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MUSEU NACIONAL DA FORÇA AÉREA AMERICANA EM DAYTON (OHIO) Roberto Portella Bertazzo, Bacharel em História pela UFJF, Membro da Sociedade Latino Americana de Historiadores Aeronáuticos (LAAHS), Membro de Centro de Pesquisas Estratégicas “Paulino Soares de Sousa” da UFJF. [email protected] Localizado na cidade de Dayton, Estado de Ohio, o National Museum of The United States Air Force - Museu Nacional da Força Aérea Americana - é o maior e mais antigo museu de aviação militar do mundo. Criado originalmente, em 1923 no MacCook Field, em Dayton, foi transferido em 1928 para Wright Field. Em 1935 foi inaugurado um novo edifício para as aeronaves do museu, que encerrou suas atividades em 1939, tendo suas instalações sido utilizadas no esforço de guerra, à partir de 1942. Denominado Air Force Technical Museum, foi reaberto em 1948, mas a visitação pública somente ocorreu a partir de 1955. Em 1971 o museu foi transferido para as instalações atuais, construídas especialmente para este fim e que foram sendo ampliadas através dos anos. Atualmente o museu consta de um parque de exibição, que além de aeronaves exibe uma réplica de uma base da 8ª Força Aérea na Segunda Guerra Mundial e um vagão de trem que transportava mísseis intercontinentais. Com um cinema Imax, um belo restaurante, chamado “Café Valkyrie”, em homenagem ao XB-70, a tradicional loja de lembranças, o museu possui atualmente quatro pavilhões principais, sendo o primeiro dividido entre os “Anos iniciais” e a Segunda Guerra Mundial; o segundo é dedicado à Guerra da Coréia e a Guerra do Vietnã; o terceiro é dedicado inteiramente à chamada “Guerra Fria”. Já o quarto pavilhão, que custou mais de 35 milhões de dólares, será inaugurado no dia 8 de junho de 2016 e vai exibir os aviões presidenciais e aviões de pesquisa e desenvolvimento.

MUSEU DE DAYTON · compartimento interno de bombas, trem de pouso retrátil, e torres de metralhadoras rotativas e era mais rápido que os caças contemporâneos. Foram encomendados

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MUSEU NACIONAL DA FORÇA AÉREA AMERICANA EM DAYTON (OHIO)

Roberto Portella Bertazzo, Bacharel em História pela UFJF, Membro da Sociedade

Latino Americana de Historiadores Aeronáuticos

(LAAHS), Membro de Centro de Pesquisas Estratégicas

“Paulino Soares de Sousa” da UFJF.

[email protected]

Localizado na cidade de Dayton, Estado de Ohio, o National Museum of The

United States Air Force - Museu Nacional da Força Aérea Americana - é o maior e mais

antigo museu de aviação militar do mundo.

Criado originalmente, em 1923 no MacCook Field, em Dayton, foi transferido

em 1928 para Wright Field. Em 1935 foi inaugurado um novo edifício para as

aeronaves do museu, que encerrou suas atividades em 1939, tendo suas instalações sido

utilizadas no esforço de guerra, à partir de 1942.

Denominado Air Force Technical Museum, foi reaberto em 1948, mas a

visitação pública somente ocorreu a partir de 1955.

Em 1971 o museu foi transferido para as instalações atuais, construídas

especialmente para este fim e que foram sendo ampliadas através dos anos.

Atualmente o museu consta de um parque de exibição, que além de aeronaves

exibe uma réplica de uma base da 8ª Força Aérea na Segunda Guerra Mundial e um

vagão de trem que transportava mísseis intercontinentais.

Com um cinema Imax, um belo restaurante, chamado “Café Valkyrie”, em

homenagem ao XB-70, a tradicional loja de lembranças, o museu possui atualmente

quatro pavilhões principais, sendo o primeiro dividido entre os “Anos iniciais” e a

Segunda Guerra Mundial; o segundo é dedicado à Guerra da Coréia e a Guerra do

Vietnã; o terceiro é dedicado inteiramente à chamada “Guerra Fria”. Já o quarto

pavilhão, que custou mais de 35 milhões de dólares, será inaugurado no dia 8 de junho

de 2016 e vai exibir os aviões presidenciais e aviões de pesquisa e desenvolvimento.

Um anexo, inaugurado em 2004 exibe uma coleção dedicada à conquista

espacial e aos mísseis utilizados pela USAF.

A visita ao museu é uma experiência singular para qualquer aficionado à

aviação. Impressiona a dimensão e a qualidade das peças em exibição. São necessários

pelo menos dois dias para uma visita, mas a vontade é de ficar lá muito mais tempo.

Vista geral que permite imaginar o tamanho do Museu de Dayton. É necessário pelo menos dois dias para visitar todas as seções. (Foto: autor)

No primeiro pavilhão, dedicado aos primórdios da aviação, podem ser

apreciados um Wrigth 1909 Military Flyer; um Curtiss 1911 Model D; um Nieuport

28; um Fokker Dr. I; um Sopwith Camel; um Halberstadt CL. IV; um Spad VI e XIII;

um Fokker D. VII; um DH-4; um Curtiss P-6E; um Boeing P-12E; um Boeing P-26 e

um Martin B-10 entre muitos outros.

Também no primeiro pavilhão, a parte dedicada à Segunda Guerra Mundial

exibe praticamente todo o arsenal utilizado pela USAAF e também aeronaves da

Alemanha, Inglaterra, Japão e Itália. O destaque vai para o Boeing B-29 Bockscar que

lançou a segunda bomba atômica em Nagasaki no dia 9 de agosto de 1945.

Foto da esquerda: Wrigth 1909 Military Flyer, uma replica exata do avião comprado pelo Signal Corps por 30 mil dólares. Foi o primeiro avião militar do Mundo. A réplica em exibição foi

construída pelos técnicos do museu em 1955 e está equipado com um motor Wright de 30,6 hp, de quatro cilindros, doado por Orville Wright. Foto da direita: Além da Rússia, somente a Itália utilizou bombardeiros estratégicos desde o início da Primeira Guerra Mundial. O engenheiro italiano Gianni Caproni projetou uma série de bombardeiros pesados que culminaram no Caproni Ca.36, também fabricado na França, Inglaterra e Estados Unidos. O Caproni Ca.36 permaneceu em serviço com a Força Aérea Italiana até 1929. O exemplar do museu foi adquirido em 1987 e restaurado pelo Museo Aeronautica Caproni na Itália. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Curtiss P-6E “Hawk”. Caça de primeira linha do início dos anos trinta, o Curtiss Hawk foi um dos últimos caças biplanos fabricados em grande quantidade para o Army Air Corps. O exemplar em exibição representa o avião utilizado pelo Capitão Ross G. Hoyt, Oficial Comandante do 17th Pursuit Squadron, em 1933. Foto direita: Boeing P-12E foi um dos mais bem sucedidos aviões de caça americanos no período entre guerras. Utilizado tanto pelo Exército quanto pela Marinha (F4B), Foi o último caça biplano da USAAF, permanecendo em serviço até o ano de 1941. Foi utilizado no Brasil tanto pela Aviação Militar quanto pela Aviação Naval. Os últimos exemplares brasileiros foram desativados pela FAB em 1946. O exemplar do museu serviu com o 6th Pursuit Squadron, no Hawai nos anos trinta, e foi retirado de serviço em 1940. Doado por um particular ao museu, teve sua restauração iniciada em 1974 e terminada em 1983. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Boeing P-26A, denominado “Peashooter” por seus pilotos, foi o primeiro monoplano totalmente metálico produzido para o U.S.Army Air Corps. Voou pela primeira vez em 1932 e começou a ser substituído pelos Curtis P-36A e Seversky P-35 entre 1938-1940. O exemplar do museu representa o avião pilotado pelo comandante do 19th Pursuit Squadron, estacionado no Havaí, em 1938. Foto direita: Martin B-10 foi o primeiro bombardeiro monoplano, totalmente metálico, produzido em grande quantidade. Tinha muitas novidades para a época como o compartimento interno de bombas, trem de pouso retrátil, e torres de metralhadoras rotativas e era mais rápido que os caças contemporâneos. Foram encomendados 121 B-10 no período de 1933-1936. O exemplar em exibição foi doado ao museu pela Força Aérea Argentina, que recebeu seus exemplares em 1938. É o único exemplar existente e passou por restauração entre 1973 e 1976. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Seversky P-35, considerado precursor do P-47, foi o primeiro caça metálico com trem de pouso retrátil e com cabine fechada do US Army Corps. Empregado por inúmeros países, como a Suécia, Colômbia, Equador e Japão. O exemplar do museu é o único sobrevivente no Mundo. Foto direita: Curtiss P-36 foi o avião que deu origem ao famoso P-40, que foi praticamente um P-36 cujo motor radial foi substituído por outro em linha. O P-36 também foi empregado pela França (Model 75), Inglaterra e pelo Brasil, que recebeu 10 exemplares em 1942. O exemplar do museu foi doado em 1959 e representa um exemplar utilizado pelo Tenente Rasmussen’s em Pearl Harbor no dia 7 de dezembro de 1941. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Bell P-39Q Airacobra foi um avião com trem de pouso triciclo e motor situado atrás do piloto, para que fosse instalado um poderoso canhão na parte da frente da fuselagem. Foi mais utilizado nos cenários de guerra do Pacífico Sul, Mediterrâneo e pela União Soviética. O exemplar do museu foi adquirido em 1966 e representa um exemplar 57th Fighter Squadron, baseado nas Ilhas Aleutas em 1942. Foto direita: Douglas B-18A Bolo foi o substituto do B-10 no papel de bombardeiro do Army Air Corps. Desenvolvido à partir do Douglas DC-2 , o B-18 foi utilizado até o início da Segunda Guerra Mundial. (A Força Aérea Brasileira recebeu quatro Douglas B-18 em 1942). Fotos: autor)

Foto esquerda: North American B-25B Michel O B-25 foi um dos bombardeiros médios de maior sucesso na Segunda Guerra Mundial. Mais de 9800 foram fabricados em distintas versões. O exemplar do museu foi reconstruído pela North American como um B-25B utilizado no ataque a Tóquio, comandado pelo General Doolittle. Foto direita: Bristol Beaufighter Mk 1c foi utilizado por diversos esquadrões da USAAF como caças noturnos, até que aeronaves americanas estivessem disponíveis para tais missões. Os esquadrões 414th, 415th e 416th receberam mais de cem

Beaufighters. O exemplar do museu representa o avião pilotado pelo Capitão Harold Augspurger, comandante do 415th Esquadrão de Caça Noturno, que abateu um He-111 em setembro de 1944.

Consolidated B-24D Liberator foi o bombardeiro quadrimotor fabricado em maior número durante a Segunda Guerra Mundial, com mais de 18 mil unidades produzidas. O B-24 do museu cumpriu 59 missões de combate no teatro do Mediterrâneo, e recebeu danos de combate em nove destas missões. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Macchi MC 200 Saeta foi um dos caças mais importantes da Regia Aeronautica, com um total de 1151 produzidos. O exemplar do museu foi abandonado pelos italianos em Benghazi em novembro de 1942. Transferido pelos ingleses para os americanos, foi embarcado para os Estados Unidos e utilizado como objeto de propaganda para a venda de bonos de guerra. Em 1989 foi adquirido pelo museu e restaurado na Itália. Foto direita: North American A-36A Apache foi uma versão de bombardeiro de mergulho do Mustang. Equipado com freios de mergulho foi utilizado no Teatro do Mediterrâneo e na India. O exemplar do museu foi adquirido de um particular em 1971 e representa o exemplar pilotado pelo Capitão Lawrence Dye, do 522nd Fighter- Bomber Squadron, na Tunísia, Sicilia e Itália. (Fotos: autor)

Foto esquerda: De Havilland D.H.98 Mosquito foi utilizado pela USAAF para reconhecimento fotográfico e como caça noturno. O exemplar em exibição foi fabricado na Inglaterra em 1946. Foto direita: Martin B-26G Marauder foi o bombardeiro médio com as menores perdas proporcionais ao número de missões da USAAF na Segunda Guerra. O exemplar em exibição foi adquirido na França em 1965. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Boeing B17G Shoo Shoo Shoo Baby foi obrigado a aterrisar na Suécia, devido a problemas nos motores, no dia 29 de março de 1944, depois de cumprir 24 missões de combate. Abandonado na França, anos depois do final da guerra, o avião foi doado pelo governo francês à USAF. Em 1988 foi entregue ao museu de Dayton. Foto direita: Caça foguete Messerschmitt Me163B Komet. Foi o caça mais rápido a voar na Segunda Guerra Mundial. A pequena autonomia e o constante risco de explosões limitaram o seu emprego operacional. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Junkers Ju 88D foi um dos aviões mais versáteis produzidos pela Alemanha. Utilizado como bombardeiro de mergulho, caça noturno, reconhecimento, e caça diurno pesado. O exemplar do museu, versão de reconhecimento de longo alcance foi entregue aos aliados por um desertor romeno que pousou no Chipre em 22 de julho de 1943. Foto direita: Messerschmitt Me 262A foi o primeiro caça a jato operacional do mundo, tendo atacado um Mosquito sobre Munique, em 25 de julho de 1944. Chegou demasiado tarde para fazer alguma diferença no resultado da Segunda Guerra Mundial.

Foto esquerda: Bomba V2 do museu é um raro exemplar com o carro de transporte completo. Foto direita: Mitsubishi A6M2 Zero é o avião japonês mais famoso da Segunda Guerra Mundial. Empregado contra a China, antes da entrada dos Estados Unidos na Guerra, o Zero participou do ataque a Pearl Harbor em dezembro de 1941 e serviu até nas missões kamikaze do final da guerra. O exemplar do museu foi encontrado em Papua Nova Guine, e está em exibição desde 2004. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Northrop P-61C Black Widow foi o primeiro caça americano projetado especificamente para a missão de caça noturno. Pesadamente armado, o P-61 era equipado com o mais moderno radar da época. Foto direita: O Boeing B-29 Superfortress foi o mais sofisticado e caro bombardeiro produzido durante a Segunda Guerra Mundial. Foi também empregado na Guerra da Coréia, quando já estava obsoleto. O Exemplar do museu, denominado Bockscar, lançou a segunda bomba atômica sobre a cidade de Nagasaki no dia 9 de agosto de 1945. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Boeing B-29 Superfortress “Bookscar”. Foto direita: Modelo em escala real da bomba atômica denominada Fat Man - Homem Gordo, que foi lançada pelo Bockscar em Nagasaki. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Focke-Wulf 190D um dos melhores caças alemães da Segunda Guerra Mundial. Equipado com um motor em linha Jumo 213, era mais longo que os FW 190 das versões anteriores. O exemplar em exibição é um dos raríssimos existentes hoje no mundo e foi capturado no final da guerra pelas tropas americanas. Foto direita: Quadro alusivo à participação da Força Aérea Brasileira na Segunda Guerra Mundial. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Republic P-47D Razorback é um raro exemplar das versões iniciais do P-47, ainda não vinha equipado com o canopi em “bolha” que proporcionaria melhor ângulo de visão para os pilotos. Foto direita: Consolidated AO-10A Catalina. A maioria dos Catalina foram empregados pela Marinha (Navy) mas a USAAF também os utilizou para missões de resgate de pilotos abatidos sobre o mar. O exemplar do museu voou na Força Aérea Brasileira até 1981 e foi levado a Dayton em 1984, onde foi restaurado como um AO-10A do 2nd Emergency Rescue Squadron. (Fotos: autor)

Kawanishi N1K2-Já Shiden Kai, o melhor caça da marinha Japonesa na Segunda Guerra Mundial. Rápido, manobrável foi desenvolvido para interceptar os bombardeiros Boeing B-29 que atacavam o Japão. Entrou em combate no início de 1945, mas não conseguia interceptar os bombardeiros pesados americanos devido à baixa potência de seus motores. O exemplar do museu é um dos três exemplares existentes no mundo. (Foto: autor)

No pavilhão dedicado à Guerra da Coréia e à Guerra do Sudeste Asiático, o

destaque vai para O North American B-45 Tornado, NA P-82, Mig-15, NA F-86A,,

Boeing B-52D e Lockheed EC-121D Constellation.

No pavilhão dedicado à Guerra Fria, os bombardeiros Convair B-36J, Boeing

RB-47H, Convair B-58A impressionam, juntamente com o Lockheed SR-71.

O museu abre os sete dias da semana de 9 da manhã ás 5 da tarde, fechando no

Dia de Ação de Graças, Natal e Ano Novo.

Foto esquerda: Lockheed F-80C Shooting Star, o primeiro caça a jato americano produzido em grandes quantidades e o primeiro a ser utilizado em combate. No dia 8 de novembro de 1950, um F-80C, pilotado pelo Tenente Russell J. Brown abateu um Mig-15, no primeiro combate entre jatos da história. O exemplar em exibição combateu na Guerra da Coréia, serviu depois na Fuerza Aérea Uruguaya e foi enviado a Dayton em 1970. Está em exibição desde 1979. Foto direita: Republic F-84E Thunderjet um dos três principais modelos de caça à jato utilizados pela USAF na Guerra da Coréia. Foi empregado principalmente em missões de ataque ao solo. O Exemplar em exibição representa o F-84 pilotado pelo Coronel Joseph Davis Jr., que comandou a 58th Ala de Caças Bombardeiros. (Fotos: autor)

O F-86ª, o mais importante caça americano da Guerra da Coréia e o único capaz de enfrentar os caças soviéticos Mig-15. O F-86A em exibição representa o avião pilotado Ten. Cel. Bruce Hinton do 4th Figther Group que em dezembro de 1950 foi o primeiro piloto de F-86 a abater um Mig-15. (Foto: autor)

Mig-15bis, o principal caça comunista da Guerra da Coréia, com prestações ligeiramente superiores ao F-86 americano. O avião em exibição foi trazido por desertor da Coréia do Norte, em 21 de setembro de 1952, que recebeu uma recompensa de cem mil dólares. (Foto: autor)

Foto esquerda: North American F-82 Twin Mustang, foi uma solução ousada para substituir os caças noturnos P-61 Black Widow. Uniram-se duas fuselagens de P-51 Mustang em um único avião. Foi o primeiro avião da USAF a operar na Guerra da Coréia e destruiu os três primeiros aviões inimigos abatidos pelas forças americanas em 27 de junho de 1950. O Museu exibe dois exemplares do F-82. Foto direita: North American B-45C Tornado foi o primeiro bombardeiro quadrimotor à jato dos Estados Unidos. Alguns RB-45C de reconhecimento efetuaram missões de reconhecimento na Guerra da Coréia. (Fotos: autor)

Foto esquerda: A Fuselagem do Boeing B-29, permite ao visitante conhecer o interior deste histórico bombardeiro, com seu característico tubo que ligava os compartimentos pressurizados da parte frente e o da parte traseira. Foto direita: O Enorme cargueiro Douglas C-124C Globemaster II era capaz de transportar 200 soldados equipados, em sua cabine de dois andares. Voou pela primeira vez em 1949 e a produção foi encerrada em 1955, depois que 448 foram fabricados. (Fotos: autor)

Boeing B-52D Stratofortress é um dos mais impressionantes aviões em exibição no museu. Iniciou suas operações em 1955 e continua ativo na USAF, na versão B-52H. O B-52D tinha um artilheiro na cauda e era armado com quatro metralhadoras .50. O exemplar em exibição efetuou diversos ataques na Guerra do Vietnã e foi severamente danificado por um SAM (surface-to-air missile) no dia 9 de abril de 1972. Cumpriu mais quatro missões em dezembro de 1972 depois de ser reparado. Está em exibição no museu desde 1978. Notar o detalhe da metralhadoras na parte traseira desta versão. (Fotos: autor)

Foto esquerda: General Dynamics F-111 foi o primeiro caça operacional com asa de geometria variável. O Museu de Dayton exibe três exemplares do F-111 em diferentes versões. Foto direita: Douglas RB-66B Destroyer é uma versão desenvoilvida para a USAF do do bombardeiro naval embarcado A3D Skywarrior. A principal diferença era relacionada à exigência da Força Aérea de que fossem instalados assentos ejetáveis no B-66. Muitos dos 294 B-66 fabricados foram convertidos para missões de conta medidas eletrônicas – ECM e serviram na Guerra do Vietnã. O Museu recebeu o exemplar em exibição em 1970. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Lockheed EC-121D Constellation é um avião de alerta aérea antecipado do famoso avião comercial, considerado um dos mais bonitos da história da aviação. O exemplar em exibição, batizado Triple Nickel devido ao seu número de identificação, (53-555), serviu na Guerra do Vietnã e foi entregue ao museu em 1971. Foto direita: McDonnell Douglas F-4 Phanton II foi o mais importante caça americano da Guerra Fria e um dos mais poderosos do mundo, com mais de cinco mil produzidos quando a fabricação terminou em 1979. O Museu de Dayton exibe três Phantons em diferentes versãoes. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Mikoyan-Gurevich Mig-17 é um desenvolvimento do Mig-15 ligeiramente maior e com pós-combustor no motor. Voou pela primeira vez em 1950, mas não chegou a tempo de participar da Guerra da Coréia. O Mig-17 serviu a mais de 20 forças aéreas de todo o mundo. O exemplar em exibição foi entregue ao museu pela Força Aérea do Egito. Foto direita: Martin B-57B Camberra é uma versão americana com assentos em tanden do famoso bombardeiro britânico. Participou ativamente da Guerra do Vietnã, junto com alguns Camberras da Força Aérea Australiana. O exemplar do museu foi recebido em 1981. (Fotos: autor)

Foto esquerda: North American F-86D Sabre foi uma versão de inteceptação do F-86, equipada com radar e cujo armamento estava composto por uma bateria de foguetes não guiados, sem canhões ou metralhadoras. O exemplar do museu foi recebido em 1957. Foto direita: Convair F-102A Delta Dagger foi o primeiro interceptador supersônico com asa delta do mundo. Voou pela primeira vez em 1952 e equipou mais de 25 esquadrões do Comando de Defesa Aérea da USAF. O F-102ª em exibição no museu foi recebido em 1971. (Fotos: autor)

Republic F-105 Thunderchief foi um caça bombardeiro tático supersônico, que foi utilizado intensamente pela USAF na Guerra do Vietnã, devido principalmente ao seu grande alcance e à capacidade de transportar até 12 mil libras de bombas. O Museu exibe um F-15D batizado Menphis Belle II e um F-105G Wild Weasel, cuja missão era destruir os radares do sistema de defesa anti-aérea enemigos com mísseis. (Fotos: autor)

Foto esquerda: McDonnell F-101 Voodoo foi empregado em várias funções pela USAF, com diversas versões desenvolvidas, para ataque a baixa altitude, reconhecimento e interceoptador para qualquer tempo. O Museu exibe um RF-101C de reconhecimento e um F-101B de interceptação. Foto direita: Boeing B-47 Stratojet foi o bombardeiro à jato médio padrão da USAF na década de cinqüenta, equipado com seis motores, podia ser reabastecido em vôo para alcançar o território soviético. O exemplar em exibição é um RB-47H de reconhecimento eletrônico. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Vista panorâmica do pavilhão dedicado à “Guerra Fria”, onde se pode apreciar os bombardeiros B-1 e B-2. Foto direita: Boeing B-50 Superfortress foi uma versão aperfeiçoada do B-29, com novos motores e estabilizador vertical mais alto. O exemplar em exibição é um WB-50D de reconhecimento metereológico e foi entregue ao museu em 1968. (Fotos: autor)

Foto esquerda: Avro CF-100 Mk 4A Canuck, um caça bimotor para qualquer tempo de projeto canadense, que voou pela primeira vez em 1950. Sua missão seria a intercepção de bombardeiros soviéticos que penetrassem pelo norte do Canadá. O CF-100 também foi empregado pela Força Aérea Belga. Foto direita: Convair B-58A Hustler, bombardeiro nuclear supersônico de asa delta, considerado um dos mais bonitos da história da aviação. Operou no Comando Aéreo Estratégico de 1960 até 1970. Uma de suas características mais marcantes era um casulo ventral descartável, que transportava as bombas e combustível adicional. (Fotos: autor)

Cápsula de ejeção especial, adotada em 1962, garantia uma maior chance de sobrevivência para os três tripulantes, em caso de ejeção em velocidade supersônica. O exemplar em exibição foi entregue ao museu em 1969. (Foto: autor)

Convair B-36J Peacemaker foi o maior bombardeiro americano, equipado com dez motores, sendo seis impulsores à pistão e quatro à reação. Voou pela primeira vez em 1946 e mais de 380 foram utilizados pela USAF até 1959, quando foram substituídos pelo B-52. O Exemplar em exição foi o que realizou o último vôo do tipo, em abril de 1959. (Fotos: autor)

Lockheed SR-71A Blackbird foi um revolucionário avião de reconhecimento, capaz de voar à velocidade Mach 3,3 a mais de 25 mil metros de altitude. Sua estrutura era feita de titânio e necessitava de um combustível especialmente desenvolvido para o seu uso. Operou com a USAF de 1966 até 1990 e com a NASA até 1999. O exemplar em exibição foi entregue ao museu em 1990. (Fotos: autor)

Réplica da torre de controle de uma base da 8ª Força Aérea na Segunda Guerra Mundial, com equipamentos originais no seu interior. (Foto: autor)

Foto esquerda: Fairchild C-119J Flying Boxcar acaba de passar por um processo de restauração que o deixou com um aspecto de “novo”. Foto direita: Este raríssimo exemplar do trimotor Northrop IC-125B Raider se encontra em exibição na área externa do museu. (Fotos: autor)

Sem dúvida, a peça mais insólita em exibição, este vagão de trem na verdade era parte de um projeto anunciado em 1986 pelo Presidente Ronald Reagan para um sistema que transportaria por trem 50 mísseis intercontinentais Peacekeeper com dez ogivas nucleares em cada um. Nas 25 composições ferroviárias haveriam duas locomotivas, dois vagões com pessoal de proteção, dois vagões lançadores com um sistema de elevação e lançamento do míssil em cada um, um vagão de controle de lançamento, um vagão de combustível e um vagão de manutenção. Estas composições, muito parecidas aos trens de carga comuns, ficariam estacionadas em bunkers do Comando Aéreo Estratégico e poderiam ser deslocadas constantemente pelo sistema ferroviário norte americano em caso de crise, tornando-se um alvo extremamente difícil de ser detectado. A queda da União Soviética levou ao cancelamento do projeto e o vagão protótipo em exibição foi entregue ao museu em 1994. (Fotos: autor)

A visitação é gratuita.

Como chegar: A Delta voa do Rio de Janeiro para Dayton, com conexão quase

imediata em Atlanta.

Onde Hospedar: A melhor opção é o Hotel Comfort Suites Wright Patterson,

localizado justo em frente às instalações do Museu de Dayton, com acomodações

confortáveis, bom atendimento e café da manhã.