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Revisão 0 Setembro de 2013 ELABORAÇÃO DOS PLANOS MUNICIPAIS E REGIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS DO CONSÓRCIO PRÓ-SINOS SUBPRODUTO 2.9 SITUAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO URBANO MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO

MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO - Prefeitura Municipal de São ... · ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Localização dos Bairros do município ... descrito na Lei Municipal nº 6125, de 19

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Setembro de 2013

ELABORAÇÃO DOS PLANOS MUNICIPAIS E REGIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS DO CONSÓRCIO PRÓ-SINOS

SUBPRODUTO 2.9

SITUAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO URBANO

MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO

São Leopoldo – Subproduto 2.9

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ÍNDICE

1 APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 3

2 SITUAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO URBANO ..................................................... 5

2.1 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO .......................................................................................... 5 2.1.1 Uso do solo ..................................................................................................... 6

2.1.2 Zoneamento e Setorização ............................................................................. 7

2.1.3 Áreas de interesse especial .......................................................................... 10

2.2 ANÁLISE DO PLANO DIRETOR ...................................................................................... 12

3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 17

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Localização dos Bairros do município de São Leopoldo. ........................................ 5

Figura 2: Localização da área urbana. ................................................................................... 6

Figura 3: Mapa do Uso do Solo Urbano de São Leopoldo. .................................................... 7

Figura 4: Macrozoneamento do município. ............................................................................ 8

Figura 5: Setorização do município. ....................................................................................... 8

Figura 6: Áreas Especiais do município de São Leopoldo. .................................................. 10

Figura 7: Situação da ocupação do município em 2006. ...................................................... 13

Figura 8: Situação da ocupação do município em 2013. ...................................................... 13

Figura 9: Situação da zona de expansão urbana em 2006. ................................................. 14

Figura 10: Situação da zona de expansão urbana em 2013. ............................................... 14

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1 APRESENTAÇÃO

O presente documento é objeto do contrato nº 06/2012 firmado entre o Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos e a Concremat Engenharia e Tecnologia S/A cujo objeto é a Elaboração dos Planos Municipais e Regional de Saneamento Básico dos Municípios do Consórcio Pró-Sinos.

O trabalho teve início efetivo em 02 de agosto de 2012, conforme Ordem de Serviço nº 003/2012, sendo o prazo de execução de 547 dias – até 31 de janeiro de 2014.

Dos 26 municípios integrantes do Consórcio Pró-Sinos, 23 municípios terão os seus Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSBs) elaborados através deste contrato: Araricá, Cachoeirinha, Campo Bom, Canela, Caraá, Glorinha, Estância Velha, Esteio, Gramado, Igrejinha, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Riozinho, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul e Três Coroas.

O Plano Regional de Saneamento Básico (PRSB) abrangerá, além desses 23 municípios, os demais municípios do Consórcio Pró-Sinos – Canoas, Dois Irmãos e Taquara, cujos planos municipais já foram ou estão sendo elaborados em separado.

Os serviços inserem-se no contexto da Lei nº 11.445/07 que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico. Os serviços também são balizados pelo Decreto nº 7.217/2010, que regulamenta a referida Lei, bem como pelo Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001) que define o acesso aos serviços de saneamento básico como um dos componentes do direito à cidade.

A Política e o Plano, instituídos pela Lei nº 11.445/2007, são os instrumentos centrais da gestão dos serviços. Conforme esse dispositivo, o Plano de Saneamento estabelece as condições para a prestação dos serviços de saneamento básico, definindo objetivos e metas para a universalização, assim como programas, projetos e ações necessários para alcançá-la.

Como atribuições indelegáveis do titular dos serviços, a Política e o Plano devem ser elaborados com participação social, por meio de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico.

De acordo com o Termo de Referência, o trabalho está dividido em seis etapas com seus respectivos produtos:

Etapa 1: Plano de mobilização social.

Etapa 2: Diagnóstico da situação do saneamento básico e de seus impactos nas condições de vida da população.

Etapa 3: Prognósticos e alternativas para a universalização dos serviços de saneamento básico. Objetivos e metas.

Etapa 4: Concepção dos programas, projetos e ações necessárias. Ações para emergências e contingências.

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Etapa 5: Mecanismos e procedimentos para o monitoramento e avaliação sistemática das ações programadas.

Etapa 6: Relatório final dos planos municipais e regional de saneamento básico.

Ainda, em atendimento ao Termo de Referência, a etapa do diagnóstico compreende o desenvolvimento de 12 subprodutos até a consolidação do Produto 2, como segue:

Subproduto 2.1: Coleta de dados.

Subproduto 2.2: Caracterização geral.

Subproduto 2.3: Situação institucional.

Subproduto 2.4: Situação econômico-financeira.

Subproduto 2.5: Situação dos serviços de abastecimento de água potável.

Subproduto 2.6: Situação dos serviços de esgotamento sanitário.

Subproduto 2.7: Situação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Subproduto 2.8: Situação dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais.

Subproduto 2.9: Situação do desenvolvimento urbano.

Subproduto 2.10: Situação da habitação.

Subproduto 2.11: Situação ambiental e dos recursos hídricos.

Subproduto 2.12: Situação da saúde.

Este relatório contempla a Etapa 2 – Subproduto 2.9 “Situação do Desenvolvimento Urbano”.

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2 SITUAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO URBANO

As diretrizes para uso e ocupação do solo do município de Novo Hamburgo estão definidas no Plano Diretor municipal, descrito na Lei Municipal nº 6125, de 19 de dezembro de 2006, posteriormente revisada em 12 de novembro de 2012. O desenvolvimento urbano do município também é embasado no Código Municipal do Meio Ambiente (lei nº 6463, de 17 de dezembro de 2007) e pelo Atlas Socioambiental.

2.1 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Com base no material fornecido pelo município acerca dos projetos de ampliação dos sistemas de saneamento da cidade, o uso residencial unifamiliar é majoritário na cidade e ocorre em todos os bairros. No Centro, a habitação coletiva é característica, se desenvolvendo principalmente na periferia do polo de comércio e serviços. Também no centro encontra-se, com maior concentração e diversificação, o uso comercial, predominando na área limitada pelas avenidas Dom João Becker e João Corrêa e pelas ruas São Joaquim e Saldanha da Gama. Já o uso industrial ocorre junto às rodovias e principais vias municipais, estando os maiores estabelecimentos na zona industrial dos bairros Fazenda São Borja, São Miguel e Vicentina, Scharlau, Boa Vista e Arroio da Manteiga, melhor localizados na Figura 1. O uso institucional abrange todo o município, tendo as maiores áreas como estabelecimentos de ensino (Unisinos, colégios São José, Cristo Rei, Sinodal e Concórdia), quartéis, cemitérios, parques, aeroclube, hospital, áreas públicas do Estado e do município.

Figura 1: Localização dos Bairros do município de São Leopoldo. Fonte: Atlas Socioambiental, 2012.

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Novo Hamburgo tem demarcado como áreas de preservação as áreas de banhado, APPs de cursos d’águas e de mata nativa. Ainda em fase de estudo, pretende-se incluir como área de preservação ambiental os locais de captação de água.

A ocupação urbana localiza-se na porção central do município, inserida na área urbana, conforme a Figura 2.

Figura 2: Localização da área urbana. Fonte: Adaptação do Plano Diretor, 2012.

Conforme o Plano Diretor (2012), o município pode ser dividido nas classificações que seguem, de uso do solo e zoneamento.

2.1.1 Uso do solo

Residencial: que envolve a moradia de um indivíduo ou o grupo de indivíduos.

Não residencial: que envolve o desenvolvimento de atividades comerciais, prestação de serviços, institucionais e industriais.

Misto: que envolve a associação dos usos residencial e não residencial, na mesma edificação ou lote.

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Figura 3: Mapa do Uso do Solo Urbano de São Leopoldo. Fonte: Leitura da Cidade – Processo de Revisão de Plano Diretor Participativo de São

Leopoldo.

2.1.2 Zoneamento e Setorização

O ordenamento territorial do município é discriminado por Macrozonas (Figura 4) e estas subdivididas em setores (Figura 5). O Macrozoneamento considera como referencia para ocupação do solo as características dos ambientes natural e construído enquanto a setorização institui as regras gerais de uso para cada um dos Setores.

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Figura 4: Macrozoneamento do município. Fonte: Plano Diretor, 2012.

Figura 5: Setorização do município. Fonte: Plano Diretor, 2012.

2.1.2.1 Macrozona Urbana

Conforme o Plano Diretor, a Macrozona Urbana corresponde à porção urbanizada do território, apresentando diferentes graus de consolidação e infraestrutura básica, destinando-se a concentrar o adensamento urbano. Esta região abrange quase 70% do território do município e é dividida em quatro setores:

Setor de Ocupação Prioritária

Este setor caracteriza-se pelo uso misto do solo, com diferentes densificações, priorizando a utilização dos vazios urbanos e promovendo a urbanização e adensamento populacional, bem como a regularização fundiária principalmente dos núcleos habitacionais de baixa renda.

Setor de Qualificação

Este setor caracteriza-se pelo uso misto, atividades econômicas dispersas e infraestrutura em consolidação, ordenando o adensamento populacional de forma a aproveitar a infraestrutura disponível, além de também promover a urbanização e regularização dos núcleos habitacionais de baixa renda.

Setor de Estruturação Prioritária

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Este setor configura uso predominantemente residencial, com terrenos subutilizados e loteamentos irregulares. Devido às carências dessa região, procura-se a complementação de infraestrutura e requalificação da paisagem, incentivando também a construção de novas unidades de habitação de interesse social principalmente para reassentamentos internos visando conter a ocupação de áreas ambientalmente sensíveis.

Setor de Produção Prioritário

Neste setor predominam as atividades industriais e estão localizadas as áreas disponíveis para unidades de reciclagem e destinação final de resíduos sólidos.

2.1.2.2 Macrozona de Expansão Urbana

Esta região representa pouco mais de 5% do território do município, correspondendo à porção do território de transição do rural para o urbano, reservada à expansão da malha urbana, e é dividida em dois setores:

Setor de Estruturação

Visto que este setor apresenta significativas áreas ainda verdes, só é permitida a ocupação urbana em regiões junto a outras já estruturadas na Macrozona Ubrana, desde que obedecidos pardões estabelecidos em lei específica, visando garantir a proteção dos bens ambientais e expansão urbana ordenada.

Setor de Produção

Assim como o setor de Produção Prioritário, caracteriza-se pela carência de infraestrutura e equipamentos públicos, estando esta área reservada para a futura expansão do setor de produção, obedecendo ao mesmo ordenamento de urbanização do setor de estruturação.

2.1.2.3 Macrozona de Proteção Ambiental

É composta, predominantemente, por áreas de preservação permanente (APP), unidades de conservação, parques urbanos e por áreas com restrição de ocupação, destinando-se à preservação e recuperação ambiental bem como ao desenvolvimento econômico sustentável e compatível. Compreende uma área de aproximadamente 20% do território do município e é dividida em três setores:

Setor de Recuperação Ambiental

Caracteriza-se por uma área de preservação ambiental, mas ambientalmente degradadas resultado de ocupações de baixa densidade populacional. Procura-se a recuperação dessas áreas, visando a conservação dos recursos naturais, com a contensão de novas ocupações, a qualificação dos assentamentos informais já existentes com base na CONAMA Nº 369/2006 e a promoção de turismo ecológico.

Setor de Conservação Ambiental Leste

Caracteriza-se por áreas de proteção permanente pela presença de recursos naturais, sendo alta a restrição à ocupação.

Setor de Conservação Ambiental Oeste

Da mesma forma que o Setor de Conservação Ambiental Leste, este setor caracteriza-se pela priorização da preservação dos recursos naturais, mas com uma permissibilidade maior

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frente às ocupações de baixa densidade, desde que compatíveis com a preservação ambiental. É prevista, ainda, a atividade portuária de transporte de cargas e passageiros.

2.1.2.4 Macrozona Rural

Corresponde à porção do território destinada à atividade primária, em conformidade com a Lei Federal nº 4.504, de 30 de novembro de 1964 - Estatuto da Terra. Localizada entre a Macrozona Urbana e o Setor de Recuperação ambiental, esta área corresponde a aproximadamente 6% do território do município, tem como objetivo a manutenção da atual baixa densidade na ocupação do solo.

2.1.3 Áreas de interesse especial

As áreas especiais compreendem áreas do território que exigem tratamento especial na definição de parâmetros reguladores de usos e ocupação do solo, sobrepondo-se aos da setorização, indicadas pela Figura 6.

Figura 6: Áreas Especiais do município de São Leopoldo.

Fonte: Plano Diretor, 2012.

2.1.3.1 Áreas Especiais de Interesse Institucional e Ambiental (AEIIA)

Áreas públicas ou privadas de uso institucional, tais como as destinadas à implantação de equipamentos de educação, esporte, lazer, recreação com características que exigem a compatibilização do uso com a proteção da flora, da fauna e dos demais elementos naturais.

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Com base nos mapas anexados ao Plano Diretor do município, as AEIIA estão distribuídas dentro da Macrozona Urbana, em sua maioria conectadas às manchas urbanas.

2.1.3.2 Áreas Especiais de Interesse Ambiental (AEIA)

Áreas destinadas à proteção da flora e da fauna e à perpetuação e sustentabilidade do patrimônio natural, com características naturais diferenciadas que estruturam a paisagem ou constituem ecossistemas importantes, com repercussões em nível macro na cidade. As AEIA encontram-se parte também dentro da Macrozona Urbana e parte no Setor de Conservação Oeste, estando todas as áreas próximas aos limites do perímetro urbanos.

2.1.3.3 Áreas Especiais de Interesse Institucional (AEII)

Áreas públicas ou privadas destinadas à implantação de equipamentos urbanos e comunitários ou que são objeto de projetos governamentais que, por sua característica, devem ser objeto de regime urbanístico próprio. Atualmente, a área engloba o aterro sanitário do município, localizado dentro do Setor de Estruturação Prioriário.

2.1.3.4 Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS)

Destinadas à regularização fundiária, produção e manutenção de Habitação de Interesse Social, com normas especiais, nos termos da Lei Municipal nº 5.984, de 26 de junho de 2006, alterada pela Lei Municipal nº 6.072, de 23 de outubro de 2006. São divididas em três diferentes situações.

AEIS I: áreas com regularização de assentamentos informais, com base no Direito de Superfície e Concessão do Direito Real de Uso, para regiões públicas municipais, e usucapião especial coletivo/individual, para áreas privadas.

AEIS II: áreas com regularização de loteamentos públicos ou privados irregulares ou clandestinos que atendam às condições de habitabilidade.

AEIS III: áreas destinadas a Habitação de Interesse Social, com possibilidade de apropriação de imóveis não-edificados e/ou subutilizados, para atender o déficit anual de demanda habitacional de interesse social, de acordo com o estabelecido no Plano Municipal de Habitação.

2.1.3.5 Áreas Especiais de Interesse de Atividades de Tecnologia da Informática (AEIATI)

Áreas públicas ou privadas destinadas ao uso prioritário de atividades de base tecnológica.

2.1.3.6 Áreas Especiais de Interesse Cultural (AEIC)

Áreas públicas ou privadas que apresentam ocorrência de patrimônio cultural que deve ser preservado, revitalizado ou reciclado a fim de evitar a deterioração, a perda ou o desaparecimento das características que lhe conferem peculiaridade.

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2.2 ANÁLISE DO PLANO DIRETOR

Segundo o material disponibilizado por São Leopoldo, é possível identificar a divisão da área rural e urbana do município, bem como as áreas de preservação ambiental. O crescimento urbano é previsto para a Macrozona de Expansão Urbana, ao norte, podendo ser acompanhado em imagens de satélite, conforme mostram as figuras a seguir.

Ainda que o zoneamento de São Leopoldo contemple a zona de expansão do município, O crescimento urbano e a manutenção das Zonas de Proteção Ambiental podem ser acompanhados em imagens de satélite a seguir, na Figura 7 à Figura 10.

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Figura 7: Situação da ocupação do município em 2006. Fonte: Google Earth e IBGE.

Figura 8: Situação da ocupação do município em 2013. Fonte: Google Earth e IBGE.

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Figura 9: Situação da zona de expansão urbana em 2006. Fonte: Google Earth e IBGE.

Figura 10: Situação da zona de expansão urbana em 2013. Fonte: Google Earth e IBGE.

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O uso e ocupação do território de São Leopoldo são delimitados pelo Plano Diretor Municipal instituído pela Lei nº 6125 de 19 de dezembro de 2006, recentemente revisado em 2012. São complementares a esse estudo o Código Municipal do Meio Ambiente e Zoneamento Ambiental e a Lei do Parcelamento do Solo, dentre outros. Anterior a qualquer normativa quanto ao uso do solo, segundo o Atlas Socioambiental de São Leopoldo, o início da urbanização do município se deu ao longo da área a qual hoje é limitada pela BR-116 e Av. Mauá, dando origem a atual área central. Seguindo o ordenamento territorial, a zona urbana é classificada como Macrozona Urbana (MU), sendo ela dividida horizontalmente pelo Rio dos Sinos, com praticamente 70% do território do município, abrigando quase a totalidade da população. A MU é limitada a leste e oeste por áreas de conservação as quais coincidem com as áreas alagáveis do Rio dos Sinos, áreas estas controladas pelo dique de proteção contra cheias. Visto que ao sul encontra-se a zona rural, resta, portanto, apenas a porção norte para área de expansão urbana. Ainda que a atual zona urbana represente mais de dois terços do município, esta não esta completamente urbanizada existindo ainda diversas áreas de vazios as quais poderão ser urbanizados futuramente sem que haja a necessidade de ocupação da área já delimitada como Macrozona de Expansão Urbana. Tais vazios, localizados na Macrozona Ubrana, estão consequentemente classificados como os setores de urbanização prioritários.

Para as áreas de Interesse Social são definidas pela Lei nº 5984/2006 as seguintes regiões:

AEIS I: Jardim Luciana, Vila Baum, Santo Antônio, Jardim Phoenix, São Jorge, Cerâmica Anita, Cohab Duque, Sopão e Beco Tayti

AEIS II: Loteamento do Vale, Antenor Stumpf, São Cristóvão, Antônio Leite, Vila União, Steigleder, Aeroclube, Uirapuru, Vila Brás, Loteamento Tancredo Neves, Parque Mauá, Jardim Nabuco, Santa Marta, Cooperativa União, Cooperativa Santo Augusto, COOPERVALE, Cooperativa Paulo Couto, COHAP, Cooperativa Bom Fim, Cooperativa Progresso e COJAVIT.

AEIS III: Alguns imóveis localizados na quadra nº 1802, área registrada sob nº 67.247, fração das áreas registradas sob nº 54.359 e nº 23.813, uma gleba no Bairro Duque de Caxias. Todas as áreas estão discriminadas na lei municipal nº 6072/06.

Para as áreas de Interesse Ambiental, são definidas pela Lei nº 7521/2011 as seguintes regiões:

Diques de Proteção contra enchentes;

Áreas entre os Diques e a Calha Principal do Rio dos Sinos;

Fragmentos de Mata Nativa do Bairro Pinheiro;

Área remanescente do banhado do Steigleder;

Área dos loteamentos Padre Orestes e COOTRHAB;

Área de Compensação da SL Ambiental - Bairro Arroio da Manteiga;

Área Pública da Campina;

Área da Base Ecológica do Rio Velho;

Área adjacente ao Loteamento São Geraldo II (Rua Potenstain);

Área verde do Jardim das Acácias (Guadalupe);

Área do São Miguel.

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Embora o Plano Diretor defina que as AEIIA serão instituídas por lei municipal, não foi localizada tal legislação. Ainda que exista o mapeamento destas áreas, não foi possível a identificação exata de todas as áreas indicadas no mapa de áreas especiais.

Os projetos a serem desenvolvidos no município devem levar em conta as projeções populacionais bem como as futuras áreas a serem ocupadas, visando à universalização ao acesso dos serviços de saneamento básico. No relatório final do Plano de Saneamento Básico do município, serão apresentadas alternativas locacionais para as estruturas previstas, de acordo com as necessidades identificadas, como estações de bombeamento e/ou tratamento de água e esgoto, bacias de contenção de cheias, centros de triagem de resíduos, aterros sanitários, entre outros.

O atual aterro sanitário municipal encontra-se nesta região prioritária, no bairro Arroio do Manteiga, e sua expansão já está prevista para a área ao lado, classificada como uma das AEIIA. Cabe ressaltar que esta área está localizada no Setor de Produção Prioritário, o qual é definido por lei onde estão disponíveis as áreas para usinas de reciclagem e destinação final de resíduos.

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3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Downloads Geociências – Divisa municipal dos municípios brasileiros de acordo com o censo 2010. Disponível em: <http://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.htm>. Acesso em: 24 de agosto de 2013.

Google Earth. Imagens de satélite. Versão 7.1.1.1888, 2013.

SÃO LEOPOLDO. Decreto Lei nº 5984, de 26 de junho de 2006.

______. Decreto Lei nº 7521, de 26 de setembro de 2011.

SEPLAN – Secretaria de Planejamento Urbano. Plano Diretor do Município de São Leopoldo. São Leopoldo, 2012.

SEMAE – Serviço Municipal de Água e Esgoto de São Leopoldo. Memorial descritivo. Sistema de Abastecimento de água – ampliação do subsistema sul. São Leopoldo, 2013.

SEMMAM – Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Atlas Socioambiental de São Leopoldo. São Leopoldo, 2012.

SEPLAN – Secretaria de Planejamento Urbano. Leitura da Cidade – Processo de Revisão de Plano Diretor Participativo de São Leopoldo. São Leopoldo, 2006.