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¦"-,....-,., :-.'¦'.- msM y- •Sr te m , y/y <yy &c* £^é>&'-?i^&C> Ama» B ASSIGNATÜfAS PAKA O INTERIÓUEHXTEHIOR Semestre - - - ^(>,)0 Os Srs. Agentes do Cor- rciode todas as localidades aceitam assignaturas. escriptorio RUA DA CARIOCA # 2." andar. -Brazil Rio de Janeiro a SN* ~ \Urii ir» ¦~—™^—" —«—¦I i [¦¦¦¦«¦——i«mm lV » KEtfOUMÀDOU Rogamos ás pessoas que desejarem assignar o Reformador, queiram uti- lisar-se do direito que lhes confere o Regulamento dos Correios do Império, approvado pelo Decreto n. 3443, re- mettendo aos Srs. Agentes apenas o nome, residência e (58200, sem outra despeza, nem incominodo para o As- signante, ém vista do Art. 114 das Instrucçõos daquelle Regulamento. « Ar t. 114. Se r v i rão os Age ntes de intermediários para a assignatura de periódicos, cpratàntç£ que lhes seja adiantamente paga a importância das assignaturas em dinheiro, de que de- yém passar recibo, e a commissão de 2 °/o em sellos aue elles devem pôr no omcioemque, com declaração do valor fizerem remessa desse dinheiro ás res- pectivas Administrações ou ás com que estiverem em relação directa, para que assumem os periódicos ou transmitam a importância das assignaturas a quaesquer outras em cujas cidades elles se publiquem. Os recibos das typographias serão passados aos Agentes. As Administrações tomarão nota do numero de assignaturas per- tencentes a cada Agencia, para fisca- lisarera a pontual expedição dos peno- dicos. » -^__.-/' m$ 1M1F IHY Sr Proferido pelo Sr. Dr. Ewerton Qua- dros na sessão magna da União Spi- rítano Brazil, commemôrativa ao 14° anniversario do passamento de Allan- Kardec, realisada na Escola Municí- pai de S. José, em 31 de Março do corrente anno. Minhas Senhoras, meus Senhores 1 É1 vencendo o meu acanhamento e esperando tudo de vossa benevoleucia que, sem pensar nos fracos recursos de que disponho, aceitei o encargo de di- rigir-vos a palavra deste lugar. O QUARTO DA AVO' ou A lelieiíBadtó na funnilia I»OIl Mdle. MONNIOT OrdenO;Vos <l»c vos ameis íuuluauiuntu. (Evano. S. Joio, XV, 12). TRADUZIDO POR H. G. II A CUEOADA (Continuarão) Fannv notou esta sorpresa e sentio-se humilhada e para vingar-se do acanha- mento que sentia, não fallou mais com Elisa e nem mesmo a olhou. Além disso o jantar foi geralmente si- lencioso. Todos pareciam constrangidos. A mulher do Sr. Adolpho, pordeliea- deza fazia sobre si alguns esforços; Mathilde imitava sua mãe. Fannv estava amuada; Carlos cabia de sornno "sobre seu prato, foi-se obrigado a levar Pedrinho que adormecera de novo. Li i- Tua mãe vcl-o-ha amanhã, querida iiêii Senhores I —- Quando, com animo desprevenido, procuramos estudar a laboriosa marcha da humanidade atra- véz dos séculos, é impossível que não nos acuda á meníe a idéa da existem cia de uma força superior, presidindo á ordem e á harmonia universal, dis- tribuindo a justiça e conduzindo o homem ao seu alto destino. |" De espaço a espaço veemos surgir no seio das sociedades vultos eminen- tes, naturezas escolhidas, missiomirios adiantados que, segundo as condições do meio em<i,(jue apparecerri, vem tra- zér-lhes a luz, o alimento indispensa- vel para o seu progresso. São estrellas de "primeira grandeza que se levantam no fi rmamento, dispersando as trevas nelle amontoadas pelas paixões ter- renas. Mas, áhl por mais esplendente que seja a luz, por mais subidos e justos que sejam os ensinos que tragam a seus irmãos, veremos sempre a inveja, o orgulho, o espirito de quietismo e o medo ao desconhecido formarem uma alliança formidável para pôr tropeços ao cumprimento de suas missões. Embalde protestam a razão e a con- sciencia; e em vão a historia aponta o.s erros do passa-lo-,seguidos de seu-cov- tejo de funestas conseqüências, a luta reproduz-se sempre a mesma, sempre envenenada pelo ódio e o despeito. Porém, assim como a resistência do meio em que descrevem suas long-as orbitas, força os astros errantes a se approximarem do centro de attracção; assim a opposição que, encontram, conduz o pensamento dos missionários á fonte de saber e de justiça, donde lhes vem a força de que precisam para o triumpho da santa causa que defendem. Com muito acerto, Senhores, disse O Sr. Valbrum, descontente com a atti- tudo de sua mulher e filhos soffria vizivel- mente. Fliza estava triste. a boa avo, conservando sua doce sere- nidade, continuava a prodigalizar a todos boas palavras e ternas attenções. Ella veio em seu auxilio dando-lhes uma desculpa e em meios plausíveis para abre- viarem o serão. Estaes todos fatigados, disse ella a sua nora, levantando-se clarneza; peço-vos pois com instância que vos retireis é vos aco- modeis immediatamente. Pois que tanho a felicidade de hospe- dar-vos, ver-nos-hemos e conversaremos á vontade. Não penseis agora senão em des- cançar, queridos filhos. Depois de algumas polidas objecções da mulher de Adolpho e Mathilde,decidio-se a irhmèdiata retirada. Porém, com verdadeiro pezar esperava Eliza. A Sra. A., mulher de Adolpho, sabendo que o quarto de suas iilhas era em cima, mostrou-se pouco satisfeita : então a Sra. Valbrum oílereceu ás duas irmãs o quarto destinado a Raul e Arthur. A Sra. A. e Mathilde aceitaram com éf- fusão. Fanny, olhando para sua prima, disse : K'pena, nosso quarto em cima é tão m&fffílOSI&Tà . PUBLICAÇÕES o NAS SKCOÕKS I.IVIUOS Por linha . . $100 As assignaturas do Rr- FORMADOR terminam em Jü- nho e Dezembro. ESCRIPTOlfIO RUA DA CARIOCA 120 2.» andar. Schopenhauer : « Não ha erros privi- legiados. » O homem recebeu doCreador o dom de pensar, e Dçus nada fez de inútil. Submettei á vossa razão todas as tueorias, todas as idéas que tem curso em vosso tempo; qualquer que seja o prestigio do nome que as patrocine, qualquer que seja o poder da classe que as sustente; e se vossa razão re- pellil-as, combatei-as com moderação e prudência, combatei-as com a vossa convicção, e é nesse combate digno de nós que podereis receber ou dar a luz, concorrendo assim para o vosso e o progresso da humanidade. Negar os sólidos triumphos das sciencias positivas em nossos tempos é um acto de loucura inqualificável, é calcar aos pés os saborosos fruetos co- lindos após tantos séculos de aturado labor. Para qualquer parte que volvamos os olhos, vemos a picareta da sciencia roteando os campos do saber humano, no qual profusamente são derramadas as sementes da verdade. Vemos a Physica chegar, pela ana- lyse, a reconhecer a unidade do agente que produz o calor, a luz, o som, o mívg-n-c^^^o-e-a electricidade; a Chi- mica lançar por terra a barreira que estudos incompletos tinham levantado entre as substancias, ditas orgânicas e inorgânicas ; a Astronomia prender todos os movimentos variados que se dão no universo á uma causa única : a gravitação universal; a Paleontologia penetrar nas mais profundas camadas da crosta terrena, para descortinar os segredos da vida dos seres maravilho- sos qua nos precederam neste planeta; a Medecina, dobrada sobre o leito do enfermo, buscar e encontrar meios de debellar o soffrimento physico, de dar filha, respondeu a Sra. Valbrum e para vpltareis se isso lhe convier; por emnuanto ficai junto a ella, pois que assim o deseja. A Sra. Valbrum voltara ao seu quarto. Ella tinha supplícado ao senhor, em ardente prece, que abençoasse os amados hospedes, que sob seu tecto abrigava : de- pois tinha-se deitado abatida pelo cansaço e com moções. Eliza, segundo seu costume, antes de deitar-se também, veio dar um ultimo beijo em sua avó e assegurar-se de que para nada esta mio querida precisaria mais delia. Depois de ter beijado a Sra. Valbrum, a moça ficou com a cabeça pensativa, recos- tadâna cama, tendo, para apoiar-se, ajoe- lliado sobre um banquinho que alli se achava. Ella tinha muito que dizer, porem, fal- tava-lhe coragem para começar. A Sra. Valbrum acariciou alguns instan- tes em silencio, os cabellos castanhos e se- dozos de sua neta. ²Então, perguntou ella, ternamente; então, minha Eliza, como achas tuas pri- mas ? Eliza ergueu lentamente a cabeça, olhou para sua avó sem responder; depois, abai- xãndo-sé de novo, cobrio de beijos a mão de sua avó. ²Mãe, murmurou ella, de agora em diante acreditar-vos-hei sempre. ²Soffreste algumas decepções, minha allivio á tanta dor; e o Legista procu- rar banir dos Códigos que regulam a vida das sociedades, os exertos de um passado caduco, creando leis mais conformes com as luzes do nosso se- culo. Tudo isto é grande, tudo maravi- lhoso I Deslumbrado, porém, pela magnifi- cencia de tanta grandeza, fascinado pela embriaguez do triumpho, o ho- mem suppõe ter achado a ultima pa- lavra do enigma da creação e, novo Pigmalião, extasia-se diante da pro- pria obra, acreditando que além do que lhe fornecem os sentidos nada mais pôde existir. A matéria se torna seu elemeiuo único, a matéria seu Deus. E' neste ponto que se levanta o es- piritualismo moderno, tendo em uma das mãos os Evangelhos de Jesus, e na outra os instrumentos deanalyse das sciencias positivas. Sim, diz elle ao Chimico, fizeste muito, mas esse muito é ainda bem pouco, em comparação do que vos resta a fazer. sabeis reunir os elementos para, em vossos laboratórios preparardes as substancias- wgaróeas-; -segai-trea;.:!-- nho que vos mostra W. Crooks e che- gareis a, modificando o fluido univer- sal, transformar uns nos outros o que chamais corpos simples, e encontra- reis a unidade na matéria. E' grande o vosso trabalho, diz elle ao Astrônomo, mas resta-vos ainda es- tudar e conhecer a natureza intima da força que prende em um systema, os milhões e milhões de mundos que, a distancias inconcebíveis, com velo- cidade vertiginosa percorrem os planos do infinito. Ganhaste muito, diz ao Medico, mas querida filha : e isso era fácil de prever. Porém, como prometteste escutar-me sem- pre daqui em diante, attende-me agora e tem confiança. Nada está ainda perdido. E' verdade que Mathilde causou-te pezar com seus modospios e cerimoniosos; Fanny mostrou-se caprichosa e desengraçada: tua tia mesmo não testemunhou-te a ternura quasi materna que esperavas, recebendo como irmãs silas filhas. Eliza, deixando conrer as lagrimas que não podia reter exclamou : ²Oh ! mãe, ellas aborrecem-se com- nosco; são infelizes por virem a Bar! Não é isto doloroso?... ²Vês, filha, como deves prevenir-te contra as tuas impressões demasiado preci- pitadas. Depois de te teres emballaao em illusões, eis-te descoroçoada, quando é mesmo materialmente imp*ossivel que tuas primas saibam, desde já, se se aborrecerão com nosco ou não. ²Mas ellas julgam que se aborrecerão, estou certa disso. Além de que Fanny o diz e Mathilde o pensa, sem duvida. ²Espera», pois, deixal-as enfastiar-se, querida filha? ²Oh ! mãe, como poderei eu impedil-o? ²Quando conheceres seus gostos, suas inclinações, seus caracteres, saberás ajudar- me no encargo que quero tomar de tornai- as felizes aqui. (.Continua).

msM y- &'-?i^&C> •Sr Kardec/Periodicos...esperando tudo de vossa benevoleucia que, sem pensar nos fracos recursos de que disponho, aceitei o encargo de di-rigir-vos

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¦"-,....-,., :-.'¦'.- msM y-

•Sr te

m

, y/y<yy&c* £^é>&'-?i^&C>

Ama» B

ASSIGNATÜfASPAKA O INTERIÓUEHXTEHIOR

Semestre - - - ^(>,)0

Os Srs. Agentes do Cor-rciode todas as localidadesaceitam assignaturas.

escriptorioRUA DA CARIOCA #

2." andar.

-Brazil — Rio de Janeiro — a SN* ~ \Urii — ir»¦~—™^—" —«—¦ I i [¦¦¦¦«¦——i«mm

lV »

KEtfOUMÀDOU

Rogamos ás pessoas que desejarem

assignar o Reformador, queiram uti-

lisar-se do direito que lhes confere o

Regulamento dos Correios do Império,

approvado pelo Decreto n. 3443, re-

mettendo aos Srs. Agentes apenas o

nome, residência e (58200, sem outra

despeza, nem incominodo para o As-

signante, ém vista do Art. 114 das

Instrucçõos daquelle Regulamento.

« Ar t. 114. Se r v i rão os Age ntes deintermediários para a assignatura de

periódicos, cpratàntç£ que lhes sejaadiantamente paga a importância dasassignaturas em dinheiro, de que de-yém passar recibo, e a commissão de2 °/o em sellos aue elles devem pôr noomcioemque, com declaração do valorfizerem remessa desse dinheiro ás res-

pectivas Administrações ou ás com queestiverem em relação directa, para queassumem os periódicos ou transmitama importância das assignaturas a

quaesquer outras em cujas cidadeselles se publiquem. Os recibos dastypographias serão passados aosAgentes. As Administrações tomarãonota do numero de assignaturas per-tencentes a cada Agencia, para fisca-lisarera a pontual expedição dos peno-dicos. »

-^__.-/' m$1M1FIHY SrProferido pelo Sr. Dr. Ewerton Qua-

dros na sessão magna da União Spi-

rítano Brazil, commemôrativa ao 14°

anniversario do passamento de Allan-

Kardec, realisada na Escola Municí-

pai de S. José, em 31 de Março do

corrente anno.

Minhas Senhoras, meus Senhores 1

— É1 vencendo o meu acanhamento e

esperando tudo de vossa benevoleucia

que, sem pensar nos fracos recursos de

que disponho, aceitei o encargo de di-

rigir-vos a palavra deste lugar.

O QUARTO DA AVO'ou

A lelieiíBadtó na funniliaI»OIl

Mdle. MONNIOT

OrdenO;Vos <l»c vos ameisíuuluauiuntu.

(Evano. S. Joio, XV, 12).

TRADUZIDO POR H. G.

IIA CUEOADA

(Continuarão)

Fannv notou esta sorpresa e sentio-sehumilhada e para vingar-se do acanha-mento que sentia, não fallou mais comElisa e nem mesmo a olhou.

Além disso o jantar foi geralmente si-lencioso.

Todos pareciam constrangidos.A mulher do Sr. Adolpho, só pordeliea-

deza fazia sobre si alguns esforços; Mathildeimitava sua mãe.

Fannv estava amuada; Carlos cabia desornno

"sobre seu prato, foi-se obrigado alevar Pedrinho que adormecera de novo.

Li i-— Tua mãe vcl-o-ha amanhã, querida

iiêiiSenhores I —- Quando, com animo

desprevenido, procuramos estudar alaboriosa marcha da humanidade atra-véz dos séculos, é impossível que nãonos acuda á meníe a idéa da existemcia de uma força superior, presidindoá ordem e á harmonia universal, dis-tribuindo a justiça e conduzindo ohomem ao seu alto destino.

|" De espaço a espaço veemos surgirno seio das sociedades vultos eminen-tes, naturezas escolhidas, missiomiriosadiantados que, segundo as condiçõesdo meio em<i,(jue apparecerri, vem tra-zér-lhes a luz, o alimento indispensa-vel para o seu progresso. São estrellasde "primeira

grandeza que se levantamno fi rmamento, dispersando as trevasnelle amontoadas pelas paixões ter-renas.

Mas, áhl por mais esplendente queseja a luz, por mais subidos e justosque sejam os ensinos que tragam aseus irmãos, veremos sempre a inveja,o orgulho, o espirito de quietismo e omedo ao desconhecido formarem umaalliança formidável para pôr tropeçosao cumprimento de suas missões.

Embalde protestam a razão e a con-sciencia; e em vão a historia aponta o.serros do passa-lo-,seguidos de seu-cov-tejo de funestas conseqüências, a lutareproduz-se sempre a mesma, sempreenvenenada pelo ódio e o despeito.

Porém, assim como a resistência domeio em que descrevem suas long-asorbitas, força os astros errantes a seapproximarem do centro de attracção;assim a opposição que, encontram,conduz o pensamento dos missionáriosá fonte de saber e de justiça, dondelhes vem a força de que precisampara o triumpho da santa causa quedefendem.

Com muito acerto, Senhores, disse

O Sr. Valbrum, descontente com a atti-tudo de sua mulher e filhos soffria vizivel-mente.

Fliza estava triste.Só a boa avo, conservando sua doce sere-

nidade, continuava a prodigalizar a todosboas palavras e ternas attenções.

Ella veio em seu auxilio dando-lhes umadesculpa e em meios plausíveis para abre-viarem o serão.

— Estaes todos fatigados, disse ella a suanora, levantando-se clarneza; peço-vos poiscom instância que vos retireis é vos aco-modeis immediatamente.

Pois que tanho a felicidade de hospe-dar-vos, ver-nos-hemos e conversaremos ávontade. Não penseis agora senão em des-cançar, queridos filhos.

Depois de algumas polidas objecções damulher de Adolpho e Mathilde,decidio-se airhmèdiata retirada.

Porém, com verdadeiro pezar esperavaEliza.

A Sra. A., mulher de Adolpho, sabendoque o quarto de suas iilhas era em cima,mostrou-se pouco satisfeita : então a Sra.Valbrum oílereceu ás duas irmãs o quartodestinado a Raul e Arthur.

A Sra. A. e Mathilde aceitaram com éf-fusão.

Fanny, olhando para sua prima, disse :K'pena, nosso quarto lá em cima é tão

m&fffílOSI&TÃ

. PUBLICAÇÕESo

NAS SKCOÕKS I.IVIUOS

Por linha . . $100As assignaturas do Rr-

FORMADOR terminam em Jü-nho e Dezembro.

ESCRIPTOlfIO

RUA DA CARIOCA 1202.» andar.

Schopenhauer : « Não ha erros privi-legiados. »

O homem recebeu doCreador o domde pensar, e Dçus nada fez de inútil.

Submettei á vossa razão todas astueorias, todas as idéas que tem cursoem vosso tempo; qualquer que seja oprestigio do nome que as patrocine,qualquer que seja o poder da classeque as sustente; e se vossa razão re-pellil-as, combatei-as com moderaçãoe prudência, combatei-as com a vossaconvicção, e é só nesse combate dignode nós que podereis receber ou dar aluz, concorrendo assim para o vosso eo progresso da humanidade.

Negar os sólidos triumphos dassciencias positivas em nossos tempos éum acto de loucura inqualificável, écalcar aos pés os saborosos fruetos co-lindos após tantos séculos de aturadolabor.

Para qualquer parte que volvamosos olhos, vemos a picareta da scienciaroteando os campos do saber humano,no qual profusamente são derramadasas sementes da verdade.

Vemos a Physica chegar, pela ana-lyse, a reconhecer a unidade do agente

que produz o calor, a luz, o som, omívg-n-c^^^o-e-a electricidade; a Chi-mica lançar por terra a barreira queestudos incompletos tinham levantadoentre as substancias, ditas orgânicase inorgânicas ; a Astronomia prendertodos os movimentos variados que sedão no universo á uma causa única : agravitação universal; a Paleontologia

penetrar nas mais profundas camadasda crosta terrena, para descortinar ossegredos da vida dos seres maravilho-sos qua nos precederam neste planeta;a Medecina, dobrada sobre o leito doenfermo, buscar e encontrar meios dedebellar o soffrimento physico, de dar

filha, respondeu a Sra. Valbrum e para lávpltareis se isso lhe convier; por emnuantoficai junto a ella, pois que assim o deseja.

A Sra. Valbrum voltara ao seu quarto.Ella tinha supplícado ao senhor, em

ardente prece, que abençoasse os amadoshospedes, que sob seu tecto abrigava : de-pois tinha-se deitado abatida pelo cansaçoe com moções.

Eliza, segundo seu costume, antes dedeitar-se também, veio dar um ultimo beijoem sua avó e assegurar-se de que paranada esta mio querida precisaria maisdelia.

Depois de ter beijado a Sra. Valbrum, amoça ficou com a cabeça pensativa, recos-tadâna cama, tendo, para apoiar-se, ajoe-lliado sobre um banquinho que alli seachava.

Ella tinha muito que dizer, porem, fal-tava-lhe coragem para começar.

A Sra. Valbrum acariciou alguns instan-tes em silencio, os cabellos castanhos e se-dozos de sua neta.

Então, perguntou ella, ternamente;então, minha Eliza, como achas tuas pri-mas ?

Eliza ergueu lentamente a cabeça, olhoupara sua avó sem responder; depois, abai-xãndo-sé de novo, cobrio de beijos a mãode sua avó.

Mãe, murmurou ella, de agora emdiante acreditar-vos-hei sempre.

Soffreste algumas decepções, minha

allivio á tanta dor; e o Legista procu-rar banir dos Códigos que regulam avida das sociedades, os exertos de umpassado caduco, creando leis maisconformes com as luzes do nosso se-culo.

Tudo isto é grande, tudo maravi-lhoso I

Deslumbrado, porém, pela magnifi-cencia de tanta grandeza, fascinadopela embriaguez do triumpho, o ho-mem suppõe ter achado a ultima pa-lavra do enigma da creação e, novoPigmalião, extasia-se diante da pro-pria obra, acreditando que além doque lhe fornecem os sentidos nada maispôde existir.

A matéria se torna seu elemeiuoúnico, a matéria seu Deus.

E' neste ponto que se levanta o es-piritualismo moderno, tendo em umadas mãos os Evangelhos de Jesus,e na outra os instrumentos deanalysedas sciencias positivas.

Sim, diz elle ao Chimico, fizestemuito, mas esse muito é ainda bempouco, em comparação do que vosresta a fazer.

Já sabeis reunir os elementos para,em vossos laboratórios preparardes assubstancias- wgaróeas-; -segai-trea;.:!--

nho que vos mostra W. Crooks e che-gareis a, modificando o fluido univer-sal, transformar uns nos outros o quechamais corpos simples, e encontra-reis a unidade na matéria.

E' grande o vosso trabalho, diz elleao Astrônomo, mas resta-vos ainda es-tudar e conhecer a natureza intima daforça que prende em um só systema,os milhões e milhões de mundos que,a distancias inconcebíveis, com velo-cidade vertiginosa percorrem os planosdo infinito.

Ganhaste muito, diz ao Medico, mas

querida filha : e isso era fácil de prever.Porém, como prometteste escutar-me sem-pre daqui em diante, attende-me agora etem confiança. Nada está ainda perdido.E' verdade que Mathilde causou-te pezarcom seus modospios e cerimoniosos; Fannymostrou-se caprichosa e desengraçada: tuatia mesmo não testemunhou-te a ternuraquasi materna que esperavas, recebendocomo irmãs silas filhas.

Eliza, deixando conrer as lagrimas quejá não podia reter exclamou :

Oh ! mãe, ellas aborrecem-se já com-nosco; são infelizes por virem a Bar! Nãoé isto doloroso?...

Vês, filha, como deves prevenir-tecontra as tuas impressões demasiado preci-pitadas. Depois de te teres emballaao emillusões, eis-te já descoroçoada, quando émesmo materialmente imp*ossivel que tuasprimas saibam, desde já, se se aborrecerãocom nosco ou não.

Mas ellas julgam que se aborrecerão,estou certa disso. Além de que Fanny o dize Mathilde o pensa, sem duvida.

Espera», pois, deixal-as enfastiar-se,querida filha?

Oh ! mãe, como poderei eu impedil-o?Quando conheceres seus gostos, suas

inclinações, seus caracteres, saberás ajudar-me no encargo que quero tomar de tornai-as felizes aqui.

(.Continua).

RttlORRAROR — 488* Abril 15

muito mais tereis, quando vos nãoíimitardés a estudar somente aquilloque o vosso escalpello pôde alcançar.O homem não se compõe si'» de umcorpo material ; estudai-lhe a alma enella encontrareis, muitas vezes, aschagas cancerosas que infeccionam-lhe o corpo.

E' gigante a vossa obra, muito lou-vavel vosso intento, diz elle ao Le-

gista;mas levantai vossas vistas e,estudando as leis sabias do mundo es-

piritual, pautai por ellas o vosso Co-digo.

Finalmente, com o coração trans-bordando de amor, elle diz aos homenstodos, sem distincção alguma, amai-vos, amaivos muito, porque sois todosirmãos,filhos de um só emesmo Deus.Trabalhai, auxiliai-vos uns aos ou-tros, dai o que vos sobra áquelles a '

quem falta o preciso para a vida ; /Ca-minhai, caminhai sempre, porque o

progresso não tem fim.Seja-nos agora permitt.ido dizer com

um moderno escríptor :

« /Uma fusão em uni; só todo dos es-. tvfdos naturaes com a instrucção reli-

giosa e a instrucção scientifica, é umacondição essencial para a vida e a ei-vilisação da humanidade ; é na faltadessa fusão que reside a causa pri-meira de todos os desvios do espiritona sciencia e na vida, a causa pri-meira de todos os schismas na religião,0. estabelecimento dessa unidade é amissão principal da humanidade e dacivilisação era nossa época. »

Senhores 1 Manifestadaslessas idéas,cumpre-nos, como Spiritas, convidara elevarmos juntos o pensamento aDeus :

Senhor 1 Dignai-vos lançar sobrenós vossas vistas compadecidas, auxi-liai-nos para que possamos, por nossosesforços, concorrer para o estabeleci-mento da era beindita de paz e amorsobre o nosso planeta, e permitti queagora dirijamos uma sincera saudaçãoa um de vossos filhos que tanto traba-lhou para o reinado da fraternidadeentre os homens.

Senhores ! Tem por fim a nossa réu-nião commemorar o passamento davida terrena, o termo feliz da sublimemissão de nosso irmão, Leon HypoliteDenisard Rivail, Allan-Kardec.

Deixai que agora, do íntimo d'almavos agradeça o acolhimento que fi-zeste ao nosso convite, para nos acom-

panhardes neste banquete fraternal.

A Commissão agradece de coraçãoá 111 ma. Câmara Municipal do Muni-cipio Neutro a boa vontade com quecedeu-nos os salões deste edifício paranelles fazermos a nossa reunião ; eassim também ás illustradas redacçõesda Revista da Sociedade AcadêmicaDeus Christo e Caridade e do Refor-mador o nos terem mimoseado com ai-guns números dos seus órgãos na im-prensa, com os quaes pedimos per-missão para presentear aos represen-tantes das distinetas sociedades quese dignaram honrar-nos com a sua

, presença.

Os Srs. Professores o Empregadosda Escola Municipal de S. José, qhetanto nos auxiliaram, aceitem nossassympathias e reconhecimento.

Está aberta a sessão.

^¦•H-.B&IHO.VlSí

Aos distinctos cavalheiros que porindicação, ou por o terem solicitado, .foram incluídos na lista dos assignan-tes e que estão em debito, pedimos abondade, ds mandarem satisfazer assuas assignaturas, para não soffrereminterrupção na remessa desta folha.

Relatório da reunião dos Chefes dosGrupos Spiritas de Pariz.

¥¦

Cathecismo Spiríta para a infância,publicado pela Commissão de Redac-cão do Phare de Liége.

O Folhetim, ns. 1 e 2.Folha diária de romances ; encetou

a publicação do romance : A desforrade um defunto.

Revista spiríta Bonaerense, orgamofficíal da Sociedade Spiríta Const.ançade Buenos-Avres, anno 4o n. 3, Marçode 1883.

¥•

Foi extraordÍTA?Aiamente concorridaa festa envè o Centro da União Spirítado BrAzil réalisou no dia 31 do me/,

próximo passado no salão da EscolaMunicipal de S. José em homenagemá Allan-Kardec, commemorativa ao

14°anniversario de sua desencarnação.O Salão achava-se singelamente

adornado, tendo sobre a meza presi-dencial e no lugar de honra o busto deAllan-Kardec, em mármore.

A' entrada uma commissão de se-nhoras recebia donativos para a eman-cipação.

A's 7 horas da noite oecupando a

presidência o Sr. Dr.Ewerton Quadrosabrio a sessão depois de ter lido odiscurso inaugural que publicamos.

Foi em seguida oecupada a tribuna

pelo orador official o Sr. Dr. PinheiroGuedes, seguindo-se-lhes diversos ora-dores representantes de Associações,Grupos Spiritas, etc.

Fora.m represeutados osGruposSpi-ri tas da Còrie. Rio de J.y^vo, S.Paulo, Minas, Pernambuco, Pafá, Ma-ranhão, Matto-Grosso, Bahia, e dosPaizes Estrangeiros, Commissão Cen-trai de Emmancipação, do MunicípioNeutro, Associações de Beneficência eEmancipadoras, imprensa, e*c.

A's 9 1/2 horas terminou esta me-moravel festa sendo distribuído pelaspessoas presentes a Revista SpirítaBrasileira e o numero commemorativodesta folha.

(O) —

RECEBEMOS:

O Almanah de Laemmert para 1883.Esta publicação que conta 40 annos

de existência, está aetualmente con-flada á direcção do Sr. Arthur Sauerque desde 1882, introduzio algunsmelhoramentos, e, este anuo, conti-nuando a tarefa da reorganisação re-conheceu que um volume só, já nãobastava para conter as múltiplas ma-terias que encerra e por isso foi for-çado a dividil-o em três volumes;sendo :1o, Al mau ale da Corte ; 2o, In-dicador ; e 3.°, Almanak das Pro-vincias.

El Critério Spiritista, revista men-sal, órgão official da Sociedade SpirítaHespanhola, anno 16% n. 2, Fevereirode 1883,

*Históricos das Assembléas dos Dele-

gados dos Grupos da Federação Spi-ríta Belga.

*Noticias sobre a Associação de Guise,

publicado sob os auspícios da Com-missão das Conferências Spiritas.

*

A Gazetinha , publicação diária,anno lu. n. 1.

Desejamos ao collega longa vida.Agradecemos.

o « globo »

Suspendeu a publicação este cir-cunspecto e importante

"orgam da im-

prensa fluminense.Redigido pelo mais notável dos pu-

blicistas, deixa um grande vácuo ; efazemos votos para que o seu ex-Re-dáctor Chefe venha de novo oecupar olugar espinhoso, mas nobre, de,ao ladodo povo, defender o direito dos oppri-midos.

SECÇÃO ECLÉTICA

O £5|>ii*itisGaao

Sr. Redactor.—-Permitti que oecupea attenção dos leitores da vossa con-ceituada folha, apresentaudo-lhes asligeiras considerações que em mimsu^erio a leitura dos artigos do Após-tolo de 16 e 18 do mez próximo pas-sado sob a epigraphe acima.

« Dizo articulista que,lutando comtodas as perseguições, a igreja catho-lica chegou aos nossos dias pujante echeia de brilho, e que hoje a luta selhe torna ainda mais necessária, porque a humanidade, mergulhada nomais torpe materialísmo, combate aidéia de Deus pelos princípios dascien-cia moderna. »

E' incrível que o articulista nãotenha comprehendido que, no que aca-bunos de transcrever, elle condemuao catholicísmo e diz o que não queriadizer.

Se vossa Igreja tem lutado para ar-rançar os homens das garras do mate-rialismo, e confessaes que a humani-dade é hoje presa desse vosso maistorpe inimigo, como podeis dizer, aomesmo tempo, que ella triumpha ebrilha ?

Se o materialismo domina o mundocomo sois os vencedores?

Estremeceis diante dos progressosda sciencia moderna, phantasma ater-rador que vos perturba em todos osvossos sonhos, porque quereis o obs-curantisrao, porque precisae* de tre-vás para dominar o mundo, porque aidéa que formaes do Creador do uni-verso não pôde resistir aos golpes darazão ílluminada pela sciencia.

Não é a idéa de Deus, causa prima-ria, fonte de amor e justiça, que a hu-manidade combate, mas sim a idéa

que. d'Ella faz o Catholicísmo. Com

quereis que, neste século de tantaluz,' neste século em que a sede de

justiça brota em todos os corações,

possamos admittir um Deus que noscondemua pelas culpas de nosso pri-raeiro pae, culpas para as quaes, deforma alguma, não concorremos? e

que depois nos absolve, porque ellemesmo, se encarnando e vindo viverentre nós, foi por nós apupado, fiagel-lado e cruxilicado?

Abri o Evangelho, lede essas pagi-nas sublimes, sem vos importar comoí enxertos que hellé fizestes, inter-

pretai-o á luz da razão, e nelle acha-reis a idéa de Deus que deveis ensinaraos homens.

Repelli para longe o pensamento danecessidade de uma classe privile-giada. pela qu il somente a humani-dade inteira se p:issa communicar como seu Creador.

Bani, como ridicula, a pretençãode terdes o poder de conceder na outravida a bemaventurança e a condem-nação eterna a quem vos aprouver.

Não vos repugna esse pensamentode um Deus, pae de amor, justiça emisericórdia, inílingindo penas éter-nas por faltas temporárias, pensa-mento qne vae de encontro ao artigodo credo dos Apóstolos, que diz : Creiona remissão de todos os peccados?

Não vedes que com essa idéa fazeisesmorecer áquelles quepeccaram, mas

que se podiam regenerar, se lhes nãoroubasseis a esperança de perdão ?

OChristianismo, o verdadeiro Chris-tianismo não leme a luz, porque é ao

brilho delia que ha de 6fg'ui_A-S§ tri-,./

umphante o principio sublime em que,Jesus disse, se encerra toda a lei e os

prophetas : Amai a Deus sobre todasas cousas e ao próximo como a vósmesmo.

« Direis que, com o fim de ganharterreno, o Spiritisrno se uue a todasas seitas, combate a Igreja Catholicae aos que dizem que elle não passa deuma superstição grosseira, diabólicae condemnada pela vossa Igreja. »

E' inexacto o que avançais ; o Spi-ritismo não se liga á seita alguma,estuda os ensinos dellas todas e aceitao que acha conforme com os dictamesda razão, rejeitando tudo o que nellasfoi o frueto de más interpretações edas paixões humanas.

Elle não combate o catholicismoin totum, mas sim aquillo que nelleencontra em completa dissonância comos princípios ensinados pelo DivinoMestre, com as idéas de justiça, bon-dade, amor e misericórdia infinitas,attributos necessários da perfeição di-vina.

Se estudasseis os ensinos que nosdão os bons espíritos, verieis que ellesnos aconselham o amor a Deus e ao

próximo, a caridade, a paciência e aresignação nasattribulações desta vidatransitória, e então acreditarieis quenão pode ser máo, quem só mandafazer o bem, e que, se existe o diabo,é elle quem vos insinua esses pensa-mentos.

('¦,'•;•.'-'."

Ri:i<ORlItDOR--1$S3 Alnil 15

m

22x

Provai que o Spiritismo 6 uma su-perstição grosseira, e nós nos rendere-mios aos vossos argumentos: porém,emquanto vos limitardes a avançartaes absurdos, sem mostrar a justezade vossas asseverações, vos responde-remos : Não nos importamos com asopiniões de quem falia sobre aquilloque não conhece.

Quanto ao dizerdes que essa dou-trina é cõnderanada por vossa Igreja,vos respondemos que a nossa cons-ciência é o tribunal único que tem odireito de julgar de nossas intenções.

O Spiritismo não é uma sciencia oc-culta, como avaçais ; seus princípiospodem ser analisados á luz da sciencia;aquelles que o professam não procu-ram um lucro material; obedecem aosimpulsos de seus orações e sõ fazemaquillo que a razão lhes diz ser agra-davel a Deus.

« Dizeis que o Spiritismo nega osdogmas fundamentaes, os princípiosessenciaes do catholicismo. »

E' engano vosso.O Spiritismo ensina o amor ao pro-

ximo e o amor a Deus acima de tudo,e esse duplo.amor éa única base dadoutrina de Christo.

Não combatemos senão as interpre-tações que destes ás palavras dosApóstolo».

Diz o Credo : « Creio na communi-cação dos santos; » nós admittimosesse artigo, ao passo que vós o comba-teis, dizendo que só o espirito do malse pôde cominunicar com os homens,ficando como um privilegio do clero jromano a faculdade de estar em rela-

--Ca9-.com os bons.. / - ¦*-—-E' muita preteüçao INão vos lembrais que Christo disse

chegaria um tempo em que as crian-ças prophetisariam, os velhos teriamsonhos ?

Acaso referia-se elle somente aovosso clero?

Vossa falta de amor e caridade nosobriga a applicar a vós o que disse oApóstolo dos Gentios :

« Tu que queres ensinar aos outros,ensina a ti mesmo ; tu que pregas aabomínação dos Ídolos, porque os ado-ras b i.legamente ? O incircumcisoque gin t\la os preceitos da lei, seráteu juiz, porque, couhecendo-a e sendocircumciso, tu a calças aos pés. » *

« Dizeis que não admittis a reen-carnação, porque Deus seria injusto,se fizesse que cada. um respondessenesta vida pelas faltas que commetteuem outras; que em face da injustiçatriumphante neste inundo, da opulen-cia mergulhada na voluptuosidade,vos pesaria dizer que isso seja a re-compensa de uma boa vida passada:que, em presença do infortúnio e daslagrimas da virtude, vos repugna di-zer, com os Scribas que passavam peloCalvário : Aquelle teve o que bemmereceu. »

Achais injusto que cada um paguepelas faltas que commestteu, e muitojusto que todos respondamos pelasculpas de um outro a quem não conhe-cemos.

3E' uma justiça sui genoris, devoreis

confessal-o.Tudo no mundo avança, tudo ca-

minha, so vós, no centro de tanta ,uz,quereis conservar intactos, princípiosque tiveram sua razão de ser no pus-sado, mas que hoje são repellidos pelobom senso.

As faltas por cada um de nós com-mettidas na erraticidade ou em outrasvidas são a causa, a origem, de nossapresente encarnaçãa, são o peccadooriginal commettido por cada um.

Procurastes a maior felicidade ter-rena, para pol-a em contraste com aslagrimas da virtude.opprimida, e nãoencontrastes senão a opulencia mer-guinada na voluptuosidade; de modoque para vós a felicidade consiste nogozo da matéria ; não vos lembrastesda paz,da satisfação de consciência dojnsto, no que devia estar concentradatoda a ventura, do que pretende sersectário daquelle que disse : « Meureino não é deste inundo. »

O opulento mergulhado na vòlup-tuosidade não é feliz ; é um pobre queprepara para si duras provações nofuturo.

Si em vosso caminho,encontrardes avirtude opprimida, acreditae que éuma divida passada que alli se paga,mas correi a enchugar-lhe as lagri-mas, buscae dar-lhe consolo para queella triumphe de sua provação.

Fazeí-o, é vosso dever.Deus vos manda fazer aos outros o

que querias que vos fizessem.Oombateis a reencarnação, sem vos

lembrardes que, fallando dos Judeus,o apóstolo Paulo disse :

« Sua perda é a reconciliação domundu, seu restabelecimento não serámais que uma vida restaurada de en-tre os mortos. »

O que entendeis por vida restau-rada ?

Não será uma nova existência?« Avançais que a reencarnação dá

lugar a que o homem, tendo a certezade chegar um dia á felicidade dosjustos, não se esforça por se melhorar,pouco se lhe importando ter poucas oumuitas encarnações antes de attingiresse fim. »

E' a conseqüência de quererdes daropinião sobre o que não estudastes.

Os soffrimentos do mau na erratici-dade são terríveis e, fazem inevitável-mente narcer-lhe no espirito o desejode progredir.

« Direis ainda que, se fizermos de-sapparecer da consciência do povo aidéa da justiça de Deus, elle perderáas de moralidade, ordem, respeito,honra e virtude, e cahirá no mahome-tismo. »

Encachastes aqui a palavra — ma-hometismo — em falta de outra, porque não podemos crer que, sectáriosde uma religião de amor e justiça,lanceis sobre esses nossos irmãos umaaccusação tão injusta.

Se no mahometismo encontramosum cunho de sensualidade, é isto umfacto natural do clima, e do gênio do

povo entre o qual nasceu ; a vossafré-ligião também tem um cunho de fero-cidade, herança do fanatismo semi-tico.

O Deus dos Judeus era judeu, ovosso é catholico romano, o de Maho-met tinha para pátria o universo in-teiro e não protegia especialmenteuma raça.

Segundo o Corão, as nações podemdesapparecer, mas Deus couserva-sesempre o mesmo.

O Mahometismo teve sua razão deser; elle foi um protesto da razão con-tra, o sobrenatural doCatholicismo,queentão não era mais que uma misturaconfusa de praticas pagas, ideas chris-tãs e formulas inintelligiveis, e que,em vez de pregar aos bárbaros a ideade Deus, se consumia em vãs disputasde metaphysica, votando, como osidolatras, um culto ás imagens.

Essa religião combateu o Pantheis-mo do Oriente e reivindicou para ohomem a individualidade e a ímmor-talidado.

O elemento com que ella concorreupara o progresso da hamanidade, foi osentimento do dever, da abnegação,do devotamento e da caridade, comouma affeição que leva o homem a sa-crificar-se pelo bem da humanidade.

Mahomet admittia Christo .como um.propheta divino, e já vos accusavaentão por alterardes com praticas ido-latricas a pura doutrina que tinheisrecebido.

Como uma arma de guerra, ellepregou a predestinação e com issotornou^ seus crentes invencíveis noscaaipos da batalha.

Comtudo elle não negava completa-mente a liberdade, tanto que admittiaa responsabilidade, só considerandofatal o momento da morte.

Se dessa doutrina nasceu a indiffe-rença dos Mulsumanos, diante de to-das as calamidades da vida; se deliaresultou seu estacionamento na viado progresso, isto foi só filho da mol-leza do caracter oriental; e vós naovos deveis vangloriar por não haverdeschegado ao mesmo ponto, porque issonão fui uma obra vossa, mas sim dogênio livre da raça germânica quevenceu-vos nessa luta.

Que seria da humanidade se, comas ideas de justiça que a sciencia temfeito germinar em seu coração, ellapretendesse ainda admittir os dogmasretrógrados que lhe quereis impor ?

Sujeitaes assim o homem a susten-tar em seu intimo uma luta superiorás suas forças, ou lhe ensinais a hypo-crisia, a fazer de sua vida social umaverdadeira mascarada.

A doutrina do Corão, admittindo aunidade de Deus, prega aos homens afraternidade, a igualdade e a cari-dade.

Vede quanto fostes injusto com oMahometismo.

Freq.(Continua).

\ O que é o SpirUi9moIntroducção ao conhecimento do mundoinvisível pela manifestação dos espi-ritos contendo o resumo dos princípiosda doutrina spiríta e a resposta ás

principaes objecções.POR

ALLAN-KARDECSem caridade nio ha n*Jrai;i»

CAPITULO IPEQUENA CONFERÊNCIA SPIRÍTA

!•• DIALOGOO CRITICO

(Continuação)Visitante.— Ahi é que está o vosso

engano.Um celebre cirurgião reconheceu

que certas pessoas podem, pela con-tracção d'um músculo da perna, pro-duzir um ruído similhante ao que at-tribuis á mesa; donde elle conclue queos vossos mediuma divertem-se á custada credulidade.

Allan-Kardec. - Mas, se é um es-talo de músculo, então não é a mezaque está preparada.

O freto de cada um explicar essapretendida fraude a seu modo é aprova a mais evidente de que nem unsnem outros conhecem a verdadeiracausa.

Respeito a sciencia desse sábio ei-rurgião, porem apresentam-se algu-mas dificuldades na applicacão do *facto por elle mencionado, ás'mezas •fallantes. /•

A primeira, é que é singular qneesta faculdade, até hoje excepcional,e considerada como um caso mítholo-gico, se tenha, de repente tornado tãocomraum; a segunda, que é precisoter um desejo bem ardente de mysti-ficar, para fazer estalar esse músculoduas eu três horas consecutivas,quando disso nada mais resulte do quea fadiga e a dôr; a terceira, que nãovejo absolutamente como esse músculocorresponde ás port is e ás paredes,onde a.s pancadas se fazem ouvir ; aquarta, emfim, que é necessário a essemúsculo estalador uma propriedadebem marivilhosa para fazer moveruma mesa pesada, levantal-a, abril-a,fechal-a, cons^rval-a suspensa semponto de apoio, e finalmente fezel-aquebrar cahindo.

Ninguém suppunha que esse mus-culo tivesse tantas virtudes. (RevistaSpiríta Brazileira, 1882, anno 2.%pag. 130).

0 celebre cirurgião de quem fallaesestuda por ventura o phenomeno datyptologia sobre aquelles que o pro-duzem ?

Não, elle verificou em alguns in-dividuos que nunca se oecuparam demezas fallantes, um effeito physiolo-gico anormal, o qual tem certa ana-logia com os que se produzem nas me-sas,e seminais amplo exame,concluio,com toda autoridads da sua sciencia,.que todos aquelles que fazem as me-zas fallarem devem ter a propriedadede fazer estalar seu músculo peroneiroe não são mais do que pomadistas,quer sejam príncipes quer artistas,quer exijam pagamento quer não.

HSEe^MIlt.-MtlMLtgE — IW«:i Ahril fl.»

Já estudou elle ao menos o pheno-nieno da typtologia cm toda-; as suas

p bases '?

Verificou si, com o auxilio desse es-tado muscular, poder-se-,iarâ produzirtodos os effeitos typi.ologicós ?

Qual 1 se o fizesse ter-se-ia cóuvcn-cido da insulíicíencia do seu processo:o que não o impedio de proclamar asua descoberta em pleno instituto.

Que resta delle hoje ?Confesso-vos que, se tivesse de sof-

frei' uma operação cirúrgica, hesitariamuito em confiar-me a c^n pratico,porque recearia que elle não julgassemeu mal com mais prespicacia.

Entretanto eis abi para um sábioum juizo bem serio! sobre que parecedever basear-vos para bater em bre-cha o Spiritismo, isso me tranquilisacompletamente a respeito da força dosoutros argumentos que fazeis valer, seos não beber des em fonte mais au-thentica.

V.—Vedes, entretanto, que a modadas mesas girantes já passou: durantealgum tempo, fez furor; hoje ninguémmais delia se oecupa.

Porque assim suecede se é umacousa seria ?

A.-K.— Porque das mezas girantessábio uma cousa mais séria ainda;sahiò uma sciencia inteira, uma dou-trina philósophica completa, aliás demuito interesse para os homens quereflectem.

Quando estos nada mais tiveram aaprender vendo girar uma mesa, dei-xaram de oecupar-se disso.

Para as pessoas fúteis que nada.aprofundam, era um passatempo, umbrinquedo que abandonaram depois deestarem enfastiadas ; essas pessoas nasciencia nada valem.

O período de curiosidade teve suaépoca : suecedeu-lhe o da observação.

O Spiritismo entrou então no domi-nio das pessoas serias que com ellenão se divertem, mas se instruem.

Assim as pessoas que delle fazemuma cousa grave não se prestam aexperiência alguma de curiosidade, emuito menos para aquelles que a pro-curassem com pensamentos hostis;como elles não se divertem a si, não

procuram divertir aos outros; e eu soudesse numero.

(Continua).

flstaSa» de estalo

Sob este titulo apparecèu na Gazetade Noticias de 3 do corrente um artigomais ou menos humorístico, no qualseu autor, tratando de religião, diz arespeito do Spiritismo o seguinte :

(( Aos adorantes do Pai Quibomboseguem-se os adoradores de Allan-Kardec.

« Estes comprehendem geralmentepessoas de maior esphera mental. Haentre elles homens formados, intelli-gentes, que como poetas e em outrasposições, já têm dado provas de ta-lento e illustração.

«Os Spiritas têm seus grêmios,suassecções, suas sessões, seus míssiona-

rios, sua revista, e, de vez em quandoum jornal, que promette tornar-sediário.

« Na abstracção em que and:m,não esquecem (pie o reclame é umaarma e empregam-na de ve/. emquando. Lm dos meios de (pie mais seaproveitam é a medicina.

« Nas barbas da Junta de Hygienecuram moléstias que os facultativosdiplomados não poderam curar. Li-zem-nos que na Cidade Nova ba um

que tem obtido esplendidos resulta-dos... pecuniários, tanto que á clinicasacrificou um rendoso emprego na ai-fandega. »

Como Spiríta não devemos deixar

passar sem contestação alguns enga-nos ou inexactidões, que, mostrando a.boa fé em que se acha o autor do ar-tigo, a que nos referimos, patenteiamao mesmo tempo a sua ignorância arespeito da doutrina do Spiritismo.

Primeiramente devemos dizer que oSpiritismo não é uma religião. O Spi-rita, como tal, a ninguém adora. 0Spiritismo é a moral christã em ae-cão ; é uma sciencia, que tem por fima regeneração sccial,o aperfeiçoamentomoral da humanidade, aperfeiçoa-mento, que, cedo ou tarde, ha de terlugar no planeta.

Não sendo o Spiritismo uma reli-

gião, não .sendo os seus adeptos obrí-gados a adorar a cousa ou pessoa ai-guma, segue-se que não devem adorare de facto não adoram a Allan-Kardec.

Desde os tempos mais remotoè dahistoria encontra-se sob diversos no-mes o Spiritismo, portanto não foiAllan-Kardecto o seu inventor. Estegrande philosopho não fez mais do quereunir em corpo de doutrina os mate-riaes esparsos, constituindo assim aSciencia do Spiritismo.

E' este o importante serviço, quedevem os Spiritas ao seu sábio Mestre.

Demonstrado que o Spiritismo nãoé religião e que seus adeptos não ado-ram a Allan-Kardec, mas sim respei-tam a sua memória, passemos a aua-lysar as outras partes, em que o une-tor do artigo citado oecupa-se dosSpiritas, os quaes compreendem pessoasde maior esphera mental.

Muito bem. Ao menos concedem-nosisto. Si dizeis que ba entre nós pes-soas de talento e illustração, dais comisto uma prova irrefragavel de que oSpiritismo é uma cousa seria, que me-rece a maior attenção, já que essaspessoas não se dedignam de seguir asua doutrina, não se envergonham dese dizer Spiritas.

Os Spiritas não andam em abstrac-ção e não necessitam de melhor re-clame para apregoar a bondade de suadoutrina do que a exposição pura esimples dessa doutrina.

Si ha em nosso grêmio pessoas detodas as profissões que estranheza pôdehaver em que os médicos spiritascurem?

Si, como dizeis, curam moléstiasque outros não podem curar, onde omal ?

Sendo o bem geral da humanidadeo alvo (pie deve mirar todo o bom spi-rita, porque razão, podendo, não ba.de elle dedicar-se a debellar as eufer-midades de seus similhantes ?

Os Spiritas, porém, não fazem enem devem fazer concurrencia á me-diciria official. Aquelles que assignamsuas receitas, encarnados ou desen-carnados, podem fazel-o, são formadosem sciencias médicas.

Todos os Spiritas brasileiros fazem

parti" da União Spiríta do Brazil queé unia grande secção da União spirítaUniversal. lia em todas as provínciasos grupos da União, os quaes dão

parte dos seus trabalhos á mesmaUnião. Ha duas espécies de sessões :de propaganda e sociaes. Nas sessõe-idáfpropaganda, em que a entrada élivre, a todos, explica-se a doutrina doSpiritismo e desfazem-se as objecções

que qualquer pessoa possa apresentarcontra ella.

Nas sessões sociaes, em que só po-dem tomar parte os sócios de cada

grupo, isto é, do grupo que faz a ses-são, trata-se de analysar as coinmuni-cações recebidas dos espíritos incarna-dos ou desincarnados, da marcha doSpiritismo na Terra e em particularonde o mesmo grupo tem sua sede.

Eis, dito por alto, o modo como pro-cedem os Spiritas.

Quem quizer ter alguma idéia do

que seja o Spiritismo, embora mesmonão queira ser Spirita, appareça emalguma sessão publica de qualquergrupo da União spiríta brazileira, dis-cuta a doutrina, peça as explicaçõesnecessárias e de depois ao publico contadas suas impressões, diga o que julgada doutrina, pois todos somos livres,todos tem a liberdade de discutir asopiniões alheias mas só depois de co-nhecel-as.

Florimuxdo.

ilclflg-iüo $g>BB*iría

Querendo acompanhar o movimentoSpiritico no Brazil, vamos ventilaruma idéa e sobre ella chamamos aattenção de todos os Spiritas.

O Spiritismo aceita o ensino funda-mental do divino Mestre, logo o Spi-rita é christão.

Para os Spiritas é o Spiritismo ninasciencia, e breve sel-o-ha para todos,a questão é dar tempo para que oshomens tenham elavado a sua menta-lidade, e possam reconhecer que osphenomenos Spiriticos são naturaes.

Porem, emquanto isto não se dá,-não será conveniente, encarando amoral da doutrina, fazer do Spi ri tis-mo uma religião?

Sim ! E- a nossa opinião.Iv conveniente para emancipar-mo-

nos da opposição, da pressão e dasimposições dos pastores das diversasseitas.

Com certeza o Spiritismo será im-mediatainente classificado uma seitaChristã, como a Religião Catholica eApostólica Romana e as diversas sei-tas protestantes.

Pouco importa, comtanto que poresse meio a propaganda tome um im-pulso mais gigantesco e assombroso.

Em outros artigos trataremos maisdetidamente dessa questão ; mas paraque alguém não pense que é diíficila realisação dessa idéa, apresentare-mos desde já uni dos meios práticos deacordo com as leis vigentes.

Iveunaiii-se diversos Spiritas. esco-lhaiu eulresi um Pastor, organisèni adisciplina da Rgrcja fundada. com-niuniqueiii ao Ministério do fmperio.;(i esse Pastor terá O direito de baptirsar e casar aos membros de sua Egrejae de celebrai- qualquer outro acto re-ligioso.

Se alguns Spiritas, ou pessoas quese declarem acceitar a Egreja Spirita,contrahirem matrimônio, basta a cer-tidão desse Pastor ser registrada naCâmara Municipal, para ter todo ovalor.

Por essas idéas enunciadas, reálisa-veis segundo as leis brazileiras, podemos Spiritas ver as armas poderozasque teremos se considerar-mos o Spi-ritismo como Religião.

C. F.—s—ws——nwssss—n»

DliCIAlUCÕES2'uBáiãd» fe»jj9â&'áéa

Em nome das Sociedades, Grupos ooutras corporações da União testomu-nbamos nossos sinceros agradecimen-tos, pelo concurso que prestaram paraa realisação da festa em homenagemá Allan-Kardec, á IUma. Câmara Mu-nicipal por conceder o salão da escolaMunicipal de S. José, aos Exms. Srs.Director, Professores e mais empre-gados da Escola, pela boa vontadecom que lhes auxiliaram, especial-mente á Exma. Sra. Professora queapresentou um grupo gentil de alum-nas para receber as offertas em beue-fiei o da emancipação ; á Rio de Ja-neiro Gaz Company que cedeu gra-tuitamente o gaz consumido na noitede 31 de Março ; ao jornalismo e ásdiversas corporações que se fizeramrepresentar naquella festa.

O produeto dos donativos, obtidosnaquelle dia, será enviado aos Dele-gados Spiritas da Commissão Centralde Emancipação do Município neutro,para fazer parte da quota que ámesma Commissão será entregue emnome dos Spiritas do Brazil.

A Commissão do Centro da União.

EBegaoi ãúorCommunicamos aos Srs. assignan-

tes do " Renovador,,, que tendo appa-recido na arena jornalística o Refor-¦mador e devendo convergir todas asforças para este jornal fica suspensa apublicação daquelle órgão, e roga-mos aos que pagaram adiantadamenteum simestre o favor de nos comniu-uicar se querem ser reembolsados ouque lhes seja enviado em substituiçãoeste novo propag-andista.

A decisão dos Srs. Assignan tes podenos ser remettida por intermédio daillustrada redacção do " Reformador,"á rua da carioca n. 120, que se prestaa esse obséquio.

Rio de Janeiro. 1883 Fevereiro 28.Pela Redacção do "Renovador,

Sá Lúz.

SjasciiNlade AeadcsB&iíra BíeiasCBarlsilíi e CaB'Idade

De ordem da Directoriacommunica-mos aos Srs. Sócios que o Centro, emsessão preparatória da Academia Spi-rita, deliberou o seguinte:

Tendo a Sociedade Acadêmica, desde q.ue se dedicou á propaganda, em28 de Agosto de 1880 creado Gruposna Capital do Império e nas Pro viu-cias, e incumbindo a esses Gruposcontinuar na senda traçada nesse ter-reno da propaganda; determina quea Commissão Confraternisadora sus-penda as suas sessões de propaganda ;devendo freqüentar as Sociedades eGrupos existentes, animando-os coma sua presença,conselhos e exemplos;convindo que se e.-force principal-mente para constituir-se um centrocomposto unicamente dos Represen-tani.es das S o c i e d a d e s e (1 rupos.

Com. Confraternisadora.

Typoüraimua oo REFORMADOR