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2010.12.24 • semanário regional FUNDADO EM 2006. DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 5 // N: 239 0,70 IVA INCLUÍDO www.correioalentejo.com BEJENSE MARTA NUNES BRILHA NA HOLANDA A PATINAR NO GELO DESPORTO >p18 PUB CARTOONS > EXPOSIÇÂO DE LUÍS AFONSO MOSTRA “A CRISE” EM ALJUSTREL CÂMARA DE ODEMIRA PROSSEGUE APOSTA NO SIMPLEX AUTÁRQUICO MUNICÍPIOS >p09 Os números falam por si: entre Janeiro e No- vembro deste ano, a Cáritas Diocesana de Beja já distribuiu géneros alimentares a perto de 2.000 pessoas de todo o concelho, num montante su- perior a 92 mil euros. E o quadro fica ainda mais negro se aos géneros alimentares se juntarem as 45.156 refeições servidas no mesmo período a cerca de quatro centenas e meia de pessoas com carências de vária ordem. “As coisas estão real- mente a complicar-se e a nossa previsão não é muito animadora”, reconhece a presidente da Cáritas de Beja, Teresa Chaves, não escondendo a sua apreensão por existirem cada vez mais famí- lias “em situação dramática”. >p04 | 05 > NOS PRIMEIROS 11 MESES DO ANO 2.000 PESSOAS RECEBERAM ALIMENTOS Cáritas de Beja dá 45 mil refeições PUB O deputado do PSD Mendes Bota alertou segunda-feira, 20, para casos de tráfico e exploração laboral de pessoas no Baixo Alentejo e defendeu mais acções de fiscalização e investigação para evitar situ- ações futuras. Segundo Mendes Bota, que falava numa conferência de imprensa em Beja, trata-se de casos de tráfico e exploração laboral de imigrantes da Roménia e da Moldávia por máfias de Leste e que fo- ram detectados em Novembro em herdades agrícolas nos concelhos de Moura e Serpa. Os casos podem envolver “centenas de pessoas abusivamente utilizadas na apanha da azeitona”. >p06 > DEPUTADO REUNIU COM BISPO DE BEJA PSD alerta para exploração laboral de imigrantes em Beja 1955-2010 Rui Sousa Santos

MUNICÍPIOS p09 DESPORTO CÂMARA DE ODEMIRA BEJENSE …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N239_20101224.pdf · na balança já com a quantidade de chicória (a que nós chamávamos

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2010.12.24 • semanário regionalFUNDADO EM 2006. DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 5 // N: 239

€0,70IVA INCLUÍDO

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BEJENSE MARTA NUNESBRILHA NA HOLANDAA PATINAR NO GELO

DESPORTO >p18

PUB

CARTOONS > EXPOSIÇÂO DE LUÍS AFONSO MOSTRA “A CRISE” EM ALJUSTREL

CÂMARA DE ODEMIRA PROSSEGUE APOSTA NO SIMPLEX AUTÁRQUICO

MUNICÍPIOS >p09

Os números falam por si: entre Janeiro e No-vembro deste ano, a Cáritas Diocesana de Beja já distribuiu géneros alimentares a perto de 2.000 pessoas de todo o concelho, num montante su-perior a 92 mil euros. E o quadro fi ca ainda mais negro se aos géneros alimentares se juntarem as 45.156 refeições servidas no mesmo período a

cerca de quatro centenas e meia de pessoas com carências de vária ordem. “As coisas estão real-mente a complicar-se e a nossa previsão não é muito animadora”, reconhece a presidente da Cáritas de Beja, Teresa Chaves, não escondendo a sua apreensão por existirem cada vez mais famí-lias “em situação dramática”. >p04 | 05

> NOS PRIMEIROS 11 MESES DO ANO 2.000 PESSOAS RECEBERAM ALIMENTOS

Cáritas de Bejadá 45 mil refeições

PUB

O deputado do PSD Mendes Bota alertou segunda-feira, 20, para casos de tráfi co e exploração laboral de pessoas no Baixo Alentejo e defendeu mais acções de fi scalização e investigação para evitar situ-ações futuras. Segundo Mendes Bota, que falava numa conferência

de imprensa em Beja, trata-se de casos de tráfi co e exploração laboral de imigrantes da Roménia e da Moldávia por máfi as de Leste e que fo-

ram detectados em Novembro em herdades agrícolas nos concelhos de Moura e Serpa. Os casos podem envolver “centenas de pessoas abusivamente utilizadas na apanha da azeitona”. >p06

> DEPUTADO REUNIU COM BISPO DE BEJA

PSD alerta para exploraçãolaboral de imigrantes em Beja

1955-2010

Rui Sousa Santos

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2 2010.12.24

RADAR SEMANALO QUE PASSOUO QUE ESTÁ PARA VIRTEMPOAGENDA

SETEDIAS

>opinião >p21>exposição >p10

MONTEVERDE EVOCA SOUSA SANTOS Num texto sentido, Carlos Monteverde recorda Rui Sousa Santos, que faleceu no passado sábado, dia 18.

LUÍS AFONSO APRESENTA “A CRISE” O cartoonista Luís Afonso mostra os “traços” da sua criatividade numa expo-sição sobre “A crise” em Aljustrel.

UM CONTODE NATAL (QUASE) VERDADEIRO

Hoje é sábado. Um sábado de Dezembro, dia em que uma estúpida melancolia

natalícia se apoderou de mim. Sou um gajo de altos e baixos, de profunda tristeza ou de exultante alegria; de cortar os pulsos à facada ou de subir ao cume de um monte e procla-mar aos quatro ventos e a plenos pulmões o júbilo de estar vivo; de mergulhar em novos e arriscados projectos ou entrar em prolongada e profunda depressão. Sou assim uma espécie de oito ou oitenta: dentro de mim, em certos dias vive Helenah e, noutros, Dionísio!

É nesta montanha russa de estados de alma, neste permanente ziguezaguear de contraditórios espíritos que vou construindo o meu percurso. Isto para vos dizer que hoje é sábado e apoderou-se de mim uma estúpida melancolia natalícia.

Hoje é sábado de um qualquer dia de De-zembro de um século que já passou, de um ano que já não volta, mas que o calendário teima em afi rmar que é 1961. Minha mãe brada por mim e pede-me para lhe ir fazer um mandado. “Vais ali à Loja Grande e trazes um cruzado de café! Vais num pé e vens no outro, o tostão que sobra é de melhadura”.

Minha mãe havia-me retirado aos pen-samentos em que estava absorto e que con-tinuava sem deslindar e que consistiam em tentar perceber se os pretos eram pessoas. Eu nunca tinha visto nenhum preto na minha vida e no dia em que nos fomos despedir da família Cabo Silva, o patriarca Luís havia dito às pessoas que aí estavam para a função do adeus que ia para África guardar pretos com um chicote, coisa que se me afi gurou pouco humana, logo, motivo para a dúvida perma-nente que de mim se apoderou.

A Loja Grande, assim chamada por ser a maior da vila, pertencente ao senhor João de Brito Palma, era aos meus olhos de petiz um imenso caleidoscópio de mercadorias.

As prateleiras, tulhas, sacas e caixas esta-vam permanentemente recheadas de viveres que ao tempo se vendiam a peso ou à unida-de. Ao fundo da loja havia toda uma panóplia de artefactos, que na minha fraca lembrança me dava a ideia de ser uma babilónia de ri-quezas dignas do maior dos Alibabás. “Jacin-to, quero um cruzado de café e um tostão de migalhas de bolacha”, pedi, mostrando a mo-eda de cinco tostões necessária.

Jacinto saiu detrás do balcão, rasgou um quarto de folha de papel pardo, humedeceu com cuspo os dedos e, com a destreza de quem já fez milhares, fez mais um minúsculo cartuxinho em forma de cone que depositou na balança já com a quantidade de chicória (a que nós chamávamos café) que os seus afi na-dos dedos estipulavam ser o peso certo.

Com a medideira numa mão e olho no ponteiro da balança, deu por fi nda a ope-ração, fechando o cartuxo com os dedos de uma mão e jogando com a outra para dentro da lata o artefacto de medir. “Agora vamos às bolachas”, disse.

À medida que Jacinto abria a metáli-ca e redonda tampa da caixa das bolachas, arregalavam-se-me os olhos, salivando sem parar, numa ânsia de quem está prestes a experimentar uma sensação digna de ser apreciada lenta e preferentemente de olhos fechados.

Já com os dois cartuxos na mão e fazendo

NAPOLEÃO MIRA

> CRÓNICAmenção de sair, tentei a minha sorte com uns rebuçados que me estavam a fazer luzir os olhos e disse: “Jacinto, dás-me um rebuçado?”

“Não te posso dar rebuçados porque não são meus”, respondeu Jacinto, quase, quase a ceder.

“Então dás-me dois, que eu dou-te um a ti!”, respondi em manobra desconcertante que fez com que o jovem marçano metesse a mão dentro da lata e me desse a ansiada gu-loseima, ao mesmo tempo que punha o dedo indicador erecto sobre os lábios em sinal de cúmplice silêncio.

Sorri agradecido e já de abalada resolvi perguntar: “Sabes se os pretos são pessoas?” Jacinto olhou para mim, encolheu os ombros e respondeu: “Não sei, nunca vi nenhum!”

Já na rua, e ao dobrar a esquina, dou com o meu amigo Manel António que logo ali me convidou para a nossa brincadeira preferida, que consistia em construir casas feitas de bar-ro, coisa que nos deixava sempre assim para

o irreconhecível, ou como quem diz, cobertos de barro dos pés à cabeça.

Minha mãe com o cartuxo do café numa mão e com a outra em forma de raqueta afi r-mava que se aparecesse sujo experimentaria a “especialidade” com que me ameaçava.

É claro que era impossível construir uma aldeia inteira de terra, palha e água e aparecer imaculado em casa.

Estávamos os dois muito entretidos a er-guer paredes, quando lhe perguntei: “Sabes se os pretos são pessoas?” Manel António olhou para mim espantado e respondeu ao mesmo tempo que limpava as mãos ao bibe. “Não sei, nunca vi nenhum!”

O Natal aproximava-se a passos largos e, apesar dos nossos desejos serem sempre na proporção do que nos rodeia, tanto eu como os meus irmãos lá formulámos os nossos pe-didos ao Menino Jesus, que religiosamente e naquele dia desceria pela chaminé da nossa imaginação e nos traria os presentes deseja-dos.

Nessa noite de 24 de Dezembro fomo-nos deitar depois de mais uma vez, e à roda do lume, termos voltado a pedir ao Menino que nos contemplasse com os nossos desejos.

Pela calada da noite, quando toda a gente dormia, pareceu-me ouvir um barulho estra-nho vindo lá dos lados da cozinha. Cheio de medo, aventurei-me a ver o que se passava e aterrorizado dei com um pequeno vulto de volta dos nossos sapatos depositando uns quantos presentes.

Quando dele me abeirei perguntei-lhe: “Quem és tu? Tu és o Menino Jesus?” Assus-tado, respondeu-me que sim, mas que deve-ria guardar segredo, até porque ninguém iria acreditar.

“Mas tu és preto ou estás tisnado da cha-miné?”, questionei abismado!

“Esta é mesmo a cor da minha pele, assim como a do meu pai, da minha mãe e a das ou-tras pessoas lá de onde eu venho”, retorquiu!

“Sei dessa tua inquietação. Para além da prenda que tenho para ti, o teu melhor pre-sente é fi cares a saber que por debaixo da mi-nha pele, bate um coração igual ao teu, com os mesmos sonhos e desejos. E se o mundo fosse governado por crianças, a cor da pele seria a coisa que menos importava”, afi rmou num tom fi losófi co de quem detém todos os poderes do universo!

“Agora tenho de ir, mas não te esqueças do nosso segredo”, disse, voltando por artes má-gicas a subir pela chaminé.

Quando a minha afl ita mãe me acordou aos gritos, estava eu estendido junto ao ma-deiro no lume, que alguém inexplicavelmen-te havia feito fi car aceso noite adentro.

Ainda estremunhado, lembrei-me do meu noctívago encontro e enquanto minha mãe me levava ao colo de regresso à cama, abracei-a e num súbito e compulsivo choro pedi-lhe: “Mãe, quando escreveres ao Cabo Silva, pede-lhe para não bater nos meninos pretos!”.

NAPOLEÃO MIRA

Quando a minha afl ita mãe me acordou aos gritos, estava eu estendido junto ao madeiro no lume, que alguém inexplicavelmente havia feito fi car aceso noite adentro.

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32010.12.24 SETEDIASRADAR SEMANAL

> A xxxxxxxxxx

InAlentejo triplica mas “continua” a ser pouco

A taxa de execução do Programa Operacio-nal do Alentejo, InAlentejo, mais que triplicou este ano, tendo passado de três para 10 por cento, a que corresponde um montante de fundo comunitário de 88,9 milhões de euros.

O presidente da Comissão de Coordena-ção e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, João Cordovil, disse que a expectati-va é atingir, até ao final de 2011, uma taxa de execução entre os 20 e os 30 por cento, admi-tindo que alcançar este valor vai depender de “alterações profundas” na programação, no-meadamente nas taxas de co-financiamento.

“É preciso aprofundar as medidas adop-tadas em 2009, que se revelaram mais favorá-veis à execução”, disse, frisando que o nível de compromisso é muito alto, mas a execução mantém-se muito baixa.

Reconhecendo que os 10 por cento de taxa de execução actuais são baixos, João Cordovil sublinhou, contudo, o crescimento consegui-do no último ano em comparação com os três anteriores.

A CCDR do Alentejo realizou em Rio Maior um seminário dedicado à “Política de Cida-des”, na expectativa de que os níveis de exe-cução possam crescer neste eixo, e realizou uma reunião da comissão de acompanha-mento do InAlentejo, órgão que aprecia e faz recomendações relativamente ao desenvolvi-mento do programa operacional.

No ponto de situação reportado a 30 de Novembro, a comissão refere um valor de comparticipação da ordem dos 429 milhões de euros, “o que representa aproximadamen-te 50 por cento da dotação do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) afec-ta ao programa”.

“Esta taxa registou durante 2010 um au-mento de aproximadamente 17 pontos per-centuais, pois era de 33 por cento no final de 2009”, refere o balanço apresentado em Rio Maior.

Os diversos eixos revelam grandes discre-pâncias nas taxas de compromisso, que vão de 16 por cento no eixo IV, relativo à qualifica-ção ambiental e valorização do espaço rural, aos 77 por cento no eixo III (conectividade e articulação territorial).

“Esta situação aconselha uma reprogra-mação profunda do programa a promover pela autoridade de gestão em articulação com as autoridades nacionais e co-munitárias”, assinala o balanço.

> FUNDOS COMUNITÁRIOS. Taxa de execução do InAlentejo conseguiu triplicar em 2010, mas o presidente da CCDR do Alente-jo, João Cordovil, admite que há muito por fazer.

> CCDR Do ALENTEJo FAZ BALANÇo DA ExECUÇÂo DoS FUNDoS CoMUNITÁRIoS

João Cordovil disse que as discrepâncias revelam maior dificuldade nos programas que foram introduzidos mais recentemente, referindo ainda especificidades da vasta área abrangida pelo programa – as quatro NUT (Unidades para Fins Estatísticos) do Alentejo e ainda a Lezíria do Tejo (pertencente em ter-mos administrativos à CCDR de Lisboa e Vale do Tejo).

Segundo o responsável, o esforço da sua equipa é conseguir que os apoios disponí-veis contribuam para a coesão territorial e não para aumentar discrepâncias, resistindo à tentação de orientar verbas para as regiões que melhor executam, que são geralmente as mais ricas.

“Temos que puxar pelo conjunto”, frisouEm termos de repartição geográfica, o

balanço feito revela que, do montante sus-ceptível de ser regionalizado, a NUT Alentejo Central abarcou 24 por cento do apoio conce-dido, o Alentejo Litoral 21 por cento, a Lezíria do Tejo 20 por cento e as NUT Alto e Baixo Alentejo 17 por cento.

JOÃO CORDOVILPresidente da CCDR do Alentejo

A expectativa é atingir, até ao final de 2011, uma taxa de execução entre os 20 e os 30 por cento, mas alcançar este valor vai depender de alterações profundas” na programa-ção, nomeadamente nas taxas de co-financiamento. ”

NúMERo

88,9Milhões de euros é o valor da taxa de execu-ção que a região Alentejo conseguiu alcançar em 2010. O aumento é relevante, mas ainda insuficiente.

429Milhões de euros é o valor da comparticipação para projectos aprovados,“o que representa aproximadamente 50 por cento da dotação FEDER afecta ao programa”.

NUT do Alto e Baixo Alentejo tem o menor montante susceptível de ser regionalizado. JoSé tomé máxImo

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Cáritas de Beja serve 45 mil refeições> InstItuIção lIgada à dIocese de Beja é o últImo recurso para muItas famílIas em dIfIculdades

carlos pinto texto

Por mais que tente, Florbela Jonas, de 49 anos, não consegue segurar as lágrimas. “Estou refor-mada por invalidez devido a um problema de saúde que tenho e só ganho 246 euros por mês de reforma. Vivo com o meu marido, mas ele também ganha pouco. Temos um filho e tive de recor-rer a esta ajuda”, conta de olhos húmidos, enquanto vê as volun-tárias colocarem nos sacos as

luntária: entre Janeiro e Novem-bro deste ano, a instituição ligada à Diocese de Beja já distribuiu géneros alimentares a perto de 2.000 pessoas de todo o concelho, num montante superior a 92 mil euros. E o quadro fica ainda mais negro se aos géneros alimentares se juntarem as 45.156 refeições servidas no mesmo período a cerca de quatro centenas e meia de pessoas com carências de vá-ria ordem.

“As coisas estão realmente a complicar-se e a nossa previsão não é muito animadora”, reco-nhece a presidente da Cáritas de Beja, Teresa Chaves, não es-condendo a sua apreensão por existirem cada vez mais famílias “em situação dramática”. “Temos vindo a sentir um aumento [de pedidos de apoio] por parte de pessoas que estão com grandes

dificuldades em pagar as coisas básicas, como o gás e a electri-cidade, e que depois ficam sem capacidade para comprar ali-mentos”, acrescenta.

RefeitóRio soCialmuito fRequentadoQuem já se habituou às dificul-dades foi Joaquim Travessa, de 56 anos, trabalhador rural aposenta-do por invalidez (partiu uma per-na quando ajudava uma senhora a descer uma escadaria) e habi-tual comensal no refeitório social da Cáritas de Beja, onde diaria-mente são servidas 55 refeições sociais apesar do protocolo com a Segurança Social apenas prever o fornecimento de duas dezenas.

“Se não fosse a Cáritas, o que seria de mim? De mim e de mais uns quantos”, afirma convicta-mente Joaquim Travessa, apesar

Joaquim Travessa [à esquerda] e Ha-roldo Garcês são dois dos 55 utentes diários do refeitório da Cáritas. DR

4 2010.12.24

regIão >Beja>aljustrel

BanCo alimentaR Com mais pedidos de apoio O pólo de Beja do Banco Alimentar Contra a Fome já registou no ano de 2010 um total de 1.734 pedidos de ajuda alimentar, mais 160 que em 2009.

CÂmaRa muniCipal seRVe RefeiÇÕes a CRianÇas

Apesar das férias escolares, a Câmara de Aljustrel mantém em funcionamento os refeitórios de várias escolas do concelho para garantir a alimentação a 177 crianças de famílias carenciadas.

BaIXoALeNteJo

números

68Pessoas colaboraram com a Cáritas de Beja: 33 são funcionários e 35 voluntários.

4.780Pessoas recorreram ao atendimento social da Cáritas entre Janeiro e Novembro deste ano.

45.156Refeições sociais foram servidas pela Cáritas a 450 pessoas de Janei-ro a Novembro de 2010.

> solidaRiedade. Pedidos de apoio têm aumentado, sobretudo por parte de famílias com dificuldades em pagar as contas no final do mês.

massas e o leite que a sua carteira já não consegue pagar no super-mercado.

Esta mulher residente em Al-bernoa é apenas uma das muitas pessoas que, diariamente, pas-sam pela Cáritas Diocesana de Beja para receberem o avio men-sal das suas famílias. “Cada vez há mais pessoas a pedir ajuda e a necessitar de apoio”, revela ao “CA” a voluntária Madalena Pal-ma, para quem, por vezes, é difí-cil escutar os lamentos de quem pouco tem e não poder ajudar mais. “Estamos aqui, ouvimos as histórias das pessoas e queremos fazer tudo para ajudá-las, mas não conseguimos ajudar mais… A vontade era abrir a carteira e ajudar as pessoas, mas é impos-sível. Estamos todos com dificul-dades”, admite.

Os números falam por esta vo-

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Cáritas de Beja serve 45 mil refeições

> Futura sede da Cáritas de beja Custa 1,2 milhões de euros

Novas instalações em 2011 A Cáritas Diocesana de Beja deverá inaugurar as suas novas instalações no final do próximo ano, que ficarão num edifício em frente à actual sede, na rua Afon-so Lopes Vieira.

As obras estão avaliadas em cerca de 1,2 milhões de euros, dos quais 80% são financiados no âmbito do QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacio-nal. Os trabalhos arrancaram nos primeiros dias de Outubro e irão dotar a instituição de mais e me-lhores espaços, nomeadamente

Teresa Chavespresidente da Cáritas de Beja

As coisas estão realmente a complicar-se e a nossa pre-visão não é muito animado-ra. [...] Já apoiámos famílias que estavam numa situação dramática, em vias de perder a casa e sem terem as coisas mais básicas para dar aos seus filhos.

52010.12.24 baiXoALENTEJOreGiÃo

“Plano social deemergênciaem 2011” O número de famílias carenciadas aumentou em Beja? No concelho de Beja há mais famílias a recorrer àquilo que são os apoios sociais, não só da Câmara como das IPSSs. O que é natural, porque as pessoas estão em condições financeiras complicadas. Muitas delas porque deixaram de ter condições para pagar os empréstimos das suas casas e outras fruto da alteração da sua situação familiar, através de divórcios.

Que tem feito a Câmara para apoiar essas pesso-as? Normalmente, as pessoas entram em incumprimento no pagamento das rendas sociais e da factura da água. Numa primeira fase, negociamos com os devedores o pagamento da dívida num prazo mais disten-dido, tendo por base um rela-tório social que comprove que a pessoa está numa situação financeira complicada. Depois acompanhamos estas situa-ções no sentido de procurar ajudar a resolver os problemas financeiros que as pessoas têm, encaminhando para outras entidades que tenham maior responsabilidade ou capaci-dade para ajudar a resolver. E estamos a preparar um Plano Social de Emergência, que irá entrar em vigor em 2011 e irá permitir que haja mais gente a beneficiar do Cartão Social do Município.

a Câmara tem previsto alguma acção específica para apoiar as famílias carenciadas nesta quadra natalícia? Decorreu em todos os serviços da Câmara uma recolha de produtos, precisa-mente para os cabazes de Natal que distribuímos. Não só a famílias de funcionários que te-nham actualmente problemas, mas também a algumas das famílias que estão mais debili-tadas e que estão necessitadas de ter este apoio para passarem um Natal com o mínimo de conforto.

> eNtreVista

jorGe pulido ValeNte53 anosPresidente da Câmara de beja

beNeFiCiários da Cáritas de beja

florBelA JonAs49 anos, reformada

“estou reformada por invalidez devi-do a um problema de saúde que tenho e só ganho 246 euros por mês de reforma. Vivo com o meu marido, mas ele também ganha

pouco. Temos um filho e tive de recorrer a esta ajuda. [...] só com o ordenado do meu marido e a minha reforma não conseguíamos sobreviver!”

JoAquim TrAVessA56 anos, reformado

“Venho à Cáritas porque necessito. era trabalhador rural e quando ajudava uma pessoa parti uma perna na zona do joelho. e as Cáritas estão agora a ajudar-me, porque vivo numa barraca.

[...] se não fosse a Cáritas, o que seria de mim? De mim e de mais uns quantos...”

hArolDo gArCês36 anos, desempregado

“Também a mim vida me tem pregado partidas. e sem este apoio da Cáritas de Beja não sei como seria... [...] estou à procura de trabalho e vou ver se me oriento. em Beja ou em

qualquer outro lugar. eu quero é trabalhar e ter estabilidade! Até lá, estou aqui, que o pesso-al está me tratando bem. Tomo duche, como… ‘Tá tudo oK!”

salas para formação e de convívio, além de um centro de acolhimen-to temporário com capacidade para 24 pessoas para albergar passantes ou sem-abrigo. “Preten-demos fazer o acompanhamento dessas pessoas com uma equipa técnica para reinseri-los na socie-dade”, revela a presidente da Cári-tas de Beja, Teresa Chaves.

Entretanto, a Cáritas de Beja vai lançar no início do próximo ano uma campanha de sensibilização para que os bejenses doem 0,5% do seu IRS à instituição.

de ter quatro filhos em Coruche. “A vida deles também está má! Vi-vem no campo e quando parti a perna e o joelho nem puderam cá vir que era muito longe”.

“Também a mim a vida me tem pregado partidas. E sem este apoio não sei como seria”, acres-centa por sua vez o brasileiro Ha-roldo Garcês, de 36 anos, que saiu recentemente da prisão sem ter um tecto para o acolher ou mesa onde comer. “Estou à procura de trabalho e vou ver se me oriento. Até lá, estou aqui, que o pessoal está me tratando bem. Tomo du-che, como… ‘Tá tudo OK!”, ga-rante com boa disposição.

apOiOs fiNaNCeirOs às famílias aumeNTamÀ imagem do que sucede com Florbela Jonas, Joaquim Travessa e Haroldo Garcês, a maior parte

das pessoas que recorrem à Cá-ritas de Beja para obter géneros alimentares ou refeições. Mas são cada vez mais as famílias em difi-culdades que solicitam apoio fi-nanceiro, tendo sido criados para o efeito dois fundos sociais solidá-rios: um a nível nacional (através da Conferência Episcopal e geri-do pela Cáritas Portuguesa) e ou-tro local, o Fundo de Emergência Social da Diocese de Beja, criado pelo bispo D. António Vitalino Dantas.

“Sem termos acesso a estes fun-dos era-nos difícil dar apoios mais avultados”, garante Teresa Chaves, revelando que nos primeiros 15 dias de Dezembro foram doados perto de 5.200 euros “a famílias que estavam numa situação dra-mática, em vias de perder a casa e sem terem as coisas mais básicas para dar aos seus filhos”.

Teresa Chaves

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6 2010.12.24BAIXOALENTEJOREGIÃO

> A XXXXXXXXXX

Relatório laranja> PSD DE BEJA PROMOVE JORNADA POLÍTICA EM BARRANCOS

O presidente da Distrital de Beja do PSD aproveitou a visita de Pe-dro Passos Coelho a Barrancos, na passada sexta-feira, 17, para apre-sentar um verdadeiro relatório de potencialidades do Alentejo, mas não deixou de tocar nos pontos frágeis que hoje afectam a região.

Mário Simões defende que é “urgente repensar e redimensionar as estratégias de desenvolvimento regional”, focando as suas preocu-pações no aeroporto de Beja e na Empresa do Alqueva (EDIA).

“O PS transformou o aeroporto num monumento á incompetên-cia”, ironizou o líder distrital laran-ja, assegurando que a distrital de Beja “já assumiu, publicamente, que não permitirá” que o investi-mento “seja mais um ‘elefante’ ou um embuste”.

O responsável do PSD, que re-centemente manteve uma “acesa troca” de argumentos com a ad-ministração da EDIA sobre a re-alidade do projecto de Alqueva, voltou a destacar que a região “está confrontada com a incapacidade” de “conseguir aproveitar as mais-valias oferecidas pelo regadio”. E advertiu que a região precisa de “investir no conhecimento, na va-lorização profissional e no rejuve-nescimento dos agricultores”.

“Será que a EDIA sabe que 85% dos agricultores têm apenas a an-tiga quarta classe e, destes, quase 50% têm mais de 65 anos. Jovens

> PARTIDOS. PSD faz diagnóstico da região ao líder nacional numa visita que decorreu na vila de Barrancos.

COMBOIOSCP CORTA LINHABEJA-FUNCHEIRA

A CP prevê reduzir a oferta no serviço regional em 2011, através da supressão de algumas circulações, entre elas a ligação entre Beja e a Funcheira. De acor-do com o documento, disponível na página do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) na Internet, a CP contempla um “ajustamento da oferta à procura”. A com-panhia propõe a criação de um “novo modelo de oferta na linha do Alentejo, após a reabertura da linha à exploração ferroviária”.

SOCIEDADEASSASSINATO BRUTALPERTO DE ALJUSTREL

Yasseu Sabinov e Vasil Pavlov, com idades entre os 40 e os 50 anos, e a companheira deste último, Sashika Pavlova, de 38 anos, foram encontrados mortos no sábado de manhã, dia 18, junto a uma casa abandonada na freguesia de Rio de Moinhos, em Aljustrel. Os três imigrantes, que terão sido assassinados a tiro, residiam numa casa alugada junto a um mini-mercado na Quinta do Conde, concelho de Sesimbra. A morte dos três imigrantes búlgaros está a ser investigada pela Diretoria do Sul da Polícia Judiciária, em Faro.

> E AINDA...

agricultores são apenas 2%”, desta-cou Mário Simões que, numa aná-lise à gestão da empresa, afirmou que o PSD de Beja “interpreta a ce-dência de exploração das centrais hidroeléctricas à EDP como um fortíssimo golpe na possibilidade de se poder cobrar tarifas de água competitivas aos agricultores”.

Finalmente, também no plano agrícola, o líder distrital laranja manifestou-se preocupado com o facto de haver grupos empre-sariais espanhóis e italianos que, “aproveitando as generosas ajudas do PRODER e a água barata, estão a produzir de forma intensiva”, sobretudo na zona dos “barros de Beja”, entre Serpa e Ferreira do

Alentejo.“Fazem-no com variedades que

começam a produzir ao terceiro ano e, daqui a 10 ou 15, serão ar-rancadas. Resta saber em que con-dições ficarão esses solos e quanto custará ao país esta moda. Espero que estas apreensões não passem disso mesmo”, concluiu.

PASSOS PEDE APLICAÇÃOSe o líder distrital do PSD falou das questões regionais, o presidente do PSD focou a sua atenção no país e disse esperar que o Governo execute o Orçamento do Estado para 2011 e se “aplique” para redu-zir o défice, frisando que se o PSD “não estivesse empenhado” neste

objectivo “não teria viabilizado” o documento.

Questionado pelos jornalistas, Pedro Passos Coelho reagia às de-clarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, que advertiu a oposição, especialmen-te o PSD, de que não pode “torpe-dear a execução do Orçamento em 2011, depois de o ter viabilizado, assumindo uma atitude de dupli-cidade política”.

O líder dos sociais-democratas falava aos jornalistas durante a visita organizada pela Distrital de Beja, após visitar a Câmara Muni-cipal e a Barrancarnes, uma fábrica de transformação de carne de por-co preto.

PSD alerta para exploração laboral em Beja O deputado do PSD Mendes Bota alertou segunda-feira, 20, para casos de tráfico e exploração labo-ral de pessoas no Baixo Alentejo e defendeu mais acções de fiscaliza-ção e investigação para evitar situ-ações futuras.

Segundo Mendes Bota, que fala-va numa conferência de imprensa em Beja, trata-se de casos de tráfico e exploração laboral de imigran-tes da Roménia e da Moldávia por máfias de Leste e que foram detec-tados em Novembro em herdades agrícolas nos concelhos de Moura e Serpa.

Os casos, que podem envolver “centenas de pessoas abusivamen-te utilizadas na apanha da azeito-na”, foram denunciados no passado dia 13 e reportados ao deputado pelo bispo de Beja, D. António Vita-lino Dantas.

A conferência de imprensa foi motivada pela denúncia de dia 13 e decorreu após o deputado ter reu-nido com o bispo, o governador ci-vil e com representantes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), GNR e forças sindi-cais de Beja.

“O próprio bispo”, em visitas a explorações agrícolas, “testemu-nhou que, nalguns casos, as con-dições em que as pessoas ficam alojadas estão muito longe dos mí-nimos exigíveis para um ser huma-no”, contou Mendes Bota.

De acordo com o também pre-sidente da Comissão para a Igual-dade de Oportunidades entre Mulheres e Homens da Assembleia Parlamentar do Conselho da Euro-pa, foram detectadas situações de pessoas a trabalhar descalças, com “problemas de falta de vestuário” e a “passar frio” e “muitas também

foram vistas em localidades a reme-xer nos baldes do lixo para tenta-rem alimentar-se, porque estavam a morrer de fome”.

Em “muitos” casos, “há explo-ração por esquemas algo mafiosos de países como a Roménia e a Bul-gária” e, “por vezes”, as “próprias famílias ficam nos países de origem como que caucionadas sob amea-ça, para que o trabalhador que vem para cá não se desvie deste fluxo, não procure outro empregador, não fuja do trabalho”, relatou.

“Não vamos dramatizar. Não é necessário tirar daqui ideia nenhu-

ma de que o Alentejo é um paraíso para as máfias do Leste e está cheio de tráfico de seres humanos”, frisou.

No entanto, sublinhou, “há si-nais preocupantes, limitados, mas que exigem uma investigação mais profunda”, a montante e a jusante, “de toda esta cadeia de trabalho temporário”. “Existem indícios se-guros de situações que têm de ser fiscalizadas mais intensamente”, “tem que se actuar mais preventiva-mente” e o SEF, a GNR e a ACT “tem que intensificar as suas acções”, mas “com um instinto pedagógico e não persecutório”, disse.

“Dê-mE O BENEFíCIO DAS SUAS CONvICÇõES, SE AS TIvER, mAS gUARDE PARA SI AS DúvIDAS. BASTAm-mE AS qUE TENHO”.

JOhANN GOEThE (1749-1832) escritor e pensador alemão

>frase célebre

Líder do PSD visitou a fábrica Barrancarnes depois de ter reunido com o presidente da autrarquia de Barrancos. DR

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72010.12.24 BAIXOALENTEJOREGIÃO

CDU explica abstenção

Os eleitos da CDU na Câmara Municipal de Beja manifestaram “descontentamento” e lamenta-ram que “a generalidade das pro-postas” apresentadas ao executivo para serem inscritas nas Grandes Opções do Plano (GOP) de 2011 tenha sido recusada.

“Infelizmente a generalida-de das propostas não mereceu o apoio de Pulido Valente e da maioria PS na Câmara”, queixam-se os três vereadores num comu-nicado distribuído à imprensa, onde afirmam não considerar ra-zoável não terem sido “envolvidos

> GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAmENtO DA CâmARA mUNICIPAL DE BEJA

> ORÇAMENTO. Co-munistas manifestam “descontentamento” com as Opções do Plano do Município.

Miguel Ramalho optou pela abstenção na vota-ção das GOP DR

pub.

de forma mais activa e com maior antecedência” na elaboração dos documentos.

Apesar de terem optado pela abstenção, os eleitos comunistas consideram que “em termos so-ciais, culturais e desportivos”, as GOP vão “agravar as dificuldades a quem já sente muitas dificulda-des”. E, por outro lado, salientam que o investimento programado “corresponde, no essencial, a dar continuidade a projectos conce-bidos, elaborados e preparados para candidatura, da iniciativa do executivo anterior, atrasando inexplicavelmente alguns deles”.

Quanto ao conteúdo do do-cumento, os eleitos da CDU la-mentam que não tenha sido considerado o arranque efectivo das obras da estrada para “ligar” Santa Vitória e Mina da Juliana, com uma dotação de 400 mil eu-

ros para 2011 e mais 140 mil para o ano seguinte. E são também críticos com a ausência no docu-mento da construção de um Pa-vilhão Multiusos em Santa Clara de Louredo (300 mil euros) e o re-forço das verbas para a divisão de bibliotecas (100 a 150 mil euros). Segundo o PCP, estes três projec-tos têm financiamento aprovado e têm vistos do Tribunal de Contas.

Finalmente, os vereadores da CDU pretendiam que fossem mantidos os valores de apoio aos Bombeiros de Beja e contestam o quadro em que a corporação vai ser apoiada no próximo ano. “No global, os bombeiros vêem reduzidos os apoios aprovados em orçamento na ordem dos 37%, menos 75.909 euros”, denunciam, acrescentando que a par dos bombeiros, “depois da substancial redução dos apoios ao movimen-

to associativo no ano anterior, era imperioso procurar inverter esta situação”.

Aprovado em reunião de Câ-mara no passado dia 14, as GOP da Câmara de Beja para 2011 implicam um orçamento que as-cende a 42,6 milhões de euros e mereceu a abstenção da CDU. Re-corde-se que os comunistas têm maioria absoluta na Assembleia Municipal, que votou o documen-to na quarta-feira, 22, já depois do fecho desta edição.

Refira-se que o presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Va-lente, defende que o orçamento de 2011 é “inevitável” e “inadiá-vel”. “É o orçamento inevitável e o inadiável. Não poderíamos ter ou-tro, tendo em conta a situação em que nos encontramos e a quebra acentuada de receitas”, afirmou o autarca socialista.

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92010.12.24 LITORALODEMIRA >FO MAGAZINE

A FO MAGAZINE é a nova revista trimestral da Fundação Odemira. A publicação pretende suscitar e contribuir “para o debate de ideias e para o desenvolvimento regional”.

UMA POlÍTICA, A POPUlAçãO

Numa época natalícia importa olhar, da perspectiva do território, para duas das politicas publicas mais importantes para o bem estar da

população, saúde e justiça, e tentar entender que quem decide o faz com bondade, mesmo que os seus resultados não sejam os desejáveis. Nos dois casos, saúde e justiça, assistimos, há relativamente pouco tempo, a um re-ordenamento no Litoral Alentejano com a implementação, experimental, da Comarca do Litoral Alentejano, no caso da justiça, e à constituição do agrupamento de centros de saúde do Litoral Alentejano a par de um re-forço de centralidade do Hospital do Litoral Alentejano em diversas va-lências.

A ideia de base só pode ser considerada pertinente e lógica, no entanto, num primeiro olhar, percebemos que o reordenamento teve como efeito imediato a perda de capacidade de gestão e de decisão em cada um dos locais (concelhos), logo existe uma perda evidente em termos de proxi-midade. Pode alegar-se que, especificamente no caso da saúde, não se perdeu nada em termos logísticos na medida em que os espaços físicos e os recursos humanos permanecem os mesmos (mesma falta de recursos humanos e deficientes espaços físicos), no entanto, a distância do decisor relativamente ao objecto da de-cisão cria claras desvantagens de operacionalidade e de oportunida-de. Não é estranho que o povo diga “longe da vista, longe do coração”.

No caso da Justiça, a questão é mais grave desse ponto de vista na medida em que foram criadas co-marcas com competências especí-ficas como o tribunal do trabalho e da família em Sines, sendo essas competências retiradas dos tribu-nais dos respectivos concelhos. Racionalização, especialização, melhor resposta são argumentos válidos e, mais uma vez, parecem bem do ponto de vista teórico. A uma perda de proximidade con-trapõe, supostamente, eficiência e qualidade na resposta aos cidadãos.

A tudo isto nós assistimos e pensamos que o tempo nos foge porque fica tudo mais longe, somos menos, contamos menos e quem decide ten-ta decidir melhor, com base nos números que tem. No entanto, alguém se esqueceu de uma particularidade que faz toda a diferença. Como é que eu vou ao tribunal em Sines? Como é que eu vou visitar um familiar ao Hospital do Litoral Alentejano?

Pois é! Não existem transportes públicos adequados a esta nova rea-lidade física. Se quiser ir a algum destes sítios, de Odemira, tenho que ir de táxi ou em viatura própria se a tiver! Os mais pobres ficam mais longe da justiça e da saúde e isto não é aceitável porque isto não é coesão social nem promoção do acesso de todos às condições básicas associadas a li-berdades e garantias.

No meio de tudo isto morreu o Rui Sousa Santos, homem do Partido Socialista, homem que sempre esteve na política com frontalidade e des-prendimento (várias vezes o vi bater com a porta violentamente), homem cuja opinião nunca ficava por se fazer ouvir. Morreu o director do Hospital de Beja. Morreu um homem que contou e que merece ser recordado por todos os baixo alentejanos. Fica aqui a minha sentida homenagem.

E a tudo isto, nós população, assistimos e, contrariando o texto do Gé-nesis, achamos que está muito mal.

Ainda assim, apesar do próximo ano trazer já uma carga de expectati-vas negativas, tenho esperança no futuro. Um feliz natal e um bom ano de 2011 para todos.

HÉLDER GUERREIRO

> OPINIÃO

Alguém se esqueceu de uma particularidade que faz toda a diferença. Como é que eu vou ao tribunal em Sines? Como é que eu vou visitar um familiar ao Hospital do Litoral Alentejano?

Odemira reforçaSimplex na Câmara

> PROJECTO ADOPTA váRIAs MEDIDAs

A criação do Balcão do Empre-endedor e a gestão documental desmaterializada são duas das medidas que a Câmara de Odemi-ra vai adoptar no âmbito do pro-grama Simplex Autárquico, cujo objectivo é aplicar um conjunto de medidas de simplificação ad-ministrativa nas autarquias locais.Aquele Município anunciou que vai “desenvolver, aplicar e divulgar as boas práticas de simplificação” e, por outro lado, “contribuir para a sua replicação, em colaboração com outros municípios e com or-ganismos da administração cen-tral”.

O programa específico para os municípios teve início em Julho de 2008, envolvendo nove autarquias, com o objectivo de “facilitar a vida aos cidadãos, diminuir os custos e modernizar a administração”. Na terceira edição do programa, que agora vai arrancar, estão envolvi-

> AUTARQUIA. Depois do Balcão Único, a Câ-mara de Odemira cria o Balcão do empreendedor e adopta várias medidas de simplificação adminis-trativa.

dos 121 câmaras municipais que irão adoptar 727 medidas. “Con-sulta pública, transparência e pres-tação de contas são os princípios base do programa”, destaca uma fonte do município odemirense.

A autarquia acrescenta que vai implementar três medidas inter-sectoriais e outras três de natureza municipal. No plano intersectorial, destaca-se a criação do Balcão do Empreendedor, “que vai permitir inventariar, introduzir e manter actualizados vários serviços, in-cluindo licenças, autorizações pré-vias e outros condicionamentos administrativos similares” – Este projecto deverá estar concluído no início do próximo Verão.

A criação de maior agilidade no licenciamento industrial e a cooperação administrativa comu-

nitária são outras medidas progra-madas.

No que diz respeito às medidas municipais, destaca-se a conclu-são do Balcão Único, cuja função é “centralizar a prestação de serviços aos munícipes num único espaço de atendimento presencial”. O pro-jecto, que fica concluído este mês, contempla também a desmateria-lização dos vários procedimentos que decorrem nesse serviço.

Para o próximo ano, a autarquia planeia também a “reengenharia de processos, que visa optimizar os circuitos dos procedimentos, refe-rentes ao licenciamento de obras particulares e das diversas activi-dades económicas”. E vai adoptar uma gestão documental desmate-rializada, apostando na digitaliza-ção progressiva da documentação.

NúMEROs

121Câmaras municipais integram em 2011 o programa Simplex Autárquico, que arrancou no Verão de 2008 e tem como principal meta “facilitar a vida aos cidadãos” nas autarquias locais.

727Medidas vão ser implementadas no âmbito desta nova fase do Simplex Autárquico nas várias câ-maras que aderiram ao processo em todo o país.

Balcão Único de Odemira já está a funcionar e integra o projecto Simplex Autárquico. Dr

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Luís Afonso mostra“a crise” em Aljustrel

Lopes, o repórter pós-moderno a ten-tar entrevistar a luz que estava ao fundo do túnel, mas fartou-se e fugiu, é um dos cartoons de Luís Afonso sobre a crise, que poderão ser apreciados em Aljustrel.

A exposição “A Crise”, que estará paten-te ao público até 15 de Janeiro, no Espaço Oficinas, em Aljustrel, reúne uma selecção de 40 dos “mais de 100” cartoons e tiras sobre a crise da autoria do alentejano Luís Afonso, considerado um dos mais concei-tuados cartoonistas portugueses.

Os trabalhos em exposição foram publi-

> EXPOSIÇÃO. O conhecido cartoonista alentejano apresenta na sua terra natal uma exposição sobre os dias da crise. Até 15 de Janeiro!

10 2010.12.24

TEMPO LIVRECULTURAESPECTÁCULOSCINEMA e TVAGENDA E SERVIÇOSPESSOAS

FIMSEMANA> ESPAÇO OFICINAS RECEBE 40 DAS TIRAS SOBRE O TEMA PUBLICADAS NOS JORNAIS “PÚBLICO” E “A BOLA” E NA REVISTA “SÁBADO”

>ipbeja

A Escola Superior Agrária (ESA) do IPBeja mostra, até 6 de Fevereiro, a exposição itinerante “Um Mundo de Insectos”. A iniciativa está integrada nas comemorações

do Ano Internacional da Biodervidade e pode ser vista na galeria de entrada da ESA e no corredor lateral junto ao Museu Botânico.

DE

cados entre Janeiro de 2008 e este mês nas tiras de Luís Afonso nos jornais “Público” e “Jornal de Negócios” e na revista “Sábado”, respectivamente “Bartoon”, “SA” e “Lopes, o repórter pós-moderno”.

Na exposição, há “duas crises: a interna-cional e a portuguesa”, esta “sempre presen-te”, à qual “nos habituámos” e “acabamos por não estranhar tanto”, porque “já vive-mos em crise há uns anos”, explicou Luís Afonso.

A “mistura” de tiras, publicadas em ór-gãos e com personagens diferentes, “pode, de alguma forma, quebrar a monotonia” de uma exposição monotemática, disse, re-ferindo que “tentou” reunir trabalhos com “abordagens diferentes” para que a mostra “não fosse demasiado cansativa”.

Após convite da Câmara de Aljustrel para expor na vila, a sua terra-natal, Luís Afonso pensou inicialmente em fazer uma mostra

LUÍS AFONSOcartoonista

A crise é o tema. Não é um tema, é o tema, de que todos falam, com que vivemos nos últimos dois anos e com que vamos viver nos próximos. É muito difícil fugir.

Somos bombardeados de tal forma com informação e opinião sobre a crise, que o esforço de estar actualizado sobre a crise não existe.

“UM MUNDO DE INSECTOS” EM EXPOSIÇÃO NA ESCOLA SUPErIOr DE EDUCAÇÃO

fácil encontrar temas para fazer cartoons”, disse Luís Afonso, sublinhando que “há uma divisão entre o autor dos cartoons e o cidadão, quase uma esquizofrenia”.

“O cidadão sofre como os outros com a crise, angustia-se”, mas “o cartoonista, por seu lado, acaba por aproveitar a crise para fazer trabalhos mais facilmente”, explicou.

Apesar de frisar que tenta “estar sem-pre actualizado”, Luís Afonso disse que “não precisa” de se esforçar para procurar informação sobre a crise, que se tornou “omnipresente” e “cai todos os dias” no computador, nos jornais, na rádio e na te-levisão.

“Somos bombardeados de tal forma com informação e opinião sobre a crise, que o esforço de estar actualizado sobre a crise não existe”, disse, sublinhando que, pelo contrário, é preciso “um esforço para fugir à crise”.

retrospectiva, mas, por ser “uma ideia óbvia e gasta”, optou por uma mostra de cartoons sobre a crise, um tema que tem sido “inspi-rador”, dado “bom material” e que usa “re-correntemente”.

“É um tema tão forte que é difícil fugir”, frisou, referindo que, sobretudo desde 2008, “quase todas” as semanas “um, dois ou três” cartoons e “às vezes todos” são sobre a crise.

Segundo Luís Afonso, já que o seu traba-lho é “todo virado para a actualidade”, para os assuntos que estão “a fazer as capas dos jornais, a ser falados”, é “óbvio que não con-seguiria nunca fugir à crise”.

“A crise é o tema. Não é um tema, é o tema, de que todos falam, com que vive-mos nos últimos dois anos e com que va-mos viver nos próximos. É muito difícil fugir”, disse.

Numa altura de crise, em que “as coisas não funcionam e estão a correr mal, é mais

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> programação TV

> farmácias > Telefones

RTP1 2: SIC TVI CABO/SATÉLITE

TVcine HD17:35 Jumanji

TVc1 19:00 Hairspray

TVc2 20:15 O Regresso de Jafar

TVc3 22:00 Uns Sogros de Fugir

TVcine HD16:25 À Noite, no Museu 2

TVc1 22:50 Doce Novembro

TVc2 21:30 Hotel para Cães TVc3 18:45 Uma Armadilha para o Pai Natal

sporT TV12:00 Futebol - Premier League Fulham X West Ham15:00 Futebol - Premier League Man. United X Sunderland17:30 Futebol - Premier League Aston Villa X Tottenham TVcine HD15:55 Mortal Kombat 2

TVcine 121:00 O Delator!

TVcine 217:25 À Procura da Terra do Nunca

> sexta

> domingo

> ráDio fm

90.0RÁDIO VIDIGUEIRA

92.6TLA - TELEfOnIA LOcAL DE ALjUsTREL

92.8RÁDIO PLAnícIEMOURA

93.0RÁDIO cAsTREnsE cAsTRO VERDE

101.4RÁDIO PAx BEjA

102.9MARé ALTAODEMIRA

104.0RÁDIO sInGAfERR. ALEnTEjO

104.5VOz DA PLAnícIE - BEjA

> sábado

Polícia Segurança Pública 112(PSP)> Largo D. Nuno Álvares Pereira. 284 322 022GNR - BT 284 324 428

Emergência Social 114

Protecção da Floresta 117

Bombeiros 284 311 660

Protecção Civil> Rua D. Nuno Álvares Pereira 284 320 340

Centro de Saúde de Beja> Rua António Sardinha 284 329 706

Centro Regional Segurança Social> Serviço Sub-regional de Beja | Rua Prof. Bento Jesus Caraça. 25 Beja 284 312 700

Táxis 284 322 474

Instituto Politécnico de Beja> Rua de Santo António, n.º 1 - A tel: 284 314 400

Posto de Turismo> Rua Cap. João Francisco de Sousa, n.º 25 284 320 281

Manhã 06:30 Bom Dia Portugal. 10:00 Praça da Alegria.

Tarde 13:00 Jornal da Tarde. 14:15 Portugal no Coração. 18:00 Portugal em Directo. 19:05 O Preço Certo. 20:00 Telejornal.

noiTe 21:00 Mensagem de Natal do Cardeal Patriarca de Lisboa. 21:15 Circo de Natal 2010. 00:15 Operação Triunfo 2010 - Diá-rios. 00:30 Carlos do Carmo Canta Frank Sinatra. 01:45 Cinema: “Polar Express”. 03:30 Cinema: “Mulher Com Cão Procura Homem Com Coração”. 05:15 Televendas

Carlos Pegado é dos empresários que mais se preocupa em apre-sentar toiros sérios nos seus es-

pectáculos, mas também daqueles que mais pagou a factura da crise económica que o país atravessa.

Que praças empresariou nesta tempora-da que agora terminou e que balanço faz da sua gerência? As praças que estiveram este ano debaixo da gestão da empresa Terra Brava fo-ram as de Évora, São Manços, Alter do Chão (em parceria com a JC Toiros) e uma data em Elvas. Organizámos ainda uma corrida que considero das mais importantes da temporada, a Corrida do CDS, que por minha iniciativa se realizou nas Caldas da Rainha em co-produção com a em-presa Toiros e Cultura. O balanço que fazemos é sempre positivo, pela experiência adquirida. Em termos artísticos foi uma época importante pela seriedade dos curros de toiros que sempre apre-sentámos o que contribui fortemente para que a emoção possa estar presente na arena.

Dos espectáculos que montou qual desta-ca pela positiva e qual pela negativa? Julgo que a Festa do Forcado é apontada como um dos momentos altos de toda a temporada em Portugal, pelo forte simbolismo que encerra e pelo espírito singular que é vivido por todos nes-se dia. Também a corrida de Palhas, em Évora, onde se viu um curro de toiros com a seriedade e a importância que eu desejava que pudesse sair sempre. Pela negativa destaco o mau comporta-mento de parte da corrida de António Ordoñez em São Manços, onde de facto aconteceram coi-sas que, para nós, empresários, são imprevisíveis, que nunca gostamos que possam acontecer.

Quais as estratégias que adoptará para combater a insistente crise económica na próxima temporada? Criar motivos de inte-resse para atrair os aficionados. Irei tentar sen-sibilizar os artistas e ganaderos para o actual momento de crise financeira no nosso país, de modo a poder reduzir custos na montagem dos espectáculos, para que isso se venha a reflectir na redução dos preços dos bilhetes. Julgo ser impor-tante reduzir custos, sem baixar a qualidade.

Como definiria o estado da Festa actual-mente? Vivemos um momento único e que pode ser muito favorável à imagem da Festa. Um facto importante é que se está a verificar uma renova-ção em todos os aspectos. A falta de profissiona-lismo nalguns agentes da Festa mantém-se, mas verifica-se noutros casos o contrário. Vive-se, de um modo geral, um bom ambiente taurino, mas falta disparar uma figura com aquela força que permita arrastar multidões apaixonadas.

CARLOS PEGADO

“fAzEMOs BALAnÇOsEMPRE POsITIVO”

> correio TaUrino

por VÍTor BesUgopraçascavaleirosforcaDosaGeNDa

12 2010.12.24fimSEMANATempo liVre

De

Manhã 07:16 Zig Zag.

Tarde 14:00 Smallville. 15:30 National Geographic. 16:30 Zig Zag. 18:00 A Fé dos Homens. 18:30 O Meu Nome é Earl. 19:00 Hoje. 19:30 Zig Zag. 20:00 Cinema: “Pedro e Riscas: Gatonauta”.

noiTe 21:00 Missa do Galo. 23:00 Diário Câmara Clara. 23:15 Flight Of Faith – Story Of Jesus Christ. 00:15 Cinema: “O Meu Irmão é Filho Único”. 02:00 Palcos. 03:30 Diário Câmara Clara. 03:45 Euronews.

Manhã 06:00 SIC Notícias. 07:00 Edição da Manhã. 08:30 Tween Box. 09:30 O Mundo de Patty. 10:15 Filme a designar. 11:15 Circo de Monte Carlo.

Tarde 13:00 Primeiro Jornal. 14:15 Filme a designar. 16:00 Filme a designar. 18:00 Filme a designar. 20:00 Jornal da Noite.

noiTe 21:15 Filme a desig-nar. 22:45 Filme a designar. 00:45 Filme a designar. 02:30 Filme a designar. 04:00 Filme a designar. 05:30 Televendas.

Manhã 07:00 Diário da Manhã. 10:15 Você na TV!.

Tarde 13:00 Jornal da Uma. 14:00 Matiné. 16:15 Matiné. 18:30 Casa dos Segredos. 19:00 Morangos Com Açúcar VIII. 20:00 Jornal Nacional.

noiTe 21:15 Euromilhões. 21:30 Casa dos Segredos. 22:15 Filme a designar. 00:15 Filme a designar. 02:00 Casa dos Segre-dos. 03:00 Mensagem de Natal do Cardeal. 03:15 O Génio de Ted. 03:45 Sem Escrúpulos II. 05:00 TV Shop.

Manhã 07:00 Euronews. 08:30 Notícias de Portugal. 09:00 Zig Zag.

Tarde 13:45 Circo Mágico Reportagens. 14:00 Circo Mágico. 15:30 Planeta Adormecido. 16:30 O Gato das Botas – A Verdadeira História. 18:00 Sobreviver à Seca: O Rio do Clã da Areia. 19:00 Couto & Coutadas. 19:30 A Alma e a Gente. 20:00 Palcos.

noiTe 22:00 Hoje. 22:30 Ci-nema: “O Segredo de um Cuscuz”. 01:00 Cimena: “Um Conto de Natal (2008)”. 03:25 Euronews

Manhã 06:00 Etnias. 06:45 Filme A Anunciar. 08:15 Dis-ney Kids. 10:15 O Mundo de Patty. 11:15 Circo de Monte Carlo.

Tarde 13:00 Primeiro Jornal. 14:15 Filme a designar. 16:00 Filme a designar. 18:00 Filme a designar. 20:00 Jornal da Noite.

noiTe 21:00 Perdidos e Achados. 21:15 Filme a designar. 23:15 Filme a designar. 01:00 Filme a designar. 02:30 Filme a designar. 04:00 Filme a designar. 05:30 Televendas.

Manhã 07:00 Animações. 08:30 O Bando dos Quatro. 09:15 Hannah Montana III. 10:00 Inspec-tor Max. 11:30 Mensagem de Natal e Benção Urbi et Orbi.

Tarde 13:00 Jornal da Uma. 14:00 Casa dos Segredos. 17:15 Matiné. 20:00 Jornal Nacional.

noiTe 21:15 Espírito Indo-mável. 22:45 Mar de Paixão. 00:15 Casa dos Segredos. 01:15 Filme a Designar. 03:00 Filme a Designar. 05:00 TV Shop.

Manhã 06:30 Campeonato Mundial de Magia 2006. 09:00 Circo de Monte Carlo. 11:00 Missa de Natal. 12:30 Benção Urbi Et Orbi Natal.

Tarde 13:00 Jornal da Tarde. 14:15 Top +. 15:30 Natal dos Hospitais 2010. 20:00 Telejornal.

noiTe 21:00 Mensagem de Natal do Primeiro-Ministro. 21:15 Operação Triunfo 2010. 23:45 A Hora da Sorte. 00:30 Herman 2010. 01:45 Cinema: “Miss Detective”. 03:45 Filme A Designar. 05:30 Janela Indiscreta Com Mário Augusto. 06:00 Televendas

Manhã 07:00 Euronews. 07:30 Áfric@Global. 08:00 Músi-cas de África. 09:00 Caminhos. 09:30 70X7. 10:00 Nós. 11:00 Recantos. 11:30 Consigo. 12:00 Biosfera.

Tarde 12:45 Vida Por Vida. 13:15 Bombordo. 13:45 Iniciativa. 14:45 Gestos dos Sabores, Das Memórias ao Futuro. 15:45 Jane-la Indiscreta Com Mário Augusto. 16:30 Cinema: “Descontrair, Scooby-Doo”. 18:00 Palcos.

noiTe 21:00 People & Pas-téis. 22:00 Hoje. 22:30 Sherlock. 23:30 Britcom. Vigária De Dibley . 00:30 Onda-Curta.

Manhã 06:45 SIC Kids. 08:15 Disney Kids. 10:15 Tween Box. 11:15 O Mundo de Patty. 12:00 BBC Vida Selvagem.

Tarde 13:00 Primeiro Jor-nal. 14:00 Fama Show. 14:45 Filme a designar. 17:15 Filme a designar. 20:00 Jornal da Noite.

noiTe 21:15 Grande Repor-tagem SIC. 00:40 Filme a designar. 02:50 Allô, Allô. 04:40 Televendas.

Manhã 07:00 Animações. 08:30 O Bando dos Quatro. 09:15 Campeões e Detectives. 10:00 Inspector Max. 11:00 Missa + Oitavo Dia.

Tarde 13:00 Jornal da Uma. 14:00 Matiné. 16:00 Matiné. 18:00 Matiné. 20:00 Jornal Nacional.

noiTe 21:45 Casa dos Segredos. 00:30 Filme a Designar. 02:15 Smackdown - Wrestling. 03:15 Filme a Designar. 05:00 TV Shop

Manhã 06:30 Espaço In-fantil. 07:12 Brinca Comigo. 08:00 Bom Dia Portugal. 10:00 Eucaristia Dominical. 11:00 Circo de Massy.

Tarde 13:00 Jornal da Tarde. 14:15 Só Visto!. 15:15 Circo de Natal 2010. 18:00 Tony Carreira no Pavilhão Atlântico - 2010. 20:00 Telejornal.

noiTe 21:00 Cinema: “Monstros e Companhia”. 22:30 Hora da Sorte: Sorteio Do Joker. 22:45 Quem Quer Ser Milionário – Alta Pressão. 23:45 Cinema: “Apocalypto”. 02:45 Só Visto!. 03:45 Televendas. 06:05 Nós.

SÁBADO | RTP 2 | 22h30 | “O SEGREDO DE um CuSCuz” Termine o seu dia de Natal com a história de Slimane, um homem velho e cansado que depois de despedido encontra um novo objectivo de vida!

> destaque TV

sexta | 24Aljustrel> Dias. 284 600 020

Almodôvar> Áurea. 286 622 251

Beja> Santos. 284 389 331

Ferreira> Salgado. 284 732 2425

mértola> Maktub. 286 612 820

moura> Rodrigues. 285 252 266

Odemira> Central. 283 322 183

Serpa> Central. 284 549 107

Vidigueira> Costa. 284 434 129

sábado | 25Aljustrel> Dias. 284 600 020

Almodôvar> Áurea. 286 622 251

Beja> JA Pacheco. 284 322 501

Ferreira> Salgado. 284 732 242

mértola> Maktub. 286 612 820

moura> Faria. 285 252 412

Odemira> Central. 283 322 183

Serpa> O. Carrasco. 284 543 485

Vidigueira> Costa. 284 434 129

domingo | 26Aljustrel> Dias. 284 600 020

Almodôvar> Áurea. 286 622 251

Beja> Fonseca. 284 324 413

Ferreira> Salgado. 284 732 242

mértola> Maktub. 286 612 820

moura> F da Costa. 285 252 156

Odemira> Central. 283 322 183

Serpa> O. Carrasco. 284 543 485

Vidigueira> Pulido Suc. 284 434 274

segunda | 27Aljustrel> Pereira. 284 602 181

Almodôvar> Ramos. 286 665 254

Beja> Fonseca. 284 324 413

Ferreira> Singa. 284 732 235

mértola> Pancada. 286 612 176

moura> Nataniel Pedro. 285 252 338

Odemira> Confiança. 283 300 010

Serpa> O. Carrasco. 284 543 485

Vidigueira> Pulido Suc. 284 434 274

terça | 28Aljustrel> Pereira. 284 602 181

Almodôvar> Ramos. 286 665 254

Beja> Palma. 284 322 498

Ferreira> Singa. 284 732 235

mértola> Pancada. 286 612 176

moura> F da Costa. 285 252 156

Odemira> Confiança. 283 300 010

Serpa> O. Carrasco. 284 543 485

Vidigueira> Pulido Suc. 284 434 274

quarta | 29Aljustrel> Pereira. 284 602 181

Almodôvar> Ramos. 286 665 254

Beja> Central. 284 322 899

Ferreira> Singa. 284 732 235

mértola> Pancada. 286 612 176

moura> Faria. 285 252 412

Odemira> Confiança. 283 300 010

Serpa> O. Carrasco. 284 543 485

Vidigueira> Pulido Suc. 284 434 274

quinta | 30Aljustrel> Pereira. 284 602 181

Almodôvar> Ramos. 286 665 254

Beja> Santos. 284 389 331

Ferreira> Singa. 284 732 235

mértola> Pancada. 286 612 176

moura> Rodrigues. 285 252 266

Odemira> Confiança. 283 300 010

Serpa> O. Carrasco. 284 543 485

Vidigueira> Pulido Suc. 284 434 274

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> sugestões “ca”

CINEMAAlcácer do sAlAuditório MunicipAl Nanny McPhee e o Toque de MagiaSábado | dia 25 | 16h00

AljusTrelAuditório dA BiBliotecA MunicipAl shrek Para sempredomingo | dia 26 | 16h00

eSpAço oficinAS Afterschoolterça | dia 28 | 16h00 e 21h00

BejA

cineMA MéliuS ImparávelSexta a quarta | dias 24 a 29 | 21h30

cAsTro verdecine-teAtro MunicipAl Toy story 3Sábado | dia 25 | 16h00

MourAcine cAridAde A Ilha do ImpySábado e domingo | dias 25 e 26 | 21h15domingo | dia 26 | 16h00

odeMIrAcine-teAtrocAMAcho coStA A caminho de santiago

Quarta | dia 29 | 21h30

ourIquecine-teAtro SouSA telleS cães e Gatos – A vin-gança de Kitty Galoredomingo | dia 26 | 16h00

serPAcine-teAtro MunicipAl A Ilha do Impydomingo | dia 26 | 15h30

Karaté Kiddomingo | dia 26 | 21h30

A cidadeterça | dia 28 | 21h30

cine MAriA lAMAS

[V. n. São Bento] A Ilha do Impydomingo | dia 16 | 15h30

centro culturAlde BrincheS o leão da estrelaQuarta | dia 29 | 21h30

MÚSICAAlcácer do sAllArgo dA feirA MastiksoulSábado | dia 25 | 22h00

AljusTrelpAVilhão do pArQue de feirAS e expoSiçõeS

diego MirandaSábado | dia 25 | 19h00

BejASé de BejA “cante ao Menino” com rancho de canta-dores de Aldeia Nova de são Bentodomingo | dia 26 | 21h00

cAsTro verdeigrejA MAtriz de entrAdAS “cante ao Menino, janeiras e reis”, com “As ceifeiras” de entra-das, “os cardadores” da sete; “As rosas de Março” de Ferreira do Alentejo, e “os vindima-

dores” da vidigueiraQuarta | dia 29 | 21h30

cuBAigrejA MAtriz “cantar ao Menino” com o Grupo coral “os ceifeiros” de cubaSexta | dia 24 | 23h30

EXPOSIÇÕESAljusTreleSpAço oficinAS “A crise”, cartoons de luís AfonsoAté 15 de janeiro de 2011

BejA

MuSeu Botânicodo ipBejA “um Mundo de Insec-tos”Até 6 de fevereiro de 2011

cAsTro verdeMuSeu dA lucernA “As Aventuras de júpiter”Até 8 de Setembro de 2011

serPAAtelier-gAleriAMArgAridA de ArAújo “Alentejo. Fragmen-tos”, pintura de António d’AlfarAté 8 de janeiro de 2011

> guia’arte por terras do baixo alentejo

1 Alcácer do SAlMAsTIKsoul APreseNTA álBuM No sáBAdo o pavilhão do largo da feira, em Alcácer do Sal, recebe este sá-bado, 25, a partir das 22h00 a Mastiksoul – the Album tour, festa organi-zada pela rádio cidade que terá apresentação de gonçalo oliveira e contará com as actuações de Mastiksoul [na foto], flip de riviera, olivs, dj roody, dj All Sun e joka drums.

4

2

1

>cinema > sábado em Beja

IMPArávelde: tony Scottcom: denzel Washington, chris pine, rosario dawson, ethan Suplee, Kevin dunn, Kevin corrigan e Kevin chapmanclassificação: M/12local: cinema Méliushorário: 21h30

Se gosta de natais com adrenalina, então não perca “imparável”, a história do jovem Will e do “veterano” frank ao comando do enorme comboio “A Besta”, que sem condutor e repleto de químicos perigosos, arranca desenfreado da estação, vaporizando tudo no seu caminho. Será que Will e frank têm arte e engenho para evitar a tragédia?

>sábado > sábado em Castro Verde

Toy sTory 3de: lee unkrichcom vozes de: André Maia, carlos freixo, carlos Macedo, josé raposo e Miguel ângeloclassificação: M/06local: cine-teatro Municipalhorário: 16h00

os criadores da saga “toy Story” reabri-ram a caixa de brinquedos e trazem de volta aos espectadores o mundo encantador de Woody, Buzz e do vasto leque de personagens favoritas em “toy Story 3”, que começa no dia em que Andy, já adolescente, vai a caminho da universidade. Será o fim para os seus velhos (e queridos) brinquedos de sempre?

>cinema > domingo em Aljustrel

shreK PArA seMPrede: Mike Mitchellcom vozes de: André Maia, carmen Santos, cláudia cadima, josé jorge duarte, paulo oom, rui Mendes e rui unas classificação: M/06local: Biblioteca Municipalhorário: 16h00

depois de se ter tornado pai de família, terá o ogre mais famoso perdido a sua raça? é isso que leva Shrek a fazer um pacto com o “falinhas mansas” rumpelstiltskin, o que resulta numa dis-torcida versão alternativa do reino de Bué-Bué longe. Agora depende de Shrek salvar os seus amigos, restaurar a ordem no reino e reclamar o seu verdadeiro amor!

132010.12.24 FiMSEMANAde

teMpo liVre

3

3 BArrAncoSeNcoNTro de zAMBoMBAs PArA revIver NATAl BArrANqueNho “reviver o natal barranquenho” é o grande objectivo da segunda edição do encontro de zambombas, uma iniciativa da câmara Municipal de Barrancos agendada para esta sexta-feira, 24. na noite do Menino, a partir das 18h00, todos aqueles que possuem uma zambomba são convidados a juntar-se em redor do lume que vai aquecer a praça da liberdade, para umas horas de muita animação.

5

2 cAStro VerdecANTe Ao MeNINo, jANeIrAs e reIs NA IGrejA MATrIz de eNTrAdAs Solidariedade, paz e tradição– são estas as palavras que dão sentido ao natal, quadra festejada em família e onde se reavivam memórias de outros tempos. é nesse sentido que a câmara de castro Verde, em colaboração com a junta de freguesia e a paróquia de entradas, pro-move na próxima quarta-feira, 29, uma noite de “cante ao Menino, janeiras e reis”, onde os grupos corais par-ticipantes darão voz a cânticos há muito enraizado “na cultura e na alma alentejana”. o espectáculo começa às 21h30, com a presença d’“As ceifeiras” de entradas; “os cardadores” da Sete; “ As rosas de Março” de ferreira do Alentejo; e “os Vindimadores” da Vidigueira.

5 AljuStrelNATAl Ao “soM” de dIeGo MIrANdA o natal vai ter mais ritmo em Aljustrel! isto porque depois de um dia de sábado, 25, com muito perú e doces, o pavilhão do parque de feiras e exposições da “vila mineira” recebe a partir 19h00 a “x-mas party”, que promete dança e folia até ao raiar do sol na manhã de domingo. o “cabeça-de-cartaz” vai ser o português diego Miranda, dj oficial da MtV portugal e com carreira feita nas pistas nacionais e estrangeiras, casos de Angola, Brasil, Bélgica, espanha, frança, inglaterra, luxemburgo, México, egipto, tailândia e estados unidos da América.

4 BejAcANTe Ao MeNINo NA sé coM rANcho de AldeIA NovA s. BeNTo A Sé de Beja recebe este domingo, 26, pelas 21h00, o segundo espectáculo da iniciativa “o cante ao Menino na rota das catedrais”, desta feita com a participação do ranmcho de cantadores de Aldeia nova de São Bento. A iniciativa é da responsabilidade da direcção regional de cultura do Alentejo.

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Correio Alentejo n.º 239 de 24/12/2010 Única Publicação

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE BEJA

A CARGO DA NOTÁRIA ANA DE MELO BORGES

CERTIFICO, para fins de publicação, que no dia quinze de Dezembro de dois mil e dez, no livro de notas para escrituras diversas número dezassete-E, deste Cartório, a folhas setenta e quatro e seguintes, foi lavrada uma escritura de justificação na qual:

ENCARNAÇÃO MARIA VAZ, viúva, natural da fregue-sia e concelho de Mértola, residente habitualmente na Rua Diogo de Gouveia, número 32, primeiro andar es-querdo, em Beja.JOÃO MANUEL VAZ PALMA, e mulher PAULA CRIS-TINA CARVALHO MARTINS, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Beja (Santiago Maior), e ela da freguesia de Beja (Sal-vador), ambas do concelho de Beja, residentes habitual-mente na Rua General Humberto Delgado, número 54, em Beja.JOSÉ LAMPREIA VAZ, e mulher MARIA JOANA VA-LIDO COELHO CHARRUA VAZ, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia e con-celho de Mértola, e ela da freguesia de Torre de Coe-lheiros, concelho de Évora, residentes habitualmente na Rua das Parreiras, Montoito.ADELAIDE ROSA VAZ, viúva, natural da freguesia e concelho de Mértola, residente habitualmente na Rua Sacadura Cabral, número 16, na Cabeça Gorda, Beja.LUÍS FERNANDO VAZ SEBASTIÃO PALMA, e mu-lher MARIA LUCÍLIA PALMA PICARETA, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da fregue-sia e concelho de Mértola, e ela da freguesia de Serpa (Santa Maria), concelho de Serpa, residentes habitual-mente na Rua Testour, lote quarenta e um, em Serpa,Outorgando o marido por si e na qualidade de gestor de negócios, em representação de:a) OCTÁVIO MANUEL COLAÇO PALMA, casado com Carmen Rocio Lechon Cacuango sob o regime da co-munhão de adquiridos, natural da freguesia e concelho de Mertola, residente habitualmente em Niederholzs-trasse 4, 8951 Fahrweid, Suíça; deb) MARIA FERNANDA COLAÇO PALMA HENRI-QUES, casada, sob o regime da comunhão de adqui-ridos, com ARTUR ANTÓNIO HENRIQUES, ambos naturais da freguesia e concelho de Mértola, residentes habitualmente no Sítio do Arneiro, em Faro; e dec) ALDEMIRA ROSA COLAÇO, solteira, maior, natural da freguesia e concelho de Mértola, residente na Es-trada Marquês de Pombal, número 47, terceiro andar esquerdo, em Rio de Mouro.PAULA ISABEL VAZ SEBASTIÃO PALMA, e marido JOÃO LUÍS CAVACO GUERREIRO SILVA, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia e concelho de Mértola, e ele da freguesia e concelho de Mértola, residentes habitualmente na Rua Escritor Aquilino Ribeiro, número 4, rés-do-chão esquer-do, em Beja.DINA MARIA MAMEDE VAZ, e marido ARTUR JOR-GE LOUREIRO MARTINHO CEGONHO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia de Sebastião da Pedreira, concelho de Lis-boa, e ele da freguesia de São João Baptista, concelho de Entroncamento, residentes habitualmente na Rua de Timor, número 15, em Mértola.CARLA MARIA MAMEDE VAZ, solteira, maior, natural da freguesia de São Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa, residente habitualmente no lugar de Corte Gafo de Baixo, em Mértola.ANTÓNIO ARSÉNIO COLAÇO, e mulher MARIA DE JESUS RODRIGUES GERALDES, casados sob o re-gime da comunhão de adquriridos, naturais, ele da fre-guesia e concelho de Mértola, e ela da freguesia de Tor-tosendo, concelho da Covilhã, residentes habitualmente no Bairro sete de Setembro, lote onze, primeiro andar esquerdo, em Vendas Novas.MANUEL FRANCISCO GASPAR LAMPREIA VAZ, di-vorciado, natural da freguesia e concelho Mértola, resi-dente habitualmente na Rua Coronel Brito Pais, número 87-A, primeiro andar direito, em Beja.JOAQUINA ROSA DA PALMA VAZ, divorciada, natural da freguesia e concelho de Mértola, residente habitu-almente na Rua Escritor Julião Quintinha, número 68, primeiro andar, em Beja.FLORINDA DA PALMA VALÉRIO, viúva, natural da fe-guesia e concelho de Mértola, onde reside habitualmen-te no lugar de Amendoeira da Serra.DECLARARAM Encarnação, João Manuel, José Lampreia e Maria Joana, Adelaide, Luís Fernando, por si e na invocada qualidade, e Maria Lucília, Pau-la Isabel, Dina, Carla Maria, António Arsénio, Manuel Francisco, e Joaquina:Que são, com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de par-te ou direito, de UM DEZASSEIS AVOS INDIVISOS do imóvel que de seguida se identifica, por o mesmo fazer parte da herança aberta por óbito de Eugénio Raposo Vaz, de quem são os únicos herdeiros;DECLARARAM Encarnação e João Manuel:Que são, com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de par-te ou direito, de UM DEZASSEIS AVOS INDIVISOS do imóvel que de seguida se identifica, por o mesmo fazer parte da herança aberta por óbito de José Antó-

nio da Palma, de quem são os únicos herdeiros;DECLARARAM Luís Fernando, na invocada qualida-de de procurador de Aldemira, e António Arsénio:Que a representada de Luís Fernando e António Arsénio são, com exclusão de outrem, donos e legítimos pos-suidores, em comum e sem determinação de parte ou direito, de UM DEZASSEIS AVOS INDIVISOS do imóvel que de seguida se identifica, por o mesmo fa-zer parte da herança aberta por óbito de Francisco Arsénio Colaço e esposa Maria Rosa, de quem são os únicos herdeiros;DECLARARAM Florinda e Joaquina:Que são, com exclusão de outrem, donas e legítimas possuidoras, em comum e sem determinação de par-te ou direito, de UM DEZASSEIS AVOS INDIVISOS do imóvel que de seguida se identifica, por o mesmo fazer parte da herança aberta por óbito de Manuel Francisco Rosa, de quem são as únicas herdeiras:PRÉDIO RÚSTICO, denominado “Courela da Caveira”, composto de cultura arvense, horta, oliveiras, montado de azinho, solo subjacente, sobreiros e leito de curso de água, na freguesia e concelho de Mértola,inscrito na matriz respectiva sob o artigo 33 da Secção F1,descrito na Conservatória do Registo Predial de Mértola sob o número mil novecentos e oitenta e nove,onde se encontra omisso qualquer registo sobre as re-feridas fracções.Que os citados direitos sobre os prédios vieram à posse dos aludidos Eugénio Raposo Vaz, falecido no esta-do de solteiro, maior, Encarnação Maria Vaz e marido José António da Palma, casados que foram sob o re-gime da comunhão geral, Maria Rosa e marido Fran-cisco Arsénio Colaço, casados que foram sob o regi-me da comunhão geral, e Manuel Francisco Rosa e mulher Florinda da Palma Valério, casados que foram sob o regime da comunhão geral, por sucessão here-ditária e partilha por óbito do seus pais e sogros, Ma-ria Rosa e Manuel Francisco Vaz, casados que foram sob o regime da comunhão geral, residentes que foram no lugar de Amendoeira da Serra, em Mértola, em data que não sabem precisar do ano de mil novecentos e setenta e seis, tendo entrado de imediato na posse do prédio, com a convicção de serem donos das referidas fracções.Os justificantes não dispõem de títulos válidos para o registo deste facto, nunca tendo sido realizada a respec-tiva escritura pública e inexistindo qualquer título formal que comprove estas trasmissões meramente verbais.Depois do falecimento de Eugénio Raposo Vaz, José António da Palma, Maria Rosa e marido Francisco Arsénio Colaço, e Manuel Francisco Rosa, passaram a deter os referidos direitos sobre os prédios respectivos herdeiros supra mencionados, pelo que, ao longo dos anos, possuem, assim, aquele direito sobre o prédio, há mais de trinta e quatro anos.Os ante possuidores e os ora justificantes, tem usufru-ído o prédio desde o ínicio da posse, posse que detêm desde então, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, desde o seu início, há mais de trinta e quatro anos, não dispondo, no entanto, de título formal que lhes permita proceder ao registo na competente Conservatória do Registo Predial.Que esta posse, em nome prórprio, foi adquirida e man-tida desde então sem violência e sem a menor oposição de quem quer que seja, ostensivamente, com ânimo de quem exercita direito próprio, sem interrupção e com o conhecimento da generalidade das pessoas da indica-da freguesia, lugares e freguesias vizinhas, sendo reco-nhecidos como seus donos por toda a gente, traduzida em actos materiais de fruição e com aproveitamento de todas as utilidades do prédio, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, usufruindo como tal do imóvel, semeando-o, limpando-o e pagando as respectivas contribuições e impostos – sendo por isso uma posse pacífica, porque adquiri-da sem violência ou oposição, contínua, porque sem interrupção desde o seu início, pública, porque do co-nhecimento da generalidade das pessoas, e de boa-fé, porque ignorando no momento do apossamento lesar direito de outrem.Pelo que, verificados os elementos integradores – o decurso do tempo e uma especial situação jurídica – posse em nome próprio, pacífica, contínua, pública, e de boa fé – adquiriram os referidos direitos sobre o prédio por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo, dado que essa aquisição não pode ser comprovada por qualquer título extrajudicial.DISSERAM Paula Cristina, João Luís, Artur Cego-nho e Maria de Jesus, que, por serem verdadeiras, confirmam as declarações prestadas pelos respectivos cônjuges, sendo o direito que possuem no bem a justifi-car bem próprio destes.Está conforme o original.

Beja, 15 de Dezembro de 2010.

A Notária,(assinatura ilegível)

Ana de Melo Geraldes Sequeira Borges

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Funerais – Cremações – TrasladaçõesExumações – Artigos Religiosos

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas

mais sinceras condolências

Consulte esta seCção em www.funerariapax-julia.pt

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO JOSÉ DA SILVA RAMIRES, de 75 anos, natural de Ervidel – Aljustrel, casado com a Exma. Sra. D. Carolina Maria Nunes da Silva Ramires. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, do Hospital de Portimão, para o cemitério de Beja.

LISBOA / BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOÃO PEDRO LEAL, de 89 anos, natural de Santiago Maior - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, das Casas Mortuárias de Beja,

para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. LYNDA BEBBING-TON SAUNDERS, de 59 anos, natural de

Manchester – Inglaterra, casada com o Exmo. Sr. Jonh Bebbington Saunders. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, do Hospital de Beja, para o cemitério dos Olivais em

Lisboa, onde foi cremada.

INGLATERRA /BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. AUGUSTA VITÓRIA MESTRE, de 90 anos, natural de Santa Maria da Feira - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da Igreja Paroquial do

Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. EMILAAGE ALFRED VASCONCELOS ABREU ANDERSEN, de 88 anos, natural de

Sintra, casado com a Exma. Sra. D. Maria de Fátima Coelho do Amaral Andersen. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da Igreja Paroquial do Campo Grande em Lisboa, para o cemité-rio do Alto de São João, onde foi cremado.

LISBOA

†. Faleceu o Exmo. Sr. DOMINGOS AN-TÓNIO CORTE NEGRA GUERRA, de 67 anos, natural de Salvador - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Solange Catarina

Penteado Hipólito. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 18, das Casas Mortuárias de Beja, para o

cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA JOÃO FALCÃO DE ALMEIDA CALHEIROS

MENDES COSTA, de 80 anos, natural de Bonfim - Porto, viúva. O funeral a cargo

desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério dos Olivais em Lisboa, onde foi

cremada.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO JOSÉ DA CONCEIÇÃO DAS FONTES, de

71 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, casado com a Exma. Sra.

D. Maria Carolina Silva Carocinho. O funeral a cargo desta Agência realizou-se

no passado dia 19, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o

cemitério local.

NOSSA SENHORA DAS NEVES

†. Faleceu o Exmo. Sr. Dr. RUI MANUEL NOGUEIRA SOUSA SANTOS, de 55

anos, natural de Cedofeita - Porto, casado com a Exma. Sra. D. Maria Miquelina da Fonseca Pena. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, das Casas Mortuárias de Beja, para o

cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. SERZELINA DE JESUS ANTUNES, de 89 anos, natu-ral de Cernache do Bonjardim - Sertã. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Capela do Hospital Egas Moniz em Lisboa, para o cemitério

de Benfica.

LISBOA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA LUÍSA MAGOITO NOZES TAVARES, de 46 anos, natural de Santiago Maior

– Beja, casada com o Exmo. Sr. António Tavares. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 20, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta

cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA AMÉ-LIA PEREIRA DOS SANTOS ALVES,

de 65 anos, natural de São Sebastião da Pedreira – Lisboa, casada com o Exmo. Sr. José Luís da Silva Alves. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no

passado dia 23, do Hospital de Beja, para o cemitério dos Olivais em Lisboa, onde

foi cremada.

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> as cinco mais lidas

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Pode encontrar a edição de papel do “CORREIO ALENTEJO” em 36 bancas do distrito de Beja.

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on-linE IMPRESSÕESE172010.12.24

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> fórum

>comentários>resultados

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inquérito sEmanal

55%

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ALENTEJANO COM TALENTO“Ainda há alentejanos com muito talento. O Luís Afonso tem um sentido de humor muito especial e sabe abordar com grande mestria as desgraças deste nosso Portugal. Gosto muito do ‘Bartoon’, no jornal ‘Público’, onde ele costuma ser muito engraçado.”raQUeL batISta

SIm nÃo taLVez

Acredita que o aeroporto de Beja abre no próximo Verão??

Faça também os seus comentários na página da internet: www.correioalentejo.com

A passagem de ano na Pra-ça da República, em Beja, é uma boa iniciativa?

NÃO

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TALVEZ

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> PassatEmPossudoku

grau de dificuldade > eSPeCIaLISta

9 6 9 5 8 5 4 3 4 7 7 8 4 3 7 6 5 2 1 6 4 1 5 8

solução

INSTRUÇÕES DO JOGOCompletar a grelha (de 9 quadrados) com 81 casa dispostas em 9 colunas alinhando as mesma com os números de 1 a 9, sem que repita nenhum número em cada coluna nem em cada quadrado.

estatuto editorial O “Correio Alentejo” (CA) é um jornal semanário do Baixo Alente-jo e Litoral Alentejano e propõe-se desenvolver um jornalismo plural, isento e fiável, respeitador dos va-lores da democracia e da liberdade.

“CA” é um jornal semanário in-dependente de todos os poderes políticos, económicos e religiosos, que não se submete à neutralidade e assenta o seu conteúdo editorial em princípios de rigor e seriedade.

“CA” produz um jornalismo generalista, com exigência e qua-

lidade, elaborado através de um processo criativo e interactivo que proporciona informação e esclare-cimento a um público plural.

“CA” distingue com evidência os factos e as opiniões. Os primeiros são intocáveis e as segundas são livres.

“CA” respeita escrupulosamente a vida privada dos cidadãos e deter-mina como limite à sua intervenção o que esteja estabelecido pela lei, pela deontologia jornalística e ética profissional.

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“A CP só dá prejuízo e corta em todo o lado do interior. Qualquer dia não temos com-boios pra Lisboa nem para lado nenhum e é uma vergonha. Para que é que serve tanto dinheiro que o Governo dá para lá... para pagar chorudos prémios aos administradores... VERGONHA!” VaSCo rodrIGUeS mIra

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FUTEBOL E MODALIDADES

DESPORTO

>futebol >futebol

OURIQUE DESPROMOVIDO EM JUNIORES O empate caseiro diante do Tires no sábado, 18, confi rmou o regresso dos juniores do Ourique ao campeonato distrital da categoria em 2011-2012.

ANTÓNIO BRITO NO ENTRADENSE António Brito, que estava à frente da equipa de juniores do Ourique, é o novo treinador do Entradense, rendendo o demissionário Abelha.

19

> ATLETA DO CLUBE DE PATINAGEM DE BEJA QUER CHEGAR AOS JOGOS OLÍMPICOS DE INVERNO DE 2014

> PATINAGEM. A com-petir na Holanda, a patina-dora bejense dedicou-se recentemente à patinagem de velocidade no gelo.

CARLOS PINTO TEXTO

E se de repente uma baixo-alen-tejana habituada aos calores de 40 e tal graus que se fazem sentir duran-te o Verão na região surgisse dentro de quatro anos numas Olimpíadas a patinar… no gelo? O cenário pode parecer pouco plausível, mas é esta a grande meta da bejense Marta Nunes, que sonha estar em 2014 na cidade russa de Sachói ao serviço da Selecção Nacional durante as provas de patinagem de velocida-de no gelo nos Jogos Olímpicos de Inverno.

“Vão ser quatro anos muito du-ros, em que tenho de me dedicar bastante”, reconhece ao “CA” a pa-tinadora de 27 anos do Clube de Pa-tinagem de Beja, não escondendo que já há algum tempo que “tinha

Marta Nunes no gelo!

Dedicada os patins há quase duas déca-das, a bejense Marta Nunes [ao centro] já foi diversas vezes campeã nacional de patinagem de velocidade. DR

vontade” de experimentar esta ver-tente da patinagem de velocidade. “Tanto por constantemente apare-cer na Eurosport como por ser uma modalidade olímpica. O sonho de qualquer atleta é ir aos Jogos Olím-picos e vamos ver se as coisas resul-tam”, acrescenta.

Para já, conta, o mais difícil tem sido “apanhar a técnica”. “Não há muitas diferenças, pois a base é a mesma. No entanto, o atrito é dife-rente e a superfície de gelo é muito mais deslizante. E são essas peque-nas diferenças que fazem com que a técnica mude”, explica Marta Nu-nes, que nos últimos tempos tem vindo a trabalhar com o luso-holandês Fausto Marreiros, o único portu-guês que participou nuns Jogos Olímpicos de In-verno na modalidade (em 1998, na cidade japonesa de Nagano).

Mas apesar do so-nho olímpico, Marta Nu-nes promete não abandonar a patinagem de velocidade “convencional”, onde conta no currículo com diversos

títulos de campeã nacional de pa-tinagem de velocidade, além da presença em sete campeonatos da Europa e em dois Mundiais.

“Vou tentar conciliar as duas coisas, até porque uma acaba por complementar a outra”, afi ança, ga-rantindo que o essencial é ter “mais

cuidado” na transi-ção de uma época para outra. “Vai ser competição o ano inteiro e tudo pas-

sa pela questão das épocas se-

depois, em Outubro de 2010, nova mudança, desta feita para assentar “arraiais” na localidade holandesa de Haarlem, a pouco mais de 20 minutos de Amesterdão.

“Sou uma pessoa que gosta de viver noutros países e de conhecer outras culturas, outras pessoas. E depois de ter estudado em Itália durante um semestre, sempre tive a ideia de um dia mais tarde ir para outro país”, justifi ca a patinadora, que garante ter optado em primeira instância pela Bélgica por este país ser o “centro” da Europa em termos de patinagem de velocidade. “Exis-te mais competição e mais países onde podemos ir competir”.

Tudo para garantir o “passo seguinte” na patinagem de velo-cidade: “Tenho uma carreira bem preenchida, mas que ainda está a meio! Ainda há muito para atingir e a evolução que tive nos últimos anos em termos de campeonato da Europa faz-me pensar numa medalha. É certo que um lugar nos cinco primeiros será o meu objec-tivo para a próxima época, mas in-conscientemente penso em tentar ganhar uma medalha”, confessa.

rem bem planeadas e as transições serem bem feitas. É certo que pode-rá ser saturante, mas a competição motiva!”, complementa.

BEJA, ANTUÉRPIA, HAARLEM…As metas traçadas por Marta Nunes podem parecer ambiciosas, mas a patinadora tem trabalhado ardu-amente para as alcançar. E tudo começou em Outubro do ano pas-sado, quando se juntou à colega de equipa Andreia Nicolau e em busca de maior competição trocou a Beja por Antuérpia, na Bélgica. Um ano

”MARTA NUNES | patinadora

O sonho de qualquer atleta é ir aos Jogos Olímpicos e vamos ver se as coisas resultam.

2010.12.24

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> OPINIÃO

RUI SOUSA SANTOSNo princípio dos anos 80, chegou ao

serviço de Medicina II um novo mé-dico estagiário, vindo do Porto, que o di-rector de serviço, dr. Escoval, colocou a trabalhar comigo. Era o Rui Sousa Santos e o início de uma amizade que leva 30 anos.

Findo o estágio no Hospital, optou pela carreira de Medicina Familiar, mas todo o seu valor pessoal e as crescentes responsa-bilidades que ia tendo no PS, levaram-no a ocupar vários cargos políticos em Lisboa e em Beja, até que há alguns anos voltou ao seu lugar de médico de família, nesta cida-de. Por pouco tempo, já que foi nomeado vogal da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, rumando desta vez até Évora.

Até que, no meio das várias conversas que sempre mantivemos, recebi um tele-fonema do Rui a dizer-me que tinha sido convidado para presidir à administra-ção do Hospital de Beja. Mas não queria aceitar o lugar sem ouvir a opinião dos médicos mais responsáveis, que foi unani-memente positiva. Até porque estávamos a sair da gestão de má memória do Hospi-tal SA e a presença de um médico à frente da administração era para todos nós es-sencial. E o Rui foi, de facto, o pacificador e aglutinador das várias sensibilidades, o que numa casa com muita gente sempre acontece.

Mas o espírito de missão destes luga-res é difícil e comporta riscos e sacrifícios pessoais, profissionais e, acima de tudo, familiares. A unificação do Hospital e dos 14 centros de saúde do distrito, na Unida-de Local de Saúde do Baixo Alentejo (UL-SBA), tem sido uma tarefa complicada. E a tradição portuguesa sempre foi de con-trariar as mudanças! E sempre foi mais de criticar do que colaborar.

Mas o Rui nunca foi dos que desistem de lutar, nem de virar as costas às respon-sabilidades. Por isso, além de presidente da ULSBA, era o presidente da Concelhia do PS de Beja. E a sua preocupação nas nossas conversas era como motivar todos os colaboradores da ULSBA na construção de uma nova realidade na saúde e fazer uma intervenção política na Concelhia que não cansasse as pessoas, antes fosse ao encontro dum sentimento de esperan-ça que mora sempre nos que acreditam que é sempre possível mudar para melhor.

CARLOS MONTEVERDEmédico

Como muitos soldados que dão a vida pela pátria em combate, também estes heróis da causa pública, deixam as suas famílias em nome daquilo em que acre-ditam. E deixam os seus amigos a pensar que esta sociedade cada vez mais materialista e menos huma-nista, tem de saber premiar com justiça, aqueles que, como disse Camões, “por obras valorosas se distingui-ram”.

Este era o combate que o Rui vivia com entusiasmo e a capacidade que lhe reco-nhecíamos. Que ganhou da maneira mais nobre que só os eleitos são capazes. As muitas centenas de pessoas presentes na sua despedida significaram tudo isso.

O Rui, para além de bom profissional, gostava de ler, gostava de jazz e música clássica, tinha a paixão do Benfica e era um entendido nas novidades informáti-cas e electrónicas. Foi também um cola-borador da primeira hora no projecto do “Correio Alentejo”, um primeiro grito de coragem e de liberdade nesta cidade que foi possível porque as pessoas acredita-ram, como acreditaram depois no Jorge Pulido Valente.

E para além de tudo isto, o Rui tinha principalmente a paixão da família. Algu-mas das nossas conversas foram ao serão, na sua casa, para desfrutar da presença da sua companheira de sempre, a “Micocas”, mãe dos seus dois rapazes alentejanos. Um beijo para esta mulher, que foi sem-pre o apoio discreto, mas fundamental, na vida de enorme sucesso pessoal e profis-sional do seu marido.

Com o Fausto Correia e o Rui vejo partir em pouco tempo dois amigos de verdade, que se dedicaram à causa pública com entusiasmo, em detrimento da sua vida pessoal e familiar. Como muitos soldados que dão a vida pela pátria em combate, também estes heróis da causa pública dei-xam as suas famílias em nome daquilo em que acreditam. E deixam os seus amigos a pensar que esta sociedade cada vez mais materialista e menos humanista tem de saber premiar com justiça, aqueles que, como disse Camões, “por obras valorosas se distinguiram”.

20 2010.12.24OPINIÃO>palavras>palavras

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Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 e-mail: [email protected]

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Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José Brito Editor: Carlos Pinto. Redacção: Luís Lourenço, Manu-ela Pina, José Tomé Máximo (fotografia). Paginação: Pedro Moreira. Infografia: I+G - www.imaisg.com . Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Napoleão Mira e Vítor Besugo. Colunistas: Alberto Matos, António Revez, António Sebastião, Carlos Monteverde, Maria Fernanda Romba, Hugo Lança Silva, Paulo Arsénio, Rodeia Machado e Vítor Encarnação.Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Dário Brissos [934 820 822 | 963 202 370] [email protected]ão: Imprejornal. Distribuição: Jota CBSISSN 1647-1334

22 2010.12.24opinião>palavras

“> Editorial

>palavras

SER EXIGENTECOM O ESTADONuma época que nos obriga a reflectir sobre os mais frágeis, parece-nos

oportuno voltar a abordar os crescentes casos de idosos abandonados pela sua família, em lares onde somam dias de mágoa e acumulam tristeza, depois de vidas de trabalho, privações e expectativas nem sempre cumpridas.

Infelizmente, não são poucos os casos que vamos conhecendo, sobretudo nos meios urbanos, onde os mais velhos são deixados numa solidão impla-cável. Por vezes em serviços sem dignidade nem competência, que os tra-tam como se fossem mercadoria! Felizmente, no interior do país, não faltam exemplos de serviços muito humanizados e de boa qualidade, que desenvol-vem um trabalho dinâmico, capaz de contribuir para que os idosos se sintam úteis e mais felizes.

Mas é dramático que não seja assim em todo o país e em todos os lares. Por isso, parece-nos lógico que o Estado faça um esforço muito grande para disseminar um modelo de funcionamento mais generoso, que assegure aos mais desfavorecidos uma velhice verdadeiramente digna – basta, por exemplo, gastar em novos lares e melhores ser-viços, apenas 10% do que gastou nesse grande “buraco” chamado BPN!

Neste contexto, o Governo tem de assumir uma estratégia mais arrojada, que privilegie as instituições de solidariedade social, seja para a construção de novos lares ou para fomentar uma rede mais sólida de serviços de apoio do-miciliário.

É bom que se perceba que, um pouco por todo o país, mas particularmente nos grandes centros urbanos, a esmagadora maioria das pes-soas não tem dinheiro para instalar-se em lares privados. Cabe ao Estado, portanto, assumir a responsabilidade que lhe compete e que temos de exigir-lhe sem contemplações.

Parece-nos lógico que o Estado faça um esforço muito grande para disseminar um modelo de funciona-mento mais generoso, que assegure aos mais desfavorecidos uma velhice verdadeiramen-te digna

MÁRIO SOARES> “Diário de Notícias” 21.12.2010

“era bom que o primeiro-miNistro, eNtre os seus múltiplos afazeres, desse prioridade em falar aos por-tugueses, porque falar para eles - e com eles -, utilizaNdo palavras simples e iNdo ao eNcoNtro das suas preocupações, é muito difereNte de dar eNtrevistas.”

CELESTE RODRIGUES> “I” 21.12.2010

“a amália caNtava um fado e estava tudo feito. caNto um ou dois fados dela porque coNsigo fugir ao estilo. mas há uNs que Nem me atrevo, só ia estragar.”

DANIEL OLIVEIRA> “Expresso on-line” 21.12.2010

“o bpN vai receber mais quiNheNtos milhões do estado. temos um país com dois sistemas: para o lucro, somos uma ecoNomia de mercado, para o prejuízo, uma geNerosa sociedade socialista.”

ESSENCIALE ACESSÓRIO

1. Escrevo estas linhas horas depois de ter acompanhado o dr. Rui Sousa Santos na

sua última viagem! A notícia encontrou-me na cama, numa manha gélida de sábado, e ape-sar de ter quatro mensagens com o mesmo texto, senti necessidade de ligar a um amigo para confirmar a notícia! Não era – e deixe-me sublinhar este ponto para evitar hipocrisias – amigo do dr. Rui Sousa Santos, com quem tive tantas convergências como divergências, mas alguém que aprendi a respeitar, pela força com que lutava pelas suas convicções, pela frontali-dade da sua divergência, pelo sentido cívico de alguém que tendo uma carreira onde se ganha bem, tinha paixão pelo serviço público!

João Espinho escreveu no seu blogue, ao comentar a notícia, que a morte é uma besta! Como tantas outras vezes discordo dele, penso que coloca as coisas na perspectiva errada: a vida é que é uma besta!

A brutidade cruel de uma morte não anun-ciada, especialmente de alguém que estima-mos, obriga-nos a ponderar o sentido da vida, a meditar sobre as nossas escolhas, os nossos percursos, os nossos erros e falhas, as parvo-íces que fizemos no nosso percurso! Mostra-nos de forma nua, crua e bruta como a vida é algo absolutamente raro e precioso para des-perdiçarmos em amuos absurdos, na cobiça tresloucada pelos bens materiais, em guerri-nhas estéreis e histéricas. Sobretudo, importa aprender a viver com decência, com honra, valores e princípios e, quando chegar a inevi-tável hora, ter a certeza de que se viveu, poder sorrir e dizer que fomos felizes, que vivemos, que não nos limitámos a estar vivos!

2. Perco a noção de quantas vezes falei do centro histórico de Beja, nestas e outras cróni-cas que subscrevo! Mas sei que foram muitas! Ou quiçá até demasiadas! Há uns tempos, um dos meus amigos comentadores anónimos, parodiava-me, sugerindo que o Pulido Valente me oferecesse a Praça da Republica para brincar aos eventos!

Gozem-me o quanto quiserem, mas defen-derei sempre que a riqueza das cidades está na sua história e só conseguir conjugar o passado

com o presente nos garantirá o futuro! E no últi-mo ano, a Praça da República, em Beja, tem tido uma dinâmica muito interessante, que merece ser sublinhada e aplaudida! Claro que todos va-mos desejar sempre mais, mas quando os Virgem Suta encerrarem este ano, será o quarto ou quinto evento significativo que a Praça recebe, inverten-do uma tendência de décadas onde esta foi defi-nhando, lado a lado com a cidade!

Infelizmente por estes dias, muitos ateus e alguns agnósticos vão rezar afincadamente para que na passagem do ano chova horrores, para na semana seguinte encherem os blogues de comen-tários extasiados a festejar o fracasso da passagem do ano, recordando o “tempo da outra senhora” onde tudo era perfeito e fantástico! Porque infe-lizmente há demasiados e mesquinhos interesses em jogo, pessoas, associações e empresas com dinheiro a ganhar ou a perder, profunda mesqui-nhez, uma paixão pela maledicência e uma imen-sa incapacidade de aceitar a diferença!

Noticias como a desta semana, na sua brute-za, obrigam-nos a pensar, a distinguir o principal do acessório, a perceber que há coisas mais im-portantes do que aquelas com que estragamos os nossos dias! Porque sempre que morre alguém que ama Beja, Beja fica mais triste, fica mais po-bre, fica com menos uma voz para a defender dos bastardos que usam a cidade para se beneficia-rem!

Há coisas mais importantes do que aquelas com que estragamos os nos-sos dias! Porque sempre que morre alguém que ama Beja, Beja fica mais triste.

HUGO LANÇA SILVAprofessor do Ensino Superior

> opinião

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232010.12.24 opinião>elevador

A INEVITABILIDADE DA MORTE

Não existe nada escrito que diga que o natural é morrermos velhos. Mas, por uma questão de es-

tatística, vivemos a vida aceitando que essa é a lei na-tural e sempre que a regra se altera, lidamos mal com a morte. É como se desde que nascemos tivéssemos um percurso a seguir, que não pode ser interrompido. E quando uma doença grave ataca e ameaça encurtar o caminho, sofremos horrores, muitas vezes anteci-pando um cenário que pode não chegar a acontecer, pelo menos por aquele motivo e naquela altura. Tudo isto porque lidamos mal com esta coisa de se ter que morrer, como se tivéssemos nascido para ser eternos. E não somos.

A esperança média de vida aumentou muito nos últimos anos. Por um lado, graças aos avanços da me-dicina, por outro, em consequência da melhoria da qualidade de vida, com mais e melhores habitações, melhor alimentação, melhor educação, maior e me-lhor acesso aos cuidados de saúde e uma aposta clara na prevenção, com mais e melhores meios de diag-nóstico.

O facto de vivermos mais tempo, com mais quali-dade de vida, leva-nos a interiorizar, cada vez mais, a ideia de que, se não somos eternos, para lá caminha-mos. O exemplo mais emblemático é o do realizador Manuel de Oliveira, que continua a fazer filmes sem contar os anos, recusando-se, aos 102 anos, a calçar as pantufas.

Por via dos avanços científicos, os médicos, que todos os dias lidam com a morte, são muitas vezes assaltados pela culpa de não terem conseguido fazer tudo ou saber tudo para evitar esse desfecho. E, por vezes, a sensação de impotência é frustrante. E do-

lorosa. E torna-os a eles, como a nós, os que nada sa-bemos de medicina e da arte suprema de salvar vidas, pequeninos e indefesos, vulneráveis. E iguais, perante a inevitabilidade da morte. E, unidos na consternação, questionamos – como foi isto acontecer?

Deve ter sido isso o que sentiram os colegas do dr. Rui Sousa Santos que tudo fizeram na fatídica manhã de 18 de Dezembro para o devolver à vida, quando a morte, traiçoeira, lhe bateu à porta, aos 55 anos duma vida cheia. Cheia de projectos, plena de causas. Na Se-gurança Social, no Hospital, no seu PS. Mas cheia, so-bretudo, de trabalho. Muito, para o qual não chegavam as longas horas do dia. E da noite.

A morte bateu-lhe à porta mas apanhou-o deitado. Talvez, por isso, a morte não esperou, como de costu-me, que perguntassem quem é. E ela, sorrateira, falsa, foi entrando. Talvez por isso ele não tenha tido tempo de fugir dela, apanhado, assim, de surpresa.

Quem sabe se, meses antes, não a terá sentido a ron-dar a porta, quando decidiu arranjar tempo, finalmen-te, para pensar em si, para cuidar de si, achando que era tempo de começar a perder peso. A verdade é que me lembrei disso quando recuperei do choque inicial da notícia. Lembro-me, na altura, da alegria da irmã, a dra. Luísa, ao comentar comigo a forma como ele estava a levar a sério a dieta e como eram visíveis os seus efeitos.

Meio atordoados, ainda, perguntamos todos uns aos outros, de novo, como é que isto foi acontecer. E usa-mos a mesma linguagem, os homens da medicina e os homens e mulheres que nada sabem de medicina.

Para o dr. Rui deixarão de existir problemas, traba-lho, causas por que lutar. A família e os amigos não vão mais contar com o seu apoio e a sua presença amiga. E o Benfica terá menos um adepto fervoroso na sua ban-cada.

Nós, os que por cá ficamos ainda, vamos tentando perceber que sentido é que isto faz.

MARIA FERNANDA ROMBA

> opinião

Meio atordoados, ainda, perguntamos todos uns aos outros, de novo, como é que isto foi acontecer. E usamos a mes-ma linguagem, os homens da medicina e os homens e mulheres que nada sabem de medicina.

“MANTER ACESA A CHAMA”

Com o aproximar de um novo ano importa fazer o balanço do 2010 e perspectivar o próximo. E como perspectivar o próximo perante os si-

nais de preocupação que diariamente nos chegam? Com resiliência! Esta será seguramente uma capacidade que teremos que desenvolver, pois se este foi de adversidade, 2011 terá que ser de adaptação perante uma nova realidade socioeconómica com fortes implicações no sistema social. E, seguramente, no próximo ano, o IPBeja dará o seu contributo para o de-senvolvimento regional através da operacionalização de um conjunto de projectos e iniciativas que fomentarão a inter-relação entre a comunidade académica e todas as forças vivas da região, com especial enfoque no sec-tor empresarial.

Do conjunto de projectos e iniciativas que estamos a preparar, gostaria de destacar o Fórum Para o Desenvolvimento, um compromisso assumi-do na candidatura à presidência do IPBeja e cuja primeira edição se re-alizará em 2011. Com esta incitativa, para além da promoção do necessário debate em torno do desenvolvimento regional, serão discutidas hipóteses de trabalho suportadas pela partilha de tecnologias e conhecimento entre empresas e a comunidade acadé-mica, com benefícios mútuos. E se importa referir que toda a comuni-dade académica está disponível para colocar os seus serviços, a tecnologia e o seu conhecimento ao serviço da comunidade, também interessa re-ferir que estamos particularmente interessados em estreitar laços com entidades promotoras de projectos de sucesso, como forma de estimular o empreendedorismo, com especial ênfase nos nossos estudantes.

Sendo o Fórum para o Desenvolvimento um dos pilares das nossas iniciativas, importa referir a actual dimensão internacional do IPBeja. É crescente o número de alunos, e docentes do IPBeja em mobilidade por toda a Europa, e são cada vez mais os alunos oriundos de diferentes países da Europa a estudar no Instituto, e que, com toda a certeza, no futuro se-rão promotores da região, da sua cultura e dos seus produtos. Igualmente importante a sequência de protocolos que temos vindo a estabelecer com congéneres internacionais, com vista ao desenvolvimento de planos de estudo conjuntos. Este esforço de internacionalização terá consequências positivas não só para o IPBeja, mas para toda região. O nosso potencial para promovermos a região, e os produtos que aqui são produzidos, é ele-vado e está ao serviço da comunidade!

O próximo ano será ainda importante para continuar a dar os passos ao nível da reformulação da nossa oferta formativa, em função das neces-sidades do território onde nos inserimos. O aumento verificado este ano ao nível das matriculas efectuadas no primeiro ano das licenciaturas reve-lou a adequação do nosso portfólio de cursos deste nível, e permitiu-nos ter uma ideia mais clara dos pequenos ajustes que teremos que fazer. No que se refere aos mestrados, o IPBeja em 2010/11 continuará a oferecer à região oferta formativa adequada para todos aqueles que procuram obter formação para além da licenciatura, e que têm a preocupação de se valo-rizar profissional e academicamente.

Em suma, perante a necessidade de adaptação à nova realidade sócio-económica, toda a região pode contar com o IPBeja para fazer face aos desafios emergentes. Este é um compromisso assumido para com toda a região.

Desejo a todos um Natal pleno de saúde, e que o novo ano o seja de prosperidade também.

O IPBeja estará sempre convosco.

VITO CARIOCApresidente do IPBeja

> opinião

Perante a necessidade de adaptação à nova realidade sócio-econó-mica, toda a região pode contar com o IPBeja para fazer face aos desafios emergentes. Este é um compromisso assumido para com toda a região.

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sexta. 2010.12.24

A véspera de Natal vai ser um dia de aguaceiros, com ligeira descida na temperatura máxima e, já de noite, descida signifi cativa na mínima. Vento moderado de Sul.

TEMPO > previsão para sexta

> RUI SOUSA SANTOS FALECEU VÍTIMA DE ENFARTE DO MIOCÁRDIO

ÚLTIMAS24

Até um dia, Rui! O médico Rui Sousa Santos, que presidia ao conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), faleceu no sábado, dia 18, vítima de um en-farte do miocárdio. Tinha 55 anos.

Rui Sousa Santos nasceu no Porto e li-cenciou-se em medicina em 1979 na Facul-dade de Medicina daquela cidade. No início dos anos Oitenta chegou a Beja para exercer a sua profi ssão e, durante 30 anos, foi um clínico respeitado, emprestando muito da sua carreira à causa pública.

Coordenador das actividades de saúde infantil e de saúde materno-fetal da Admi-nistração Regional de Saúde (ARS) de Beja e da Sub-Região de Saúde de Beja entre 1986 e 1993, foi depois director do Centro de Saú-de de Beja, entre Janeiro de 1994 e Junho de 1996.

Apaixonado pela política, era militan-te do Partido Socialista e, quando António Guterres chegou ao Governo, em 1995, foi convidado para dirigir o Centro Regional de Seguranaça Social de Beja, onde esteve até 1999.

No início do segundo mandato de Gu-terres, passou a chefi ar o gabinete do se-cretário de Estado Adjunto do ministro do Trabalho e da Solidariedade, Rui Cunha, onde esteve até Maio de 2001. Depois, transitou para a secretaria de Estado dos

> IPSS TAMBÉM ADOPTAM ESTE PROCEDIMENTO

Câmara de Aljustrelmantém cantinas abertas A câmara e instituições de solidarieda-de social de Aljustrel estão a fornecer, nas férias de Natal, almoço a 177 crianças de escolas do concelho, “muitas” de famílias carenciadas e cuja refeição escolar é a “única” do dia.

A vereadora da Câmara de Aljustrel, Maria da Conceição Parreira, explicou que o município e quatro instituições de soli-dariedade social vão continuar a fornecer nas férias almoços a 117 crianças da sede de concelho e 60 de três freguesias rurais e uma povoação, após “muitas solicitações” de pais.

“Muitas” das crianças pertencem a fa-mílias carenciadas e outras, porque os pais trabalham, “não têm ninguém que lhes possa dar o almoço” e, por isso, “precisam” que as escolas continuem a fornecer as re-feições, explicou a vereadora.

Por outro lado, frisou, “a câmara perce-beu que para muitos meninos o almoço

que recebem na escola é a única refeição quente do dia”.

Para garantir as refeições às 117 crianças da sede de concelho, a Câmara vai manter a funcionar o refeitório da Escola dos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico Dr. Manuel Bri-to Camacho, situada na vila.

Os almoços das 60 crianças das escolas básicas das freguesias rurais de Messejana, Rio de Moinhos e Ervidel e da povoação de Montes Velhos vão continuar a ser forneci-dos pelas quatro instituições de solidarie-dade social que prestam o serviço durante as aulas.

Segundo Maria da Conceição Parreira, o fornecimento das refeições durante as férias irá também ser assegurado nas pró-ximas pausas lectivas, no Carnaval e na Páscoa.

Esta prática tem vindo a ser adoptada em vários locais do país para fazer frente a problemas sociais emergentes.

FERREIRA DO ALENTEJOEMPRESA GENERG APOIA MISERICÓRDIA

A exemplo do que já sucedeu no último ano, a empresa Generg, empresa promotora da segunda maior central solar fotovoltaica em Portugal, no concelho de Ferreira do Alentejo, anunciou esta semana que vai apoiar a Santa Casa da Misericórdia de Ferreira do Alentejo. A empresa explica que vai também “encaminhar parte muito signifi cativa dos valores que tradi-cionalmente” dedica à celebração e presença natalícia a mais duas instituições em Castelo Branco e Tondela. “Sentimos, neste Natal de 2010, de forma especialmente marcante, essa dimensão da nossa responsabilidade social. Sentimos, felizmente também, que nesta atitude somos acompanhados pela vasta comunidade daqueles com os quais, no desenvolvimento da nossa actividade, nos relacionamos”, des-taca o comunicado da empresa.

CASTRO VERDEELEIÇÕES NULASNA CASA DO BENFICA

Estão de regresso os “dias agitados” à Casa do Benfi ca de Castro Verde, depois do Tribunal Judicial de Ourique ter dado provimento à acção interposta pelo sócio António Peixeiro Lou-renço contra a Casa do Benfi ca e contra ex-presidente da mesa da Assembleia Geral da instituição, António Chagas, com o objectivo de requerer a nulidade do último acto eleitoral realizado em Março deste ano. Em declarações à Rádio Castrense, António Peixeiro Lourenço diz ter fi cado “satis-feito” com a decisão do Tribunal e prometeu ir “até onde for necessário” para que a verdade “seja reposta”. Já António Chagas confi rmou ter sido notifi cado e garantiu ainda estar a equacionar a hipótese “de recorrer ou não” à acção interposta.

> E AINDA...

Coop Bejafez 35 anos

> GALA E PRÉMIOS

A Coop de Beja celebrou 35 anos com uma gala, na terça-feira, 21,que incluiu ac-tuações de artistas alentejanos e a distinção de artistas, associações, empresas, órgãos de comunicação social e personalidades do Alentejo, através da atribuição de prémios. A gala decorreu no Teatro Pax Julia. A Coop Beja é uma empresa sem fi ns lucrativos, criada através da associação livre e demo-crática de um grupo de pessoas e fornece bens ou serviços aos seus sócios nas “me-lhores condições de qualidade e preço”.Na gala, que terminou depois de fechada esta edição do “CA”, a cooperativa entre-gou quatro prémios, nas categorias de melhor órgão de comunicação social, melhor artista ou grupo musical, melhor associação desportiva e melhor empresa parceira da cooperativa. O “Correio Alen-tejo” foi nomeado para receber um dos prémios, a par do “Diário do Alentejo” e das rádios Voz da Planície e Pax.

RUI SOUSA SANTOS1955 | 2010 Nascido no Porto, adoptado por Beja, Rui Sousa Santos tinha 55 anos. O enfarte do miorcárdio levou-o do nosso convívio no passado dia 18 de Dezembro. À família en-lutada, em particular à sua esposa e fi lhos, o “Correio Alentejo” manifesta o seu mais sentido e profundo pesar.

Transportes, onde continuou na chefi a do respectivo gabinete.

De regresso a Beja no início de 2002, Rui Sousa Santos voltou ao exercício da medi-cina no Centro de Saúde de Beja, onde foi director. Três anos depois, Sócrates convi-dou-o para a ARS do Alentejo e, no início de 2006, foi nomeadao presidente da ad-ministração do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo onde liderou todo o processo de criação e implementação da Unidade Lo-cal de saúde do Baixo Alentejo.

Frontal, determinado e às vezes intem-pestivo na defesa das suas posições, Rui Sousa Santos foi colaborador do “Correio Alentejo” desde o primeiro dia. Nos últimos 16 meses, havia “transferido” a sua colabo-ração para a revista “30 DIAS”, também edi-tada por esta casa.

Como todos os seus amigos, sentimos muito esta perda. Não é a partida de al-guém distante com quem partilhámos momentos ocasionais. Rui Sousa Santos era, de facto, um companheiro de todas as horas, com quem partilhámos franqueza e generosidade.

Vê-lo partir, assim, num instante, amar-ga-nos muito o coração. Deixa-nos inquie-tos e mais pobres. Onde quer que esteja, continuará a merecer a nossa admiração e companheirismo. Até um dia, Rui!