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Módulo 2 do curso do Novo Acordo Ortográfico do Portal Saberes do Senado. Não estando disponíveis os vídeos e nem os exercícios de fixação.
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Mudanças trazidas pelo Novo AcordoMudanças trazidas pelo Novo AcordoMudanças trazidas pelo Novo AcordoMudanças trazidas pelo Novo AcordoOrtográficoOrtográficoOrtográficoOrtográfico
Livro 6
Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB
Curso: Conhecendo o Novo Acordo Ortográfico - Turma 09
Livro: Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico
Impresso por: Mauricio Contratres
Data: terça, 28 Abr 2015, 07:25
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SumárioSumárioSumárioSumário
Módulo II - Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico
Introdução
Unidade 1 - Regras da acentuação gráfica
1ª Regra
2ª Regra
3ª Regra
4ª Regra - Parte 1
4ª Regra - Parte 2
4ª Regra - Parte 3
5ª Regra
6ª Regra
Complementando os estudos
Unidade 2 - O emprego do hífen
Pág. 2
Pág. 3
Pág. 4
Pág. 5
Pág. 6
Pág. 7
Complementando os estudos
Unidade 3 - Composição do alfabeto
Pág. 2
Pág. 3
Complementando os estudos
Unidade 4 - Eliminação do trema
Pág. 2
Complementando os estudos
Exercícios de Fixação - Módulo II
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Módulo II - Mudanças trazidas pelo Novo Acordo OrtográficoMódulo II - Mudanças trazidas pelo Novo Acordo OrtográficoMódulo II - Mudanças trazidas pelo Novo Acordo OrtográficoMódulo II - Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico
Ao final deste módulo, você deverá conhecer as regras de acentuação gráfica, emprego do
hífen e a composição e eliminação do trema.
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IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução
Com a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, muitos podem pensar: “De que valeu o esforço para entender por que
‘infraestrutura’ se escrevia com hífen e anti-imperialista, sem ele?”
Entretanto, esteja a favor do Acordo ou contrário a ele, ninguém está livre de uma revisão ortográfica.
O Acordo, porém, visa unificar a ortografia e não a pronúncia e o significado das palavras.
As tiras abaixo são um bom exemplo disso. A primeira saiu em um jornal português; a segunda, num jornal brasileiro.
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Unidade 1 - Regras da acentuação gráficaUnidade 1 - Regras da acentuação gráficaUnidade 1 - Regras da acentuação gráficaUnidade 1 - Regras da acentuação gráfica
Pela fala expressamos a melodia da língua. É um processo quase intuitivo, que praticamos quando expiramos com maior ou
menor força.
Na escrita, utilizamos recursos gráficos para “ensinar” ao leitor a cantar essa melodia, ora apontando a sílaba tônica, ora
indicando se o som vocálico é aberto ou fechado com o uso dos sinais diacríticos. Por isso é que se diz que a palavra “acento”
encontra sua etimologia, ou seja, a origem da sua formação, na
expressão latina ad cantum (=para o canto).
Sinal diacrítico é um signo gráfico que se associa a uma letra para lhe
dar uma característica fonética diferente daquela que a letra possui
isoladamente. Exemplo clássico de sinal diacrítico é a cedilha, que
diferencia a pronúncia do < c > de 'caco' do < c > de 'caço' (do verbo
'caçar'). Além dela, existem o acento agudo ('lá'), o til ('lã'), o acento
circunflexo ('lâmpada') e o acento grave ('àquela').
Então, se aplicamos acentos gráficos para “ajudar a cantar” a melodia
da língua, quais as regras formuladas pelo Novo
Acordo Ortográfico no particular?
No que interessa aos brasileiros, a acentuação gráfica, que é tratada nas Bases VIII, IX, X e XI do Acordo, é o tema em que se
verifica o maior índice de alterações, se considerada a quantidade de palavras que tiveram a grafia modificada.
De modo geral, as modificações se concentram:
. nas palavras paroxítonas (‘heroico’, ‘ideia’),
. naquelas em que ocorre hiato (‘feiura’, ‘voo’) e
. nas homógrafas, ou seja, que têm a mesma grafia (‘pelo’, ‘pera’).
Essas modificações têm sempre o objetivo de eliminar os acentos gráficos até então presentes nesses grupos de palavras, e
não de acrescentá-los.
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1ª Regra1ª Regra1ª Regra1ª Regra
Elimina-se o acento agudo das palavras paroxítonas cuja sílaba tônica seja formada pelos ditongos abertos < ei > e < oi >.
Como era antes Como deve ser agora
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
assembléia assembleia
bóia boia
clarabóia claraboia
colméia colmeia
Coréia Coreia
Galiléia Galileia
geléia geleia
hebréia hebreia
heróico heroico
idéia ideia
intróito introito
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
onomatopéia onomatopeia
paranóico paranoico
platéia plateia
protéico proteico
tramóia tramoia
O acento PERMANECE:
Nas palavras oxítonas, mesmo que ocorram os1.
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ditongos abertos < ei > e < oi >, como em:
'hotéis', 'heróis', 'papéis';
Nas paroxítonas terminadas em < r >, como em:
'destróier';
2.
Nos monossílabos tônicos: 'dói',
'méis', 'réis', 'sóis'.
3.
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2ª Regra2ª Regra2ª Regra2ª Regra
Elimina-se o acento agudo de palavra paroxítona formada pelas vogais < i > e < u >precedidas de ditongo.
Como era antes Como deve ser agora
baiuca baiuca
bocaiúva bocaiuva
boiúna boiuna
cauíla cauila
feiúra feiura
maoísmo maoismo
Sauípe Sauipe
taoísmo taoismo
O acento permanece nas palavras oxítonas onde o
< i > ou o < u> estiverem em posição final, após
ditongo, mesmo que seguidos de < s >, como em:
'tuiuiú', 'tuiuiús', 'Piauí'.
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3ª Regra3ª Regra3ª Regra3ª Regra
Elimina-se o acento circunflexo nos seguintes casos:
1. Nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos ‘crer’, ‘dar’, ‘ler’, ‘ver’ e seus
derivados.
Como era antes Como deve ser agora
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
descrêem (do verbo descrer) descreem
lêem (verbo ler) leem
relêem (do verbo reler) releem
vêem (verbo ver) veem
2. Na vogal tônica fechada do hiato < oo > em palavras paroxítonas, seguidas ou não de < s >.
Como era antes Como deve ser agora
abençôo (verbo abençoar) abençoo
dôo (verbo doar) doo
enjôo (verbo ou subst.) enjoo
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vôo (verbo ou subst.) voo
zôo zoo
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4ª Regra - Parte 14ª Regra - Parte 14ª Regra - Parte 14ª Regra - Parte 1
Elimina-se o acento agudo na vogal < u > das formas verbais que contenham < qu > e < gu > rizotônicos, ou seja, quando o
< u > presente nessas sequências for tônico e fizer parte da raiz do verbo.
Em tempo: para melhor compreendermos os enunciados seguintes, vale recordar:
As formas verbais regulares podem ser decompostas em três elementos: raiz, vogal
temática e desinências. Assim, em 'amaremos', por exemplo, tem-se o radical < am >; a
vogal temática < a >; e duas desinências: a desinência < mos >, que indica a pessoa do
verbo (no caso, a 1ª pessoa) e o número (no caso, plural); e a desinência < re >, que
anuncia o modo (indicativo) e o tempo (futuro do presente).
Quando a tonicidade da forma verbal flexionada recai sobre a raiz ou radical, dizemos que é
rizotônica; quando não, dizemos que é arrizotônica. É o caso do exemplo dado acima. A
forma 'amaremos' tem a tonicidade marcada na sílaba < re >, portanto, recai fora da raiz
do verbo (< am >) e é, então, arrizotônica.
Para saber mais, clique aqui.
Na prática, além de perderem o trema quando o < u > é átono, verbos como ‘arguir’ e ‘redarguir’ e suas flexões não mais
recebem o acento agudo, ainda que mantida a tonicidade no < u >.
ARGUIR arguo, arguis, argui, arguímos, arguís, arguem
REDARGUIRredarguo, redarguis, redargui, redarguímos, redarguís,
redarguem
Quando no hiato < ui > a tonicidade recair sobre o < i > este
deve ser acentuado, como por exemplo: "Eu arguí todas as
testemunhas do caso.". Ainda 'arguíste', 'arguímos', 'arguís'.
Em alguns verbos, o emprego do acento é determinado pela
pronúncia, como em 'aguar', 'desaguar', 'enxaguar', 'obliquar'
e 'delinquir'. Nestes casos, admite-se que sejam grafados de
duas formas, de acordo com a pronúncia.
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4ª Regra - Parte 24ª Regra - Parte 24ª Regra - Parte 24ª Regra - Parte 2
1. Nas formas rizotônicas, ou seja, quando a tonicidade recai sobre o radical (aquele elemento que aparece em todas as
formas flexionadas de verbos regulares), acentuam-se o < a > e o < i > do radical.
Veja, por exemplo, a conjugação dos verbos ‘aguar’ e ‘averiguar’, em que a tonicidade recai sobre os radicais < ag > de
‘aguar’ e < averig > de ‘averiguar’:
AGUAR AVERIGUAR
(eu) águo (que eu) águe (eu) averíguo (que eu) averígue
(tu) águas (que tu) águes (tu) averíguas (que tu) averígues
(ele) água (que ele) águe (ele) averígua (que ele) averígue
(nós) aguamos (*) (que nós) aguemos (nós) averiguamos (que nós) averiguemos
(vós) aguais (que vós) agueis (vós) averiguais (que vós) averigueis
(eles) águam (que eles) águem (eles) averíguam (que eles) averíguem
(*) Observe que, nas formas destacadas, a sílaba tônica recai fora do radical < ag > de ‘aguar’ e fora do radical < averig > de
‘averiguar’. Portanto, não são acentuadas. Veja o caso seguinte.
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4ª Regra - Parte 34ª Regra - Parte 34ª Regra - Parte 34ª Regra - Parte 3
2. Já se a tonicidade da pronúncia recai fora do radical (arrizotônica), não se utiliza o acento. Nos exemplos abaixo, a
tonicidade não recai nem sobre o radical < ag > de ‘aguar’, nem sobre o radical < averig > de ‘averiguar’.
Veja o quadro abaixo:
AGUAR AVERIGUAR
(eu) aguo (que eu) ague (eu) averiguo (que eu) averigue
(tu) aguas (que tu) agues (tu) averiguas (que tu) averigues
(ele) agua (que ele) ague (ele) averigua (que ele) averigue
(nós) aguamos (que nós) aguemos (nós) averiguamos (que nós) averiguemos
(vós) aguais (que vós) agueis (vós) averiguais (que vós) averigueis
(eles) aguam (que eles) aguem (eles) averiguam (que eles) averiguem
Assim, se a tonicidade recair sobre o < u >, este não receberá acento gráfico, como nas formas ‘enxague’, ‘oblique’;
porém, se a tonicidade recair sobre as vogais < a > ou < i > da sílaba anterior, estas, obrigatoriamente, receberão
acento gráfico (‘enxágue’, ‘oblíque’).
"No Brasil, a pronúncia mais frequente é aquela
em que "a" e o "i" são tônicos."
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5ª Regra5ª Regra5ª Regra5ª Regra
Quando palavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia, verifica-se o fenômeno da homografia.
As palavras homógrafas podem também ser homófonas, ou seja, terem o mesmo som, apresentarem os mesmos traços
fonéticos. Para a Ortografia isso representava um complicador, daí a criação de ACENTOS DIFERENCIAIS – agudo ou
circunflexo –, a fim de que, mesmo se tomadas isoladamente, fora de contexto, essas palavras contivessem “marcas” que
indicassem a qual campo semântico pertenciam.
Entretanto, com a entrada em vigor do Novo Acordo, a regra geral é no sentido de que não mais se distinguem palavras
homógrafas.
Como era antes Como deve ser agora
pára (verbo parar) / para
(preposição)
para (verbo e preposição)
péla (verbo pelar) / pela
(preposição) / péla (substantivo)
pela (preposição, verbo e
substantivo)
pólo (substantivo) / pôlo
(substantivo) / polo (preposição
antiga)
polo (substantivos e preposição)
pélo (verbo pelar) / pêlo
(substantivo) / pelo (preposição)
pelo (verbo, substantivo e
preposição)
pêro (substantivo) / pero
(conjunção antiga)
pero (substantivo e conjunção
antiga)
pêra (substantivo) / pera
(preposição antiga)
pera (substantivo e preposição
antiga)
Apenas algumas palavras permanecem acentuadas para se distinguir pelo acento gráfico:
- ‘pôr’ (verbo) para diferenciar de ‘por’ (preposição);
- ‘pôde’ (verbo na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) para diferenciar de ‘pode’ (3ª pessoa do
singular do presente do indicativo); e
- os verbos ‘ter’ e ‘vir’, bem como seus derivados (‘manter’, ‘deter’, ‘reter’, ‘conter’, ‘convir’, ‘intervir’, ‘advir’ etc.)
para diferenciar as formas da 3ª pessoa no singular (presente do indicativo) das formas da 3ª pessoa no plural
(presente do indicativo).
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6ª Regra6ª Regra6ª Regra6ª Regra
CASOS FACULTATIVOS
O Acordo recebeu, ainda, a duplicidade articulatória de algumas palavras geralmente provenientes do francês, que, como
reporta, “nas pronúncias cultas, ora é registrada como aberta, ora como fechada”, admitindo, pois, tanto o acento agudo como
o acento circunflexo:
1) Algumas palavras oxítonas terminadas em < e > tônico admitem tanto o acento agudo quanto o acento circunflexo.
É facultativo
bebê bebé
bidê bidé
canapê canapé
caratê caraté
crochê croché
guichê guiché
nenê nené
purê puré
rapê rapé
2) Torna-se facultativo o emprego do acento circunflexo nas palavras oxítonas ‘judô’ e ‘metrô’;
3) É facultado, para fins de diferenciação, o uso do acento agudo nas formas verbais paroxítonas do pretérito perfeito do
indicativo, na 1ª pessoa do plural, quando coincidirem com a forma verbal correspondente do presente do indicativo.
Presente do IndicativoPretérito perfeito do
Indicativo
Aceita-se a grafia para representar o
pretérito perfeito
amamos amamos amámos
cantamos cantamos cantámos
dançamos dançamos dançámos
louvamos louvamos louvámos
É facultado o uso do acento da palavra 'fôrma'
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(substantivo) para diferenciar da palavra 'forma'
(substantivo e verbo 'formar').
Veja, a seguir, um quadro resumido das novas regras de acentuação gráfica:
QUADRO RESUMIDO
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
REGRA NOVA
EXEMPLOS
ATENÇÃO!
Como era Como fica
Não se acentuam mais os
ditongos abertos < ei > e <
oi > das palavras
paroxítonas.
andróide, estóico, geléia,
heróico, idéia, platéia
androide, estoico, geleia,
heroico, ideia, plateia
O acento permanece:
1) Nas palavras oxítonas,
mesmo que ocorram os
ditongos abertos < ei > e <
oi >, como em: ‘hotéis’,
‘heróis’, ‘papéis’, ‘troféu’,
‘troféus’;
2) Nas paroxítonas
terminadas em < r >, como
‘blêizer’, ‘contêiner’,
‘destróier’, ‘gêiser’;
3) Nos monossílabos
tônicos: ‘dói’, ‘méis’, ‘réis’,
‘sóis’.
Não se acentuam mais o < i
> e o < u > tônicos quando
vierem depois de ditongos
em palavras paroxítonas.
baiúca bocaiúva, cauíla,
feiúra
baiuca, bocaiuva, cauila,
feiura
O acento permanece:
1) nas palavras oxítonas em
que o < i > e o < u >
aparecem em posição final,
seguidos ou não de < s >,
tal como em ‘Piauí’ e
‘tuiuiús’;
2) nas paroxítonas em que o
< i > e o < u > não vêm
depois de ditongo, como
acontece em ‘juíza’, ‘uísque’,
‘ruína’ e ‘saúva’.
Não se acentuam mais as
palavras terminadas em <
eem > e < oo >.
abençôo, crêem, enjôo,
lêem, perdôo, vêem
abençoo, creem, enjoo,
leem, perdoo, veem
Não se acentua mais o < u >
tônico precedido de < g > ou
< q > na conjugação de
verbos como arguir,
redarguir, apaziguar,
obliquar e averiguar.
apazigúe, argúi, averigúe,
obliqúe
apazigue, argui, averigue,
oblique
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Devido à duplicidade articulatória
observada em certas regiões,
admite-se tanto o acento agudo como o
acento circunflexo em algumas palavras
oxítonas terminadas em < e > tônico.
‘bebê ou bebé’; ‘bidê ou bidé’, ‘caratê
ou caraté’; ‘guichê ou guiché’; ‘nenê ou
nené’
São facultativos:
1) o acento circunflexo nas palavras
oxítonas ‘judô’ e ‘metrô’; e
2) o acento circunflexo para diferenciar
as palavras ‘forma’ (substantivo e
verbo ‘formar’) e ‘fôrma’ (substantivo).
Para fins de diferenciação, é facultativo
o uso do acento agudo nas formas
verbais paroxítonas do pretérito
perfeito do indicativo, na 1ª pessoa do
plural, quando coincidirem com a forma
verbal correspondente do presente do
indicativo.
‘amamos ou amámos’;
‘cantamos ou cantámos’;
‘louvamos ou louvámos’
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Complementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudos
Módulo II - Unidade 1
Complemente o seu estudo, consultando omaterial que disponibilizamos emGlossário, Dicionários e Biblioteca,localizados no Módulo de Apoio.
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Unidade 2 - O emprego do hífenUnidade 2 - O emprego do hífenUnidade 2 - O emprego do hífenUnidade 2 - O emprego do hífen
O termo deriva do grego hýphen (juntos, juntamente). O vocábulo
chegou ao português pelo latim tardio hyphen, que, frise-se, manteve o
< h > na grafia, muito embora essa letra já não fosse pronunciada.
O hífen, como garante a sua origem, existe para unir e não para
“separar”. Ainda quando “separa”, para evitar a criação de uma sílaba
indesejada e, assim, indicar uma melhor pronúncia, como em
‘mal-humorado’, ‘pan-hospitalar’, ‘sub-reino’, a sua simples presença
preserva a “unidade semântica e sintagmática” do vocábulo, expressão
usada no Novo Acordo Ortográfico.
Eis os casos em que, segundo o Novo Acordo Ortográfico da língua portuguesa, emprega-se o hífen:
1) Nas palavras compostas que designam nomes de plantas e animais, estejam ou não ligados por preposição ou qualquer
outro elemento.
abóbora-menina fava-de-santo-
inácio
cobra-d’água
bênção-de-deus andorinha-grande lesma-de-conchinha
bem-me-quer cobra-capelo bem-te-vi
couve-flor formiga-branca tartaruga-marinha
erva-do-chá andorinha-do-mar
ervilha-de-cheiro
Tendo em vista que, nestes casos, ora se utilizava o hífen,
ora não, o Acordo uniformizou a grafia.
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anti-higiênico pré-história
arqui-hipérbole extra-humano
contra-harmônico semi-hospitalar
circum-hospitalar geo-história
pan-helenismo sub-hepático
eletro-higrômetro neo-helênico
mini-hospital super-homem
2) O Acordo define que o hífen só será usado em palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos, nos seguintes casos:
2.1 Quando o segundo elemento começa por < h >.
Não se usa o hífen em informações que contenham os prefixos
< des > e < h > e nas quais o segundo elemento perdeu o < h
> inicial: 'desumano', 'desumidificar', 'inábil', 'inumano', etc.
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Pág. 2Pág. 2Pág. 2Pág. 2
Exceção: ‘subumano’, em que ‘humano' perde o < h >. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia
Brasileira de Letras, também registra forma 'sub-humano'.
2.2 Quando a vogal final do prefixo ou falso prefixo coincidir com a vogal inicial do segundo elemento da composição.
anti-ibérico
micro-ondas
auto-observação
micro-organismo
contra-almirante
semi-intensivo
infra-axilar
supra-auricular
2.3 Nos compostos formados pelos prefixos ‘ex’, ‘sota’, ‘soto’, ‘vice’ e ‘vizo’.
ex-almirante sota-piloto soto-mestre vice-reitor vizo-rei
ex-hospedeira vice-presidente
ex-diretor
ex-primeiro-
ministro-
ministro
2.4 Em palavras formadas pelos prefixos ‘circum’ ou ‘pan’ seguidos de palavras iniciadas em vogal, < m > ou < n >.
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circum-escolar pan-mágico
circum-navegação pan-africano
pan-americano
pan-negritude
2.5 Quando os prefixos ‘hiper’, ‘inter’ e ‘super’ formar compostos com palavras iniciadas por < r >.
hiper-realista inter-racial super-resistente
hiper-requintado inter-regional super-revista
hiper-resistente inter-relação
3) Para ligar duas ou mais palavras que formam encadeamentos vocabulares do tipo:
divisas: ‘Liberdade-Igualdade-Fraternidade’
trajetos e percursos: ‘ponte Rio-Niterói’, ‘trecho São Paulo-Santos’;
em que se opões relações e noções: ‘professor-aluno’, ‘ensino-
aprendizagem’.
4) Nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como < açu >, < guaçu >
e < mirim >, e quando a vogal final do primeiro elemento é acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção
gráfica dos dois elementos:
amoré-guaçu
anajá-mirim
andá-açu
capim-açu
Ceará-mirim
tamanduá-mirim
5) Nos compostos formados com os advérbios ‘bem’ e ‘mal’ quando estes formam, com o elemento que se segue, uma
unidade sintagmática e semântica.
bem-aventurado mal-acabado
bem-estar mal-adaptado
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bem-humorado mal-afortunado
bem-criado mal-amado
bem-ditoso mal-educado
bem-educado mal-estar
bem-falante mal-curada
bem-mandado mal-entendido
bem-nascido mal-humorado
bem-vindo mal-intencionado
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1) Prefixo < mal->:
Usa – se o hífen com o prefixo < mal->, quando a palavra seguinte começar por vogal
ou então pelas consoantes < h > ou < l >.
Exemplos: mal-assombrado, mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo.
Nos outros casos, escreve-se sem hífen:
Exemplos: malcriado, malcomportado, malcheirosos, malfeito, malsucedido, malvisto.
Quando “mal” significa doença, usa-se o hífen se a palavra não tiver elemento de
ligação.
Exemplo: mal-francês.
Se houver elemento de ligação, escreve-se sem hífen.
Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.
2) Prefixo < bem- >:
De modo geral, usa-se o hífen nos compostos com o prefixo < bem- >.
Exemplos: bem-aventurado, bem-intencionado, bem-humorado, bem-merecido,
bem-nascido, bem-falante, bem-vindo, bem-visto, bem-disposto.
Há, contudo, vários casos em que < bem > se liga sem hífen à palavra seguinte, quer
ele tenha ou não vida á parte.
Exemplo: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquisto, benquerença, etc.
Regra de ouro:
Para não correr o risco de errar, é aconselhável consultar o
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dicionário, que determina qual é a grafia consagrada pelo uso.
Exemplos são as palavras “malmequer” (consagra sem hífen)
e bem-me-quer (consagrada com hífen).
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1) Nos compostos formados por prefixo ou falso prefixo terminado em vogal em combinação com palavra iniciada por < r > ou
< s >, que, nesses casos, são dobrados.
Como era Como deve ser
ante-sala antessala
auto-retrato autorretrato
anti-social antissocial
contra-senso contrassenso
ultra-sonografia ultrassonografia
supra-renal suprarrenal
Observação: A medida uniformiza várias exceções antes existentes.
2) Nos compostos, quando a vogal final do prefixo ou falso prefixo é diferente da vogal inicial da palavra com a qual se
combinam.
Como era Como deve ser
anti-aéreo antiaéreo
anti-americanismo antiamericanismo
auto-afirmação autoafirmação
auto-ajuda autoajuda
infra-estrutura infraestrutura
neo-impressionista neoimpressionista
3) Nos compostos que, devido ao uso, perderam a noção de composição.
Como era Como deve ser
manda-chuva mandachuva
pára-quedas paraquedas
- -
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Observação:
O Novo Acordo incluiu “paraquedas” e derivados ("paraquedista" e "paraquedismo") entre os casos de "compostos que, devido
ao uso, perderam a noção de composição" (veja o art. 1º da Base XV do Acordo) e deixou de fora os demais compostos com a
forma verbal "para": para-choque, para-lama, para-raio, para-vento, para-brisa, para-sol. Tanto que o Vocabulário Ortográfico
da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras, assim registra essas palavras. Antes do Novo Acordo, tanto
“pára-quedas” como “pára-choque”, "pára-lama" e demais compostos dessa natureza tinham hífen e o acento diferencial em
"pára", para diferenciar a forma conjugada do verbo "parar" da preposição "para". Tendo em vista que o Novo Acordo eliminou
esse acento diferencial da forma verbal "para", os substantivos compostos com tal elemento também perderam o acento.
4) Nos compostos que apresentam elementos de ligação.
pé de moleque
pé de vento
pai de todos
dia a dia
fim de semana
cor de vinho
ponto e vírgula
camisa de força
cara de pau
olho de sogra
Observação: Incluem-se neste caso os compostos que formam uma oração, como: ‘maria vai com as outras’, ‘leva e traz’,
‘diz que diz que’, ‘deus me livre’, ‘deus nos acuda’, ‘cor de burro quando foge’, ‘bicho de sete cabeças’, ‘faz de conta’.
Exceções (7): ‘água-de-colônia’, ‘arco-da-velha’, ‘cor-de-rosa’, ‘mais-que-perfeito’, ‘pé-de-meia’, ‘ao deus-dará’, ‘à queima-
roupa’.
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5) Nas formações com o prefixo < co >, este se une diretamente ao segundo elemento, mesmo quando este se inicia por < o
> ou < h >.
coobrigação
coedição
coeducar
cofundador
coabitação
coerdeiro
corréu
corresponsável
coocorrência
Observação: Dobra-se o < r > inicial do segundo elemento.
6) Nos vocábulos formados pelos < pre > e < re >, mesmo diante de palavras começadas por < e >.
preexistente
preelaborar
reescrever
reedição.
Observação: Como o acento do prefixo < pré > é praticamente imperceptível em algumas palavras, como
‘predeterminado’ e ‘preexistente’, na dúvida é sempre bom consultar o dicionário.
7) Não se usa o hífen na formação de locuções com o advérbio ‘não’.
(acordo de) não agressão
(reservado para) não fumantes
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Observação: O Acordo Ortográfico aboliu o hífen das formas em que a palavra ‘não’ tem valor prefixal: ‘não agressão’,
‘não engajado’, ‘não fumante’, ‘não violência’, ‘não participação’, ‘não governamental’ etc.
Divisão silábica e translineação
Na divisão silábica, quando da translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há
um hífen ou mais, se a partição coincidir com o final de um dos elementos ou membros, deve-se, por clareza gráfica,
repetir o hífen no início da linha imediata:
Exemplos:
“O comandante da polícia é um ex-
-capitão do Exército”
“Quanto ao Paulo, ao João e ao Pedro, convocá-
-los-emos na próxima semana.”
Ou
“Quanto ao Paulo, ao João e ao Pedro, convocá-los-
-emos na próxima semana.”
O carro do presidente era seguido de perto pelo do vice-
-presidente.”
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NÃO SE USA O HÍFEN:
Regra Exemplos Observações
Em palavras compostas que
apresentam elementos de
ligação.
pé de moleque, pé de vento,
pai de todos, dia a dia, fim
de semana, cor de vinho,
ponto e vírgula, camisa de
força, cara de pau, olho de
sogra, mão de obra.
Incluem-se neste caso os
compostos que formam uma
oração. Ex.: Maria vai com
as outras, leva e traz, diz
que diz que, deus me livre,
deus nos acuda, cor de burro
quando foge, bicho de sete
cabeças, faz de conta.
* Exceções (7): água-de-
colônia, arco-da-velha,
cor-de-rosa, mais-que-
perfeito, pé-de-meia, ao
deus-dará, à queima-roupa.
Se o prefixo terminar com
letra diferente daquela com
que se inicia a outra palavra.
autoajuda, autoestrada,
autoescola, antiaéreo,
intermunicipal, supersônico,
superinteressante,
agroindustrial, aeroespacial,
semicírculo.
Se o prefixo terminar por
vogal e a outra palavra
começar por < r > ou < s >,
dobram-se essas letras.
contrarrelógio, minissaia,
antirracismo, ultrassom,
semirreta.
Quando o prefixo < co- >
juntar-se com o segundo
elemento, mesmo quando
este se inicia por < o > ou <
h >.
coobrigação, coedição,
coeducar, cofundador,
coabitação, coerdeiro,
corréu, corresponsável,
coocorrência.
Com os prefixos < pre- > e
< re- >, mesmo diante de
palavras começadas por < e
>.
preexistente, preelaborar,
reescrever, reedição.
Como o acento do prefixo é
praticamente imperceptível
em algumas palavras, como
‘predeterminado’ e
‘preexistente’, na dúvida é
sempre bom consultar o
dicionário.
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Na formação de compostos
começados por ‘não’.
(acordo de) não agressão
(reservado para) não
fumantes.
O acordo ortográfico aboliu o
hífen das formas em que a
palavra "não" tem valor
prefixal: ‘não agressão’, ‘não
engajado’, ‘não fumante’,
‘não violência’, ‘não
participação’, ‘não
governamental’ etc.
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USA-SE O HÍFEN:
Regra Exemplos Observações
Com os prefixos < circum- >
e < pan- >, quando o
segundo elemento começa
por vogal, < h >, < m > ou
< n >.
circum-navegação,
pan-africano;
Com os prefixos < hiper- >,
< inter- > e < super- >,
quando o segundo elemento
começa por < r >.
hiper-realista e super-
resistente
Quando o prefixo terminar
com a mesma letra com que
se inicia a outra palavra.
micro-ondas,
anti-inflacionário,
sub-bibliotecário, inter-
regional, infra-axilar
Nas palavras compostas que
não apresentam elementos
de ligação.
guarda-chuva, arco-íris,
boa-fé, segunda-feira,
mesa-redonda, vaga-lume,
joão-ninguém, porta-malas,
porta-bandeira, pão-duro,
bate-boca.
Não se usa o hífen em certas
palavras que perderam a
noção de composição, como
‘girassol’, ‘madressilva’,
‘mandachuva’, ‘pontapé’,
‘paraquedas’, ‘paraquedista’,
‘paraquedismo’.
Em palavras onomatopeicas
(isto é, que representam
ruídos ou sons naturais) que
são compostas, mas não
apresentam elementos de
ligação.
reco-reco, blá-blá-blá,
zum-zum, tico-tico, tique-
taque, cri-cri, glu-glu,
rom-rom, pingue-pongue,
zigue-zague, bi-bi, fom-fom,
tim-tim (tim-tim por
tim-tim).
Como o acento do prefixo é
praticamente imperceptível
em algumas palavras, como
‘predeterminado’ e
‘preexistente’, na dúvida é
sempre bom consultar o
dicionário.
Nos compostos entre cujos
elementos há o emprego do
apóstrofo.
queda-d'água, gota-d'água,
copo-d'água.
Nas palavras compostas
derivadas de topônimos
(nomes de lugares) que
apresentam ou não
elementos de ligação.
belo-horizontino (Belo
Horizonte);
porto-alegrense (Porto
Alegre);
mato-grossense-do-sul
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(Mato Grosso do Sul);
rio-grandense-do-norte (Rio
Grande do Norte)
Nos compostos que
designam espécies animais e
botânicas (nomes de
plantas, flores, frutos,
raízes, sementes), tenham
ou não elementos de ligação.
bem-te-vi, peixe-espada,
peixe-do-paraíso, mico-leão-
dourado, andorinha-
da-serra, lebre-
da-patagônia, erva-doce,
ervilha-de-cheiro, pimenta-
do-reino, peroba-do-campo,
cravo-da-índia.
Não se usa o hífen, quando
os compostos que designam
espécies botânicas e
zoológicas são empregados
fora de seu sentido original.
Observe a diferença de
sentido entre os pares: 1)
arroz-do-campo (certo tipo
de erva) e arroz de festa
(alguém que está sempre
presente em festas). 2)
bico-de-papagaio (espécie
de planta ornamental) e bico
de papagaio (deformação
nas vértebras).
3) olho-de-boi (espécie de
peixe) e olho de boi (selo
postal).
Diante de palavra começada
por < h >.
anti-higiênico, sub-hepático,
super-homem, sobre-
humano.
Exceção: ‘subumano’Com o prefixo < sub- >,
usa-se o hífen também
diante de palavra começada
por < b > e < r >.
sub-base, sub-bibliotecário,
sub-região, sub-reitor,
sub-regional.
Com os prefixos < ex- >, <
sem- >, < além- >, <
aquém- >, < recém- >, <
pós- >, < pré- >, < pró- >,
< vice- >.
ex-aluno, sem-terra,
além-mar, aquém-mar,
recém-casado,
pós-graduação,
pré-vestibular, pró-europeu,
vice-rei.
A dúvida, nesse caso, é
sempre comum. Como o
acento nos prefixos < pré-
>, < pós- > e < pró- > é
praticamente imperceptível
na fala, em algumas
palavras, como
‘predeterminado’ e
‘preexistente’, muitos não
sabem se o hífen deve ou
não ser usado. Assim,
também aqui é sempre bom
consultar o dicionário.
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Com o prefixo < mal- >,
quando a palavra seguinte
começar por vogal, < h > ou
< l >.
mal-assombrado,
mal-entendido, mal-estar,
mal-humorado, mal-limpo.
* Nos outros casos,
escreve-se sem hífen:
malcriado, malcomportado,
malcheiroso, malfeito,
malsucedido, malvisto.
* Quando mal significa
doença, usa-se o hífen se a
palavra não tiver elemento
de ligação. Ex.: mal-francês.
Se houver elemento de
ligação, escreve-se sem
hífen. Ex.: mal de lázaro,
mal de sete dias.
Com < bem- >, de modo
geral, nos compostos.
bem-aventurado,
bem-intencionado,
bem-humorado,
bem-merecido, bem-nascido,
bem-falante, bem-vindo,
bem-visto, bem-disposto.
* Mas há vários casos em
que bem se liga sem hífen à
palavra seguinte. Ex.:
benfazejo, benfeito,
benfeitor, benquisto.
Regra de ouro:
Para não correr o risco de errar, quando não se souber se a palavra
perdeu a noção de composição, é aconselhável consultar o dicionário,
que determina qual é a grafia consagrada pelo uso. Exemplos disso
são as palavras malmequer (sem hífen) e bem-me-quer (consagrada
com hífen).
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Complementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudos
Módulo II - Unidade 2
Complemente o seu estudo, consultando omaterial que disponibilizamos emGlossário, Dicionários e Biblioteca,localizados no Módulo de Apoio.
Jogo do hífen
Para jogar, acesse o link:
http://educarparacrescer.abril.com.br/regras-
hifen/index.shtml
Consulte também:
http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe
/sys/start.htm?sid=23
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Unidade 3 - Composição do alfabetoUnidade 3 - Composição do alfabetoUnidade 3 - Composição do alfabetoUnidade 3 - Composição do alfabeto
Uma inovação que o texto de unificação ortográfica de 1990 apresenta,
logo na Base I, é a apresentação do alfabeto, acompanhado das
designações que usualmente são dadas às diferentes letras.
No alfabeto português passam a figurar também as letras < k >, < w >
e < y >, pelas seguintes razões:
a) Os dicionários da língua já registram estas letras, apresentando um
razoável número de palavras do léxico português iniciado por elas;
b) Na aprendizagem do alfabeto é necessário fixar qual a ordem que
elas ocupam; e
c) Nos países africanos de língua oficial portuguesa existem muitas palavras que são grafadas com elas.
Apesar da inclusão no alfabeto das letras < k >, < w > e < y >, mantiveram-se as regras já fixadas anteriormente quanto ao
seu uso restritivo, uma vez que existem outros grafemas com o mesmo valor fonético daquelas.
Ocorre que se, de fato, fossem abolidas as restrições quanto ao uso das letras < k >, < w > e < y >, provavelmente seria
introduzido no sistema ortográfico português mais um fator de perturbação, ou seja, a possibilidade de representar
indiscriminadamente por aquelas letras, fonemas que são transcritos por outras.
O alfabeto passa a ter 26 letras com a reintrodução das letras < k >, < w > e < y >, largamente utilizadas na escrita de
símbolos de unidades de medida, como km (quilômetro) e W (watt), e em palavras de origem estrangeira, como show,
windsurf e playboy.
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A Base I do Acordo Ortográfico trata do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados:
1) O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra
maiúscula:
Observação:
a) Além dessas letras,
usam-se o < ç > (cê
cedilhado) e os seguintes
dígrafos: < rr > (erre duplo),
< ss > (esse duplo), < ch >
(cê-agá), < lh > (ele-agá), <
nh > (ene-agá), < gu >
(guê-u) e < qu > (quê-u).
b) Os nomes das letras acima sugeridos podem ser designados de outras formas.
2) As letras < k >, < w > e < y > usam-se nos seguintes casos especiais:
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin,
darwinismo: Wagner, wagneriano, Byron, byroniano; Taylor, taylorista;
b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados: Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;
c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional: TWA, KLM; K
(de kalium – potássio), W (West – oeste); kg (quilograma); km (quilômetro); kW (kilowatt); yd (yard – jarda); Watt.
3) Em congruência com o número anterior, mantêm-se nos vocábulos derivados eruditamente de nomes próprios
estrangeiros, quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à nossa escrita que figurem
nesses nomes: comtista, de Comte; garrettiano, de Garrett; jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, de Müller;
shakesperiano, de Shakespeare.
Os vocábulos autorizados registrarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgação de certas palavras de tal
tipo de origem (a exemplo de fúcsia/ fúchsia e derivados, bungavília/ bunganvílea/bougainvíllea).
4) Os dígrafos finais de origem hebraica (< ch >, < ph > e < th >) podem conservar-se em formas onomásticas
da tradição bíblica, como ‘Baruch’, ‘Loth’, ‘Moloch’, ‘Ziph’, ou então simplificar-se: ‘Baruc’, ‘Lot’, ‘Moloc’, ‘Zif’.
Se qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, for invariavelmente mudo, elimina-se, como em ‘José’ e
‘Nazaré’, em vez de ‘Joseph’ e ‘Nazareth’; e se algum deles, por força do uso, permitir adaptação, substitui-se,
recebendo uma adição vocálica: ‘Judite’, em vez de ‘Judith’.
5) As consoantes finais grafadas (< b >, < c >, < d >, < g > e < h >) mantêm-se, quer sejam mudas, quer
proferidas, nas formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropônimos e topônimos da
tradição bíblica: ‘Jacob’, ‘Job’, ‘Moab’, ‘Isaac’; ‘David’, ‘Gad’; ‘Gog’, ‘Magog’, ‘Bensabat’, ‘Josafat’.
Integram-se também nessa forma: ‘Cid’, em que o < d > é sempre pronunciado; ‘Madrid’ e ‘Valhadolid’, em que o < d
> ora é pronunciado, ora não; e ‘Calcem’ ou ‘Calicut’, em que o < t > se encontra nas mesmas condições. Nada
impede, entretanto, que os antropônimos em apreço sejam usados sem a consoante final ‘Jó’, ‘Davi’ e ‘Jacó’.
6) Recomenda-se que os topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, por formas
vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando entrem, ou possam entrar, no uso
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corrente.
Exemplos: Anvers, substituído por Antuérpia; Cherbourg, por Cherburgo; Garonne, por Garona; Genève, por Genebra;
Justland, por Jutlândia; Milano, por Milão; München, por Muniche; Torino, por Turim; Zürich, por Zurique, etc.
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Emprego de maiúsculas e minúsculas
Se compararmos as disposições do Novo Acordo com o que está definido no Formulário Ortográfico Brasileiro (1943),
observaremos que se implementou uma simplificação quanto ao emprego das letras maiúsculas.
Uso restrito:
· Aos antropônimos reais ou fictícios: Maria, José, Dom Quixote, Sancho Pança;
· Aos topônimos reais ou fictícios: Belo Horizonte, Pará, Rio de Janeiro, Lumpalândia, Herzoslováquia;
· Aos nomes de instituições (pessoas jurídicas): Universidade de Brasília, Instituto Nacional da Seguridade Social,
Ministério da Educação;
· Aos nomes de seres mitológicos ou antropomorfizados: Júpiter, Netuno, Minerva; Saci Pererê;
· Aos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Carnaval, Ano-novo;
· Às designações dos pontos cardeais e colaterais quando se referem a grandes regiões do Brasil e do mundo:
Nordeste, Sudeste, Oriente, Ocidente;
· Às siglas: CPF, IPI, AGU, FAO, ONU;
· Às iniciais de abreviaturas: ‘Sr.’, ‘Gen.’, ‘V. Exª’; e
· Aos títulos de periódicos: Diário do Povo, Veja, Estadão, Folha de S. Paulo.
Uso facultativo:
· Nas citações bibliográficas, com exceção do primeiro vocábulo e daqueles obrigatoriamente grafados com letras
maiúsculas: O Primo Basílio ou O primo Basílio; Casa-grande e Senzala ou Casa-grande e senzala, Memórias Póstumas
de Braz Cubas ou Memórias póstumas de Braz Cubas.
· Nos pontos cardeais e colaterais ordinários, mas não nas suas abreviaturas: norte, sul, leste, mas SW, SE, N etc.
· Nos axiônimos (formas de tratamento e reverência) e hagiônimos (nomes sagrados e que designam crenças
religiosas): Senhor Pedro ou senhor Pedro; Doutora Marta ou doutora Marta; Governador Agnelo ou governador
Agnelo; Magnífico Senhor Reitor ou magnífico senhor reitor; Santa Cecília ou santa Cecília; Papa Bento XVI ou papa
Bento XVI.
· Nos nomes que designam domínios do saber ou disciplinas: Medicina ou medicina, Matemática ou matemática, Arte
Renascentista ou arte renascentista.
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· Nas categorizações de logradouros públicos, templos e edifícios: Rua/rua Teodoro Sampaio, Igreja/igreja de Santa
Efigênia, Edifício/edifício Copasa etc.
No particular, nem o Acordo Ortográfico em vigor, nem o Formulário Ortográfico
Brasileiro foram suficientemente explícitos ao tentarem estabelecer normas e critérios
para o emprego das iniciais maiúsculas.
Tanto é assim que o Acordo lança, ao final do trema, a seguinte observação:
“Obs: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que
obras observem regras próprias, provinda de código ou normalizações específicas
(terminologias antropológica, geológica, biológica, botânica, zoológica, etc.),
promanadas de entidades científicas ou normalizadoras reconhecidas
internacionalmente.”
Ainda assim, vale observar certas tendências.
- O emprego de maiúsculas em excesso, assim como dos negritos, dos sublinhados ou dos destaques, deve ser
evitado, pois “polui" o texto.
- A tendência é, pois, a seguinte:
a) mais formalidade, mais deferência, mais ênfase: maiúsculas;
b) mais modernidade, menos “poluição" gráfica, mais simplicidade: minúsculas.
A mídia é uma fonte inesgotávelde criação de tendências,formulando, para cada caso,normas próprias.Nunca se pode, no entanto,esquecer a regra taxativa quepreceitua o emprego obrigatóriode inicial maiúscula nossubstantivos próprios de qualquernatureza.
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Complementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudos
Módulo II - Unidade 3
Complemente o seu estudo, consultando omaterial que disponibilizamos emGlossário, Dicionários e Biblioteca,localizados no Módulo de Apoio.
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Unidade 4 - Eliminação do tremaUnidade 4 - Eliminação do tremaUnidade 4 - Eliminação do tremaUnidade 4 - Eliminação do trema
Objeto da Base XIV, o TREMA, ou sinal de diérese (divisão de duas vogais adjacentes em duas sílabas), é inteiramente
suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas, permanecendo, contudo, em nomes próprios estrangeiros e
derivações: ‘Hübner’, ‘hüberiano’, ‘Müller’, ‘mülleriano’.
Empregado em diversas línguas, o trema ocorre para:
a) indicar alteração do som regular ou ordinário de uma vogal;
b) indicar, em encontros vocálicos, que a vogal átona não formava ditongo com a
anterior;
c) dar identidade própria a determinada letra;
d) assinalar a independência de uma vogal em relação a uma vogal anterior.
No português, o trema era o diacrítico que se empregava sobre a letra < u >, quando átona, para indicar que ela deveria ser
pronunciada nos grupos < gue >, < gui >, < que >, < qui >.
Histórico do trema
O trema foi extinto da língua portuguesa pela segunda vez!
Sim; até 1971, ainda que pouco difundido, era facultado o uso do trema para indicar hiatos átonos. Dessa forma, podíamos
encontrar o trema sobre o < u > e até sobre o < i > em palavras como ‘païsinho’ e ‘paraïbano’, para indicar a pronúncia do
hiato pa-i-si-nho (diminutivo de país) e pa-ra-i-ba-no.
Como recurso poético, para estender a métrica da palavra ‘saudade’, era possível encontrar a grafia ‘saüdade’ (sa-u-da-de).
Entretanto, justamente por ser de emprego facultativo e ainda porque em todas as línguas impera o princípio do menor
esforço (gráfico e oral), o uso do trema na representação de hiatos átonos, de tão raro, acabou caindo no esquecimento. Com
a reforma ortográfica de 1971, acabou-se por extinguir o uso do trema nesses casos.
Entretanto, a partir da década de 70, maus articulistas e outros não muito dedicados autores generalizaram o equívoco de
que, com a reforma recém-implantada, o trema havia sido abolido definitivamente da língua pátria, como de resto já ocorrera
em Portugal desde 1945.
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Pronúncia das palavras afetadas
Mesmo com o fim do trema, não haverá modificação na pronúncia das palavras.
O Novo Acordo garante o direito de se manter a grafia original com o trema nos casos de nomes próprios, de empresas e de
marcas com registro público.
Observações:
a) Embora o trema não seja mais usado, a pronúncia das palavras que
recebiam o trema não mudará, ou seja, deveremos continuar pronunciando
a letra < u >.
b) Não esqueça que jamais houve trema quando a letra < u > estava
seguida de “o” ou “a”, como em ambíguo, longínquo, averiguar, adequado
etc.
c) Se a letra < u >, antes de < e > ou < i >, fosse pronunciada e tônica,
devíamos usar acento agudo em vez do trema, tal como em “que ele averigúe”, “que eles apazigúem”, “ele argúi”, “eles
argúem” etc. Este acento também foi abolido, como vimos anteriormente.
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Módulo II - Unidade 4
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Parabéns! Você chegou ao final do ultimo módulo do curso Conhecendo o Novo Acordo Ortografico.
Sugerimos que você faça uma releitura do Módulo IV e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado não influenciará na sua
nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de
ensino faz a correção imediata das suas respostas!
Porém, não esqueça de realizar a Avaliação Final do curso, que encontra-se no Módulo de Conclusão. Lembramos que é por
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