“Muitas vezes e de muitos modos falou Deus no passado a nossos pais por meio dos profetas; nestes últimos tempos nos falou por meio do Filho.”

(Hb 1,1)

I. INTRODUÇÃO

DEUS nos falou por meio de seu Filho

"Ide, pois, e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-lhes a observar tudo o que eu vos ordenei. E sabei que eu estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”.

(Mt 28,19-20)

Jesus mandou seus apóstolos para anunciarpor todo o mundo sua obra e sua mensagem.

A Igreja resumiu em fórmulas chamadas “credos” (creios) os ensinamentos de Jesus.

Cada credo resume o tesouro recebido dos apóstolos e facilita a confissão de fé.

“Com o coração se crê e com a boca se confessa...” Rm 10,10

Quem diz “Eu creio” diz “Eu dou adesão ao que nós cremos". A comunhão na fé

necessita de uma linguagem comum, normativa para todos, para que nos una

na mesma confissão de fé.(CIC - Catecismo da Igreja Católica - 185)

Esta síntese da fé não foi feita segundo critérios pessoais, mas foi recolhido, de

toda a Escritura o que nela há de mais importante e essencial, para propiciar em sua integridade um único ensinamento de

nossa fé. (CIC 186)

OS CREDOS

Estas sínteses da fé são chamadas "profissões de fé" porque resumem a fé que professam os cristãos. São chamadas "Credo" por ser esta a primeira palavra que aparece nelas em latim, e significa CREIO. (CIC 187)

Também são chamadas "símbolos da fé".

A palavra grega "symbolon" significava a

metade de um objeto partido (por ejemplo: um galho ou uma pedra) que

se apresentava como uma senha ou sinal de

identificação. Colocavam-se juntas as partes que haviam sido

separadas para assegurar a identidade

do portador.

O "símbolo da fé" é, pois, um sinal que

identifica e une os que nela creem. (CIC 188)

“Primero fala da Primeira Pessoa Divina e da obra admirável da

criação; em seguida fala da Segunda Pessoa Divina e do

Mistério da Redenção dos homens; finalmente fala da

Terceira Pessoa Divina, fonte e princípio de nossa santificação".

São “os três capítulos de nosso selo (batismal)". Santo Irineu de

Lyon. (CIC 189)

O Símbolo se divide em três partes:

2) O Símbolo chamado de Niceno-

Constantinopolitano que deve sua grande

autoridade ao fato de que é fruto dos dois primeiros Concílios

ecumênicos da Igreja (anos 325 e 381).

Continua sendo, ainda hoje, o símbolo comum

a todas as grandes Igrejas do Oriente e do

Ocidente. (CIC 195)

Dois credos ocupam um lugar de destaque na vida da Igreja

1) O Símbolo dos Apóstolos, chamado assim porque é considerado, com justiça, como o resumo

fiel da fé dos apóstolos. É o antigo símbolo batismal da Igreja de Roma. (CIC 194)

Uma vez que os credos resumem a Sagrada Escritura, esta apresentação pretende ajudar a descobrir seu rico conteúdo, oferecendo alguns textos bíblicos aí representados.

O CREDO NICENO-CONSTANTINOPOLITANO

Etimologicamente, em hebraico, crer (he’emin)

significa ‘estar firme sobre’.

A Palabra de Deus fala: Senhor, minha rocha, minha fortaleza, meu libertador. Meu Deus,

meu rochedo, meu refúgio, meu escudo e

salvação, minha fortaleza (Sl 18,3).

A fé é o fundamento do povo de Deus: Se não

credes, não subsistireis. (Is 7,9)

CREIO

aceitar as verdades manifestadas por Deus, viver de acordo com elas e esperar o cumprimento de suas promessas: A fé é garantia do que se espera; a prova das realidades que não se veem. (Hb 11,1)

CRER implica

Todo aquele que o Pai me dá, virá a mim e aquele que vem a mim não o rejeito (Jo

6,37). Ninguém pode vir a mim se não o atrai meu Pai (Jo 6,44).

Pois haveis sido salvos por graça, mediante a fé; e isto não é mérito vosso, mas é dom

de Deus (Ef 2,8).

A fé é GRAÇA de Deus oferecida a todos de diversas formas.