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    Coletnea de ManuaisTcnicos de Bombeiros

    COMBATE A INCNDIOS EM INSTALAESPORTUARIAS E EMBARCAES

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    COLETNEA DE MANUAI STCNI COS DE BOMBEI ROS

    MANUAL DE COMBATE AINCNDIOS EM INSTALAESPORTURIAS EEMBARCAES

    1 Edi o2006

    Vol ume42

    MCIIPE

    PMESPCCB

    Os direitos autorais da presente obrapertencem ao Corpo de Bombeiros daPolcia Militar do Estado de So Paulo.Permitida a reproduo parcial ou total

    desde que citada a fonte.

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    COMISSO

    Comandante do Corpo de Bombeiros

    Cel PM Antonio dos Santos Antonio

    Subcomandante do Corpo de Bombeiros

    Cel PM Manoel Antnio da Silva Arajo

    Chefe do Departamento de Operaes

    Ten Cel PM Marcos Monteiro de Farias

    Comisso coordenadora dos Manuais Tcnicos de Bombeiros

    Ten Cel Res PM Silvio Bento da Silva

    Ten Cel PM Marcos Monteiro de Farias

    Maj PM Omar Lima Leal

    Cap PM Jos Luiz Ferreira Borges

    1 Ten PM Marco Antonio Basso

    Comisso de elaborao do Manual

    Cap PM Jos Eduardo Stanelis de Aquino

    Cap PM Itayre Perez Ferraz

    1 Ten PM Igor Sergey Klein

    1 Ten PM Danilo de Oliveira Godoy

    1 Sgt PM Joo Dimas Fuzatto

    2 Sgt PM Adir Barbosa

    Comisso de Reviso de Portugus

    1 Ten PM Fauzi Salim Katibe

    1 Sgt PM Nelson Nascimento Filho

    2 Sgt PM Davi Cndido Borja e Silva

    Cb PM Fbio Roberto BuenoCb PM Carlos Alberto Oliveira

    Sd PM Vitanei Jesus dos Santos

    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

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    PREFCIO - MTB

    No incio do sculo XXI, adentrando por um novo milnio, o Corpo de Bombeiros

    da Polcia Militar do Estado de So Paulo vem confirmar sua vocao de bem servir, por

    meio da busca incessante do conhecimento e das tcnicas mais modernas e atualizadas

    empregadas nos servios de bombeiros nos vrios pases do mundo.

    As atividades de bombeiros sempre se notabilizaram por oferecer uma

    diversificada gama de variveis, tanto no que diz respeito natureza singular de cada uma

    das ocorrncias que desafiam diariamente a habilidade e competncia dos nossos

    profissionais, como relativamente aos avanos dos equipamentos e materiais especializados

    empregados nos atendimentos.

    Nosso Corpo de Bombeiros, bem por isso, jamais descuidou de contemplar a

    preocupao com um dos elementos bsicos e fundamentais para a existncia dos servios,

    qual seja: o homem preparado, instrudo e treinado.

    Objetivandoconsolidar os conhecimentos tcnicos de bombeiros, reunindo, dessa

    forma, um espectro bastante amplo de informaes que se encontravam esparsas, o

    Comando do Corpo de Bombeiros determinou ao Departamento de Operaes, a tarefa de

    gerenciar o desenvolvimento e a elaborao dos novos Manuais Tcnicos de Bombeiros.

    Assim, todos os antigos manuais foram atualizados, novos temas foram

    pesquisados e desenvolvidos. Mais de 400 Oficiais e Praas do Corpo de Bombeiros,

    distribudos e organizados em comisses, trabalharam na elaborao dos novos Manuais

    Tcnicos de Bombeiros - MTB e deram sua contribuio dentro das respectivas

    especialidades, o que resultou em 48 ttulos, todos ricos em informaes e com excelente

    qualidade de sistematizao das matrias abordadas.

    Na verdade, os Manuais Tcnicos de Bombeiros passaram a ser contemplados na

    continuao de outro exaustivo mister que foi a elaborao e compilao das Normas do

    Sistema Operacional de Bombeiros (NORSOB), num grande esforo no sentido de evitar a

    perpetuao da transmisso da cultura operacional apenas pela forma verbal, registrando e

    consolidando esse conhecimento em compndios atualizados, de fcil acesso e consulta, de

    forma a permitir e facilitar a padronizao e aperfeioamento dos procedimentos.

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    O Corpo de Bombeiros continua a escrever brilhantes linhas no livro de sua

    histria. Desta feita fica consignado mais uma vez o esprito de profissionalismo e

    dedicao causa pblica, manifesto no valor dos que de forma abnegada desenvolveram e

    contriburam para a concretizao de mais essa realizao de nossa Organizao.

    Os novos Manuais Tcnicos de Bombeiros - MTB so ferramentas

    importantssimas que vm juntar-se ao acervo de cada um dos Policiais Militares que

    servem no Corpo de Bombeiros.

    Estudados e aplicados aos treinamentos, podero proporcionar inestimvel

    ganho de qualidade nos servios prestados populao, permitindo o emprego das

    melhores tcnicas, com menor risco para vtimas e para os prprios Bombeiros, alcanando

    a excelncia em todas as atividades desenvolvidas e o cumprimento da nossa misso de

    proteo vida, ao meio ambiente e ao patrimnio.

    Parabns ao Corpo de Bombeiros e a todos os seus integrantes pelos seus novos

    Manuais Tcnicos e, porque no dizer, populao de So Paulo, que poder continuar

    contando com seus Bombeiros cada vez mais especializados e preparados.

    So Paulo, 02 de Julho de 2006.

    Coronel PM ANTONIO DOS SANTOS ANTONIO

    Comandante do Corpo de Bombeiros da Polcia Militar do Estado de So Paulo

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    APRESENTAO

    COMBATE A INCNDIOS EM INSTALAES PORTURIAS E EMBARCAES

    Com a globalizao e a necessidade de implementao de atividadesvinculadas ao comrcio exterior, os portos e os navios tornaram-se imprescindveis vida

    nacional. Praticamente todos os produtos importados e exportados por via naval acabam

    passando por um porto ou um navio, sendo transportados e armazenados nesses por

    perodo de tempo considervel.

    O Corpo de Bombeiros, que tem por misso a proteo da vida, da integridade

    fsica das pessoas, a proteo ao meio ambiente a ao patrimnio acaba tendo que se

    defrontar com essa nova realidade, sendo necessrio aprimorar seus conhecimentostcnicos a fim de que tais misses se desenvolvam da forma mais segura e eficiente

    possvel.

    Para isso, foi criado o presente manual, que , antes de tudo, um guia que

    ajudar o profissional bombeiro a obter tais conhecimentos e a seguir procedimentos que

    minimizaro os riscos e aumentaro a efetividade da misso.

    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

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    NDICE

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    1. Caractersticas bsicas deinstalaes porturias .........................................13

    1.1 Generalidades;....................................................................................................13

    1.2 Caractersticas de armazns e ptios de carga seca;........................................13

    1.3 Caractersticas de terminais de gases e lquidos inflamveis;...........................15

    2. Caractersticas bsicas das embarcaes ......................................................19

    2.1 Generalidades;....................................................................................................19

    2.2 Tipos de navios;..................................................................................................19

    2.2.1 Navio de passageiros;.....................................................................................21

    2.2.2 Navio carga geral;............................................................................................21

    2.2.3Navio de contineres;.......................................................................................23

    2.2.4 Navio de operao por rolamento (RoRo);......................................................23

    2.2.5 Navio tanque;...................................................................................................25

    2.2.6 Navio graneleiro;..............................................................................................25

    2.2.7 Navio gaseiro;..................................................................................................27

    2.2.8 Navio qumico;.................................................................................................27

    2.2.9 Navio ore-oil;....................................................................................................27

    2.2.10 Navios aerdromos ou porta-avies;.............................................................29

    2.2.11 Navios militares em geral;..............................................................................29

    2.3 Terminologia, nomenclatura, diviso e estrutura do navio;................................31

    2.3.1 Terminologia a nomenclatura nutica por ordem alfabtica;...........................31

    2.3.2 Diviso e estrutura do navio;...........................................................................43

    2.3.3 Sistema de propulso;.....................................................................................53

    2.3.4 Acessrios de convs;...................................................................................55

    2.3.5 Aberturas encontradas nas embarcaes;......................................................59

    2.3.6 Mastreao das embarcaes;........................................................................633. Segurana em navios.........................................................................................67

    3.1 Segurana em navios-tanques;..........................................................................67

    3.1.1 Equipamento de verificao de tanques e outros espaos confinados;..........69

    3.1.1.1 Explosmetros;..............................................................................................69

    3.1.1.2 Detector de gases manual;...........................................................................69

    3.1.2 Teste de verificao de tanques e outros espaos sujeitos a acumulao de

    gases;...............................................................................................................713.1.3 Riscos de acumulao de gs;........................................................................71

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    NDICE

    3.1.4 Cuidados ao entrar em petroleiros;..................................................................71

    3.1.5 Aliviamento de petroleiros;...............................................................................75

    3.2 Segurana em navios propaneiros;....................................................................77

    3.2.1 Cuidados na atracao;...................................................................................77

    3.2.2 Cuidados aps a atracao;............................................................................79

    3.3 Materiais de salvaguarda e segurana;..............................................................81

    3.3.1 Embarcao salva-vidas totalmente fechada;.................................................89

    3.3.2 Embarcao salva-vidas parcialmente fechada;.............................................89

    3.3.3 Embarcao salva-vidas aberta;......................................................................89

    3.3.4 Meio de proteo trmica;...............................................................................89

    3.3.4.1 Roupa de imerso;........................................................................................89

    3.3.5 Coletes salva-vidas;.........................................................................................91

    3.3.6 Bias salva-vidas;............................................................................................91

    3.3.7 Dispositivo de Iluminao automtica;.............................................................93

    3.3.8 Artefatos pirotcnicos;.....................................................................................93

    3.3.9 Quadros;..........................................................................................................95

    3.3.10 Tabelas com os dados da embarcao;........................................................95

    3.4 Requisitos para proteo e combate a incndios;..............................................97

    3.4.1 Sistema de combustvel;..................................................................................97

    3.4.2 Extintores de incndio;.....................................................................................97

    3.4.3 Instalaes de gs de cozinha;........................................................................99

    3.4.4 Bombas de incndio e de esgoto;....................................................................99

    3.4.5 Redes, tomadas de incndio, mangueiras e seus acessrios;......................101

    3.4.6 Vias de escape (rotas de fuga);.....................................................................103

    3.5 Distncia da embarcao sinistrada;................................................................105

    4. Combate a incndios em instalaes porturias e embarcaes...............1094.1 Procedimentos de emergncia em navios;.......................................................109

    4.1.1 Perigo de encalhe;.........................................................................................109

    4.1.2 Riscos ocasionados quando o navio estiver leve demais;.............................113

    4.2 Combate a emergncias no mar;......................................................................113

    4.2.1 O Controle de avarias (pessoal do prprio navio);........................................113

    4.2.2 Guarnies do Corpo de Bombeiros para combate a incndios;..................121

    4.2.2.1 Guarnio para combate a incndios em embarcaes midas;...............1214.2.2.2 Guarnio para combate a incndios em navios;.......................................123

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    NDICE

    4.2.2.3 Guarnio de explorao;...........................................................................125

    4.2.3 Salvatagem por pessoal externo ao navio;....................................................125

    4.3 Tipos de Incndio em navios;...........................................................................129

    4.3.1 Incndios de materiais slidos presentes em navios;....................................129

    4.3.2 Incndios de petrleo e seus derivados em navios;......................................129

    4.3.3 Incndios de Gs Liquefeito de Petrleo (GLP) em navios;..........................129

    4.4 Incndios em equipamentos eltricos de bordo ou do terminal;.......................131

    4.4.1 Agentes extintores usados a bordo ou no terminal resfriamento;...............131

    4.4.1.1 A gua;........................................................................................................131

    4.4.1.2 A espuma;...................................................................................................135

    4.4.2 Agentes extintores usados a bordo ou no terminal abafamento;................135

    4.4.2.1 A espuma....................................................................................................135

    4.4.2.2 O gs cabnico...........................................................................................135

    4.4.2.3 O vapor.......................................................................................................137

    4.4.3 Inibidores de chamas.....................................................................................139

    4.5 Precaues necessrias;..................................................................................139

    4.6 Recomendaes para combate a incndios em instalaes porturias;..........143

    4.7 Embarcaes de combate a incndios de Bombeiros e suas caractersticas;.143

    4.8 Tcnicas de combate a incndio.....................................................................145

    4.8.1 Descompresso e entrada forada ou compulsria....................................145

    4.8.2 Preparao para a entrada em um compartimento......................................147

    4.8.3 Processo de abertura do acesso e entrada em um compartimento do

    navio.......................................................................................................................147

    5. Comunicaes nuticas...................................................................................151

    5.1 Equipamentos de radiocomunicao que normalmente o navio possui;..........151

    5.1.1 Sistema GMDSS;...........................................................................................1515.2 reas Martimas;...............................................................................................151

    5.3 Requisitos funcionais obrigatrios para todas as embarcaes;......................153

    5.4 Requisitos gerais dos equipamentos de rdio;.................................................153

    5.5 Fontes de energia;............................................................................................153

    5.6 Aprovao dos equipamentos;.........................................................................155

    5.7 Cdigo internacional de sinais (CIS);................................................................155

    5.8 Combinao dos cdigos: letra, nmero, significado, morse, bandeira;........1555.9 O Cdigo Q;....................................................................................................159

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    NDICE

    5.10 Cdigo Internacional Morse;...........................................................................159

    5.11 Rdios VHF versus SSB;................................................................................161

    5.12 Frequncias mais usadas;..............................................................................161

    6. Bibl iografia........................................................................................................163

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    CARACTERSTICAS BSICAS DE INSTALAESPORTURIAS

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    1 Caractersticas bsicas dasinstalaes porturias

    1.1 Generalidades

    A proteo contra-incndio em instalaes porturias de vital importncia,

    pois em seus depsitos e armazns so acondicionados os mais diversos tipos de

    produtos.

    Todas as instalaes porturias so dotadas de equipamento de proteo

    contra-incndio, conforme normas da Autoridade Martima e do Corpo de Bombeiros.

    As cargas secas (slidos em geral, tais como ps, algodo, celulose, carvo,

    cereais, etc.) so depositadas em armazns internos e externos.

    As cargas lquidas inflamveis, ou no so acondicionadas em armazns

    internos ou externos, dependendo das condies de armazenagem.

    O ptio de containers (recipientes) o local destinado ao armazenamento de

    embalagens que chegam ou saem do porto, no oferecendo grande risco de incndio

    (peas de veculos, maquinrios, etc.), possuindo equipamento de proteo contra-

    incndio.

    1.2 Caractersticas de armazns e ptios de carga seca

    Esses locais podem conter materiais inflamveis, explosivos ou mesmo

    materiais incombustveis. H uma grande rotatividade de materiais, visto que estes ficam

    transitoriamente depositados aguardando o embarque ou a chegada dos veculos que os

    transportaro (no caso de importao).

    Os armazns cobertos podem ser construdos de estrutura permanente ou

    estrutura removvel, tais como barraces tipo tendas ou tipo inflveis.

    Os armazns deveriam ter projeto dos sistemas de segurana contra-incndios

    e a instalao desses sistemas aprovados junto ao CB, porm, tem-se observado que,

    principalmente no caso dos removveis isso no acontece.

    As relaes dos produtos armazenados, bem como seus riscos, ficam em poder

    dos seguintes rgos: Gestores dos Portos, Capitania dos Portos, Receita Federal,

    Polcia Federal e outros que por ventura possam ter interesse.

    Os ptios so descobertos e servem para estacionamento de vrios tipos de

    cargas como: carros, contineres contendo diversos tipos de produtos, maquinarias, etc.

    Todos esses produtos ficam a cu aberto.

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    1.3 Caractersticas de terminais de gases e lquidos in flamveis

    Esses terminais geralmente recebem os produtos atravs de tubulao, que

    serve para conduzi-los at o navio ou retir-los do navio e conduzi-los at as esferas ou

    tanques de armazenamento.

    As esferas e os tanques obrigatoriamente devem possuir sistema de proteo

    contra-incndios que podero ser instalados observando as normas do CB e do Instituo

    de Resseguros do Brasil (IRB).

    Todo terminal possui brigada de incndio, sendo exigido pelos Gestores que at

    as empresas que terceirizam mo-de-obra apresentem funcionrios treinados em

    combate a incndios.

    Os organismos de segurana dos terminais so responsveis por prov-lo dos

    equipamentos adequados e do pessoal que ir combater o incndio, sendo que a maior

    parte desse sistema automatizado.

    Os terminais utilizam EFE para combater incndios em lquidos inflamveis e

    sistema de resfriamento para tanques e esferas de gs.

    Todos os tanques devero obrigatoriamente ter bacia de conteno ou diques

    para que o lquido inflamando, no se espalhe para os demais tanques. Todos os tanques

    e esferas tm que serem instalados a uma distncia segura para se evitar a propagao

    em cadeia do incndio pelo calor irradiado.

    A distncia entre 2 (dois) tanques de armazenamento de lquidos combustveis

    no dever ser inferior a 1,00m (um metro).

    O espaamento mnimo entre 2 (dois) tanques de armazenamento de lquidos

    combustveis diferentes, ou de armazenamento de qualquer outro combustvel, dever ser

    de 6,00m (seis metros).

    Os recipientes de armazenagem de GLP devero obedecer aos seguintes

    distanciamentos:

    a. recipientes de 500 (quinhentos) a 8.000 (oito mil) litros devero estar

    distanciados entre si de no mnimo 1,00m (um metro).

    b. recipientes acima de 8.000 (oito mil) litros devero estar distanciados entre si

    de no mnimo 1,50m (um metro e cinqenta centmetros).

    A distncia da locao dos canhes de combate a incndio dever ser de no

    mnimo 15 (quinze) metros para operao segura.

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    2CARACTERSTICAS BSICAS DAS EMBARCAES

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    2 Caractersticas bsicas das embarcaes

    2.1 Generalidades

    Embarcao flutuante o nome genrico dado a toda construo, destinada

    navegar sobre a gua. Os principais tipos de embarcaes flutuantes so: navios, balsas,

    barcos, chatas, barcas d'gua, iates, veleiros, etc.

    Neste manual, praticamente, ser enfocado o navio, pelo fato de ser uma

    embarcao de grande porte e habitvel, sendo que as demais construes flutuantes

    so de tamanho menor e poucos so os riscos e implicaes quanto ttica e tcnica de

    emprego do Corpo de Bombeiros

    Contudo, as embarcaes, sejam deste ou daquele tipo, devem possuir:

    1) flutuabilidade (tendncia para flutuar, pairar sobre a gua);

    2) estabilidade (tendncia para uma posio estvel);

    3) tranqilidade (no balanar excessivamente);

    4) navegabilidade (aptido para navegar com segurana);

    5) mobilidade (para movimentar-se com facilidade);

    6) manobrabilidade (facilidade de manobras); e

    7) habitabilidade (alojar convenientemente as pessoas).

    Obedecem legislao vigente, principalmente s referentes Capitania dos

    Portos e, ainda, proteo contra-incndio, possuindo aparelhos extintores, reservatrios

    de gua, bombas de incndio e outros equipamentos hidrulicos manuais ou automticos.

    As pequenas embarcaes flutuantes (barcos, lanchas, chatas, iates, etc.)

    possuem, de um modo geral, somente aparelhos extintores manuais.

    2.2 Tipos de navios

    Os navios so projetados para as finalidades a que se dispem. Dessa forma,

    existem inmeros tipos de navios, sendo que nesse manual iremos citar apenas os mais

    comuns, que so os que nos interessam:

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    2.2.1 Navio de Passageiros

    Como o nome est dizendo, so aqueles projetados e construdos para

    transporte de grande quantidade de pessoas. So como grandes hotis flutuantes. Hoje

    so usados principalmente para cruzeiros tursticos. Possuem a bordo vrias facilidades

    como restaurantes, bares, bibliotecas, cinema, boate, piscina, salo de jogos e ginstica,

    etc. Eles caracterizam-se pelo casario de grande altura, com vrios conveses, ocupando

    quase todo o comprimento do navio. O casario, assim como o costado, tm janelas e

    vigias em grande nmero ao longo dos conveses. Em um dos conveses do casario v-se

    tambm um grande nmero de embarcaes salva-vidas.

    Navio de Passageiros (Foto internet)

    2.2.2 Navio Carga Geral

    o navio que se destina ao transporte de vrios gneros, geralmente em

    pequenos lotes sacarias, caixas, veculos encaixotados ou sobre-rodas, bobinas de

    papel de imprensa, vergalhes, barris, barricas, etc. Tem aberturas retangulares no

    convs principal e cobertas de carga chamadas escotilhas de carga, por onde a carga

    embarcada para ser estivada nas cobertas e pores. A carga iada (suspensa) ou

    arriada do cais para bordo ou vice-versa pelo equipamento do navio (paus de carga e ou

    guindastes) ou pelo existente no porto.

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    23

    Navio Carga Geral Foto internet

    2.2.3 Navio de Continers

    Esses navios so semelhantes aos navios de carga geral, mas normalmente

    no possuem alm de um ou dois mastros simples sem paus de carga. As escotilhas decarga abrangem praticamente toda a rea do convs e so providas de guias para

    encaixar os contineres nos pores. Alguns desses navios apresentam guindastes

    especiais.

    Navio de Continers Foto: Rogrio Cordeiro

    2.2.4 Navio de Operao por Rolamento (RoRo)

    So aqueles em que a carga entra e sai para e dos pores e cobertas na

    horizontal ou quase horizontal, geralmente sobre-rodas (automveis, nibus, caminhes)

    ou sobre veculos (geralmente carretas, trailers, estrados volantes, etc.). Existem vrios

    tipos de RoRos, como os porta-carros, porta-carretas, multi-propsitos, etc., todos se

    caracterizando pela grande altura do costado e das obras mortas (acima da linha d`gua)

    e pela rampa na parte de r da embarcao.

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    25

    Navios de Operao por Rolamento (RoRo) Foto: internet

    2.2.5 Navio Tanque

    So navios para transporte de petrleo bruto e produtos refinados (lcool,

    gasolina, diesel, querosene, etc.). Caracterizam-se por sua superestrutura a r e longo

    convs principal quase sempre tendo meia nau uma ponte que vai desde a

    superestrutura at a proa. Essa ponte uma precauo para a segurana do pessoal,

    pois os navios tanques carregados passam a ter uma pequena borda livre, fazendo com

    que no mar seu convs seja "lavado" com frequncia pelas ondas.

    Navio Tanque Foto: internet

    2.2.6 Navio Graneleiro

    So navios destinados ao transporte de grandes quantidades de carga a granel:

    trigo, soja, minrio de ferro, etc. Caracterizam-se por longo convs principal em que o

    nico destaque so os pores.

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    Navio Graneleiro Foto: internet

    2.2.7 Navio Gaseiro

    So navios destinados ao transporte de gases liquefeitos. Caracterizam-se porapresentarem acima do convs principal tanques tpicos de formato arredondado.

    Navio Gaseiro Foto: internet

    2.2.8 Navio Qumico

    So navios parecidos com os gaseiros transportando cargas qumicas

    especiais, tais como: enxofre lquido, cido fosfrico, soda custica, etc.

    2.2.9 Navio Ore-oil

    So navios de carga combinada, ou seja, transportam minrio e petrleo.

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    29

    Navio Ore-oil Foto: internet

    2.2.10 Navios Aerdromos ou Porta-Avies

    So os navios utilizados pelas Foras Armadas (Marinha) para o transporte de

    avies, at a zona principal de atuao deles. Servem como uma base mvel deoperao, inclusive com pista de pousos e decolagens.

    3.3 Terminologia, nomenclatura, diviso e estrutura do navio.

    Navio Porta-avies Foto: internet

    2.2.11 Navios Mili tares em Geral

    So vrios os tipos, alm do Porta-Avies. Citaremos mais alguns:

    Fragatas, Submarinos, Contratorpedeiros, Navios-Balizadores, Navios-Faroleiro, NavioHidroceanogrfico, Navios Oceanogrficos, Navios Hidrogrficos, Navio de Apoio

    Oceanogrfico, Navios de Assistncia Hospitalar, Navio-Tanque Fluvial, Navios-Tanque,

    Navio-Transporte Fluvial, Navio de Socorro Submarino, Navios-Transporte de Tropas,

    Rebocador de Alto-Mar, Navios-Varredores, Corvetas, Navios-Patrulha, Navios de

    Desembarque-Doca e Navio de Desembarque de Carros de Combate.

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    Navios Militares Foto: internet

    2.3 Terminologia, nomenclatura, div iso e estrutura do navio

    2.3.1 Terminologia e nomenclatura nutica por ordem alfabtica

    Os termos utilizados no meio nutico so especficos e numerosos, cabendo um

    estudo parte mais elaborado, sendo apresentado neste captulo apenas os mais

    importantes, que so usados no dia-a-dia e podem estar sendo usados durante um

    combate a incndio

    Letra A

    Adernamento : a inclinao para um dos bordos da embarcao; o navio pode estar

    adernado a bombordo ou a boreste e seu adernamento medido em graus. (Arte Naval p.

    86)

    Amarrao ouAtracao : Operao de amarrar um navio ao cais ou a outro. (Arte Navalp. 634)

    Amurada: Denominao da parte interna do costado do navio, mais comumente utilizado

    para indicar a parte interna borda falsa do navio. (Arte Naval p. 05)

    Anteparas : So separaes verticais que subdividem em compartimentos o espao

    interno do casco, em cada pavimento. Tambm concorrem para manter a forma e

    aumentar a resistncia do navio. Podem ser transversais ou longitudinais, estanques ou

    no. (Arte Naval p. 15)

    Atracar: a ao de manter o navio encostado a um cais de um porto ou a outro navio.

    (Arte Naval p. 626)

    Avaria: So os danos causados embarcao por atos involuntrios ou voluntrios. (Arte

    Naval p. 773)

    Letra B

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    Balaustrada: Equipamento de apoio ou proteo dos passageiros e tripulantes nos

    conveses abertos, em embarcaes.

    Baleeiras: Pequenas embarcaes utilizadas geralmente com equipamentos salva-vidas

    por suas boas qualidades nuticas, mesmo em mar grosso; por sua durabilidade e

    resistncia; pela facilidade de arrumao a bordo; pela facilidade nas suas manobras

    utilizando-se poucos homens para i-la e arri-la quando necessrio e finalmente pela

    relao tamanho-capacidade para o transporte de passageiros. (Arte Naval p. 186, 187,

    188 e 192)

    Balsas: Flutuantes especiais de pequeno porte que so utilizados como equipamento de

    salva-vidas, geralmente de forma eltica, construdos em madeira, metal ou borracha. Este

    equipamento no podem ser usados para outros fins. (Arte Naval p. 171, 184 e 185)

    Boca: a largura da seo transversal a que se referir; a palavra boca, sem a referncia

    seo em que foi tomada, significa a maior largura do casco e, por isso mesmo, a

    medida da seo mestra. (Arte Naval p. 71)

    Bombordo (BB): Lado esquerdo de quem est na embarcao olhando em direo

    popa. (Arte Naval p. 01)

    Borda Falsa: Limite superior do costado quando este se prolonga um pouco acima do

    convs. (Arte Naval p. 03)

    Bordos: So os lados da embarcao. As partes simtricas em que se divide um casco

    pelo plano diametral. A parte direita chamamos (BE) boreste ou estibordo, a parte

    esquerda chamamos (BB) bombordo. (Arte Naval p. 01)

    Boreste (BE): Lado direito de quem est na embarcao olhando em direo proa,

    tambm denominado Estibordo. (Arte Naval p. 01)

    Letra C

    Cabeos: Colunas de ferro, de pequena altura, montadas aos pares e colocadas

    geralmente junto a amurada ou s balaustradas; servem para dar-se volta s espias ou

    cabos de reboque. (Arte Naval p. 35 1-137)

    Calado: a distncia vertical entre a superfcie da gua e a parte mais baixa do navio

    naquele ponto. (Arte Naval p. 72 2-60)

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    Camarote: Compartimentos destinados a alojar de (01) um a (04) quatro tripulantes ou

    passageiros. (Arte Naval p. 26)

    Carta Piloto: Carta que contm informaes metereolgicas, regime de correntes

    martimas e ventos nas diversas pocas do ano.

    Casco: o corpo do navio sem mastreao, aparelhos acessrios ou qualquer outro

    arranjo. Sua principal caracterstica de forma ter um plano de simetria ( plano diametral)

    que se imagina passar pelo eixo da quilha. (Arte Naval p. 01)

    Castelo de Proa: Superestrutura na parte extrema da proa, acompanhada de elevao

    da borda. (Arte Naval p. 06 1-38)

    Compartimento ou tanques de coliso: So compartimentos estanques, normalmente

    conservados vazios, localizados nos extremos a vante e a r do navio, chamados de

    pique-tanque de vante e pique-tanque de r respectivamente. (Arte Naval p. 25 1-64)

    Compartimento da Mquina de Leme: o compartimento em que ficam os

    equipamentos de governo do navio. A mquina do leme comandado a distncia pelos

    movimentos da roda do leme (timo). Nos navios de grande porte, este compartimento

    fica abaixo da linha d'gua e protegido por couraa, devido a importncia vital querepresenta este equipamento para a segurana da embarcao. (Arte Naval p. 580 11-4)

    Compartimento estanque: So compartimentos, espaos no interior do casco limitados

    por chapeamento impermevel gua. (Arte Naval p. 22 1-58)

    Convs: Pavimento da embarcao. Sem qualquer referncia, refere-se ao convs

    principal. O primeiro pavimento contnuo de proa a popa, junto borda do casco,

    descoberto total ou parcialmente chamado convs principal, a parte de proa chama-se

    convs a vante e a parte de meia-nau, convs a meia-nau e a parte da popa, designa-se

    tolda. A um convs parcial, acima do convs principal e localizado na proa, chamamos

    convs do castelo, se localizado a popa ser o convs do tombadilho e se a meia nau

    ser o convs superior. A um convs parcial, acima do convs superior, do castelo ou do

    tombadilho, chamamos convs da superestrutura. Para a denominao dos conveses que

    ficam abaixo do convs principal, adota-se o seguinte critrio: consideramos o principal

    como o primeiro convs e denominamos os demais conveses como - segundo convs,

    terceiro convs, assim por diante - sendo estes contados e denominados de cima para

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    baixo. Estes espaos tambm podem ser denominados cobertas, porm quando usamos

    a esta denominao o que se chamaria segundo convs, d-se o nome de primeira

    coberta ao que se designaramos como terceiro convs chamar-se-ia de segunda coberta,

    assim por diante. Quando abaixo do principal s existir um convs, este denominadoconvs inferior. Entre o piso do convs mais abaixo e o duplo-fundo da embarcao

    chamamos de poro. (Arte Naval p. 17 1-56 a./g.)

    Costado: Invlucro do casco acima da linha d'gua. Em arquitetura naval, durante a

    construo do navio, quando ainda no est traada a linha d'gua, costado o

    revestimento do casco acima do bojo. A superfcie da carena somada a superfcie do

    costado, representa a rea total da superfcie do casco. (Arte Naval p. 03 1-14)

    Letra D

    Defensas: So protees das embarcaes, dispostas ao longo do casco nos pontos

    mais salientes deste, de modo a impedir que ocorram danos ao mesmo e sua pintura

    quando o navio estiver atracado. Existem vrios tipos de defensas, apropriadas a cada

    tipo de embarcao ou mesmo uso. (Arte Naval p. 448 8-115)

    Desatracar: Desatracar desencostar e afastar a embarcao do cais ou de outro navio

    a que este esteja atracado. (Arte Naval p. 626)Letra E

    Embarcao: uma construo feita em materiais apropriados de modo flutuar e

    destinada a transportar pela gua pessoas e coisas. (Arte Naval p. 01)

    Escada de Portal: Dispositivo para embarque e desembarque no navio, a partir de terra

    ou de outra embarcao. Tem duas pequenas plataformas em cada uma das suas

    extremidades. (Arte Naval p. 32 1-112)

    Escotilhas: Aberturas geralmente retangulares, feitas no convs e nas cobertas, para

    passagem de ar, luz, pessoal e carga. (Arte Naval p. 27 1-82)

    Letra F

    Flutuabilidade: a propriedade de poder permanecer na superfcie d'gua, mesmo com

    sua carga completa. (Arte Naval p. 224 5-28 a.2)

    Fonoclama: Sistema de alto-falantes para comunicao interna.

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    Fundear: O mesmo que ancorar.

    Letra L

    Lastro: Tudo o que se coloca no fundo dos pores de um navio para lhe dar estabilidade,

    geralmente, quando este estiver vazio. Lastro o peso que lastra o navio. comum em

    navios de carga, que ao sarem de um porto leves, usarem lastrear a fim de torn-lo mais

    pesado, para melhorar sua estabilidade. (Arte Naval p. 86)

    Leme: o aparelho destinado ao governo de uma embarcao. O leme constitudo, no

    mnimo, pelas seguintes partes: madre, cabea e porta do leme. (Arte naval p. 29 1-97 e

    178 4-5)

    Longarinas: Peas colocadas de proa a popa, na parte interna das cavernas, ligando-asentre si. (Arte Naval p.9 1-52 c.)

    Letra M

    Mastro: Pea de madeira ou metal, de seo circular, colocada no plano diametral, em

    direo vertical ou um pouco inclinada para a r, que se arvora nos navios. Serve para

    que nele sejam envergadas as velas (nos navios de propulso a vela) ou para agentar

    as vergas, antenas, paus de carga, luzes indicadoras de posio ou de marcha, alm de

    diversos outros acessrios (nos navios de propulso a motor). (Arte Naval p. 39 1-162)

    Meia nau: a parte do casco compreendida entre a popa e a proa. As palavras Popa,

    Proa e Meia nau no definem uma parte determinada do casco, mas sim uma regio do

    mesmo. (Arte Naval p. 01 e 56)

    Milha nutica: o comprimento do arco de 01 (um) minuto do permetro mdio do globo

    terrestre. Como a terra no rigorosamente esfrica, seu valor varia se a medida for

    adotada num meridiano ou no equador. A milha nutica igual a 1.853,55 metros, que a

    mdia da medida de 01 (um) minuto no meridiano e 01 (um) minuto no equador. (Arte

    Naval p. 885)

    Letra N

    Nau ou Nave: Expresses antiquadas para definir uma construo de grande porte, feita

    em materiais apropriados de modo flutuar e destinada a transportar pela gua pessoas

    e coisas. (Arte Naval p. 01)

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    Naufragar: Ir a pique, soobrar (a embarcao). Sofrer naufrgio (os tripulantes e/ou os

    passageiros).

    Navio: Construo de grande porte, feita em materiais apropriados de modo flutuar e

    destinada a transportar pela gua pessoas e coisas. (Arte Naval p. 01)

    N (unidade): a unidade de velocidade do navio. o nmero de milhas (nuticas)

    navegadas em uma hora por um navio. (Arte Naval p. 226)

    Letra O

    Obras Mortas: Parte do casco que fica acima do plano de flutuao em plena carga e

    que fica sempre emersa. (Arte Naval p. 03)

    Obras Vivas: Parte do casco que fica abaixo do plano de flutuao em plena carga, isto

    , a parte que fica total ou quase totalmente imersa. (Arte Naval p. 03)

    Letra P

    Paiis: Compartimentos situados geralmente nos pores, onde so guardados

    mantimentos, material de sobressalente ou consumo, etc. (Arte Naval p. 25 1-69)

    P de Carneiro: Colunas que suportam os vaus para aumentar a rigidez da estrutura.

    (Arte Naval p. 10 1-54 c.)

    Ponte de comando: O mesmo que passadio.

    Popa: a extremidade posterior de um navio. A popa do navio dever ter a forma

    adequada a facilitar a passagem da gua, que preencher o vazio gerado pelo movimento

    do mesmo, de maneira que torne mais eficiente a ao tanto do hlice quanto do leme. As

    palavras Popa, Proa e Meia nau no definem uma parte determinada do casco, mas sim

    uma regio do mesmo. (Arte Naval p. 01 e 262)

    Pores: o espao entre o convs mais abaixo e o teto do duplo-fundo, ou entre o

    convs mais baixo e o fundo se o navio no for dotado de duplo-fundo. Num navio

    mercante destinado ao transporte de mercadorias, poro todo o compartimento

    estanque onde se acondiciona a carga; estes pores so numerados seguidamente de

    vante para a r e debaixo para cima. (Arte Naval p. 18 1-56 g.)

    Praa de Mquinas: Compartimento onde ficam situadas as mquinas principais eauxiliares. (Arte Naval p. 26 1-70)

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    Fonte: Arte Naval

    Fonte: Arte Naval

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    Fonte: Arte Naval

    Fonte: Arte Naval

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    Hlice Foto: Manual do tripulante

    Leme Foto: Manual do tripulante

    2.3.4 Acessrios de convs

    Cabrestante Foto: Manual do tripulante

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    Tamanca - Foto: Manual do tripulante

    2.3.5 Aberturas encontradas nas embarcaes

    Destina-se entrada e sada das pessoas da embarcao.

    Portal e Escada de Portal - Foto: Manual do tripulante

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    2.3.6 Mastreao das embarcaes

    A mastreao desempenha diversas funes em uma embarcao podendo se

    usada para estivar carga, como observatrio

    Fotos acima: Manual do Tripulante

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    Antes de ser procedida ligao dos mangotes do navio a terra, para descarga, o

    navio deve ser conectado tambm a terra por um cabo de cobre, a fim de descarregar a

    eletricidade esttica.

    O hbito de fumar permitido somente em locais previamente designados; aos

    homens encarregados da limpeza dos tanques deve ser permitido onde e quando no implicar

    em risco de exploso/incndio.

    O uso de aparelhos eltricos portteis, incluindo rdios, celulares, somente dever

    ser permitido nos lugares onde permitido fumar.

    A desgaseificao dos tanques deve ser proibida quando houver motores em

    funcionamento, processamento de soldagem ou corte de metais, fontes de calor diversas e

    lmpadas no-blindadas, dentro de um raio de 60 metros de onde se realizar a operao.

    A desgaseificao deve ser interrompida quando houver possibilidade de naviosvagonetes, locomotivas, etc. em movimento, num raio de 60 metros.

    3.1.1 Equipamento de verificao de tanque e outros espaos confinados.

    3.1.1.1 Explosmetros.

    Os indicadores de gases de hidrocarbonetos usados a bordo dos navios, so

    conhecidos como explosmetros e, em alguns lugares, como indicadores de gases.

    As especificaes que regulam sua aquisio exigem que tais instrumentos sejam

    previamente testados por um rgo governamental especfico e atestados como satisfatrios

    para o uso a bordo dos navios.

    Os explosmetros so sensveis na deteco de pequenas quantidades de gases e

    vapores at a escala do limite inferior de explosividade (LIE) ou alm do seu limite superior de

    explosividade (LSE).

    O pessoal do Corpo de Bombeiros deve saber manejar o explosmetro e utiliz-lo

    quando ingressar em navios em situao de incndio, visto que a simples abertura de uma

    porta ou escotilha poder fazer com que a penetrao de oxignio naquela cmara propicie a

    formao da mistura ideal para causar uma exploso.

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    3.1.5 Aliviamento de petroleiro

    O aliviamento de petroleiro consiste na transferncia de sua carga para outro navio-

    tanque, em situao de emergncia martima.

    Quando no houver outra alternativa, sero atracados os navios petroleiros, um a

    contrabordo do outro. As normas referentes s precaues de segurana devem ser

    cumpridas, alm das medidas preventivas que os comandantes determinarem, para maior

    segurana dos navios.

    A transferncia deve ser iniciada, sempre que possvel, luz do dia; iluminao

    adequada deve ser providenciada durante operao noite.

    Na amarrao, no devem ser usados cabos de ao.

    Machados devem estar mo para cortar a amarrao, em caso de necessidade.Cabos para reboque, em emergncia, devem estar prontos na proa e na alheta, em

    ambos os navios, pelos bordos livres.

    Defensas, sacos de areia, pneus, pranchas de madeira e outros devem ser

    colocados entre os navios, a fim de evitar contatos metlicos.

    Fumar s permitido sob condies controladas, e em locais especificados.

    Os navios, antes das atracaes a contrabordo, devero dar especial ateno

    instalao dos equipamentos de combate a incndio.

    As chamas na cozinha devem ser apagadas, principalmente se a distncia at

    qualquer suspiro ou abertura for inferior a quinze metros.

    Caso a chamin possua equipamento abafador de fasca, este dever estar

    funcionando durante toda a operao de transferncia.

    Todas as entradas externas dos compartimentos habitveis devem estar fechadas,

    inclusive os albois da praa de caldeiras; os cachimbos de ventilao das praas de mquinas

    e das caldeiras devem ser orientados de modo que suas aberturas fiquem do lado oposto aos

    tanques que esto sendo carregados.

    Por ocasio do aliviamento, nos navios aliviadores, especial ateno dever ser

    dada no sentido que sejam fechadas todas as portas de acesso aos compartimentos internos,

    s vigias, s gaitas de praa de mquinas e praa de caldeiras.

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    Dicas para utilizao de uma embarcao de sobrevivncia: Existem duas

    maneiras de voc entrar em uma balsa inflvel: seco ou molhado.

    No embarque direto, ou mtodo seco, deve-se entrar na balsa sem mergulhar na

    gua. Em seguida, esta arriada na gua com o pessoal dentro dela.

    Caso no seja possvel, o embarque ser molhado, isto , voc ter que entrar na

    gua. O procedimento pular sempre de p (regra dos ps primeiro), com as pernas

    fechadas e braos juntos do corpo, de preferncia segurando seu colete salva-vidas e nadar

    at o bote salva-vidas e embarcar nele com calma.

    Em embarcaes empregadas para navegao interior, geralmente existe uma

    balsa rgida.

    Balsa rgida fonte: Manual do tripulante

    Se a sua embarcao possuir uma balsa salva-vidas inflvel, procure embarcar de

    forma correta, utilizando os acessrios da entrada. A melhor maneira de embarcar na balsa

    salva-vidas, de dentro da gua, utilizando a escada de tiras e a plataforma de embarque,

    como demonstrado abaixo.

    Embarcando na balsa usando a escada de corda fonte: Manual do tripulante

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    Se durante o lanamento da balsa salva-vidas, ela inflar de cabea para baixo,

    voc poder facilmente desvir-la. Para isso, suba na balsa e fique sobre o cilindro de CO2,

    em seguida, puxe o cabo de endireitamento localizado na parte inferior da balsa.

    Endireitando a balsa antes de embarcar fonte: Manual do tripulante

    As embarcaes que tiverem a proa ou a popa situadas a uma distncia maior que

    100 metros do posto de abandono devero possuir uma balsa salva-vidas na proa ou napopa, para a qual no obrigatrio possuir dispositivo de escape automtico.

    Embarcao salva-vidas normalmente do tipo baleeira, isto , tem proa e popa

    afiladas. rgida, tem propulso prpria e normalmente arriada por turcos ou lanada por

    queda livre.

    Embarcao salva-vidas Fonte: Internet

    A embarcao salva-vidas no poder possuir lotao superior a 150 pessoas e

    pode ser dos tipos:

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    3.3.1 Embarcao salva-vidas to talmente fechada: dotada de propulso a motor, auto-

    aprumante, podendo ser de trs modelos, conforme a aplicao: totalmente fechada munida

    de um sistema autnomo de abastecimento de ar e prova de fogo.

    As embarcaes tanques devero ser dotadas de embarcaes salva-vidas

    totalmente fechadas em cada bordo para 100% do total de pessoas a bordo. Se transportarem

    produtos qumicos ou gasosos que desprendam vapores ou gases txicos, as embarcaes

    salva-vidas devero ser do tipo totalmente fechada munidas de sistema autnomo de

    abastecimento de ar.

    Se as embarcaes tanques transportarem produtos qumicos ou gasosos que

    tenham ponto de fulgor inferior a 60C, as embarcaes salva-vidas devero ser do tipo

    totalmente fechada prova de fogo.

    3.3.2 Embarcao salva-vidas parcialmente fechada: dotada de propulso a motor,

    podendo ser auto-aprumante;

    3.3.3 Embarcao salva-vidas aberta: pode ser com propulso a motor, a remo, vela ou

    outro meio mecnico e sem caractersticas de auto-aprumao.

    3.3.4 Meio de Proteo Trmica - um saco ou uma roupa feita de material impermevel

    gua e de baixa condutividade trmica. Sua constituio mais simples que a da roupa de

    imerso. Dificulta a movimentao daquele que a esteja usando.

    3.3.4.1 Roupa de Imerso - uma roupa protetora que reduz a perda de calor do corpo de

    uma pessoa que a esteja usando em gua fria. Ela permite os movimentos e o deslocamento

    da pessoa.

    Roupa de imerso Fonte: Manual do tripulante

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    combustvel, sejam elas providas de dispositivos adequados para reverso s suas

    funes normais.

    3.4.5 Redes, tomadas de incndio, mangueiras e seus acessrios.

    As redes, tomadas de incndio, mangueiras e seus acessrios das embarcaes

    propulsadas com AB superior a 300 devero atender aos seguintes requisitos:

    a) O nmero e a localizao das tomadas de incndio devero ser tais que, pelo

    menos, dois jatos d'gua no provenientes da mesma tomada de incndio, um dos quais

    fornecido por uma nica seo de mangueira e a outra por no mximo duas, possam atingir

    qualquer regio da embarcao, incluindo os compartimentos de carga, quando vazios;

    b) As mangueiras e seus acessrios (esguicho, chave para mangueira) devero ficar

    acondicionadas em cabides ou estaes de incndio, que consistem de um armrio pintado

    de vermelho, dotado em sua antepara frontal de uma porta com visor de vidro, destinado

    exclusivamente guarda da mangueira de incndio e seus acessrios;

    c) Dever haver uma estao de incndio no visual de uma pessoa que esteja junto a

    uma tomada de incndio. Uma estao de incndio poder servir a uma ou mais tomadas de

    incndio;

    d) Na entrada da Praa de Mquinas (lado externo), devero ser previstas uma

    tomada de incndio e uma estao de incndio:

    Tomada de incndio Estao de incndio

    A estao de incndio, alm do normalmente requerido, dever possuir uma seo de

    mangueira e um aplicador de neblina. A seo de mangueira dever ser dotada de acessrios

    que permitam um rpido engate tomada de incndio;

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    e) dever ser instalado uma vlvula ou dispositivo similar em cada tomada de

    incndio, em posies tais que permitam o fechamento das tomadas com as bombas de

    incndio em funcionamento;

    f) a rede e as tomadas de incndio devero ser pintadas de vermelho.

    3.4.6 Vias de escape (rotas de fuga)

    Os requisitos abaixo devero ser observados em qualquer embarcao com AB

    superior a 50:

    a) Em todos os nveis de acomodaes, de compartimentos de servio ou da Praa

    de Mquinas dever haver, pelo menos, duas vias de escape amplamente separadas,

    provenientes de cada compartimento restrito ou grupos de compartimentos;

    b) Abaixo do convs aberto mais baixo, a via de escape principal dever ser uma

    escada e a outra poder ser um conduto ou uma escada;

    c) acima do convs aberto mais baixo, as vias de escape devero ser escadas, portas

    ou janelas, ou uma combinao delas, dando para um convs aberto;

    d) as rotas de escape devero ser marcadas por meio de setas indicadoras pintadas

    na cor vermelha indicando "Sada de Emergncia". A marcao dever permitir aos

    passageiros e tripulantes a identificao de todas as rotas de evacuao e a rpida

    identificao das sadas.b) Sistemas de Comunicao e Alarme Geral de Emergncia

    I) Dever haver a bordo das embarcaes um Sistema de Comunicao Interior de

    emergncia constitudo de material fixo ou porttil (ou dos dois tipos), para comunicao

    bilateral entre as estaes de controle de emergncia, postos de reunio e estaes de

    embarque.

    II) Dever ser provido um sistema de alarme geral de emergncia satisfazendo as

    prescries abaixo, que ser usado para chamar os passageiros e a tripulao para os postos

    de reunio e para iniciar as operaes indicadas nas tabelas de postos. Este sistema ser

    complementado por um sistema de alto-falantes ou por outros meios de comunicao

    adequados.

    III) O Sistema de alarme de emergncia dever poder soar o sinal de alarme geral

    de emergncia, consistindo de sete ou mais sons curtos, seguidos de um som longo

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    produzidos pelo apito ou sinete do navio, alm de um sino ou buzina operada eletricamente,

    ou outro sistema equivalente de alarme, que ser alimentado pela fonte de alimentao de

    energia principal e de emergncia do navio. O sistema dever poder ser operado do

    passadio e, com exceo do apito do navio, tambm de outros pontos estratgicos. O

    sistema dever ser audvel em todas as acomodaes e em todos os espaos em que

    normalmente a tripulao trabalha e no convs aberto.

    Os materiais salva-vidas devero ser marcados com letras romanas maisculas,

    com tinta prova d'gua, com o nome da embarcao e do porto de inscrio ao qual

    pertence.

    Os equipamentos devero tambm possuir as marcaes seguintes: inscries

    referentes ao ndo Certificado de Homologao, nome do fabricante, modelo, classe, n

    de

    srie e data de fabricao.Para se obter maiores informaes sobre sistemas de comunicao pode-se

    consultar o MANUAL DE FUNDAMENTOS n 11 ou o MB-2-PM.

    3.5 Distncia da embarcao sinistrada

    fundamental manter uma distncia segura da embarcao sinistrada. O

    afastamento deve ser suficiente para que no ocorra a suco dos nufragos quando essa

    afundar, evitando, tambm, que sejam atingidos por algum objeto que se desprenda e venha

    superfcie.

    Outro fator que justifica o afastamento da embarcao a possibilidade de

    vazamento de combustvel, que poder provocar incndio, caso haja alguma fagulha.

    importante que os nufragos se mantenham nas proximidades do sinistro, numa

    distncia segura, principalmente se foi enviada uma mensagem de socorro.

    Se o naufrgio se der nas proximidades de terra, procure chegar at ela, pois as

    condies de sobrevivncia sero muito melhores.

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    A resposta natural a um encalhe tornar o navio mais leve. Num fundo

    arenoso ou de lama isso pode no ajudar em nada. Num fundo rochoso, entretanto, isso

    poder causar um desastre.

    Se o navio estiver encalhado, ele ser influenciado pelas aes do vento, das

    ondas e da corrente. O aumento do movimento do navio poder ser suficiente para rasgar

    o seu chapeamento do fundo e, possivelmente, tornar impossvel um salvamento que j

    era difcil. Na realidade, a ao correta aumentar o lastro. Embora isso possa parecer ir

    contra o bom senso, ela muitas vezes a chave para o salvamento do navio.

    Dependendo da situao, poder ser feito lastreamento do navio encalhado,

    para evitar que este se movimente para locais de maior risco, como por exemplo, para

    dentro de um recife, de onde ser praticamente impossvel salv-lo.

    O lastreamento poder ser feito, bombeando-se gua do mar para

    determinados compartimentos do navio, devendo-se, sempre que possvel, procurar

    distribuir o lastro uniformemente em seu interior, a fim de se evitar a concentrao

    demasiada de esforos em um nico ponto, o que poder comprometer a integridade do

    casco.

    Antes de se fazer o lastreamento, deve-se verificar na tbua de mars, qual

    ser o ponto mais alto que esta poder atingir.

    A possibilidade de o navio adernar tambm dever ser estudada, antes de se

    optar pelo lastreamento, visto que o que se prope a estabilizao e a imobilizao da

    embarcao, e no, torna-la ainda mais instvel.

    O lastreamento poder ser feito utilizando-se as bombas do prprio navio ou de

    outra embarcao. Os rebocadores so dotados de poderosas bombas dgua que

    tambm podero ser utilizadas para isso, quando as bombas do navio em questo

    estiverem inoperantes.

    O lastreamento somente ser possvel quando o navio estiver encalhado, ouprestes e encalhar em local raso e de fundo pouco acidentado, e ainda, quando no

    houver maneira segura de reboc-lo para fora da rea de perigo.

    Deve-se sempre ter em mente que o casco do navio foi projetado para navegar

    em meio lquido e resistir a esforos distribudos uniformemente por toda sua superfcie.

    Quando esse caso submetido a presses pontuais ou desiguais em sua extenso,

    poder rasgar, torcer, soltar seu chapeamento ou proceder de qualquer outra forma para

    a qual no foi projetado.

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    Como essa embarcao transpe oceanos e permanece dias de distncia de

    terra firme sem possibilidade de receber socorro imediato, em caso de emergncia

    necessrio que todos a bordo tenham o perfil adequado com condies mnimas de

    treinamento para socorr-la.

    Um navio est sujeito a diversos tipos de avarias, sendo as mais comuns, as

    provocadas por incndios, encalhes, exploses de caldeiras, abalroamentos, e outras.

    Dessa forma necessrio que cada embarcao possua um grupo de CAv

    (Controle de Avarias) apto a dar a primeira resposta emergncia.

    O CAv de responsabilidade de todos a bordo, e cabe a todos os tripulantes

    zelar pelo seu cumprimento.

    A melhor maneira de preveno contra-incndios evitar que no tenham as

    condies ideais para se desenvolverem (Ex: limitar a presena de materiais combustveis

    a bordo).

    Todo navio deve confeccionar uma LISTA DE INFLAMVEIS, que uma

    relao em que consta a localizao de todos os materiais capazes de se inflamarem com

    facilidade, e os locais em que esto armazenados dentro da cada compartimento de

    bordo.

    O combate a incndio uma faina de equipe, cujo desenvolvimento se faz sobtenses fsicas e emocionais. Qualquer trabalho assim executado necessita para ser bem

    sucedido, que determinados requisitos bsicos sejam satisfeitos, a saber:

    Organizao;

    Instruo;

    Adestramento;

    Manuteno do Material.

    ORGANIZAO - dar aos componentes de um grupo de CAv a disposio

    necessria para a execuo de funes a que elas se destinam.

    INSTRUO - o conhecimento tcnico individual a funo, para a qual est

    designado o componente do grupo, pela organizao.

    ADESTRAMENTO - a execuo de uma funo por um componente do

    grupo, para a qual j foi instrudo durante um certo nmero de vezes, de um trabalho emconjunto.

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    No segundo caso, estando apenas parte da tripulao a bordo, o grupo de

    controle de avarias de servio guarnecer o reparo de CAv responsvel pela rea

    incendiada.

    O restante da tripulao ficar formada em local de parada, ou onde for

    indicado, ficando disponvel para quaisquer necessidades.

    Em ambos os casos, a fim de ser assegurada uma imediata ao de combate

    ao incndio, em cada reparo de CAv e no grupo de CAv de servio, existiro sempre

    quatro homens experientes escalados para, ao ser tocado o alarme, dirigirem-se de

    pronto ao local incendiado, iniciando o combate s chamas com os meios existentes no

    local, at que os demais recursos sejam mobilizados.

    Estes quatro homens constituem a TURMA DE ATAQUE.

    Navios que estejam a contrabordo de um outro onde seja detectado um

    incndio devem tambm guarnecer postos de combate. Com parte da tripulao

    licenciada, o navio dever formar toda a tripulao no bordo oposto ao do navio

    incendiado.

    Nos navios civis, que normalmente operam com tripulao reduzida, o

    comandante poder determinar funes adicionais para cada homem a fim de compensar

    essa deficincia.

    4.2.2 Guarnies do Corpo de Bombeiros para combate a incndios

    As guarnies descritas abaixo no compreendem a guarnio de operao

    das embarcaes do Corpo de Bombeiros. Trata-se apenas das guarnies que

    combatem diretamente o incndio.

    4.2.2.1 Guarnio para combate a incndios em embarcaes midas (termo

    uti lizado para embarcaes at 05 metros)Quando se fizer necessrio utilizar linhas de mangueiras, a guarnio para

    combate a incndios em embarcaes midas deve ser composta por pelo menos uma

    linha de ataque, na seguinte conformidade:

    * 01 Chefe da linha de ataque;

    * 01 Auxiliar da linha de ataque.

    * 01 Auxiliar geral de operao.

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    Deve-se seguir o que preconiza o MANUAL DE FUNDAMENTOS n 7 para

    todos os equipamentos que funcionam a partir de linhas de mangueiras, tais como,

    esguichos, esguichos lanadores de espuma, jatos chuveiros...

    4.2.2.2 Guarnio para combate a incndios em Navios

    A guarnio para combate a incndios em navios depender do tamanho da

    embarcao sinistrada e da proporo do incndio a bordo. O dimensionamento da

    guarnio ficar a cargo do comando da operao, que decidir avaliando o caso

    concreto.

    Basicamente, porm, a guarnio mnima ser composta por:* 02 linhas de ataque, compostas por 02 Chefes de Linha de ataque, 02

    Auxiliares de Linha de Ataque e 01 Operador de Derivante (se houver);

    * 01 linha de proteo, composta por 01 Chefe de Linha de Proteo e 01

    Auxiliar de Linha de Proteo;

    * 01 Chefe de Chefe de Combate, que ficar responsvel por organizar a

    operao das duas linhas de combate e da linha de proteo.

    Obs: O Chefe de Combate se subordinar diretamente ao Chefe de Operaes,ou a quem este indicar, no caso de operaes de grande magnitude.

    Quando o Chefe de Combate for o militar mais antigo no local, este acumular

    tambm a funo de Chefe de Operaes.

    Quando for utilizada mangueira de incndio de 65 mm, cada linha dever ser

    composta por 03 homens, sendo o primeiro o Chefe da Linha e os outros dois, Auxiliares

    de Linha.

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    4.2.2.3 Guarnio de explorao

    O Chefe de Operaes poder determinar que seja composta uma guarnio

    de explorao, composta, minimamente de:

    * 01 Comandante de Guarnio de Explorao;

    * 01 Auxiliar de Guarnio de Explorao;

    * 02 Reservas de Guarnio de Explorao, que ficaro equipados e prontos

    para socorrerem os componentes da guarnio de explorao em casos de emergncia.

    Obs: O nmero de guarnies de explorao ser determinado pelo Chefe de

    Operaes, porm, recomendvel que para cada 03 guarnies haja uma de reserva.

    Poder ser feito revezamento entre as guarnies de explorao e as

    guarnies de reserva, a fim de propiciar descanso aos homens.

    4.2.3 Salvatagem por pessoal externo ao navio

    Alm do pessoal de bordo, podero ser acionados recursos e pessoal

    estranhos embarcao para realizar aes de salvamento (tanto do pessoal de bordo,

    quanto da prpria embarcao).

    O Corpo de Bombeiros tambm poder ser acionado para essas misses

    devendo manter pessoal treinado, embarcaes e equipamentos prontos para aes de

    salvatagem.

    Normalmente o Corpo de Bombeiros dever se ater s ocorrncias em reas

    costeiras, porm, eventualmente poder ser acionado para atuar longe da costa.

    Existem empresas civis especializadas nesse tipo de salvatagem, que podero

    ser acionadas por rgo governamental ou contratadas pelo armador.

    Essas empresas (ou organizaes) enviam ao local uma pessoa experiente

    nesse tipo de ocorrncia, denominada SALVAGE MASTER (ou Supervisor de

    Salvamento).

    A todo instante deve ser levado em conta quando se est respondendo a um

    acidente de grandes propores, que no importa o quo rpida seja a resposta do

    salvador num caso de emergncia, ainda assim ele perder algum tempo para chegar ao

    local do acidente, pois, via de regra o navio permanece por mais tempo navegando do

    que ancorado.

    Esse perodo precioso e no deve ser desperdiado. Devemos nos ater a

    algumas observaes sobre a melhor maneira de se usar esse tempo de modo que torne

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    o acidente mais facilmente compreendido para que se possa aumentar as probabilidades

    de salvamento e de preveno da poluio.

    Aps o Salvage Mster receber instrues sobre uma determinada operao,

    mais provvel que ele se dirija para o aeroporto para pegar o primeiro avio com destino

    para o local mais prximo possvel do acidente. Se o navio estiver em guas costeiras, ele

    poder chegar a bordo de helicptero de lancha, se as condies metereolgicas e de

    mar permitirem. Se o navio acidentado estiver fora da ZEE (Zona Econmica Exclusiva),

    ele poder chegar de rebocador. De qualquer forma, essencial que o comandante,

    oficiais e demais tripulantes do navio acidentado tomem as devidas providncias

    enquanto os profissionais de salvamento estiverem a caminho.

    O perodo compreendido entre o pedido de salvamento e a chegada dos

    profissionais de vital importncia. Se o Salvage Mster, o comandante do navio

    acidentado, a equipe de terra do armador e o pessoal do Corpo de Bombeiros, puderem

    entrar em comunicao, o quanto antes, essa interao poder contribuir bastante para

    aumentar as chances do salvamento ser bem sucedido.

    Desde a primeira hora, o Salvage Mster prepara o seu prprio quadro do

    acidente, levando em conta a situao, o potencial de danos e, logicamente, a

    possibilidade de realizao de uma ao imediata para ganhar tempo e evitar que as

    coisas piorem. A disponibilidade de certas informaes de vital importncia nessa

    primeira fase. A troca de informaes entre o Salvage Mster e o comandante do navio

    acidentado deve ser franca, para espelhar a realidade. De algum modo, um homem tem

    que convencer o outro de que eles tm objetivos comuns. Se o Salvage Mster" tiver

    xito, ele pode criar uma efetiva parceria de trabalho junto com o comandante de modo

    que possa aproveitar melhor o precioso tempo durante o qual a equipe de salvamento

    est se deslocando para o local do acidente.

    No podemos nos esquecer dos aspectos psicolgicos envolvidos nesserelacionamento incomum e potencialmente complicado. O comandante de um navio

    seriamente avariado est envolvido num ambiente difcil e anormal. Vidas podem estar

    em risco. H a possibilidade de ocorrncia de poluio catastrfica.

    Muitas vezes, com um navio deriva preciso baixar o ferro (ncora) para

    diminuir a possibilidade de encalhe, ou caso este esteja se afastando da costa, diminuir

    sua velocidade para que o salvamento seja mais rpido.

    Bom senso uma coisa rara nesse mundo. O que ainda existe tende a seperder devido ao estresse e tenso decorrente do acidente.

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    Mesmo depois de uma embarcao ser salva e rebocada para um porto so

    necessrios cuidado e monitorao constante para que suas condies no piorem e ela

    venha a afundar causando grandes transtornos navegao, pois muitas vezes a

    embarcao ainda est em condies precrias. O salvamento no termina at que o

    acidentado seja entregue em condies de segurana, num lugar seguro.

    Numa operao de salvamento, todo pessoal no essencial deve ser retirado

    de bordo, quando houver condies seguras para isso. Muita gente sem funo na

    ocorrncia atrapalha o salvamento da embarcao e ainda pode tornar-se vtima de

    acidentes. Vale ressaltar que devido ao possvel derrame de combustvel na gua e as

    temperaturas elevadas provocadas pelo incndio a bordo, existe o risco de queimaduras

    graves, caso ocorra quedas de vtimas prximas embarcao sinistrada

    Todas as pessoas que apresentarem instabilidade emocional tambm devero

    ser retiradas de bordo, quando houver condies de segurana para isso.

    4.3 Tipos de Incndios em navios

    4.3.1 Incndios de materiais sl idos presentes nos navios

    Em um navio poderemos encontrar inmeros materiais combustveis slidos

    tais como: lonas, colches, caixas de madeira, papel, estopa, roupas, etc.

    A gua age como agente extintor, nesses materiais, por abafamento combinado

    com resfriamento.

    Dessa forma, o uso de gua ou de espumas que contenham gua em grande

    proporo o mais indicado para tal situao. O resfriamento da fonte do incndio e da

    rea contnua dever continuar por tempo suficiente para se eliminar totalmente o risco de

    uma reignio.

    Para maiores informaes, consultar o MANUAL DE FUNDAMENTOS n 14.

    4.3.2 Incndios de petrleo e seus derivados em navios

    A espuma o agente mais adequado para se utilizar no combate a incndios

    em petrleo e seus derivados, visto que a gua geralmente mais densa do que ele e

    acaba ficando por baixo dele, perdendo sua capacidade de abafamento.

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    4.3.3 Incndios de Gs Liqefeito de Petr leo (GLP) em navios

    Incndios envolvendo escapamentos de GLP devem ser extintos, quando

    possvel, pela interrupo do fluxo de gs. Se o fluxo de gs no puder ser interrompido,

    poder ser mais seguro permitir que o combustvel continue queimando e, ao mesmo

    tempo, usar neblina dgua para resfriar os tanques adjacentes e outras partes do navio

    ou do parque de tanques, a fim de controlar os efeitos do calor irradiado.

    Extinguir a chama pode resultar em vasta disperso do gs no queimado e em

    subseqente mais vasto alastramento da chama ou exploso de compartimentos do

    navio, por onde o gs possa penetrar, no caso de uma reignio inesperada.

    de bom tom que se monitore com explosmetro, a todo instante, os

    compartimentos adjacentes, a fim de se diminuir o risco de exploso por acmulo de gs

    no interior destes.

    Caso o vazamento seja causado por alguma vlvula aberta, no danificada, que

    pode ser fechada, pode-se extinguir as chamas de pequenos vazamentos, utilizando-se

    extintores de p qumico.

    J atos dgua nunca devem ser usados diretamente sobre um incndio de gs

    liquefeito de petrleo. A espuma tambm no extinguir tais incndios.

    A sinalizao utilizada para se coordenar as operaes de combate a incndios

    esto descritas no MANUAL DE FUNDAMENTOS n 11.

    4.4 Incndios em equipamentos eltricos de bordo ou do terminal

    Os incndios em equipamentos eltricos podem ser causados por curto-circuito,

    superaquecimento, ou alastramento do incndio de qualquer outra fonte. A ao imediata

    deve desalimentar (desenergizar) o equipamento, para ento extinguir o fogo, usar um

    agente no condutor, tal com gs carbnico, halon ou p qumico.

    Para maiores informaes, consultar o MANUAL DE FUNDAMENTOS n 14.

    4.4.1 Agentes extintores usados a bordo ou no terminal - resfriamento

    4.4.1.1 A gua

    A gua o agente resfriador mais comum. amplamente empregada porque

    absorve muito bem o calor e fartamente disponvel em terminais e navios.

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    Embarcao Cmt Ciancciulli do Corpo de Bombeiros Foto: Corpo de Bombeiros

    Um jato dgua, embora seja excelente para combater incndios envolvendo

    materiais combustveis, no deve ser usado sobre petrleo em combusto, ou sobre

    gorduras ou leos combustveis em chamas nas cozinhas de navios ou terminais, devido

    ao perigo de espalhar o fogo.

    Neblina dgua (de alta ou de baixa velocidade) pode ser usada eficazmente

    contra-incndios de petrleo e para estabelecer uma barreira entre o incndio e aqueles

    que o esto combatendo. Com isso, grande parte do calor irradiado ser absorvida pela

    gua e no atingir o pessoal que combate o incndio.

    Neblina dgua tambm poder se utilizada para resfriar anteparas e portas do

    navio que necessitem ser abertas, tomando as devidas precaues com a formao de

    vapor que pode envolver o bombeiro no caso ambientes confinados. Para isso, o

    bombeiro poder cobrir toda a chaparia de ao ao redor a fim de ampliar a rea de

    resfriamento. Todo bombeiro que combater incndio em navio dever possuir luvas

    adequadas para proteger as mos de queimaduras por contato com materiais aquecidos.

    Canho dgua usado em resfriamento Foto: Internet

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    Devido ao perigo de choque eltrico, a gua nunca dever ser lanada sobre

    qualquer equipamento eltrico de bordo. Lembre-se que o navio possui geradores

    poderosos que, em muitos casos, poderiam servir para iluminar uma pequena cidade.

    Nem sempre possvel desligar todo o sistema eltrico do navio, pois

    dependendo do tipo de avaria sofrida por este talvez seja preciso o uso de bombas

    eltricas de bordo para manter o navio flutuando.

    Um agente umectante poder ser adicionado a gua, podendo ser usado sobre

    materiais combustveis embalados compactamente para se diminuir a tenso superficial

    da gua, aumentando-lhe assim o poder de penetrao.

    Para maiores informaes, consultar o MANUAL DE FUNDAMENTOS n 14.

    4.4.1.2 A espuma

    A espuma tem capacidade limitada de absoro de calor e no deve, em

    princpio, ser empregada em resfriamento.

    4.4.2 Agentes extintores usados a bordo ou no terminal - abafamento

    4.4.2.1 A espuma

    A espuma um agregado de pequenas bolhas, de peso especfico menor que o

    do leo ou o da gua, que se espalha sobre a superfcie de um lquido em combusto e

    forma um manto abafador uniforme.

    A espuma, por absorver alguma quantidade de calor, reduzir tambm a

    temperatura na superfcie do lquido.

    A espuma no deve entrar em contato com qualquer equipamento eltrico.

    Para se obter maiores informaes sobre sua utilizao, devem-se recorrer aoMANUAL DE FUNDAMENTOS n 7 e ao MANUAL TCNICO DE BOMBEIROS

    correspondente.

    4.4.2.2 O gs carbnico

    O gs carbnico (CO2) um agente extintor excelente para extinguir incndios,

    quando usado em condies que no permitam que ele se dispense.

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    4.4.3 Inibidores de chamas

    Inibidores de chamas so materiais que interferindo quimicamente no processo

    da combusto extinguem as chamas.

    Entretanto para impedir a reignio necessrio o resfriamento ou a retirada do

    combustvel.

    4.5 Precaues necessrias

    Inicialmente devemos considerar a utilizao do MANUAL TCNICO DE

    BOMBEIROS que trata sobre combate a incndios em estruturas como uma boa opo

    para orientar o bombeiro que ingressar em um navio para combater incndios nas

    cobertas inferiores.

    Porm, ainda vrios outros cuidados que no esto previstos em manuais

    especficos devero ser tomados, cabendo ao pessoal envolvido na misso avaliar caso a

    caso, valendo algumas consideraes.

    A grande maioria das embarcaes construda em ao, material

    reconhecidamente condutor de calor, sendo portanto, necessrios todos os cuidados para

    proteo fsica do bombeiro.

    altamente recomendvel que o todo o pessoal envolvido esteja utilizando EPI

    completo adequado, priorizando materiais como o nomex e na medida do possvel,

    descartar as tradicionais luvas de vaqueta, que no oferecem a proteo necessria.

    O uso do colete salva-vidas pela guarnio embarcada ou prxima a gua

    obrigatrio devido ao risco de queda e/ou abandono de emergncia.

    O pessoal que estiver sujeito ao da fumaa dever estar utilizando EPR

    autnomo ou ligado embarcao por mangueiras.

    recomendvel que a embarcao do CB se posicione de forma que o vento

    passe por ela primeiro e depois pelo navio sinistrado, a fim de que a fumaa, o calor e ofogo no atinjam o pessoal do CB.

    O embarque do pessoal no navio sinistrado dever ser feito com mxima

    cautela, e sempre depois de avaliar a real necessidade.

    Nunca se deve empregar, desnecessariamente, pessoal em locais de risco.

    No caso do combate ao incndio, exigir que a guarnio ingressar em locais

    confinados (pores, paiis, praa de mquinas, etc.) deve ser usado a tcnica adequada,

    sendo necessrio conhecimento prvio do local e de suas caractersticas (tipo de escada,

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    portas, escotilha, etc.) e p