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Mundo Sindical

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SinguespChicão conta sobre as lutas, difi culdades e conquistas do Sindicato dos Guincheiros

1° de MaioSaiba como foram as comemorações

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Mundo SindicalSindicalismo levado a sério

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Galeria de Fotos

UGT assina protocolo com o governo do Estado em prol da qualifi cação profi ssional

O secretário do desenvolvi-mento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou da reunião na UGT e assinou pro-tocolo na área de qualifi cação profi ssional.

Entrega de registro sindical na superintendência regional do trabalho

Com a presença do secretário de relações do trabalho, Antonio Medeiros, sindicatos receberam seu registro sindical.

Entrega de registro sindical na UGT

O secretário de relações do trabalho, Antonio Medeiros, foi até a sede da UGT para entregar o registro sindical a sindicatos fi liados à UGT.

......................

...................... Salim, vice-presidente da UGT

Ramalho, presidente do Sintracon-SP

Ramalho, presidente do Sintracon-SP

Medeiros, Patah e Sandra Campos

Antônio Medeiros preside a mesa

Alckmin com UGT e Mundo Sindical

Alckmin, secretário de desenvolvimento de SP

O secretário Antonio Medeiros discursa

Representantes recebem o registro sindical

Presidentes que receberam o registro sindical

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Galeria de Fotos

Manifestação contra a crise

Centrais sindicais e movimentos sociais levaram cerca de 20 mil pessoas à Avenida Paulista para avisar que “não irão pagar pela crise”, exigir a garantia de em-pregos e lutar contra a explora-ção da classe trabalhadora.

1º de Maio Unifi cado

UGT, CTB e NCST realizaram a festa do primeiro de maio unifi cado com homenagens a Ayrton Senna e Santos Dias com presenças ilustres como o ministro Carlos Lupi, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, entre outros.

......................

Wagner Gomes, presidente da CTB

Chicão do Singuesp com Ricardo Patah

Manifestação toma a Avenida Paulista

Público presente na festa

Em frente ao prédio da FIESP

Show de Alexandre Pires

Sandra Campos e Patah, presidente da UGT

Manifestantes agitam as bandei

Presidentes das centrais e dirigentes sindicais

Membros da Nova Central

EDITORIALSUMÁRIO

Muito obrigado movimento sindical!

A equipe da revista Mundo Sindical está muito fe-liz em fazer parte do movimento. Fomos muito bem aceitos no meio e temos um carinho todo especial pe-los dirigentes que, mesmo com a agenda atribulada, nos receberam de braços abertos.

Estamos há quase um ano nesta empreitada, que co-meçou com o portal Mundo Sindical (www.mundo-sindical.com.br), no ar desde o começo de 2008. No mesmo ano, animados pelo entusiasmo com o qual o portal foi acolhido, lançamos a revista Mundo Sin-dical, que foi igualmente muito bem recebida. Agora, dando continuidade a este ciclo, publicamos edição que você tem em mãos, mais madura na forma e no conteúdo.

Mas por que fazer uma revista e distribuí-la gratuita-mente aos sindicalistas? O objetivo é fortalecer ainda mais o movimento sindical brasileiro e mostrar o que o ele está realizando em prol do trabalhador, de ma-neira informativa, direta e imparcial.

Nosso próximo projeto é o lançamento da TV Web Mundo Sindical, um canal que irá popularizar ainda mais as lutas dos sindicatos e será uma amplificação da voz do trabalhador. Aguardem!

Abraços,

Equipe Mundo Sindical

Jornalista ResponsávelManoel Paulo MTB 49.639-SP

RedaçãoManoel Paulo e Rodolfo Bartolini

FotosManoel Paulo e Rodolfo Bartolini

Editoração, Projeto Gráfico e FinalizaçãoFernando Matias

Impressão: Vox Editora

A revista Mundo Sindical é uma publicação do Instituto Nacional de Desenvolvi-mento e Valorização do Ser Humano.

Os exemplares são distuídos gratuitamente, não podendo ser vendidos sob nenhu-ma hipótese.

As reportagens e artigos não podem ser reproduzidos para nenhum fim sem a autorização prévia de seus autores.

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Capa 4

Curtas Sindicais 6

FSM 2009 7

Amianto 8

Educação 10

Sintralouças 11

Novo superintendente 12

Easy System 13

Balanço das Centrais 14

1° de Maio 16

Galeria de Fotos 17

Instituto Nacional de Desenvolvimento e Valorização do Ser HumanoRua Conselheiro Crispiniano, 86 - 2º andar - Sala 02 - Centro - São Paulo - SP

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Capa

Singuesp luta pela categoria

de São Paulo e comecei a atu-ar no sindicato, onde tive uma história bonita, de muito peso e responsabilidade. Na época, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo era o Luiz Antonio de Medeiros, um grande sindicalista, que trabalha com muita seriedade. Quando o Medeiros foi can-didato a governador de São Paulo, em 1994, optei por me afastar do sindicato para traba-lhar na sua campanha. Aprendi muito sobre política partidária e, terminada a campanha elei-toral, voltei para o sindicato.

Acontece que houve uma re-estruturação na diretoria e muitos diretores e assessores saíram do sindicato; eu fui um deles, pois o Medeiros não era mais o presidente. Agradeço muito por tudo que aprendi no tempo em que estive atuando

no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e também agrade-ço aos Metalúrgicos de Guaru-lhos, que para mim foram uma verdadeira escola dentro do movimento.

Depois disso, fiquei afastado do meio sindical e trabalhei como assessor do vereador Dalton Silvano durante cinco anos. Após este período, entrei na categoria dos guincheiros para trabalhar como motoris-ta e mais tarde fui convidado para integrar a diretoria do Singuesp.

Quando foi fundado o Sin-guesp? Conte-nos um pouco da história do sindicato...

O sindicato foi fundado em 1999 e a nossa carta sindical foi concedida em 27 de março de 2000. Somos um sindicato novo, com cerca de 20 mil tra-balhadores atuando no esta-do de São Paulo. Ao assumir a presidência interina do sindi-cato, em fevereiro de 2006, dei um novo impulso à categoria. O sindicato tinha problemas com várias dívidas deixadas pela administração anterior. Enfrentei muitas dificulda-des e ainda estou enfrentando para pagá-las, mas já quitei boa parte delas. Eu também colo-quei o sindicato na mídia, pois uma grande parte da categoria nunca tinha ouvido falar da sua existência, nem jornal nós tínhamos, então providenciei para que o sindicato passasse a ter um informativo. Quando os

Francisco José Pereira da Silva, mais conhecido como Chicão, é veterano no movimento sin-dical, onde atua desde 1987. Atualmente na presidência do Sindicato dos Guincheiros do Estado de São Paulo (Singuesp) em caráter interino, Chicão promoveu uma renovação na organização e foi eleito recen-temente para mais cinco anos de mandato.

Na entrevista a seguir, o pre-sidente do Singuesp fala um pouco sobre sua carreira no sindicalismo e sobre as ativi-dades do sindicato, que sob sua direção já conquistou diversos benefícios para os trabalhado-res da categoria.

Como começou sua carreira no movimento sindical?

Minha história no movimento sindical começou em 1987. Eu trabalhava em uma empresa de móveis de aço, em Guarulhos, como pintor na linha de produ-ção e me destaquei na comis-são de fábrica. Fiquei na comis-são por dois mandatos, depois fui trabalhar como assessor no Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e obtive um grande êxito na função: foram muitas greves, paramos a via Dutra vá-rias vezes e paramos empresas de grande porte situadas em Guarulhos.

Em 1992 mudei para São Pau-lo. No mesmo ano, em um con-gresso na Praia Grande, conhe-ci o pessoal dos Metalúrgicos

Chicão defendendo a categoria

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Galeria de Fotos

Mundo Sindical em Ação

Eventos e manifestações onde a equipe da revista Mundo Sindical esteve presente, registrando cada momento. Veja algumas fotos:

Posse do novo superintendente da regional de São PauloJosé Roberto Melo assumiu a Superintendência Regio-nal do Trabalho. O ministro Carlos Lupi e diversos lide-res sindicais estiveram pre-sentes à posse.

Abertura da exposição “Vitória”Em comemoração ao Dia do Trabalho a UGT, a CTB e a NCST organizaram a exposição “Vi-tória” em homenagem ao tri-campeão da Fórmula 1, Ayrton Senna. Estiveram presentes à cerimônia de abertura a irmã de Ayrton Senna, a empresária Vivyane Senna, o prefeito Gil-berto Kassab, e dirigentes sin-dicais.

...................... Luciano e Antônio Carlos

Primeiro carro de Ayrton Senna na F1

Paulinho, Min. Lupi, Sandra, Medeiros e Darcy

Francisco Pereira, Vivyane Senna e Chicão

Daniel Wendell e José Roberto Melo

Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab

Chiquinho da UGT fala na cerimônia de posse

Vivyane Senna discursa

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1° de Maio

Centrais agitaram SP no Dia do Trabalho

UGT , CTB e Nova Central realizaram 1º de Maio Unifi cadoCerca de 200 mil pessoas estiveram no 1° de Maio que uniu as centrais UGT, CTB e NCST. Vários shows de artistas como Daniel, Victor e Léo, Alexandre Pires e Netinho de Paula animaram o evento e muitas personalidades da política também estiveram presentes: Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo; Vivyane Senna, do instituto Ayrton Senna; Carlos Lupi, ministro do Tra-balho, acompanhado do secretário de Relações do Trabalho, Antonio Medeiros. Também com-pareceram à festa os deputados federais Ciro Gomes e Aldo Rebelo.No momento reservado aos discursos, José Calixto, presidente da NCST e Wagner Gomes, pre-sidente da CTB, realizaram homenagens ao piloto Ayrton Senna e ao metalúrgico Santos Dias, assassinado há 30 anos durante uma greve. Ricardo Patah, presidente da UGT, disse que “a homenagem a Ayrton Senna é devida a sua coragem e determinação, que sempre inspiraram os trabalhadores brasileiros e o tributo a Santos Dias é por ele ter sido um homem de luta, que deu sua vida para que os trabalhadores tivessem direito de se organizar e defender os seus direitos.”

CUT descentralizou sua festaA CUT descentralizou a festa deste ano em dois eventos, um realizado na zona sul e o outro na zona leste de São Paulo. Na zona sul, onde 19 tendas ofereciam diversos ser-viços à população, cerca de 110 mil pesso-as compareceram à festa e mais de 30 mil atendimentos foram realizados.Estiveram presentes: o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; Guilherme Afif Do-mingos, Secretário Estadual de Emprego e Relações do Trabalho; o deputado Federal José Genoino; Ricardo Berzoini, presidente nacional do PT, entre outros. O presidente da CUT-SP, Sebastião Cardozo, o Tião, des-tacou que “nesse momento de crise preci-samos fortalecer os sindicatos”.

Força reuniu cerca de 1,5 milhão de pessoasA festa da Força Sindical, realizada na Pra-ça Campo de Bagatelle, em Santana, come-çou cedo e terminou ao cair da noite. Ao todo, foram 12 horas de shows, sorteios de carros e palavras de líderes sindicais e políticos. Mais de 30 artistas se apresen-taram, dentre eles Daniel, Rick e Renner e KLB.No momento dos discursos passaram pelo palco os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP), o deputa-do federal Ciro Gomes (PSB-CE) e o minis-tro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

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Capa

trabalhadores viram o jornal ficaram até assustados. Eles di-ziam: “Sindicato dos Guinchei-ros existe?”; eu respondia que existia sim e que estava lutan-do pelo trabalhador.

Quais as lutas que o sindica-to promove e quais os bene-fícios conquistados para os trabalhadores?

Nossa data base é todo 1° de outubro. Em 2008, quando começamos a negociar com o sindicato patronal esta data foi histórica, pois conseguimos um excelente aumento para a cate-goria. O aumento salarial con-quistado para os motoristas operacionais de guinchos leves e pesados foi de 23,5%, uma façanha. Acredito que nenhum sindicato tenha conquistado um aumento tão grande como o nosso.

Os motoristas de inspeção ro-doviária e os motoristas de auxílio a operação rodoviária, que nós também representa-mos, ganharam um aumento de 21% e o ajudante, que é o ope-rador de guincho, um aumento de 7%.

Outra conquista muito impor-tante que obtivemos foi a Con-venção Coletiva de Trabalho, negociada entre o sindicato dos trabalhadores e os empre-gados, que garante cláusulas econômicas e sociais para o trabalhador.

Além disso, hoje o sindicato oferece ao trabalhador e à sua família dois convênios médi-cos, um convênio odontológico

de cobertura nacional e diver-sas opções de lazer.

Sabemos que o guincheiro trabalha sem equipamento de proteção e a via não é in-terditada para o seu traba-lho.Como fica a questão da segurança do trabalhador?

Nós temos uma preocupação muito grande com a segurança dos guincheiros.

Muitos trabalhadores morrem, pois o controle de funciona-mento da plataforma é só de um lado do guincho e o moto-rista fica exposto ao tráfego de veículos nas ruas e rodovias. A nossa luta agora é para que o controle da plataforma seja dos dois lados do caminhão e assim dê mais segurança aos nossos trabalhadores.

Recentemente vocês se filia-ram à UGT. Qual foi a impor-tância disso para o sindicato?

Depois de muitos anos de luta, hoje as centrais sindicais são reconhecidas por lei, graças ao presidente Lula. Por isso, filiar-se a uma central sindical dá

mais força e legitimidade para um sindicato e para categoria por ele representada. Eu levei para o presidente da UGT, Ri-cardo Patah, a nossa luta para colocar o controle da platafor-ma dos dois lados do caminhão e ele se mostrou muito preocu-pado, tem dado muita atenção a este assunto.

Existe alguma outra preocu-pação da categoria?

A nossa categoria tem uma jor-nada de trabalho de 24 horas, o que é um absurdo. Nós vamos lutar para acabar com isso. Conversaremos também com governo municipal, estadual e federal para conseguirmos cursos para os trabalhadores da nossa categoria, evitando assim uma série de fatores que podem colocar em risco a vida dos trabalhadores.

Além disso, estamos preocupa-dos com o problema das dro-gas, que infelizmente também atinge a nossa categoria. Para lidarmos com este problema contamos com a ajuda de José Carlos de Oliveira, conselheiro municipal da Comuda (Con-selho Municipal de Políticas Públicas de Drogas e Álcool de São Paulo), que será nosso orientador na questão.

A luta do Singuesp só está co-meçando. Faremos o que tem de ser feito com os pés no chão e uma diretoria pequena. Que-ro chegar ao fim do meu man-dato com muitas conquistas para o trabalhador. Serão cinco anos de luta e muito suor.

José Carlos de Oliveira (conselheiro Comuda) e Chicão

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Curtas Sindicais

FGTS já pode ser acompanhado pela internetO Ministério do Trabalho e a Caixa Econômica Federal lançaram um novo instrumento para facilitar o acompanhamento do Fundo de Ga-rantia por Tempo de Serviço: o site www.fgts.gov.br. Através do endereço eletrônico o tra-balhador pode verifi car o rendimento e o sal-do do seu FGTS, além de saber onde o dinheiro do fundo está sendo aplicado.

Segundo o ministro Carlos Lupi, presidente do Conselho Curador do FGTS, a página dará “transparência total” à aplicação dos recursos do fundo pela Caixa Econômica Federal.

Sindicalização aumenta em 2008O número de trabalhadores fi liados a sindica-tos cresceu no ano passado, passando de 4,285 milhões em abril 2008 para 4,838 milhões em outubro do mesmo ano, segundo um levanta-mento feito pelo Ministério do Trabalho (MTE).

O total de sindicalizados corresponde a 12,54% dos trabalhadores com carteira assinada no Brasil.

Acidentes de trabalho causam 1 milhão de vítimas no mundo diariamente Conforme dados da Organização Internacio-nal do Trabalho (OIT), cerca de 1 milhão de tra-balhadores sofrem diariamente acidentes de trabalho no mundo e mais de 5.500 morrem em decorrência dos mesmos ou de doenças profi ssionais.

No Brasil, segundo informações da Previdência Social, cerca de 3 mil trabalhadores são vítimas fatais destes acidentes por ano. Os problemas de segurança e saúde nos locais de trabalho preocupam a OIT, que estima que o número atual de acidentes cresça no mundo todo de-vido à crise econômica.

Líderes sindicais apóiam criação de novos cargos na Justiça do Trabalho

Dirigentes sindicais decidiram apoiar a Asso-ciação de Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região (Amatra-SP) na tentativa de apro-vação de diversos projetos de lei que visam a criação de novos cargos na Justiça do Traba-lho.

O apoio, inédito, foi obtido pelo presidente do Sinthoresp, Francisco Calasans, que se reuniu com outros líderes sindicais e a presidente da Amatra no dia 5 de maio para formalizar a aliança e verifi car em que estágio se encon-tram os projetos de lei, alguns dos quais em trâmite no Congresso Nacional desde 2001. Segundo a Presidente da Amatra-SP, Sônia La-cerda, a melhora da capacidade de trabalho caso a iniciativa fosse aprovada pelo Congres-so Nacional seria de até 80% e diminuiria sen-sivelmete o tempo de análise dos processos.

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Balanço das Centrais

Ações da CUT• Manifestações em defesa do emprego e do salário.

• Trabalhadores da VW em Taubaté, filiados à CUT, fecha-ram acordo que garantiu 650 contratações em carteira de trabalhadores temporários.

• CUT, CNM e Abimaq fecharam acordo para preservar salários e vagas de 243 mil trabalhado-res do setor de máquinas.

• Dia Nacional de Lutas, reali-zado em 12 regiões metropoli-tanas, com paralisações, atraso na entrada de turnos e passe-atas de rua que reivindicaram responsabilidade social dos empresários e dos governos, cobrando alternativas às de-missões.

• O presidente da CUT, Artur Henrique, pediu uma audiên-cia com Lula e cobrou medidas para reverter a crise e as 4 mil demissões da Embraer.

Ações da CGTB

• Em São Carlos e Itatiba, rea-lização de assembléias e mo-bilizações nas empresas me-talúrgicas durante o primeiro trimestre de 2009 em defesa do emprego e do salário.

• Carnaval Vermelho. Ocupa-ção de escritórios do Itesp, em São Paulo, pela derrubada da Portaria 39.

• Durante o mês de março fo-ram realizadas assembléias de caminhoneiros em oito estados para juntar as reivindicações e entregá-las à ministra Dilma Rousseff.

• Comemoração dos 20 anos do Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba.

• Manifestação em São Paulo, São Carlos e Araraquara em co-memoração ao Dia Internacio-nal da Mulher.

Ações da NCST• A NCST discutiu o fim do fator previdenciário.

• Quer as ratificações das con-venções 151 e 158 da OIT. • Lutou pela unicidade sindi-cal e contra a portaria 186 do MTE, que dita regras sobre re-gistro de sindicatos.

• A NCST esteve presente em discussões sobre a reforma agrária na defesa dos serviços e servidores públicos.

• A NCST pede regulamentação no setor de transporte rodovi-ário que corre o perigo de ter demissão em massa no trans-porte interestadual por causa da licitação promovida pela ANTT.

• Regulamentação dos traba-lhadores do comércio.

• Defesa dos trabalhadores do amianto crisotila, que sofrem de doenças em decorrência da exposição ao amianto.

No início deste ano as centrais sindicais realizaram várias ações em conjunto. Uma das ações foi a organização de acampamentos em frente ao Banco Central, realizada em São Paulo e Brasília, para cobrar uma redução considerável dos juros da taxa Selic. Outra ação conjunta ocorreu em São Paulo no dia 30 de março, durantre o Dia Internacional pela Defesa do Emprego, que reuniu cerca de 30 mil pessoas na avenida Paulista.

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Balanço das Centrais

Ações da UGT• Assinatura de protocolo com o governo do estado para o desenvolvimento da educação profissional, que contou com a presença do secretário do de-senvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin.

• Participação na VIII Feira In-ternacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessi-bilidade (Reatech 2009).

• Apresentação de sugestões de plano do governo sobre mo-radias populares.

• Realização da 6ª Plenária Executiva Nacional, realizada em Brasília.

• UGT e CUT realizam evento internacional em Santana do Livramento (RS) para discutir o papel da mulher no Mercosul.

• Realização de grande ativida-de no centro de São Paulo em comemoração ao Dia Interna-cional da Mulher.

Ações da CTB• 10º Congresso da Contag, aonde aprovou-se a desfiliação da Contag à CUT e elegeu um presidente proveniente de uma federação rural filiada à CTB.

• Luta pela redução drástica da taxa básica de juros e partici-pação de várias manifestações que cobraram a mudança da política monetária.

• A CTB também teve uma par-ticipação destacada nas mani-festações em 8 de março, dia Internacional da Mulher, em várias capitais, tendo editado e lançado uma cartilha analisan-do a situação da mulher traba-lhadora.

• A CTB organizou no primeiro trimestre importante reunião do setor rural, à qual compare-ceu o atual presidente da Con-tag, para debater os grandes temas do campo.

Ações da Força Sindical

• A Força Sindical firmou um acordo com a Febraban de re-escalonamento dos emprésti-mos consignados.

• Negociou a ampliação das parcelas do seguro desempre-go, a redução do IPI sobre auto-móveis e recentemente sobre produtos da linha branca.

• Organização do “Dia em Me-mória das Vitimas de Acidente do Trabalho”

• Comemoração do Dia Inter-nacional da Mulher na sede da central.

• Entrega da proposta de garan-tia de emprego para a FIESP, que envolve temas como: férias remuneradas; licença remune-rada; banco de horas; suspen-são temporária do contrato de trabalho; e redução da jornada de trabalho com redução de sa-lário.

Centrais Sindicais realizam ações contra a crise e proteção do emprego

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FSM 2009

Caminhos do Fórum Social Mundial 2009Crise, emprego decente e crescimento sustentável estiveram entre as principais pautas

Fábi

o Po

zzeb

om \

ABR

Fábi

o Po

zzeb

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ABR

Desde a sua criação, em 2001, o Fórum Social Mundial (FSM) vem ganhando um destaque cada vez maior como palco in-ternacional para discussão de alternativas ao neoliberalismo. Em 2009, ano que começou sob a mais grave crise do capitalis-mo em décadas, a proposta do FSM ganhou força em meio ao conturbado cenário atual, onde a necessidade de uma mudança estrutural em prol do meio am-biente e de uma sociedade mais igualitária se tornou incomoda-mente evidente.

A edição 2009 do Fórum Social Mundial foi realizada em Belém do Pará e segundo a organização do evento contou com a partici-pação de 5808 organizações e 133 mil pessoas, que participa-ram das diversas atividades mul-ticulturais oferecidas pelo even-to. O movimento sindical teve um espaço de discussão especial durante o Fórum com a tenda Mundo do Trabalho, organizada pela Confederação Sindical In-ternacional (CSI), a Confedera-ção Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras da América (CSA) e as centrais sindicais UGT, CUT e Força Sindical. Na tenda foram realizadas uma série de discus-sões sobre o colapso fi nanceiro internacional, o desemprego e os caminhos para o crescimen-to econômico e energético sus-tentável. Já no Fórum Sindical Mundial, que também acontece dentro do Fórum Social, a crise

global e suas conseqüências im-peraram sobre os demais assun-tos. Antônio Lopes, presidente do Sindicato dos Ofi ciais Marce-neiros de São Paulo, participou do Fórum Sindical e resume o impacto do problema sobre a classe trabalhadora: “Achávamos que o mundo estava caminhan-do bem, o Brasil vivia um bom momento da sua vida econômi-ca e sem que ninguém esperas-se veio a crise. E em época de crise, é o trabalhador o primeiro a pagar com a sua única fonte de renda, o emprego”.

O fortalecimento do papel do Estado para garantir os direitos dos trabalhadores e estimular o desenvolvimento sustentável foi unanimidade na maioria dos debates. Segundo Laís Abramo, representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a valorização do salário mínimo e a ampliação dos recursos in-vestidos nos setores intensivos de mão de obra são aspectos fundamentais na transformação do modelo atual, e evitariam que o trabalhador arcasse com o pre-ço da mudança sobre o sistema fi nanceiro.

A Confederação Sindical Interna-cional, no documento fi nal sobre o Encontro Sindical do Fórum Social Mundial 2009, apontou os caminhos a serem seguidos: “Chegou o momento de cons-truir um sistema econômico eco-logicamente sustentável, social-

mente equitativo e geopolitica-mente equilibrado. De agora em diante, o crescimento econômi-co deverá contribuir à criação de empregos decentes e à proteção do meio ambiente, e seus frutos deverão ser redistribuídos para reduzir o nível de desigualdade sem precedentes registrados atualmente”.

Como se vê pela conclusão da CSI, os trabalhadores acredi-tam no lema do FSM, “Um outro mundo é possível”, e mostram que a luta por uma sociedade mais justa, que ofereça oportu-nidades para todos, ainda tem uma longa estrada a percorrer.

Centrais sindicais participam do FSM

Os presidentes: Lugo, Evo, Lula, Correa e Cháves

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Amianto

A cruzada para banir o asbesto do Brasil

Fernanda Giannasi em palestra sobre o amianto

O amianto ou asbes-to é uma fi bra mineral encontrada em grande abundância na nature-za, extremamente resis-tente à combustão e de grande durabilidade; graças a essas proprie-dades e ao seu baixo custo, é largamente uti-lizado pela indústria na confecção de materiais isolantes, caixas d’água, telhas e outros produ-tos.

O amianto, porém, tem uma face sinistra: ao ser extraído nas minas, manuseado na linha produção das fábricas ou até mesmo durante a utilização de um pro-duto que o contenha na sua composição, pode causar diversas doenças fatais, como a asbestose, também co-nhecida como “pulmão de pedra” e o mesote-lioma, um dos tipos de câncer mais agressivos. O problema já foi cha-mado de “catástrofe sa-nitária do século XX” e o material foi banido em mais de 50 países até hoje, apesar do forte lo-bby de indústrias como a Eternit e a Brasilit. No Brasil, que está entre maiores produtores do material no mundo, uma dura batalha pelo seu banimento ainda é travada, embora o as-

besto tenha sido proibi-do em alguns estados. A história da luta pela vida e saúde do traba-lhador brasileiro contra a indústria do amianto se confunde com a tra-jetória de uma mulher, Fernanda Giannasi. O combate desta enge-nheira começou em 1983, com o seu ingres-so na Superintendência Regional do Trabalho de São Paulo. Foi onde Giannasi teve o primei-ro contato com amian-to e os problemas cau-sados à saúde dos que trabalham com o ma-terial, apesar da falta de dados existentes sobre o assunto na época. “No Ministério do Trabalho não tínhamos nenhuma informação. Não exis-

tiam trabalhadores com reclamações, queixas, nada”, lembra. Ajudada por um amigo médico, Fernanda realizou uma pesquisa bibliográfi ca sobre as doenças rela-cionados ao amianto. Encontraram menos de 100 casos documenta-dos pela literatura mé-dica nacional, nenhum deles registrado na pre-vidência social, o que tornava muito difícil saber quem eram estes trabalhadores e onde estavam.

Aos poucos, Fernanda foi identifi cando quais eram os setores que utilizavam o produto e descobriu que no esta-do de São Paulo mais de 3.500 trabalhadores

estavam envolvidos di-retamente na cadeia produtiva do amianto. Chamou os sindicatos responsáveis pela base e juntos conquistaram mudanças nas fábri-cas: lavanderias foram implantadas, vestiários para roupas de pas-seio e pertences pes-soais foram separados daqueles da roupa de trabalho e exames mé-dicos periódicos come-çaram a ser realizados. Em 1986, depois de três anos de fi scalizações e mesas redondas, Gian-nasi percebeu que, ape-sar das melhorias nas condições de trabalho, patrões, empregados e sindicatos falavam a mesma língua na defe-sa do amianto, e isso a incomodou: “Os avan-ços foram signifi cativos, mas quando percebe-mos que se chegou ao limite, que era a subs-tituição (do asbesto), vimos que essa dis-cussão não fazia parte nem da pauta sindical nem da pauta das em-presas. Então em 1990 nós rompemos, achei que não era mais esse o caminho”. Dois anos depois, Fernanda par-ticipou da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mais conhecida Rio-92, e per-

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Easy System

Site do Sindfesp desenvolvido pela Easy System

Sites com design intuitivo

A Easy System (www.easysys-tem.com.br) criou em 2003, por encomenda de um sin-dicato que encontrava di-ficuldades gerenciais e de controle, o Sistema Integra-do de Gestão Sindical, que conta com amplas ferramen-tas que facilitam a adminis-tração e o gerenciamento de recursos e contribuições. O pacote tem como finalidade oferecer segurança e pratici-dade à gestão do sindicato e administra as taxas e as con-tribuições a serem pagas pe-los filiados. Além disso, dis-ponibiliza o controle total de todo os atendimentos inter-nos oferecidos pelo sindicato aos seus membros. Foi neste momento que a Easy System começou a fazer parte do mo-vimento sindical.

Sabemos que a internet é uma ferramenta importante atualmente, podem-se fazer inúmeras tarefas como pa-gar contas, conversar, tro-car e-mails e disponibilizar informação. A Easy System percebeu a demanda dos sin-dicatos em terem sites para ampliar a comunicação com os trabalhadores de sua base. O primeiro sindicato que teve um portal desenvolvido pela Easy System foi o Sindicato dos Oficiais Marceneiros de São Paulo (www.sindmarce-neiros.org.br). Outros sindi-catos conheceram o trabalho

da Easy System e começaram a solicitar o desenvolvimento de portais.

O Sindicato dos Funcionários da Fazenda do Estado de São Paulo(www.sindfesp.org.br), também solicitou o desenvolvimento de um portal, que foi o primeiro com um sistema de eleição onli-ne. Toda a votação foi feita pelo portal sem a necessidade de deslocamento de urnas e conta-gem dos votos, pois o sistema já dava o resultado em tempo real e, o mais importante, com o má-ximo de segurança.

Outro portal feito pela Easy Sys-tem foi o do Sindicato dos Ro-doviários de São Paulo (www.sindirodsp.org.br).O site deste sindicato tem inúmeros canais: notícias, galeria de fotos, inser-ção do jornal do sindicato, fó-runs, vídeos, palavras do presi-dente, entre outros. Isso é pos-sível para qualquer sindicato, pois as necessidades são ajusta-das para cada cliente, da forma

mais interessante e fácil para o acesso dos trabalhadores.

Mas a empresa não ficou so-mente em desenvolver portais para sindicatos. Recentemente a Easy System colocou no ar o portal da Nova Central Sindical dos Trabalhadores de São Paulo (NCST-SP) que pode ser aces-sado no endereço www.ncstsp.org.br. É mais um projeto da Easy System , que começa a de-senvolver portais para as cen-trais sindicais.

Portais e sistemas de gerenciamento são com a Easy System

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Novo superintende

O novo superintendente regio-nal do trabalho do estado de São Paulo, José Roberto Melo, possui uma vasta experiência na gestão de recursos humanos em multinacionais e na nego-ciação com sindicatos. Assume a Superintendência com o de-safio de trazer para a adminis-tração pública sua experiência privada, e ajudar o ministro Carlos Lupi na manutenção e geração de empregos no esta-do que alavanca a economia brasileira. Confira a entrevista concedida pelo superintenden-te à equipe da revista Mundo Sindical.

Quais suas expectativas ao assumir a superintendência?

Espero sinceramente continuar o ótimo trabalho feito pela dra. Lucíola (ex-superintendente), que é reconhecido por todos e foi um trabalho fora de série. Quero dar todo apoio que pu-der para a equipe, formada por

pessoas extremamente capaci-tadas e técnicos de muito bom nível. Minha expectativa é a de contribuir para que os resulta-dos e as metas sejam alcança-dos, usando a competência e a visão gerencial de quem vem de fora. Quero ver se tenho o papel de auditor: um pouco apoiador, um pouco facilitador do trabalho interno.

O que a Superintendência Regional do Trabalho fará para proteger o trabalho diante da crise?

Vamos atuar com programas de inserção profissional que incluem desde pessoas com de-ficiência até aprendizes, além de programas de apoio e um programa de parcerias com os sindicatos dos trabalhadores. Temos várias ações e estamos otimistas como o Ministro Lupi, que sempre diz: “Nós va-mos sair dessa crise”. Não pe-gamos a crise tão forte assim,

porque estávamos preparados e fortalecidos.

Qual a importância dos sin-dicatos para a Superinten-dência de São Paulo?

O sindicato é peça fundamental nesse processo e já está aqui dentro por meio dos conselhos sindicais, que evidentemente manteremos. Estes conselhos são extremamente importan-tes para nós, dada a escassez de auditores fiscais que temos num estado desse tamanho. Não tem como fazer tudo, ou cobrir todo o estado, então nada melhor do que o próprio trabalhador atuando como fis-cal na linha de frente. Esse pro-cesso de parceria já começou aqui há algum tempo.

Sempre negociei com os sindi-catos. Tenho grandes parceiros e amigos nas centrais sindicais e acredito que minha indicação se deve em boa parte a isso, pois tenho fácil trânsito com as diversas centrais.

Deixe uma mensagem aos leitores da Revista Mundo Sindical.

A Superintendência Regional do trabalho de São Paulo está aberta ao sindicato. Ela é casa do trabalhador e da trabalha-dora, empregados ou não. So-mos servidores públicos, por-tanto nós serviremos ao públi-co.

O novo superintendente regional, José Roberto Melo

Superintendência Regional do Trabalho sob nova direção

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Amianto

Fibras de asbesto

....................................................cebeu que poderia se-guir outro caminho no combate ao amianto: “A Rio 92 abriu-me outra perspectiva, a de fazer política não só pelo mo-vimento sindical. Foi aí que começamos a tra-balhar com a idéia de procurar os consumido-res e os ambientalistas, com os quais até então não dialogávamos. O grande mérito da Rio 92 foi dar ao movimento social brasileiro a pers-pectiva de se organizar”.

Em 1995, por conta de problemas políticos no Ministério do Trabalho, Giannasi foi transferida de São Paulo para Osas-co onde uma fábrica da Eternit que tinha fecha-do em 1993 estava sen-do demolida. “Osasco foi o maior prêmio que recebi. A demolição es-tava sendo feita a toque de caixa para a constru-ção de uma loja Wal-Mart. Embarguei a obra porque estavam jogan-do todo o amianto na lagoa de Carapicuíba e realizando implosões em plena cidade, com toda aquela poeira que tinha lá dentro”, recorda a engenheira. “Os ex-empregados começa-ram a me contatar. Apa-receram dois casos ain-da sem diagnóstico e nós pedimos para fazer

os exames. Esses dois viraram quatro e de-pois oito, crescendo em progressão geométrica. De repente, estávamos com duas mil pessoas que tinham passado pela Eternit. Inicial-mente as reuniões que fazíamos eram dentro do Ministério, mas logo não havia mais espaço e começamos a pedir apoio para que os sin-dicatos da região nos acolhessem. Dentro das nossas possibilidades, fomos formando um movimento social de ví-timas e dialogando com o maior prejudicado pelo uso do amianto: o trabalhador barrado nos exames de saúde, que fi cava excluído do trabalho”. Segundo Fer-

nanda, um dos aspec-tos mais importantes da ação foi a reabilita-ção social dos operários que haviam adoecido: “Eles estavam sem em-prego, sem saúde, eram vistos como um peso para as famílias. A partir disso, começamos uma cidadania de protesto e demos a eles um status de vítimas do amianto. Eles não estavam doen-tes por serem fracos ou por determinação divi-na, mas porque foram expostos criminosa-mente a um conhecido risco industrial”.Deste movimento, nas-ceu a Associação Bra-sileira dos Expostos ao Amianto (Abrea), que viria a ser referência so-bre o assunto no Brasil.

Da metade dos anos 90 até 2007, Giannasi trabalhou em diversos projetos de lei que, de-pois de uma guerra de liminares, vieram a cul-minar com a proibição do amianto no Estado de São Paulo em qua-tro de junho de 2008. A lei serviu de modelo a outros estados e desde então a proibição foi se expandindo. Era uma grande vitória após mais de 30 anos, du-rante os quais Fernan-da enfrentou ameaças, difamação e ataques, favorecidos pelo fato de ser uma mulher em um ambiente predomi-nantemente masculino. Com a voz emocionada, ela fala sobre a única di-fi culdade que realmen-te a abala: “O mais pe-noso para mim é lutar com a morte dos com-panheiros. O dia a dia é perder grandes compa-nheiros, e foram muitos. Para mim, isso é o mais difícil”. Aos leitores da Mundo Sindical, fi ca um apelo de Fernanda Giannasi: “Deixem de comprar e usar produtos feitos com amianto. Juntem-se a nós nessa cruzada”. Difícil ignorar o convi-te, e não ajudar a banir este mal que destruiu tantas vidas.

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Educação

No último dia 26 de março, Ge-raldo Alckmin, secretário do desenvolvimento do estado de São Paulo, esteve na sede da UGT (União Geral dos Traba-lhadores) para a assinatura de um protocolo relativo à área da educação profissional. O se-cretário representou o gover-nador José Serra, que mandou uma mensagem aos trabalha-dores e empregadores: “A crise se combate com emprego”.

“Quando as empresas ganham dinheiro põe no bolso e quan-do perdem vão pedir para o governo. Pedir para o governo é pedir para sociedade pagar. Então eles privatizam o lucro e socializam a dificuldade”, comentou Alckmin sobre a ati-tude das empresas quando a crise chega. O secretário falou sobre o capitalismo e fez uma referência à quebra do banco Lehman Brothers, que segundo ele foi para o sistema o mesmo que a queda do muro de Berlin foi para a política. “Temos que rever o modelo de globaliza-ção, o modelo econômico. Por-que está claro que esse não é o modelo ideal.”

Alckmin citou que o governo estadual investe 1% do ICMS em habitação, gerando dois be-nefícios para a população: casa própria para quem tem baixa renda e criação de empregos

para muitos trabalhadores. “Iniciamos uma boa jornada com esse protocolo, que tem como foco: emprego, renda, educação e qualificação profis-sional.”

Para o secretário de organiza-ção e políticas sindicais da UGT, Francisco Pereira de Souza Fi-lho, o Chiquinho, a assinatura do protocolo vem ao encontro de um dos pilares da organiza-ção: “Nós temos como bandeira principal da nossa central sin-dical a educação, ponto de par-tida para atender ao mercado de trabalho que, cada vez mais, exige qualificação dos traba-lhadores. Uma parceria como essa começa abrir caminho e dizer que é possível apostar no futuro.” Chiquinho enfatizou ainda que o sindicalismo mo-derno é aquele que busca, jun-to ao poder público, minimizar os problemas dos trabalhado-res para oferecer conquistas efetivas aos mesmos.

Ricardo Patah, presidente da UGT, ressaltou que com a assi-natura desse documento a UGT dá um passo decisivo a favor dos trabalhadores: “Através dessa atividade conjunta com a Secretaria do Desenvolvimento a UGT dá um passo importante, investindo na política de qua-lificação desses institutos que têm cursos formidáveis e cer-tamente trarão aos trabalhado-res aprendizado e oportunida-des de emprego”.

Alckmin assina protocolo em prol da educação profi ssional

Quando as empresas ga-nham dinheiro põe no bolso e quando perdem vão pedir ao governo... Então eles privatizam o lucro e socializam a difi-culdade.

(Geraldo Alckmin)

Geraldo Alckmin em discurso na UGT

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Sintralouças

O atual presidente do Sintra-louças, Antonio Raimundo Ma-tias dos Santos, o Ceará, assu-miu um sindicato desativado, sem nenhum trabalho efetivo e com uma diretoria mais inte-ressada em arrecadar dinheiro do que lutar pelo trabalhador. Indignado com a situação, Ce-ará reformulou a diretoria e começou a recuperar o tempo perdido. Na entrevista a seguir, ele conta ao Mundo Sindical como foi a retomada das ativi-dades do sindicato. Como estava a situação do sindicato antes de você assu-mir como presidente?A sede estava com placa de alu-ga-se, o sindicato estava aban-donado e sem representação, a antiga presidente usava outros códigos sindicais para arreca-dar em bases diversas, o que é crime.

Temos um processo aberto na justiça de Campinas e São José dos Campos, sem falar nas dí-vidas existentes, que chegam a 100 mil reais. Estamos pagan-do essas dívidas para traba-lharmos em paz.

Nesse cenário caótico, como foi feita a atual convenção coletiva ?Há mais de dez anos não era re-alizada uma convenção coletiva no sindicato e os trabalhadores estavam abandonados. Eu e a nova diretoria assumimos o sindicato em janeiro deste ano

e imediatamente começamos a negociar com o patronal. Gra-ças aos esforços dos diretores foi assinada a convenção cole-tiva para 2009 e 2010.

10 anos sem convenção cole-tiva? Como os trabalhadores conquistavam aumento sala-rial?Com a desorganização da dire-toria anterior, os trabalhado-res ficaram mais de dez anos sem aumento. O próprio pa-trão copiava o aumento de ou-tros sindicatos que invadiram a nossa base, como o sindicato da construção civil. Hoje, o sin-dicato está legalizado, atuante e representará o trabalhador normalmente.

Quais as melhorias que o sin-dicato conquistou para os trabalhadores?Nós conquistamos um aumen-to de 6,5%, importante neste

momento de crise que a indús-tria está passando e consegui-mos também a manutenção da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Outra conquista importante foi a comissão de conciliação, que é um acordo entre o sindicato patronal e o Sintralouças: ao invés do tra-balhador ir ao fórum e pagar um advogado caro, o sindicato já faz o acerto da rescisão com o sindicato patronal e depois temos 90 dias para recolocar este trabalhador no mercado de trabalho. É um compromis-so dos dois sindicatos.

Quais projetos o sindicato iniciará em breve?O maior projeto do sindicato é manter o trabalhador empre-gado. Por isso, conversaremos com as prefeituras onde a nos-sa base está e depois desenvol-veremos projetos junto com sindicato patronal.

Sintralouças volta a funcionar com novo presidente

Antonio Raimundo Matias “Ceará”, presidente do Sintralouças