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Apresentação realizada durante a Feira da Agricultura Familiar da Amazônia (FEPAM). Temas abordados, (1) o padrão de desmatamento na Amazônia; (2) o histórico das negociações internacionais desde a Eco-92; e (3) as ações que os governos estaduais e federal têm adotado quanto a implementação de políticas públicas relativas ao meio ambiente, inclusive: REDD+, PPCDAm e o Plano de Agricultura de Baixas Emissões de Carbono (Plano ABC).
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Mudanças Climáticas na Amazônia: Contexto das
Políticas Públicas, REDD+ e a perspectiva nacional e
internacional
XII Feira da Agricultura Familiar da Amazônia – FEPAM
6 de julho 2012, Santarém - PA - Brasil
Bernhard J. Smid, Gerente de Políticas Públicas Programa de Mudanças Climáticas, IPAM
eMail: [email protected]: IPAM_AmazoniaTwitter: BSmid
Mudanças Climáticas na Amazônia
Negociações Internacionais e REDD+
A Posição Brasileira sobre as Questões Climáticas
Fonte: World Resources Institute
Florestas intactas – 21%
Em transição – 32%
Florestas perdidas – 47%
Cobertura Florestal no Mundo
A Amazônia tem a maior bacia hidrográfica do mundo, com 7 milhões de km², incluindo Brasil e países vizinhos. Cerca de 3,8 milhões de km² estão no Brasil.
A umidade gerada na Amazônia é percebida não só na Amazônia, mas também no sul do Brasil e Argentina. Ela também reflete no clima dos Estados Unidos (Flórida) e Europa (Espanha). Este fenômeno é chamado de "rios voadores".
Detalhes Gerais sobre a Amazônia Brasileira
Area 5,217,423 Km2
Porcentagem 61% no Brasil
Municípios 807
Porcentagem 15% de todos os municípios
Total de habitantes 21,056,532 pessoas
Porcentagem 12.4% do total de brasileiros
Densidade 4.14 habitantes / Km2
Quais são os efeitos das mudanças climáticas para vocês?
Riscos para a Saúde
Perda da biodiversidade
Menos ForestasDisponibilidade de águaDegradação de terras
Eventos climáticos extremos
Mudanças Climáticas
O Clima está mudando??Foto: UFMG
Anamã 2009 – foto: Bernhard J Smid
Anamã 2009 foto: Bernhard J Smid
Foto: UFMGFoto: UFMG
Fontes de Emissões de CO2 do Brasil por Setor
Mudança do uso do solo e florestas
Queima de combustíveis fósseis - transporte
Queima de combustíveis fósseis - indústria
Queima de combustíveis fósseis - outros setores
Processos Industriais
Emissões evasivas
Incineração de resíduos
Fonte: Adaptado do MCT, 2010a. Segundo o comunicação do Governo Federal do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Brasília; MCT - Coordenação Geral das Mudanças Global do Clima
77%
8%
5%5% 4%
Causas das Mudanças Climáticas
< 25 ha – Tendência estável
Padrão de desmatamento: Contribuição das classes de área dos polígonos vs Área Desmatada
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Padrão de desmatamento: Contribuição das classes de área dos polígonos vs Área Desmatada
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
2001
2011
2021
2031
Possível cenário de desmatamento
Fonte: Soares Filho et al , Nature, 2006
Sede do IPAM e areas de abrangência
Mudanças Climáticas na Amazônia
Negociações Internacionais e REDD+
A Posição Brasileira sobre as Questões Climáticas
Em 1992, no Rio de Janeiro - Brasil, foi criada a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC é a sigla em inglês) para discutir ações de prevenção e mitigação das mudanças climáticas. Em 1994 a UNFCCC entrou em vigência.
Objetivo: reduzir as emissões de gases de efeito estufa para evitar as mudanças climáticas e catástrofes.
Reconhecimento internacional de que é necessário o esforço de todos os países para combater as mudanças climáticas.
Os Países que assinaram a Convenção decidiram reunir-se anualmente para discutir a implementação da Convenção:
Encontros anuais = COP = Conferência das Partes (Países)
O que fazem os países do mundo para solucionar o problema das Mudanças Climáticas??
• Os representantes oficiais dos países realizam as negociações (definem o que cada país deve fazer).
• Para reduzir suas emissões, os países desenvolvidos pagam um preço alto.
• Para tentar reduzir seus custos ou prolongar os prazos de redução de emissões, os países fazem acordos.
• Países ricos (desenvolvidos) chamados Anexo1 tem a obrigação de reduzir suas emissões entre 2008 e 2012 (primeiro período de compromisso) a um nível 5.2% menor que as emissões de 1990.
• Países em desenvolvimento (como Brasil, México, China, Índia, África do Sul) não receberam metas de redução de emissões (chamados de Países Não Anexo-1)
• Os países do Anexo 1 são os ricos da Europa, mais os países do Leste Europeu e a da antiga União Soviética.
• Para os países que não são do Anexo 1 (caso do Brasil e de seus vizinhos) são mantidos os compromissos e acordos internacionais da Convenção, que incluem programas nacionais para reduzir emissões.
REDD não faz parte do Protocolo de Quioto
Protocolo de QuiotoTratado internacional com compromissos
para redução de emissões de gases do efeito estufa
Então, O QUE É REDD ?
PROPOSTA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA CONTER O DESMATAMENTO E INCENTIVAR A
CONSEVAÇÃO FLORESTAL
REDD
Reduções de Emissões de Desmatamento e Degradação Florestal, Conservação, Manejo Florestal Sustentável e Aumento dos Estoques de Carbono Florestal• Conceito Básico: Compensar países (e estados) que reduzem as suas
emissões de CO2 de desmatamento e degradação florestal (exploração madeireira)
O que REDD pode gerar?• Contribuições voluntárias dos países tropicais para reduzir emissões globais
de gases estufa • Transferência de recursos de países desenvolvidos aos países tropicais. • Mudança do modelo econômico• Distribuição de renda• Redução do desmatamento• Justiça social• Direitos humanos e de propriedade• Participação da sociedade civil
O que é REDD+?
• Não é a panaceia
• REDD e mercado de carbono são coisas distintas
• REDD não é bolsa floresta
• REDD também deve focar nas áreas já desmatadas (modelo de baixas emissões de carbono no meio rural - redução da necessidade de abertura de novas áreas, valorização das florestas e seus produtos, e melhoria da qualidade de vida das populações rurais.
• A redução do desmatamento é o meio mais rápido de evitar a mudança no clima. Um mecanismo de REDD pode e deve englobar grandes áreas de floresta.
Conceito de REDD defendido pelo IPAM
• ACRE: foi o primeiro estado a implementar uma legislação estadual que enfoca na redução das emissões de carbono causadas pelo desmatamento (Lei 2.308/10). O Acre também assinou um memorando de entendimentos com os governos da Califórnia e de Chiapas para ampliar a cooperação entre eles;
• AMAPÁ: está elaborando a política estadual de mudanças climáticas do Estado
• AMAZONAS: foi o pioneiro, ao implementar uma legislação de mudanças climáticas (lei 2.308/07), a implementação de uma agência específica (FAS) e um projeto piloto (Juma). Atualmente o Estado está em fase de implementação de uma Política Estadual de Serviços Ambientais (em desenvolvimento);
• MATO GROSSO: está em fase de aprovação a lei de REDD+ do Estado
• PARÁ: O processo está parado desde 2009, entretanto houveram ações importantes, como o “Municípios Verdes”.
• TOCANTINS: está revendo a sua política de mudanças climáticas
Ações dos Governos Estaduais Brasileiros
• Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento do Estado do Pará – Decreto 1.697/09;
• Até 2020, redução de 80% do desmatamento (média de 1996 a 2005 – 6.169,37 km²/ano);
• Regularização fundiária nos municípios críticos;• Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais do Estado;• REDD;• Descentralização da gestão ambiental nos municípios;• Municípios Verdes;• Fórum Estadual de Mudanças Climáticas necessidade de ser retomado;
Programa “Florestania” apresentado na Rio+20
Pará
Ações dos Governos Estaduais Brasileiros
Força Tarefa dos Governadores do Clima e das Florestas - GCF (Governors’ Climate and Forest Task Force - GCF)
Visite: www.gcftaskforce.org
O acordo se baseia na cooperação de inúmeros temas relacionados a políticas climáticas, financiamento, transferência de tecnologia e pesquisa.
O GCF estabeleceu um fundo financeiro Foi implementado um banco de dados por estado
O GCF possui um importante papel de recomendar aos governos nacionais e internacionais sobre as ações prioritárias a nível subnacional.
Força Tarefa dos Governadores do Clima e das Florestas - GCF (Governors’ Climate and Forest Task Force - GCF)
Força Tarefa dos Governadores do Clima e das Florestas - GCF (Governors’ Climate and Forest Task Force - GCF)
Algumas Iniciativas do IPAM no Pará
• Envolvimento do público municipal;
• Realidades similares no municípios;
• Planejamento regional e não cada município isolado;
• Visão integrada das ações;
• Descentralização da gestão ambiental;
• Aumento na eficiência e alcance das ações: mesmos recursos humano e mesmos recursos financeiros, com melhor capacidade de gestão.
Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Transamazônica e Xingu (CIDS)
• Promoção do desenvolvimento urbano e rural sustentável, visando à redução do desmatamento e das queimadas e melhoria da qualidade de vida na região circunscrita ao seu limite de atuação territorial.
• Protocolo de Intenções -> Ratificação por lei nas Câmaras Municipais -> Contrato de consórcio público
Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Transamazônica e Xingu (CIDS)
Objetivos do CIDS
Principais estratégias de atuação do Consórcio• Promover o fortalecimento institucional das secretarias;• Regularização fundiária e ambiental;• Fortalecimento das cadeias produtivas: gado, cacau, madeira, lavoura,
extrativismo e pesca;• Capacitação produtiva, assistência técnica e infraestrutura;• Apoio a organizações locais para comercialização;
Situação do desmatamento nos Assentamentos do Bioma Amazônia
Projeto de Assentamentos Sustentáveis na Amazônia
• Brasil: 8.200 registros de assentamentos - 1.012.471 lotes - 88 mi há;
• Amazônia: 3.019 assentamentos – 655.325 lotes – 46,1 mi há;
• < 15% da população rural do país; > 55% dos lotes distribuídos pelo INCRA (desde 2003, 64% do total);
• Principal região do país para reforma agrária: número de famílias assentadas e área ocupada;
• “Resolver a questão do acesso à terra sem incomodar as elites rurais consolidadas”;
• Oeste do Pará - 216 assentamentos - 108,3 mil famílias – 9,8 mi ha;
• Novo modelo produtivo de baixa pressão sobre a floresta: manejo sustentável dos recursos naturais e melhoria da produtividade agropecuária;
PA MOJU I E II
PA CRISTALINO II
PA BOM JARDIM
• Contribuir para a consolidação de uma política de assentamentos sustentáveis para a Amazônia;
Projeto de Assentamentos Sustentáveis na Amazônia
Objetivos:
REDD no Âmbito Internacional
Como vão as negociações de REDD na esfera internacional?
Ruim!
• O componente REDD está avançando, mas o tratado da ONU em si, para o período pós-2012, está com problemas
Pode demorar muitos anos para ter um regime de REDD internacional no tratado de clima ONU
Crise financeira: países ricos estão mais preocupados com suas economias
Evolução das Negociações internacionais de REDD
2005 COP-11: Proposta de Papua Nova Guiné e Costa Rica - países reconheceram o tema das emissões de desmatamento na UNFCCC
2006 COP-12: Proposta brasileira de incentivos positivos para redução do desmatamento (Fundo Amazônia)
2007 COP-13: Plano de Ação de Bali: discutir metas de redução de emissões do desmatamento e degradação (REDD) e sua relação com povos indígenas e comunidades tradicionais
2008 COP-15: Acordo de Copenhagen: REDD tem importante destaque
• REDD é reconhecido como medida crucial para reduzir o aquecimento global.
• Países em desenvolvimento ampliam seus esforços quanto a implementação de políticas de REDD e ações de mitigação.
• É reconhecida a importância de utilizar mecanismos de mercado (mercado de carbono).
Mapa dos países participantes de programas de implementação de mecanismos de REDD
Atualmente, mais de 30 países estão desenvolvendo ações relativas a REDD+ Objetivos: redução das emissões, desenvolvimento sócio-econômico e
conservação ambiental
Inexistência de marco legal ou orientações normativas traz incerteza, expectativas e vulnerabilidades aos atores florestais (ex: indígenas e comunidades locais).
Proliferação de projetos de REDD+ com o uso de metodologias e linhas de referência diversas traz crescente dificuldade de identificar o real impacto do projeto e potencial de remuneração.
Aspectos Críticos
REDD Catapora
Atualmente, A principal pergunta é:
REDD vai realizar o seu potencial como um novo paradigma de desenvolvimento rural??
Como prosseguir? Um “Plano B” para REDD
1. Aproveitar o financiamento público de REDD que existe atualmente
2. Consolidar e ampliar as relações de REDD entre Califórnia e estados tropicais (GCF Task Force)
3. Vincular REDD com commodities agrícolas
4. Novo modelo de desenvolvimento rural: alinhamento de políticas públicas entre a agricultura, meio ambiente, mineração e infraestrutura
Aproveitar o financiamento público que existe hoje
Fundo REDD
Beneficios para Manutencao de
Florestas
Redução de Desmatamento
Créditos de Carbono
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Fonte: D. Nepstad, IPAM
FinanciamentoPúblico REDDInicia o “CicloVirtuoso”
Fundo REDD
Beneficios para Manutenção de
Florestas
Redução de Desmatamento
Créditos de Carbono
$
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Aproveitar o financiamento público que existe hoje
Fonte: D. Nepstad, IPAM
2. Consolidar e crescer o mercado mandatório de REDD entre Califórnia e estados tropicais
Beneficios para Manutenção de
Florestas: povos Indigenas, agricultores
$
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FinanciamentoPúblico REDDInicia o “CicloVirtuoso”
Empresasna
Califórnia
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Fundo REDD
Redução de Desmatamento
Créditos de Carbono
Fonte: D. Nepstad, IPAM
3. Vincular REDD com mercados de commodities agrícolas
$
Compradores de Commodities
$
Beneficios para Manutenção de
Florestas: povos Indigenas, agricultores
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FinanciamentoPúblico REDDInicia o “CicloVirtuoso”
Empresasna
Califórnia
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Fundo REDD
Redução de Desmatamento
Créditos de Carbono
Fonte: D. Nepstad, IPAM
REDD: As oportunidades para a Amazônia e o país
O mecanismos de REDD é um veículo para a mudança da lógica econômica vigente na Amazônia.
Programas locais ou subnacionais de larga escala, incluídos num regime nacional operando sob regulamentação central que garanta que as emissões sejam mensuráveis, verificáveis e reportáveis e as possíveis compensações sejam distribuídas com equidade.
Desenvolvimento rural de baixa emissão de carbono
Estratégia de REDD para a Amazônia
O futuro do REDD no Brasil: para onde vamos?
Retomada da Força Tarefa dos Estados amazônicos;
Troca de informações e busca de convergência nas abordagens;
Trabalho em conjunto com o governo federal na construção do Regime Nacional
Como distribuir os potenciais benefícios de REDD?
REDD no Brasil: um enfoque amazônico
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
(IPAM)
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência
da República (SAE)
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)
O livro está disponível no site www.ipam.org.br, também em inglês.
Regime National de REDD
Programa Estadual de REDD
Projetos e Programas
Abordagem Nacional “Aninhada”
Mudanças Climáticas na Amazônia
Negociações Internacionais e REDD+
A Posição Brasileira sobre as Questões Climáticas
2003: Plano de Ação para Proteção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm)2007: Anúncio do Gov. Federal da criação do Fundo Amazônia. Somente foi estabelecido em
2008;
2008: Criação do GCF Task Force. Forte articulação entre os estados da Amazônia Legal;
2009: O Governo Federal começa a enfocar no tema REDD+;É aprovada a Lei Nacional de Mudanças Climáticas (Lei 12.187), e regulamentada pelo decreto 7.390/2010. Meta de reduzir 36,1% a 38,9% das emissões projetadas para 2020 = redução de 1.2 G
Ton CO2 até 2020, com a linha base de 2005. Instituição de 12 instrumentos de política, entre eles: PPCDAm e o Plano ABC.
2010:• Governo do Acre: Implementação do SISA (Sistema de Serviços Ambientais) e acordo de
entendimentos com a Califórnia (EUA) e Chiapas (MX);
2011 / 2012: • Código Florestal ainda uma incógnita..• Outros governos estaduais: Amazonas e Mato Grosso realizaram consultas públicas para a
implementação de uma política estadual de REDD e de serviços ambientais;• Política Nacional de REDD: ainda inexistente.. Propostas em análise no Senado e na Câmara
dos Deputados. O MMA gostaria de consolidar os esforços para a implementação de uma política nacional. Ainda sem uma definição..
Principais Iniciativas Políticas: Nível Nacional e Estadual
Tendência de Desmatamento na Amazônia
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
OEPAs ATER
Universidades
Lei 12.187 eDecreto 7.390 (PNMC)
Desmatamento Cerrado
Agricultura Eficiência Energética
Carvão na Siderurgia
Outros Planos Setoriais
Desmatamento Amazônia
Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação
Fórum Brasileiro de Mudanças
Climáticas (FBMC)
1.Recuperação de Pastagens Degradadas
2.Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF)
3.Sistema de Plantio Direto (SPD)
4.Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN)
5.Florestas Plantadas
6.Tratamento de Resíduos Animais
Casa Civil, Ministérios e
Sociedade
Tecnologias, Serviços e Produtos
Objetivos Específicos do Plano ABC
• Contribuir com a meta de redução da emissão de GEE assumidos pelo Brasil na COP15;
• Garantir o aperfeiçoamento contínuo e sustentado das práticas de manejo que reduzam a emissão dos GEE e que aumentem a fixação atmosférica de CO2 na vegetação e no solo dos setores da agricultura brasileira;
• Incentivar a adoção de Sistemas de Produção Sustentáveis que reduzam emissões de GEE e ao mesmo tempo elevem a renda dos produtores, sobretudo com a expansão das seguintes tecnologias:
1. Recuperação de Pastagens Degradadas; 2. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs); 3. Sistema Plantio Direto (SPD); 4. Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN); e, 5. Florestas Plantadas;
• Incentivar o Tratamento de Dejetos Animais para geração de energia e compostagem;
• Incentivar os estudos e aplicação de técnicas de adaptação de plantas, de sistemas produtivos e de comunidades rurais aos novos cenários de aquecimento atmosférico, em especial aquelas de maior vulnerabilidade;
• Promover esforços para reduzir o desmatamento de florestas nos Biomas Amazônia e Cerrado devido aos avanços da pecuária e outros.
1 Por meio do manejo adequado e adubação. Base de cálculo foi de 3,79 Mg de CO2 eq.ha-1. ano-1.2 Incluindo Sistemas Agroflorestais (SAFs) = 2,76 milhões de hectares. Base de cálculo foi de 3,79 Mg de CO 2 eq.ha-1ano-1.3 Base de cálculo foi de 1,83 Mg de CO2 eq.ha-1.ano-1.4 Base de cálculo foi de 1,83 Mg de CO2 eq.ha-1.ano-1.5 Não está computado o compromisso brasileiro relativo ao setor da siderurgia; e, não foi contabilizado o potencial de mitigação de emissão de GEE.6 Base de cálculo foi de 1,56 Mg de CO2 eq.m-3.
Compromissos do Plano ABC
Tecnologias de Baixa Emissão de Carbono
Compromisso(aumento de
área/uso)
Potencial estimado de Mitigação
(milhões Mg CO2 eq)
Recuperação de Pastagens Degradadas1 15,0 milhões ha 83 a 104
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta2 4,0 milhões ha 18 a 22
Sistema Plantio Direto 8,0 milhões ha 16 a 20
Fixação Biológica de Nitrogênio 5,5 milhões ha 10
Florestas Plantadas3 3,0 milhões ha -
Tratamento de Dejetos Animais 4,4 milhões m3 6,9
Total 133,9 a 162,9
CIM / GexC.Civil/PR e 17 Ministérios Nível Nacional Estratégico
Comissão Executiva Nacional Nível Nacional Tático
Grupo Gestor EstadualNível Estadual Operacional
Plano Estadual ABC
Seminário de Sensibilização
Oficinas de Trabalho
Reuniões Estaduais
Estratégia de Implementação do Plano ABC
Lei 12.187 eDecreto 7.390 (PNMC)
Desmatamento Cerrado
Agricultura Eficiência Energética
Carvão na Siderurgia
Outros Planos Setoriais
Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação
Fórum Brasileiro de Mudanças
Climáticas (FBMC)
Três eixos de atuação:
1. Fomento das Atividades Produtivas2. Ordenamento Territorial3. Monitoramento e Controle
Casa Civil, Ministérios e
Sociedade
Desmatamento Amazônia
Plano de Ação para Proteção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm)
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Cronograma de implementação da Teceira Fase do PPCDAm (2012 – 2015)
1 – Elaboração da Árvore de Problemas
2 – Reunião dos 3 sub-grupos:• Fomeno das Atividades Produtivas• Ordenamento Territorial• Monitoramento e Controle
3 – Reuniões com a Sociedade Civil e os governos estaduais
4 – Encontros regionais / workshops nos estados
5 – Consolidação do documento final do PPCDAm
Plano de Ação para Proteção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm)
Terceira Fase do PPCDAM: Árvore de Problemas
Fomento das Atividades Produtivas Monitoramento e ControleOrdenamento Territorial
Plano de Ação para Proteção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm)
AMAPÁ: PPCD aprovado em 2010.Compromissos não foram estabelecidos
PARÁ: PPCD aprovado em 2009.Redução do desmatamento em 80% com a linha de base de 1996-2005
AMAZONAS:PPCD aprovado em 2008.Redução de 38% até 2010, considerando a média de 1996-2005 (870 Km2), redução de 400 Km2 em 2012 e, posteriormente, a manutenção da taxa de desmatamento até 2020.
ACRE: PPCD aprovado em 2009.Redução do desmatamento em 82% com a linha de base de 1996-2005 até 2020, equivalente a uma taxa de desmatamento de 105 km RONDÔNIA: PPCD approved in 2009.
Reduction of the deforestation gradually until zero deforestation by 2015, starting from 2010
MATO GROSSO:PPCD aprovado em 2009.
Redução de 89% até 2020, com base média de 1996-2005. Redução das áreas
desmatadas a zero até 2012
TOCANTINS:PPCD aprovado em 2009.
Redução do desmatamento ilegal
entre 2009 e 2014; redução entre 75 e 80%
do desmatamento até 3013 (bioma Amazônia)
e 40% até 2020 do Cerrado
E a Rio+20? Como foi??
A Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (“UNCSD” ou “CONUDS”) -- Rio+20 -- foi focada em dois temas:
• Economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza
• Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável
A realização da Rio+20 foi uma proposta feita pelo Presidente Lula, para que as nações avaliassem o que foi feito desde a ECO 92, que ocorreu no Rio de Janeiro.
O IPAM participou ativamente da Rio+20. Detalhes estão no site: http://ipam.org.br/ipam/ipam-na-rio20
Isso é suficiente?
Boas
Notícias!!
Finalmente chegamos a um
acordo internacional para reduzir os gases de
efeito estufa!!
Obrigado.
Bernhard J. Smid
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM
www.IPAM.org.brTwitter: IPAM_Amazonia
[email protected]: Bsmid
Links importantes:
Banco Mundial www.worldbank.orgCarbon Fix Standard www.carbonfix.infoCCB Standard www.climate-standards.org Chicago Climate Exchange www.chicagoclimatex.com IPAM www.ipam.org.brFIP (Banco Mundial) www.climateinvestmentfunds.org FCPF (Banco Mundial) www.forestcarbonpartnership.org Fundo Amazônia www.fundoamazonia.gov.br Governors’ Global Climate and Forest Task Force (GCF) www.gcftaskforce.orgIPCCC www.ipccc.int Site geral das Nações Unidas: www.un.orgUNFCCC www.unfccc.orgUNDP www.undp.org UNEP www.unep.org UN-REDD www.unredd.orgVCS www.c-v-s.org Plano Nacional de Mudanças Climáticas http://www.senado.gov.br/sf/comissoes/CMMC/AP/AP20090519_PNMC_MMA.pdf http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/02/05/pagar-para-conservar-florestas-reduziria-a-extincao-de-plantas-e-animais/