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Associação dos Antigos Funcionários do Sistema Integrado Banerj Fundada em 14 de julho de 1983 - Ano XXXV - Março de 2018 Mulher foi feita para ser amada! Página 2

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Associação dos Antigos Funcionários do Sistema Integrado BanerjFundada em 14 de julho de 1983 - Ano XXXV - Março de 2018

Mulher foi feita para ser

amada!Página 2

MARÇO 2018 2

Dia Internacional da Mulher

Gosto que Me EnroscoNão se deve amar sem ser amadoÉ melhor morrer crucificadoDeus me livre das mulheres de hoje em diaDesprezam o homem só por causa da orgia

Gosto que me enrosco de ouvir dizerQue a parte mais fraca é a mulherMas o homem com toda fortalezaDesce da nobreza e faz o que ela quer

Dizem que a mulher é parte fracaNisso é que eu não posso acreditarEntre beijos, abraços e carinhosO homem não tendo é bem capaz de roubarGosto que me enrosco de ouvir dizerQue a parte mais fraca é a mulherMas o homem com toda fortalezaDesce da nobreza e faz o que ela quer.

Este samba foi com-posto em 1928 por Heitor dos Prazeres e Sinhô.

Festa Julina

Sempre no mês de julho a AAFBanerj propicia aos seus associados uma bela Fes-ta Julina. Desta vez iremos ao famoso Hotel Re-canto das Hortências na cidade de Passa Quatro/MG no período de 19 a 22 de julho de 2018. Sairemos pela manhã e almoçaremos no hotel. Nas noites de 5ª. e 6ª. feira haverá “Feira Baile” com música ao vivo e no sába-do à noite a Festa Caipira com tudo que se tem direito. Comidas típicas e quadrilha. Preços por pessoa:

Apt. SGL = R$1.950,00 / 1º ch. – R$950,00 * 2º ch. – R$500,00 e 3º ch. – R$500,00 Apt. DBL = R$3.000,00 / 1º ch. – R$1.200,00 * 2º ch. – R$950,00 e 3º ch. – R$850,00 Apt. TPL = R$4.200,00 / 1º ch. – R$1.600,00 * 2º ch. – R$1.400,00 e 3º ch. – R$1.200,00 Os cheques são para 25/maio – 25/junho e 25/julho Você, que já conhece, temos certeza de que não deixará de ir e você, que ainda não foi, não pode deixar de conhecer nossa ma-ravilhosa Festa Julina.

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Esta coluna pretende rememorar fatos que, de alguma maneira marcaram época, relevantes ou nem tanto. Este é mais um capítulo dessa série.

Os 18 do Forte Eles sabiam que caminhavam para a morte. À frente, 3.000 soldados os aguar-davam com fuzis e baionetas. Eram 18 militares e um civil, dispostos a dar a vida por um projeto de mudança no poder políti-co brasileiro. A revolta tinha começado no dia anterior, 5 de julho de 1922, no Forte de Co-pacabana, mas fora um fracasso. Não houve apoio de outras unidades e os 300 militares ficaram aquartelados no forte, cercados por terra e mar. Tendo à frente os tenentes Eduar-do Gomes e Siqueira Campos, o grupo que não se rendeu adotou uma solução suicida: seguiu pela Avenida Atlântica de encontro à tropa le-galista, recebendo no caminho a adesão do ci-vil Otávio Correia – que foi o primeiro a morrer. Só os lideres sobreviveram ao massacre: Edu-ardo Gomes, com um tiro na perna, e Siqueira Campos, baleado na barriga. No centenário da independência, o tenentismo começava a se tornar um dos movimentos mais importantes do século no país. O objeto da revolta era o sistema de poder das oligarquias cafeeiras, que, desde o início da República, alternavam os presidentes en-tre os representantes de São Paulo e de Minas Gerais. O jogo de poder fora bem até a eleição de 1919, quando a vitória apertada de Epitá-cio Pessoa sobre o oposicionista Rui Barbosa já demonstrava insatisfação com o esquema. Os fazendeiros do café perdiam espaço para muita gente: as camadas médias urbanas, que

cresciam com a industrialização, as oligar-quias não-cafeeiras, os operários e os milita-res, principalmente oficiais de baixa patente. O estopim para a insurreição dos “18 do Forte”, como ficou conhecido o episódio, foi a prisão do marechal Hermes da Fonseca por 17 horas, no dia 2 de junho. O ex-presidente da República tinha incentivado uma revolta con-tra o Governo em Pernambuco e desacatado o ministro da Guerra, Pandiá Calógeras, que,

além do crime de ser um civil, tinha fecha-do o Clube Militar, presidido pelo mare-chal, e se recusava a aumentar os soldos dos militares.+- Em meio ao pipocar de denúncias de fraude eleitoral, a revolta tinha como obje-tivo imediato impedir a posse do novo pre-sidente, Artur Bernardes, marcada para 15 de novembro. Naquele 5 de julho, os

canhões do Forte de Copacabana dispararam contra o Quartel-General, a ilha das Cobras, o Depósito Naval e o Túnel Novo. Os legalistas, prevenidos, responderam com um bombardeio vindo da Fortaleza de Santa Cruz e dos coura-çados “São Paulo” e “Minas Gerais”. O capitão rebelado Euclides Hermes, filho do marechal, foi ao Palácio do Catete e acabou preso. Por telefone, recomendou a rendição. Já no dia 6, Siqueira Campos deixou a seus 300 homens a escolha entre lutar e a se render. Dos 28 que escolheram lutar, dez desistiram no caminho. Não houve discursos, nem apoio dos passan-tes. Gritando “Viva o Exército!” e “Viva o Mare-chal Hermes!”, o grupo marchou para a morte, abrindo caminho para a Revolução de 30.

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Nasceu em 24 de novembro de 1632 em Ams-terdã e faleceu em 21 de fevereiro de 1677 em Haia. Foi um filósofo racionalista, considerado um dos maiores pensadores dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com Descartes e Leibniz. Nasceu no seio de uma família Judaica portuguesa e é considerado o fundador do criti-cismo bíblico moderno.

“Para de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti. Para de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti. Para de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presen-te que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer. Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num ama-nhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho… Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho? Para de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.Para de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz… Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre--arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto

da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso? Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia. Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas. Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um re-gistro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aprovei-tar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportuni-dade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste… Do que mais gostaste? O que aprendeste? Para de crer em mim – crer é supor, adivinhar, imagi-nar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu ca-chorro, quando tomas banho no mar. Para de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido?… Expressa tua ale-gria! Esse é o jeito de me louvar. Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro… aí é que estou, batendo em ti.

DEUS SEGUNDO SPINOZA

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Assembleia Aprova Contas de 2017 Em Assembleia Geral Ordinária, realizada em sua sede, foram aprovadas as contas relativas ao ano de 2017, da AAFBanerj.

Almoço de Confraternização Nosso primeiro almoço no Restaurante Demi Glace foi um sucesso. Todos os trinta e quatro participantes foram unânimes em elogiar a exce-lente comida servida. Além do bufê, serviços vo-lantes, sobremesa incluída e cafezinho de brinde pudemos rever os amigos que já não víamos há alguns meses. Com a mencionada aprovação passaremos a realizar nossos almoços nesse restaurante.

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Cartas Do Leitor

Do associado Dércio Santiago:

“Agradeço a resposta da AAFB. Entretanto ela é intempestiva, irreal, grosseira e de mau gos-to. A destempo por que os fatos estão supera-dos. Grosseira, eis que o quadro social deve ser amplamente informado e em termos res-peitosos. De mau gosto por que é inoportuno fazer graça com os associados que nos mo-mentos de aflição não tiveram notícias claras sobre os acontecimentos. Perceba que inúme-ros colegas reclamaram a ausência de infor-mações.AAFBanerj – Esta manifestação se refere à nossa resposta publicada em nossa Revista de Janeiro de 2018 com relação ao e-mail recebido do aludido associado.

Comentários sobre a Edição Extra da AAFBanerj

Do associado Waldir Gomes dos Santos:

“Á AAFBANERJ - Senhor Presidente: Em aten-ção ao presente e-mail, enviado por V. Sas. e a Revista Extra que recebi ontem, relatando os graves fatos ocorridos na CABERJ, peço vênia para o que segue: A Assembleia geral dos associados, recentemente realizada, au-torizou nossa Associação a tomar as medidas que julgasse convenientes, na defesa de nos-sos interesses, visando sempre a manutenção do plano de saúde. Ocorre que a situação vem se agravando, com novos descredenciamen-tos de médicos e clínicas, sempre alegando falta de pagamento dos serviços, por parte da CABERJ. Em alguns bairros do Rio de Janei-

ro, os associados estão arcando com os custos totais de consultas e exa-mes, como forma de manter o víncu-lo com os profissionais que sempre os atenderam. Em cidades do inte-rior do nosso Estado, a situação é ainda mais grave. Diante disso, soli-

cito a V. Sª esclarecer que ou quando, medi-das efetivas serão tomadas, ou se já o foram. Aguardo manifestação de V. Sª., com as sau-dações de praxe.AAFBanerj – Realmente a situação é caóti-ca. Autorizados que fomos pela AGE men-cionada, ingressamos com um pedido de averiguação junto ao Ministério Público Federal cujo processamento se encontra tramitando.Da associada Maria Emilia R.S.Lopes:Parabéns à AAFBANERJ! A Revista Extra so-bre a CABERJ esclarece e comprova, com de-talhes, tudo o que é preciso saber sobre nosso tão querido e necessário Plano de Saúde.Essa Associação, por toda seriedade, dedica-ção e confiabilidade, é nosso maior e único apoio e força. Apesar das injustas críticas de alguns poucos, não se deixa abater nem es-morece no cumprimento do seu objetivo. Não compactua de “panelinhas” para obtenção de vantagens pessoais e procura sempre, incan-savelmente, proteger os direitos dos seus as-sociados e da comunidade Banerjiana.Meus sinceros e profundos agradecimentos à Direção, tão competente e invejavelmente co-rajosa.Do associado Amaro Lessa:A determinação, a coragem de assumir pos-tura divergente e o trabalho incessante da AAFBANERJ na busca de esclarecimentos, objetivando ressuscitar nossa CABERJ, são merecedores dos mais altos elogios.O trabalho transparente, mostrado na Edição Extra, dá-nos a certeza de que nem tudo está perdido. Louvores à atual diretoria!

(Continua na página 7)

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Do associado Gilson das Neves Pereira:

A AAFBanerj há muito vem fazendo comen-tários sobre a real situação da CABERJ, Boa parte dos beneficiários da Caixa não acredita no que lê. O pior é que muitos interpretam os alertas da AAFBanerj como uma manifestação contra a entidade. Vão às reuniões na Caixa, e ouvem discursos bastante convincentes. Agora, a AAFBanerj, mais uma vez cumprin-do seu papel principal, de defender os nossos interesses, leva aos beneficiários da CABERJ um retrato do que vem acontecendo. Fica a pergunta: Tomado conhecimento do que a AAFBanerj a nós expõe tão detalhadamente, com anexos comprobatórios, qual será a rea-ção dos que defendem a atual administração da nossa Caixa de Assistência à Saúde?Meus caros diretores da AAFBanerj, que tra-balho primoroso!Nós, associados, estamos de parabéns por termos essa diretoria.

Do associado José Mauro Quintão:

Precisamos nos unir e tomar uma posição enérgica contra a atual administração da ca-berj , inclusive entrar com uma ação na justi-ça pedindo o ressarcimento dos prejuízos e o afastamento desta diretoria. Um forte abraço.

Da associada Sonia Maria Reis Pereira:

PARABÉNS à AAFBANERJ!-A Revista “Extra” sobre a CABERJ esclare-ce e comprova, com detalhes, tudo o que é preciso saber sobre nosso tão querido e ne-cessário Plano de Saúde. A essa Associação AAFBANERJ, O “NOSSO” AGRADECIMENTO PELA CORAGEM, por toda seriedade, dedica-ção e confiabilidade, e nosso maior e único apoio e força. Apesar das CRÍTICAS de al-guns, VOCÊS não se deixaram abater nem esmoreceram no cumprimento do objetivo, que era “MOSTRAR A VERDADE”. E que não compactuam de “panelinhas” para obtenção

de vantagens pessoais e procuram sempre, INCANSAVELMENTE, PROTEGER os direitos dos seus associados e da comunidade Baner-jiana…! Meus sinceros e profundos agradeci-mentos à Direção, tão competente e invejavel-mente corajosa.UM FORTE ABRAÇO.

Do associado Gerson Gomes:

BOA NOITE..GRATO POR NOS COLOCAR EM DIA COM A VERGONHA Q ESTA ENTIDADE NOS CAUSA...O Q PODEMOS FAZER.??.SÓ VCS PODEM NOS AJUDAR....AMÉM.!!!

Do associado Danilo Bertoline:

Face ao exposto cabe observar: tem angu nes-se caroço! Serão diretores e conselheiros por acaso ligados ao ex-governador Cabral? Tem o dedo do Pezão nesse rolo? O Crivella.... A CABERJ imita a administração pública do Rio! Não há outra explicação!

Do associado Eduardo Ferraz:

Parabéns pelo excelente trabalho de sempre dessa associação sempre preocupada com os ex banerjianos

Da associada Sonia Freitas:

Quero registrar aqui o ocorrido comigo essa semana: Tentei marcar exames numa Clíni-ca aqui de Teresópolis-RJ (Ecocenter), e para minha surpresa me foi negado, pois o aten-dimento da Caberj estava suspenso por falta de pagamento da entidade. Tentei entrar em contato com a Caberj, mas ninguém atende o telefone. Passei e-mail relatando o fato e só me retornaram no dia seguinte, dizendo q re-almente está suspenso o atendimento, mas q estavam negociando ... Mas sem data para re-torno de atendimento.O q me fez procurar outra Clinica para fazer os exames. Não estou satisfeita, pois sempre fiz Meus exames na mesma, q é bem qualifi-cada além de possuir meu histórico.

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Heitor Villa Lobos Heitor Villa-Lobos nas-ceu no Rio de Janeiro em 1887, tendo morrido na mesma cidade em 1959, aos 72 anos. Foi compositor brasileiro de grande prestí-gio, inclusive, a nível inter-nacional. Há poucos anos, a Rádio MEC promoveu uma pesquisa, a fim de instituir o dia nacional da música clássica, incluindo vários compositores brasi-leiros em uma espécie de concurso. O mais votado foi Villa-Lobos. Assim, o dia cinco de março, data de nascimento do autor foi eleito como Dia Nacional da Música Clássica. Villa-Lobos destacou-se por ter sido o prin-cipal responsável pela descoberta de uma lin-guagem genuinamente brasileira em música, sendo considerado o maior expoente da músi-ca no modernismo do Brasil, compondo obras que contém marcas das culturas regionais brasileiras incluindo canções populares e até indígenas.Suas primeiras composições porém ainda trazem a marca dos estilos europeus da vi-rada do século XIX para o século XX, sendo influenciado principalmente pelos impressio-nistas. Teve aulas com Frederico Nascimento e Francisco Braga.A partir das “Danças Características” (1914), começou a abandonar os modelos europeus e descobrir e usar uma linguagem própria, que viria se firmar nos bailados “Amazonas” e “Ui-rapurú” (1917). O compositor chega à década de 20 perfei-tamente dominando seus recursos artísticos, revelados com a “Prole do Bebê”, ou o “None-to” (1923).

À audácia criativa dos anos 1920, quando foram produzidas as serestas, os choros, os estudos para violão, seguiu-se um estilo neo-barroco, cujo principal ciclo é a série das nove Bachianas Brasileiras, compostas para diver-sas formações instrumentais, sendo que uma delas, a de número 5 inclui um soprano e é considerada a mais famosa da série. Em 1922, Villa-Lobos participou da Se-mana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo, evento esse, de muita projeção histórica e também internacional. Na ocasião, foram apresentadas também, obras de auto-res consagrados como Claude Debussy, inter-pretado pela pianista Guiomar Novaes e Erick Saite, por Ernani Braga. No ano seguinte, 1923, Villa-Lobos em-barcou para Europa, mais precisamente para a França, onde realizou diversas turnês, di-fundindo e ampliando a projeção de sua obra, tendo porém, regressado já no ano seguinte. Volta à França em 1927, desta vez financiado pelo milionário carioca Carlos Guinle. Nessa oportunidade, sua obra adquiriu uma noto-riedade consolidada, pois durante três anos (regressaria ao Brasil em 1930) realizou apre-sentações em mais de 60 cidades. Em 1930, Villa-Lobos que atuava no Bra-sil como maestro, já estava planejando seu re-torno à Paris. Porém a revolução que eclodiu aqui naquele ano, colocando Getúlio Vargas no Governo, chamado de “provisório”, aliada a crise interna-cional detonada no ano anterior (o crack da bolsa de Nova Iorque), proi-biu a retirada de dinheiro do país. Em consequência, o maestro não ti-nha como manter sua permanência no exterior. Forçado a permanecer aqui, organizou vários concertos nos arredores de São Paulo e compôs músicas educativas e patrióticas. Após 1937, quando Getúlio Vargas tomou o poder por decreto (Estado Novo), Villa-Lobos

(Continua na página 9)

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continuou com a produção de músicas de cunho patriótico, visando a massa brasilei-ra. O “Dia da Independência”, celebrado em 7 de setembro de 1939 contou com um coral de 30.000 crianças cantando o hino nacional e peças trabalhadas por Villa-Lobos. Para a mesma celebração, em 1943, compôs o bal-let “Dança da Terra”. Na mesma ocasião, es-creveu “Invocação em Defesa da Pátria”, obra alusiva a declaração de guerra do Brasil à Alemanha nazista. Tais composições, que continham conota-ções eminentemente políticas, conferiram ao autor fama de demagogo, prejudicando sua imagem, inclusive por se afastar das novas tendências europeias. Diversos compositores brasileiros julgavam importante uma conso-nância com uma arte de âmbito internacio-nal, e não se limitar a um nacionalismo exa-cerbado. Em 1960, ano seguinte à morte do autor, foi criado o Museu Villa-Lobos, o qual foi di-rigido por sua então companheira, Arminda Neves de Almeida, até morrer, em 1985. Esta instituição guarda imensa quantidade de par-tituras, documentos relativos a eventos rea-lizados, e até objetos pessoais do músico. O museu Villa-Lobos está situado em Botafogo, no Rio de Janeiro. Apesar de severas críticas, Villa-Lobos alcançou grande notoriedade in-ternacional. Entre os títulos que recebeu, está o de Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Nova Iorque e o de fundador e primeiro pre-sidente da Academia Brasileira de Música. O maestro foi retratado nos filmes “Bachia-nas Brasileiras: Meu nome é Villa-Lobos”, de 1979; “O Mandarim” (1995) e Villa=Lobos - Uma vida de paixão”, de 2000. Além disso, apareceu pessoalmente no filme de Walt Dis-ney “Alô Amigos”, em 1940, ao lado do pró-prio Disney. Em 1986, teve sua efige impressa nas notas de 500 cruzados. Também é homena-geado em diversas cidades brasileiras, dan-do nome a ruas, praças e parques, como por exemplo o Parque Villa-Lobos, em São Paulo.

O acervo inclui o Hyakuman-to Darani, documento japonês publicado em 764 e considera-do o primeiro texto impresso da história. O acesso é gratuito e é possível fazer buscas por pe-ríodos históricos, zonas geográficas, t i p o de documento e instituição. Milhares de docu-mentos em árabe, chinês, inglês, francês, rus-so, espanhol e português estão à disposição do público através da Biblioteca Digital Mundial (WDL, em sua sigla em inglês), um projeto da Organização das Nações Unidas para a Educa-ção, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em parce-ria com outras 32 instituições. De acordo com Abdelaziz Abid, coordenador da iniciativa, a WDL não é uma biblioteca comum porque não tem em seu acervo publicações atuais: “nos-so acervo tem valor patrimonial, para ajudar a compreender melhor as culturas do mundo.” Entre os documentos mais antigos estão al-guns códigos pré-colombianos – uma contri-buição do México – e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei da Espanha em 1562.O acervo inclui o Hyakumanto Darani, um documento japonês publicado em 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; trabalhos científi-cos árabes que revelam o mistério da álgebra, a Bíblia de Gutenberg e fotos antigas da América Latina provenientes da Biblioteca Nacional do Brasil. Cada um destes itens da cultura mun-dial é acompanhado por uma breve explicação do seu conteúdo e significado. Os documentos foram digitalizados e incorporados no idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, incluindo o português. A biblioteca foi lançada com 1.200 documentos, mas foi proje-tada para receber um número ilimitado de tex-tos, gravuras, mapas, fotografias e ilustrações. O acesso é gratuito e é possível realizar buscas por períodos históricos, zonas geográficas, tipo de documento e instituição.

Biblioteca Digital Mundial já está disponível na Internet

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CrônicasFernando Sabino

Entrevista de Televisão Boa noite, Doutor Ala-rico Pessoa Ventura de Abreu, Diretor do Depar-tamento de Fiscalização Interna do Controle Admi-nistrativo do IAPETELEC.- Boa Noite.- Mais alto, Doutor Ventura.- Boa Noite!- Perguntas da equipe do nosso programa. O De-partamento de Fiscalização Interna do Controle Administrativo do IAPETELEC tem por função fiscalizar e controlar. Dizem que o senhor vem aumentando seus recursos pessoais à medida que os recursos do Departamento diminuem. Doutor Ventura... O senhor fiscaliza mesmo ou está precisando de ser fiscalizado?- Bem ... Desde que assumi o cargo de Diretor...- Em poucas palavras, Doutor Ventura.- Creio que esta pergunta... Trata-se de uma ...- O senhor é proprietário de um apartamento e de um automóvel. Sua prosperida-de já vinha de antes ... ou depois de ser diretor,Doutor Ventura?- O que o senhor chama de prosperidade...- Doutor Ventura... Foi uma ventura para a sua vida ter sido nomeado?- Devo preliminarmente es-clarecer aos senhores teles-pectadores que minha nomeação...- Em poucas palavras, Doutor Ventura.- A circunstância de haver sido nomeado...- O senhor prestou declaração de bens antes de ter sido nomeado?- Bem ... Como eu dizia, devo minha nomeação exclusivamente...- O senhor é tido como homem simples, hones-to, trabalhador, bom pai de família, cidadão respeitável.- Muito obrigado.

- Esta fama lhe custa muito dinheiro? Doutor Ventura... Quanto o senhor despende por mês para comprar o silêncio dos que o apresentam como homem de bem?- Acho simplesmente que esta fama...- Ou o senhor simplesmente ganhou fama e dei-tou-se na cama? Hein? Responda, Doutor Ven-tura. Mas, por favor, em poucas palavras.- Se o ilustre entrevistador me permitisse ...- E por falar em cama: o senhor pode nos dizer se tem dormido bem ultimamente?- Não entendo o que o senhor quer insinuar.- O programa é sem censura, Doutor Ventura. Outra pergunta da nossa equipe. O seu nome todo é Alarico Pessoa Ventura de Abreu. Doutor Ventura... É verdade que o senhor adotou esse nome todo, mas na realidade nunca chegou a saber como se chamava o seu próprio pai?- Sou oriundo de uma família... - De uma família, Doutor Ventura? O senhor chama isso de família? Ultima pergunta: com quantos paus se faz uma canoa?- ?- Muito obrigado, Doutor Alarico Pessoa Ventu-ra de Abreu, Diretor do Departamento de Fisca-lização Interna do Controle Administrativo do IAPETELEC. Esta TV teve o máximo de prazer em tê-lo no nosso programa.

Visita Guiada ao Museu do Amanhã

A Associação realizará no próximo dia 10 de maio visita guiada ao Museu do Amanhã. O encontro será na entrada do museu às 13:30 hs, já que a visita terá início às 14:00 hs. Confirme sua presença, caso deseje par-ticipar, pelo telefone 2220-2566 ou pelo email [email protected]

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Notas Sociais Aquela que alegra a vida dos associados com festas inesquecíveis também teve o seu “Dia de Festa”. E foi o que ocorreu no dia 23 de março, data em que sua neta Lívia completou 15 anos. Cercada de parentes e amigos a menina--moça teve o seu dia de encantamento com uma comemoração montada por sua avó, Elza Linhares, nossa conhecida Diretora Social. O evento teve lugar na Ambelle Festas na Ilha do Governador, onde a aniversa-riante dançou a valsa e brindou a todos com sua alegria. Os pais Carlos Américo e Andréa, a tia e madrinha Elza Cristina e a avó Elza não cabiam em si de contentes. Foi uma bela festa. A AAFBanerj, em nome dos seus di-retores, deseja à aniversariante um futu-ro pleno de venturas e realizações com a concretização de seus sonhos.

PARABÉNS!!!

O Conselheiro Deliberativo Paulo Ricardo Pimentel do Vabo completou mais um ano de vida. Foi no dia 14 de março e a comemoração ocorreu no Restaurante Antonio no bairro do Cafubá em Niterói. Uma deliciosa bacalhoada fez a felicidade dos amigos. Parabéns Paulo Ricardo. Muita saúde é o que lhe desejam os colegas da AAFBanerj.

Porto Alegre Confraterniza O colega Renato Costa liderou e organizou o Almoço de Confraternização dos nossos asso-ciados de Porto Alegre. A foto mostra o número expressivo de parti-cipantes, cerca de vinte e seis, que comparece-ram à Pizzaria Costa do Sul. “Tricotaram”, mataram a saudade, reviram os amigos, enfim, passaram uma bela tarde juntos relembrando os bons tempos do Banco

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EXPEDIENTEPublicação da AAFBanerjDiretoria Executiva:Presidente: Angelo ConteVice-Presidente: Gerson BargDiretores:Administrativo: João Maria Pereira de CarvalhoAdministrativo Adjunto: José Carlos Ribeiro de CastroSocial: Elza Soares LinharesPatrimônio: Paulo Mario Correa CardozoFinanceiro: Edson da Costa LealFinanceiro Adjunto: Décio de Oliveira GomesCultural: Marco Antônio BarbosaApoio ao Idoso: Carmem Lauria de Carvalho e SilvaApoio ao Idoso Adjunto: Leda dos Santos M. BastosApoio ao Idoso Adjunto: Zuleiko do AmaralPlanejamento: José Renato Baptista JourdanDiretores: Roberto Percinoto Rui Antônio Duarte de MagalhãesConselho Deliberativo:Presidente: Paulo Gustavo Medeiros LeitãoConselho Fiscal: Presidente: Paulo Lober Ferreira de SouzaPRODUÇÃO: AAFBanerjSede Própria: Av. Nilo Peçanha, 50/Gr.309/CentroRio de Janeiro/RJ - 20020-100Site: www.aafbanerj.org.br CNPJ: 28.009.538/0001-86E-mails: [email protected] / [email protected] FAX: 0xx (21) 2220-2566/2220-2319/2220-2843 /2240-4115.Tiragem: 4.000 exemplaresOs artigos de colaboradores não expressam, necessáriamente, a opinião da AAFBanerj Os artigos e serviços anunciados são de responsabilidade dos anunciantes.

Capa: Dia Internacional da Mulher - Worney Almeida Martins

Dia 26/04/2018 - 12 hs Almoço de Confraternização da AAFBanerj Restaurante Demi Glace P. Grill Rua Gonçalves Dias, nº 56 - sobreloja

Dia 03/05/2018 - 16 hs Festa dos Aniversariantes do 1º Semestre Clube de Aeronáutica - Praça Marechal Âncora S/Nº - Centro - RJ

Dia 10/05/2018 - 13:30 hs Visita Guiada ao Museu do Amanhã

Dia 17/05/2018 - 16 hs - SEDE Festa em Homenagem ao Dia das Mães

Livro em Fatias

101 Canções Que Tocaram o BrasilNelson Motta

Introdução de Eduardo Bueno A trilha sonora do descobrimen-to do Brasil foi polimorfa, polifôni-ca, ritualística e, é claro, antropo-fágica. Soou, desde o primeiro dia, como uma amostra rumorosa do que estava por vir: o nascimento de uma nação destinada a se tornar uma das mais musicais do mundo, na qual todos os cantos, todos os ritmos e todas as vozes afinaram-se para fazer com que o planeta, mais do que so-mente girar, bailasse... Mas ainda seria preciso esperar quase três séculos para que o lundu africano e a modinha portuguesa con-cretizassem seu flete, misturando a casa-gran-de e a senzala para dar à luz o bendito fruto do maxixe. Consubstanciou-se assim o mistério do samba – ou “semba”: o santo batuque, a dança lasciva, o ritmo hipnótico, a pulsação do bum-bo na mão dos bambas, umbigo contra umbigo, batendo no ritmo do coração. E foi quando as canções entraram em cena que a música brasileira se tornou a mais per-feita tradução do país. Nelson Motta, o branco gato de alma negra, homem de sete vidas e sete instrumentos, é um maduro filho do século e um típico fruto do Brasil moderno. Até porque faz cinco décadas que entrou em cena (em 1966, com sua “Saveiros”). Quase 50 canções depois, tendo vivido frenéticos dancing days e amenas noites tropicas, Nelsinho, sabendo que a vida vem em ondas como o mar, mergulhou no can-cioneiro nacional para forjar um cânone – o seu cânone, pessoal e intrasferível, mas pronto para ser apropriado por quem quer que o queira. E foi assim que se alinharam estas 101 canções que tocaram o Brasil.Obs.: Este livro traz as letras de 101 canções que en-cantaram e encantam o Brasil, começando com o “Ó Abre Alas” de Chiquinha Gonzaga, chegando até os dias de hoje.