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Pg 3 JORNAL DO SiNDicAtO DOS tRAbALhADOReS em eDucAçãO DO teRceiRO GRAu PúbLicO De cuRitibA, ReGiãO metROPOLitANA e LitORAL DO eStADO DO PARANá JORNAL DO SINDITEST.pR Por todo o seu processo de construção, com a participação ativa da base, a greve fortaleceu a organização dos servidores técnicos administrativos da educação. Mas também firmou novas bases para a ação unificada com as demais categorias do serviço público. Mostrou que a greve e a luta não trazem somente conquistas para os salários e para as carreiras, mas aumentam o poder de mobilização dos trabalhadores. Greve 2012: um marco NO MOVIMENTO DOS SERVIDORES FEDERAIS Gestão Mudando o RuMo dos Ventos Envelopamento fechado pode ser aberto pela ECT EDIÇÃO 03 - ANO 20 OutubrO e NOvEmbrO de 2012 Mudou-se Falecido Ausente Desconhecido Não procurado Recusado CEP errado End. Insuficiente Não existe o nº indicado Inf. Porteiro / sindico Outros Reintegrado ao seviço postal em: / / Responsável: Impresso Especial 3600173954/2008/DR/PR SINDITEST-PR CORREIOS DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS I Balanço e PeRsPectiVas ato no HosPital de clÍnicas ReuniÃo FasuBRa a luta na Rua ato uniFicado de GReVe ato PRaça Rui BaRBosa audiÊncia PÚBlica uniVeRsidade lacRada MaRcHa a BRasÍlia leia Mais nesta ediçÃo

Mudou-se Falecido Ausente Desconhecido Não procurado ... · INSS ref.DEZ/11 R$ 5.564,87 não foi pago em dezembro Manutenção do sistema de informática 1.927,00 Assessoria Jurídica

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3JORNAL DO SiNDicAtO DOS tRAbALhADOReS em eDucAçãO DO teRceiRO GRAu PúbLicO De cuRitibA, ReGiãO metROPOLitANA e LitORAL DO eStADO DO PARANáJORNAL

DOSINDITEST.pR

Por todo o seu processo de construção, com a participação ativa da base, a greve fortaleceu a organização dos servidores técnicos administrativos da educação. Mas também firmou novas bases para a ação unificada com as demais categorias do serviço público. Mostrou que a greve e a luta não trazem somente conquistas para os salários e para as carreiras, mas aumentam o poder de mobilização dos trabalhadores.

Greve 2012: um marco NOMOVIMENTO DOS SERVIDORES FEDERAIS

Gestão Mudandoo RuMo dos Ventos

Envelopamento fechado pode ser aberto pela ECT

EDIÇÃO 03 - ANO 20

OutubrO e NOvEmbrO de 2012

Mudou-se FalecidoAusente DesconhecidoNãoprocurado RecusadoCEPerradoEnd.InsuficienteNãoexisteonºindicadoInf.Porteiro/sindicoOutros

Reintegradoaoseviçopostalem://Responsável:

ImpressoEspecial

3600173954/2008/DR/PRSINDITEST-PR

CORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

CORREIOS

I

Balanço e PeRsPectiVas

ato no HosPital de clÍnicas

ReuniÃo FasuBRa

a luta na Rua

ato uniFicado de GReVe

ato PRaça Rui BaRBosa audiÊncia PÚBlica

uniVeRsidade lacRada MaRcHa a BRasÍlia

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JORNAL DOSINDITEST.pR

prestação de contas trimestralA gestão Mudando o Rumo dos Ventos apresenta a prestação de contas referentes ao segundo trimestre, completando os seis primeiros meses de gestão!

ARRECADAÇÃOMensalidades UFPR 100.246,19

Mensalidades UTFPR 11.443,90

Mensalidades IFPR 547,99

Mensalidades FUNPAR 5.200,05

Mensalidades Outros Orgãos 360,31

Mensalidades Avulsas 123,20

Depósito Praia (diárias) 2.525,00

Sede Social 1.500,00

Convênios 3.664,00

Geométrica devolução 1.124,30

TOTAL 126.734,94

DESPESAS COM ADMINISTRAÇÃOE MANUTENÇÃO DO PATRIMÔNIO

Inclui as sedes recreativas, sede social e administrativaTelefone 1.888,69

Luz 2.036,44

Água 850,43

IPTU 1.470,51

Internet 234,85

Alarme 191,41

Pagamento Piscina Shangrilá (Gestão Anterior)17.655,00 03 cheques

R$ 5.885,00Compra Purificador Água 284,50

Vales Café da Manhã (Shangrila/Itapoa) 354,70

Seguros Agostinho/Shangrila 675,63

Materiais de Construção 462,90

Limpeza Salão Social 375,00

Taxas Bancárias 135,53

TOTAL 26.615,59

FOLHA DE PAGAMENTO E GASTOS DA SEDE ADMINISTRATIVA

Inclui todos os funcionáriosSalarios/Férias/Vale Transporte 22.980,21

INSS/FGTS/PIS/IRRF/Darf CSRF + INSS ref.13ºref.DEZ/11

12.496,20 INSS ref.DEZ/11

R$ 5.564,87 não foi pago em

dezembroManutenção do sistema de informática 1.927,00

Assessoria Jurídica (Avanilson Araújo) + Acordo Coletivo FUNPAR + Trindade & Arzeno

12.926,30 Acordo Coletivo

Funpar 3 x R$ 5000,00 /

AvanílsonAssessoria de Comunicação (Excelência) 7.200,00

Contador 832,00 Gastos gerais (material de expediente, padaria, fundo de caixa, etc.) 3.039,04

TOTAL 61.400,75

ATIVIDADES/FORMAÇÃO SINDICAL/AÇÃO POLÍTICA/REPASSES

Gráfica 5.755,00 Automóvel (seguro/pneus/revisão/combust./lavagem/IPVA) 1.773,55

Jornais (assinaturas) 57,90

Correios 159,90

DIEESE 541,00

Fasubra 6.037,68

Fasubra (dívida gestão anterior) 3.011,77

Deslocamentos interior/litoral/diárias/passagens 5.110,67

Viagem dos Aposentandos p/ sedes da praia 1.599,68

Seminário Plano de Carreira 650,00 Confasubra (onibus/delegados/hospedagem/café/diarias...) 34.097,14

Congresso CSP/Conlutas (onibus/diarias/inscrição) 6.760,00

Processo Judicial 1.320,00

Devolução Mensalidade 1.340,80

TOTAL 68.215,09

RESUMOArrecadação 126.734,94 Saldo em conta corrente em 31/03/2012 40.447,73

Despesas 156.231,43

Saldo em 30/04/2012 10.951,24

ARRECADAÇÃOMensalidades UFPR 101.971,29

Mensalidades UTFPR 11.527,24

Mensalidades IFPR 530,94

Mensalidades FUNPAR 5.804,55

Mensalidades Outros Orgaos 371,39

Mensalidades Avulsas 10,00

Depósito Praia (diarias) 140,00

Sede Social 600,00

Convênios 3.648,00

Crédito ref. AGIRINOX (reforma salão ocorrida gestão passada/pago em duplicidade) 3.500,00

TOTAL 128.103,41

DESPESAS COM ADMINISTRAÇÃOE MANUTENÇÃO DO PATRIMÔNIO

Inclui as sedes recreativas, sede social e administrativaTelefone 2.364,75

Luz 1.712,19

Água 1.126,55

IPTU 1.470,51

Internet 234,85

Alarme 552,82

Compra Fogão 690,00

Parcela Purificador Água 284,50

Vales Café da Manhã (Shangrila/Itapoa) 340,90

Seguros Agostinho/Shangrila 466,98

Materiais de Construção/Serviços 442,50

Limpeza Salão Social 340,00

Taxas Báncarias 146,15

TOTAL 10.172,70

FOLHA DE PAGAMENTO E GASTOS DA SEDE ADMINISTRATIVA

Inclui todos os funcionáriosSalarios / Férias / Vale Transporte / Uniodonto 27.959,60

INSS / FGTS / PIS / IRRF / Darf CSRF 8.261,58

Manutenção do sistema de informática/Peças 2.358,68

Assessoria Jurídica (Avanilson Araújo) + Acordo Coletivo FUNPAR + Trindade & Arzeno

18.823,50Acordo

Coletivo Funpar 3x$5000,00/

AvanílsonAssessoria de Comunicação (Excelência) 7.200,00

ContadorGastos gerais (material de expediente, padaria, fundo de caixa, etc.) 3.285,50

TOTAL 67.888,86

ATIVIDADES/FORMAÇÃO SINDICAL/AÇÃO POLÍTICA/REPASSES

Gráfica 5.191,00Automóvel (seguro / pneus / revisão / combustível / lavagem / IPVA) 2.527,28

Jornais (assinaturas/publicações) 323,9

Correios 178,1

DIEESE 550,44

Fasubra 6.037,68

Fasubra (dívida gestão anterior) 3.011,77

Deslocamentos interior/litoral/diárias/passagens 10.292,74

Plenária Fasubra (estadias) 2.350,00Seminário Estratégias e Caminhos para o movimento sindical (hotel palestrantes em 03/12) 805,00

Assembleia dos Aposentados 52,64

Caravana Brasília (ônibus/diárias) 18.850,00

Camisetas "Pare pra Lutar" 2.861,00

Devolução Mensalidade 145,00

Inscrição Congresso Stress ISMA /Psicóloga Mariangela Konig 700,00

TOTAL 53.876,55

RESUMOArrecadação 128.103,41Saldo em conta corrente em 30/04/2012 10.951,24

Despesas 131.938,11

Saldo em 30/05/2012 7.116,54

ARRECADAÇÃOMensalidades UFPR 101.926,51

Mensalidades UTFPR 11.474,53

Mensalidades IFPR 530,94

Mensalidades FUNPAR 5.178,99

Mensalidades Outros Orgãos + Mensalidades Avulsas 478,29

Arrecadação Sindical/FUNPAR 24.958,97

Deposito Praia (diárias) 140,00

Sede Social 600,00

Convênios 3.657,00

TOTAL 148.945,23

DESPESAS COM ADMINISTRAÇÃOE MANUTENÇÃO DO PATRIMÔNIO

Inclui as sedes recreativas, sede social e administrativa

Telefone 1.869,99

Luz 1.430,60

Água 2.337,21

IPTU 1.470,51

Internet 242,32

Alarme 89,91

Vales Café da Manhã (Shangrila/Itapoa)+ Despesas em gerais 1.324,28

Seguros Agostinho/Shangrila 467,91

Materiais de Construção/Serviços 442,40

Limpeza Salão Social 425,00

Taxas bancárias 146,89

TOTAL 10.247,02

FOLHA DE PAGAMENTO E GASTOS DA SEDE ADMINISTRATIVA

Inclui todos os funcionários

Salarios/Férias/Vale Transporte/Uniodonto 21.911,80

INSS/FGTS/PIS/IRRF/Darf CSRF 8.473,84

Manutenção do sistema de informática/Peças 1.521,75

Assessoria Jurídica (Avanilson Araújo)+ ACT FUNPAR + Trindade & Arzeno

16.324,11Act Funpar

R$ 2.500,00 e mais

R$ 2.500,00 Julho/12

Assessoria de Comunicação (Excelência) 7.200,00

Contador 832,00

Gastos gerais (material de expediente, padaria, fundo de caixa, etc.) 3.140,00

TOTAL 59.403,50

ATIVIDADES/FORMAÇÃO SINDICAL/AÇÃO POLÍTICA/REPASSES

Gráfica 7.740,00

Automóvel (seguro/pneus/revisão/combust./lavagem/IPVA) 1.137,89

Jornais (assinaturas/publicações) 855,9

Correios 169,55

DIEESE 541,13

Fasubra 6.010,72

Fasubra (dívida gestão anterior) 3.011,17

Deslocamentos interior/litoral/diarias/passagens 6.954,48

Plenária Fasubra (passagens/estadias/diarias) + Marcha em Brasília 9.803,94

Repasse Seção Sindical 6.884,00

Congresso de Stress da ISMA-BR/(Mariângela/Psicóloga) passagens+hotel+diárias 1.112,94

Camisetas 6.388,00

Devolução Mensalidades 192,88

TOTAL 50.802,60

Despesas com a greve para descontodo fundo de greve 10.543,80

RESUMOArrecadação 148.945,23

Saldo em conta corrente em 30/05/12 7.116,54

Despesas 130.996,92

Saldo em 30/06/12 25.064,85

ABRIL DE 2012 MAIO DE 2012 JUNHO DE 2012

O Jornal do SINDITEST-pR é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná. Avenida Agostinho Leão Junior, 177 – Alto da Glória – Curitiba/Paraná – Telefone: (41) 3362-7373 – Fax: (41) 3363-6162 – www.sinditest.org.br – [email protected]: Carlos Augusto Pegurski, Fabiana Rechembach, Judit Gomes, Márcio Palmares, Giuliano Monn e Guilherme Basso dos Reis. Fotos: Sinditest-PR e Luiz Herrmann. Jornalista Responsável: Luiz Herrmann DRT-PR 2331. Projeto Gráfico e Diagramação: Excelência Comunicação - fone: (41) 3408-0300 Tiragem: 6.000 exemplares. Grafica: Mega Impressão Grafica e Editora - fone: 3598.1113 e 9926.1113. É permitida a reprodução com a citação da fonte.e

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www.sinditest.org.br facebook.com/sinditest twitter.com/sinditestpr [email protected]

2 ediçÃo 04 - ano 20 - outuBRo/noVeMBRo de 2012

JORNAL DOSINDITEST.pR

GREVE FOI VIBRANTE DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA DOS SERVIDORES

Durou 77 dias a greve nacional dos ser-vidores técnicos administrativos da educa-ção federal. A paralisação começou em 11 de junho e o retorno ao trabalho se deu no dia 27 de agosto.

A greve foi uma vibrante demonstração de força dos servidores. No início, o go-verno Dilma tentou ignorar a mobilização. Pensava talvez que esta atitude cansaria e desestimularia os trabalhadores. Depois decretou o corte no ponto, para intimidar.

Mas a categoria foi às ruas. Levou suas reivindicações à população, realizou mo-bilizações em Brasília, com passeata, um grande acampamento e ocupação no Mi-nistério do Planejamento.

A pressão fez o governo abrir negocia-ções, mas as conversas foram difíceis, com a intransigente recusa de melhorar o acor-do com a categoria.

Em assembleia realizada no dia 21 de agosto os servidores da UFPR e do IFPR decidiram aceitar a proposta de acordo. Na Unila a proposta foi rejeitada. Na UTFPR decidiu-se acompanhar a decisão nacio-nal e manter a greve na universidade para

avançar na pauta local.

A 22 de agosto, em Brasília, o Coman-do Geral de Greve e a Fasubra aceitaram a proposta de reajuste oferecida pelo go-verno.

AcordoOs mais de 180 mil técnicos administra-

tivos receberão o aumento de 15,8% em três anos. O impacto orçamentário para o governo será de R$ 2,9 bilhões. A cifra inicial, na primeira fase de negociação era de pouco mais de 2 bilhões. A melhora da proposta se referiu ao aumento do step (degrau entre um padrão e outro na tabela salarial) de cerca de 3,8%, antes não ofe-recido.

Outro avanço importante foi alterar itens dos anexos III e IV da pauta, que dispõem sobre os incentivos por capacitação e qua-lificação. Estes pontos passam a contem-plar todos da carreira. Com isso, o reajuste de muitos técnicos chegará a 29,98%.

Por fim, o governo prometeu não des-contar os dias parados do salário, sob a condição de reposição dos dias não traba-lhados.

VITÓRIAS DA NOSSA LUTA1 – Reajuste de 15,8% em três anos: 5% em março de 2013, 5% em mar-ço de 2014 e a março de 2015.

2 – Mudança no Anexo 3: a partir de janeiro de 2013 os Cursos de Capa-citação poderão somar as cargas ho-rárias de 20 horas.

3 – Anexo 4 – a partir de janeiro de 2013, cai a interdição de escolarida-de entre os níveis (A, B, C e D) para fins de Incentivo a Qualificação.

Após a greve as negociações tive-ram sequência e, em reunião entre o Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais e o Mi-nistério do Planejamento, em 30 de agosto, foi assegurado o reajuste aos auxílios de alimentação e de saúde.

4 – A partir de janeiro de 2013 o va-lor do auxílio alimentação passará de R$ 304 para R$ 373.

5 – O auxílio saúde terá reajuste de 15% a 30%, com o percentual maior sendo aplicado à faixa etária maior.

3ediçÃo 04 - ano 20 - outuBRo/noVeMBRo de 2012

JORNAL DOSINDITEST.pR

VITÓRIAS E CONQUISTAS OBTIDAS COM MUITA LUTA!

No dia 6 de setembro, a gestão Mudando o Rumo dos Ventos completou oito meses à frente do Sinditest. Foram meses de muita luta, de mo-bilização permanente da ca-tegoria. Realizamos inúmeras assembleias, atos de rua, ma-nifestações de protesto no HC, no pátio da Reitoria da UFPR, passeatas, caravanas a Brasí-lia. Além disso, aumentamos a nossa organização e a parti-cipação na UTFPR e na Unila e auxiliamos os técnicos adminis-trativos em sua organização no IFPR.

Com a força e a disposição de luta de todos, atravessamos três greves. A greve dos nossos companheiros e companheiras do raio-x, a greve dos médicos e a greve nacional da Fasubra. E, além disso, realizamos pela primeira vez em muitos anos uma verdadeira campanha salarial. A luta na Funpar en-volveu de fato a base, o que permitiu melhorar o Acordo Coletivo de Trabalho e iniciar a luta por Plano de Carreira e por política justa de transposição de cargos.

Além das ações políticas, também investimos pesado na

formação. Realizamos seminá-rios sobre Carreira, jornada de 30h, Saúde do Trabalhador, Di-reito de Greve no Serviço Públi-co e Assédio Moral, e também um debate sobre a Ebserh em conjunto com a APUFPR-SSind e o Comando de Greve dos Es-tudantes da UFPR. Foram vá-rias as palestras com temas di-versos, como aposentadoria e qualidade de vida no trabalho. Na greve, realizamos ainda ses-sões de cinema com debates.

Por outro lado, o Sinditest passou a investir de verdade em comunicação. Publicamos duas edições regulares do Jornal do Sinditest, uma edição especial sobre a Ebserh e outra sobre o Direito de Greve, voltada para os trabalhadores em estágio probatório, além de uma edi-ção especial sobre a campanha salarial da Funpar. Publicamos inúmeros panfletos, faixas, car-tazes, banners, adesivos e as camisetas, que eram distribu-ídas nas manifestações. Final-mente, melhoramos o site, que passou a ter atualizações cons-tantes.

Como resultado das lutas, conquistamos vitórias importantes

Avançamos na implemen-tação real da jornada de 30h em muitos setores e em di-ferentes instituições, como a UTFPR e o IFPR. Derrotamos a MP 568, que além de diminuir pela metade o salário dos mé-dicos, achatava e congelava valores do adicional de insa-lubridade. Conseguimos forçar a Administração da UFPR a se posicionar contra a Ebserh em vários momentos, e essa luta culminou com a rejeição formal à Ebserh pelo Coun, aprovada poucos dias após o término da nossa greve. Con-quistamos a jornada de 30 horas na UTFPR e a comissão das 30 horas no IFPR.

E por falar em greve, con-quistamos melhorias signifi-cativas em nossa carreira e reajuste salarial que, embora insuficiente, foi muito superior ao “reajuste zero” que o go-verno queria nos dar de novo, repetindo 2011. Com a nossa luta e uma política acertada de unificação das categorias do serviço público federal, impu-semos derrota ao governo. Em relação ao salário, por exemplo, aos trabalhadores com gradua-ção ou pós, o reajuste médio será superior a 25% em três

anos. Isto sem falar do peque-no avanço obtido recentemente nos auxílios alimentação e de saúde.

É na luta que transformamos a sociedade

Todas essas conquistas são muito importantes, pois mos-tram que a classe trabalhadora só pode melhorar suas condi-ções de vida lutando, mobiliza-da. E a luta tem que ser per-manente. Esta é a verdadeira função dos sindicatos, federa-ções e centrais sindicais.

Mas, a partir deste ponto, precisamos ter a coragem de dar um passo à frente. Precisa-mos encarar a realidade como ela é.

As greves e mobilizações são vitais para os trabalhadores. São nossos instrumentos de luta. Mas elas produzem ape-nas melhorias relativas, às ve-zes passageiras, nas condições de vida e trabalho: salários um pouco melhores, condições de trabalho um pouco melhores.

Com o tempo, porém, es-sas conquistas se perdem: o

oito Meses de GestÃo

4 ediçÃo 04 - ano 20 - outuBRo/noVeMBRo de 2012

JORNAL DOSINDITEST.pR

governo aprova projetos de privatização ou precarização que eliminam de uma só vez tudo o que havia sido con-quistado; a inflação e a ele-vação geral do custo de vida consomem os pequenos ga-nhos salariais. E assim per-petua-se um ciclo composto por campanhas salariais se-guidas de políticas de arro-cho e ataques aos direitos. Um ciclo que expressa uma característica fundamental do sistema econômico em que vivemos: o empobreci-mento dos trabalhadores, a tendência para o rebaixa-mento dos salários e à perda de direitos.

Em resumo, as greves e as mobilizações, por si mesmas, não mudam o fato de que vi-vemos numa sociedade po-dre, corrompida, doente. Uma sociedade fundada na explo-ração dos trabalhadores pe-los patrões, na desigualdade social, em injustiças terríveis e desumanas – a sociedade capitalista. Todas as lutas e greves são importantes, es-senciais, mas precisam apon-tar para a transformação da estrutura econômica da socie-dade.

É preciso que nossas lutas tenham como objetivo estra-tégico o fim da desigualdade social, o fim da exploração do trabalho. E essa luta, cuja res-ponsabilidade é também dos sindicatos combativos, é por uma sociedade justa, igualitá-ria: a luta pelo socialismo.

É por isso que a principal conquista dos últimos oito me-ses foi o avanço no nível de or-ganização e na consciência da nossa classe. Em nível nacio-nal, esse avanço se expressou na construção do Fórum Na-cional das Entidades do Ser-viço Público Federal, respon-sável pela pauta unificada da greve e por muitas atividades planejadas em Brasília e nos estados.

No âmbito local, como ex-pressão desse mesmo proces-so, construímos o Fórum de Servidores Públicos do Paraná, que articulou várias manifesta-ções de rua importantes, dan-do mais visibilidade à greve e possibilitando uma atuação conjunta entre distintos seto-res, como Incra, Ibama, IBGE, Ministério da Saúde, técnicos e docentes da UFPR, UTFPR, Uni-la, IFPR entre outros.

Por outro lado, em nossa própria base estamos recupe-rando uma tradição de luta que estava esquecida, soterrada por longos anos de gestões bu-rocráticas ou pelegas à frente do sindicato. Hoje, temos um sindicato sem chefes ou caci-ques, sem falsos profetas, sem personalismo, sem privilégios para seus diretores. O Sinditest tem à sua frente uma diretoria colegiada, em que até mesmo os termos “presidente”, “vice-presidente” ou “tesoureiro” foram abandonados de bom grado pelos diretores, pois evo-cam o passado burocrático do sindicato.

Esse avanço no terreno da organização e da consciên-cia nos permitirá continuar na luta no próximo período, só que agora em condições muito superiores. E isso será fundamental, pois o governo Dilma Rousseff vai continuar atacando a classe trabalhado-ra enquanto beneficia bancos, multinacionais, o agronegócio e empreiteiras.

Contra os servidores públi-cos federais a presidente Dilma prepara novos ataques: o fim do direito de greve, o fim da

estabilidade (com a introdução da demissão “por insuficiência de desempenho”) e o conge-lamento salarial por dez anos. Todas estas medidas estão em tramitação no Congresso Na-cional. Caso não haja forte re-sistência, serão aprovadas da mesma forma como o governo aprovou a Ebserh e o Funpresp.

Sem luta e sem organiza-ção, sem ação sindical comba-tiva, que prepare os trabalha-dores para a luta em defesa de suas condições de vida e contra o capitalismo, pela transforma-ção da sociedade, todas as pe-quenas vitórias táticas de hoje se transformarão em graves derrotas estratégicas no dia de amanhã. Basta olharmos para a Grécia, Espanha ou Portugal, e imediatamente veremos o que o capitalismo reserva para nós.

Preparar a nossa classe para esses combates decisivos é a missão da nossa gestão, o sig-nificado da expressão “mudar o rumo dos ventos”.

Sinditest-PRGestão Mudando o Rumo dos Ventos

5ediçÃo 04 - ano 20 - outuBRo/noVeMBRo de 2012

JORNAL DOSINDITEST.pR

categoria mobilizada na defesa do serviço público e da democracia

Pauta Local de Greve dos Servidores Técnicos AdministrativoResultado das negociações da Pauta local entre o sinditest-PR e a Reitoria da uFPR em agosto de 2012

Pauta local

No período de greve as dispu-tas são travadas em âmbitos na-cional e local, com inúmeras ações do Movimento Grevista, no esforço de ter as demandas da categoria atendidas. As lutas demonstram ao governo a força política dos trabalhadores e à sociedade, que ousar lutar é necessário.

Com esta ousadia, na UFPR, a luta girou em dois sentidos: de um lado, as ações direcionadas ao go-verno federal e, de outro, atos que denunciavam o descaso da Reito-ria para com o contexto local.

Ao considerar a autonomia Uni-versitária, que possibilita à Adminis-tração da UFPR normatizar ques-tões locais, construímos a Pauta Local. Em reuniões com o coman-do local de greve e nas assembleias gerais, elencamos e aprovamos

uma diversidade de demandas a serem negociadas com a Adminis-tração (ver quadro abaixo).

Como definir a prioridade, den-tre itens como perda e corte de Insalubridade, Paridade nos Con-selhos da UFPR, Transmissão das Reuniões dos Conselhos, Manda-do de Injunção, EBSERH entre tan-tos outros?

A categoria compreendeu o momento histórico do Hospital de Clínica (HC) e, diante da possibi-lidade de privatização do mesmo, deliberou como questão central a ser negociada na pauta local um posicionamento contrário do Con-selho Universitário (COUN) à ade-são da Empresa Brasileira de Ser-viços Hospitalares (EBSERH) como gestora do HC.

Nesta perspectiva, as ações

locais buscaram dar visibilidade à possível privatização do HC. Assim, as barraquinhas – instaladas em frente ao HC e à Igreja do Perpetuo Socorro – onde foi possível coletar cerca de 3.500 assinaturas contra a EBSERH; a divulgação por meio de outdoors, panfletos, seminá-rios e debates tiveram os objeti-vos de esclarecer a comunidade interna e externa sobre o descaso do governo com a saúde pública e de impedir que o HC deixasse de ser Hospital Universitário 100% SUS. Com esta motivação, foi possível também que o HC tivesse prioridade na pauta local unifica-da - construída em conjunto com os Comandos locais de Greve dos técnicos, professores e alunos.

A unidade do Movimento Gre-vista propiciou que o Conselho

Universitário aprovasse a Reso-lução 23/12 – COUN, em 30 de agosto de 2012, rejeitando a ade-são da EBSERH pela UFPR. Esta vitória transcende os “muros” da UFPR: é da sociedade.

Agora, a nossa luta, juntamen-te com a FASUBRA, é pela incons-titucionalidade da Lei que criou a EBSERH (Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011).

Contudo, nem todas as nossas demandas locais foram atendi-das, conforme podemos visualizar no quadro abaixo. Embora a gre-ve tenha finalizado, continuamos mobilizados na luta contra a pre-carização e privatização do serviço público.

Veja no quadro abaixo os itens negociados e não negociados da nossa pauta local.

REIVINDICAÇÃO DOS TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS PROPOSTA DA REITORIA RESPOSTA DA CATEGORIA

1Posição contrária à implantação da EBSERH pelo Conselho Universitário (COUN) e garantia de que não haverá nenhum movimento de adesão a esta empresa pela direção do HC ou Reitoria

No dia 30 de agosto de 2012, o Conselho Universitário (COUN) rejeitou a gestão do HC pela EBSERH, conforme Resolução 23_12 COUN. Negociado

2 Paridade nos Conselhos e colegiados da UFPR A discussão foi encaminhada ao Congresso Estatuinte que poderá ser realizado no início de 2013. Negociado

3 Abertura das cantinas do campus Botânico e do RU Botânico Licitação para as cantinas e abertura do RU em setembro. Não negociado 4 Internet gratuita nos campi Será implantada em 18 meses Não negociado

5 Publicização das reuniões dos Conselhos Cepe, Coplad, Coun e Concur, via TV UFPR e outras mídias.

O COUN aprovou uma Comissão para construir os critérios das transmissões. Negociado

6 Política institucional para a organização do sistema de arquivos e sua disponibilização.

Existe uma comissão de arquivos criada em 2010 que atua para recuperar e organizar as informações da UFPR. Não negociado

7 Aumento da gratificação para cursos e concursos A Reitoria vai promover estudos sobre a possibilidade de aumentar a gratificação. Não negociado

8 Prestação de contas dos cursos e concursos O Núcleo de Concursos e a Progepe apresenta todos os anos ao Coplad a prestação de contas. Não negociado

9 Reserva de 15% das vagas dos cursos de pós-graduação para técnicos administrativos

A Reitoria eviará ao CEPE a alteração da Res. 65/09 para aumentar as vagas de cursos stricto sensu de 5% para 10%. Negociado

10 Resgate da pauta de 201110.1 Eleições para Progepe e Direção Geral da HC-UFPR Será discutido na estatuinte. Não negociado

10.2 Pelo cumprimento do mandado de injunção da aposentadoria especial

Os processos de servidores relativos à contagem de tempo especial no que se refere ao Mandado de Injunção vêm sendo finalizados. Não negociado

10.3 Contra a desvinculação dos hospitais universitários das universidades O Coun aprovou a resolução 23_12. Negociado

10.4 Garantia de que projetos e programas de extensão possam também ser coordenados por técnicos administrativos

Reivindicação rejeitada pela Reitoria, alegando que o assunto já foi deliberado pelo Conselho Superior em 2011 Não negociado

10.5Implantação de conselhos paritários e deliberativos para debater e definir as políticas de comunicação da UFPR, incluindo as ações de Assessoria de Comunicação Social e a programação da TV UFPR

Deverá ser debatido na estatuinte Não negociado

11 Debate público para a construção da Política de Recursos HumanosA Reitoria se compromete a criar um fórum tripartite (servidores, docentes e estudantes) para construir a política de Recursos Humanos e remeter à estatuinte.

A negociação será aceita seo fórum for tripartite, permanente,

deliberativo e desvinculado da estatuinte

12 Ampliação dos serviços de atenção à saúde do servidor A Reitoria se compromete a discutir e implementar uma política de Saúde do Servidor. Não negociado

13 Construção e ampliação de creches na UFPR Serão realizados estudos para a ampliação da creche do HC e para a construção de novas creches e/ou convênios. Negociado

14 Implantação da jornada de 30 horas e alteração da Resolução 56/11, conforme solicitação encaminhada ao Coun A alteração da resolução será apreciada no fórum competente Não negociado

15Substituição da ON2 (Orientação Nº 02) sobre o Adicional de Insalubridade, pela Resolução construída no Fórum de Saúde do Trabalhador

Será encaminhada a questão aos conselhos superiores, tendo por base o acúmulo construído no Fórum de Saúde do Trabalhador. Negociado

16 16 – Vacina contra o vírus A-H1N1 para a comunidade universitária Será viabilizado para 2013 Não negociado

6 ediçÃo 04 - ano 20 - outuBRo/noVeMBRo de 2012

JORNAL DOSINDITEST.pR

SEMINÁRIO ALERTOU SOBRE OS RISCOS DA EBSERH pARA O HC

COMUNIDADE ACADÊMICA DERROTA EBSERH

APROVADA A TRANSMISSÃO PÚBLICA DAS REUNIÕES

“exportam ao setor privado o serviço público e importam ao setor público o modelo privado”

Pablo drescher de castro

deBate

O futuro do HC foi o tema do Seminário Ebserh: Verdades e Mentiras, realizado na manhã de 8 de agosto, no Teatro da Reito-ria da UFPR. A promoção foi do Sinditest-PR, da Apufpr-Ssind e da Secretaria Regional do Andes-SN.

Ebserh é a sigla da Empresa Brasileira de Serviços Hospitala-res que o governo federal tenta impor para administrar o Hospital de Clínicas da UFPR. O seminá-rio foi um momento importante para a comunidade acadêmica debater as consequências dessa medida.

O debate foi intermediado por Márcio Palmares, do Sinditest-PR, e contou com a participação de representantes de diversos segmentos:

A Frente Nacional de Luta Contra a Privatização foi repre-sentada por Bernardo Pilotto, di-retor licenciado do Sinditest-PR. Pilotto relatou como o governo vem camuflando a privatização do serviço público. Nos anos 90 era com a venda de ações na Bolsa de Valores. Mais recente-mente, com as Fundações Esta-tais de Direito Privado, e agora

com uma empresa estatal, mas com conceito privado de admi-nistração. E alertou para a possi-bilidade de laranjas de empresas hospitalares privadas assumirem o comando da Ebserh.

A professora da UFF (Uni-versidade Federal Fluminense) Cláudia Marchi alertou para o fato de que a empresa traz como consequência “a mercantilização do ensino, da pesquisa e exten-são que ocorrem nos hospitais

universitários”. Ela cita como exemplo que ali não serão prio-rizados remédios socialmente relevantes, para sanar os males que mais acometem a popula-ção, mas os remédios comer-cialmente relevantes, que geram mais lucros aos laboratórios. Outro aspecto ressaltado por ela é a perda da autonomia que a universidade tem em relação ao hospital-escola.

Os aspectos jurídicos desta

questão foram relatados pelo ad-vogado Pablo Drescher de Castro (RS). Castro trabalha em ações judiciais que contestam por in-constitucionalidade situações semelhantes de privatização da saúde municipais em Novo Ham-burgo, com vitória, e em Porto Alegre. Ele disse que instituições como a Ebserh “exportam ao se-tor privado o serviço público e importam ao setor público o mo-delo privado”.

A estudante de Medicina Cristiane Canever representou os alunos da universidade. Ela é dirigente do Danc (Diretório Acadêmico Nilo Cairo). Cristiane lembrou que em Porto Alegre, onde a Ebserh foi adotada, “o es-paço público a cada dia diminui para beneficiar o atendimento aos usuários de planos de saú-de, convênios e outras formas privadas”.

A posição dos usuários do SUS foi exposta pela militante do MST Geneci Gotardo. Ela defen-deu unificação dos trabalhadores na defesa dos seus interesses. “A luta dos trabalhadores da saúde só vai se concretizar com todo mundo lutando”.

A pressão da comunidade acadêmica deu resultado. O Con-selho Universitário da UFPR apro-vou resolução em que rejeita en-tregar à Ebserh a administração do Hospital de Clínicas.

A reunião do Coun ocorreu na manhã de 30 de agosto, na Rei-toria da universidade. A decisão foi unânime e por aclamação.

A mobilização contra a Ebserh vinha há tempos e ganhou força durante a greve.

As barraquinhas instaladas em frente ao HC e à Igreja do Perpétuo Socorro denunciaram a ameaça ao HC e coletaram cerca de 3.500 assinaturas contra a Ebserh. Outdoors e

A reunião do Conselho Univer-sitário de 30 de agosto de 2012 foi histórica. Depois de rejeitar a Ebserh, o Coun também aprovou a transmissão pública de todas as reuniões de instâncias delibe-rativas da UFPR.

Foi constituída uma comissão com 14 integrantes para definir os métodos de operacionalização das transmissões.

A decisão é um passo im-portante na construção de uma universidade democrática. Mas será preciso acompanhar a regu-lamentação dessa abertura, pra que não se torne uma frestinha.

panfletos foram produzidos e seminários e debates foram re-alizados. Tudo para esclarecer a comunidade e a população so-bre o descaso do governo com a saúde e para impedir que o HC deixasse de ser um hospital

universitário 100% SUS.

Com unidade na luta, con-seguimos barrar a EBSERH. Foi uma vitória transcende os “mu-ros” da UFPR. É uma conquista da sociedade.

teatro da Reitoria em 8 de agosto

Reunião de 30 de agosto foi aberta e enceheu a sala do conselho universitário

7ediçÃo 04 - ano 20 - outuBRo/noVeMBRo de 2012

JORNAL DOSINDITEST.pR

Os trabalhadores do HC/Funpar têm novos critérios para a transposição de cargos. A proposta foi aprovada em as-sembleia realizada na sala 2 do HC, na manhã de 21 de agosto.

O acordo foi elaborado por uma Comissão Paritária, que teve a participação de patrões e empregados. Os critérios de avanço serão objetivos e permi-tem a todos evoluir na carreira.

CritériosO processo de transposi-

ção de cargos deve ser aber-to por edital publicado com

O Sinditest luta para sus-pender a aplicação da Orienta-ção Normativa Nº 2 (ON2), que mudou os critérios e em muitos casos reduziu ou retirou o adi-cional de insalubridade.

Nas negociações da gre-ve com a Reitoria esta ques-tão esteve na nossa pauta de luta. Reivindicamos substituir a Orientação Nº 2 pela resolução do Fórum de Saúde do Traba-lhador da UFPR.

O sindicato também en-trou com ação na Justiça. A assessoria jurídica (escritório de advocacia Trindade e Arze-no) conseguiu decisão liminar (provisória) que impede os des-contos de valores pagos de no-vembro a março por causa da ON2. A ação requer também a devolução do que foi descon-tado. Leia detalhes da ação na coluna do jurídico.

Para o advogado João Luiz

antecedência.

Não há mais limite de va-gas. Podem participar todos os servidores, mesmo aqueles em condições de se aposentar e que continuam trabalhando.

Os critérios para ascender são, pela ordem, o tempo de serviço, a idade e a formação.

Esta é mais uma conquis-ta da luta dos servidores junto com o Sinditest-PR. O funcio-nário da Funpar assegura me-lhores condições de evoluir pro-fissionalmente.

Arzeno a ON2 não pode se sobrepor à lei. É apenas uma orientação da Secretaria de Re-cursos Humanos do Ministério do Planejamento. Não tem se-quer o valor das Normas Regu-lamentadoras.

Na legislação que prevê di-reito mais amplo ao adicional de insalubridades estão o De-creto Lei 1873/81; os artigos 68 a 72 da Lei 8112/90; a Lei 8270/91 e a Norma Regula-mentadora 01 - 15 e 16.

Para cumprir a lei é neces-sário que a universidade exerça sua autonomia e aprove novos critérios.

O Sinditest está elaboran-do estudos para avaliar o grau de insalubridade de cada am-biente de trabalho no HC, com engenheiro de Segurança do Trabalho da Clinimercês. A em-presa fornecerá laudo técnico para fundamentar a luta por

Trabalhadores TÊM NOVOS CRITÉRIOS pARA AVANÇAR NA CARREIRA

SINDICATO DÁ NOVOS pASSOS NA LUTA CONTRA A ORIENTAÇÃO No 2

FunPaR

insaluBRidade

novos e justos critérios para o pagamento do adicional de in-salubridade.

Vale lembrar que muitas, se não todas as conquistas da nossa categoria, foram obtidas

com muita luta e empenho dos trabalhadores. Como exemplo, a luta para mudar a redação da MP 568 resultou na volta da percepção dos adicionais de insalubridade e periculosidade em percentuais.

servidores do Hc se envolveram na luta pelos seus direitos

debate sobre insalubridade, em 11 de julho

8 ediçÃo 04 - ano 20 - outuBRo/noVeMBRo de 2012

JORNAL DOSINDITEST.pR

Servidores conquistam flexibilização da jornada para 30 horas

A greve dos servidores técnicos administrativos da UTFPR durou dois dias a mais que do restante da ca-tegoria, em todo o Brasil. Depois que foi fechado o acordo nacional, as negociações continuaram na uni-versidade em torno da pauta local, para flexibilizar a jornada de trabalho para 30 horas semanais.

A categoria retornou ao trabalho em 29 de agosto, depois de assegu-rar por meio de duas portarias a au-torização da Reitoria para implantar a nova jornada e a criação de uma comissão para regulamentá-la. Par-ticipam da comissão as servidoras Emanuelle Torino, Janeci T. da Silva e Vanice S Sbardelotto.

Continua a lutaAssinar acordo prevendo a jorna-

da de 30 horas foi uma grande con-quista. Mas a categoria permanece atenta e pressiona a Reitoria para cumprir a sua parte. A luta agora é para tornar o direito em realidade.

A Comissão Central ganhou 30 dias para realizar seus trabalhos, que já foram ampliados para 60. Precisamos fazer com que a comis-são trabalhe efetivamente com a perspectiva de tornar a jornada de 30 horas a regra na universidade.

Outra conquista da greve é o direito de servidores técnicos administrativos se candidatarem para diretor de cam-pus. A Reitoria se propõe a regulamen-tar a medida dentro de seis meses. A categoria quer que isto seja feito logo, pois a próxima seleção para o cargo será em pouco mais de um mês. Não há nenhuma norma que impeça servi-dores técnicos administrativos de ocu-parem o cargo.

IntervençãoO campus de Curitiba da UTFPR per-

deu sua autonomia. No dia 3 de setem-bro, a reitoria divulgou nota informando a incorporação da unidade à Reitoria. Assim, de forma unilateral o reitor deci-diu acabar com o cargo de diretor-geral do campus e passar ele mesmo a res-ponder por suas funções.

A decisão fere todos os princípios da democracia. Desconsidera os votos da comunidade acadêmica, que elegeu o diretor do campus. Não houve consulta à comunidade, nem ao Conselho Uni-versitário.

Curioso é perceber que a imposição atinge diretamente o maior adversário político do reitor no momento. O diretor-geral impedido foi seu principal concor-rente ao cargo de reitor na eleição ocor-rida em março.

utFPR

JANEIRO de 2012 (Posse em 06/01/2012)

ENTRADASSaldo da gestão anterior R$ 7.452,96

SAíDASTelefone R$ 190,90Manutenção de conta R$ 20,30

Entradas R$ 7.452,96MOVIMENTAÇÃO Saída R$ 211,20

Saldo Janeiro R$ 7.241,76

FEVEREIRO de 2012

EntradasSaldo do mês anterior R$ 7.241,76Repasse Sinditest -Outros R$ 104,07SaídasCondomínio jan/fev R$ 443,61Telefone R$ 137,19Manutenção de conta R$ 20,30Reunião de Coordenação CT R$ 453,34

Entradas R$ 7.345,83MOVIMENTAÇÃO Saída R$ 1.054,44

Saldo fevereiro R$ 6.291,39

MARÇO de 2012

EntradasSaldo do mês anterior R$ 6.291,39Repasse Sinditest -Outros R$ 104,07SaídasCondomínio R$ 182,19Telefone R$ 251,00Manutenção de conta R$ 20,30Reunião Coordenadora e Tesoureiro/FB R$ 48,00Reunião TD/MD R$ 819,06Reunião CP/LD/AP R$ 1.546,70Reunião DV R$ 48,00Reunião PB R$ 106,00Reunião PG/GP R$ 550,45

Entradas R$ 6.395,46MOVIMENTAÇÃO Saída R$ 3.571,70

Saldo março R$ 2.823,76

ABRIL de 2012

EntradasSaldo do mês anterior R$ 2.823,76Repasse Sinditest -Outros R$ 104,07SaídasCondomínio R$ 155,25Telefone R$ 150,28Manutenção de conta R$ 20,30Custeio Debate Reitoria R$ 300,00

Entradas R$ 2.927,83MOVIMENTAÇÃO Saída R$ 625,83

Saldo abril R$ 2.302,00

MAIO de 2012

EntradasSaldo do mês anterior R$ 2.302,00Repasse Sinditest -Outros R$ 104,07SaídasCondomínio R$ 212,32Telefone R$ 186,64Manutenção de conta R$ 20,30Retorno de delegados/reunião Sinditest/outros R$ 800,00Panfletos e cópias em geral 223,15Condolências/falecimento R$ 85,00

Entradas R$ 2.406,07MOVIMENTAÇÃO Saída R$ 1.527,41

Saldo maio R$ 878,66

JUNHO de 2012EntradasSaldo do mês anterior R$ 878,66Repasse Sinditest 6.884,00Outros R$ 104,07SaídasTelefone R$ 252,12Manutenção de conta R$ 20,30Reunião de Coordenação CT R$ 1.780,90Reunião de Delegados MD 2.797,92

Entradas R$ 7.866,73MOVIMENTAÇÃO Saída R$ 4.851,24

Saldo junho R$ 3.015,49

Balancete* da Seção Sindical dos Servidores Técnicos Administrativos da UTFPR*entregue pelo ex-coordenador financeiro pouco antes da renúncia, em 29 de agosto.

servidores da utFPR participam de ato em Brasília

9ediçÃo 04 - ano 20 - outuBRo/noVeMBRo de 2012

JORNAL DOSINDITEST.pR

Em 2012 finalmente tive-mos um trabalho de organiza-ção e luta no IFPR, após anos de imobilismo, congelamen-to salarial e precarização da educação. Conscientes da si-tuação, os servidores sentiam necessidade de lutar pelos salários e por condições de trabalho e de estudo.

A mobilização deixou mui-tos ensinamentos e cabe uma avaliação para tirarmos me-lhor proveito dela.

1º – A greve da educação foi forte e nacional: o papel dos autênticos sindicatos autônomos e de luta

A greve iniciada em 17 de maio, puxada pelos professores representados pelo Andes-SN, iniciou um período de mobiliza-ções e de debates sobre os ru-mos da educação em nosso país.

Com orçamento baixo, a edu-cação passa por um processo de expansão com queda de qualida-de. A ampliação da rede federal não é acompanhada dos neces-sários aportes de recursos mate-riais e pessoais, o que redunda na precarização das condições de trabalho e de estudo.

Além de questionar o modelo de educação do governo, a mo-bilização apontou para a luta por melhorias nas carreiras dos tra-balhadores em educação e nas condições de trabalho e estudo.

Em junho, somaram-se à greve os servidores técnicos ad-ministrativos das universidades, representados pela Fasubra, e os servidores dos institutos federais, representados pelo Sinasefe, além de estudantes de diversas instituições, que neste processo formaram o Comando Nacional de Greve Estudantil.

A extensão e a força do movi-

mento fizeram com que se somas-sem à greve até mesmo profes-sores formalmente representados pela entidade paraestatal Proifes. Contrárias à greve, suas direções foram atropeladas pela base.

2º – A greve vanguardeada por Andes-SN, Sinasefe e Fasubra se estende ao conjunto do funcionalismo público federal: a unidade necessária.

Tendo como referência a gre-ve nacional da educação, diver-sas outras categorias do funcio-nalismo federal se somaram ao movimento. Fortaleceram a luta ampliaram o debate sobre a falta de prioridade e o sucateamento dos serviços públicos.

A mobilização atingiu o Incra, MDA, IBGE, Ibama, MC&T, esten-dendo-se a diversos outros ór-gãos, instituições e ministérios, chegando a abarcar mais de 30 categorias. Entre elas havia tra-balhadores fazendo sua primei-ra greve ou se levantando após muito tempo, tal qual o Itamara-ty, Inmetro e CNPQ.

Foram formados vários fóruns locais de servidores públicos fe-derais, responsáveis por organizar a solidariedade entre as catego-rias, fortalecer a greve e propor ações conjuntas. Foram eles que tocaram a luta contra a intransi-gência do governo, representado pelo Ministério do Planejamento (MPOG), que nada queria ceder aos servidores públicos. Esta gre-ve mostrou e comprovou na prá-tica a importância desses fóruns para construir a luta. É importante despendermos todos os esforços para manter esses espaços e construir sua organicidade local, estadual e nacional. Mantendo e fortalecendo os Fóruns dos SPFs estaremos mais preparados para as futuras batalhas, como pela negociação coletiva e pela data-base de reajuste.

pelo fim da greve e impõe isto à base docente. O CE é um espaço ilegítimo (apesar de legal) e nada representa para o sindicalismo de base e autônomo.

O pior ainda é que o Sindie-dutec se pretende, e formalmen-te é, um sindicato misto. Como pode sair da greve se ainda não havia nenhuma proposta para os TAE, parte da base que diz repre-sentar? Como pode abandonar e enfraquecer a greve de uma categoria que diz representar? Fica claro durante o processo grevista, que se nos docentes o sindicato pelego desferiu um golpe, deixou os TAE sempre ao léu. Contraste-se esta postura da direção do Sindiedutec com a da base e direção do Sinasefe e teremos a ideia do que é re-almente um sindicato misto, de base, autônomo, e em que cada categoria fortalece a outra.

4º – Fim das ilusões: o Sindiedutec não é disputável e não há como “consertá-lo” ou “reformá-lo para melhor”

O Proifes e o Sindiedutec, seu instrumento local, foram criados por um grupo político organizado e totalmente atrelado ao gover-no e ao Estado. Sua pouca par-ticipação e influência da base permitiram à sua direção criar a estrutura que queria. Sua estru-tura, as instâncias plebiscitárias e a definição do Conselho Esta-dual são propositalmente vagas e abertas a todo tipo de brechas. Sempre permitem à direção con-trariar as decisões de base. Es-tes grupos mostraram na greve que utilizarão todos os subterfú-gios para cumprir as ordens de cima e se manter encastelados.

5º – Com o apoio do Sinditest, os TAE do IFPR fizeram a greve e viram surgir um real sindicalismo de base

3º – Esta greve mostrou quem é quem: Proifes segue orientação do MEC de retomada do calendário acadêmico e dá golpe em docentes. Sindiedutec cumpre as ordens de seus chefes nacionais e segue a mesma linha, desmobilizando a greve local e deixando técnicos administrativos sem referência.

No plano nacional, o Proifes, entidade paragovernamental que representa menos de 5% dos docentes, fez de tudo para fe-char acordo com o governo. Fez uma consulta virtual (em todos os sentidos) e auferiu o resulta-do desejado. Mesmo com sua inexpressiva representatividade, a entidade atropelou a decisão da maioria e aceitou a proposta rejeitada pela categoria. A ma-nobra levou a um amplo des-contentamento de suas bases e a processos de destituição de diretorias e de desligamento dos sindicatos locais. O Proifes dimi-nuiu de tamanho.

No IFPR, a direção do Sindie-dutec perdeu o plebiscito, tanto em números absolutos, quanto no número de campus. Isto de-veria assegurar a continuidade da greve, pelo menos nos campi em que o “não” foi majoritário.

Num golpe, esse sindicato retirou o poder de decisão da base e transferiu a decisão para um Conselho Estadual, onde os diretores do Sindiedutec-Proifes sempre asseguram maioria. Nes-te conselho, se retirarmos os vo-tos da diretoria, considerando só os representantes de base dos campi, a decisão se deu por 4 x 3 pela continuidade da greve. Para quê um engodo de “espaço democrático da base” se no final a decisão que vale é a da direção contrária à luta e atrelada ao go-verno? A direção pelega decide

A GREVE ENSINOU:é IMpORTante INVESTIR NA ORGANIZAÇÃO SINDICAL pRÓpRIA, DE LUTA E AUTÔNOMA

iFPR

10 ediçÃo 04 - ano 20 - outuBRo/noVeMBRo de 2012

JORNAL DOSINDITEST.pR

os artigos de opinião, que apresentam os nomes do seus autores, não refletem necessariamente o posicionamento da direção do sindicato.

Comparemos o que fez o Sinasefe na luta e à mesa de negociação quando o governo apresentou propostas para os docentes e depois para os TAE.

1ª Proposta Para os Docentes

PROIFES: A proposta não é tão boa, a greve dos docentes vai continuar.

SINASEFE: NÃO HÁ PROPOSTA PARA OS TAE, A GREVE DOS SERVIDORES VAI CONTINUAR. E a proposta para os docentes é ruim.

ANDES: A proposta é ruim, portanto a greve dos docentes vai continuar. Solidariedade com o técnicos administrativos.

2ª Proposta Para os Docentes

PROIFES: Muito boa, aceitamos. Damos entrevista e garantimos a saída de nossa base docente da greve. Obrigado, governo!

SINASEFE: NÃO HÁ PROPOSTA PARA OS TAE, PORTANDO A GREVE DOS SERVIDORES VAI CONTINUAR. A proposta para os docentes melhorou um pouco nos reajustes, mas

Foram setores independentes da base que realmente fizeram a greve dos TAE no IFPR, desde a construção do processo de gre-ve, que remonta aos congressos da Fasubra e do Sinasefe e às paralisações 25 de março (servi-dores públicos), 9 e 10 de maio (TAE).

Durante todo o processo, em muitos campi, os TAE contaram com o auxílio do Sinditest e de seu diretor no IFPR. O apoio foi dado porque a direção deste sin-dicato reconhece os servidores técnicos administrativos como participantes de uma categoria de trabalhadores da educação, e o que é mais importante, en-quanto uma mesma classe, a classe trabalhadora, com lutas e objetivos em comum.

Em todos os locais em que foi solicitado o apoio do Sinditest, principalmente após o fim parcial da greve docente, este sindicato não vacilou no apoio para os TAE manterem e fortalecerem a gre-ve. Mesmo na questão docente, coube ao Sinditest se articular com Andes e Sinasefe para ten-tar barrar o golpe do Sindiedutec-Proifes e construir a solidarieda-de ativa aos docentes dos campi que continuaram em greve.

É o Sinditest que respalda as movimentações e decisões de base dos técnicos e defende a participação da Comissão de Ne-gociação do Comando de Greve dos Técnicos nas negociações com a Reitoria. O Sindiedutec tenta ocultar tal representação e chutá-la da mesa. Também é o Sinditest que garante a es-trutura e os meios para que os TAE participem das assembleias gerais convocadas pela base, e para que os TAE eleitos na base visitem os campi para organizar a categoria. É principalmente este movimento da base que irá con-seguir cobrar do reitor as pautas locais, como a formação da co-missão das 30 horas.

Qualquer conquista desta gre-ve cabe ao movimento de base dos TAE e ao sindicalismo au-tônomo e de luta, representado pelo Sinditest. Não ao falso sin-dicato que desmobilizou e des-construiu a greve.

6º – As limitações do Sinditest e de sua direção

Para os TAE de diversos campi ficou claro que o Sinditest é um importante instrumento de lutas. Muitos têm a atual direção desta entidade como exemplo prático de que é possível e necessário fazer sindicalismo de luta, autô-nomo, classista e “de confronto”. Historicamente foi este o mode-lo e concepção de ação sindical que trouxe as grandes conquis-tas da classe trabalhadora, como os direitos trabalhistas e as redu-ções da jornada de trabalho.

Reconhecemos que o auxílio dos companheiros da base do Sinditest em todas as suas insti-tuições, e de sua direção, foi um grande impulsionador de nossas lutas. Sem o Sinditest, nós, TAE do IFPR, estaríamos muito mais enfraquecidos e desorganizados. A direção que assumiu em 2012 passou a atuar de forma real na Unila e no IFPR. Este trabalho aumentou o nível de estudo, crí-tica, organização e mobilização e fez aparecer um polo de sindica-lismo autônomo e de luta dentro do instituto.

Agora estamos em um pa-tamar superior e em um novo momento.Temos certeza de que a ajuda da direção do Sinditest continuará presente, principal-mente nas discussões e estudos sobre a carreira técnico-adminis-trativa. Temos certeza também de que estaremos juntos nas atuais e futuras lutas.

Nosso lugar é no SINASEFE

Da mesma forma que o Sindi-test organiza e defende os TAE das universidades no Paraná, a Fasubra os representa nacional-mente. Mas a entidade nacional construída para organizar os TAE e os docentes dos IFs é o Sina-sefe. O Sinasefe é o sindicato nacional com atuação nos IFs e Colégios Federais de todo o país. Nossas discussões e nossos es-forços devem apontar no sentido de formar uma seção sindical desta entidade. Nosso lugar é junto com os demais servidores dos Institutos e Colégios Fede-rais.

É uma questão clara e acei-ta a de que a Fasubra atua nas universidades e o Sinasefe nos IFs. Cabem exemplos: Quando o governo orientou o corte do pon-to, a Fasubra foi se manifestar na

reunião do Andifes, a associação dos reitores das universidades. O Sinasefe foi pressionar os di-rigentes dos institutos federais. A Fasubra e o Andes-SN têm in-terlocução junto ao Andifes e o Sinasefe tem junto ao Conif.

7º O Sinasefe é o sindicato que organizou a greve e que constrói as lutas nos institutos federais: um verdadeiro sindicato misto, coerente com sua história e sua estrutura, e que manteve a greve até haver proposta para as duas carreiras

O Sinasefe é o Sindicato Na-cional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, com mais de 80 seções sindicais em institutos, colégios militares, Cefets, colé-

gios federais, e no Ines-RJ (Ins-tituto Nacional de Educação de Surdos).

Nele estão organizados e re-presentados TAE e docentes (a maioria EBTT e alguns MS) des-tas instituições em quase todos os estados.

Angelita Friedrich –Foz do IguaçuBruno Bello –Curitiba (Salgado Filho)Dina Lermen –LondrinaElisabete Cristina Pereira Eches – LondrinaGuilherme Basso dos Reis – Campo LargoMaurício Oberdiek –CuritibaNilson Morais –CuritibaPatrícia Teixeira –Foz do Iguaçu

não na questão da carreira.

ANDES: Mesma postura da primeira proposta.

Proposta Para os TAE

FASUBRA: Não é boa, mas é a melhor que se pode ter na atual correlação de forças.

SINASEFE: Concorda com a avaliação da Fasubra, mas primeiro consulta a base para definir se aceita a proposta. Na 114ª reunião plena os delegados definem pela assinatura do acordo dos TAE, com adendos sobre grupos de trabalho das instituições militares. Avaliaram que melhora a carreira apesar do baixo reajuste. Decidiram pela não assinatura do acordo docente, considerando que, apesar de melhorar os índices reajuste, piora e divide ainda mais a carreira. O Sinasefe já havia elaborado e entregue ao governo uma contraproposta. Sua base (TAE e docente) mantém a greve até 6 de setembro e participa dos atos do Grito dos Excluídos no dia 7 de setembro, cobrando que o governo atenda a alguns dos pontos da contraproposta.

SINDIEDUTEC: ???

OBSERVE QUEM É QUEM

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Sinditest lança campanha pela Organização por Local de Trabalho

olt

nos próximos meses, a direção do sinditest visitará todos os locais de trabalho dauFPR/Hc, utFPR, iFPR e unila para divulgar a campanha pela organização de base.

Você pode ser um representante do seu local de trabalho e ajudar a construir um sindicato de luta, com a participação real da categoria!

ra ao seu mandato e à sua liberação com unhas e dentes. É um sujeito que assumiu um ar mais ou menos arrogante, pretensio-so, que exige ser tratado de maneira espe-cial ou com reverência: um indivíduo que por ser chamado às vezes de “presidente” acaba acreditando que é superior aos seus antigos colegas de trabalho. O dirigente bu-rocratizado fala em nome da base, age em nome da base, negocia em nome da base. E trata os trabalhadores com benevolên-cia e altivez, ora de maneira paternal, ora como se fosse um líder espiritual ou religio-so. Mais cedo ou mais tarde, porém, aca-ba por revelar uma evolução patrimonial incomum, e, quando acontece de perder o mandato, cai no colo do patrão no mesmo dia, transformando-se no seu representan-te mais dócil, fiel e subalterno!

…PARA DESMOBILIzAR A BASE!Mas a concepção getulista não serve

apenas para corromper dirigentes sindi-cais. Sua principal função é criar entre os trabalhadores, ou seja, na base, a impres-são de que eles não devem fazer nada, não precisam fazer nada. Não precisam se envolver nas atividades cotidianas do sindi-cato ou nas suas decisões políticas. Basta deixar tudo aos cuidados dos diretores, de preferência aos cuidados do “presidente”. Com o passar do tempo, os trabalhadores assumem uma postura passiva, de con-templação e espera resignada:

— O que o sindicato está fazendo pela gente agora?

Ou ainda:— Talvez o sindicato consiga mais algu-

ma coisa para nós…Deste ponto em diante, estamos à beira

da derrota. Os trabalhadores se encontram desmobilizados, não têm mais confiança

UM ANIVERSáRIO DE VINTE ANOS E ALGUMAS LIÇÕES DEIxADAS PARA A HISTÓRIA

Nosso sindicato completará 20 anos no próximo dia 5 de novembro. São vinte anos de muita luta, sem dúvida. Mas também são 20 anos em que se consolidou no Sin-ditest uma concepção errada, prejudicial de prática sindical: a chamada concepção “getulista”, em referência ao modelo de sindicalismo que Getúlio Vargas introduziu no país nos anos 1930, e que continua vi-gente até hoje.

Nessa concepção (que é patronal dos pés à cabeça), o sindicato deve fazer tudo em nome da categoria, mas sem envolvê-la diretamente em nada. O sindicato deve agir como um procurador, um mero re-presentante legal, um agente externo que substitui a base nas negociações com o pa-trão ou com o governo. Com o tempo, se-guindo por essa via, o sindicato se divorcia completamente da base. A direção adquire uma autonomia excessiva, passa a agir em seu próprio interesse, a desfrutar de privi-légios, e a partir daí inicia-se um processo de burocratização dos dirigentes, que pode terminar até mesmo em corrupção e en-riquecimento ilícito. Ora, um sindicato em que os dirigentes estão envolvidos em fal-catruas, fraudes, irregularidades, pode ser facilmente comprado pela patronal — e assim nascem os sindicatos pelegos, pa-tronais, burocráticos.

CORROMPENDO A DIREÇÃO…Todos nós conhecemos a figura típica do

dirigente sindical burocratizado. Em geral, é uma pessoa que ficou fora do seu local de trabalho por muitos anos, e que se agar-

em suas próprias forças, não se reconhe-cem como classe social. Não acompanham a evolução dos acontecimentos políticos, perdem o interesse até mesmo pelas ques-tões salariais ou referentes à sua carreira e condições de trabalho.

Acima deles, o dirigente pelego ou cor-rompido assegura ao patrão que está tudo sob controle, que não haverá novas greves ou protestos, que não há motivo para preo-cupação. E então o patrão pode aplicar um plano de demissões ou o banco de horas, no caso da iniciativa privada; um plano de privatizações e redução de direitos, no caso dos serviços públicos. Nas duas situações, a categoria não terá força ou o tempo ne-cessário para reagir, e se esboçar reação, será insuficiente, pois o próprio sindicato e sua direção funcionarão como obstáculos, procurando conter a luta nos limites que interessam ao patrão ou ao governo…

Pois bem. Podemos parar por aqui. To-dos já sabem do que estamos falando!

COMO REVERTER ESSE QUADRO?Agora que estamos vendo a realidade,

cabe a nós responder a seguinte questão:— O que fazer para acabar com esse

modelo getulista? Como evitar a separação entre o sindicato e a base? Como evitar a corrupção e a burocratização dos direto-res?

A resposta, ao menos na teoria, é simples:

1. Com uma política consciente de combate à burocratização; e2. Com a organização de base, isto é, com a organização por lo-cal de trabalho.

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E como funciona a OLT?A OLT TEM DOIS PILARES:

1. O “representante de base”, ou “de-legado sindical”, que é uma pessoa es-colhida por seus próprios colegas no seu local de trabalho; e

2. O “Conselho de Representantes de Base”, ou “Conselho de Delegados Sindi-cais”.

Vejamos cada um deles com mais de-talhes.

O REPRESENTANTEDE BASE

Nossa categoria tem aproximadamente 8.000 trabalhadores na base, conside-rando as instituições UFPR, UTFPR, IFPR e UNILA.

No entanto, o sindicato tem apenas 25 diretores. É claro que somente essas 25 pessoas não conseguirão formular um análise satisfatória das necessidades da categoria, pois em cada setor, em cada campus, em cada cidade, surgem proble-mas específicos. Sem diagnóstico preciso, é impossível elaborar uma política correta e justa. Suprimir essa deficiência é a fun-ção do representante de base.

Em resumo, esses delegados ou repre-sentantes terão a função de diagnosticar os problemas, juntamente com seus cole-gas de trabalho, e posteriormente levar as exigências ou reivindicações dos trabalha-dores ao conhecimento do Conselho de Representantes, que irá definir a política a ser adotada por toda a categoria, e execu-tada com o auxílio da direção do sindicato.

A FORMAÇÃO DO CONSELHO DE REPRESENTANTES

O Conselho de Representantes de Base se reunirá periodicamente, uma vez a cada 45 dias, por exemplo, para discutir e votar as deliberações mais gerais da categoria. O que o Conselho decidir, cabe à direção do sindicato implementar.

Devemos observar que nessa concep-ção ocorre uma inversão completa da si-tuação atual. No sindicato burocratizado, a direção decide tudo em nome da base,

e a base aguenta as consequências. Com a OLT ocorre o contrário: a base decide tudo, no Conselho de Representantes, e a direção do sindicato apenas implementa a linha votada, gostando ou não dela.

Esse é mais ou menos o modelo vigen-te na Seção Sindical da UTFPR. O Conse-lho de Delegados deve elaborar a política, e cabe à Coordenação da Seção Sindical implementá-la. Neste ano, durante o pro-cesso de negociação da greve, a Coorde-nação da Seção tentou passar por cima dos delegados sindicais, “assumindo a condução do processo de negociações” de forma burocrática e autoritária. Os delegados, com o auxílio da Direção do Sinditest, enfrentaram a Coordenação da Seção, reivindicando suas atribuições pre-vistas no Regimento da Seção, e a Coor-denação eleita, percebendo que não con-seguiria suprimir a intervenção ativa dos delegados, acabou por renunciar.

Esse exemplo mostra a importância da organização de base. Os delegados sindi-cais, eleitos em seus locais de trabalho, certamente refletem muito melhor os inte-resses da categoria do que a Coordenação da Seção, e é por isso que o Conselho de Delegados é superior à Coordenação na hierarquia das atribuições.

Com organização de base, os traba-lhadores se tornam sujeitos de sua luta. Adquirem experiência, tornam-se cons-cientes, permanecem mobilizados mes-mo quando não há greves ou campanhas salariais, e estão sempre atentos, prontos para a luta.

OS PRIMEIROS PASSOS DA CAMPANHA!

Nos meses de setembro, outubro e novembro, a direção do Sinditest visitará todos os locais de trabalho na UFPR e no HC, para divulgar a campanha pela cons-trução da OLT.

Publicaremos materiais específicos so-bre o tema, com instruções sobre como eleger os representantes, a importância

da OLT e um calendário para execução do plano.

Depois que esse processo estiver razo-avelmente avançado na UFPR, vamos es-tudar a maneira de estendê-lo às outras instituições.

A UTFPR, por exemplo, já tem uma organização de base, o seu Conselho de Delegados Sindicais, ao qual a Coorde-nação da Seção é subordinada. Precisarí-amos discutir se existe a necessidade de eleger novos representantes para o Con-selho de Representantes do Sinditest ou se os representantes da UTFPR seriam os mesmos. Nessa questão, como em todas as outras, a direção do sindicato deve ouvir a categoria, e escolher a alternativa mais democrática possível.

A organização de base é fundamental, e criará as condições para que a nossa prática sindical cotidiana esteja a serviço do nosso objetivo estratégico: a emanci-pação da classe trabalhadora.

Acesse a íntegra desse artigo na página do Sinditest! E quando sobrar tempo consulte as referências:

José Maria de Almeida“Os sindicatos e a luta contra a burocratização”.Editora Sundermann, 2007.

Heloisa H. T. de Souza Martins:“O Estado e a Burocratização do Sindicato no Brasil”.Hucitec, 1989.

Marcelo Badaró Matos:“Trabalhadores e Sindicatos no Brasil”. Expressão Popular, 2009.

Ricardo Antunes: “O que é sindicalismo?”. Brasiliense, 1994.

Para saber mais

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DIREITO DE RESpOSTA GARANTIDO pELO pODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO pARANÁ

concedido em favor de Roseli isidoro, Gessimiel Germano (Paraná), Rosemari nunes Ferreira, arielto conceição alves e norton nohama, a título de liminar, contra o sinditest-PR e seus diretores carla cobalchini, Márcio Palmares, Bernardo Pilotto e demais integrantes da gestão 2012/2013, em razão de publicação eletrônica no site da entidade sinditest-PR, no dia 10 de setembro de 2012, com o título: “conflito entre Roseli isidoro e antônio néris causa prejuízo de 107 mil reais para a categoria”.

Caros amigos servidores técnico-administrativos, profes-sores e alunos da UFPR, UTFPR e IFPR,

Foi com profunda indigna-ção e tristeza que, no último dia 10 de setembro de 2012, após recebermos vários telefonemas de amigos informando sobre a matéria no site do Sinditest, tomamos conhecimento dessa publicação.

Ao acessarmos o site do Sin-ditest-PR, nos deparamos com matéria publicada pela direção da entidade sob o título “Confli-to entre Roseli Isidoro e Antônio Néris causa prejuízo de 107 mil reais para a categoria!”. Não bastasse se utilizarem do site do Sindicato, esta matéria foi amplamente divulgada nas re-des sociais para muitos outros sindicatos, partidos políticos, na Fasubra (Federação de Sin-dicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras), etc, e para toda a lista de e-mails da entidade. O alcance desta ação certamen-te atingiu milhares de pessoas, muitas delas que sequer nos conhecem, mas que por conta da publicação injusta, já têm um forte e negativo juízo de va-lor formado sobre nossa índole e nosso caráter.

Indignação porque pela se-gunda vez, nossa honra e dig-nidade como cidadãos, como pessoas políticas e como traba-lhadores é atacada por dirigen-tes da nossa própria entidade sindical que deveria nos de-fender, mas, ao contrário, nos ataca, ofende e calunia, numa tentativa vil de nos imputar cri-me, culpa e dolo perante nossa comunidade, nossos amigos e principalmente os filiados do Sinditest e nossos familiares.

Há 12 anos, fomos acusa-dos pela Diretoria do Sinditest da época. Injustamente nos acusaram, sem qualquer pro-va, de que teríamos cometido crimes e causado prejuízos a nossos colegas filiados ao Sin-ditest-PR. Havíamos acabado de concluir dois mandatos con-secutivos na direção da entida-de (1996-1997 e 1998-1999) com muito trabalho e muita luta em defesa de nossa cate-goria, mas também com respei-to e transparência em favor dos nossos filiados e responsabili-dade e competência no trato e na gestão da entidade.

Aquelas acusações cons-truídas com o único propósito de atingir nossa imagem como pessoas públicas, ainda que totalmente falsas, foram divul-gadas e perpetradas por todo o Paraná e toda a base da Fasu-bra, por muito tempo, causan-do a nós profundo constrangi-mento público e um verdadeiro “linchamento” político que nos gerou inúmeros prejuízos nas nossas vidas como trabalhado-res, como pessoas públicas e políticas e como seres huma-nos que, perante nossos fami-liares, nossos pais, cônjuges e filhos, tivemos de suportar o sofrimento, a indignação e a vergonha das acusações, sem podermos nos defender na pro-porção e na abrangência da ca-lúnia a que fomos submetidos.

Não tivemos alternativa se-não recorrer à Justiça e ela foi feita. Foram 12 longos e sofri-dos anos de muita luta e es-

pera, gastamos muito mais do que podíamos e privamos nos-sos familiares de muitas coisas para que a verdade prevale-cesse. Passado esse tempo, vencemos de modo definitivo a ação judicial, restaurando nos-sa credibilidade e imagem.

Finalmente, quando a verda-de vem a público, terminado o processo neste ano de 2012, por ordem da Justiça, vemos uma nova diretoria da nossa entidade, numa tentativa vil e totalmente irresponsável, nova-mente nos atacar publicamen-te em nossa dignidade e honra por meio da publicação da “no-tícia” referida acima. Numa ló-gica oportunista, buscam nesse processo de disputas eleitorais (tanto a eleição para Reitor, quanto eleições municipais) usar essa publicação como for-ma de confundir novamente a categoria e nos transformam de vítimas que somos em vilões.

Lamentamos profundamen-te que os atuais diretores do Sinditest-PR, nas pessoas de sua presidenta Carla Cobalchini e seu diretor Bernardo Piloto, entre outros, repetindo o pas-sado, utilizem-se da entidade, de seus recursos físicos, finan-ceiros e tecnológicos e, princi-palmente, da credibilidade que um sindicato de uma universi-dade grande como a UFPR tem perante a comunidade, para nos atacar de maneira irres-ponsável e despropositada.

Justamente estes dirigen-tes, pessoas ligadas a parti-dos políticos, que deveriam ter compromisso com a verdade e a justiça, utilizam-se da menti-ra, distorcem os fatos, negam a verdade e desqualificam o Poder Judiciário, um dos pilares funda-mentais da democracia de nos-so país, numa demonstração lamentável de que nosso sindi-cato optou por reproduzir a po-lítica truculenta e opressora dos antigos “coronéis” do passado. Se afastaram dos interesses le-gítimos de seus representados e, infelizmente, deixam trans-

parecer que a política do “vale-tudo” sem compromisso e res-peito com nada e com ninguém, que equivale ao completo des-prezo pela ética, volta a prevale-cer hoje em nossa entidade.

Não falemos da profunda revolta que nos aflige ver que esses senhores que estão hoje na direção do nosso próprio sin-dicato, que deveriam nos defen-der, aproveitam a entidade para nos atacar. Seria cômico, se não fosse trágico, saber que a pró-pria mensalidade que todos os meses pagamos para susten-tar a máquina do Sinditest-PR financia a mentira, a calúnia e a difamação contra nós mes-mos, quiçá amanhã não sejam outros colegas como você. Não falemos do malfeito ou da lega-lidade feita no ano de 2008, por diretores da entidade (alguns coincidentemente atuais presi-dente, vice-presidente e direto-res) de garantirem a si mesmos imunidade pessoal, ou seja, im-punidade diante de condenação na justiça, aprovando uma ata registrada em cartório na qual transferem para o Sinditest-PR todo o ônus decorrente da nos-sa ação judicial em questão, mas também de toda e qual-quer outra que possam recair sobre seus diretores no futuro.

O risco desse ato e dessa assembleia, que através da ata aprovada gerou impunidade para os dirigentes que ofende-rem a honra de todo e qualquer filiado, será o ônus financeiro para a entidade, uma vez que a cada condenação sofrida em eventuais processos judiciais futuros, esses mesmos dirigen-tes que nos acusam hoje, se-rão isentos de responder pelos seus atos.

Não falemos a respeito dos propósitos e interesses desses senhores, em plena eleição para a Reitoria da UFPR e eleições municipais para vereador e para prefeito. Não falemos que um deles é candidato a vereador e que outro a eles ligado é candi-dato a prefeito, nem tampouco

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SINDITEST DEBATE FORMAS DE GERAR QUALIDADE DE VIDANO TRABALHO

Qualidade de vida no tra-balho foi o tema que José Vieira Leite abordou no se-minário DESobedeça, pro-movido pelo Sinditest. A apresentação foi no Anfite-atro 100 do Ed. D. Pedro I, Reitoria da UFPR, na tarde de 23 de agosto.

José Vieira Leite é dou-tor em Engenharia da Produ-ção pela COPPE/UFRJ e atua como diretor de QVT do Sindi-cato dos Servidores do Banco Central do Brasil.

QVT é a sigla de Qualidade de Vida no Trabalho, um con-ceito que é preciso promo-ver entre os trabalhadores. O evento foi realizado para atiçar o debate sobre como o trabalho influi na qualidade das nossas vidas. Ter consci-ência como se dá essa rela-ção é importante para os tra-balhadores conquista rem sua autonomia.

Para o palestrante, o prin-cipal fator que gera má QVT é a opressão do trabalho. “Não

é o trabalho que oprime, é o modo como ele é realizado”, disse Leite. “Quando você não agrega algo de seu ao desempenhar sua tarefa, se instala a opressão no traba-lho”, concluiu.

José Vieira Leite mos-tra como exemplo o modelo taylorista, que tem dado base ao capitalismo no último sé-culo.

O taylorismo separa a con-cepção de um produto de sua execução. Separa quem pen-

“Quando você não agrega algo

de seu, se instala a opressão no

trabalho”José Vieira Leite

sa e quem faz. Uns poucos mandam e muitos executam. Quem executa não põe nada de seu ao trabalho, perde sua criatividade. Se massifica. As-sim, se dá a opressão contra os trabalhadores.

das relações que eventualmente possam ter com outros poucos que integram a candidatura de oposição à reitoria e que conve-nientemente têm se esforçado para propalar nas redes sociais a injúria contra nós. Não falemos dessas coisas porque eles mes-mos o fizeram. No entanto, não podemos e não iremos nos sub-jugar e nos calar diante de tama-nha barbárie e abuso do poder.

Levamos 12 anos para res-gatar a verdade dos fatos no Poder Judiciário. Se preciso for, levaremos outros 12 anos ou até mais, mas jamais nos afastaremos do nosso direito à dignidade e ao respeito. Jamais nos afastaremos da verdade e da justiça, pois sem elas não te-remos honra e decência e sem estas não podemos pretender sermos servidores públicos, qui-çá seres políticos, representan-tes de uma comunidade.

Não podemos deixar de dizer a respeito daqueles senhores que há doze anos se utilizaram da entidade para nos atacar, que os perdoamos. Contudo, perdão não é a mesma coi-sa que abrir mão da verdade, pois desta jamais abriremos mão. Com aqueles senhores, convivemos civilizadamente, pois não vivemos na amargu-ra e não fazemos política com ódio. Reconhecemos em cada ser humano suas qualidades e defeitos e estes, quando for o caso deixamos à Justiça a tare-fa de julgar, à luz da verdade e das leis.

Queremos e vamos seguir nossos caminhos de cabeça er-guida, como sempre o fizemos. Sempre lutamos pelas coisas justas, nunca tivemos medo do bom combate e jamais retroce-demos diante do malfeito, por isso pedimos a nossa comuni-dade tranquilidade para conhe-cer os fatos recentes e discer-nimento para compreender os interesses que se movimentam em torno deste episódio, afinal nossa comunidade merece res-peito. seminário desobedeça aconteceu no dia 23 de agosto

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O jurídico do Sinditest-PR conseguiu liminar que suspen-de os descontos referentes ao adicional de insalubridade. Por-tanto, se no contracheque for mantido o desconto, procure o sindicato.

O governo federal havia deter-minado a revisão dos adicionais de insalubridade, reduzindo ou excluindo de muitos servidores, que nem ficaram sabendo disto.

A medida passou a valer des-de novembro, mas a UFPR só começou a aplicá-la a partir de março deste ano. Com isto, pas-sou a descontar os valores pagos a mais nesses cinco meses aos servidores que tiveram o adicio-nal reduzido ou excluído.

Todos os servidores técnicos adminis-trativos da UTFPR têm direito ao auxílio transporte. Mas aqueles que usam seu carro para ir ao trabalho e voltar, não re-cebem. A ação pede que seja reconheci-do o direito e seja feito o pagmento dos valores dos últimos cinco anos.

Escritório de Advocacia Trindade e ArzenoAtendimento jurídico - A advogada Dra. Ingrid Simm realiza atendimento jurídico no Sinditest-PR às quartas-feiras, das 14 às 17 horas. Agende sua consulta pelo fone (41) 3362-7373.UFPR: terças-feiras, das 14h às 16 horas e às quintas-feiras, das 9h às 11 horas. Funpar: quintas-feiras, das 14h às 16 horas.

UTFPRAUxÍLIO-TRANSPORTE AOS SERVIDORES QUE USAM VEÍCULO PRÓPRIO PARA IR AO TRABALHO

O sindicato foi à justiça para defender esses servidores. Obte-ve decisão liminar favorável, que impede novos descontos.

A ação também pede o res-sarcimento em dobro dos valores descontados, considerando que os servidores não são culpados pelo atraso na aplicação da por-taria. Agiram de boa-fé e foram punidos.

A devolução dos valores descontados será julgada pela justiça quando for apreciado o mérito da ação.

Ação civil pública nº 5035297-63.2012.4.04.7000 ingressada em agosto de 2012 e tramita na 3ª Vara Federal de Curitiba.

Ação civil pública nº 5034075-60.2012.4.04.7000 ingressada em julho de 2012 e tramita na 6ª Vara Federal de Curitiba.

Em agosto, o sindicato in-gressou com ação para reque-rer o direito à integralidade e à paridade de proventos dos ser-vidores que se aposentaram ou vierem a se aposentar por inva-lidez permanenete, conforme a Lei 8.112/90.

Além do reconhecimento do direito, a ação pede o pagamen-to das diferenças não prescritas.

Foram feitos dois pedidos de liminar. Um para suspender toda medida que restrinja direitos ao se aposentar por invalidez per-manente.

Você recebeu os valores do acordo para reajuste de 28,86% no final dos anos 90? Certeza? É melhor conferir.

Nos anos 90, os servidores civis travaram luta para receber reajuste salarial de 28% pago aos militares. A batalha se arrastou na Justiça e no final da década o governo pro-moveu acordos administrativos para quitar os valores não pagos.

Se naquela época você fez acordo para receber o reajuste de 28%, recebeu os valores com todas as correções?

Como houve vários casos em que servidores receberam menos

UFPR, UTFPR, IFPR e UnilaINTEGRALIDADE E PARIDADE NA APOSENTADORIA POR INVALIDEz

REVISÃO DE CáLCULO DE ACORDO PARA REAJUSTE DE 28,86% NOS ANOS 90

A outra liminar pede que se demontre se houve a efetiva re-visão de todas as aposentadorias no prazo de 180 dias, que termi-na em 25/09/2012, conforme a EC 70.

Ações Civis Públicas nº 5040266-24.2012.404.7000, para servidores da UFPR, UTFPR e IFPR, no Juízo da Vara Federal Ambiental e Residual de Curitiba, e nº 5011596-67.2012.4.04.7002, para servidores da Unila, no Juízo da 1ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, ingressadas em agosto de 2012.

do que tinham direito, o Sinditest propõe a revisão dos cálculos a quem fez acordo e cobrar a dife-rença, se for o caso.

Os interessados devem agendar consulta com o jurídico do sindicato e apresentar:• Cópia dos termos do acordo para pagar os valo-res referentes ao reajuste de 28,86%• Contracheques de 1999 a 2005, para conferir se há diferenças a serem pagas.

ASSESSORIA JURÍDICA

SINDICATO SUSPENDE DESCONTOS PELO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

VITÓRIA!

JuRÍdico

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