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B-2 PARAÍBA 18 a 24 de outubro de 2013 Cleanto Gomes Pereira Nutrição DICAS DE SEBASTIÃO FILHO* >> [email protected] *NUTRICIONISTA CLÍNICO ESPORTIVO Julio Ivo Celestino* Roberto Menezes CABE NO BOLSO LUTA INCESSANTE As famílias luta- ram durante setenta anos por uma terra que não era de nin- guém. Quando ali não restou espaço para tanta cova, a luta ces- sou. *** O LAMPIÃO PATENTEADO O moço da com- panhia elétrica saiu, anoitecia. A família rodeou a lâmpada instalada. O pai aper- tou o interruptor. A mulher e as crianças sorriram. O avô che- gou perto, cheirou e desdenhou a novida- de. Não tinha o cheiro do candeeiro aposentado. *** BOMBAS DE MENINO Quando não é tem- po junino, suspeito das bombas dos meninos. Sei lá! É como quando os si- nos dobram de manhã e não é domingo. *** UMA NOVA ESTRATÉGIA Jorge desmontou do cavalo, desistiu da lança e se desfez da armadura. Nu, encarou o dragão de outra maneira. *** DECISÃO JUDICIAL Sou homem de palavra. Cumpri a decisão judicial de ficar a duzentos metros dela. Mas o juiz esqueceu que tenho boa mira. *** NO TÚNEL Ele abotoou as calças, abriu a carteira e pagou. Já no carro, no túnel, pre- so ao engarrafamento, os pensamentos o atormen- taram. Desde os trinta, sabia que quem ia levá-lo ao túmulo seria a merda da próstata. *** CAÇADOR DE BORBOLETAS Quando persigo borbo- letas com meu filho, eu, eterna criança, insisto em não deixar a infância só na memória. Mas logo doem as pernas, os joelhos, a coluna, a hérnia. Perce- bo: aos poucos se acabam meus dias de caçador de borboletas. Agora restam para mim os sonhos, onde as persigo, nos céus, a voar, junto com elas. *** QUAL É A MAIOR DE TODAS AS INQUISIÇÕES? — Eu te amo. *** NO WAY — Pronto, acabaram- se as desculpas. Estamos os três sentados aqui: eu, você e a poeira. *** COMPANHIA NA TERRA Nunca havia encon- trado a mulher perfeita para casar. Só no final da vida ela apareceu. Como ele queria, fiel e ninfomaníaca: a cova. *** SEM MAQUIAGEM Quando acordei e vi você sem maquiagem, percebi que em nada você parece com Claudia Cardinale. Sorri então. Que cara sortudo sou eu! *** O MARCHANTE MARCHAND Colocou os quadros na frente dos bois. Direitos humanos Por que atirar em Santa Rita? S egundo as disposi- ções do testamento, através do qual legou o instituidor sua fortuna ao benemérito ideal, anu- almente são distribuídas altas quantias monetárias e simbólicas medalhas a expoentes internacionais da física, da química, da medicina, da literatura, das ciências econômicas e da paz entre as nações. Ao longo de sua exis- tência secular nenhuma outra láurea ostentou tão grande e glamorosa im- portância, de modo a se tornar a mais consagrado- ra recompensa concedível a uma personalidade, por meritória obra universal- mente aclamada, em qual- quer dos referidos campos do conhecimento. Isto não somente pelo realce da alusiva sole- nidade, em Estocolmo, como devido, até hoje, ao inquestionável mere- cimento dos agraciados, entre os quais gente como Bertrand Russel, Bernard Shaw, Rudiard kipling, Anatole France, André Gide, Thomas Mann, Her- man Hess, Boris Pasterna- ck, Camus, Hemingway, Albert Einstein, Luther King e Saramago. Entretanto, tendo contemplado países sul- americanos, não obstante seus admiráveis represen- tantes, a exemplo do Chi- le com Neruda e Gabriela Mistral, do Peru com Var- gas Llosa, da Colômbia com Gabriel García Már- ques e da Argentina com Esquivel e César Milsten, desde sua criação o Nobel não homenageou um úni- co brasileiro, em qualquer de suas versões, além, inclusive, de afastar, re- centemente, a esperança pátria de empalmar a dis- tinção com o insucesso de Ariano Suassuna, tal como acontecera, tempos atrás, aos candidatos Jor- ge de Lima, Jorge Amado S anta Rita vive tempos de mobilização e organização popular em torno de uma pauta específica relaciona- da, sobretudo, ao transporte público. Essa luta não é de hoje, ela é uma continuação de uma movimentação que dura em torno de trinta anos. Em junho, a onda de mobili- zações nacionais reascendeu o fogo de uma população que sofre na pele a precarização do transporte diariamente. O saldo tem sido positivo na cidade, após quatro atos de rua, de junho para cá, mais algumas reuniões, audiência pú- blica e sessão especial na câmara de vereadores, o maior ga- nho ainda vem da rua. O povo santarritense tem se colocado ao lado dos (as) manifestantes pela mobilidade urbana. Um dos casos, considerado um ganho popular, foi a organização de estudantes secundaristas pela efetivação do ônibus escolar da zona rural de Santa Rita, local onde moram, que os deslocassem para a zona urbana, local onde estudam. Estes estudantes organizaram, portanto, um ato para pleitear seus direitos junto à Secretaria de Educação da cidade, exercendo um ensaio de emancipação apreendi- da junto às movimentações que eclodem ao seu redor. A co- munidade estudantil está à espera da resolução do caso. Outro fato, que não deixaremos de falar, foi o acidente ocorrido no dia 28 de setembro, na BR 230, envolvendo um ônibus da empresa Rodoviária Santa Rita: 03 pessoas mortas e várias feridas. O acidente, cujos laudos ainda estão inconclusivos, persiste sem uma definição clara dos verdadeiros culpados, apesar do sucateamento da empre- sa não ser ainda explicado por auditorias e planilhas e, muito menos, apontado como causa do acidente ocorrido no dia 28. Tal caso, que, vale ressaltar, nada tem de fa- talidade\destino, pois era previsto e denunciado pela so- ciedade civil organizada e movimentos, devido à visível precarização dos veículos da empresa supracitada. Em resposta ao acidente, e pelo avanço na pauta dos transportes, a sociedade civil organizada e os movimentos sociais foram novamente protestar nas ruas contra a pre- carização e irregularidade da empresa Rodoviária Santa Rita, como também, e principalmente naquele momento, em solidariedade às vítimas do transporte, em clamor de justiça social. A resposta que esta parcela organizada de Santa Rita obteve foi uma atuação truculenta da polícia. A violência estrutural na qual a polícia militar se forma é um perigo iminente para toda a população em seu proces- so de dinâmica e movimentação política. Por isso a pauta da desmilitarização da polícia é uma reivindicação histórica dos movimentos sociais e da sociedade civil organizada. O despreparo da polícia militar em lidar com este tipo de dinâmica da sociedade ficou visível tanto nas mo- vimentações que aconteceram em todo o Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo de forma mais visível e divulgada) quanto na que aconteceu na última sexta-feira (04 de Ou- tubro), na BR 230, divisa entre Santa Rita e Bayeux. O abuso no uso da força aliada ao excesso de violência e ao despreparo militar estava demonstrado no uso desne- cessário de balas de borracha, de bombas de gás lacrimo- gêneo e spray de pimenta em todos os presentes que esta- vam pacificamente reivindicando melhorias no transporte público. Outro fato que choca foi a prisão política durante a manifestação, prisões efetuadas de forma truculenta e que não foram registradas, muito pelo contrário, foram negadas, escondidas. Os relatos das prisões são de que elas aconteceram sob abuso de autoridade e violência. Um dos fatos é que num camburão foram colocados 5 jovens, aper- tados, de forma a não caber dentro de um espaço tão re- duzido, enquanto que a polícia ironizava os manifestantes enquanto batia a porta nos braços e pernas que não conse- guiam ser comportados pelo minúsculo espaço. Isso não é outra coisa se não tortura! Coisa que também repudiamos veementemente. E conclamamos a população santarritense e paraibana, de que se houver qualquer de- saparecido, que entre em contato, que vá atrás e a polícia que se pronuncie de forma adequada para que isso nun- ca mais aconteça. A falta do registro destas prisões é algo que fere verticalmente os direitos humanos e a construção democrática que vivemos - e é perigosíssimo, lembram do caso recente de Amarildo?! Ele não nos deixa mentir. A forma truculenta que a polícia usou nesse caso tem duas explicações, a nosso ver: a primeira é o fato de a ouvi- doria da polícia militar estar, temporariamente com o car- go em vacância, devido ao término do mandato anterior e a demora na nomeação do próximo ouvidor ou ouvidora. A segunda explicação, muito mais sutil, mas muito mais em- blemática, é o fato de a violência ter ocorrido num terreno de familiaridade sócio-política com o mesmo tipo de vio- lência policial, devido a pauperização e periferização dos sujeitos que lá vivem, ou seja, a pobreza concentrada. Assim, os pudores existentes ao lidar com manifesta- ções na metrópole são postos de lado ao adentrarem onde os sujeitos que vivem são forjados na violência policial, em sua periferização. Pelos Direitos Humanos, ainda estare- mos em movimento pela melhoria no transporte público. *E estudante de Direito da UFPB e cidadão santarritense. Por que ainda falta um nobel ao Brasil?! Instituído pelo inventor e químico sueco Alfred Nobel, o prêmio que tem o seu nome ganhou notoriedade mundial desde 1901, quando, então, inaugurou a Academia Real Sueca a festejada contemplação. e Ferreira Gullar, autores de obras imortais, edita- das em todos os continen- tes. Ora, a mistura racial mais adensada do plane- ta não apenas brilha no samba e no futebol, mas inventou o avião com o gênio de Santos Dumont, erradicou a malária a partir de Carlos Chagas, debelou o veneno das co- bras com o soro de Vital Brasil e, definitivamente, dizimou a varíola e a pes- te bubônica, mediante a milagrosa vacina de Os- valdo Cruz, tudo poste- riormente ao advento do histórico galardão. E não somente isso. Dos nossos trópicos sur- diram Machado de Assis, Guimarães Rosa, Graci- liano Ramos, José Lins do Rêgo, Clarice Lispector, Érico Veríssimo e Drum- mond, no terreno literá- rio. César Lattes na física, Osvaldo Aranha pela paz planetária e Celso Furta- do na seara da economia. Se não há qualquer sus- peição ao critério seletivo da hermética instituição premiadora, tampouco fundado motivo para tão prolongada ausência de um país, cheio de glorias da inteligência e benfeito- res da humanidade, num rol desse naipe. Persiste, assim, a perplexa indaga- ção: Por que ainda falta um Nobel ao Brasil?! A enxaqueca é uma doença neurológica crônica que apresen- ta diversos fatores como desencadeantes, dentre eles, destacamos os ali- mentares, os hormonais e os ambientais. Uma pesquisa desen- volvida com uma amostra de duzentos indivíduos que sofriam de enxaque- ca, para identificar seus fatores desencadeantes revelou que 83,5% apre- sentaram algum fator alimentar. Dentre esses fatores o jejum foi o mais frequente, sabe-se que ENXAQUECA: A alimentação correta pode te livrar desse mal! quando os níveis de glico- se ficam reduzidos abaixo dos normais pelo pela não ingestão de alimentos a enxaqueca se manifesta. Outros fatores também ligados a alimentação en- contrados no estudo foi a ingestão de álcool e a de chocolate. Existem ali- mentos que podem desen- cadear episódios de en- xaqueca. As pessoas que sofrem desse mal, devem observar criteriosamen- te quais são os alimentos que podem contribuem para que a mesma ocor- ra. Os alimentos que mui- tas vezes desencadeiam a enxaqueca nas pessoas sensíveis, por ordem de importância são os se- guintes: - Lacticínios (lei- te de vaca magro ou gor- do, leite de cabra, queijo, iogurte, etc); chocolate; ovos; frutas ácidas; carne (inclui carne de vaca, por- co, galinha, peru, peixe, etc); trigo (pão, massas, etc); frutos de casca rija ou amendoins; tomates cebola; milho; maçãs; ba- nanas. De posse dessa lista de alimentos resta ape- nas identificar e elimi- nar da rotina alimentar aqueles que por ventura lhe cause algum mal. E lembre-se que os alimen- tos tanto podem contri- buir para a manutenção da saúde como podem agravar os sintomas de alguma doença ja insta- lada no organismo, por- tanto cuide bem de sua alimentação e goze de uma saúde perfeita.

Mundo de Bolso - Cabe no Bolso

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Roberto Menezes

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B-2 PARAÍBA 18 a 24 de outubro de 2013

Cleanto Gomes Pereira

NutriçãoDICAS DE

NutriçãoNutriçãoSEBASTIÃO FILHO*>>

[email protected] *NUTRICIONISTA CLÍNICO ESPORTIVO

Julio Ivo Celestino*

Roberto Menezes

CABE NO BOLSO

LUTA INCESSANTEAs famílias luta-

ram durante setenta anos por uma terra que não era de nin-guém. Quando ali não restou espaço para tanta cova, a luta ces-sou.

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O LAMPIÃO PATENTEADOO moço da com-

panhia elétrica saiu, anoitecia. A família rodeou a lâmpada instalada. O pai aper-tou o interruptor. A mulher e as crianças sorriram. O avô che-gou perto, cheirou e desdenhou a novida-

de. Não tinha o cheiro do candeeiro aposentado.

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BOMBAS DE MENINOQuando não é tem-

po junino, suspeito das bombas dos meninos. Sei lá! É como quando os si-nos dobram de manhã e não é domingo.

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UMA NOVA ESTRATÉGIAJorge desmontou do

cavalo, desistiu da lança e se desfez da armadura. Nu, encarou o dragão de outra maneira.

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DECISÃO JUDICIALSou homem de palavra.

Cumpri a decisão judicial de fi car a duzentos metros dela. Mas o juiz esqueceu que tenho boa mira.

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NO TÚNELEle abotoou as calças,

abriu a carteira e pagou. Já no carro, no túnel, pre-so ao engarrafamento, os

pensamentos o atormen-taram. Desde os trinta, sabia que quem ia levá-lo ao túmulo seria a merda da próstata.

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CAÇADOR DE BORBOLETASQuando persigo borbo-

letas com meu fi lho, eu, eterna criança, insisto em não deixar a infância só na

memória. Mas logo doem as pernas, os joelhos, a coluna, a hérnia. Perce-bo: aos poucos se acabam meus dias de caçador de borboletas. Agora restam para mim os sonhos, onde as persigo, nos céus, a voar, junto com elas.

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QUAL É A MAIOR DE TODAS AS INQUISIÇÕES?— Eu te amo.

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NO WAY— Pronto, acabaram-

se as desculpas. Estamos os três sentados aqui: eu, você e a poeira.

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COMPANHIA NA TERRANunca havia encon-

trado a mulher perfeita para casar. Só no fi nal da vida ela apareceu. Como ele queria, fi el e ninfomaníaca: a cova.

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SEM MAQUIAGEMQuando acordei e vi

você sem maquiagem, percebi que em nada você parece com Claudia Cardinale. Sorri então. Que cara sortudo sou eu!

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O MARCHANTE MARCHAND

Colocou os quadros na frente dos bois.

Direitos humanosPor que atirar em

Santa Rita?

Segundo as disposi-ções do testamento, através do qual legou

o instituidor sua fortuna ao benemérito ideal, anu-almente são distribuídas altas quantias monetárias e simbólicas medalhas a expoentes internacionais da física, da química, da medicina, da literatura, das ciências econômicas e da paz entre as nações.

Ao longo de sua exis-tência secular nenhuma outra láurea ostentou tão grande e glamorosa im-portância, de modo a se tornar a mais consagrado-ra recompensa concedível a uma personalidade, por

meritória obra universal-mente aclamada, em qual-quer dos referidos campos do conhecimento.

Isto não somente pelo realce da alusiva sole-nidade, em Estocolmo, como devido, até hoje, ao inquestionável mere-cimento dos agraciados, entre os quais gente como Bertrand Russel, Bernard Shaw, Rudiard kipling, Anatole France, André Gide, Thomas Mann, Her-man Hess, Boris Pasterna-ck, Camus, Hemingway, Albert Einstein, Luther King e Saramago.

Entretanto, tendo contemplado países sul-

americanos, não obstante seus admiráveis represen-tantes, a exemplo do Chi-le com Neruda e Gabriela Mistral, do Peru com Var-gas Llosa, da Colômbia com Gabriel García Már-ques e da Argentina com Esquivel e César Milsten, desde sua criação o Nobel não homenageou um úni-co brasileiro, em qualquer de suas versões, além, inclusive, de afastar, re-centemente, a esperança pátria de empalmar a dis-tinção com o insucesso de Ariano Suassuna, tal como acontecera, tempos atrás, aos candidatos Jor-ge de Lima, Jorge Amado

Santa Rita vive tempos de mobilização e organização popular em torno de uma pauta específi ca relaciona-da, sobretudo, ao transporte público. Essa luta não é

de hoje, ela é uma continuação de uma movimentação que dura em torno de trinta anos. Em junho, a onda de mobili-zações nacionais reascendeu o fogo de uma população que sofre na pele a precarização do transporte diariamente.

O saldo tem sido positivo na cidade, após quatro atos de rua, de junho para cá, mais algumas reuniões, audiência pú-blica e sessão especial na câmara de vereadores, o maior ga-nho ainda vem da rua. O povo santarritense tem se colocado ao lado dos (as) manifestantes pela mobilidade urbana.

Um dos casos, considerado um ganho popular, foi a organização de estudantes secundaristas pela efetivação do ônibus escolar da zona rural de Santa Rita, local onde moram, que os deslocassem para a zona urbana, local onde estudam. Estes estudantes organizaram, portanto, um ato para pleitear seus direitos junto à Secretaria de Educação da cidade, exercendo um ensaio de emancipação apreendi-da junto às movimentações que eclodem ao seu redor. A co-munidade estudantil está à espera da resolução do caso.

Outro fato, que não deixaremos de falar, foi o acidente ocorrido no dia 28 de setembro, na BR 230, envolvendo um ônibus da empresa Rodoviária Santa Rita: 03 pessoas mortas e várias feridas. O acidente, cujos laudos ainda estão inconclusivos, persiste sem uma defi nição clara dos verdadeiros culpados, apesar do sucateamento da empre-sa não ser ainda explicado por auditorias e planilhas e, muito menos, apontado como causa do acidente ocorrido no dia 28. Tal caso, que, vale ressaltar, nada tem de fa-talidade\destino, pois era previsto e denunciado pela so-ciedade civil organizada e movimentos, devido à visível precarização dos veículos da empresa supracitada.

Em resposta ao acidente, e pelo avanço na pauta dos transportes, a sociedade civil organizada e os movimentos sociais foram novamente protestar nas ruas contra a pre-carização e irregularidade da empresa Rodoviária Santa Rita, como também, e principalmente naquele momento, em solidariedade às vítimas do transporte, em clamor de justiça social. A resposta que esta parcela organizada de Santa Rita obteve foi uma atuação truculenta da polícia.

A violência estrutural na qual a polícia militar se forma é um perigo iminente para toda a população em seu proces-so de dinâmica e movimentação política. Por isso a pauta da desmilitarização da polícia é uma reivindicação histórica dos movimentos sociais e da sociedade civil organizada.

O despreparo da polícia militar em lidar com este tipo de dinâmica da sociedade fi cou visível tanto nas mo-vimentações que aconteceram em todo o Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo de forma mais visível e divulgada) quanto na que aconteceu na última sexta-feira (04 de Ou-tubro), na BR 230, divisa entre Santa Rita e Bayeux.

O abuso no uso da força aliada ao excesso de violência e ao despreparo militar estava demonstrado no uso desne-cessário de balas de borracha, de bombas de gás lacrimo-gêneo e spray de pimenta em todos os presentes que esta-vam pacifi camente reivindicando melhorias no transporte público. Outro fato que choca foi a prisão política durante a manifestação, prisões efetuadas de forma truculenta e que não foram registradas, muito pelo contrário, foram negadas, escondidas. Os relatos das prisões são de que elas aconteceram sob abuso de autoridade e violência. Um dos fatos é que num camburão foram colocados 5 jovens, aper-tados, de forma a não caber dentro de um espaço tão re-duzido, enquanto que a polícia ironizava os manifestantes enquanto batia a porta nos braços e pernas que não conse-guiam ser comportados pelo minúsculo espaço.

Isso não é outra coisa se não tortura! Coisa que também repudiamos veementemente. E conclamamos a população santarritense e paraibana, de que se houver qualquer de-saparecido, que entre em contato, que vá atrás e a polícia que se pronuncie de forma adequada para que isso nun-ca mais aconteça. A falta do registro destas prisões é algo que fere verticalmente os direitos humanos e a construção democrática que vivemos - e é perigosíssimo, lembram do caso recente de Amarildo?! Ele não nos deixa mentir.

A forma truculenta que a polícia usou nesse caso tem duas explicações, a nosso ver: a primeira é o fato de a ouvi-doria da polícia militar estar, temporariamente com o car-go em vacância, devido ao término do mandato anterior e a demora na nomeação do próximo ouvidor ou ouvidora. A segunda explicação, muito mais sutil, mas muito mais em-blemática, é o fato de a violência ter ocorrido num terreno de familiaridade sócio-política com o mesmo tipo de vio-lência policial, devido a pauperização e periferização dos sujeitos que lá vivem, ou seja, a pobreza concentrada.

Assim, os pudores existentes ao lidar com manifesta-ções na metrópole são postos de lado ao adentrarem onde os sujeitos que vivem são forjados na violência policial, em sua periferização. Pelos Direitos Humanos, ainda estare-mos em movimento pela melhoria no transporte público.

*E estudante de Direito da UFPB e cidadão santarritense.

Por que ainda falta um nobel ao Brasil?!

Instituído pelo inventor e químico sueco Alfred Nobel, o prêmio que

tem o seu nome ganhou notoriedade mundial desde 1901, quando, então, inaugurou a Academia Real Sueca a

festejada contemplação.

e Ferreira Gullar, autores de obras imortais, edita-das em todos os continen-tes.

Ora, a mistura racial mais adensada do plane-ta não apenas brilha no samba e no futebol, mas inventou o avião com o gênio de Santos Dumont, erradicou a malária a partir de Carlos Chagas, debelou o veneno das co-bras com o soro de Vital Brasil e, defi nitivamente, dizimou a varíola e a pes-te bubônica, mediante a milagrosa vacina de Os-valdo Cruz, tudo poste-riormente ao advento do histórico galardão.

E não somente isso. Dos nossos trópicos sur-diram Machado de Assis, Guimarães Rosa, Graci-liano Ramos, José Lins do Rêgo, Clarice Lispector, Érico Veríssimo e Drum-mond, no terreno literá-rio. César Lattes na física, Osvaldo Aranha pela paz planetária e Celso Furta-do na seara da economia.

Se não há qualquer sus-peição ao critério seletivo da hermética instituição premiadora, tampouco fundado motivo para tão prolongada ausência de um país, cheio de glorias da inteligência e benfeito-res da humanidade, num rol desse naipe. Persiste, assim, a perplexa indaga-ção: Por que ainda falta um Nobel ao Brasil?!

A enxaqueca é uma doença neurológica crônica que apresen-

ta diversos fatores como desencadeantes, dentre eles, destacamos os ali-mentares, os hormonais e os ambientais.

Uma pesquisa desen-volvida com uma amostra de duzentos indivíduos que sofriam de enxaque-ca, para identifi car seus fatores desencadeantes revelou que 83,5% apre-sentaram algum fator alimentar. Dentre esses fatores o jejum foi o mais frequente, sabe-se que

ENXAQUECA: A alimentação correta pode te livrar desse mal!

quando os níveis de glico-se fi cam reduzidos abaixo dos normais pelo pela não ingestão de alimentos a enxaqueca se manifesta.

Outros fatores também ligados a alimentação en-contrados no estudo foi a ingestão de álcool e a de chocolate. Existem ali-

mentos que podem desen-cadear episódios de en-xaqueca. As pessoas que sofrem desse mal, devem observar criteriosamen-te quais são os alimentos que podem contribuem para que a mesma ocor-ra.

Os alimentos que mui-tas vezes desencadeiam a enxaqueca nas pessoas sensíveis, por ordem de importância são os se-guintes: - Lacticínios (lei-te de vaca magro ou gor-do, leite de cabra, queijo, iogurte, etc); chocolate; ovos; frutas ácidas; carne (inclui carne de vaca, por-co, galinha, peru, peixe, etc); trigo (pão, massas, etc); frutos de casca rija ou amendoins; tomates cebola; milho; maçãs; ba-nanas.

De posse dessa lista de alimentos resta ape-nas identifi car e elimi-nar da rotina alimentar aqueles que por ventura lhe cause algum mal. E lembre-se que os alimen-tos tanto podem contri-buir para a manutenção da saúde como podem agravar os sintomas de alguma doença ja insta-lada no organismo, por-tanto cuide bem de sua alimentação e goze de uma saúde perfeita.