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MUNICÍPIO LEGAL É MUNICÍPIO ACESSÍVEL Porto Alegre, 2010 Introdução O Ministério Público do Rio Grande do Sul, por seu Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, com a importante contribuição do Arquiteto Alexandre Guella Fernandes, oferece a presente Cartilha à sociedade do Estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de instrumentalizar os Gestores Públicos, Empresários e demais pessoas da sociedade a promoverem a acessibilidade para Todos. O Ministério Público recebeu a atribuição constitucional para fazer a defesa dos direitos sociais, sendo que entre estes estão os direitos das pessoas com deficiência, pessoas estas que em muitas situações de seus cotidianos sofrem violações de direitos das mais diversas ordens e naturezas. O direito de ir e vir é direito fundamental consagrado pela Carta Constitucional de 1988, porém quando nos deparamos com uma sociedade constituída de edificações, ruas, parques, entre outros tantos espaços, sem condições de acesso por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, constatamos gritantes violações de direitos humanos fundamentais,

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MUNICÍPIO LEGAL É MUNICÍPIO ACESSÍVEL

Porto Alegre, 2010

Introdução

O Ministério Público do Rio Grande do Sul, por seu

Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos,

com a importante contribuição do Arquiteto Alexandre

Guella Fernandes, oferece a presente Cartilha à

sociedade do Estado do Rio Grande do Sul, com o

objetivo de instrumentalizar os Gestores Públicos,

Empresários e demais pessoas da sociedade a

promoverem a acessibilidade para Todos.

O Ministério Público recebeu a atribuição

constitucional para fazer a defesa dos direitos sociais,

sendo que entre estes estão os direitos das pessoas

com deficiência, pessoas estas que em muitas

situações de seus cotidianos sofrem violações de

direitos das mais diversas ordens e naturezas.

O direito de ir e vir é direito fundamental consagrado

pela Carta Constitucional de 1988, porém quando nos

deparamos com uma sociedade constituída de

edificações, ruas, parques, entre outros tantos

espaços, sem condições de acesso por pessoas com

deficiência ou com mobilidade reduzida, constatamos

gritantes violações de direitos humanos fundamentais,

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pois ao violar o direito de ir e vir de um cidadão,

viola-se também a sua dignidade, esta que é princípio

fundamental de um Estado Democrático de Direito.

FRANCESCO CONTI,

Coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos

O Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa

com Deficiência - COEPEDE/RS, juntamente com os

parceiros do Ministério Público Estadual - MPE,

Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia – CREA-RS e a Federação das Associações

de Municípios do Rio Grande do Sul – FAMURS/RS tem

a satisfação de encaminhar esta cartilha a todos os

dirigentes de órgãos públicos e privados do Rio

Grande do Sul.

Esta iniciativa representa um esforço conjunto

das quatro entidades para tornar mais conhecido o

conceito de “acessibilidade” tão importante para a

plena inclusão social, com qualidade de vida, da

pessoa com deficiência. Pretende-se ampla divulgação

das adaptações que devem ser feitas para que esta

inclusão se concretize.

As responsabilidades de inclusão e de

acessibilidade são de todos e de cada um

individualmente. Devemos ter presente que além de

um dever legal, a inclusão é um dever ético,

propiciando uma cultura respeitadora dos direitos de

todos os cidadãos, incluindo-se nessa cultura também

as pessoas com deficiência.

Paulo Kroeff Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da

Pessoa com Deficiência COEPEDE/RS

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Apresentação A inclusão está relacionada ao direito à vida plena em ambientes funcionais e seguros e às relações humanas com atitudes de respeito, acolhimento e compartilhamento. A Inclusão é um direito de todos. Incluir significa despir-se das máscaras do preconceito, da indiferença e da discriminação. A pessoa incluída na sociedade sente-se parte do todo. Ela recebe o estímulo para se desenvolver, melhorando sua auto-estima, e a oportunidade para contribuir e retribuir, com seus dons e suas habilidades, ao assumir seu papel na sociedade. Nesta cartilha, a palavra “ACESSIBILIDADE” ultrapassa seus conceitos mais tradicionais, adquire um significado mais profundo e contextualizado, mostrando diversas recomendações a serem postas em prática. Distancia-se do conformismo e de soluções superficiais ou paliativas. Ressalta a necessidade de uma maior fusão da acessibilidade com o desenho universal, como subsídio imprescindível à efetiva inclusão. Adota a objetividade e a clareza de informação como suporte imprescindível para a formação, orientação, capacitação e aprendizado do leitor interessado. Esta cartilha recomenda a elaboração de um plano diretor municipal de acessibilidade, constituído de um programa de adequação urbana, vinculado aos diagnósticos de barreiras urbanas, com recomendações para que se adaptem, de forma seqüencial, as áreas públicas e de uso coletivo. Na medida em que as primeiras adequações urbanas são implementadas, constata-se uma diminuição de acidentes em calçadas, nos prédios e nas ruas. Por isso, esse planejamento é fundamental para melhorar

a qualidade de vida e a inclusão de todas as pessoas nas cidades. A acessibilidade, por ser um conhecimento científico dinâmico, está em permanente processo de mudança e de melhoria contínua, tendo como objetivo principal atender às necessidades humanas com qualidade e excelência. Com base nesta premissa, esta cartilha se torna um instrumento inicial de disseminação de práticas de acessibilidade e mobilidade urbana, que devem ser implantadas, avaliadas, modificadas e aprimoradas. Espera-se que, com esta cartilha, as autoridades públicas e privadas, adotem o conceito de acessibilidade com qualidade em todos os espaços construídos, como premissa de uma conscientização humanitária, detentora de sensibilidade e sabedoria.

Alexandre Guella Fernandes Arquiteto

CREA/RS nº 69.311

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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (ONU, 1948)

Artigo 1 Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos [...] devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.

CONVENÇÃO DOS DIREITOS DA PESSOA COM

DEFICIÊNCIA (ONU, 2006) Artigo 1 O propósito da presente Convenção é o de promover, proteger e assegurar o desfrute pleno e eqüitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por parte de todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua inerente dignidade [...].

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO BRASIL

• 25 milhões • 1.500.000 no Rio Grande do Sul • Em torno de 15% da população de cada

município brasileiro tem alguma deficiência: física, auditiva, visual, intelectual ou múltipla.

Como está a qualidade de vida destas pessoas?

TERMINOLOGIA

� Pessoas com deficiência são aquelas que

têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas (art. 1 – ONU, 2006).

Não são mais consideradas adequadas

denominações como: Excepcional (não se deve ressaltar primeiramente a excepcionalidade da condição que a pessoa apresenta, mas o fato de ser pessoa, apesar de apresentar uma deficiência);

Deficiente ( a pessoa com deficiência tem um impedimento específico, mas não é em sua totalidade uma pessoa deficiente;

Pessoa portadora de deficiência (a deficiência não é uma condição que a pessoa pode portar ou deixar de portar. Ela tem aquela deficiência;

Portadores de necessidades especiais (não há portabilidade na deficiência. Ela existe. Também não se considera adequado o termo

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necessidades especiais porque é demasiado genérico, não especificando a condição de existência de uma deficiência.

� Sendo assim, a denominação consagrada na Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU) que foi incorporada à Constituição Brasileira, é pessoa com deficiência. Com esta denominação, a pessoa é ressaltada em primeiro lugar, e portanto, a sua igualdade com as demais pessoas. O acréscimo da expressão com deficiência reconhece, sem eufemismos, que há uma limitação, que deve ser levada em conta, mas que não é o principal nem o Mais importante. Portanto, utilizemos a expressão pessoa com deficiência.

Para que as pessoas se desenvolvam ...

ACESSIBILIDADE COM AUTONOMIA: � permite que qualquer cidadão possa utilizar os

equipamentos, mobiliários e espaços edificados, com independência, ou seja, sem barreiras de acesso, transporte, circulação, comunicação, uso, interpretação pelos sentidos e linguagens ou sem que tenha sua privacidade invadida ou deflagrada qualquer forma de discriminação.

Para combater a insegurança ...

ACESSIBILIDADE COM SEGURANÇA: � permite que os equipamentos, mobiliários,

espaços e componentes construídos sejam concebidos de forma a evitar qualquer tipo de acidente, agindo preventiva e corretivamente nas hipóteses de erro, levando em conta as diversas deficiências físicas, sensoriais e intelectuais.

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Por uma cidade para todos ...

ACESSIBILIDADE COM DESENHO MAIS UNIVERSAL: � permite que qualquer produto seja concebido

com espaços confortáveis para uso e tenha amplo espectro funcional, ou seja: com flexibilidade, simplicidade e

intuitividade para o uso eficiente; percepção facilitada pelas orientações e

informações explícitas e com hierarquia e lógica seqüencial para uso; redução dos esforços físicos e sensoriais

e com tolerância ao erro, garantindo a equitatividade de uso por diversas pessoas respeitando suas limitações de capacidades e habilidades.

Como forma de ampliar os conceitos de acessibilidade a bens e serviços, sugere-se que um percentual das embalagens dos produtos de uso cotidiano (higiene pessoal, limpeza, alimentação, etc.) adotem os princípios do desenho universal, tanto nas informações e orientações sensoriais (visual ampliado, tátil Braille, etc.), quanto ao uso do produto, garantindo padronização técnica, praticidade funcional, dosagem com dispositivo de controle e máxima segurança.

Para evitar a discriminação ...

ACESSIBILIDADE COMO PROCESSO DE INCLUSÃO: � garante o desenvolvimento humano integral-

físico, sensorial, intelectual, laboral e espiritual – e da sociedade como um todo, inter-relacionada e interdependente.

� permite ver a diversidade como riqueza e fonte de oportunidade para o desenvolvimento científico e tecnológico

� contribui para a formação do relacionamento humano ético e moral

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ACESSIBILIDADE NAS CIDADES:

• garante o direito e a liberdade de deslocamento, através de mobilidade intermodal (vários sistemas de transporte integrados) sustentável, orientação informativa de percursos e pontos específicos de utilidade e uso público

• valoriza a democracia e potencializa a inclusão como processo fundamental de relações humanas para se construir uma sociedade igualitária de direitos e deveres

• propicia o direito ao trabalho, à saúde, à educação, à cultura, ao lazer, ao convívio, enfim, a todas as ações cotidianas.

Pesquisas têm demonstrado que diversas cidades e regiões metropolitanas estão “enfermas”. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde é um estado completo de bem-estar, conforto e qualidade de vida. Acredita-se que, com a adaptação à acessibilidade das cidades e ao desenho, cada vez mais, universal dos produtos e serviços, seja possível recuperar a cidadania, adotando a inclusão como um instrumento eficaz para garantir a “saúde urbano-social”.

PRINCÍPIOS do Desenho Universal 1° Uso equiparável (para pessoas c/ diferentes capacidades)

- as possibilidades e o desenho atraente devem oferecer a mesma forma de uso para todos, garantindo privacidade e segurança e evitando segregação e estigmação.

2° Uso flexível (com leque amplo de preferências e habilidades) - oferecer escolha nos métodos de uso, adequar o acesso de uso, facilitar a precisão e exatidão e possibilitar adaptação ao ritmo de todas as pessoas.

3° Simples e intuitivo (fácil de entender) - ser acessível às expectativas e intuição das pessoas, acomodando um amplo espectro de habilidades linguísticas, organizando a informação de forma consistente, independente da experiência de uso, conhecimento ou nível de concentração, eliminando a complexidade desnecessária e oferecendo orientação e feedback efetivos, durante e após a realização da tarefa.

4° Informação perceptível (comunica eficazmente a informação necessária à captação humana) - uso de diferentes modos e formatos (pictória, verbal, tátil), com a máxima legibilidade, utilizando tamanho, tipo de fonte e cores adequados para informações essenciais e secundárias, oferecendo compatibilidade com a variedade de técnicas ou dispositivos utilizados por pessoas com limitações sensoriais e garantindo uma priorização de informações.

5° Tolerância ao erro humano (diminui riscos de ações involuntárias) - Organização de elementos, tornando mais acessíveis os mais utilizados e procurando substituir ou eliminar os elementos que ofereçam riscos e, se não for possível, advertir para riscos e erros, isolar ou proteger ditos elementos a fim de desencorajar ações inconscientes que ofereçam perigo.

6° Pouca exigência de esforço físico - uso efetivo e confortável com o mínimo de fadiga e ações repetitivas, com forças operacionais mínimas ou isentas, possibilitando posições corporais neutras e confortáveis ergonomicamente.

7° Tamanho e espaço para aproximação, acesso, alcance, manipulação e uso - Oferecer espaço adequado ao uso dos dispositivos assistivos para uma melhor percepção sensorial (visual, auditiva, tátil, olfativa) dos elementos importantes, independente do tamanho do corpo, das mãos, pés, altura dos olhos ou da mobilidade do usuário, nos movimentos de agarrar, segurar, etc.

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ACESSIBILIDADE COM ATRIBUTOS DA MOBILIDADE As ações específicas de mobilidade urbana e nas edificações, que necessitam de acessibilidade, são: Deslocar > Chegar > Acessar > Utilizar > Permanecer > Sair

Para cada uma dessas ações de mobilidade urbana é imprescindível detectar a interface acessível, ou seja, adequar à acessibilidade os componentes, mobiliários, equipamentos, produtos, etc., a fim de eliminar as barreiras e qualificar os espaços construídos.

Deslocar > Chegar > Acessar > Utilizar > Permanecer > Sair Ação Sistema Interface acessível

Ruas, estradas, caminhos, pontes, passarelas, etc. Travessia (faixa de segurança) de pedestres c/ semáforo sonoro e visual Rebaixamento de calçadas

Viário

Elevação de vias Transporte individual (automóveis, bicicletas, motocicleta, cadeira de rodas, carroça, etc.)

Mobilidade Intermodal Transporte coletivo:

terrestre (ônibus, microônibus, trem, monotrem, metrô, etc.) fluvial (barco, navio, lancha, balsa, etc.), aéreo (avião, helicóptero, teleférico, etc.) Orientação (Nomes das ruas, numeração das edificações, bairros, mapas)

Deslocar

(Percurso)

Informação multisensorial

Próximos pontos de informação

(visual, tátil, sonora, olfativa)

Percepção dos pontos marcantes com trajeto: utilização de pictogramas; piso tátil direcional, paginação de piso com diretriz de orientar os deslocamentos

Descanso através de bancos, patamares, espaço p/ cadeira de rodas Corrimão de apoio em calçadas com declividade maior que 12% e declividade transversal Drenagem pluvial evitando acúmulo de água nas calçadas e rebaixamentos

Apoio

Iluminação pública homogênea nas calçadas

Deslocar > Chegar > Acessar > Utilizar > Permanecer > Sair

Ação Sistema Interface acessível Estacionamento específico para pessoas com deficiência Cobertura para desembarque Estações com quiosque de informação turística

Desembarque

Pontos de parada de transporte coletivo (ônibus e táxi)

Informação Placas de sinalização e orientação indicando Bilheteria, Caixa, Recepção, etc. C

hegar

Percurso Calçada para pedestre, escadas, rampas, plataforma elevatória, com sistema de apoio e direcionamento (corrimão, borda de calçada, piso tátil)

Deslocar > Chegar > Acessar > Utilizar > Permanecer > Sair

Ação Sistema Interface acessível Área coberta e patamar com mais de 1,20m de comprimento, junto à porta Porta de acesso com maçaneta tipo alavanca e puxadores interno e externo ou porta automática Recepção (balcão, atendente, catraca, etc.)

Entrada

Espera (mobiliário para pessoa com redução de mobilidade, pessoa obesa e espaço para cadeiras de roda) Orientação direcional Símbolo Internacional de Acesso

Acessar

Informação

Informar o sentido de abertura da porta

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Sinalização com adesivo em portas de vidro temperado Sanitário público Infraestrutura Interfone com botão (altura = 90cm)

Deslocar > Chegar > Acessar > Utilizar > Permanecer > Sair Ação Sistema Interface acessível

Aproximação com piso tátil Iluminação direta sem sombras ou reflexo Alcance

Percepção

Comandos cromo-diferenciados Informação Manual de operação (com pictogramas,

sistema passo-a-passo, fácil entendimento e leitura, objetivo) Confiabilidade Segurança Diferenciação cromática Padronização de posição e seqüência de botões

Utilizar

Utilização

Flexibilidade de uso com sistema audível, tátil e visual

Deslocar > Chegar > Acessar > Utilizar > Permanecer > Sair

Ação Sistema Interface acessível Conforto (mobiliário)

Bem-estar (ventilação, iluminação, temperatura, umidade relativa do ar, cor, aroma)

Perm

anecer

Qualidade

Convivência (layout permitindo trânsito de cadeira de rodas entre os móveis)

Infra-estrutura Sanitários, Praça de alimentação, iluminação artificial, playground, locais para esporte

Equipamentos e mobiliários

Lixeiras, locais com sombra, caixas bancárias,

Deslocar > Chegar > Acessar > Utilizar > Permanecer > Sair

Ação Sistema Interface acessível Piso tátil direcional de retorno Placas com seta indicando a saída: no eixo dos corredores: encontro de circulações e/ou nas paredes (recomenda-se instalar placas também na altura = 1,20m) Indicação das saídas de emergência, saídas alternativas e áreas de resgate, com o símbolo internacional de acesso, quando for o caso Luminárias de saída de emergência

SAIR

Informação

Indicar a distância (em metros) até a saída mais próxima

Próximas ações: Retornar ou Deslocar Para deslocar a outro ambiente ou retornar, os sistemas de transporte, apoio, direcionamento, informações e comunicação devem ser claros e ser implantados sem gerar confusão, para garantir o fechamento do ciclo de mobilidade urbana. O sistema de transporte integrado permite que o cidadão utilize mais de um meio de transporte para se deslocar de um ponto a outro da cidade.

� Deve proporcionar o acesso a todos os espaços de uso público e coletivo até o limite dos ambientes privados;

Por exemplo: um morador pode sair de sua casa de bicicleta até uma estação de metrô, utilizar este meio de transporte até um teleférico, fazer um percurso como pedestre e, depois, retornar.

� Pontos de parada de ônibus pavimentado e com cobertura proporcional ao número de usuários nos horários críticos

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ACESSIBILIDADE NAS CALÇADAS Principais exigências e sugestões de acessibilidade necessárias para garantir autonomia e segurança no deslocamento dos pedestres Equipamentos, sinalizações e mobiliários urbanos:

� Sinaleiras e semáforos luminosos e sonoros, para pedestres, com temporizador ajustado à pior situação

� Faixas de travessia de pedestres (faixa de segurança) com pintura fotoluminiscente; sentido do fluxo de veículos antes e após a faixa

� Sistema de iluminação pública específico para calçadas

� Calçadas com piso antiderrapante � Diferenciação cromática na interface calçada-rua � Piso tátil de alerta com dispositivo de informação em

Braille sobre as características da rua (largura, nº de pistas, etc.)

� Pintura diferenciada do meio-fio nos locais de estacionamento para PcD e nos locais de estacionamento proibido

Pavimentação: resistente, antiderrapante, sem confusão Sugere-se instalar barras de apoio em calçadas com declividade longitudinal superior a 12,5%. Dimensões: maior que 2,00 m, em calçadas de pouco fluxo; maior que 3,00 m, em calçadas de médio fluxo e em frente a escolas, hospitais, etc. e maior que 5,00 m em pólos comerciais Declividade longitudinal menor que 8,33% e declividade transversal menor que 3% Pontos de parada: com postes fora do eixo da rota acessível Árvores e vegetação: fora do percurso acessível e com proteção ao redor quando houver projeção de troncos e galhos sobre a rota acessível

ACESSIBILIDADE NAS PRAÇAS E PARQUES Principais exigências e sugestões de acessibilidade Caminhos, pavimentação, escadas, rampas:

� Prever pavimentação nos alinhamentos junto às ruas

� Escadas com 6 ou mais degraus e com mais de 3,20m de largura devem ter corrimão central

� Sempre que possível corrigir as pavimentações adjacentes para eliminar degraus isolados

Iluminação: � Instalar postes de iluminação junto às calçadas e

caminhos � Sistema de iluminação com sensor de presença,

temporizador e regulador de intensidade Equipamentos e mobiliário urbanos:

� Instalar bancos com apoio de braço em uma das extremidades;

� alturas diferenciadas, � material com baixa condução de calor � Telefone público em espaço externo: quantidade 5%

acessível para pessoa em cadeira de rodas (mínimo 1); 5% com amplificador de sinal (mínimo 1)

Árvores e vegetação:

� Cercar os arbustos com galhos pendentes � Remover ou podar as árvores com flores ou folhas

caducas com projeção sobre as escadas e rampas ou deslocar estes componentes.

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Sistema de sinalização: � Placas de orientação com pictogramas indicando os

ambientes, monumentos, bebedouros, fontes, obras de arte, playground, quadras esportivas, sanitários, etc. (máximo 3 informações por placa)

� Piso tátil direcional em ambientes amplos e sem guia de balizamento

� Piso tátil de alerta no início e término de escadas e nos locais previstos pela norma técnica

� Placa Braille nos corrimãos das escadas indicando o número de degraus da escada

� Placas de informação de alerta junto às vegetações tóxicas ou com espinhos

Os parques e praças são espaços de uso público, onde se exerce o convívio social através de atividades de lazer, esporte e cultura, integrados com o meio ambiente. A acessibilidade nos parques e praças é uma exigência urbana para garantir a inclusão de todos os cidadãos.

Playground

Principais exigências e sugestões de acessibilidade: � Posicionar os brinquedos de forma a evitar que o seu

funcionamento possa gerar acidente com os demais usuários

� Brinquedos com suporte inclinado devem ter fechamento vertical no mínimo de 1,60m de altura

� Eliminar pneus enterrados utilizados como demarcação do playground

� Prever brinquedos para crianças com deficiência (em cadeira de rodas, com deficiência motora e sensorial)

� Prever playground de estimulação precoce

ACESSIBILIDADE EM EDIFICAÇÕES DE USO PÚBLICO E COLETIVO Os preceitos de acessibilidade são distintos conforme o tipo e função das edificações. Para facilitar a caracterização da acessibilidade em tipologia distinta de edificações, procurou-se agrupá-las nas seguintes áreas:

• Saúde • Educação • Cultura • Órgãos Públicos / Governamental • Lazer / Esporte • Comércio (em geral) • Gastronomia • Serviços Financeiros • Serviços Profissionais • Hospedagem • Transporte • Residencial

Os ambientes mais acessíveis suprem as limitações das pessoas, com informações múltiplas (audibilidade, visibilidade e legibilidade) adequadas; garantem o conforto térmico, lumínico e ambiental, sendo preenchidos com mobiliários e equipamentos que permitam a usabilidade com segurança. Sugere-se prever local para cão-guia nos estabelecimentos com mais de 3.000 m² e população diária maior que 1.000 pessoas ou em eventos, tais como feiras e festas municipais Sugestões de acessibilidade na área externa das edificações das áreas da saúde, educação, cultura, institucional / governamental, serviços financeiros e transporte: � Faixa de travessia de pedestres com semáforo visual e

sonoro � Elevação da pista na faixa de travessia ou rebaixamento

de meio-fio, com piso tátil de alerta

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� Sinalização visual e sonora na entrada e saída de veículos e placas de orientação

� Portões independentes para pedestres e veículos � Calçada para pedestres entre o passeio público e a

porta principal � Ausência de degraus ou desníveis junto às portas, ou

seja, acesso sempre em nível. Deve-se levar em conta que as adaptações e adequações à acessibilidade arquitetônica não são destinadas exclusivamente ao público externo. Essas adequações são imprescindíveis para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Área Tipo de edificação SAÚDE

Pronto-socorro, Hospital, Clínica, Posto de saúde, Laboratório, etc.

Principais exigências e sugestões de acessibilidade: � Embarque/desembarque coberto � Estacionamentos preferenciais (idoso, gestante, obeso,

etc.) e específicos (pessoa com deficiência, ambulância, etc.);

� Balcão de recepção e informações com trecho de no máximo 90 cm de altura, adequado para pessoa com deficiência e pessoas de baixa estatura

� Cadeira ou poltrona de espera, com apoio para os braços para pessoa com dificuldade de locomoção

� Cadeira ou poltrona, com assento duplo, para obeso � Nos corredores ou ambientes prever espaço, fora da

rota acessível, para guardar cadeira de rodas, � Sanitários para pessoa com deficiência 10% acessíveis;

recomenda-se 10% adaptáveis

� Sanitário dos leitos com dispositivo de chamada (interfone ou campainha) próximo ao boxe do chuveiro e ao lado da bacia sanitária;

� Boxe do chuveiro sem porta, com espaço para cadeira de rodas

� Portas com vão maior que 90cm (mín. 80cm) � Camas com regulagem de altura e c/ dispositivo de

chamada (interfone ou campainha); � Janela dos leitos de permanência dos pacientes com

vidro transparente e altura do peitoril adequada que permita a visualização da área externa e aproximação do paciente em cadeira de rodas ou de baixa estatura

Área Tipo de edificação

EDUCAÇÃO

Escolas de educação infantil e ensino médio, Faculdade, Instituto de línguas, Curso Técnico Profissionalizante, Universidade, etc.

Principais exigências e sugestões de acessibilidade: � Estacionamentos específicos para pessoas com

deficiência; � Interligação com rota acessível da porta principal às

áreas administrativas, prática esportiva, recreação, alimentação, salas de aula, laboratório, biblioteca, centro de leitura e demais ambientes pedagógicos

� Entrada de alunos: localização - Via de menor fluxo de tráfego de veículos

� Secretaria com balcão rebaixado e � Biblioteca com mesas para pessoas com deficiência,

estantes de livros em Braille ou com áudio-descrição � Escadas com corrimão duplo ou em três alturas (55, 70,

92 cm), sinalização visual de borda de degrau, piso tátil de alerta no início e término da escada

� Rampas com largura maior que 1,50m, inclinação menor que 8,33%, com sinalizações táteis de piso, corrimão duplo, linha-guia, patamar junto às portas

� Sala de aula com mesa acessível regulável

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� Cadeiras universitárias: 1 % do total, especifica para canhotos e com assento maior e prancheta articulada para obesos e gestantes

� Quadro de escrever acessível, altura inferior < 0,90 m, permitindo aproximação inferior à lousa

� Bebedouros: infantil, normal e para 50% para usuário de cadeira de rodas

� Dispositivos mecânicos (elevadores, plataformas, etc.) interligando pavimentos, com energia residual para caso de pane

� Nos corredores sugere-se localizar extintores, bebedouros, lixeiras, vasos com folhagens, etc. em nichos evitando a redução da largura da rota acessível

� Sanitários específicos de pessoas com deficiência para alunos e alunas (5 % devem ser acessíveis); 10% dos sanitários devem ser adaptáveis (mictórios com alturas variáveis, lavatórios em alturas adequadas para crianças e bacia sanitária infantil)

� Sanitários acessíveis para professores e funcionários (5%) e 10% dos sanitários devem ser adaptáveis

� Nos sanitários com mais de um lavatório, pelo menos um deve ter altura de 65 cm

� Refeitório com balcões acessíveis e alturas variadas, mesas e espaços para pessoa em cadeira de rodas, pessoa obesa, etc.

� Escola de educação infantil com peitoril de janela mais baixo para permitir a visão externa. Vidros mais resistentes ou com película nos locais onde pode ocorrer acidente

� Playground com brinquedos acessíveis em área pavimentada ou revestida com grama sintética

� Sugere-se eliminar ou proteger as quinas dos móveis e paredes com material amenizador de impacto.

� Prever guarda-corpo com mais de 1,10m de altura nos locais quando houver desnível superior a 1,00m e 1,20m nos mezaninos e terraços. Sugere-se que o perfil (design) do guarda-corpo gere segurança e não permita sua transposição.

Área Tipo de edificação

CULTURA

Teatro, Cinema, Museu, Templo, etc.

Principais exigências e sugestões de acessibilidade: � Estacionamentos específicos para pessoa com

deficiência � Embarque e desembarque em área coberta � Recepção, chapelaria e bilheteria com balcão rebaixado � Escadas com corrimão duplo ou triplo, sinalização visual

de borda de degrau, piso tátil de alerta no início e término da escada

� Rampas com corrimão duplo, linha-guia, patamar junto às portas, sinalizações táteis de piso no início e término da rampa

� Sanitários independentes para pessoa com deficiência masculino e feminino

� Bebedouros: infantil, normal e para usuário de cadeira de rodas

� Poltronas para pessoa obesa � Palco com acesso através de rampa com corrimão e

sinalização visual e tátil na borda � Palco com local definido e adequadamente iluminado

para intérprete de libras � Púlpito com possibilidade de utilização de cadeirantes e

pessoas de baixa estatura. Sugere-se adicionar barras de apoio nas laterais do púlpito, além de luminária gerando no mínimo 300 lux

� Mínimo um camarim acessível com sanitário adaptado para Pessoa com Deficiência

Área Tipo de edificação Órgãos Públicos / GOVERNAMENTAL

Prefeitura, Assembléia Legislativa, Câmara Municipal, Fórum, Instituições e órgão público, etc.

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Principais exigências e sugestões de acessibilidade: � Estacionamentos específicos (pessoa com deficiência,

idoso, gestante, etc.); � Recepção e guichê de informações com balcão

rebaixado � Escadas com corrimão duplo ou triplo, sinalização visual

de borda de degrau, piso tátil de alerta no início e término da escada

� Rampas com sinalizações táteis de piso, corrimão duplo, linha-guia, patamar junto às portas

� Elevadores com porta automática com sensor infravermelho, informação audível dos pavimentos, botoeiras com informação em Braille, corrimão interno, espelho na parede de fundo, diâmetro que permita a manobra de cadeira de rodas

� Salas de espera com poltronas para pessoa obesa e com apoio para braço para pessoas com dificuldade de locomoção

� Salas de audiência e reuniões com portas maiores que 90 cm e com mais de 2,40m de altura

� Sanitários para Pessoa com Deficiência masculino e feminino independentes

� Sanitários comuns com mictórios e lavatórios em duas alturas, boxes de bacia sanitária para pessoa obesa e com mobilidade reduzida

� Prever área de manobra na disposição dos mobiliários � Salas com pelo menos um comando de abertura de

janela a 1,00m; maçanetas das portas do tipo alavanca; interruptores, tomadas, comandos de cortinas, etc. posicionados dentro da faixa de alcance sendo recomendado 95 cm

� Prever espaço livre de 60 cm no lado de abertura de qualquer porta, ou instalar portas automáticas ou do tipo vai-vem com visor

� Bebedouros: infantil, normal e para usuário de cadeira de rodas

Área Tipo de edificação

LAZER / ESPORTE

Clube, Estádio de futebol, Arena, Ginásio de esporte, etc.

Principais exigências e sugestões de acessibilidade: � Passeios públicos das ruas devidamente demarcados e

mais largos (3,00m como rota acessível) num raio de 500 m para estádios, ginásios, anfiteatros locais com mais 10.000 lugares; ou ruas devidamente pavimentadas quando for impedida a circulação de veículos.

� Locais demarcados nas calçadas para vendedores ambulantes devidamente autorizados

� Estacionamentos específicos (pessoa com deficiência, idoso, gestante, etc.);

� Portas de acesso com largura superior a 1,00 em cada folha

� Catracas para pessoas em cadeira de rodas, pessoas obesas, gestantes

� Ausência de degraus ou desníveis (sempre acompanhado de rampa, plataforma ou elevador)

� Arquibancadas com lugares definidos para pessoas com mobilidade reduzida, pessoas obesas, pessoas em cadeira de rodas; corrimão simples nas escadas laterais e corrimão duplo nas escadas centrais

� Diferenciação cromática da faixa da escada das arquibancadas

� Setorização numérica e cromática das arquibancadas com mais de 1.000 lugares

� Rampas com sinalizações táteis de piso, corrimão duplo, linha-guia

� Interligar os espaços para pessoas com deficiência às áreas de apresentação, quadras, vestiários e sanitários.

� Sanitários para Pessoa com Deficiência (mictório e lavatório em duas alturas) masculino e feminino,

� Sanitários comuns com mictórios e lavatórios em duas alturas, boxes de bacia sanitária para pessoa obesa e com mobilidade reduzida

� Bebedouros: infantil, normal e para cadeirante

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� vestiários para cadeirantes (porta com largura maior que 1,10m; boxe do chuveiro com banco articulado; superfície para troca de roupas com espelho)

Área Tipo de edificação

COMÉRCIO

Mini-mercado, Supermercado, Shopping Center, Centro Comercial e similares

Principais exigências e sugestões de acessibilidade: � Estacionamentos específicos (Pessoa com Deficiência

2%, idosos 5%, gestantes 1%, obesos 1%, etc.); � Caminhos definidos dos estacionamentos às portas de

entrada e portões independentes para pedestres e veículos

� Corrimão duplo ou triplo em escadas � Rampas com sinalizações táteis de piso, corrimão

duplo, linha-guia, patamar junto às portas � Informações táteis em Braille ou audíveis em produtos � Fornecer cadeiras de rodas preferencialmente com

motor � Sugere-se que os produtos nas gôndolas estejam

distribuídos na altura da faixa de alcance (entre 40 cm e 1,20m)

� Sanitário para Pessoa com Deficiência unissex para estabelecimento menor que 200 m² de área útil

� Sanitários para Pessoa com Deficiência (mín.5%) masculino e feminino independentes, de uso público, para estabelecimentos com mais de 200 m² de área útil.

� Sanitários comuns com dois ou mais conjuntos devem ter mictórios e lavatórios em duas alturas, boxes de bacia sanitária para pessoa obesa e com mobilidade reduzida

� Sanitários familiares com superfície para toca de fraldas de adultos

� bacia sanitária para ostomizados (pessoas nas quais a bexiga e intestino foram substituídos por bolsas para coletar urina e fezes)

Área Tipo de edificação LOJAS COMERCIAIS

Loja, Butique, Padaria, Confeitaria, Farmácia, Tabacaria, Livraria, etc.

Principais exigências e sugestões de acessibilidade: � Estacionamentos específicos (Pessoa com Deficiência

2%, idosos 5%, gestantes 1%, obesos 1%, etc.); � Corrimão duplo ou triplo em escadas � Rampas com sinalizações táteis de piso, corrimão

duplo, linha-guia, patamar junto às portas � Informações táteis em Braille ou audíveis em produtos � Provadores com área > 1,80 x 1,80; porta abrindo para

fora; 2 barras horizontais > 80 cm altura de 75 cm; cama com dimensões de 0,80 x 1,80 m e altura = 46 cm

� Caixas de pagamento com balcão parcial na altura de 90 cm

� Corredor entre gôndolas com largura maior que 1,50m e/ou prever espaço de manobra de cadeira de rodas

� Sanitário para Pessoa com Deficiência unissex para estabelecimento menor que 200 m² de área útil ou sanitários masculino e feminino independentes, de uso público para Pessoa com Deficiência (mín.5%), em estabelecimentos com mais de 200 m² de área útil.

� Sanitários comuns com dois ou mais conjuntos podem ter mictórios e lavatórios em duas alturas, boxes de bacia sanitária com barra lateral para pessoa obesa e com mobilidade reduzida

Área Tipo de edificação COMÉRCIO Praças de alimentação,

Page 16: MUNICÍPIO LEGAL É MUNICÍPIO ACESSÍVEL

ALIMENTAÇÃO

restaurantes, bares, lancherias, refeitórios etc.

Principais exigências e sugestões de acessibilidade � Ausência de degraus junto à porta � Área coberta junto à porta � Rota acessível integrando: entrada, mesas acessíveis,

sanitário acessível, balcões de bufê e caixa � 5% Mesas com altura adequada para usuário de

cadeira de rodas (altura inferior > 73 cm) � 50% da ilha de bufê deve ser acessível: bancada com

altura < 90 cm e profundidade > 30 cm para permitir de aproximação

� Cardápio (menu) com informações táteis em Braille � Sistema de escolha virtual do menu ou atendente

intérprete de libras � Talheres especiais (colher e garfo flexíveis e com cabo

adaptado; faca com cabo grosso) e pratos com ventosas.

� Louças: Bandejas, talheres, pratos, copos, dispostos dentro da faixa de alcance

� Temperos, alimentos, bebidas com descrição ou rótulo em Braille

� Passa-prato: 75 cm < altura < 85 cm � Caixa de pagamento acessível � Um sanitário acessível para Pessoa com Deficiência

unissex para estabelecimento menor que 200 m² de área útil (barras, louças, metais, acessórios, áreas de transferência, etc.); dimensões mínimas 1,50 m x 1,70 m

� Dois sanitários acessíveis para Pessoa com Deficiência (mín.5%) masculino e feminino independentes, de uso público, para estabelecimentos com mais de 200 m² de área útil.

� Sanitários comuns com dois ou mais conjuntos devem ter mictórios e lavatórios em duas alturas, boxes de

bacia sanitária para pessoa obesa e com mobilidade reduzida

Área Tipo de edificação SERVIÇOS FINANCEIROS

Agências bancárias; caixas eletrônicas, agências lotéricas

Principais exigências e sugestões de acessibilidade: � Estacionamentos específicos para Pessoa com

Deficiência � Portas com largura maior que 1,00m � Calçada para pedestres entre o passeio e a porta

principal � Corrimão duplo ou triplo em escadas, com

prolongamento de 30 cm no início e término, sinalizações visuais de borda de degrau e piso tátil de alerta

� Rampas com sinalizações táteis de piso, corrimão duplo, linha-guia, patamar junto às portas

� Sanitários para Pessoa com Deficiência masculino e feminino

� Poltronas de espera para idosos, pessoas obesas (mais de 150Kg), gestantes e pessoas com mobilidade restrita.

� Máquina de auto-atendimento automático para pessoa de baixa estatura e usuário de cadeira de rodas

� Máquina de auto-atendimento com sistema sonoro

Área Tipo de edificação

SERVIÇOS PROFISSIONAIS

Consultório médico, Consultório odontológico, Escritórios em geral, Barbearia, Estética, Salão de Cabeleireiro, etc.

Page 17: MUNICÍPIO LEGAL É MUNICÍPIO ACESSÍVEL

Principais exigências e sugestões de acessibilidade: � Portas com largura maior que 90cm � Calçada para pedestres entre o passeio e a porta

principal � Corrimão duplo em escadas, com prolongamento de

30 cm no início e término, sinalizações visuais de borda de degrau e piso tátil de alerta

� Rampas com sinalizações táteis de piso, corrimão duplo, linha-guia, patamar junto às portas

� Balcões de recepção com espaço e altura para usuário de cadeira de rodas

� Sanitários para pessoa com restrições de mobilidade (pode ser normal porém com barras junto aos aparelhos), porta com largura > 80cm

Área Tipo de edificação SERVIÇOS DE HOSPEDAGEM

Hotéis, motéis, flats, albergues, casas de estudante, asilos, geriatrias, etc.

Principais exigências e sugestões de acessibilidade � 2% estacionamentos específicos para Pessoa com

Deficiência � Embarque e desembarque coberto � Porta principal com largura maior que 90 cm � Calçada para pedestres interligando o passeio,

estacionamento e a porta principal � Rota com dimensões e sinalizações de orientação

interligando: entrada, balcão de recepção e saída, dormitórios acessíveis, refeitório, espaços de lazer e convivência e equipamentos de serviço

� Escadas com corrimão duplo ou triplo, com prolongamento de 30 cm no início e término, sinalizações visuais de borda de degrau e piso tátil de alerta

� Rampas com sinalizações táteis de piso, corrimão duplo, linha-guia, patamar junto às portas

� 5% dos dormitórios (suíte, apto,...) com sanitário acessível, integrado aos demais, localizado em rota acessível

� 10% adaptáveis para acessibilidade � Circulação interna > 90 cm, com área manobra

(diâmetro > 1,50m) � Mobiliário c/ alcance manual e visual (porta-cabides,

mesas, bancadas), altura da cama com colchão = 46cm, frigobar com altura > 40 cm

� Comandos de luz, TV, ar condicionado, interfone etc. junto à cama

� Telefone e interfone c/ sinal luminoso e controle de volume de som

� Despertador com vibração � Acesso aos comandos de janela, persiana, cortinas � Barras para transferência (junto a cama, chuveiro,

bacia sanitária, superfície para troca de roupa) � Espelho no local de vestir (maior que 1,50 m x 0,80m

/ 0,40m) � Dispositivo de alarme de emergência visual, sonoro,

vibratório (campainha, interfone, etc.) � Iluminação de piso ou abajur � Menu e informações do Estabelecimento em Braille e

mínimo três línguas � Piso diferenciado na frente da porta de cada dormitório

acessível � Placa com símbolo internacional de acesso fixado na

porta de cada dormitório Acessível e informações táteis em relevo e Braille ao lado da maçaneta

� Numeração do apto (dorm. suíte, ...) c/ caracteres contrastantes e altura > 10cm (visibilidade transversal e frontal)

� Sanitário do dormitório completo (barras, louças, metais, acessórios, áreas de transferência, etc.)

� Sanitários para Pessoa com Deficiência masculino e feminino em espaço coletivo.

� A cozinha do apart-hotel deve ser acessível com circulação, aproximação e alcance dos utensílios.

Page 18: MUNICÍPIO LEGAL É MUNICÍPIO ACESSÍVEL

Área Tipo de edificação

TRANSPORTE

Estação Rodoviária, Ferroviária, Metroviária, Portuária, Teleférico; Aeroporto, Heliporto, etc.

Principais exigências e sugestões de acessibilidade � Estacionamentos específicos para Pessoa com

Deficiência � Portas com largura maior que 1,00m � Corrimão duplo ou triplo em escadas, com

prolongamento de 30 cm no início e término, sinalizações visuais de borda de degrau e piso tátil de alerta

� Rampas com sinalizações táteis de piso, corrimão duplo, linha-guia, patamar junto às portas

� Sanitários para Pessoa com Deficiência masculino e feminino

� Telefone Mín. 1 / pavimento que transmita mensagem de texto

� Recomenda-se 10% dos telefones sejam adaptáveis para acessibilidade com símbolos de comunicação (telefone; telefone com teclado; telefone com amplificador sonoro)

Acessibilidade em edificações de uso privado

Área Residência RESIDENCIAL Casa, apartamentos, loft, flat

Principais exigências e sugestões de acessibilidade: � Vagas de estacionamentos específicos para Pessoa com

Deficiência � Calçada para pedestres entre o passeio e a porta

principal � Patamar junto às portas � Porta de entrada com largura maior que 90cm e as

demais portas com mais de 80 cm de largura � Espaço livre de 60 cm junto à maçaneta (tipo alavanca)

do lado de abertura da porta � Corrimão simples em escadas, com prolongamento de

30 cm no início e término, sinalizações visuais de borda de degrau e piso tátil de alerta

� Rampas com sinalizações táteis de piso, corrimão duplo, linha-guia, patamar para desníveis maiores que 80 cm

� Cobertura sobre escadas e rampas externas � Boxe do chuveiro para Pessoa com Deficiência com

espaço adicional para transferência lateral ao banco articulado do chuveiro e com três barras;

� Lavatório sem coluna e com torneira tipo alavanca ou dispositivo automático

� Bacia sanitária mais alta, com aérea de transferência lateral, perpendicular e diagonal e barras na parede lateral e fundos

� Cozinha com pia e fogão acessível, com área de manobra 360º

� Sugere-se adotar a altura de 95 cm para:interruptor, maçaneta de porta, comando de janela, interfone, dispositivo de inserção e retirada de produtos, comandos de precisão, campainha, etc.

� Tomada baixa com altura superior a 40 cm

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� Mobiliário, sem quinas, dispostos de tal forma que permitam o giro de 360º de cadeira de rodas em qualquer dependência

PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE ACESSIBILIDADE Ao longo do tempo, as cidades modificam-se nas características territoriais, morfológicas, populacionais, administrativas, etc. geradas pela sazonalidade de eventos significativos, que configuram a sua razão de existir. Essas transformações, oriundas dos anseios e necessidades da população, ocasionam impactos funcionais na paisagem e na mobilidade urbana. Essa dinâmica urbana pode ser muito positiva desde que a sociedade tenha absoluta consciência de seus direitos e deveres de cidadão, valorizando a cidade onde vivem é considerando-a como a extensão da sua moradia. Município legal e acessível é aquele onde seus espaços de uso comum, sejam eles pertencentes à iniciativa privada ou ao Poder Público, permitem o acesso, a mobilidade, a interação e o uso, com autonomia, segurança, multiplicidade e equiparação de soluções e oportunidades, por qualquer indivíduo da sociedade. Para se ter um município acessível a todas as pessoas será necessário que se promova uma ação conjunta, onde ... A Sociedade em geral e as comunidades específicas:

• Apóiem e participem ativamente da elaboração dos procedimentos e programas de ação, para eliminação das barreiras urbanas existentes,

• Capacitem os técnicos da iniciativa privada que atuam direta ou indiretamente, com projetos e construções, contemplando a reciclagem do conhecimento e dinamizando as questões técnicas.

A Administração Pública Municipal:

• Comprometa-se em estabelecer uma mudança

de posturas administrativas capazes de estabelecer normas, regras e procedimentos para que todas as obras e ações públicas, voltadas ao coletivo da sociedade, não produzam nem permitam qualquer impedimento no acesso e na mobilidade das pessoas.

• Zele pela coisa pública, estabelecendo um programa gradativo e contínuo de ações que promovam a eliminação de barreiras físicas e atitudinais existentes na cidade.

• Não gere novas barreiras físicas e espaços excludentes e elimine, estrategicamente, as existentes, através do plano diretor municipal de acessibilidade.

• Se responsabilize em atender à comunidade atual e preservar a qualidade ambiental e urbana para as gerações futuras

• Incorpore o conceito de Desenho Universal nos projetos e na legislação vigente;

• Elabore legislação que contemple transformações efetivas na cidade para garantir a mobilidade urbana mais acessível;

• Capacite os técnicos de vários setores da administração pública que atuam direta e indiretamente nos setores que geram impacto urbano e edificatório;

• Promova a troca de experiências com outros municípios, de forma a ampliar a rede de conhecimentos de alternativas já testadas e bem resolvidas;

• Fiscalize a ação da iniciativa privada, para o correto cumprimento dos parâmetros de acessibilidade

O Plano Diretor Municipal de Acessibilidade é um instrumento eficiente e eficaz de coordenar um processo de melhoria dos espaços de uso público e minimização das barreiras urbanas.

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Desse plano devem participar diversos profissionais técnicos de todas as Secretarias Municipais. De acordo com os artigo 13 e 15 do Decreto Federal nº 5.296/2004 a acessibilidade deve estar inserida em todos os instrumentos municipais, tais como: Plano Diretor Municipal; Planos Diretores de Transporte e de Trânsito; Código de Obras; Código de Postura; Lei de Uso e Ocupação do Solo e Lei do Sistema Viário. A construção de calçadas para circulação de pedestres ou adaptação de situações consolidadas, o rebaixamento de calçadas com rampa acessível ou elevação da via para travessia de pedestres em nível e a instalação de piso tátil direcional e de alerta devem constar no planejamento e na urbanização das vias, praças, dos logradouros, parques e demais espaços de uso público. As adequações de acessibilidade urbanas podem fazer parte de um planejamento administrativo municipal, com cronograma físico-orçamentário. Com os recursos previstos no orçamento municipal, as melhorias da acessibilidade poderão ser implementadas gradualmente, em etapas de adequação, sucessivas e complementares. Como estratégia, sugere-se iniciar as adequações de ambientes com grande fluxo de pessoas, incluindo as calçadas (pontos de parada de ônibus), ruas (travessias de pedestres), praças e edificações de uso público. Para isso, será interessante elaborar pesquisas com moradores e proprietários de estabelecimentos para compor um diagnóstico preciso das condições urbanas, executando as seguintes atividades de levantamento de dados:

� Mapear a intensidade dos fluxos de mobilidade da população.

� Identificar nas calçadas e espaços de uso público, os pontos com deficiência de calçamento e iluminação pública, barreiras físicas e informativas e carência de equipamentos e mobiliários urbanos.

� Mapear os locais (ruas, calçadas, rebaixamentos de calçada, etc.) onde há acúmulo de água da chuva, desníveis, pisos escorregadios, etc.

� Diagnosticar as questões de acessibilidade nos pontos turísticos, estações de ônibus, trem, aeroporto e cais.

� Mensurar as escadas em calçadas e praças, identificando a coerência entre a altura dos espelhos com relação a base dos degraus.

� Registrar as plantas tóxicas ou com espinhos localizadas nas calçadas, parques e praças e as árvores com galhos e copa com projeção sobre calçadas com altura inferior a 2,40m.

� Localizar nos logradouros as vagas de estacionamento preferenciais para Pessoa com Deficiência, idoso, gestante, etc.

Após concluir o diagnóstico, recomenda-se elaborar um projeto urbano gráfico e descritivo, contemplando as estratégias de adequação urbana. Dentre várias estratégias, nesse projeto podem ser implantadas as seguintes ações:

� Localizar os pontos de interesse municipal nas diversas áreas (saúde, educação e cultura, esporte, lazer, comércio e serviços, etc.) para torná-los prioritariamente acessíveis e compor o projeto urbano de comunicação visual (informação e orientação)

� Elaborar um plano de rotas acessíveis interligando os pontos de transporte e os pontos de interesse municipal. Na rota para pedestres devem ser localizadas as faixas de travessia de pedestres.

� Sugere-se diferenciar o fundo (cromática e/ou com pictogramas) da faixa (listras transversais brancas) de segurança com ou sem semáforo específico para pedestres. Implementar faixas de segurança (para travessia de pedestres) na frente de todas as creches, escolas, hospitais e pronto-socorros, etc. e demais edificações das áreas da Saúde e Educação.

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Faixa de segurança nas esquinas dos pólos comerciais e onde estiverem instalados supermercados, shopping center, templos, agências bancárias, etc. e demais edificações de médio porte.

� Propor soluções que favorecem a travessia de pedestres, com segurança e menor esforço físico, ampliando calçadas, definindo calçadões e elevando o leito das ruas

� Apresentar um plano de podas e remoção de vegetações tóxicas e com espinhos junto às rotas acessíveis

� Elaborar um plano de iluminação pública de calçadas e praças de forma a evitar variações bruscas de luminância

Representação gráfica: Nos projetos arquitetônicos, destinados à aprovação dos Órgãos Públicos (Secretaria de Obras Municipal e/ou Estadual), os desenhos devem representar conceitos e diretrizes de projeto e esclarecer componentes e técnicas construtivas e a função das edificações.

Sugere-se que cada Órgão Público elabore instruções normativas quanto a representação gráfica, incluindo nos desenhos técnicos (planta baixa, cortes e fachadas) informações de acessibilidade, tais como:

� Piso tátil de alerta nos locais descritos na norma Brasileira NBR 9050, incluindo: no rebaixamento de calçadas, no início e término de escadas e rampas, junto aos elevadores, escadas rolante, elementos suspensos, etc.;

� Sinalização visual de borda de degrau nas escadas; � Desenho dos corrimãos e guarda-corpo, com

respectivos diâmetros, alturas, prolongamento no início e término de rampas e escadas, representação dos montantes e suportes;

� Níveis no início e término das calçadas, com indicação de declividade longitudinal e transversal;

� Indicação das grelhas de piso e caixas de inspeção localizadas nas rotas acessíveis;

� Localização de vagas de estacionamento, com desenho da faixa auxiliar, símbolo internacional de acesso (1,70x1,70m), placa vertical;

� Indicação do tipo de vegetação e a projeção da copa das árvores nas rotas acessíveis;

� Desenho das barras nos sanitários preferenciais para Pessoa com Deficiência.

Recomenda-se que todos os elementos e componentes de acessibilidade sejam representados

na cor azul. Os projetos devem detalhar as placas de informação e orientação. As placas contendo pictogramas facilitam a todos a identificação da informação. Conforme a NBR 9050/2004, o símbolo internacional de acesso deve ter o fundo, preferencialmente, azul (ou preto) e o pictograma branco.

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Símbolo Internacional de Acesso

A fim de facilitar a identificação, sugere-se:

• adotar cores diferenciadas de fundo e pictogramas, principalmente quando mais de dois símbolos fazem parte de uma mesma placa de informação.

• Estabelecer fator 1/100 para títulos e fator 1/150 para o conteúdo

Pessoa com Deficiência Visual acompanhado de cão-guia

Pessoa com Deficiência Visual (cego, baixa visão, etc.)

Pessoa com Deficiência Auditiva

Pessoa Idosa

Pessoa com Mobilidade Reduzida (temporário ou permanente)

Pessoa com Criança de Colo

Mulher Grávida

Pessoa Obesa

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Pessoa com Alta Estatura (gigante)

Pessoa com Baixa Estatura (anão, criança,etc.)

Pessoa com Deficiência Intelectual

Elipse dos Pictogramas (criação Arq. Alexandre Guella Fernandes, 2010)

Nesta figura as “deficiências” podem ser assinaladas com uma, duas ou três estrelas, respectivamente, 33%, 66% e 100%, atendidas pela acessibilidade arquitetônica ou do produto industrial.

Legislação

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei Federal 12.319/2010 – Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete de LIBRAS. Lei Federal 12.303 / 2010 - Exame (Teste da Orelinha) denominado Emissões Otoacústicas Evocadas. Lei Federal 12.190 / 2010 - Indenização por dano moral às pessoas com deficiência física decorrente do uso da talidomida, altera a Lei nº 7.070 / 1982. Lei Federal 11.982 / 2009 - Acrescenta na Lei nº 10.098 / 2000, a adaptação de parte dos brinquedos e equipamentos dos parques de diversões às necessidades das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Lei Federal 11.438 / 2006 - Incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo Lei Federal 11.126 / 2005 - Direito da pessoa com deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-guia. Lei Federal 10.098 / 2000 - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Lei Federal 10.048 / 2000 - Dá prioridade de atendimento às pessoas com deficiência Lei Federal 9.732 / 1998 - Altera dispositivos das Leis nos 8.212 e 8.213 / 1991, da Lei no 9.317 / 1996 Lei Federal nº 8.899 / 1994 - Passe livre às pessoas com deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual Lei Federal 8.213 / 1991 - Lei das Cotas - Planos de Benefícios da Previdência Social. (o art 93 refere-se a Cotas no Mercado de Trabalho para as Pessoas com Deficiência). Lei Federal 8.160 / 1991 - Caracterização de símbolo que permita a identificação de pessoas com deficiência auditiva. Lei Federal 8.078 / 1990 - Proteção do consumidor Lei Federal 7.853 / 1989 - Apoio às pessoas com deficiência, sua integração social, sob a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes.

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Lei Federal 7.405 / 1985 - Torna obrigatória a colocação do ‘’Símbolo Internacional de Acesso” em todos os locais e serviços que permitam sua utilização por pessoas com deficiência Decreto Federal 7.177 / 2010 - Altera o Anexo do Decreto nº 7.037 / 2009, que aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3. Decreto Federal 6.949 / 2009 - Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência assinados em Nova York, 2007. Decreto Federal 6.215 / 2007 - Institui o Comitê Gestor de Políticas de Inclusão das Pessoas com Deficiência - CGPD. Decreto Federal 6.039 / 2007 - Plano de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado em Instituições de Assistência às Pessoas com Deficiência Auditiva. Decreto Federal 5.904 / 2006 - Regulamenta a Lei no 11.126 / 2005, direito da pessoa com deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo com cão-guia Decreto Federal 5.296 / 2004 - Decreto de Acessibilidade - Regulamenta as Leis nºs 10.048 / 2000 e 10.098 / 2000, e estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Decreto Federal 4.769, de 27 de junho de 2003 - Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado no Regime Público - PGMU Decreto Federal 3.956 / 2001 - Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas com Deficiência. Decreto Federal 3.691 / 2000 - Regulamenta a Lei nº 8.899 / 1994, transporte de pessoas com deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual. Decreto Federal 2.682 / 1998 - Convenção nº 168 da OIT, relativa à Promoção do Emprego e à Proteção contra o Desemprego. Portaria Secretaria de Direitos Humanos SEDH 2.344 / 2010 - Regimento Interno do CONADE, onde se lê "Pessoas Portadoras de Deficiência", leia-se "Pessoas com Deficiência" Portaria Ministério das Comunicações 188 / 2010 - Recursos de acessibilidade na programação veiculada nos serviços de radiodifusão de sons e imagens e de retransmissão de televisão Portaria Ministério da Saúde 3.128 / 2008 - Redes Estaduais de Atenção à Pessoa com Deficiência Visual sejam

compostas por ações na atenção básica e Serviços de Reabilitação Visual. Portaria INMETRO 460 / 2008 - Requisitos técnicos que deverão ser atendidos pelos centros de treinamento, treinadores, instrutores e instrutores autônomos de cães-guia. Portaria Ministério das Comunicações 466 / 2008 - Incumbe ao Poder Público promover a eliminação de barreiras na comunicação e estabelecer mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação às pessoas com deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação Portaria MEC 3.284 / 2003 - Dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas com deficiências, para instruir os processos de autorização e de reconhecimento de cursos, e de credenciamento de instituições. Portaria Ministério da Saúde 1.060 / 2002 - Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência que tem como objetivo a reabilitação, a proteção a saúde e a prevenção dos agravos que determinem o aparecimento de deficiências Declaração da IX Conferência Nacional de Direitos Humanos de Brasília / 2004 - Trata da defesa da igualdade, do respeito, da tolerância e da dignidade. Repudia toda forma de tortura, discriminação, repressão e exclusão. Incentiva a participação popular, através da constituição e fortalecimento de Fóruns Municipais, Estaduais e Distritais de Direitos Humanos, bem como da criação de Conselhos Municipais, Estaduais e distritais de Direitos Humanos. Instrução Normativa 1 / 2003 - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Acessibilidade aos bens culturais imóveis acautelados em nível federal, e outras categorias Resolução 304 / 2008 - CONTRAN - Vagas de estacionamento destinadas exclusivamente a veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência e com dificuldade de locomoção.

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei Estadual 13.519 / 2010 - Cardápio em Braille - Altera a Lei 13.320 / 2009; Lei Estadual nº 13.320 / 2009 - Consolidação de Leis da Pessoa com Deficiência - Consolida a legislação relativa à pessoa com deficiência no Estado do Rio Grande do Sul.

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Lei Estadual n.º 13.042 / 2008 - Gratuidade nas linhas comuns do transporte coletivo intermunicipal de passageiros para pessoas com deficiências físicas, mentais e sensoriais, comprovadamente carentes. Lei Estadual n.º 12.900 / 2008 - Direito aos proprietários de animais de pequeno porte e de cães-guia no transporte rodoviário intermunicipal. Lei Estadual n.º 12.885 / 2008 - a instalação de caixas para uso preferencial de pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida, idosos e gestantes, nos estabelecimentos bancários Lei Estadual n.º 12.578 / 2006 – adaptação das instalações e acessos nos hotéis e motéis do RS Lei Estadual n.º 12.498 / 2006 - boletos de contas de água, energia elétrica e telefonia confeccionados em braile Lei Estadual n.º 12.430 / 2006 - equipamentos sanitários e bebedouros compatíveis com deficientes, nos estabelecimentos financeiros. Lei Estadual n.º 12.339 / 2005 - Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência - COEPEDE Lei Estadual n.º 12.227 / 2005 - Adaptação dos veículos de Transporte Metropolitano POA com dispositivos de acesso às pessoas com deficiência física, obesos, gestante e idosos Lei Estadual n.º 12.132 / 2004 - Cadeiras de rodas para utilização de deficientes físicos e idosos em shopping centers e similares. Lei Estadual n° 12.081 / 2004 - Assentos nas filas para aposentados, pensionistas, gestantes e PcD em estabelecimentos bancários. Lei Estadual n.º 11.739 / 2002 - Ingresso e permanência de cães-guia para pessoas com deficiência visual nos locais públicos e privados Lei Estadual n.º 11.664 / 2001 - Gratuidade nas linhas comuns do transporte intermunicipal de passageiros PcD carentes. Lei Estadual n.º 10.945 / 1997 - Atendimento preferencial e obrigatório aos idosos, gestantes e pessoas portadoras de deficiência nos diferentes níveis de atenção a saúde, pelo SUS/RS. Lei Estadual n° 10.414 / 1995 - Semana Estadual da Pessoa com Deficiência Lei Estadual nº 9.796 / 1992 - Assegura aos idosos, deficientes e gestantes o direito a atendimento preferencial.

Lei Estadual n.º 8.974 / 1990 - Projetos de arquitetura e de engenharia destinados a construção ou reforma de edifícios públicos (para acesso de pessoas com deficiência) Lei Estadual n.º 8.103 / 1985 - Prioridade de atendimento, em todas as repartições públicas estaduais, às pessoas idosas, às com deficiência e às mulheres grávidas. Lei Estadual n.º 8.064 / 1985 - Ingresso de pessoas com deficiência no serviço público estadual Decreto Estadual 44.261 / 2006 - Órgãos e entidades que terão representação no COEPEDE. Decreto Estadual 39.679 / 1999 - Criação, ampliação, reforma ou remodelação de espaços públicos urbanos e rurais. Decreto Estadual 39.678 / 1999 - Política Pública Estadual para as Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades Recomendação do Ministério Público Estadual / 2009 - Recomenda ao DETRAN/RS medidas de acessibilidade na comunicação em Libras junto aos Centros de Formação de Condutores - CFCs. Emenda Constitucional nº 56 / 2008 – Determina aos municípios promover a acessibilidade nas edificações e logradouros de uso público. Documentos internacionais Carta para o Terceiro Milênio / 1999 - Proteção dos direitos das pessoas com deficiência mediante o apoio ao pleno empoderamento e inclusão. Normas para Equiparação de Oportunidades para Pessoas com Deficiência da ONU n.º 48/96 /1993 - Regras gerais sobre Igualdade de Oportunidades para Pessoas com Deficiência Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência /2006 - Promover, proteger e assegurar a dignidade e o exercício pleno e eqüitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência (publicado no DOU em 20/08/2008) Convenção da Guatemala / 1999 - Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas com Deficiência. Convenção sobre os Direitos da Criança / 1989 - Trata de garantir proteção e cuidados especiais à criança. Convenção OIT 159 / 1983 - Reabilitação Profissional e Emprego de pessoas deficientes Convenção OIT 111 / 1958 - Discriminação no emprego e profissão (salário e critérios de admissão)

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Declaração de Cave Hill / 1983 - Condena a imagem como cidadãos de segunda categoria de pessoas com deficiência Declaração de Caracas / 2002 - 2004 - Ano das Pessoas com Deficiência e Suas Famílias Declaração de Sapporo / 2002 - Trata da acessibilidade, da inclusão, da genética e bioética, da educação inclusiva e da vida independente. Declaração de Madri / 2002 - 2003 - Ano Europeu das Pessoas com Deficiência. Declaração de Quito / 1998 - Exigibilidade e realização dos direitos econômicos, sociais e culturais na América Latina. Declaração de Santiago / 1998 - Combate à discriminação e da integração de grupos vulneráveis à vida política e econômica. Declaração de Salamanca / 1994 - Sobre princípios, política e prática em educação especial. Declaração de Jomtien / 1990 - Declaração Mundial sobre Educação para Todos. Declaração de Sundeberg / 1981 - Conferência Mundial sobre Ações e Estratégias para Educação, Prevenção e Integração. Declaração Universal dos Direitos Humanos / 1948 - Ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade se esforce, através do ensino e da educação, a promover o respeito aos direitos e liberdades Resolução ONU 48/96 / 1993 - As Normas sobre a Equiparação de Oportunidades para Pessoas com Deficiência Resolução ONU n.º 47/3 / 1992 - dia 03 de dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Resolução ONU n.º 37/52 / 1982 - Programa de Ação Mundial para Pessoas com Deficiência. Resolução ONU n.º 3.447 / 1975 - Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Resolução ONU n.º 2.896 / 1971 - Declaração dos Direitos do Deficiente Intelectual. Normas técnicas As normas técnicas brasileiras relacionadas à acessibilidade são gratuitas e devem ser consultadas pelos engenheiros e arquitetos (responsáveis pelos projetos, aprovação e execução das obras).

NORMA ASSUNTOS DE ACESSIBILIDADE NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços

e equipamentos urbanos NBR 9077 Saídas de emergência

NBR 9283 Mobiliário urbano NBR 9284 Equipamento urbano

NBR 10 898 Sistemas de iluminação de emergência NBR 13 994 Elevadores de passageiros

NM 313 Elevadores de passageiros - Requisitos de segurança para construção e instalação – Requisitos particulares para a acessibilidade das pessoas, incluindo pessoas com deficiência

NBR 14 020 Transporte - trem de longo percurso

NBR 14 021 Transporte - trem metropolitano NBR 14 022 Transporte coletivo de passageiros - ônibus e

trólebus NBR 14273 Transporte aéreo comercial NBR 14 970 Veículos automotores – 1 Requisitos de

dirigibilidade NBR 14 970 Veículos automotores – 2 Diretrizes para

avaliação clínica de condutor com mobilidade reduzida

NBR 14 970 Veículos automotores – 3 Diretrizes para avaliação da dirigibilidade do condutor com mobilidade reduzida em veículo automotor apropriado

NBR 15 250 Caixa de auto-atendimento bancário NBR 15 290 Comunicação na televisão

NBR 15 320 Transporte rodoviário NBR 15 450 Transporte aquaviário

NBR 15570

Transporte - Especificações técnicas para fabricação de veículos de características urbanas para transporte coletivo de passageiros

NBR 15599 Acessibilidade - Comunicação na prestação de serviços

NBR 15655

Plataformas de elevação motorizadas para pessoas com mobilidade reduzida – Requisitos para segurança, dimensões e operação funcional - Parte 1: Plataformas de elevação vertical (ISO 9386-1, MOD)