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Editorial Este é o último Boletim Informativo de 2016. Foi um ano pleno de atividade num Museu ainda em crescimento, mas já com raízes que lhe garantem a sustentabilidade futura como espaço de preservação (proteger e conservar), estudar e comunicar (interpretar e expor) o acervo histórico do Exército. Vimos crescer a Coleção de Veículos Militares e o seu espaço expositivo, participámos em exposições fora do nosso espaço interno, cedemos peças para exposições de outras entidades, recebemos investigadores e muitos milhares de utentes. Em outubro foi com redobrado afinco que apoiámos a realização do Dia do Exército em Elvas e participámos num conjunto de eventos de âmbito histórico-cultural. Comemorámos o 7º aniversário. O próximo ano espreita e por certo irá trazer novos desafios. Para os ultrapassar iremos trabalhar com a máxima disponibilidade. O Museu Militar de Elvas e todos os que nele prestam serviço desejam um Santo Natal e um feliz 2017! Editorial Este es el último Boletín Informativo del 2016. Fue un año pleno de actividades en un Museo aún en crecimiento, pero ya con raízes que le garantizan su sustentabilidad futura como espacio de preservación (proteger y conservar), estudiar y comunicar (interpretar y exponer) el acervo histórico del Ejército. Vimos crecer la Colección de Vehículos Militares y su espacio expositivo, participámos en exposiciones fuera de nuestro espacio interno, cedemos piezas para exposiciones de otras entidades, recibimos investigadores y muchos miles de usuarios. En octubre fue con redobrado afinco que apoyámos la realización de las festividades del Día del Ejército de Tierra en Elvas y participámos en un conjunto de eventos de ámbito histórico-cultural. Conmemorámos el 7º aniversario. El próximo año acecha y seguramente nos traerá nuevos desafios. Para lograr superarlos trabajaremos con la máxima disponibilidad. El Museo Militar de Elvas y todos los que en él trabajan les desean unas Santas Navidades y un feliz 2017! MUSEU MILITAR DE ELVAS Peça em Destaque Foto do 1º Repórter de Guerra Arnaldo Garcez O destaque desta newsletter, vai para o primeiro repórter de Guerra Português Arnaldo Garcez, mencionado em várias publicações Universitárias como dos primeiros repórteres de guerra a nível mundial. A razão prende-se com o seu trabalho profícuo, que permitiu trilhar novos caminhos na investigação histórica. As inovações da Grande Guerra, não foram somente bélicas, o jornalismo e fotojornalismo contribuíram para a propaganda política a favor e contra a guerra e a sua perceção nos múltiplos aspetos. Arnaldo Garcez integrou o Corpo Expedicionário Português, fotógrafo de guerra equiparado a Alferes, convidado para integrar o CEP pelo General Norton de Matos, Ministro da Guerra, em 1916, numa altura em que a Censura obrigava a que não fosse publicada qualquer fotografia, sem a prévia deposição de cópia na Comissão de Censura. Arnaldo Garcez foi um dos pioneiros do fotojornalismo em Portugal, com uma prolífica actividade fotográfica em vários jornais "O Século e Diário de Lisboa" e revistas nacionais a "Illustração Portugueza e Portugal na Grande Guerra", reportando a primeira travessia aérea do Atlântico Sul levada a cabo pelos aeronautas Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Lançamento de Pombo-Correio Flandres

MUSEU MILITAR DE ELVAS 04... · participação nas guerras de pacificação até à 1ª Guerra Mundial e a sua experiência como prisioneiro de guerra em Rastatt, na Alemanha, onde

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Page 1: MUSEU MILITAR DE ELVAS 04... · participação nas guerras de pacificação até à 1ª Guerra Mundial e a sua experiência como prisioneiro de guerra em Rastatt, na Alemanha, onde

Editorial

Este é o último Boletim Informativo de 2016. Foi um ano pleno de atividade num Museu ainda em crescimento, mas já com raízes que lhe garantem a sustentabilidade futura como espaço de preservação (proteger e conservar), estudar e comunicar (interpretar e expor) o acervo histórico do Exército. Vimos crescer a Coleção de Veículos Militares e o seu espaço expositivo, participámos em exposições fora do nosso espaço interno, cedemos peças para exposições de outras entidades, recebemos investigadores e muitos milhares de utentes. Em outubro foi com redobrado afinco que apoiámos a realização do Dia do Exército em Elvas

e participámos num conjunto de eventos de âmbito histórico-cultural. Comemorámos o 7º aniversário. O próximo ano espreita e por certo irá trazer novos desafios. Para os ultrapassar iremos trabalhar com a máxima disponibilidade. O Museu Militar de Elvas e todos os que nele prestam serviço desejam um Santo Natal e um feliz 2017!

Editorial

Este es el último Boletín Informativo del 2016. Fue un año pleno de actividades en un Museo aún en crecimiento, pero ya con raízes que le garantizan su sustentabilidad futura como espacio de preservación (proteger y conservar), estudiar y comunicar (interpretar y exponer) el acervo histórico del Ejército. Vimos crecer la Colección de Vehículos Militares y su espacio expositivo, participámos en exposiciones fuera de nuestro espacio interno, cedemos piezas para exposiciones de otras entidades, recibimos investigadores y muchos miles de usuarios. En octubre fue con redobrado afinco que apoyámos la realización de las festividades del Día del Ejército de Tierra en Elvas y participámos en un conjunto de eventos de ámbito histórico-cultural. Conmemorámos el 7º aniversario. El próximo año acecha y seguramente nos traerá nuevos desafios. Para lograr superarlos trabajaremos con la máxima disponibilidad. El Museo Militar de Elvas y todos los que en él trabajan les desean unas Santas Navidades y un feliz 2017!

M U S E U M I L I T A R

D E E L V A S

Peça em Destaque Foto do 1º Repórter de Guerra Arnaldo Garcez

O destaque desta newsletter, vai para o primeiro repórter de Guerra Português Arnaldo Garcez, mencionado em

várias publicações Universitárias como dos primeiros repórteres de guerra a nível mundial. A razão prende-se com o seu

trabalho profícuo, que permitiu trilhar novos caminhos na investigação histórica. As inovações da Grande Guerra, não

foram somente bélicas, o jornalismo e fotojornalismo contribuíram para a propaganda política a favor e contra a guerra e

a sua perceção nos múltiplos aspetos.

Arnaldo Garcez integrou o Corpo Expedicionário Português, fotógrafo de

guerra equiparado a Alferes, convidado

para integrar o CEP pelo General Norton

de Matos, Ministro da Guerra, em 1916,

numa altura em que a Censura obrigava a

que não fosse publicada qualquer

fotografia, sem a prévia deposição de cópia

na Comissão de Censura.

Arnaldo Garcez foi um dos

pioneiros do fotojornalismo em Portugal,

com uma prolífica actividade fotográfica

em vários jornais "O Século e Diário de

Lisboa" e revistas nacionais a "Illustração

Portugueza e Portugal na Grande

Guerra", reportando a primeira travessia

aérea do Atlântico Sul levada a cabo pelos

aeronautas Gago Coutinho e Sacadura

Cabral.

Lançamento de Pombo-Correio Flandres

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Pieza en Destaque Foto del 1º Reportero de Guerra Portugués Arnaldo Garcez

El destaque de esta newsletter, incide sobre el primer reportero de Guerra Portugués Arnaldo Garcez, mencionado

en varias publicaciones Universitarias como uno de los primeros reporteros de guerra a nivel mundial. La razón se prende

con su trabajo profícuo, que permitió que investigadores abriesen nuevos caminos en la investigación histórica. Las

innovaciones de la Gran Guerra, no fueron solamente bélicas, el periodismo y el fotoperiodismo contribuyeron para la

propaganda política a favor y contra la guerra y para su percepción en múltiples aspetos.

Arnaldo Garcez integró el “Corpo Expedicionário Português”, como fotógrafo de guerra equiparado a Alférez,

invitado a integrar el CEP por el General Norton de Matos, Ministro de Guerra, en 1916, en una época en que la Censura

obligaba a que no fuese publicada cualquier fotografia, sin una prévia deposición de copia en la “Comissão de Censura”.

Arnaldo Garcez fue uno de los pioneiros del fotoperiodismo en Portugal, con una prolífica actividad fotográfica

en varios periódicos como "O Século e Diário de Lisboa" y revistas nacionales como "Illustração Portugueza e Portugal

na Grande Guerra", reportando la primera travesía aérea del Atlántico Sur realizada por los aeronautas Gago Coutinho

y Sacadura Cabral.

El ecletismo de su vasta obra, le permitió integrar varios certámenes internacionales de fotografia, no solo de

propaganda de los aliados realizada en Paris, en Noviembre de 1917, pero también, en el pós-guerra en Londres y

Bruxelas. Muchas de sus fotografias fueron publicadas en varios álbumes postales, en la Ciudad Luz, por Lévy Fils & Cia.

El lente de su "Spido Gaumont", máquina sofisticada e esencial para cualquier reportero fotográfico, registró el

entrenamiento de las tropas portuguesas, en su preparación para la guerra, en el vulgo "Milagro de Tancos".

Desde, la "Terra de Ninguém", hasta las trincheras de las líneas del frente de guerra en La Lys, hasta los cuarteles

-generales de la retaguardia, toda una grandeza de humanidad y horrores de guerra son retratados, el día a día del

combatiente, las señoras de la Cruz Vermelha Portuguesa, y también a los hospitales de campaña y sangre, las cerimonias

oficiales y la "rutina de la trinchera".

Su vasto espólio expuesto en inumerables lienzos en los varios salones de Transmisiones, Arreos e Hipomóviles,

sobre la 1ª Guerra Mundial, en el Museo Militar de Elvas, dan al visitante la posibilidad de asociar al acervo material,

toda la componente filantrópica y bélica del Soldado del Corpo Expedicionário Português y de forma intuitiva medir la

actuación de las varias fuerzas portuguesas, desde el Infante al Pionero, hasta los grupos de ciclistas y motociclistas del

Ejército Portugués.

Ejemplo raro de registro, es la utilización de la red de palomares móbiles en Flandres, la fotografia de Arnaldo

Garcez, retrata el lanzamiento de una Paloma mensajera en la 1ª Guerra Mundial. Podrá ver esta fotografia en las

dimensiones 3,25 mX2,25m, en el Salón “Moputo” sobre la temática “De la Regeneración a la 1ª Guerra Mundial”, que

integra la colección de las Transmisiones del Ejército Portugués.

O ecletismo da sua vasta obra, permitiu-lhe integrar vários certames internacionais de fotografia, não só de

propaganda dos aliados realizada em Paris, em Novembro de 1917, mas também, no pós-guerra em Londres e Bruxelas.

Muitas das suas fotografias foram publicadas em vários álbuns postais, na Cidade Luz, pela casa Lévy Fils & Cia.

A objectiva da sua "Spido Gaumont", máquina sofisticada e essencial para qualquer repórter fotográfico, registou

o treino das tropas portuguesas, na sua preparação para a guerra, no vulgarizado "Milagre de Tancos".

Desde, a "Terra de Ninguém", às trincheiras das linhas da frente da guerra em La Lys, até aos Quartéis-generais

da rectaguarda, toda uma imensidão de humanidade e horrores de guerra são retratados, o dia-a-dia do combatente, as

senhoras da Cruz Vermelha Portuguesa, aos hospitais de campanha e sangue, as cerimónias oficiais e a "rotina da

trincha".

O seu vasto espólio exposto em inúmeras telas nas várias salas de Transmissões, Arreios e Hipomóveis, sobre a 1ª

Guerra Mundial, no Museu Militar de Elvas, dão ao visitante a possibilidade de associar ao acervo material, toda a

componente filantrópica e bélica do Soldado do Corpo Expedicionário Português e de forma intuitiva mesurar a atuação

das várias forças portuguesas, desde o Infante ao Pioneiro, até aos grupos de ciclistas e motociclistas do Exército

Português.

Exemplo raro, é a utilização da rede de pombais móveis na Flandres, a fotografia de Arnaldo Garcez, retrata o

lançamento de um Pombo-Correio na 1ª Guerra Mundial. Poderá ver esta fotografia nas dimensões 3,25 mX2,25m, na

Sala “Moputo”, temática “Da Regeneração à 1ª Guerra Mundial”, que integra a colecção das Transmissões do Exército

Português.

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Sugestão de Leitura - Isabel Braz “As Memórias Esquecidas do Capião António Braz”

Na senda de escritores e combatentes da Grande Guerra, o destaque desta Newsletter cabe nestas ilustres 523 páginas do livro1, que em boa hora Isabel Braz perpetuou as memórias, os feitos e escritos do seu bisavô, o cidadão Elvense, Capitão António Braz cuja narrativa cativa o leitor, num registo deveras imponente da sua carreira militar num espaço de tempo longo, duma vida atribulada, revisitando três quartos de século da história de Portugal, desde a participação nas guerras de pacificação até à 1ª Guerra Mundial e a sua experiência como prisioneiro de guerra em Rastatt, na Alemanha, onde o arame farpado o impediu de apreciar a beleza da Floresta Negra, tudo em prol da sua "alma mater" 2.

Nos seus verdes anos em 1896, arrancado do seu leito pátrio e das suas infinitas e calmas searas alentejanas, o

jovem 2º Sargento António Braz desembarca na Ilha de Moçambique, onde o seu coração palpita perante o seu olhar deslumbrado na ondulação malacia do oceano Índico, numa clara premonição de que a bonança anunciava tempos conflituosos.

O primeiro embate do Sargento Braz e da sua sub-unidade, no teatro de guerra de Moçambique foi na Campanha

de Namarrais, um êxito para as tropas lusas, a táctica da operação foi concebida pelo Governador-Geral de Moçambique, Mouzinho de Albuquerque. Pouco dias após, a Infantaria 4 (Elvas), na Campanha de Gaza reforça o contingente português, na segunda guerra de Gaza, novamente sob a batuta de Mouzinho de Albuquerque combatendo os guerreiros vátuas e zulus. Comandados por Maniguana, sucessor do régulo Reinaldo Gungunhana aprisionado em Portugal, as forças portuguesas fustigaram os guerreiros vátuas e zulus, estes numa retirada em pânico precipitam-se sobre o rio Limpopo, onde muitos guerreiros moçambicanos se afogaram.

É já, na patente de Alferes comandando o Posto de Nacarôa, que cumpre a sua última missão em Moçambique no

ano de 1910, a primeira no período da 1ª República. Em 1911, o Alferes Braz parte em comissão de serviço para Angola, combatendo não só os guerreiros africanos, mas também a Alemanha e a Inglaterra, nos seus ocultos ensejos da partilha de África, após a Conferência Berlim de 1885. A Operação Chamangal, em Angola foi bastante sangrenta para ambas as hostes, mas sobretudo para o “sobo do Império Lunda” 3 derrotados e perseguidos pelas tropas portuguesas. A missão prossegue sem sobressaltos em Angola, até o seu término em 3 de Fevereiro de 1916.

Julgando pelo seu legado de combatente, o Capitão António Braz pensava não ser mobilizado para a 1ª Guerra

Mundial, além de, ser claramente a favor do não-intervencionismo, mas os seus piores receios confirmaram-se, desde o seu regresso até à mobilização procrastinando a comunicação da sua mobilização para a Flandres à sua esposa, que seria um rude golpe abandonar novamente a sua família, mais ainda pelo suicídio de seu filho José, que abalara toda a sua família e em especial a sua esposa Adelaide.

Integrando com demais Camaradas da Infantaria de Elvas o 3º Batalhão de Infantaria 17 (Portalegre), 5ª Brigada,

2ª Divisão do CEP, partindo de Elvas em 07 de Agosto de 1917 rumo ao porto de Brest e daí à Flandres, às trincheiras do sector Armentières e Béthune, a rotina da trincheira e a premonição de algo terrível está prestes a acontecer, o encontro com o nefasto dia 09 de Abril de 1918, na batalha de La Lys é um marco na nossa história como nação soberana. Contudo, será uma má experiência para todos os militares portugueses, que tal como o Capitão António Braz passaram as agruras nos campos de prisioneiros de guerra, ao arrepio de todas as normas sobre o tratamento infligido pelos alemães, aos prisioneiros de guerra.

Este é o livro em destaque neste trimestre no Centro Documental do

Museu Militar de Elvas, uma passagem obrigatória para melhor compreensão dos acontecimentos contemporâneos de Portugal, desde o Ultimatum 1890, até à Guerra Fria.

1 Braz, Isabel, 2014, “Memórias Esquecidas, a vida do Capitão

António Braz”, 1ª edição Chiado Editora 2 Knauer, Elfried R.(2006)"The Queen Mother of the West: A Study

of the Influence of Western Prototypes on the Iconography of the Taoist Dei-ty." In: Contact and Exchange in the Ancient World. Ed. Victor H. Mair. University of Hawai'i Press. pp. 62–115,“A deusa mãe” ou a “patria”

3 Carvalho, Henrique Augusto Dias de, 1890, " MEMÓRIAS DA

LUNDA”, Imprensa Nacional, " Régulo do Povo Lunda proveniente de um

distrito de Angola, que englobava as terras entre o Cuango, o curso inferior

do Cassai e a fronteira do Estado Independente do Congo, ou seja o que os

portugueses tinham salvo das garras de Leopoldo II da Bélgica"

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Sugerencia de Lectura—Isabel Braz “As Memórias Esquecidas do Capitão António Braz”

En el camino de escritores y de combatientes de la Gran Guerra, el destaque de esta Newsletter cabe en estas

ilustres 523 páginas del libro1, que en buena hora Isabel Braz perpetuó las memorias, los hechos y escritos de su bisabuelo, el ciudadano de Elvas, Capitán António Braz, cuya narrativa cautiva al lector, en un registro deberas imponente de su carrera militar en un largo espacio de tiempo, de una vida mortificada, revisitando tres cuartos de siglo de la historia desde la participación en las guerras de pacificación hasta la 1ª Guerra Mundial y a su experiencia como prisionero de guerra en Rastatt, en Alemania, donde el alambre de púas lo impidió de apreciar la belleza de la Floresta Negra, todo en beneficio de su "alma mater" 2.

En sus verdes años en 1896, arrancado de su lecho pátrio y de sus infinitas y tranquilas senaras alentejanas, el

joven 2º Sargento António Braz desembarca en la isla de Mozambique, donde su corazón latió ante su mirada deslumbrada en la ondulación malacia del océano Índico, en una clara premonición de que la bonanza anunciaba tiempos conflictuosos.

El primer embate del Sargento Braz y de su sub-unidad, en el teatro de guerra de Mozambique fue en la Campaña

de Namarrais, un éxito para las tropas lusas, la táctica de la operación fue concebida por el Gobernador-General de Mozambique, Mouzinho de Albuquerque. Pocos días después, la Infantería 4 (Elvas), en la Campaña de Gaza refuerza el contingente portugués, en la segunda guerra de Gaza, nuevamente bajo la batuta de Mouzinho de Albuquerque combatiendo los guerreros vátuas y zulus. Comandados por Maniguana, sucesor del régulo Reinaldo Gungunhana aprisionado en Portugal, las fuerzas portuguesas fustigaram los guerreros vátuas y zulus, estos en una retirada en pánico se precipitan sobre el rio Limpopo, donde muchos guerreros mozambicanos se ahogaron.

Es ya, con la graduación de Alférez comandando el Puesto de Nacarôa, que cumple su última misión en

Mozambique en el año de 1910, la primera en el período de la 1ª República. En 1911, el Alférez Braz sale en comisión de servicio hacia Angola, combatiendo no solo los guerreros africanos, pero también Alemania e Inglaterra, en sus ocultos deseos de reparto de África, después de la Conferencia Berlim de 1885. La Operación Chamangal, en Angola fue bastante sangrienta para ambas hostes, pero sobretodo para el “sobo del Império Lunda” 3 derrotados y perseguidos por las tropas portuguesas. La misión prosigue sin sobresaltos en Angola, hasta su término el 3 de Febrero de 1916.

Creyendo por su legado de combatiente, el Capitán António Braz pensaba no ser mobilizado para la 1ª Guerra

Mundial, además de, ser claramente a favor del no-intervencionismo, pero sus peores recelos se confirmaron, desde su regreso hasta la mobilización posponiendo la comunicación de su mobilización para Flandres a su esposa, que seria un rudo golpe abandonar otra vez a su familia, más aún por el suicídio de su hijo José, que inquietara a toda su familia y en especial a su esposa Adelaide.

Integrando con los demás Compañeros de Infantería de Elvas el 3º Batallón de Infantería 17 (Portalegre), 5ª

Brigada, 2ª División del CEP, partiendo de Elvas el 07 de Agosto de 1917 rumbo al puerto de Brest y de ahí hacia Flandres, las trincheras del sector Armentières y Béthune, la rutina de la trinchera y la premonición de algo terrible casi ocurriendo, el encuentro con el nefasto día 09 de Abril de 1918, en la batalla de La Lys es un marco en nuestra historia como nación soberana. Todavía, será una mala experiencia para todos los militares portugueses, que tal como el Capitán António Braz pasaron agruras en los campos de prisioneros de guerra, al revés de todas las normas sobre el trato dado por los alemanes, a los prisioneros de guerra.

Este es el libro en destaque en este trimestre en el Centro Documental del Museo Militar de Elvas, un pasaje

obligatório para una mejor comprensión de los acontecimientos contemporáneos de Portugal, desde el Ultimatum 1890, hasta la Guerra Fria.

1 Braz, Isabel, 2014, “Memórias Esquecidas, a vida do Capitão António Braz”, 1ª edición Chiado Editora 2 Knauer, Elfried R.(2006)"The Queen Mother of the West: A Study of the Influence of Western Prototypes on the

Iconography of the Taoist Deity." In: Contact and Exchange in the Ancient World. Ed. Victor H. Mair. University of Ha-wai'i Press. pp. 62–115,“A deusa mãe” ou a “patria”

3 Carvalho, Henrique Augusto Dias de, 1890, " MEMÓRIAS DA LUNDA”, Imprensa Nacional, " Régulo do Povo

Lunda proveniente de um distrito de Angola, que englobava as terras entre o Cuango, o curso inferior do Cassai e a

fronteira do Estado Independente do Congo, ou seja o que os portugueses tinham salvo das garras de Leopoldo II da

Bélgica"

Palestras “O CEP (Corpo Expedicionário Português) na 1ª Guerra Mundial”

Na semana de 17 a 21 de Outubro de 2016, integrado nas comemorações do dia do Exército em Elvas, naquilo que

se pretende que seja uma mnemónica histórica da continuidade entre o passado, o presente e o futuro colectivo do estado-nação que é Portugal, unindo as Batalhas; de Ourique; de Aljubarrota; da Restauração; as invasões Napoleónicas, até à Batalha de La Lys; todas elas num elo comum da constituição da “Pátria Portuguesa”, como um estado soberano e internacionalmente reconhecido e com um papel fulcral na diplomacia externa, o Museu Militar de Elvas realizou nos concelhos limítrofes um conjunto de palestras.

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As palestras, sob o título “O CEP na 1ª Guerra Mundial”, onde os alunos das várias escolas e Universidades Seniores dos concelhos limítrofes de Elvas (Arronches, Campo Maior, Borba e Fronteira), “viajaram” um século contextualizando as causas da origem da Grande Guerra, Portugal no conflito, a constituição do Corpo Expedicionário Português, desde o “Milagre de Tancos”, ao transporte atribulado para Aire-Sur-La Lys, o armamento, as transmissões, toda a logística enviada para a Flandres, a organização das tropas, até à vivência e “Rotina da Trincha” e a debacle da “Operação Georgette” vulgarmente denominada “Batalha de La Lys”, o Armistício, o difícil repatriamento dos militares portugueses feitos prisioneiros de guerra na Alemanha, a participação de militares alentejanos, que integraram os Batalhões de Infantaria nº 17/22 (Portalegre e Beja) que integraram o CEP e combateram dignamente na Flandres.

Por fim, a consagração dos mortos e a

perpetuação da sua memória, desde o cemitério de Richebourg L’Avoué (Flandres) ao “Culto dos Mortos pela Pátria”, é bem patente na sala do capítulo no Mosteiro da Batalha, em honra de todos os soldados mortos em combate, consubstanciado no túmulo ao “Soldado Desconhecido”, onde com guarda de honra permanente, se encontra sempre acesa a “Chama da Pátria”.

Ponencias “O CEP (Corpo Expedicionário Português) en la 1ª Guerra Mundial”

En la semana del 17 al 21 de Octubre del 2016, en el ámbito de las conmemoraciones del día del Ejército en Elvas, en lo que se pretende que sea una mnemónica histórica de continuidad entre el pasado, el presente y el futuro colectivo del estado-nación que es Portugal, uniendo las Batallas de Ourique; de Aljubarrota; de la Restauración; las invasiones Napoleónicas, hasta la Batalla de La Lys; todas ellas en una cadena común de constitución de la “Patria Portuguesa”, como un estado soberano e internacionalmente reconocido y con un papel fulcral en la diplomacia exterior. El Museo Militar de Elvas realizó en los municipios vecinos un conjunto de conferencias.

Las ponencias, bajo el título “El CEP en la 1ª Guerra Mundial”, en las cuales los alumnos de varias escuelas y de

Universidades Seniores (para mayores) de localidades cercanas a Elvas (Arronches, Campo Maior, Borba y Fronteira), “viajaron” un siglo contextualizando las causas del origen de la Gran Guerra, Portugal en el conflicto, la constitución del Corpo Expedicionário Português, desde el “Milagro de Tancos”, al transporte atribulado para Aire-Sur-La Lys, el armamento, las transmisiones, toda la logística enviada para Flandres, la organización de las tropas, hasta la vivencia y “Rutina de la Trinchera” y el desastre de la “Operación Georgette” denominada “Batalla de La Lys”, el Armisticio, el difícil repatriamento de los militares portugueses hechos prisioneros de guerra en Alemania, la participación de militares alentejanos, que integraron los Batallones de Infantaria nº 17/22 (Portalegre y Beja) que integraron el CEP y combatieron dignamente en Flandres.

Por último, la consagración de los

muertos y la perpetuación de su memoria, desde el cementerio de Richebourg L’Avoué (Flandres) al “Culto de los Muertos por la Patria”, y bien patente en el salón del capítulo en el Monasterio de Batalha, en honor de todos los soldados muertos en combate, consubstanciado en el túmulo al “Soldado Desconocido”, donde com una guardia de honra permanente, y siempre encendida, la “llama de la Patria”.

Cartazes e outros conteúdos multimédia da autoria do Soldado Hugo Caldes

Alunos da EB 2,3 de Borba e alunos da Universidaade Sénior da Stª Casa da Misericórdia de Borba

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Passeio de Viaturas Militares Comemorações do Dia do Exército

No âmbito das atividades do Dia do Exército que decorreu nos dias 22 e 23 de Outubro em Elvas, o Museu militar de Elvas fez deslocar parte do acervo da sua Coleção de Viaturas Militares, para participar num evento de apresentação com a Reprise de Mafra.

Paseo Vehículos Militares Cerimonias del Dia del Ejército

En el ámbito de las actividades del Día del Ejército de Tierra que transcurrieron los días 22 y 23 de Octubre en Elvas, el Museo Militar de Elvas hizo desplazar parte del acervo de su Colección de Vehículos Militares, para participar en un evento de presentación con la Reprise de Mafra.

Viaturas em exposição no Coliseu Comendador Rondão Almeida

MAT (Medium Artillery Truck) Camião-Tractor AEC Matador rebocando o Obus de Campanha Mark I de 117 mm (ambos os equipamentos foram relevantes na 2ª Guerra Mundial).

Coluna de viaturas militares

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O Museu celebrou o seu 7º Aniversário

O Museu Militar de Elvas comemorou no dia 31 de outubro o seu 7º aniversário.

Inaugurado a 29 de outubro de 2009, este é um museu que procura atingir a sua maturidade.

Ao longo destes sete anos de existência, procurou tornar-se uma instituição de referência na cidade de Elvas e no Exército.

As cerimónias foram presididas pelo Exmo. Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército, Tenente-General José António Carneiro Rodrigues da Costa.

Das cerimónias releva-se a palestra "A motorização do Exército Português no século xx - um século de utilização de viaturas automóveis", proferida por investigador da Associação Portuguesa de Veículos Militares, e a inauguração da requalificação do espaço e da “Coleção de viaturas Militares”.

El Museo celebró su 7º Aniversário

El Museo Militar de Elvas conmemoró el día 31 de octubre su 7º aniversario. Inaugurado a 29 de octubre de 2009, este es un museo que busca atingir su madurez.

A lo largo de estos siete años de existencia, buscó tornar-se una institución de referencia en la ciudad de Elvas e en el Ejército de Tierra.

Las ceremonias fueram presididas por el Eximo. Vice-Jefe del Estado-Mayor del Ejército, Teniente-General José António Carneiro Rodrigues da Costa. De las ceremonias se releva la ponencia "La motorización del Ejército Portugués en el siglo xx - un siglo de utilización de vehículos automóbiles" proferida por el investigador de la Associação Portuguesa de Veículos Militares, y la inauguración de la requalificación del espacio y de la “Colección de vehículos Militares”.

Exposição Temporária na Sala Inhambane Museu Militar de Elvas

O Museu inaugurou recentemente, uma sala de exposições temporárias com 110 m2, albergando exposições do âmbito militar ou civil.

Encontra-se em exposição, sob o tema “O Sol e o Tempo”, uma coleção do Sargento-Chefe Heraclides Oliveira, composta por um conjunto de relógios de sol e bussolas, trabalhados em madeira, no período de 17 a 23 de dezembro de 2016.

Exposición Temporal en la Sala Inhambane Museo Militar de Elvas

El Museo inauguró recientemente, una sala de exposiciones temporales con 110 m2, albergando exposiciones de ámbito militar o civil.

Se encuentra en exposición, bajo el tema “El Sol y el Tiempo”, una colecccion del Brigada Retirado del Servicio Militar Heraclides Oliveira, compuesta por un conjunto de relojes de sol e brújulas, sobre madera entre el 17 y el 23 de diciembre de 2016.

Palestra

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O Museu O Museu Militar de Elvas tem, por si só uma elevada carga histórica, constituindo um valiosíssimo património, por onde se

escreveram algumas das mais belas páginas da História da cidade de Elvas e de Portugal. O Museu é composto por 3 Monumentos Nacionais: o Convento e Claustro de São Domingos (séc. XIII), parte da Muralha

Fernandina (séc. XIV), e um quarto de toda a Fortificação seiscentista de Elvas (séc. XVII). Património que se constitui como o maior museu de Portugal alberga as colecções militares do Exército: Arreios, Serviço de

Saúde, Transmissões, Hipomóvel, Viaturas Militares, Peças de Artilharia pós 1850 e Centro Interpretativo do Património de Elvas.

Recentemente, Elvas foi classificada Património Mundial da Humanidade como “CIDADE-QUARTEL FRONTEIRIÇA DE

ELVAS E SUAS FORTIFICAÇÕES”.

Constituindo-se assim, uma visita obrigatória.

Como chegar de carro: https://goo.gl/maps/Kc39q6NrxXT2 Como chegar de autocarro :https://goo.gl/maps/mQPYcB4dtxx

El Museo El Museo Militar de Elvas tiene en sí mismo una alta carga histórica, lo que constituye un patrimonio de valor incalculable, donde escribió

algunas de las páginas más bellas de la historia de la ciudad de Elvas y Portugal.

El museo consta de tres monumentos nacionales : el Convento y Claustro de Santo Domingo ( . Siglo XIII) , parte de la muralla Fernandina

(Siglo XIV) , y una cuarta parte de la fortificación del siglo XVII de Elvas.

Propiedad que se constituye como el museo más grande en Portugal es el hogar de las colecciones militares del Ejército : Arneses , Servicio de

Salud , Transmisiones , Hipomóvel, Vehículos Militares, Piezas de Artilleria después de 1850 y Centro de Interpretación del Patrimonio Elvas .

Recientemente, Elvas fue clasificada Patrimonio de la Humanidad como "Ciudad-Cuartel Fronteriza de Elvas y sus Fortificaciones” .

Que aguarda su visita.

Como lhegar de coche: https://goo.gl/maps/TKWgvX6szpp Como lhegar de autobus: https://goo.gl/maps/puuVDcbXsu42

M U S E U M I L I T A R D E E L V A S Avenida de S. Domingos 7350 – 047 Elvas Tel: 268-636-240

Fax: 268-636-249

Correio eletrónico: [email protected]; [email protected] - Internet museumilitardeelvas.wix.com

Aberto de Terça a Domingo, das 09H00 às 12H30

e das 14H00 às 17H30 (de Novembro a Março),

das 14H30 às 19H00 (de Março a Outubro).

Encerra às Segundas Feiras.

Também está encerrado nos feriados de 1 de

Janeiro, Domingo de Páscoa, 1º de Maio e 25 de

Dezembro.

Abierto de Martes a Domingo, de las 09H00 a

las 12H30 y de las 14H30 a las 17H30 (de

Noviembre a Marzo), de las 14H30 a las

19H00 (de Março a Octubre). Cerrado los

Lunes. También esta cerrado en los festivos

del 1 de Enero, Domingo de Pascua, 1º de

Mayo e 25 de Diciembre.

Coordenadas Geográficas

38º 52’ 45,734’’ Norte

7º 52’ 33,857’’ Oeste 20 de Dezembro de 2016