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    Coletnea de ManuaisTcnicos de Bombeiros

    ABERTURAS FORADAS

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    COLETNEA DE MANUAI STCNI COS DE BOMBEI ROS

    MAF MANUAL DE ABERTURASFORADAS

    1 Edi o2006

    Vol ume20

    Os direitos autorais da presente obrapertencem ao Corpo de Bombeiros daPolcia Militar do Estado de So Paulo.Permitida a reproduo parcial ou total

    desde que citada a fonte.

    PMESPCCB

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    COMISSO

    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    Comandante do Corpo de Bombeiros

    Cel PM Antonio dos Santos Antonio

    Subcomandante do Corpo de Bombeiros

    Cel PM Manoel Antnio da Silva Arajo

    Chefe do Departamento de Operaes

    Ten Cel PM Marcos Monteiro de Farias

    Comisso coordenadora dos Manuais Tcnicos de Bombeiros

    Ten Cel Res PM Silvio Bento da Silva

    Ten Cel PM Marcos Monteiro de Farias

    Maj PM Omar Lima Leal

    Cap PM Jos Luiz Ferreira Borges

    1 Ten PM Marco Antonio Basso

    Comisso de elaborao do Manual

    Cap PM Geraldo Aparecido Delmonte

    Cap PM Reynaldo de Almeida Chagas

    1 Ten PM Claudio Ribeiro da Silva

    1 Ten PM Adilson Felizardo dos Reis

    1 Ten PM Jos Milton Franco de Arruda

    1 Ten PM Emanoel Messias Roldo Pereira

    Comisso de Reviso de Portugus

    1 Ten PM Fauzi Salim Katibe

    1 Sgt PM Nelson Nascimento Filho

    2 Sgt PM Davi Cndido Borja e Silva

    Cb PM Fbio Roberto BuenoCb PM Carlos Alberto Oliveira

    Sd PM Vitanei Jesus dos Santos

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    PREFCIO - MTB

    No incio do sculo XXI, adentrando por um novo milnio, o Corpo de Bombeiros

    da Polcia Militar do Estado de So Paulo vem confirmar sua vocao de bem servir, por

    meio da busca incessante do conhecimento e das tcnicas mais modernas e atualizadas

    empregadas nos servios de bombeiros nos vrios pases do mundo.

    As atividades de bombeiros sempre se notabilizaram por oferecer uma

    diversificada gama de variveis, tanto no que diz respeito natureza singular de cada uma

    das ocorrncias que desafiam diariamente a habilidade e competncia dos nossos

    profissionais, como relativamente aos avanos dos equipamentos e materiais especializados

    empregados nos atendimentos.

    Nosso Corpo de Bombeiros, bem por isso, jamais descuidou de contemplar a

    preocupao com um dos elementos bsicos e fundamentais para a existncia dos servios,

    qual seja: o homem preparado, instrudo e treinado.

    Objetivandoconsolidar os conhecimentos tcnicos de bombeiros, reunindo, dessa

    forma, um espectro bastante amplo de informaes que se encontravam esparsas, o

    Comando do Corpo de Bombeiros determinou ao Departamento de Operaes, a tarefa de

    gerenciar o desenvolvimento e a elaborao dos novos Manuais Tcnicos de Bombeiros.

    Assim, todos os antigos manuais foram atualizados, novos temas foram

    pesquisados e desenvolvidos. Mais de 400 Oficiais e Praas do Corpo de Bombeiros,

    distribudos e organizados em comisses, trabalharam na elaborao dos novos Manuais

    Tcnicos de Bombeiros - MTB e deram sua contribuio dentro das respectivas

    especialidades, o que resultou em 48 ttulos, todos ricos em informaes e com excelente

    qualidade de sistematizao das matrias abordadas.

    Na verdade, os Manuais Tcnicos de Bombeiros passaram a ser contemplados na

    continuao de outro exaustivo mister que foi a elaborao e compilao das Normas do

    Sistema Operacional de Bombeiros (NORSOB), num grande esforo no sentido de evitar a

    perpetuao da transmisso da cultura operacional apenas pela forma verbal, registrando e

    consolidando esse conhecimento em compndios atualizados, de fcil acesso e consulta, de

    forma a permitir e facilitar a padronizao e aperfeioamento dos procedimentos.

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    O Corpo de Bombeiros continua a escrever brilhantes linhas no livro de sua

    histria. Desta feita fica consignado mais uma vez o esprito de profissionalismo e

    dedicao causa pblica, manifesto no valor dos que de forma abnegada desenvolveram e

    contriburam para a concretizao de mais essa realizao de nossa Organizao.

    Os novos Manuais Tcnicos de Bombeiros - MTB so ferramentas

    importantssimas que vm juntar-se ao acervo de cada um dos Policiais Militares que

    servem no Corpo de Bombeiros.

    Estudados e aplicados aos treinamentos, podero proporcionar inestimvel

    ganho de qualidade nos servios prestados populao, permitindo o emprego das

    melhores tcnicas, com menor risco para vtimas e para os prprios Bombeiros, alcanando

    a excelncia em todas as atividades desenvolvidas e o cumprimento da nossa misso de

    proteo vida, ao meio ambiente e ao patrimnio.

    Parabns ao Corpo de Bombeiros e a todos os seus integrantes pelos seus novos

    Manuais Tcnicos e, porque no dizer, populao de So Paulo, que poder continuar

    contando com seus Bombeiros cada vez mais especializados e preparados.

    So Paulo, 02 de Julho de 2006.

    Coronel PM ANTONIO DOS SANTOS ANTONIO

    Comandante do Corpo de Bombeiros da Polcia Militar do Estado de So Paulo

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    MAF MANUAL DE ABERTURAS FORADAS

    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    SUMRIO

    1. INTRODUO......................................................................................................................pg 01

    1.1 Amparo legal...................................................................................................pg 01

    1.2Da segurana....................................................................................................pg 02

    2. FECHADURA........................................................................................................................pg 04

    2.1. Fechadura do tipo tambor no cilndrico saliente...........pg 04

    2.2. Fechadura do tipo tambor cilndrico saliente.....................pg 05

    2.3. Fechadura do tipo tambor rente......................................................pg 05

    2.4. Fechadura embutida..................................................................................pg 06

    2.5. Cadeados e correntes..............................................................................pg 073. PORTAS..................................................................................................................................pg 07

    3.1. Portas comuns.................................................................................................pg 08

    3.2 Portas de enrolar.........................................................................................pg 11

    3.3 Portas de placa que abrem sobre a cabea (basculante)...pg 12

    3.4 Portas corta-fogo........................................................................................pg 13

    3.5 Portas metlicas...........................................................................................pg 143.5.1 Portas metlicas de fechamento circular (convencional)............................pg 14

    3.5.2 Portas metlicas de fechamento horizontal..................................................pg 15

    4. PAINIS DE VIDRO.............................................................................................................pg 15

    4.1 Caractersticas..............................................................................................pg 15

    4.1.2 O que o vidro?......................................................................................................pg 16

    4.1.2.1 Composio...................................................................................................pg 16

    4.1.3 Tipos de Vidro conforme sua estrutura .............................................................pg 17

    4.1.3.1 Vidro laminado ............................................................................................pg 17

    4.1.3.2 Vidro duplo .................................................................................................pg 18

    4.1.3.3 Vidrotemperado..........................................................................................pg 18

    4.1.3.4 Vidro monoltico...........................................................................................pg 20

    4.1.3.4.1 Monoltico Laminado................................................................................pg 20

    4.1.3.5 Vidrorefletivo..............................................................................................pg 20

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    MAF MANUAL DE ABERTURAS FORADAS

    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    4.1.3.6 Vidroaramado.............................................................................................pg 20

    4.2 PAINIS DE VIDRO COMUM..............................................................................pg 21

    4.3 PROCEDIMENTOS EM OCORRNCIAS ........................................................pg 23

    4.3.1 Painis de vidro Temperado...........................................................................pg 23

    4.3.2 Painis de vidro laminado...............................................................................pg 24

    4.3.3 Portas de vidro...............................................................................................pg 25

    4.3.2.1 Portas de vidro comum...............................................................................pg 25

    4.3.2.2 Portas de vidro temperado.........................................................................pg 26

    4.3.3 Vitrs e janelas...............................................................................................pg 26

    4.3.3.1 Janelas com Painis de Vidro.....................................................................pg 264.3.3.2 Janelas de Deslocamento Horizontal e Vertical.........................................pg 27

    4.3.3.3 Janelas de Duas Folhas de Abertura Circular (convencional).................pg 27

    4.3.3.4 Grades............................................................................................................pg 27

    5. PAREDES................................................................................................................................pg 27

    5.1 Parede estrutural.........................................................................................pg 28

    5.2 Parede de vedao.........................................................................................pg 28

    5.2.1 Paredes de Alvenaria.......................................................................................pg 28

    6. PISOS.......................................................................................................................................pg 29

    6.1 Pisos de concreto..........................................................................................pg 29

    6.2 Pisos de madeira..............................................................................................pg 30

    6.3 Piso metlico....................................................................................................pg 31

    7. TELHADOS..............................................................................................................................pg 30

    8. FORROS....................................................................................................................................pg 33

    9. DIVISRIAS.............................................................................................................................pg 33

    9.1 Divisrias comuns............................................................................................pg 34

    9.2 Divisrias de metal.........................................................................................pg 34

    10. CERCAS..................................................................................................................................pg 35

    10.1 Cercas de madeira.........................................................................................pg 36

    10.2 Cercas de metal (grades)..........................................................................pg 36

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    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    10.3 Cercas de alvenaria (muros)...................................................................pg 37

    10.4 Cercas de tela ou arame............................................................................pg 37

    11. FERRAMENTAS....................................................................................................................pg 38

    11.1 Alavanca..............................................................................................................pg 38

    11.1.1 Alavanca de unha.............................................................................................pg 38

    11.1.2 Alavanca p-de-cabra.......................................................................................pg 38

    11.1.3 Alavanca de extremidade curva......................................................................pg 38

    11.1.4 Alavanca multiuso...........................................................................................pg 38

    11.2 ALICATE..................................................................................................................pg 38

    11.2.1Alicate de presso.............................................................................................pg 3811.3 ARCO DE SERRA....................................................................................................pg 39

    11.4 CHAVE DE FENDA.................................................................................................pg 39

    11.5 CHAVE DE GRIFO..................................................................................................pg 39

    11.6 CHAVE INGLESA...................................................................................................pg 39

    11.7 CORTA-A-FRIO.......................................................................................................pg 39

    11.8 CROQUE...................................................................................................................pg 39

    11.9 CUNHA HIDRULICA ........................................................................................pg 39

    11.10 ELETROCORTE...................................................................................................pg 39

    11.11 MACHADO.............................................................................................................pg 39

    11.12 MALHO...................................................................................................................pg 40

    11.13 MARTELETE HIDRULICO E PNEUMTICO..............................................pg 40

    11.14 MARTELO...............................................................................................................pg 40

    11.15 MOTOR DE BOMBEAMENTO DE LEO HIDRULICO............................pg 40

    11.16 MOTO-ABRASIVO................................................................................................pg 40

    11.17 OXICORTE..............................................................................................................pg 40

    11.18 PICARETA................................................................................................................pg 40

    11.19 PUNO...................................................................................................................pg 40

    11.20 TALHADEIRA..........................................................................................................pg 41

    11.21 SERRA-SABRE .......................................................................................................pg 41

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    MAF MANUAL DE ABERTURAS FORADAS

    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    11.21.2 Utilizao..........................................................................................................pg 45

    11.21.2.1Metais......................................................................................................pg 45

    11.21.2.2 Madeira...................................................................................................pg 45

    12.22 NOME: HALLIGAN / ARROMBADOR...............................................................pg 46

    12.22.1 Modos de utilizao..........................................................................pg 46

    12.22.1.1 Abertura de portas ou porta malas empurrando o miolo........................pg 46

    12.22.1.2 Quebrar vidros temperados para acessar vtimas ou travas...................pg 47

    12.22.1.3 Retirada de grades de janelas residenciais................................................pg 47

    12.22.1.4 Arrombamento de portas.............................................................................pg 48

    12.23 VISO GERAL DE FERRAMENTAS QUE PODEM SER UTILIZADAS EMABERTURAS FORADAS..........................................................................................................pg 49

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    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    1. INTRODUO

    Aberturas foradas o procedimento de abrir portas, janelas ou outros vedos de passagens,

    que estejam fechadas no momento do atendimento da ocorrncia de bombeiro e no se tenha no local

    como abri-las do modo normal, atravs do acionamento de maaneta, chave, trinco ou outro tipo de

    tranca. tambm o procedimento de romper elementos estruturais de vedao - piso, laje, coberturas e

    forros. O objetivo passar pela abertura liberada, ou criada no momento, seja para o bombeiro

    adentrar, sair, continuar entrando ou saindo, ou ainda para retirar algum que esteja preso no ambiente,

    ou mesmo para permitir que pessoas entrem e faam uso normal do ambiente antes obstrudo. Alm

    disto, comum, ainda, o bombeiro fazer aberturas para passar materiais a serem usados no servio que

    est em andamento no interior do ambiente sinistrado mangueiras de incndio, materiais hidrulicos,

    macas, cilindros de ar, escadas, cabos, etc.. Para tanto, ao invs de se usar os meios normais de sua

    abertura maaneta, chave, trincos, etc., usam-se ferramentas que permitam fazer a abertura de

    maneira a causar o menor dano possvel ao patrimnio, utilizando-se de meios no convencionais.

    Deve-se tentar causar o menor dano possvel, evitando ao mximo o arrombamento.

    Existem diferentes mtodos de se fazer uma abertura forada, cabendo ao bombeiro optar

    por aquele que causar menor dano e for o mais rpido.

    Entende-se por obstculo toda obstruo que impede a passagem do bombeiro, tais como

    portas, portes e janelas trancadas, sem a presena das chaves no local; elementos de vedao de vos,

    quando se pretende uma abertura improvisada em paredes; alambrados, etc.

    Lembrar: O melhor mtodo de entrada nem sempre est mostra. o bombeiro deve

    procur-lo.

    1.1 Amparo legal

    No raras vezes, ao chegar ao local de ocorrncias, onde necessrio abrir uma residncia,

    prdio comercial, ou mesmo institucional, de modo forado, o proprietrio ou responsvel legal pode

    estar ausente. Nestes casos, necessrio atentar para a garantia constitucional de inviolabilidade de

    domiclio e de locais de trabalho.

    O artigo 5, inciso XI da Constituio Federal garante a inviolabilidade de domiclio, bem

    como prev as hipteses em que se pode desconsiderar esta garantia:

    ...salvo em caso de flagrante delito ou desastre, oupara prestar socorro...

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    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    importante que o Bombeiro se certifique que estas condies, ou seja, desastre e/ou

    necessidade de prestar socorro, estejam presentes, arrolando testemunha do fato que gerou a

    interveno da Corporao.

    O Corpo de Bombeiros dever restabelecer a segurana encontrada antes da abertura

    forada de suas portas e janelas, o mximo possvel, tentando localizar o proprietrio ou responsvel

    do local ( o que pode ser feito via COBOM ), e acionando o policiamento para a guarda do local e

    confeco do BOPM.

    O dano causado pelo rompimento de portas, janelas ou outros elementos de vedao, pelo

    Corpo de Bombeiros no constituem, a princpio, crime de dano, por estar ao abrigo da excludente de

    criminalidade exerccio regular de direito, ou estrito cumprimento do dever legal, conforme previsto

    na Lei 2.848/40 Cdigo Penal. Tambm por que, misso constitucional atuar na preservao da

    vida, do patrimnio e do meio ambiente. Mas importante que certifique que a necessidade de

    interveno esteja presente, para garantir que estas excludentes estejam presentes na realidade.

    1.2 Da segurana

    Cuidados a serem observados quando da realizao de aberturas foradas :

    verificar a estabilidade da edificao ou estrutura antes de entrar;

    verificar se portas e janelas encontram-se abertas, antes de for-las;

    transportar ferramentas com segurana;

    identificar atmosfera explosiva que podem causar exploses ambientais, como

    por exemploBackdraft( Fig. 01, 02);

    ( Fig. 01)

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    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    ( Fig. 02)

    manter-se em segurana, quando estiver quebrando vidros, e remover todos os

    cacos;

    escorar todas as portas que abrem acima da cabea, bem como as portas corta-

    fogo, aps a abertura;

    utilizar o EPI completo ( Foto 01 e 02);

    ( Foto 01) ( Foto 02)

    manter pessoas afastadas durante a operao;

    desligar a chave eltrica quando houver fiao no obstculo;

    lembrar que uma abertura grande normalmente mais eficaz e mais segura que

    vrias pequenas;

    verificar a existncia de animais de guarda no interior do imvel e tomar as

    precaues devidas; no deixar pontas ou obstculos que causem ferimentos;

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    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    a segurana deve envolver o bombeiro que atua, demais bombeiros e terceiros;

    Com relao a segurana, devero ser consultados os MTB 36 segurana no servio

    de bombeiro, e MTB 17 equipamento de proteo individual e respiratria, que tratam

    profundamente este tema.

    2. Fechadura ( Foto 03)

    Consiste de uma lingeta dentro de uma caixa de metal, que encaixada no batente da

    porta. Neste, h um rebaixo onde a porta encosta.

    ( Foto 03)

    2.1. Fechadura do tipo tambor no cilndrico saliente ( Foto 04)

    ( Foto 04)

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    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    o tipo de fechaduras mais moderna. uma fechadura monobloco (mecanismo, lingeta,

    manpulo), equipada com um boto de presso, pode ser travada interiormente por um dispositivo

    central ou por um boto, ou bloqueada por uma chave pelo lado de dentro ou de fora.

    Caso a fechadura seja tipo tambor no cilndrico e esteja saliente, deve-se usar um martelo

    e, com batidas sucessivas, for-lo a entrar, empurrando-o. A seguir, introduzindo-se uma chave de

    fenda no vazio deixado pelo tambor, fora-se a lingeta para dentro da caixa da fechadura.

    2.2. Fechadura do tipo tambor cilndrico saliente ( Foto 05)

    ( Foto 05)

    Usa-se uma chave de grifo ou alicate de presso para girar o cilindro, quebrando, desta

    forma, o parafuso de fixao do tambor e soltando o cilindro, e fora-se a lingeta para dentro da

    fechadura.

    2.3. Fechadura do tipo tambor rente ( Foto 06)

    ( Foto 06)

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    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    Fechadura, sobretudo para portas exteriores ou de caves, aparafusada pelo lado de dentro

    da porta.

    Se o tambor no estiver saliente, coloca-se uma puno no meio do tambor e, batendo com

    um martelo, empurra-se o tambor para que saia do lado interno. Com uma chave de fenda introduzida

    no vazio deixado pelo tambor, fora-se a lingeta para dentro da fechadura. Usa-se este processo para

    qualquer formato de tambor.

    2.4. Fechadura embutida ( Foto 07)

    ( Foto 07)

    Tambm designada por fechadura de encastrar. , sobretudo, utilizada para portas

    interiores de comunicao. O sentido de funcionamento da fechadura funo de inclinao (resvale)da lingeta triangular.

    Se a fechadura estiver na maaneta, utiliza-se uma alavanca p-de-cabra (como na foto

    acima), encaixando-a entre a porta e a maaneta, forando-a.

    A partir da, surgem duas situaes:

    a) o tambor sai com a maaneta neste caso, utilizando-se a chave de fenda, procede-se

    como j descrito;

    b) o tambor permanece e a maaneta sai caso tpico de tambor saliente.

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    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    (Fig. 02)

    O primeiro cuidado com portas aquecidas abri-las parcialmente, observando as condies

    do ambiente: lufadas de fumaa escura, pequenos focos com labaredas baixas e intenso calor so

    indicativos de possvel exploso ambiental. Neste caso, cientificar prontamente o chefe imediato.

    Em incndios em locais confinados, toda a abertura, principalmente de portas, deve ser feita com

    esse cuidado.

    3.1. Portas comuns

    Podem ser com painis de madeiras macias ou ocas, de ferro e de vidro ( Fotos 09,10,11,12).

    As dobradias e os batentes devem ser verificados para determinar o sentido da abertura,que pode ser para dentro ou para fora do ambiente.

    ( Foto 09) ( Foto 09)

    Exemplos de portas

    em madeira macia

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    MAF MANUAL DE ABERTURAS FORADAS 9

    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    ( Foto 10)

    ( Foto 11) ( Foto 12)

    a) Abertura para dentro do ambiente

    Sabe-se que uma porta abre para dentro do ambiente pelo fato de no se ver suas

    dobradias, embora a parte conhecida como batedeira (parte do batente onde a porta encosta) fique

    mostra. Para verificar se existem trincos, deve-se forar a porta de cima at embaixo, do lado da

    fechadura. A porta apresentar resistncia nos pontos em que se encontra presa ao batente, ou seja,onde h trincos.

    A ponta de uma alavanca colocada entre o batente e a porta, imediatamente acima ou

    abaixo da fechadura. Para se colocar a ponta da alavanca neste local, usa-se a machadinha para lascar a

    batedeira e expor o encontro da porta com o rebaixo do batente. Isto feito, fora-se a outra extremidade

    da alavanca na direo da parede, afastando-a do batente. Nesta fresta, insere-se outra alavanca,

    forando-a na direo da porta at abri-la. Repetir a operao para os demais trincos, se houver.

    No caso de no existir batedeira (encosto), o encontro da porta com o batente estar

    mostra, bastando a utilizao das alavancas ( Foto 13)para abrir a porta.

    Viso do interior da

    folha de uma portaem madeira oca

    Exemplos de portascom painel de vidro

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    MAF MANUAL DE ABERTURAS FORADAS 10

    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    ( Foto 13)

    Outra ferramenta til para abertura de portas a alavanca cyborg. As fotos a seguir

    mostram seu emprego( Foto 14, 15, 16) .

    ( Foto 14)

    ( Foto 15)

    A cunha da alavanca sealoja facilmente entre afolha da porta e seu

    batente

    O Bombeiro se posiciona parausar a alavanca

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    MAF MANUAL DE ABERTURAS FORADAS 11

    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    ( Foto 16)

    b) Abertura para fora do ambiente

    O mais comum que as dobradias estejam mostra. Neste caso, ao se retirarem os pinos

    com a lmina do machado ou martelo e formo, a porta, ou janela, se soltar. Em seguida, usam-se

    duas alavancas juntas e, alternando movimentos com elas, afasta-se a porta do batente, retirando-a.No estando as dobradias mostra, usa-se alavanca encaixada imediatamente acima ou

    abaixo da fechadura, forando-se a ponta desta na direo da parede, at o desencaixe da lingeta.

    Repetir a operao para os demais trincos, se houver.

    c) Portas duplas

    So portas com duas folhas, geralmente uma delas fixada ao piso, na travessa do batente ou

    em ambos, e a outra amparada por ela.

    Para abri-las, utiliza-se o mesmo processo usado em porta de uma folha, com a ressalva de

    que, nas portas duplas, a alavanca ser encaixada entre as duas folhas.

    3.2 Portas de enrolar

    So feitas de metal e so abertas empurrando-as de baixo para cima. Estas portas

    geralmente tm dois tipos de trava: uma junto ao cho e outra nas laterais.

    Sua alavanca permite esforosuficiente para a abertura da porta

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    A trava junto ao cho pode ser eliminada de diferentes maneiras:

    Se for um cadeado que prende a porta argola fixada ao cho e se ele estiver

    mostra, ser cortado com o corta a frio.

    Se for uma trava tipo cilindro que prende a porta argola e se estiver mostra,

    bate-se com um malho ( Foto 17) no lado oposto da entrada da chave na fechadura, o que

    deslocar o cilin-dro, destravando a porta.

    Se for um cadeado ou uma chave tipo cilindro que no est mostra, libera-se a

    porta das travas laterais e coloca-se uma alavanca grande, ou a cunha hidrulica, entre a porta e o

    piso, prxima fechadura. Fora-se a porta para cima, o que far com que a argola desprenda-se

    do cho.

    Se houver dificuldade no desenvolvimento dos mtodos anteriores, pode-se

    cortar a porta em volta da trava com o moto-abrasivo ou com o martelete pneumtico. Aps a

    abertura da porta, retirar o pedao que ficou no cho, para evitar acidentes.

    Existindo hastes horizontais, cortam-se suas pontas com o moto-abrasivo (Foto

    18), o mais prximo dos trilhos quanto for possvel. O bombeiro saber onde esto s hastes,

    tomando por base uma linha horizontal que parte da fechadura at o trilho.

    3.3 Portas de placa que abrem sobre a cabea (basculante)

    So constitudas de uma nica placa com eixos horizontais nas suas laterais, que

    possibilitam sua abertura em movimento circular para cima. Seu sistema de fechamento na parte

    inferior, junto ao solo, podendo haver travas nas laterais e at mesmo na parte superior, dependendo da

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    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    exigncia do usurio. Para sua abertura, so utilizados os mesmos mtodos empregados na abertura

    das portas de enrolar, tomando-se o cuidado de forar a porta no seu sentido de abertura.

    Todas as portas que abrem sobre a cabea devem ser escoradas ( Foto 19) , aps abertas.

    ( Foto 19)

    3.4 Portas corta-fogo

    So portas que protegem a edificao contra a propagao do fogo.

    Quanto forma de deslocamento, podem ser verticais ou convencionais (abertura circular).

    As portas de deslocamento vertical e horizontal permanecem abertas, fechando-se automaticamente

    quando o calor atua no seu mecanismo de fechamento.Estes tipos de portas no necessitam ser foradas, pois se abrem naturalmente com o

    esforo no sentido de seu deslocamento.

    As portas corta-fogo convencionais so dotadas de dobradias e lingeta e, em certas

    circunstncias, abrem para o exterior da edificao. Nestes casos, possuem maaneta apenas do lado

    interno.

    a) Se a dobradia estiver mostra, deve-se retirar o pino da mesma com uma talhadeira e

    martelo, ou cortar parte da dobradia com o moto-abrasivo ( Foto 20), e retirar a porta, tomandocuidado para que no caia sobre o bombeiro.

    b) Se a porta for de uma folha, a lingeta poder estar mostra. Neste caso, pode-se for-

    la para fora com uma alavanca colocada entre a porta e o batente, imediatamente acima ou abaixo da

    fechadura, fazendo a lingeta soltar do seu encaixe, ou ainda, com o moto-abrasivo, cortar a lingeta

    da fechadura.

    c) Se a porta for de duas folhas ou a lingeta estiver escondida pela batedeira, pode-se,

    com moto-abrasivo, cortar partes desta batedeira, e, logo aps, a lingeta.

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    ( Foto 20)

    3.5 Portas metlicas

    3.5.1 Portas metlicas de fechamento circular (convencional)

    As portas de uma folha que abrem para fora do ambiente so tratadas de forma idntica s

    portas corta-fogo. Quando abrem para dentro do ambiente tm mostra. a batedeira metlica que deve

    ser cortada com o moto-abrasivo, bem como a lingeta que aparecer.

    As portas de duas folhas podem abrir para dentro ou para fora do ambiente, sendo uma

    destas folhas fixadas no piso e na travessa do batente e a outra amparada por esta, trancada por um

    trinco horizontal. Com o moto-abrasivo corta-se a batedeira e o trinco ( Foto 21, 22) , o qual ser

    localizado pela resistncia oferecida. As fotos a seguir exemplificam.

    ( Foto 21) ( Foto 22)

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    3.5.2 Portas metlicas de fechamento horizontal

    As portas de uma folha so difceis de serem foradas porque, em sua grande maioria, seu

    sistema de fechamento est por dentro da edificao, protegido por uma aba de alvenaria externa.

    Nestes casos, deve-se que efetuar a abertura na chapa com o moto-abrasivo.

    As portas fechadas por corrente e cadeado ( Foto 23)podem ser abertas facilmente com o

    corta a frio. Veja o exemplo nas fotos abaixo.

    ( Foto 23)

    4. PAINIS DE VIDRO

    4.1 Caractersticas

    a) O vidro muito usado na construo civil, nos veculos em geral, para fechamento de

    vedos ( portas, janelas, etc ). Assim, ser encontrado, praticamente, em toda edificao.

    b) O conhecimento das caractersticas bsicas dos vidros mais usados nos orienta quanto as

    medidas que devemos tomar caso seja necessrio, em uma ocorrncia, vencer o fechamento de uma

    passagem vedada por elementos em vidro.

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    4.1.2 O que o vidro?

    Segundo definio aceita internacionalmente, "o vidro um produto inorgnico, de fuso,

    que foi resfriado at atingir a rigidez, sem formas cristais".

    O vidro uma substncia inorgnica, amorfa e fisicamente homognea, obtida por

    resfriamento de uma massa em fuso que endurece pelo aumento contnuo de viscosidade at atingir a

    condio de rigidez, mas sem sofrer cristalizao.

    O elemento bsico do vidro a slica, fornecida pela areia, xidos fundentes,

    estabilizantes, e substncias corantes.

    Industrialmente pode-se restringir o conceito de vidro aos produtos resultantes da fuso,

    pelo calor, de xidos ou de seus derivados e misturas, tendo em geral como constituinte principal a

    slica ou o xido de silcio (SiO2), que, pelo resfriamento, endurecem sem cristalizar.

    4.1.2.1 Composio

    Uma das razes de o vidro ser to popular e duradouro, talvez esteja na sua anlise, pois os

    vidros mais comuns, aqueles usados para fazer os vidros planos e embalagens e que, tecnicamente, so

    denominados "sodo-clcios", tm uma composio qumica muito parecida com a da crosta terrestre,

    que a camada externa de nosso planeta e onde vivemos:

    xido %

    crosta terrestre

    %

    vidros comuns

    SiO2 (slica) 60 74

    Al2O3 (alumna) 15 2

    Fe2O3 (xido de Ferro) 7 01

    CaO (clcio) 5 9MgO (magnsio) 3 2

    Na2O (sdio) 4 12

    K2 (potssio) 3 1

    Sodo-Clcio:

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    Aplicao: embalagens em geral: garrafas, potes e frascos

    Vidros plano: indstria automobilstica, construo civil e eletrodomsticos

    Boro-Silicato:

    Aplicao: utenslios domsticos resistentes e choque trmico

    Ao chumbo:

    Aplicao: copos, taas, clices, ornamentos, peas artesanais (o chumbo confere maisbrilho ao vidro)

    As composies individuais dos vidros so muito variadas, pois pequenas alteraes so

    feitas para proporcionar propriedades especficas, tais como ndice de refrao, cor, viscosidade etc. O

    que comum a todos os tipos de vidro a slica, que a base do vidro.

    4.1.3 Tipos de Vidro conforme sua estrutura

    4.1.3.1 Vidro laminado

    Vidro de segurana laminado, composto por um ou mais vidros recozidos ou temperados,

    colados fortemente entre si por um ou mais filmes de polivinil butiral - PVB, utilizado na construocivil: lojas, vitrines, fachadas, guarda-corpo, coberturas, pisos e locais que precisam de segurana e/ou

    privacidade, como guichs de banco e caixas eletrnicos. Opes para diferentes graus de segurana

    com proteo at AR 15 e Fal 7,62.

    um vidro seguro, pois, ao romperem-se, os cacos ficam presos na pelcula, impedindo a

    passagem de pessoas e objetos. A foto abaixo mostra uma pea de vidro temperado quebrado ( Foto

    24) , mas seus cacos no se desprendem da pelcula interna.

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    ( Foto 24)

    Utilizado para portas externas e internas, janelas, terraos, telhados, clarabias, parapeitos,

    pisos, visores de piscinas e degraus devido sua resistncia a impactos e boa vedao do frio, calor e

    rudos.

    O Vidro Laminado pode ser encontrado em duas verses: laminado padro e laminado

    mltiplo. O laminado padro composto por duas lminas de vidro e uma pelcula de polivinil butiral,

    produzindo um grande efeito quando utilizado em fachadas, coberturas, paredes divisrias,

    clarabias,etc.

    J o laminado mltiplo normalmente utilizado onde se necessita resistncia bala ou a

    altas presses como em carros blindados, visores de cabines de vigilncia, visores de piscinas, etc.,

    pois pode atingir espessuras de at 60mm. constitudo por trs ou mais lminas de vidro e duas ou

    mais pelculas de Polivinil Buriral.

    Caso o vidro laminado se quebre, os fragmentos de vidro permanecem presos ao butiral,

    reduzindo as chances de acidentes.

    4.1.3.2 Vidro duplo

    Vidro para isolao trmica e acstica, formado por um conjunto de pelo menos dois

    vidros separados por uma cmara de ar ou gs, utilizado na construo civil (fachadas, janelas,

    coberturas e divisria) e refrigeradores.

    4.1.3.3 Vidrotemperado

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    ( Foto 25)

    Isto aliado s propriedades j enumeradas permite que se faa emprego em grandes

    envidraamentos, pois possvel ser aplicado atravs de peas metlicas prprias, eliminando

    completamente as requadraes dos tradicionais caixilhos.

    4.1.3.4 Vidro monoltico

    O vidro monoltico o vidro refletivo para controle solar produzido por um processo demetalizao on-line, onde a deposio da camada refletiva ocorre durante a fabricao do vidro float,

    por deposio qumica de gs, o que garante durabilidade e homogeneidade da camada refletiva.

    A deposio da camada metalizada ocorre sobre o substrato incolor ou colorido, o que

    confere ao monoltico as seguintes cores por reflexo: prata, cinza, bronze e dourado. Quando

    laminado, o eclipse proporciona inmeras opes de cor.

    Algumas caractersticas

    a) Camada refletiva resistente

    b) Pode ser utilizado normal ou laminado

    c) Pode ser instalado com a face refletiva voltada para ao exterior

    4.1.3.4.1 Monoltico laminado

    Observam-se os pequenosfragmentos resultantes da

    quebra do vidro temperado

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    COLETNEA DE MANUAIS TCNICOS DE BOMBEIROS

    O monoltico laminado ainda oferece segurana, controle sonoro, controle de raios

    ultravioletas e proteo da camada metalizada.

    Monoltico laminado em funo da composio, proporciona inmeras opes de cores,

    possibilitando flexibilidade ao projeto arquitetnico.

    4.1.3.5 Vidrorefletivo

    Possui uma camada metlica espelhada na face externa, refletindo os raios solares e

    reduzindo a passagem de calor e protegendo carpetes, mveis e pisos. No prejudica a viso de dentro

    para fora e no permite que se enxergue de fora o ambiente. Apropriado para regies muito quentes etambm para portas, janelas, coberturas, divisrias e boxes de banheiro.

    4.1.3.6 Vidroaramado

    Tem uma estrutura de tela de arame que impede que os cacos se soltem quando quebra.

    No to resistente quanto os vidros especiais, porm mais barato. Seu uso indicado para

    coberturas, balaustradas, terraos e portas.

    4.2 Painis de vidro comum

    O bombeiro deve fazer isolamento do local onde possa cair estilhao de vidro,

    salvaguardando assim a integridade de particulares e de bombeiros.

    O bombeiro que vai executar o rompimento deve estar equipado com EPI, bem comotomar os cuidados, conforme os respectivos manuais.

    Para executar o rompimento, o bombeiro deve posicionar-se acima e ao lado do painel a

    ser quebrado, para no ser atingido pelos cacos.

    Deve utilizar uma ferramenta longa (machado, croque) para manter-se afastado e bater no

    topo do vidro, conservando suas mos acima do ponto de impacto, utilizando a escada sempre que

    necessrio, conforme foto a seguir( Foto 26) .

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    ( Foto 26)

    Utilizando a lmina do machado, devem-se retirar os pedaos de vidro que ficarem nos

    caixilhos da moldura, para que no venham a ferir os bombeiros, nem tampouco danificar o material

    (mangueira, por exemplo) que ir passar pela entrada. Aps a operao, o bombeiro deve remover os

    cacos para local apropriado. Veja a foto abaixo( Foto 27) .

    ( Foto 27)

    Quando necessrio, o bombeiro dever colar fita adesiva no vidro, em toda sua rea,

    deixando as pontas da fita coladas em toda a volta da moldura ( Foto 28, 29,) . Ao ser quebrado ovidro, os cacos no cairo, ficando colados na fita, evitando acidentes( Foto 30,31) . Para retirar os

    cacos, soltam-se as pontas das fitas coladas na moldura, de cima para baixo, conforme mostram as

    fotos a seguir.

    Posicionar-se acima e ao lado dopainel. Mesmo assim, mantenha aviseira protegendo os olhos contra

    possveis estilhaos.

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    ( Foto 28) ( Foto 29)

    ( Foto 30) ( Foto 31)

    ( Foto 28) ( Foto 29)

    Ao ser quebrado o vidro,os cacos ficam aderidos fita, diminuindo riscos

    para bombeiros e

    particulares.

    O Bombeiro passaa fita adesiva nasuperfcie da pea

    de vidro...

    ...e ao quebra-lao vidro seestilhaa masseus cacos no seespalham.

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    Sempre que o bombeiro for quebrar o vidro, dever usar o EPI necessrio (viseira, luva,

    capacete, capa e bota com a boca fechada, evitando, assim, a penetrao de vidro em seu interior).

    4.3 Procedimentos em ocorrncias

    4.3.1 Painis de Vidro Temperado

    O vidro temperado ( Foto 32) sofre um tratamento especial que o torna mais flexvel e

    resistente ao choque, presso, ao impacto e s variaes de temperatura, de tal forma que quando

    quebrado, este vidro fragmenta-se repentinamente em pedaos cbicos pequenos.

    Para quebrar um painel de vidro temperado o bombeiro deve procurar pontos de fissuras

    para for-los.Estes pontos localizam-se nas proximidades da fixao do painel parede (dobradias,

    pinos). ( Foto 33)

    ( Foto 32) ( Foto 33)

    Com uma ferramenta (machado, croque) deve bater com as laterais ou com as pontas como

    puno em um dos pontos de fissura, posicionando-se acima e ao lado do painel, conservando as mos

    acima do ponto de impacto.

    Aps a quebra, os cacos devem ser removidos para local apropriado.

    Quando necessrio, o bombeiro pode utilizar fita adesiva aplicada em toda a extenso do

    painel. Assim, ao quebr-lo, os cacos no caem.

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    4.3.2 Painis de vidro laminado

    O vidro laminado se caracteriza pela presena de uma pelcula de polivinil entre dois ou

    mais vidros. Em painis que usam este vidro, uma ferramenta muito til a serra-sabre, pois esta

    permite cortar, propriamente dito, o vidro junto a sua juno com a esquadria. Para tanto, faz-se um

    primeiro orifcio por onde seja possvel introduzir a lmina da serra sabre. Uma vez introduzida a

    lmina, basta acionar a ferramenta e conduzir a sua lmina para cortar o vidro no sentido desejado. A

    foto abaixo nos d uma idia de como usar a serra-sabre para este fim ( Foto 34, 35, 36)

    ( Foto 34)

    ( Foto 35)

    A partir de um furo inicial, quepode ser feito com a machadinha,...

    ...introduz-se a lmina daserra-sabre...

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    ( Foto 36)

    4.3.3 Portas de vidro

    4.3.2.1 Portas de vidro comum

    O painel de vidro estar circundado por uma moldura, na qual se encontram a fechadura e

    as dobradias.

    Esta porta semelhante porta comum. O painel de vidro, porm, ir partir-se, se sofrer

    impacto, toro ou compresso. Por isso, os mtodos que podem ser utilizados para abrir a porta, sem

    quebrar o painel de vidro, so os mesmos para portas comuns em madeira: forar com chave de grifo o

    tambor da fechadura, se este for cilndrico e saliente, e retirar os pinos das dobradias, se a porta abrir

    para fora do ambiente e estas estiverem mostra.

    Se no for possvel a utilizao dos mtodos anteriores, o bombeiro dever utilizar o

    mtodo de quebrar painis de vidro, usando sempre EPI. ( Foto 37)

    ( Foto 37)

    Porta de vidro comumO golpe deve ser dado nocentro da pea de vidro, ecom fora. Atentar para oEPI, inclusiveviseiraabaixada.

    ...e comea-se a serraa pea de vidro.

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    5.1 Parede estrutural

    aquela que faz parte da estrutura da edificao, sendo responsvel por sua estabilidade.

    Na medida do possvel, no se deve efetuar a entrada forada por paredes estruturais.

    5.2 Parede de vedao

    Normalmente de tijolos ou blocos, serve para vedar e compartimentar o ambiente, no

    fazendo parte da estrutura da edificao.

    Em meio s paredes de vedao, existem colunas e vigas de sustentao, as quais no

    devem ser foradas.

    5.2.1 Paredes de alvenaria

    A abertura de paredes, lajes e pisos de alvenaria chamada de arrombamento. O

    arrombamento em parede de alvenaria pode ser feito com malho, talhadeira, alavanca e martelete

    hidrulico de pneumtico.

    A parte superior da abertura deve ser feita em arco, com menor raio possvel, suficiente

    para permitir a passagem do bombeiro e material. A foto abaixo exemplifica ( Foto 39).

    ( Foto 39)

    O malho uma ferramenta tilpara arrombamento de paredes.

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    6. PISOS

    Existem vrios tipos de pisos nos dias atuais e devido a rapidez do avano tecnolgico

    muitas das vezes os profissionais do Corpo de Bombeiros deparam com situaes inusitadas das quais

    o mnimo de conhecimento ser necessrio para o sucesso ou fracasso em uma situao emergencial.

    Basicamente os pisos so de concreto, madeira e metlicos, mas, para conhecimento amplo e geral

    existem ainda os pisos cermicos, pisos de carpete de madeiras, de carpete de tecidos, de pedra, pisos

    epxi e outros. Mas o princpio das entradas foradas nas diversidades de pisos existentes praticamente

    resume-se na semelhana oriunda das aberturas dos pisos bsicos considerado pelos profissionais em

    sendo o piso de concreto e de madeira, dos quais iremos comentar.

    Este tema tambm est presente no MTB 03 busca, explorao e salvamento terrestre, ao

    tratar de escoramento de estruturas e escoramento provisrio para garantir a segurana da guarnio de

    bombeiros e da vtima.

    6.1 Pisos de concreto

    O profissional do Corpo de Bombeiros antes de iniciar a entrada forada atravs do piso de

    concreto, dever avaliar criteriosamente e cuidadosamente o seu procedimento, pois alm de isolar a

    propagao do calor e do fogo, evitar dependendo da situao o perigo dos acidentes com os gases

    quentes, fumaa e o perigo de colapso estrutural de uma edificao.

    Logo tais procedimentos podero ser danosos ao patrimnio podendo ainda colocar em

    risco a vida de bombeiros e outros.

    Para tais atividades o Corpo de Bombeiros dever dispor dos seguintes materiais, marreta,

    martelete pneumtico e acessrios, martelete hidrulico e acessrios, puno, talhadeira, martelo,

    machado, malho, picareta alavancas e outros ( Fig. 04 ).

    ( Fig. 04)

    Exemplo de arrombamento depiso de concreto com picareta.

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    6.3 Piso metlico

    Os pisos metlicos so encontrados normalmente em indstrias e mezaninos de diversos

    tipos de edificaes.

    Para fazer a entrada forada neste tipo de piso, deve-se levar em considerao a espessura

    do perfil que pode ser seccionado, devendo, o profissional do Corpo de Bombeiros, adequar a

    ferramenta de modo eficiente e eficaz.

    7. TELHADOS

    O bombeiro deve analisar a edificao para ter certeza de sua estabilidade. Rachaduras,

    sons caractersticos e superaquecimentos em estruturas metlicas so alguns sinais de

    comprometimento da estrutura e da inviabilidade de forar entrada pelo teto (devido a colapso

    iminente).

    O bombeiro deve chegar ao telhado em segurana e verificar:

    a) O tipo de telha mais comuns so de barro cozido e de fibrocimento (as quais so

    maiores, mais pesadas e fixadas s travessas do telhado por parafusos ou pregos).

    b) O superaquecimento da telha isto indicar que sob ela existe grande quantidade de

    calor e, se for removida, chamas e gases sairo pela abertura.

    c) O que existe sob as telhas a existncia de laje ( Fig. 08) e outros obstculos podem

    tornar invivel entrada.

    ( Fig. 08)

    Para andar no telhado, o bombeiro deve pisar sobre os degraus da escada de gancho

    colocada sobre o telhado. Isto dar uma melhor distribuio de peso, evitando que o bombeiro quebre

    o telhado e caia dentro do ambiente ( Foto 40) .

    Exemplo de laje sobforro e telhado

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    (Foto 40)

    Para retirar uma telha de barro cozido, deve-se levantar a camada de telhas que est sobre

    ela e pux-la lateralmente, ( Foto 41).

    ( Foto 41)

    Para retirar as telhas de fibrocimento, o bombeiro deve desparafus-las das travessas do

    telhado e pux-las no sentido longitudinal. ( Foto 42).

    ( Foto 42)

    As telhas tambm podem ser quebradas ou cortadas utilizando-se, para isto, machado,moto-abrasivo ou outra ferramenta.

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    Para descer ao ambiente, o bombeiro deve utilizar escada de gancho, a qual ficar no local

    at que o bombeiro providencie outra via de fuga do ambiente. ( Foto 43).

    ( Foto 43)

    8. FORROS

    Os forros podem ser feitos de sarrafo, gesso, cermica, painis de metal ou aglomerados.

    Para retir-los, o bombeiro deve pux-los para baixo com uma alavanca ou o croque,

    forando depois os sarrafos que lhes do sustentao, ( Foto 44).

    ( Foto 44)

    9. DIVISRIAS

    Utilizadas para compartimentar ambientes, so muito empregadas em prdio de escritrios.

    A escada de gancho auxilianeste procedimento

    Neste procedimento, o bombeiro deve estaratento queda de material sobre si.

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    9.1 Divisrias comuns

    Para fazer a entrada forada em divisrias de gesso, madeira ou aglomerados deve-se

    introduzir uma alavanca entre o caixilho e a placa, prximo ao piso. Outra alavanca deve ser colocada

    no mesmo encaixe, na parte de cima da placa. A seguir, forar as alavancas em direo ao caixilho e a

    placa sair do seu encaixe ( Foto 45) .

    ( Foto 45)

    O bombeiro deve estar atento fiao eltrica no interior da divisria, e desligar a chave

    eltrica do ambiente.

    9.2 Divisrias de metal

    As divisrias de metal so fixadas em colunas de madeira, por parafusos, e em colunas de

    metal, por parafusos, arrebites ou soldas.Quando no for possvel retirar os painis soltando os parafusos com a chave de fenda, ou

    retirando os arrebites com martelo ou talhadeira, pode-se utilizar o moto-abrasivo para cortar a chapa,

    sempre que possvel prximo s colunas, onde menor a vibrao ( Foto 46) .

    A alavanca uma ferramentatil para este trabalho

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    ( Foto 46)

    10. CERCAS

    As cercas podem ser de madeira, metal, alvenaria (muro) e telas de arame.

    Ao invs de entrar por cercas, h sempre a possibilidade de transp-las. O procedimento a

    ser tomado ficar a cargo do comandante da operao, que analisara a situao, levando em

    considerao os seguintes aspectos:

    a) material a ser transposto com os bombeiros;

    b) urgncia do servio;

    c) facilidade na operao e na recuperao do local depois dos trabalhos.

    A foto a seguir mostra um exemplo de como fazer a transposio ( Foto 47) .

    ( Foto 47)

    Alm do moto-abrasivo, pode fazerretirada de parafusos e rebites.

    A foto mostra o uso de escadas paratransposio. Mas, pode-se tambm fazer usodo cabo da vida ou mesmo a carroceria daviatura, conforme o caso.

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    Os portes destas cercas so normalmente trancados com correntes e cadeados, que podem

    ser cortados com o corta a frio.

    10.1 Cercas de madeira

    So constitudas de tbuas pregadas em travessas.

    Para efetuar abertura, despregam-se as tbuas com o uso de alavanca ou martelo ( Foto 48)

    .

    ( Foto 48)

    10.2 Cercas de metal (grades)

    Quando as grades forem fixadas s colunas por parafusos, deve-se utilizar chave de fenda

    e/ou chave inglesa para retir-los, soltando toda a grade. Se as grades forem soldadas nas colunas,

    utiliza-se moto-abrasivo ou cunha hidrulica para afast-las das colunas ou cort-las, de preferncia

    prximo s colunas, onde h menor vibrao e a eficincia no corte maior ( Foto 49).

    ( Foto 49)

    A foto mostra o uso de alavancapara forar a cerca de madeira

    Uso do moto-abrasivo emgrades de metal.

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    10.3 Cercas de alvenaria (muros)

    Se o muro for alto e suficientemente seguro para fazer uma abertura que permita a entrada

    do homem e do material, aplica-se o mesmo mtodo de arrombamento de parede de alvenaria. Se no

    houver segurana suficiente, aconselhvel retirar todos os tijolos entre duas colunas( Foto 50) .

    ( Foto 50)

    10.4 Cercas de tela ou arame

    O arame ou tela deve ser cortado com alicate ou cortafrio ( Foto 51) prximo de uma das

    estacas ou colunas que o sustenta. O bombeiro deve permanecer do lado oposto tenso, para que no

    venha a ser ferido pelo deslocamento do arame ou tela.

    Aps o corte dos fios da cerca, deve-se pux-los para junto da estaca que os mantm

    presos, para evitar acidentes ou danos materiais.

    ( Foto 51)

    O bombeiro deve estar atentopara tijolos com risco de queda eretira-los.

    Uso de corta-a-frio emtelas metlicas.

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    11. Ferramentas

    Para que o bombeiro execute aberturas foradas, necessita de ferramentas e equipamentos

    que tornem isto possvel, bem como conhecer sua nomenclatura e emprego.

    11.1 Alavanca

    Barra de ferro rgida que se emprega para mover ou levantar objetos pesados. Apresenta-se

    em diversos tamanhos ou tipos.

    11.1.1 Alavanca de unha

    Alavanca utilizada nas operaes que necessitam muito esforo. Possui uma extremidade

    achatada e curva que possibilita o levantamento de grandes pesos, e um corte em V para a retirada

    de pregos.

    11.1.2 Alavanca p-de-cabra

    Possui uma extremidade achatada e fendida, semelhana de um p-de-cabra. muito

    utilizada no foramento de portas e janelas, por ter pouca espessura, o que possibilita entrar em

    pequenas fendas.

    11.1.3 Alavanca de extremidade curva

    Tambm se denomina alavanca em S. Possui extremidades curvas, sendo uma afilada e

    outra achatada.

    11.1.4 Alavanca multiuso

    Possui uma extremidade afilada e chata formando uma lmina, em cuja lateral estende-se

    um puno, em cujo topo h uma superfcie chata. Na outra extremidade h uma unha afilada com

    entalhe em V.

    11.2 Alicate

    Ferramenta destinada ao aperto de pequenas porcas, corte de fios metlicos e pregos finos.

    11.2.1Alicate de presso

    Ferramenta destinada a prender-se a superfcies cilndricas, possibilitando a rotao das

    mesmas e possuindo regulagem para aperto.

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    11.3 Arco de serra

    Ferramenta constituda de uma armao metlica de formato curvo que sustenta uma serra

    laminar. Destina-se a efetuar cortes de metais.

    11.4 Chave de fenda

    Ferramenta destinada a encaixar-se na fenda da cabea do parafuso, com finalidade de

    apert-lo ou desapert-lo.

    11.5 Chave de grifo

    Ferramenta dentada, destinada a apertar, desapertar ou segurar peas tubulares.

    11.6 Chave inglesa

    Substitui, em certos casos, as chaves de boca fixa. utilizada para apertar ou desapertar

    parafusos e porcas com cabeas de tamanhos diferentes, pois sua boca regulvel.

    11.7 Corta-a-frio

    Ferramenta para cortar telas, correntes, cadeados e outras peas metlicas.

    11.8 Croque

    constitudo de uma haste, normalmente de madeira ou plstico rgido, tendo na sua

    extremidade uma pea metlica com uma ponta e uma fisga.

    11.9 Cunha hidrulica

    Equipamento composto por duas sapatas expansveis, formando uma cunha, que abre e

    fecha hidraulicamente. Presta-se a afastar certos obstculos.

    11.10 Eletrocorte

    Aparelho destinado ao corte de chapas metlicas.

    11.11 Machado

    Ferramenta composta de uma cunha de ferro cortante fixada em um cabo de madeira,

    podendo ter na outra extremidade formato de ferramentas diversas.

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    11.12 Malho

    Ferramenta similar a um martelo de grande tamanho, empregado no trabalho de

    arrombamento.

    11.13 Martelete hidrulico e pneumtico

    Ferramenta que serve para cortar ou perfurar metais e cortar, perfurar ou triturar alvenaria.

    11.14 Martelo

    Ferramenta de ferro, geralmente com um cabo de madeira, que se destina a causar impacto

    onde for necessrio.

    11.15 Motor de bombeamento de leo hidrulico

    Aparelho destinado compresso do leo hidrulico, para o funcionamento das ferramentas

    de corte, alargamento e extenso.

    11.16 Moto-abrasivo

    Aparelho com motor que, mediante frico, produz cortes em materiais metlicos e emalvenarias.

    11.17 Oxicorte

    Aparelho destinado ao corte de barras e chapas metlicas.

    11.18 Picareta

    Ferramenta de ao com duas pontas, sendo uma pontiaguda e a outra achatada. adaptada

    a um cabo de madeira e empregada nos servios de escavaes, demolies e na abertura de passagem

    por obstculo de alvenaria.

    11.19 Puno

    Ferramenta de ferro ou ao, pontiaguda, destinada a furar ou empurrar peas metlicas,

    com uso de martelo.

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    11.20 Talhadeira

    Ferramenta de ferro ou ao, com ponta achatada, destinada a cortar alvenaria, com uso de

    martelo.

    11.21 Serra-sabre ( Foto 52)

    Constitui-se de uma serra eltrica alimentada por uma bateria ( Foto 53) , a qual

    carregada por um carregador ( Foto 54), possui lminas para corte de metais diversos, vidro

    laminado e madeira. E todos estes componentes vem acondicionados em uma maleta. Obs. no

    substitui desencarceradores.

    ( Foto 52)

    1- Lmina2- Sapata3- Serra-sabre

    4-

    Gatilho de Acelerao5- Bateria6- Trava

    2

    1

    3

    4

    5

    6

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    ( Foto 53)

    ( Foto 54)

    11.21.1 Tipos de lminas para cada tipo de material:

    Foto CDIGO MATERIAL A SER CORTADO DESCRIO55 DW 4804 Madeira(corte de rvore) 12 * X 6 dpp *56 DW 4845 Vidro laminado 6 X 10/14 dpp5758

    DW 4808DW 4838

    Ferro, ao (coluna de veculos, lanas deportes, metais resistentes diversos )

    6 X 14 dpp12 X 14 dpp

    59 DW 4813 Chapas finas de mdia dureza (cortesregulares)

    6 X 24 dpp

    * (pol) tamanho da lmina

    * dpp dente por polegada

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    ( Foto 55)

    ( Foto 56)

    ( Foto 57)

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    ( Foto 58)

    ( Foto 59)

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    11.21.2 UTILIZAO:A ferramenta dever sempre ser segura com as duas mos ( Foto 60)

    ( Foto 60)

    A serra-sabre uma ferramenta destinada a servios gerais, sendo seu uso adaptado para o

    servio de Bombeiro.

    Pode ser utilizada em acidentes areos, automobilsticos, ferrovirio e naval.

    Indicada para operar em viaturas: UR, REA, AS e ABS.

    No substitui os desencarceradores, devendo ser utilizada em conjunto, nos casos de

    acidentes automobilsticos.

    O seu uso muito eficiente em cortes de:

    11.21.2.1Metais:

    a) Colunas, teto, laterais de automveis ( acidente de trnsito com vtimas presas em

    ferragens );

    b) Grades, vergalhes, portes ( vtima presa em lana );

    c) Cilindro de mquina de grfica (vtima presa em mquinas)

    11.21.2.2 Madeira:

    muito eficiente em corte de rvore, poda, tendo apenas uma limitao no corte do

    tronco em virtude do comprimento da lmina ( 12 polegadas ).

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    12.22 NOME: halligan / arrombador( Fig. 09 )

    nome popular : alavanca cyborg

    ( Fig. 09 )

    12.22.1 Modos de utilizao

    12.22.1.1 Abertura de portas ou porta malas empurrando o miolo

    a) posicionar a ponteira da ferramenta sobre o miolo da fechadura ou porta malas

    b) golpear a ferramenta com um malho at que empurre totalmente o miolo para dentro

    c) realizar ento o destravamento com auxlio de uma chave de fenda resistente

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    12.22.1.2 Quebrar vidros temperados para acessar vtimas ou travas

    a) garantir-se que no atingir vtimas ou bombeiros com a ferramenta ou estilhaos devidro

    b) golpear qualquer canto do vidro temperado com a ponteira

    c) remover sobras de vidro quebrado com a prpria ferramenta

    12.22.1.3 Retirada de grades de janelas residenciais

    a) em algumas situaes dependendo de como a grade foi fixada parede podemosremov-la com uso da alavanca cyborg

    b) encaixe a cunha da ferramenta no vo entre a parede e o ponto de fixao da grade( Foto 10)

    c) usando a prpria parede como apoio, forar a alavanca para baixo at que arranque oponto de fixao

    ( Foto 10)

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    12.22.1.4 Arrombamento de portas

    a) encaixe a cunha da ferramenta no vo entre a porta e o batente logo acima da fechadura

    b) golpear a ferramenta com um malho at que penetre totalmente no vo ( Fig. 11)

    c) usando a prpria porta como apoio, forar a alavanca lateralmente at que se arrombe aporta

    ( Fig. 11)

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    12.23 Viso geral de ferramentas que podem ser utilizadas em aberturas foradas

    Ferramentas usadas em entradas foradas:

    1- Moto bomba; 14- Alavanca p-de-cabra;2- Moto abrasivo; 15- Alavancas;3- Eletrocorte; 16- Chave de fenda;

    4- Oxicorte; 17- Alicate;5- Extensor; 18- Chave de grifo;6- Pina ou cortador; 19- Chave inglesa;7- Marreta; 20- Martelo;8- Arco de serra; 21- Corta a frio;9- Martelete pneumtico e acessrios; 22- Machado;

    10- Martelete hidrulico e acessrios; 23- Malho;11- Alavanca Halligan ou cyborg; 24- Picareta;12- Puno; 25- Croque;13- Talhadeira; 26- Extenso do croque.

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    Referncias Bibliogrficas:

    - Manual de Fundamentos de Bombeiros, captulo 4- MTB 03 Busca, Explorao e Salvamento Terrestre- MTB 17 Equipamento de Proteo Individual e Respiratria- MTB 36 Segurana no Servio de Bombeiros- Manual do fabricante da Serra Sabre- Apostila do Curso de Salvamento Terrestre do 3 GB- Apostila da alavanca Cyborg Tenente Camargo Jnior- Textos obtidos na internet

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    O CONTEDO DESTE MANUAL TCNICO ENCONTRA-SE SUJEITO REVISO, DEVENDO SER DADO AMPLO

    CONHECIMENTO A TODOS OS INTEGRANTES DOCORPO DE BOMBEIROS, PARA APRESENTAO DE

    SUGESTES POR MEIO DO ENDEREO [email protected]