara Municipal, a CEI estaria em fase de conclu-são dos seus trabalhos e o quanto antes as informa-ções serão prestadas.

O objetivo do MPF é tro-car informações com a Câ-

mara de Jales, visando a instrução de procedimento instaurado pela procura-doria para apurar o as-sunto. O total de repasses da companhia estatal foi da ordem de R$ 500 mil para municípios da região e uma organização social chamada Rede da Cidada-nia. “Vamos fazer a nossa própria avaliação sobre as apurações da CEI para instruir o procedimento do MPF sobre o tema”, disse Nobre.

Objetivo é instruir procedimento do MPF sobre o assunto e verificar eventual utilização indevida de recursos recebidos de diversos órgãos

Jales é uma das cidades da região noroeste do Es-tado beneficiadas por re-passes da Petrobras ao Fundo da Infância e da Adolescência.

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MPF/Jales doa alimentos ao Lar dos Velhinhos de Jales

Mais de 70 Kg de alimentos foram doados ao Lar dos Velhinhos pelo Ministério Público Federal de Ja-les. Dentre o material doado estão arroz, feijão, açu-car e óleo de cozinha.

O material foi arrecadado durante o concurso para a seleção de estagiários do MPF em Jales, mediante doação dos inscritos.Para o procurador da República em Jales, Thiago

Lacerda Nobre, “a quantidade de alimentos arreca-dados foi significativa, mas esperamos que em no-vas oportunidades consigamos aumentar o volume de doações”.

A doação dos alimentos foi espontânea e contou com a colaboração dos inscritos. A seleção deste ano contou, pela primeira vez, com a participação de alunos de outras duas faculdades da região (UNI-FEV de Votuporanga/SP e FUNEC de Santa Fé do Sul/SP), além da UNICASTELO de Fernandópolis/SP, que já possuia convênio com a instituição. “O total de inscritos foi mais do que duas vezes maior do que na seleção anterior”.

“Tinhamos convênio com apenas uma faculdade da região e nesta prova já aceitamos inscrições de mais duas. Para as próximas seleções, a coordenação da PRM está buscando mapear e conveniar todas as faculdades da região, permitindo que todos os alu-nos interessados possam se inscrever e fazer a pro-va”, afirmou Nobre.

O concurso visou recrutar dois estagiários para atu-arem na PRM de Jales a partir de janeiro de 2010 e teve o seu resultado final publicado em dezembro de 2009.

Material foi arrecadado durante a realização do concurso para estagiários de direito da Procuradoria da República

em Jales.

“a quantidade de alimentos arrecadados foi significativa, mas

esperamos que em novas oportunidades consigamos au-

mentar o volume de doações”, diz Nobre

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MPF move ação por crime de responsabilidade contra ex-prefeito de Santa Fé do Sul

Prefeitura fez licitação de R$ 267 mil para reformar três escolas, mas construtoras não existiam e servidores municipais e pedreiros contratados tocaram as obras

O Ministério Público Fede-ral ratificou denúncia do Mi-nistério Público Estadual em Santa Fé do Sul e manteve a acusação de crime de res-ponsabilidade contra o ex-prefeito de Santa Fé do Sul, Itamar Francisco Machado Borges.

Segundo a denúncia, Bor-ges, o ex-secretário de obras e serviços públicos, Francis Mainardi, o ex-chefe da te-souraria municipal, Márcio Romano, e dois comercian-tes locais, Silvio Vicente Mar-ques e Newton José Costa desviaram recursos do Fun-do Nacional de Desenvolvi-mento da Educação, firma-dos por meio do convênio 0776/96.

Um total de R$ 266.910,38 em verbas federais foi repas-sado à cidade para a amplia-ção de três escolas de ensino fundamental nos bairros de São Francisco e Santa Cruz e no centro de Santa Fé do Sul, em 1996. Foram abertas duas licitações (cartas-convi-te) para as obras. A primeira, 032/96, para ampliar as duas primeiras escolas, e a segun-da, 041/96 para ampliar a do

Centro.

As licitações foram venci-das, respectivamente, pelas empresas E.M.C Engenha-ria e Construções, de Mogi Mirim, e TLS Construções e Empreendimentos, de Osasco. Segundo a denún-cia, apesar de as licitações parecerem lícitas, descobriu-se que essas empresas não existiam e que os documen-tos delas eram falsos e que até mesmo as gráficas que constavam como sendo as responsáveis pela impres-são dos documentos fiscais dessas empresas não exis-tiam. “Eram verdadeiras ́ em-presas fantasmas´”, afirma o procurador da República Thiago Lacerda Nobre, atual responsável pelo caso.

A investigação do MP Es-tadual apontou que as am-pliações das escolas foram realizadas por servidores públicos municipais e com matéria-prima do município, com o apoio de pedreiros e pintores autônomos contra-tados pela prefeitura. Enquanto isso, Mainardi emitia laudos de medição das obras, dando às empre-

sas fantasmas o direito de re-ceber os valores construídos. Borges ordenava os paga-mentos aos representantes das empresas e os cheques eram entregues pela tesou-raria municipal, sem que fos-se exigida a identificação de quem estava recebendo o di-nheiro. Os cheques recebiam falsos endossos, enquanto Marques e Costa eram os beneficiários reais dos che-ques emitidos pela prefeitura de Santa Fé do Sul.

MESMA MÁQUINA - A in-vestigação concluiu ainda que as propostas apresenta-das pelas perdedoras do cer-tame foram preenchidas por uma mesma máquina escre-ver, o que descaracteriza o

sigilo que envolve esta etapa da licitação. Na mesma pe-rícia técnica foi constatado ainda que as duas propos-tas que venceram as cartas convites também vieram de uma mesma máquina de es-crever.

A ação penal foi inicialmen-te proposta na Justiça Es-tadual em 2009, que fixou a competência da Justiça Federal no caso, uma vez que havia recursos da União em jogo. O caso foi remeti-do ao MPF em novembro. Ao ratificar a denúncia, em dezembro, Nobre requisitou que novas testemunhas fos-sem chamadas para depor judicialmente. Processo nº 2009.61.24.001864-7

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MPF denuncia 14 pessoas por fraude em importações na cidade de Jales

Mercadorias estrangeiras entravam ilegalmente no país sem pagar os devidos impostos; acusados também responderão por outros crimes

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O Ministério Público Fede-ral em Jales denunciou, em janeiro, 14 pessoas pelo cri-me de descaminho de per-fumes e eletro-eletrônicos responsáveis pelas empre-sas Atelier dos Perfumes e por três lojas da Ótica Celes. Os acusados teriam deixa-do de fazer o pagamento de imposto devido pela entrada de mercadorias estrangei-ras em território nacional, mantendo em depósito e uti-lizando em proveito próprio, mercadoria de procedência estrangeira importada de forma fraudulenta, durante o período de 1º de feverei-ro de 2008 a 3 de julho de 2009.

Foram denunciadas pelo procurador da República Thiago Lacerda Nobre 14 pessoas: Márcio Roberto Xavier Celes, Marco Anto-nio Celes, Marcelo Xavier Celes, Marinete Vieira de Souza, Lucilene Cristina da Silva, Cristiane Irias Mar-ques da Silva, André Luis Sellis Portera, Carla Cristia-ne de Lima Correa, Vando José Karpes, Geraldo Fran-cisco dos Santos, Marcelo Aparecido Almeida dos San-tos, Leandra Aydar Thiede, Magali Celes Semenzin e Wanderleya Perpetua Groto Celes.

De acordo com inquérito policial, as empresas Celes & Cia e Celes Ótica e Relo-joaria são de fato uma úni-ca empresa e, junto com o Atelier dos Perfumes, teriam

centralizado a aquisição das mercadorias estrangeiras que entravam ilegalmente no país em um único depósito. Os três irmãos denunciados que administravam a Celes Ótica e Relojoaria, Márcio Roberto, Marco Antônio e Marcelo Xavier Celes, e a responsável pela empresa Atelier dos Perfumes, Lean-dra Aydar Thied, seriam os mentores da fraude.

Sediada na cidade de Ja-les, a loja Atelier dos Per-fumes atuava no ramo de venda no atacado de per-fumes e era administrada por um dos irmãos, Márcio Roberto, responsável pelo setor administrativo e finan-ceiro da empresa. Segundo relatório, Leandra Aydar e André Luis faziam compras semanais de mercadorias do Paraguai, que eram transportadas por Geraldo Francisco dos Santos.

A empresa realizava a ven-da dos produtos no atacado com a emissão de notas fis-cais de valor inferior ao da transação comercial ou não emitia as notas. Um arquivo encontrado nos computado-res apreendidos nas empre-sas demonstrou o total das vendas realizadas pelo Ate-lier dos Perfumes a partir de janeiro de 2006 até abril de 2008, totalizando a quantia de R$ 5.769.054,48, sendo que o valor total das notas fiscais emitidas resultava em um valor de somente R$ 1.024.623,85.

A prática do crime de des-caminho foi descoberta com a prisão em flagrante de Ge-raldo Francisco e Marcelo Aparecido, em abril de 2008, bem como as de André Luis, Carla Cristiane, Vando José e Geraldo Francisco, ocor-ridas no mesmo mês. Eles foram abordados por poli-ciais com a mercadoria de origem estrangeira sem os devidos documentos que comprovassem a importa-ção legal dos produtos.

OUTROS CRIMES- Na de-núncia, Lucilene Cristina, André Luis, Leandra Aydar, Márcio Roberto, Marco An-tonio e Marcelo Xavier tam-bém são denunciados pela prática de fraude quanto ao prazo de validade dos per-fumes contrabandeados e comercializados pela qua-drilha. Leandra Aydar teria inscrito a Atelier dos Perfu-mes na Associação dos Dis-tribuidores e Importadores de Perfumes e Cosméticos e Similares, o que dava o direito de utilizar o “Selo de Garantia de Procedência” da Associação, visando dar aparência de legalidade aos produtos contrabandeados.

André Luis é denunciado também por obter indevida-mente o seguro desempre-go em prejuízo do Instituto Nacional do Seguro Social, mediante meio fraudulento, já que teve seu registro de trabalho nas empresas da quadrilha cancelado, mas continuava a trabalhar e não

devia receber o benefício. Mediante a fraude, ele tam-bém sacou seu FGTS.

Remunerações pagas aos funcionários também foram parcialmente omitidas por Leandra Aydar, Márcio Ro-berto Xavier, Marco Antonio e Marcelo Xavier no intuito de suprimir ou reduzir a con-tribuição social previdenciá-ria. Os quatro são denuncia-dos por inserir no registro das empresas investigadas declaração falsa visando o enquadramento como mi-croempresa ou empresa de pequeno porte, objetivando obter para elas os benefí-cios do estatuto da micro-empresa e da empresa de pequeno porte.

Também há indícios de que Márcio Roberto e Mar-co Antônio, no período compreendido entre janeiro de 2007 e janeiro de 2008, cobraram juros, comissões ou descontos percentuais, sobre dívidas em dinheiro, superior à taxa permitida por lei, consistente na troca de cheques, cobrando taxas de até 5% ao mês de juro, o que configura o crime de agiotagem.

O grupo ainda utilizava contas correntes em diver-sas agências bancárias da cidade, em nome de inte-grantes da própria quadri-lha, com objetivo de diluir os valores movimentados e assim dificultar que o es-quema fosse descoberto.

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MPF Jales/SP cria programa para acompanhar gastos federais com festas e eventos na regiãoEntre as primeiras iniciativas estão recomendação para municípios da subseção e ofício ao Ministério do

Turismo para saber quanto a pasta repassará à região para festas e eventos em 2010; entre 2007 e 2009 foram R$ 25 milhões

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A Procuradoria da Re-pública no Município de Jales abriu procedimento administrativo instituindo o Programa de Acompanha-mento dos Recursos Fede-rais para Festas e Eventos - PARFFE. O objetivo do programa é acompanhar os repasses de recursos para essas finalidades e garantir a sua correta aplicação, por meio de ampla transparên-cia e fiscalização popular e a observância dos critérios de legalidade, impessoali-dade, moralidade, publici-dade e eficiência previstos na Constituição.

Segundo apurado inicial-mente pelo procurador da República Thiago Lacerda Nobre, responsável pelo caso, o Ministério do Turis-mo repassou aos municí-pios da jurisdição de Jales, para a realização de festas, eventos e obras relaciona-das, R$ 25 milhões entre 2007 e 2009.

Reportagens de O Es-tado de S. Paulo, Correio Braziliense e do Estado de Minas mostram que o mi-nistério tornou-se a meca das emendas individuais de deputados e senadores ao Orçamento da União, superando as pastas da Educação e Saúde. O au-mento do orçamento para festas já chama a atenção da Controladoria-Geral da União. Uma das fraudes é o gasto excessivo na divul-gação do evento. Em um

município de Minas Gerais foi contratada a impressão de 6 mil cartazes, mas a cidade tem menos de 5000 habitantes.O objetivo principal do

programa do MPF em Jales é acompanhar como serão os repasses este ano e garantir que as prefeituras apliquem o dinheiro corre-tamente. Os dois primeiros passos nesse sentido foi o encaminhamento de um ofício ao Ministério do Tu-rismo, pedindo a relação do montante de recursos que a pasta repassará a cada um dos municípios da região no primeiro semes-tre de 2010 e informações sobre os projetos aos quais se destinam.

Aos prefeitos dos 44 mu-nicípios sob sua jurisdição, o MPF em Jales requisitou a relação de todos os recur-sos do Ministério do Turis-mo a serem recebidos em 2010, especialmente para festas, eventos e obras re-lacionadas.

Além da requisição, o MPF fez oito recomenda-ções aos prefeitos:1) Cumpra a lei 9452/97,

que determina que o mu-nicípio beneficiado coma liberação de recursos deve notificar partidos políticos, sindicatos e entidades em-presariais sediadas na ci-dade sobre a liberação do dinheiro;

2) Remeta ao MPF a lis-ta dos recursos que serão recebidos do ministério no primeiro semestre de 2010, assim que possível;

3) Observe a lei de licita-ções sempre que cabível;

4) Instituta controle deta-lhado e rigoroso dos recur-sos e processos de balanço e divulgação sobre os re-cursos arrecadados com os eventos realizados, como comercialização de ingres-sos, locação de publicida-de, etc;

5) Envie ao MPF cópias dos documentos referen-tes aos convênios e dos contratos firmados com os responsáveis pelo evento ou obra;

6) Respeite a legislação eleitoral ao divulgar e reali-zar o evento, evitando favo-recimento ou propaganda irregular de qualquer can-didato;

7) É vedado ao município que receber verbas a utili-

zação de nomes que pos-sam caracterizar a promo-ção pessoal de autoridades ou de servidores públicos;

8) Observe estritamente as portarias do Ministério do Turismo sobre a aplica-ção dos recursos, que dis-ciplinam a aplicação dos recursos apresentados à pasta.

Na segunda fase do progra-ma, com a vinda das informa-ções requisitadas, haverá o cruzamento de dados e aná-lise detalhada do material. “Caso algum indício de irregu-laridade seja detectado, deter-minaremos a instauração de procedimento específico no âmbito da procuradoria, bem como de inquérito policial, se o fato também demonstrar possível prática de crime”, ressaltou Nobre.

“O elevado volume de recursos

transferidos para a região aliada a

constantes denúncias de

malversação dos mesmos impõe ao

MPF o dever deatuar

preventivamente”.

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O Ministério Público Federal em Jales ajuizou três ações civis públicas por improbidade admi-nistrativa e ofereceu três denúncias por crime de responsabilidade contra ex-prefeitos dos municí-pios de Auriflama, Ouro-este e Estrela D’Oeste, Pedro Matarézio, Edval-do Fraga da Silva e Pe-

dro Itiro Koyanagi, res-pectivamente. Também foram demandados pelo MPF na ação de Estre-la D´Oeste o tesoureiro municipal José Jorge dos Santos e o assessor de planejamento José Afonso Costa.

Prefeito de Auriflama no período de 2001 a 2004,

Pedro Matarézio é sus-peito de deixar de pres-tar contas de recursos federais no valor de R$ 30.733,00 destinados à execução de serviços assistenciais do Progra-ma de Apoio à Crian-ça Carente em Creche (PAC) e do Apoio à Pes-soa Portadora de Defici-ências (PPD).

O ex-prefeito de Ouro-este, Edvaldo Fraga da Silva, que esteve no car-go no período de 2001 a 2004, também é acusa-do de não prestar contar dos R$ 50.000,00 origi-nários do Fundo de As-sistência Social (FNAS), da União, para a execu-ção do Programa Agen-te Jovem.

Em Estrela D’Oeste, o ex-prefeito Pedro Itiro Koyanagi, o tesoureiro José Jorge dos Santos e o assessor José Afonso Costa, de acordo com relatório de fiscalização da Secretaria Federal de Controle Interno, órgão pertencente à Contro-ladoria Geral da União (CGU), teriam adquirido produtos de empresas que não venceram a lici-tação no programa Brasil Escolarizado, de apoio à alimentação escolar na educação básica.

Os três também esta-riam envolvidos na má

utilização de um repasse feito em 2004 pelo Go-verno Federal, no valor de R$ 12.945,31, para o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Es-colar (PNATE), destina-do à aplicação exclusiva no transporte escolar de alunos da zona rural. Se-gundo o relatório da Se-cretaria Federal de Con-trole Interno, a verba foi utilizada em transportes diversos e não apenas no transporte escolar dos alunos, conforme convênio firmado.

Em outra acusação que envolve o ex-pre-feito de Estrela D´Oeste Pedro Itiro Koyanagi, o tesoureiro José Jorge dos Santos, a contadora Vera Lúcia Ximenes Co-lete e a engenheira civil Rita de Cássia Miotto Parminondi, foi constata-do um pagamento supe-rior à executora da obra de pavimentação asfálti-ca, que pertence à ação de ‘’Implantação, Am-pliação ou Melhoria de Obras de Infra-estrutura Urbana’’, do Governo Federal, e está sob res-ponsabilidade do Minis-tério das Cidades. Nas medições apresentadas pela prefeitura, haveria uma área de 1.987,18 m² a mais de pavimenta-ção asfáltica, o que não corresponde com o local das obras.

MPF Jales move ações de improbidade e por crime de responsabilidade contra três ex-prefeitos

Ex-prefeitos de Auriflama, Ouroeste e Estrela D´Oeste não prestaram contas ou utilizaram incorretamente recursos

de programas federais

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CONDENAÇÕES

Homem que roubou Correios em Indiaporã/SP é condenado

Gilberto Pereira Jacobino foi preso em flagrante escondido em um banheiro

na praça matriz da cidadeO juiz Jatir Pietroforte

Lopes Vargas, da 1ª Vara Federal de Jales/SP, con-denou Gilberto Pereira Jacobino a 5 anos e 4 me-ses de prisão pelo roubo a mão armada da quantia de R$ 2.470,00 da agência dos Correios na cidade de Indiaporã, no noroeste do Estado de São Paulo, em 1º de julho de 2009.

Dois são condenados por contrabando de remédios em Jales

Dupla trouxe do Paraguai 48 mil comprimidos de remédios, parte deles sem registro no Brasil; um deles já havia sido

condenado em Tocantins

O juiz substituto Leandro André Tamura, da 1ª Vara Federal de Jales conde-nou o comerciante Antonio Ivanilton Cruz a 11 anos e 6 meses reclusão e o ven-dedor ambulante Cristiano Pereira de Sousa 10 anos de prisão por contrabando

de medicamentos sem re-gistro no Brasil. Os condenados foram pre-

sos em maio de 2009, na cidade de Vitória Brasil/SP, com 48 mil comprimidos de diversos remédios. Os dois permanecem presos desde a época dos fatos.

A Justiça Federal condenou Victor Apoena Rodrigues de Souza a 12 anos e 1 mês de prisão e 13 dias-multa e seu comparsa, Renato dos San-tos Dias a 10 anos e 6 meses e 11 dias-multa por importa-rem 3.500 comprimidos de medicamentos sem registro na cidade de Pereira Barre-to/SP.A prisão ocorreu em maio de 2009 e os dois permanecem reclusos até o momento.

Justiça em Jales condena mais dois por contrabando de remédios

Dupla foi abordada por policias federais com grande quantidade de medicamentos

provenientes do Paraguai

Foi lançado em 02/03, na Livraria FNAC da Avenida Paulista o Livro “Moti-vação - Os Desafios da Gestão de Recursos Hu-manos na Atualidade”.

A autora, que é mestre e doutoranda em Psi-

cologia pela PUC/SP, trata em sua obra da motivação no ambiente de traba-lho, refletindo sobre as relações interpes-soais e os desafios enfrentados no cotidia-no laboral.

Dica de leitura

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O Ministério Público Fe-deral em Jales instaurou um procedimento admi-nistrativo para averiguar os prejuízos que as plan-tações de cana-de-açúcar podem causar a preserva-ção de fósseis paleontoló-gicos localizados na região de General Salgado.

O procurador da Repúbli-ca Thiago Lacerda Nobre encaminhou ao presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-nal (Iphan), Luíz Fernando de Almeida, um ofício em que pede que o instituto compareça a região dos sítios arqueológicos provi-dencie um laudo da situa-ção visando adotar medi-das de preservação.Os municípios de Ge-

neral Salgado, São João de Iracema e Auriflama abrigam seis sítios arque-ológicos, reconhecidos pelo Iphan, que segundo estudos preliminares pos-suiriam fósseis com mais de 90 milhões de anos. O MPF requisitou aos três municípios que informem a atual situação dos sí-tios arqueológicos e as medidas adotadas para a preservação. O reconhe-

cimento do Iphan abre ca-minho para os municípios captarem recursos, mas não garante a preservação das áreas.

Os sítios arqueológicos estariam ameaçados pela expansão do cultivo de cana-de-açúcar, uma vez que estaria havendo gra-deamento do solo e tráfego intenso de caminhões.

A recente descoberta de uma ossada de dinossauro em um sítio paleontológico do município de Auriflama, próximo à General Salga-

MPF-Jales apura danos a sítios arqueológicos na região noroeste do Estado

Procurador da República enviou ofício ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e cobra atuação das prefeituras

do, reforçou a importância da preservação da região para pesquisas.

O MPF de Jales também cobrou atuação do IPHAN na preservação de outro sítio arqueológico, em Ou-roeste/SP, onde já foram encontrados esqueletos humanos de mais de 1600 anos.

O procurador da Repú-blica visitou o local e pode constatar a aparente situa-ção de risco do sítio arque-ológico e do museu que abriga material já retirado

do local.

“Pudemos verificar forte cheiro de mofo e infiltra-ções nas paredes. Tal si-tuação, certamente, coloca em risco um patrimônio tão rico de nossa história e que se não for cuidado, pode desaparecer”, ressaltou Nobre.

O MPF também cobrou uma atuação da empresa concessionária de energia elétrica AES Tietê, respon-sável pela construção do museu em razão de um TAC firmado em 2001.

Imagem: diarioweb.com.br

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MPF apura trotes violentos em Fernandópolis/SPÓrgão enviou ofício à Unicastelo, onde alunos envolvidos

em agressão estudam; Em 2009, MPF já havia recomendado que faculdades tomassem providencias contra trotes

O Ministério Público Fe-deral em Jales enviou ofí-cio à Universidade Camilo Castelo Branco (Unicaste-lo), em Fernandópolis/SP, para apurar eventual res-ponsabilidade da institui-ção na agressão sofrida por aluno da Unicastelo em 01/02/2010, quando um estudante supostamente foi obrigado a ingerir álcool combustível. No documento são feitos os seguintes pe-didos:a) Quais as medidas ado-

tadas por esta instituição para apurar a autoria do ocorrido e se tais medidas já obtiveram resultados;b) Se a instituição de en-

sino prestou e vem pres-tando assistência ao(s) estudante(s) lesionado(s);c) Em caso afirmativo ao

questionamento anterior, informar detalhadamente quais medidas assistenciais vem sendo prestadas ao(s) estudante(s);d) Quais as medidas ado-

tadas por esta instituição no sentido de evitar novas ações no mesmo sentido;e) Como é realizada a se-

gurança dos alunos no inte-rior e no entorno dos campi, e qual o efetivo de funcio-nários envolvidos nessa função; ef) Trazer ao conhecimen-

to do Ministério Público Federal as informações e documentos que entenda pertinentes à instrução do presente procedimento in-vestigatório.

Em setembro de 2009, o MPF já havia recomendado que todas as universidades do estado de São Paulo promovessem as medidas de segurança necessárias para coibir a prática do trote violento, humilhante, vexa-tório ou constrangedor aos calouros.O procurador da Repúbli-

ca Thiago Lacerda Nobre, responsável pelo procedi-mento, também enviou ofí-cio à Delegacia Seccional

de Fernandópolis em que pede informações sobre as providências adotadas, no âmbito policial, para apura-ção do que aconteceu com o estudante.

No documento, o procu-rador pede que a polícia remeta à Procuradoria da República em Jales cópia integral dos procedimentos e de documentos que pos-sam auxiliar o procedimen-to investigativo do MPF.

“É importante investigar esse episódio infeliz, em es-pecial porque desde o ano passado o MPF já havia recomendado que universi-dades e faculdades, dentre

elas a de Fernandópolis, to-massem providências para que fatos como esse não acontecessem novamente” ressaltou Nobre.

O procurador espera a conclusão das investiga-ções na esfera policial e ad-ministrativa da universidade para tratar, conclusivamen-te, o caso.“Podemos caminhar no

sentido de um Compro-misso de Ajustamento de Conduta com a instituição de ensino, nos moldes do que fizemos em Santa Fé do Sul ou até mesmo, se for o caso, ingressar com uma ação judicial”, concluiu o procurador.

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Prática da PRM Jales foi finalista do Premio Innovare 2009

Projeto que foi desenvolvido em parceria com a Fundação de Educação e Cultura de Santa Fé do Sul e visa acabar com trotes violentos nas universidades

O projeto desenvolvi-do junto à Fundação de Educação e Cultura – FUNEC, em Santa Fé do Sul/SP, que resultou na assinatura de um TAC com a instituição onde esta se comprometeu a adotar uma série de me-didas para acabar com o trote estudantil violento e abusivo, foi seleciona-da dentre os finalistas do Prêmio Innovare de 2009.

O prêmio Innovare, orga-nizado pelo Ministério da Justiça em parceria com as Organizações Globo

é apoiado por diversas entidades de grande res-paldo nacional, inclusive a Associação Nacional dos Procuradores da Re-pública- ANPR, e oferece prêmio à principal prática escolhida.

O projeto, inscrito com o título “A erradicação da prática de ‘trotes’ violen-tos ou abusivos das uni-versidades brasileiras” foi selecionada entre as finalistas da categoria Mi-nistério Público e consta, atualmente, do banco de dados do Instituto Inno-vare.

Editado Normativo para disciplinar o atendimento ao público na PRM Jales

O aumento nos atendimen-tos ao público no âmbito da procuradoria e a ausência de normas detalhadas sobre o tema motivaram o procu-rador da República, Thia-go Lacerda Nobre, a editar norma interna para facilitar a atuação dos servidores e otimizar a prestação do ser-viço a todos que procuram atendimento no MPF de Ja-les.“Após consulta dos servido-

res da unidade, buscando sugestões para o conteúdo, foi editado normativo que buscou contemplar as prin-cipais dúvidas verificadas no cotidiano de atendimen-to, dando maior tranquilida-de para os servidores, sis-tematizando as rotinas de procedimento e diminuindo as queixas de todos que vi-sitam a procuradoria, sobre-tudo advogados”, esclarece Nobre.

O normativo comtempla questões diversas tais como a necessidade de identifica-ção para a entrada de visi-tantes na unidade, quais pro-cedimentos são passíveis de vistas por interessados e as providências necessárias para a obtenção de cópias de inquéritos e procedimen-tos.

A ordem de serviço não afasta a aplicação de outras

normas de vigência conjun-ta em todo Estado, servindo como meio agregador entre as orientações da instituição e a realidade local.

Os casos não previstos na norma continuam a ser trata-dos da mesma forma como do período anterior à edi-ção, devendo ser submetida a questão ao Procurador da República responsável pela unidade.

Ordem de Serviço está em vigor desde 01 de fevereiro e visa otimizar o atendimento aos advogados e ao público em geral

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Após gestões da PRM Jales, prefeitura local oferece terreno para

futura construção de nova sedeProcurador e servidores selecionaram diversos terrenos na cidade

e demonstraram aos representantes do executivo, legislativo e sociedade civil a importância da doação

Em razão da precariedade das atuais instalações da PRM Jales somada à dificul-dade para encontrar imóveis com condições razoáveis para locação, o Procurador da República e a Coordena-ção da PRM traçaram como estratégia a busca por um terreno que fosse adequado para a construção de uma nova sede.

Após meses de seleção, foi identificada área ade-quada para o pleito no MPF local e, após diversas tra-tativas da equipe da PRM Jales com representantes do Poder Executivo, Legis-lativo e da Sociedade Civil, foi oferecido terreno na área central do município.

“Ficamos muito satisfeitos que toda essa luta tenha dado resultado, que a so-ciedade e os poderes locais tenham sido sensibilizados da necessidade de terem o MPF e a Justiça Federal instalados adequadamente na região”, festejou o procu-rador da República Thiago Lacerda Nobre.Embora a área já tenha

sido oferecida formalmente para o MPF, tendo, inclusi-ve, recebido parecer favorá-vel do setor técnico da PR/SP, a doação, para se con-cretizar, ainda carece de au-torização formal da Câmara de Vereadores local.

“Estamos aguardando a posição do Tribunal Regio-nal Federal sobre o recebi-mento da área ao lado da que será entregue ao MPF para que a Câmara de Ve-readores possa selar a do-ação. Embora sejam órgãos independentes a municipa-lidade pretende formalizar a doação da área para am-bas as instituições em um mesmo contexto”, explicou Nobre.

A busca de uma área para a construção de prédio próprio não foi a única al-ternativa vislumbrada pela equipe da PRM Jales para melhorar suas condições de trabalho, visto que em cerca de 45 dias deve estar finali-zado imóvel que está sendo construído por particular e que está em processo de locação.

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PRM Jales publica levantamento preliminar de sua atuação em 2009

Estatísticas de 2009 revelam significativa otimização no trâmite de processos e procedimentos.

Em fevereiro de 2010 a Procuradoria da República em Jales/SP concluiu o levantamento preliminar de sua produção no ano anterior. Foram obtidos dados acerca do trâmite dos pro-cessos judiciais, procedimentos administrativos e inquéritos policiais que passaram pela unidade do MPF.

O levantamento tem como objetivos principais garantir maior transparência à atuação do MPF e permitir o aprimoramento no exercício de nossas atividades.

Os dados preliminares já são bastante significativos, de-monstrando, dentre outros aspectos que a PRM Jales, em-bora seja a que possui o menor efetivo de servidores dentre todas no Estado de São Paulo, foi a segunda em movimenta-ção processual dentre as 12 PRMs do 3º Grupo (aquelas que oficiam em 1 ou duas varas federais), movimentando cerca de 4 mil processos no ano de 2009.

O quadro abaixo demonstra um breve panorama de nossa atuação em 2009.

MANIFESTAÇÕES CRIMINAIS 2009

Requisição de Inquéritos Policiais129Denúncias89Arquivamentos390Alegações Finais51Razões de Recursos Criminais4Contrarrazões de Recursos Criminais9

Ações Civis Públicas406Ações de Improbidade Administrativa4Aditamentos à petição inicial245Pareceres Individuais27Pareceres200Recursos Diversos25

MANIFESTAÇÕES CÍVEIS 2009

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